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As mudanças na previdência social anunciadas na última segunda-feira (29), pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, vão contra o discurso apresentado pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante a campanha eleitoral e tal fato não iria passar despercebido pelos seus opositores.

A ex-senadora Marina Silva não perdeu tempo e utilizou sua página no facebook para comparar o discurso apresentado pela presidente, no qual garantia que o seu governo não reduziria os direitos trabalhistas.  

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O deputado federal reeleito por Pernambuco, Mendonça Filho (DEM), também tratou logo de se pronunciar. De acordo com o líder do Democratas na Câmara Federal, os cortes que irão representar economia de, aproximadamente, R$18 bilhões por ano aos cofres públicos, mas ao mesmo tempo prometem dificultar a vida da classe trabalhadora, pode ser visto de maneira cruel. “Incrível como, a cada medida anunciada, a presidente Dilma desmente o que prometeu na campanha. O que Dilma disse que Aécio e Marina fariam contra os trabalhadores, ela está fazendo com requintes de crueldade. O pacote de medidas anunciado pelo Governo Dilma atinge em cheio aposentados/pensionistas, desempregados e trabalhadores que precisam de beneficios sociais. Não tenho outra classificação para isso que não seja a de estelionato eleitoral”, pontuou.

Segundo o parlamentar, o Governo teria outras saídas, que não interfeririam de forma tão brusca na vida da população. “Qualquer medida que o governo tenha que tomar deve preservar o direito dos trabalhadores e atacar o inchaço da máquina pública, o desperdício de dinheiro pelo aparelhamento partidário e a corrupção. Infelizmente, ela joga a conta pelo descalabro econômico nas costas de trabalhadores e aposentados”, sugerindo que a redução do número de ministérios poderia ser uma alternativa. 

Mas o democrata garante que a Medida Provisória será rebatida pela oposição, que tentará barrar a determinação. “Vamos apresentar emendas às medidas provisórias. Não se pode cassar direitos dessa forma. Queremos assegurar que a conta final pelo desastre nos gastos públicos não retire dos trabalhadores e suas famílias direitos históricos garantidos”, afirmou Mendonça, ressaltando que esta será uma das bandeiras defendidas a partir de 1° de fevereiro. 

O que muda:

A Medida Provisória  altera a concessão do abono salarial, seguro-desemprego, auxílio-doença e aposentadoria. O abono salarial, por exemplo, deixa de ser pago a quem trabalhou no trabalhado 30 dias corridos, no ano anterior, e passa a ser destinado apenas a quem tenha atuado, no mínimo, por seis meses. O valor também será alterado. A quantia era equivalente a um salário mínimo, independente do tempo de serviço, mas agora será proporcional, como ocorre com o 13° salário.

O auxílio-doença não prejudica diretamente a classe trabalhadora, mas interfere no bolso dos patrões. Antes cabia aos empregadores garantir o salário do funcionário afastado por motivo de doença pelo prazo de 15 dias. Com as novas regras, o benefício só poderá ser solicitado ao INSS depois de 30 dias. 

Quanto ao seguro-desemprego, o trabalhador poderá recorrer ao benefício pela primeira vez se tiver completado 18 meses de trabalho na mesma empresa. Na segunda solicitação o prazo recai para 12 meses e na terceira, equivale ao que é aplicado atualmente, 6 meses.

A aposentadoria também sofreu alguns ajustes. A pensão por morte será concedida a família dos trabalhadores que tenham contribuído com a Previdência Social pelo prazo mínimo de dois anos. Para ter direito a pensão do cônjuge também é necessária a comprovação de casamento ou união estável de dois anos. O valor da pensão por morte será reduzido de 100% para 50% do salário, com adicional  de 10% por dependente do beneficiário até o limite do valor integral pago pelo INSS. E os cônjuges jovens também terá a pensão reduzida, exceto para casos de invalidez. Os servidores públicos passarão a adotar as mesmas regras utilizadas para os trabalhadores no regime geral. 

As alterações entrarão em vigor após a publicação no Diário Oficial da União, mas terão que ser ratificadas pelo Congresso Nacional dentro de 120 dias, para não perder a validade. 

 

 

Desde que o segundo turno foi formado, além do embate presidencial entre Dilma Rousseff  (PT) e Aécio Neves (PSDB),  outra disputa tem tido como cenário as redes sociais. Os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso têm utilizado a internet para trocar farpas. 

Na última quarta-feira (8), FHC afirmou que o PT cresceu nos grotões do País e tem voto dos ‘menos informados’, referindo-se ao fato de que os votos no Partido dos Trabalhadores estarem concentrados na Região Nordeste.  

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No dia seguinte, Lula soltou uma indireta no facebook: “Um absurdo que o Nordeste e os nordestinos sejam caracterizados como ignorantes ou desinformados”. Fernando Henrique não perdeu tempo e divulgou nota  afirmando que Lula vive de pegadinhas. "O presidente Lula não se emenda, vive de pegadinhas. Ontem não só atribuiu aos outros frase sua – a de que o bolsa escola era esmola – como quer transformar uma categoria do IBGE, nível educacional, em insulto. Daqui a pouco ele só será ouvido em programas humorísticos”, cravou FHC.

Quem pensou que a última palavra seria dos tucanos, está muito enganado. Lula logo tratou de  rebater as criticas e utilizou a plenária realizada em São Paulo para expor o seu ponto de vista . "É uma cultura deles, de quem não vota neles é mais burro do que quem vota. E ele não falou apenas do Nordeste ou do Norte. Falou também das periferias. Falou sobretudo porque, na cabeça dele, o Nordeste brasileiro e a periferia são ainda como eram no tempo em que ele era presidente da República. Mas não é mais assim. Hoje no Nordeste as pessoas não ganham cesta básica. As pessoas ganharam foi cidadania, o direito de andar de cabeça erguida", comentou. Ainda de acordo com o petista, FHC e a ‘elite brasileira’ não compreendem que Dilma irá se reeleger no dia 26 de outubro.

Esta sexta-feira (10),  Fernando Henrique Cardoso publicou um vídeo na sua página no facebook desmentindo as acusação de preconceito contra o povo nordestino. “O PT fica querendo fazer demagogia, querendo nos jogar contra o povo, dizendo que o PSDB fez isso ou aquilo, que eu disse isso ou aquilo, o Lula mentiu, eu não falei de Nordeste ou de nordestinos, nada disso”, declarou FHC.

Ambulantes e artesãos que trabalham no interior do Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão com medo de serem expulsos do local. De acordo com os depoimentos registrados em vídeo pelos trabalhadores, funcionários da Universidade entraram em contato e afirmaram que todos seriam retirados na última segunda-feira (22), o que causou revolta entre os comerciantes.

Através da assessoria de imprensa, a UFPE explicou que ninguém será retirado do campus. A instituição explicou que apenas um levantamento será feito para ordenar os profissionais informais que lá atuam. Com as informações em mãos, os dados serão levados aos diretores dos centros. Entre os ambulantes, a informação é de que há diversas queixas destes diretores em relação aos profissionais. 

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Os trabalhadores criticam uma possível “higienização” realizada sob a autorização da reitoria da UFPE. Além de produtos artesanais, há comércio de lanches e bebidas no interior da instituição. Até o início da tarde desta terça, os profissionais permaneciam no local. 

As novas previsões sobre um crescimento ainda menor neste ano preocupam o governo e, consequentemente, o comando da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Ao mesmo tempo, servem de combustível para as críticas dos oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que já têm usado o pior desempenho da economia - inclusive em temas caros aos petistas, como o emprego - para fustigar a imagem de gestora de Dilma.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que, passada a Copa do Mundo, a economia vai dominar o debate eleitoral e, por isso, é preciso reforçar o discurso sobre a ampliação do emprego e da renda dos trabalhadores obtida desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O PT tenta tachar Aécio e Campos como "aves do mau agouro".

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A difícil situação da economia foi o principal assunto da reunião desta segunda-feira, 21, de Dilma com coordenadores de sua campanha, após uma semana de tensão e brigas entre petistas por mais poder no comitê da reeleição. O sinal amarelo foi aceso porque, pela primeira vez no ano, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa Focus do Banco Central (com economistas de instituições financeiras) ficou abaixo de 1%, fato que se soma ao aumento dos preços - em junho, o acumulado dos últimos 12 meses da inflação oficial superou o teto da meta (6,5%).

O oitava revisão consecutiva do PIB para baixo, na pesquisa, significa a iminência de uma recessão. O governo teme que o pessimismo em relação à economia atue como um veneno na campanha de Dilma, que promete reagir com vigor para se contrapor à guerra de números a ser puxada pela oposição.

'Antipessimismo'

Em reunião hoje com presidentes de partidos aliados, Dilma e seu conselho político vão discutir formas de se criar vacinas contra o discurso "pessimista" dos adversários. Em declarações públicas, Dilma já tem adotado esse tipo de revide.

"Além da Copa, tivemos outros surtos de pessimismo que não se realizaram, como era o caso da tempestade perfeita prevista para nos atacar neste início de ano, que nos levaria a uma crise cambial e de proporções avassaladoras", disse a presidente na sexta-feira, em Porto Alegre, a uma plateia de empresários.

O discurso será repetido à exaustão na campanha. O marqueteiro João Santana, responsável pela propaganda de Dilma na TV, a partir de 19 de agosto, prepara peças para mostrar que os índices de inflação e a taxa de juros nos últimos anos foram bem menores do que no período do PSDB à frente do Planalto.

Fora isso, a escolha da plenária da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o início de fato da campanha de Dilma, no dia 31, tem o objetivo de mostrar que o governo tem lado. No discurso, a presidente vai exaltar o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores.

Emprego

Enquanto Dilma costuma alardear a criação de 11 milhões de postos de trabalho com carteira assinada como prova de que a economia não vai tão mal, Aécio vai usar dados oficiais recentes para desmontar o discurso do pleno emprego.

Na semana passada, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que a geração de novos postos de trabalho em junho foi a pior desde 1998. A equipe econômica da campanha tucana acredita que, em agosto, os dados apontarão novamente para a desaceleração da criação de vagas e prevê um resultado pífio do PIB para o segundo trimestre.

Com isso, Aécio passará a ser mais crítico à política de geração de emprego - até agora, o questionamento se restringia à qualidade e à baixa remuneração das novas vagas.

A inclusão desse tema ao discurso de Aécio, porém, não é tão simples quanto parece. A estratégia é só explorar o assunto após o risco de desemprego chegar à população, para evitar que o tucano seja o "porta-voz das más notícias". Até lá, os aliados do candidato é que têm a função de martelar o tema.

"Já vínhamos tratando do tema do desemprego em setores mais valorizados, como a indústria. Mas a queda contaminou até os empregos na faixa de dois salários mínimos e está sendo noticiada pelos telejornais. As pessoas começam a ver isso", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio. "Há uma deterioração geral dos empregos."

Fora do trilho

Campos, por sua vez, tem repetido o mote de que "o Brasil parou e saiu dos trilhos do desenvolvimento" mesmo antes de piorarem as previsões para a economia. É uma forma de criticar Dilma sem atacar Lula, de quem foi ministro.

"A sensação é de que o Brasil não só parou, mas corre o risco de andar para trás", disse Campos. "Mesmo se o País crescesse a 2% ao ano, tudo ficaria como está hoje, com alta do analfabetismo, perda de competitividade e queda na produção industrial."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) acatou uma representação do PSB contra o senador Armando Monteiro Neto (PTB), o deputado federal João Paulo (PT) e o prefeito de Nazaré da Mata, Nado Coutinho (PTB), por "clara realização de propaganda eleitoral antecipada". Relator da matéria, o desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho, determinou a retirada imediata de uma publicação no Facebook oficial da Prefeitura, em 5 de maio deste ano, promovendo uma agenda da chapa petebista no município. 

O PSB denunciou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a postagem, que mostra a utilização de uma ferramenta de comunicação institucional – o site da Prefeitura - para promover uma candidatura ao Governo. Em seu relatório, o desembargador observou a "expressa referência às respectivas candidaturas e a projetos que fazem menção direta ao pleito vindouro, em desrespeito ao art. 57-A da Lei n.º 9.504/1997" e a "nítida extemporaneidade da propaganda, por antecipação, podendo ocasionar desigualdade no pleito a permanência das publicidades aqui apresentadas". Após serem citados, Monteiro Neto, João Paulo e Coutinho terão 48 horas para responderem à Justiça Eleitoral.

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*Com informações da Assessoria de Imprensa

Senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), fez, mais uma vez, duras críticas ao ex-governador Eduardo Campos (PSB). Em discurso na primeira plenária do Projeto Pernambuco 14 no Recife, nesta segunda-feira (9), o petebista comparou a antiga gestão do líder do PSB como “República de Noé”, em alusão ao personagem bíblico que escolheu alguns seres vivos a sobreviverem um grande dilúvio na Terra. 

>> Trânsito: militantes são multados após evento do PT e PTB

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“Essa República de Noé não pode trazer nada de novo a Pernambuco. (...) Nós (PTB) não mudamos de caminho. Não fomos nós que mudamos essa aliança. O povo de Pernambuco vai julgar no momento certo”, relatou o parlamentar, se referindo à ruptura e a crítica que o PSB faz ao Governo Federal.

“Foi graças a essa união (Governo do Estado com o Governo Federal) que Pernambuco avançou nos últimos anos. O Governo Federal teve uma parceria produtiva com o Governo de Pernambuco. Não vamos fazer com o Governo que participamos (no Estado), o que estão fazendo com Dilma (Rousseff-PT). Esse tipo de desconstrução o povo não entende”, completou. 

Armando Monteiro também fez uma comparação com o palanque da sua ligação com a chapa adversária. “Os dois palanques são bem diferentes e mostram como é esta disputa. Do nosso lado um apoio e muitas discussões para melhorar a nossa aliança. Do outro lado, um homem apontou um dedo e escolheu o candidato”, disse o senador. 

Várias lideranças políticas estiveram presentes no evento. Parlamentares do PT e do PTB de alguns locais do Estado lotaram o auditório do colégio Vera Cruz, no bairro das Graças, local do evento. Deputados federais do PT como Fernando Ferro (PT), Pedro Eugênio (PT) , além do deputado e pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT), também marcaram presença. 

O deputado Paulo Rubem (PDT), cotado para compor a chapa como candidato a vice-governador, teceu elogios a coligação e espera que a Executiva Nacional do seu partido apóie a chapa. “Quem pode decidir isso (a aliança) é a Executiva Nacional, já que aqui em Pernambuco não temos um diretório estadual”, explicou. 

Pesquisa

De acordo com o deputado federal Pedro Eugênio (PT), a grande distância que separa o senador Armando Monteiro (PTB) de Paulo Câmara (PSB) está sendo tratada com bastante humildade pela aliança. No levantamento realizado pelo Ibope na última semana, o petebista aparece com 43% das intenções de voto, contra apenas 8% do candidato indicado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB).

“Não podemos ter salto alto. Temos que continuar nossa luta. (...) A candidatura dele (Paulo Câmara) se mostra frágil, com dificuldade de propostas. O padrinho dele (Eduardo Campos) disse que iria ser o novo (na candidatura nacional), mas pelo contrário, está se mostrando mais tradicional”, declarou o petista. 

O senador Humberto Costa (PT) desafiou, nesta quarta-feira (7), o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves, a revelar ao país as medidas impopulares que disse estar disposto a tomar caso seja eleito. A revelação do tucano foi feita a banqueiros e empresários num jantar em São Paulo.

O petista lembrou que Aécio Neves disse, dividindo a mesa com banqueiros e outros representantes da elite do país, que, em um eventual mandato seu não teria nenhuma preocupação em tomar 'medidas impopulares'. “Temos de perguntar ao senador Aécio que medidas impopulares são essas. Nós vamos voltar para o desemprego? Nós vamos voltar para o arrocho salarial? Nós vamos voltar para o crescimento da desigualdade?”, questionou o parlamentar. 

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De acordo com o petista, o governo do PSDB seria marcado, pela "mão dura contra o trabalhador, os direitos e conquistas trabalhistas e movimentos sociais". "Como no passado, essa é a prova de que o PSDB não quer se comprometer com programas sociais como o Bolsa Família e como o Mais Médicos, e que vai insistir na política de distribuir lucros para os mais ricos em prejuízo dos mais pobres”, afirmou.

Humberto também criticou a ação ajuizada pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a aplicação de multa por suposta propaganda eleitoral antecipada feita por Dilma. No último pronunciamento em cadeia nacional, a majoritária determinou a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% para o próximo ano e a atualização dos benefícios do Bolsa Família em 10%. 

“Eles não corrigiram 1% – nem 1%, nem 1% – desses limites para isenção do Imposto de Renda durante seis anos no governo FHC. Na época em que governava o Brasil, o PSDB ia à televisão e ao rádio para falar de crise econômica, de crise financeira, da instituição de multas e impostos, de racionamento de energia elétrica, em razão dos tantos apagões que assolavam este País”, disse o petista. “Quando ouvirmos um tucano falar de uma proposta nova, de uma mudança que quer fazer, precisamos perguntar: por que não fizeram no tempo em que eram governo?”, declarou. 

 

A possível instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar ações da Petrobras tem gerado polêmicos debates entre os parlamentares da bancada governista e de oposição. Para os aliados a presidente Dilma Rousseff (PT), a atitude tem um teor eleitoral, já os oposicionistas cravam que não se pode deixar de averiguar a possível corrupção. A comissão deve apurar à compra e venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A Petrobras pagou US$ 1,18 bilhão, em duas etapas, para comprar uma refinaria obsoleta, que custou US$ 42,5 milhões, quase 28 vezes menos. Além disso, outro assunto que será discutido é o superfaturamento na Refinaria Abreu e Lima, em Suape. 

Para o deputado federal Mendonça Filho (DEM), um dos que lideram o requerimento de instalação, a função fiscalizadora do parlamento deve ser exercida. “As informações já constatadas apontam que a compra de Pasadena foi aprovada em 20 dias. É preciso ser apurado. Não tem essa história de que é ano eleitoral, a cada dois anos temos eleição no Brasil. A gente vai imaginar que esta situação tem que ficar por baixo do tapete por conta da eleição da doutora Dilma? Temos a nossa função fiscalizadora, ela tem que ser exercida”, cravou o democrata durante entrevista em uma rádio local. 

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Já para o deputado federal Silvio Costa (PSC), a CPI deve ser instalada, mas apenas após a campanha eleitoral. “Isso merece explicação mesmo. A coisa da refinaria aqui é muito séria. Não vai ter tempo de fazer CPI, apurar e fazer campanha. Você (Mendonça) vai ficar sexta, sábado e domingo lá apurando? Vocês querem palanque”, disparou. Segundo Costa, o caso da Petrobras “talvez seja um grande escândalo do Brasil”. “Vou esperar a polícia federal mostrar os dados, mas que tem cheiro de ‘maracutaia’ tem”, ponderou. 

As tropas da União Africana enfrentaram nesta segunda-feira manifestantes que protestavam contra o presidente da República Centro-Africana. Durante o conflito, uma pessoa foi morta, de acordo com jornalistas da AFP no local.

Centenas de manifestantes cristão protestaram diante do aeroporto em Bangui pedindo a saída do presidente Michel Djotodia, que se tornou o primeiro líder muçulmano do país após um golpe em março.

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Dois veículos das tropas da União Africana enfrentaram e atiraram contra os manifestantes. Uma pessoa morreu e pelo menos uma pessoa ficou ferida. Fonte: Associated Press.

Um embate entre PT e PMDB na Câmara dos Deputados deve enterrar a minirreforma eleitoral aprovada pelo Senado na semana passada. O texto permite a doação de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos a candidatos e também impõe limite à militância paga.

Os petistas querem uma reforma política mais ampla, inclusive com a realização de um plebiscito sobre o tema, ideia defendida pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho. Já os peemedebistas defendem a ideia central do texto aprovado no Senado sob o argumento de que ele poderá equilibrar o poder econômico nas eleições de 2014.

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"Querem manter a campanha cara. Eles têm a máquina e não precisam gastar tanto", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

O presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), se mostra pessimista quanto à aprovação da minirreforma. Ontem (26) ele disse que a única chance da proposta passar é se ela for à votação na próxima terça-feira e seguir na quarta-feira para o crivo final do Senado - o projeto tem de voltar aos senadores caso haja qualquer alteração no texto.

"É pouco tempo para sanção mesmo. Acho muito difícil conciliar não tendo votado ontem", disse Alves, referindo-se ao fato de que qualquer mudança eleitoral, para valer já na próxima eleição, precisa ser sancionada um ano antes - ou seja, até 5 de outubro. Ainda que tenha pouco tempo hábil para submeter a proposta à sanção presidencial e fazer valer as novas regras para as eleições de 2014, o presidente da Câmara disse que fará a última tentativa na terça.

Na noite de anteontem (25), o PT liderou em plenário uma estratégia para impedir a apreciação da minirreforma, chamada pelo líder do partido na Casa, José Guimarães (CE), de "remendo". "Se formos discutir a reforma e não tocarmos nas questões centrais, é melhor não fazer reforma", afirmou ele.

"Não dá para votar mais. A minirreforma morreu", disse o coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Política, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que apesar de petista, está do lado do PMDB no apoio à aprovação da minirreforma eleitoral.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou na manhã desta quinta-feira (17), que a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, não sofreu alterações significativas após as mais de 40 horas de votação na Casa. "O que sai daqui é praticamente igual ao que o governo sempre defendeu", disse. Mas ele não negou a possibilidade de veto pelo Executivo. "Se vai haver veto ou não, só no momento em que a presidente Dilma analisar", disse.

Questionado se a apreciação da MP dos Portos foi uma das batalhas mais difíceis no plenário da Câmara, Chinaglia disse que não. "Mas foi a mais cansativa. Chegou com pouco tempo para ser votada e o tema é extremamente difícil."

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Jogo duro

Após deixar a vitória sobre a base governista escapar, a oposição avisou que o comportamento da bancada durante a discussão da MP dos Portos na Câmara inaugura uma postura mais combativa do DEM e do PSDB em relação ao governo. "Esse é o tom que a oposição vai dar", avisou o líder da minoria, Nilson Leitão (PSDB/MT).

Durante a prolongada discussão da medida, a oposição atuou em obstrução e levou a base a acreditar que a MP seria derrubada. Para Leitão, a intransigência do Planalto com sua própria base transformou a "batalha" da MP dos Portos num drama. "Se fosse um governo menos arrogante, não estaria acontecendo o que está acontecendo", criticou o tucano.

O vice-líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que a oposição conseguiu "uma vitória política indiscutível" na tramitação da MP dos Portos e que deve parte disso à própria base aliada do governo. "A oposição não conseguiria obter o resultado que obteve se não fosse o racha na base do governo", disse. "Houve um racha que compromete o relacionamento do governo com a sua base. Tem uma fenda profunda entre a bancada do PT e a do PMDB e isso vai trazer consequências muito sérias em outras votações", avaliou. Um pouco antes, porém, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), havia negado que a base aliada do governo no Congresso Nacional esteja rachada.

Estão abertas as inscrições para as oficinas e palestras, além do jantar especial da Arena Gastronômica UNINASSAU/Engenho, que acontece nos próximos dias 7 e 8 de maio. Chefs de cozinha brasileiros e estrangeiros estão na programação do evento, que conta ainda com um reality show em que são travadas batalhas gastronômicas em um ringue.

Entre a atividades previstas está a mesa redonda Meu Brasil Brasileiro: A gastronomia do Brasil para o mundo, responsável por abrir a programação da Arena Gastronômica, além da palestra Um olhar sobre a mesa brasileira, ministrada por George Thevoz. Nesta edição, o foco das atividades formativas é ensinar a utilização de ingredientes brasileiros de diversas regiões do País como caju, pequi, açaí, ostra, jacaré, mandioca, carne bovina, castanha do pará, café e cacau.

Entre os chefs confirmados na Arena Gastronômica estão Ângela Sicilia (PA), Pilar Rodriguez (Chile), Bia Lopes (RJ), Douglas Van Der Ley (PE), Tereza Paim (BA), Manu Buffara (PR), Anna Corinna (PE) e Guga Rocha (AL). O encerramento acontece no Restaurante Manuel bandeirano dia 8 de maio, com um jantar especial.

As inscrições devem ser feitas pela internet na página da Arena Gastronômica. As oficinas custam R$ 70 por pessoa. Quem quiser acompanhar os dois dias do evento paga R$ 120. O jantar de encerramento tem o custo de R$ 150 por pessoa. Alunos e ex-alunos da UNINASSAU têm 20% de desconto.

Serviço
Arena Gastronômica
7 e 8 de maio
Bloco C da UNINASSAU (Rua Joaquim Nabuco, 778 - Graças)
3413 4611

 

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O clima tenso na Câmara de vereadores do Recife rendeu farpas entre os vereadores nesta quarta-feira (3), durante a sessão plenária. Após críticas do líder do governo, Gilberto Alves, em relação ao relatório apresentado pela oposição sobre educação, o vereador Jayme Asfora (PMDB) tomou partido do assunto.

Durante seu discurso, o peemedebista criticou a comparação entre o PSB de Geraldo Julio e o PT do ex-prefeito do Recife, João da Costa, que segundo ele, é feita pela oposição. “Acho que isso é esquizofrenia política. Ver coisas que não existem e comparar o governo do PT ao de Geraldo”, disse Asfora.

Indignado com a frase utilizada pelo peemedebista, o vereador Luiz Estáquio (PT) saiu em defesa do seu partido e disse que essa atitude era de “ódio” da parte do PMDB. “Primeiro que a gestão (de Geraldo) só está começando. Esquizofrenia é coisa da ala do PMDB, eles sim... Eles têm ódio e eles não conseguem entender o trabalho do PT no país”, defendeu o petista.

O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, teve novo embate com o revisor, ministro Ricardo Lewandowski, chegando a acusá-lo de "contornar" os autos em seus votos. Lewandowski reclamou da postura do colega e disse que ele desejava acabar com sua função de revisor. O ministro Marco Aurélio Mello também fez críticas a Barbosa.

O novo bate-boca começou com a sinalização do revisor de que vai absolver Emerson Palmieri, ex-secretário do PTB. Lewandowski citou haver vários depoimentos dizendo que não cabia a este réu a manipulação e captação de recursos. Barbosa o interrompeu, destacando que Marcos Valério e Simone Vasconcelos disseram ter entregue recursos a Palmieri e que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou a autenticidade de uma lista de repasses em que aparece o nome do ex-secretário do PTB.

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Lewandowski disse ser natural ter divergências com o relator, que replicou: "Divergências filosóficas são normais, factuais não", disse Barbosa. Lewandowski se irritou: "Então Vossa Excelência deveria propor que se abolisse a figura do revisor se quer que eu coincida com todos os pontos de vista". Barbosa afirmou estar apenas "lembrando" o colega sobre aqueles fatos, ao que o revisor rebateu dizendo que conhecia os autos. Mas Barbosa foi além e afirmou não ser possível fazer "vistas grossas" aos fatos. Marco Aurélio o repreendeu: "Ninguém faz vista grossa aqui. Tem de aceitar as manifestações dos colegas". O relator alegou fazer apenas "observação pontual".

O presidente da corte, Carlos Ayres Britto, interrompeu para dizer que Lewandowski não estava negando o fato apontado. Barbosa, então, acusou: "Ele está contornando". Marco Aurélio novamente protestou: "Cuidado com as palavras. Vamos respeitar os colegas". Barbosa disse não gostar de cortesia e afirmou que não fazia qualquer ofensa. "Se o revisor faz colocações que vão inteiramente de encontro ao que o relator disse, não tem o relator o direito de chamar a atenção? Foi o que fiz", disse Barbosa.

Lewandowski afirmou que é normal ter visões diferentes e citou que jornalistas escrevem textos diferentes sobre o mesmo tema, ao que o relator novamente criticou o colega: "Não ligo para o que diz jornalista", disse Barbosa, novamente cobrando o revisor da necessidade de distribuir o voto. Lewandowski se irritou: "Não lhe cabe me dizer o que fazer. Vossa excelência já proferiu seu voto". Barbosa retrucou: "Então faça corretamente". Marco Aurélio novamente censurou o relator: "Policie sua linguagem".

O revisor disse que tem procurado "divergir com a maior cortesia" e destacou haver mais convergências do que diferenças com Barbosa. O relator novamente retrucou: "Só fiz uma observação". Lewandowski retrucou. "Vossa excelência diz que estou fazendo leitura equivocada, induzindo os colegas a erro? Diga explicitamente". Barbosa acusou o colega de alongar o seu voto para ficar "do mesmo tamanho" do já proferido por ele. Lewandowski se disse "estupefato" com a afirmação. Britto interferiu novamente e pediu ao revisor que continue com seu voto, encerrando mais este embate.

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