Tópicos | fundo

A criação do fundo de recebíveis dos bancos de montadoras faz parte de um esforço do governo para reanimar os níveis de concessão de crédito e aumentar as vendas de carros novos no País. Para essa engenharia financeira, o governo deve apresentar um projeto de lei que garanta mais agilidade aos processos judiciais de retomada dos veículos financiados pelas instituições financeiras.

O modelo para as novas regras, apurou o jornal O Estado de S. Paulo, é o mercado imobiliário, que tem uma lei específica garantindo processo mais rápido para a retomada do bem. O projeto de lei define novos procedimentos judiciais para encurtar o caminho até a devolução efetiva do bem dado em garantia ao financiador. São tratadas questões como limite de tempo máximo para a citação do consumidor inadimplente e localização do veículo, além de questões sobre a responsabilidade pelos impostos vencidos.

##RECOMENDA##

O índice de retomada dos veículos é, atualmente, de 20% dos casos de inadimplência. Mas os bancos levam em média dois anos para concluir o processo de retomada dos veículos. A alteração na lei ajudaria a desamarrar o processo. "Hoje leva dois anos, o carro vem com imposto vencido e, como resultado, a regra do crédito é mais restrita para veículos", diz uma fonte do governo.

As medidas do governo tentam impulsionar a retomada das vendas de veículos no mercado interno e externo. Duas tentativas recentes foram malsucedidas. Não deu certo, até aqui, a criação de uma linha de crédito para garantir as exportações à Argentina, principal mercado do setor automotivo brasileiro, que vive uma crise cambial desde o fim do ano passado.

Sem os dólares argentinos, o Ministério do Desenvolvimento chegou a firmar um memorando de entendimento com o parceiro comercial, mas as autoridades argentinas exigiram reciprocidade no financiamento ao setor. Outra tentativa foi usar R$ 1 bilhão do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) como mecanismo de aval às operações ao país vizinho. Para isso, seria necessário alterar a legislação para dar ao FGE a possibilidade de garantir operações acima de 360 dias de prazo de pagamento. Mas os bancos financiadores não mostraram interesse na operação dessa linha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de estimular a venda de veículos novos no País, o governo negocia com um grupo de grandes bancos de varejo e de instituições financeiras ligadas a montadoras de automóveis a estruturação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) no valor de R$ 5 bilhões. O objetivo é alavancar a concessão de crédito para dinamizar um mercado que tem encolhido nos últimos meses.

A costura entre governo e setor financeiro prevê, segundo apurou o jornal o Estado de S. Paulo, o uso do novo fundo na compra de parte da carteira de crédito dos bancos de montadoras pelos bancos de varejo. Isso ajudaria a diversificar as fontes de recursos, reforçaria o capital de giro e reduziria as taxas de juros na captação do dinheiro pelos bancos de montadoras. No fim, a medida facilitaria o financiamento de veículos a juros mais baixos.

##RECOMENDA##

Pelo desenho preliminar, haveria a compra de 90% das cotas do novo FIDC pelos bancos de varejo. O restante ficaria com os bancos de montadoras. Isso limitaria as "perdas" dessas instituições financeiras ao teto de 10% de sua participação no fundo.

A criação do fundo ainda depende de um sinal verde do Banco Central para a liberação de parte dos depósitos compulsórios a prazo mantidos de forma obrigatória pelos bancos na conta da autoridade monetária. A medida tem implicações para a política monetária conduzida pelo BC, pois estimula a demanda agregada por meio da ampliação do crédito.

Na crise global financeira de 2008, o governo liberou uma fatia dos depósitos compulsórios para incentivar a compra das carteiras de crédito de bancos de pequeno porte por instituições com maior poder de fogo.

Baixo risco

Sob a ótica do investidor, o fundo significaria diversificação de investimentos, retorno elevado e baixo risco. O desenho desse tipo de FIDC prevê a cessão, pelos bancos, dos direitos sobre os chamados recebíveis, como contratos e financiamentos, vinculados às suas vendas para elevar a captação de dinheiro mais barato no mercado.

O FIDC em estudo teria dois tipos de cotas. A classe sênior e as chamadas cotas subordinadas, uma espécie de garantia ou "colateral" feitos, nesse caso, pelos bancos de montadoras para ter um colchão contra eventuais inadimplências.

A engenharia financeira prevê, ainda, o mecanismo de "first loss", onde haverá um limite para perdas com esse tipo de transação. Assim, os ativos do FIDC ficariam livres de contaminação por eventual inadimplência. Os chamados cotistas seniores do FIDC teriam garantida a rentabilidade negociada na emissão das cotas. "Assim, fixamos um grau máximo de perda, levamos a eventual inadimplência para o fundo e a segregamos do restante da carteira", diz uma fonte graduada do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que foi criado em 2008, o FI-FGTS tem concentrado boa parte dos recursos desembolsados em poucas empresas. Quase 40% de tudo o que o fundo de investimento - formado com dinheiro do trabalhador brasileiro - aportou em infraestrutura foi destinado a sete grupos econômicos. De acordo com relatório ainda não publicado, ao qual o 'Estado' teve acesso, o fundo liberou até a primeira quinzena de maio R$ 26,84 bilhões para 47 projetos de energia, ferrovias, rodovias, portos, hidrovias e saneamento.

A exposição do FI-FGTS se concentra em sete companhias: Odebrecht, Sete Brasil, Vale, OAS, ALL, Alupar e Prumo Logística Global (novo nome da LLX). Os negócios do fundo com esses conglomerados somam R$ 10,5 bilhões - o fundo atua tanto como sócio quanto adquire dívidas das empresas (debêntures). Um outra parcela significativa - R$ 7 bilhões - foi para os cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiar, muitas vezes, essas mesmas empresas.

##RECOMENDA##

Hoje, o FI-FGTS tem cerca de R$ 40 bilhões disponíveis, montante que abrange tanto o patrimônio líquido (R$ 29 bilhões) como o dinheiro que está parado - por volta de R$ 13 bilhões. É sobre o valor total comprometido (VTC) que se faz a conta do limite de 30% de exposição do fundo a cada grupo econômico, previsto no regulamento.

Por mais que o fundo não tenha descumprido as exigências legais, o Estado apurou que a intenção é diversificar a carteira de investimentos do FI-FGTS em relação aos setores e às empresas contempladas. Na gaveta de pedidos de aportes e nas prospecções que a Caixa - administradora dos recursos - faz há projetos de concorrentes dos atuais sócios do fundo com chances altas de aprovação.

Embora a Caixa afirme que só entra em negócios de baixo risco e com viabilidade atestada por auditorias externas, o FI-FGTS já investiu em empresas com qualidade duvidosa. Algumas quase quebraram, como a Celpa, que entrou com pedido de recuperação judicial e foi comprada por R$ 1 pela Equatorial, do grupo Rede. Outras até devolveram concessões por problemas financeiros, como a Nova Cibe, do Bertin. "Muitas vezes, a decisão de investimento não é técnica, mas política", afirma o professor do Instituto Insper, Otto Nogami.

Sócio.

A Odebrecht é o grupo econômico que mais tem negócios com o fundo, entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões, apurou o Estado. Ou seja, a exposição do FI-FGTS ao grupo ainda representa algo em torno de 10% do VTC. O fundo aumentou no ano passado a participação nas empresas Odebrecht Ambiental e Odebrecht TransPort.

Para manter 30% da sociedade de cada uma das empresas, o FI-FGTS teve de desembolsar, respectivamente R$ 350 milhões e R$ 455 milhões a mais em 2013. Com a operação, passou a deter R$ 993 milhões da Odebrecht Ambiental e R$ 2,5 bilhões da Odebrecht TransPort.

Na carteira de negócios da unidade de transporte, estão grandes empreendimentos, como as rodovias Dom Pedro (SP) e BR-163 (MT), o Aeroporto Internacional do Galeão e a Linha 6 (chamada até aqui de Laranja) do metrô de São Paulo.

Outra empresa do grupo, a Odebrecht Energia, é uma das sócias da Santo Antônio Energia, concessionária da Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (RO). Da concessionária, o fundo adquiriu debêntures de R$ 1,8 bilhão. Em nota, a Odebrecht afirma que entre as 15 empresas do grupo, apenas duas têm participação do fundo: Ambiental e TransPort. Diz ainda que grande parte dos empreendimentos têm criado centenas de empregos para a população Brasil afora.

A lista das que mais receberam recursos do FI-FGTS inclui também a Sete Brasil, fornecedora de sondas à Petrobrás (R$ 2,5 bilhões), a mineradora Vale (R$ 1,2 bilhão), OAS (R$ 1,1 bilhão), ALL (R$ 800 milhões), Alupar (R$ 700 milhões) e Prumo Logística (R$ 700 milhões). O Estado apurou que não há preocupação dos gestores quanto à exposição atual do fundo a esses grupos.

Até mesmo investimentos polêmicos, como na LLX, que foi recentemente vendida por Eike Batista, são vistos com tranquilidade porque, segundo a Caixa, os contratos dão segurança aos negócios. No caso da LLX, se a empresa tivesse quebrado, o banco estatal se tornaria "dono" de parte do Porto de Açu, principal bem da atual Prumo Logística Global, desde outubro do ano passado controlada pela americana EIG.

A Prumo afirmou que os desembolsos, feitos em 2012 e 2013, foram usados nas obras civis para implantação do Terminal 2 do Porto do Açu, como a dragagem do canal, a construção do quebra-mar e de cais, e da Linha de Transmissão.

Setores.

Os projetos em energia lideram com folga os desembolsos (R$ 10,5 bilhões), seguidos por rodovias (R$ 2,5 bilhão), portos (R$ 2 bilhões), saneamento (R$ 1,8 bilhão), ferrovias (R$ 1,5 bilhão) e hidrovias (R$ 86 milhões).

No ano passado, o FI-FGTS teve autorização para aplicar recursos em aeroportos, mas até o momento não houve nenhum desembolsos para essa finalidade específica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Darby Private Equity está encerrando o processo de financiamento para um fundo de investimentos que vai focar em projetos de infraestrutura no Brasil, segundo informações do Wall Street Journal, que citou uma fonte próxima ao assunto.

A Darby começou a gerar a quantia de R$ 500 milhões para o fundo há 15 meses e espera encerrar o processo antes da Copa do Mundo, que começa em 12 de junho, disse a fonte. O objetivo é investir o dinheiro - gerado por fontes brasileiras - em energia, logística, transporte e outros projetos de infraestrutura.

##RECOMENDA##

Ainda segundo a fonte, a Darby já gerou e investiu cerca de US$ 2 bilhões em projetos de infraestrutura no Brasil nos últimos anos e provavelmente vai vender seu investimento em um projeto brasileiro de energia renovável ainda este ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O plenário do Senado aprovou na tarde desta terça-feira (25) uma proposta que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. O projeto, apresentado ao final da CPI mista que tratou do tema no Congresso entre 2011 e 2012, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

O projeto prevê que um fundo de natureza contábil será destinado a financiar ações que visam a combater a violência contra as mulheres. Para compor o fundo, estão previstos recursos do orçamento da União, doações, convênios e saldos remanescentes de anos anteriores, entre outros.

##RECOMENDA##

Entre outros usos, os recursos do fundo podem ser utilizados na compra de materiais para ajudar no combate e prevenção da violência contra a mulher e na assistência jurídica feminina.

O município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, será beneficiado com R$ 4,6 milhões através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), anunciado pelo governador Eduardo Campos, em Surubim (PE).

A verba deve ser utilizada para pavimentação de vias urbanas, reforma e ampliação de praças, calçamento, saneamento ambiental e drenagem. A prefeitura informou que, neste segunda etapa, serão contemplados os bairros Luiz Gonzaga, José Carlos de Oliveira, Antônio Liberato e Maria Auxiliadora.

##RECOMENDA##

A cidade já recebeu a primeira etapa do FEM, também no valor de R$ 4,6 milhões. De acordo com a assessoria, o dinheiro foi utilizado para obras nas zona urbana:

Binários da Av. Manoel de Abreu e Rua Major João Coelho (Rendeiras); Reforma e ampliação das Praças Pedro de Souza e Praça do Convento; Calçamento em ruas dos bairros São João da Escócia, Pinheirópolis, Divinópolis, Cidade Jardim, Parque Real, Universitário, Salgado, Vila Kennedy, Maria Auxiliadora e Santa Rosa; Saneamento ambiental no bairro Maria Auxiliadora e Serviço de drenagem no Parque do São Francisco.

A Petrobras anunciou a criação de uma gerência executiva específica para tratar de questões relativas à área de Libra, denominada E&P Avaliação Exploratória, Desenvolvimento da Produção e Gestão dos Investimentos de Libra (E&P-Libra). Para o cargo foi designada a engenheira de petróleo Anelise Quintão Lara, que tem como missão delimitar, conceber, gerir os investimentos e implantar os projetos de desenvolvimento da produção de Libra, sob o regime de partilha da produção. A engenheira química era até então da área de Desenvolvimento de Projetos da Gerência Executiva E&P-Presal.

Outras duas gerências foram fundidas, de modo que a estrutura no segmento de Exploração & Produção fica com a mesma quantidade de gerências. Engenharia de Produção e Corporativa agora são uma só gerência, sob o comando de Solange da Silva Guedes, antes da Gerência Executiva E&P Engenharia de Produção. O geólogo José Jorge Moraes, que era do Corporativo, passa para a área Internacional, na gerência executiva Inter-Corporativo.

##RECOMENDA##

"As mudanças anunciadas agora visam a ajustar a estrutura organizacional da empresa aos novos desafios para os próximos anos, em especial para a complexidade, a diversidade e a relevância estratégica das atividades de concepção e desenvolvimento da produção na área de Libra", diz a Petrobras em nota, ressaltando a particularidade de ser concessão sob o regime de partilha.

A Petrobras é operadora da área com participação de 40% no consórcio, com os sócios Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), e com a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), que vai representar a União nos contratos formados para execução dos contratos de partilha.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca em audiência pública a partir desta quinta-feira, 12, uma minuta que permite a criação de fundos de ações que possam investir em companhias fechadas e abertas. A intenção é permitir que tais fundos possam acompanhar a evolução de empresas que ainda não fizeram oferta pública de ações, mas que pretendem ou tenham potencial de fazê-lo nos anos que seguem.

Pela proposta, que altera a Instrução CVM nº 409/2004, fica autorizada a criação dos Fundos de Investimento em Ações - Mercado de Acesso, que terão como política de investimento aplicar pelo menos 2/3 do seu patrimônio em ações de companhias listadas neste segmento. Ainda são previstos mecanismos para viabilizar o investimento em empresas menos líquidas e, ao mesmo tempo, lidar com as características das ações dessas companhias de menor porte.

##RECOMENDA##

Esses fundos seriam constituídos sob a forma de condomínio fechado. Pela proposta, eles poderão investir até 1/3 do seu patrimônio em companhias fechadas, desde que tenham ingerência na gestão delas nos mesmos moldes exigidos dos fundos de investimento em participação.

A minuta propõe, ainda, permitir a cobrança de taxa de performance sobre retornos absolutos - índices de juros ou inflação, por exemplo. Segundo a proposta, isso se deve ao fato de não existir nenhum índice de renda variável que reflita de forma adequada a evolução de companhias de menor porte. A proposta estará em discussão até 10 de fevereiro.

Os fundos de capital semente e de venture capital deverão ser uma solução mais recorrente de financiamento de empresas pré-operacionais ou em início de operação diante da maior dificuldade de acesso ao mercado de capitais. A aversão ao risco, fruto do atual cenário econômico do País, foi ampliada com a derrocada das empresas de Eike Batista. Por outro lado, esse cenário traz boas oportunidades para novos investimentos desses fundos, aponta o sócio da FIR Capital, André Emrich.

Atrair um investidor de alto risco, amadurecer o negócio conquistando os primeiros resultados para apenas em um segundo momento fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) parece, na visão do advogado e especialista em Mercado de Capitais do escritório Mattos Filho, Jean Marcel Arakawa, um caminho viável para as companhias pré-operacionais. "Não vimos mais nenhuma demanda para IPOs por parte dessa empresas e, na nossa opinião, os espaços para ofertas estão muito reduzidos", disse Arakawa.

##RECOMENDA##

Esse cenário pode abrir oportunidades para os fundos de capital semente e de venture capital, que buscam empresas com potencial de crescimento e que ainda estão em uma etapa inicial. Esse pode, inclusive, ser o primeiro passo antes das companhias com esse perfil abrirem seu capital, explica Clóvis Meurer, presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).

No ano passado a indústria de private equity e venture capital investiu no Brasil R$ 15 bilhões, o que representou um crescimento de 26,3% em relação ao ano anterior. Desse total, uma fatia de 3,5% foi feito pelos fundos de venture capital, de acordo com dados da Abvcap.

Uma das empresas que investe nesse segmento é a Nova Investimentos, que tem R$ 900 milhões sob gestão e dois fundos de venture capital destinados à empresas pré-operacionais. Para o sócio da Nova Investimentos, Raphael Fraga, os fundos de venture capital desempenham o papel de financiar as empresas. "No Brasil as taxas de juros são historicamente altas então fica ainda mais difícil o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito mais barato", disse.

Segundo o presidente da Abvcap, como esses fundos visam vender sua fatia na empresa em até cinco anos aproximadamente, a abertura de capital é um desfecho desejado. Em 2012, os desinvestimentos desses fundos via IPO correspondem a mais de 46% das rotas de saída. No entanto, se alguma empresa pré-operacional colocar sua oferta no mercado neste momento encontrará investidores mais cautelosos, disse o sócio sênior da Brasilpar, Gustavo Junqueira. Segundo ele, os investidores irão preferir evitar especialmente os IPOs de áreas de alto risco, como óleo e gás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta segunda-feira (4), cidades e estados podem ter acesso aos recursos da décima parte da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A quantia disponível é de R$ 682,9 milhões.

O repasse é realizado pelo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A complementação da União, este ano, contempla nove estados e respectivos municípios que não alcançam com a própria arrecadação o valor mínimo nacional por estudante matriculado, que é de R$ 2.221,73. As unidades federativas atendidas são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

##RECOMENDA##

Cerca de 60% dos recursos do Fundeb devem ser utilizados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício (professores, diretores e orientadores educacionais). O restante do percentual é direcionado a despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino. O fundo é considerado a principal fonte de financiamento da educação básica pública.

 

 

 

A presidente Dilma Rousseff estuda criar um fundo de compensação para índios que vivem em áreas próximas às hidrelétricas previstas no plano de energia do governo para 2021. Também prepara a regulamentação de um artigo da Constituição que obriga o poder público a consultar as comunidades indígenas antes de operar essas usinas.

Trata-se de uma estratégia para reforçar o discurso do governo no embate com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma crítica da política de desenvolvimento do País, que segundo ela não é sustentável.

##RECOMENDA##

Ex-petista, Marina se aliou ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) e poderá até disputar a sucessão do ano que vem na condição de vice do pernambucano.

As duas medidas que o governo tenta agora reativar por causa do do "efeito Marina Silva" ficaram paradas por quase 11 anos de gestão do PT no Planalto.

A primeira delas, o fundo, é uma antiga reivindicação dos índios. Ele seria criado com dinheiro da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH), paga pelas empresas que exploram as hidrelétricas. A verba equivale a 6,75% do valor total de energia mensal produzida pelas usinas. Só entre janeiro e setembro deste ano, foram repassados R$ 1,3 bilhão da seguinte forma: 45% para os municípios atingidos pelos reservatórios, 45% distribuídos aos Estados onde estão as usinas e 10% para a União.

Uma das propostas que circula no governo, elaborada pelo Instituto Acende Brasil, voltado ao setor elétrico, prevê que a União abra mão de metade do que recebe, e os Estados abram mão de 22% da sua cota.

O Plano Decenal de Energia 2021 do governo federal prevê a construção de 34 hidrelétricas na Região Norte do País. Atualmente elas estão em fase inicial ou ainda só no papel. Nesse plano, para o qual valeriam as novas regras de compensação dos índios, não estão incluídas as polêmicas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, alvos de constantes embates entre as comunidades atingidas e o governo federal.

Consultas

A segunda medida prevista no pacote pró-indígenas de Dilma se refere ao artigo 231 da Constituição, que prevê que os potenciais energéticos oriundos de recursos hídricos só podem ser aproveitados após consulta às comunidades que vivem no local de instalação do empreendimento. Segundo integrantes do governo, essa medida já é considerada urgente no Palácio do Planalto.

Adicionalmente, o governo também vai regulamentar a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário desde 2003. Essa convenção também estabelece critérios para consulta aos índios.

Em Belo Monte, por exemplo, as comunidades atingidas dizem não ter sido consultadas. Já o governo diz que fez a consulta. Ao estabelecer um critério, a ideia é acabar com polêmicas assim. "Os povos indígenas têm suas próprias formas de debater temas sobre seu futuro, e nossa regulamentação precisa dar conta disso, quer dizer, vamos criar um mecanismo que absorva o protocolo de cada povo, de cada etnia", diz o secretario nacional de articulação social da Secretaria Geral da Presidência, Paulo Maldos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estão abertas, até o próximo dia 31, as inscrições do Fundo Itaú Excelência Social (Fies) para organizações não governamentais que atuam na área de educação. Para isso, as instituições devem acessar o site do Fundo, e se forem escolhidas, cada uma delas poderá receber até R$ 120 mil em apoio financeiro.

No processo seletivo, serão escolhidos programas de três categorias: o primeiro trata-se dos projetos de Educação Infantil com proposta pedagógica que vise o desenvolvimento integral de crianças com idade até 5 anos; segundo os de Educação Ambiental para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, com o objetivo de promover conhecimentos necessários para a preservação e melhoria da qualidade ambiental; e, no terceiro caso; os de Educação para o Trabalho que pretendem preparar adolescentes e jovens de 14 até 24 anos para o mercado de trabalho.

##RECOMENDA##

Para participar da seleção, organizações não-governamentais devem preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: tenham orçamento anual igual ou superior a R$ 240 mil; ofereçam atendimento gratuito e não tenham fins lucrativos; tenham sido constituídas no Brasil, de acordo com a legislação brasileira, e possuam sede no território nacional; estejam adimplentes com suas obrigações fiscais; sejam responsáveis diretas por um programa social relacionado a uma das três categorias, cuja implantação tenha sido iniciada há pelo menos dois anos e ainda esteja em execução; formalizem corretamente, de acordo com o edital, por meio da ficha, a inscrição até a data limite. 

Ao todo, serão ainda investidos R$ 792 mil em apoio técnico, monitoramento, formação dos gestores das ONGs, logística e destinados R$ 260 mil para programas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil.

Seleção - O processo de seleção é dividido em cinco etapas. Inicialmente, classificam-se os inscritos que atendem às exigências do edital. Em seguida, as organizações habilitadas e os programas por elas apresentados são avaliados pelo Comitê de Análise. Os aspectos observados são a capacidade de gestão para sustentabilidade política, financeira e técnica; a composição, formação e experiência profissional das equipes das organizações; a relevância do programa perante o contexto local e o potencial de transformação; o caráter inovador do programa. Após a avaliação, o Comitê seleciona até 25 semifinalistas cujos documentos serão verificados e, depois dessa análise, as organizações receberão Visitas Técnicas para ratificação da indicação e coleta de dados adicionais.

Com informações da assessoria

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) começa suas inscrições nesta segunda-feira (1º) para este segundo semestre. O programa, realizado pelo Governo Federal, financia bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. Os interessados deverão se inscrever até o mês de dezembro, por meio da grande rede.

De acordo com a assessoria de imprensa do Fies, não poderão se inscrever os alunos que estejam com a matrícula acadêmica trancada, que já tenham sido beneficiados ou que estejam inadimplentes com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC). Também não poderão receber o benefício os estudantes cujo percentual de comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita seja inferior a 20% ou que possua renda familiar mensal bruta superior a 20 salários mínimos.

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), aprovou na manhã desta terça-feira (21), o Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário de Pernambuco que assegura recursos para a expansão e o aperfeiçoamento da atividade jurídica.

Por meio da iniciativa aprovada, o Judiciário pretende ampliar o acesso da população à Justiça, gerando recursos para a informatização da atividade jurídica em primeira e segunda instância, capacitação de servidores e magistrados, construção e reforma de prédios do próprio Poder, entre outras ações.

##RECOMENDA##

A presidente da CCLJ, deputada Raquel Lyra (PSB), informou que a medida segue orientações do Conselho Nacional de Justiça que visam o aumento da autonomia e transparência do Poder Judiciário em todo o País.

Recursos - A receita do Fundo de Modernização será formada a partir de diversas fontes, a exemplo dos valores cobrados para inscrição em concurso público do Judiciário e da arrecadação da taxa de serviços notariais e registrais.

 

O Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, planeja expandir a presença no capital das empresas ligadas ao setor de consumo. A meta tem como pano de fundo fugir da queda de rentabilidade dos títulos públicos e aproveitar o recente aumento de renda da população brasileira.

Em entrevista à Agência Estado, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o diretor de investimento do fundo de pensão, Carlos Fernando Costa, revelou que os primeiros passos nessa direção já foram dados com a compra de fatias acionárias na Dasa (10,21%) e na Marcopolo (10%) no ano passado.

##RECOMENDA##

A principal aposta hoje da fundação no segmento de consumo é na BRF, onde detém 12,74% do capital. Um ativo atualmente no holofote dos investidores. A expectativa é de que a assembleia em 9 de abril gere novas polêmicas. O Petros ainda não bateu o martelo sobre a indicação do empresário Abilio Diniz para a presidência do conselho de administração da BRF.

A dúvida do Petros é se o empresário é o nome correto para conduzir o atual plano de expansão da BRF. “O presidente do conselho, junto com o presidente da companhia, será o condutor. A avaliação que estamos fazendo é se, neste momento, para o Petros, Abilio seria o melhor condutor”, disse. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Governo do Estado de Pernambuco convida artistas, produtores, representantes de entidades e instituições culturais para participar da reunião pública que vai lançar a convocatória de renovação da Comissão Deliberativa do Funcultura. O encontro ocorre às 10h da terça (26), no auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Nela também são apresentados o perfil dos participantes, atribuições e competências da comissão, que é a instância máxima de definições relativas ao fundo. Integrada por representantes do governo, de instituições culturais e entidades ligadas aos artistas e produtores de diversas linguagens, é a Comissão Deliberativa que seleciona e pontua projetos, dentre outras obrigações.

##RECOMENDA##

Serviço:

Reunião pública sobre a renovação da Comissão Deliberativa do Funcultura

26 de março | 10h

Auditório do Iphan (Palácio da Soledade - Rua Oliveira Lima, 824, Boa Vista, Recife/PE)

O custo dos partidos para os cofres públicos atingiu a marca de R$ 6,8 bilhões em dez anos, entre 2003 e 2012, com valores corrigidos pela inflação. A soma leva em conta o que deixa de entrar no caixa do governo, como subsídio para a propaganda partidária e eleitoral, e os desembolsos do Orçamento Geral da União para o Fundo Partidário. O custo das legendas em uma década equivale a sete vezes o valor da reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.

O programa de dez minutos que o PMDB exibiu na quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão, por exemplo, custou R$ 2,1 milhões para o conjunto dos contribuintes brasileiros. Só os 43 segundos que o peemedebista Renan Calheiros (AL) utilizou para destacar sua "vontade de acertar" na Presidência do Senado, cargo para o qual foi eleito neste ano, representaram um baque de R$ 152 mil nos cofres públicos.

##RECOMENDA##

Gratuito para as legendas, o tempo de propaganda partidária é pago pelo governo federal na forma de isenção de impostos para as emissoras de rádio e televisão. As 23 horas e 20 minutos que 15 partidos vão ocupar nas redes em 2013, sempre em horário nobre, significarão R$ 296 milhões em impostos que as emissoras deixarão de pagar, segundo relatório da Receita Federal. No ano passado, por causa das eleições, a conta da isenção fiscal chegou a R$ 606 milhões.

A despesa pública com os partidos é crescente. Entre as eleições presidenciais de 2002 e 2010, por exemplo, subiu 210% acima da inflação (tendo como parâmetro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), passando de R$ 370 milhões para R$ 1,15 bilhão.

Um dos motivos desse fenômeno é a elevação dos custos da publicidade comercial - é com base neles que a Receita calcula o benefício fiscal concedido a cada emissora de rádio e TV. Ao final de 2013, a propaganda dos partidos terá invadido o rádio e a televisão em 59 noites, sempre às quintas-feiras, na forma de programas de cinco ou dez minutos.

O subsídio para que os partidos façam propaganda de si próprios é indireto - as legendas nem sequer tomam conhecimento das quantias envolvidas. Com o Fundo Partidário, é diferente: o dinheiro vai diretamente para os cofres dos beneficiados, todos os meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fundo que deverá ser criado para dar liquidez às debêntures incentivadas para a infraestrutura poderá ser liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas deverá ter participação de bancos privados, afirmou nesta quinta-feira o vice-presidente da instituição de fomento, João Carlos Ferraz.

O executivo defendeu a participação dos bancos privados no financiamento de longo prazo, mas não deu detalhes sobre as medidas em estudo pelo governo. "A agenda é muito grande e o BNDES tem defendido há muito tempo a necessidade de termos mais agentes financiando o longo prazo, seja por crédito, seja pelo mercado de capitais, na renda fixa", disse Ferraz, após participar de evento sobre a economia chinesa, no Rio.

##RECOMENDA##

No caso do fundo de liquidez para as debêntures incentivadas - que têm isenção de impostos sobre os rendimentos quando são voltadas para projetos de infraestrutura -, o objetivo é resolver um problema visto em outros países: a baixa circulação desses títulos de renda fixa, que acabam ficando nas carteiras dos bancos, dando pouca opção de saída para os investidores.

"Precisamos tentar desenhar instrumentos que favoreçam a liquidez. Temos que criar mercados secundários. Mas o BNDES sozinho não pode entrar nisso sozinho. Temos que ter outros bancos compartilhando", declarou Ferraz, que reafirmou a importância de haver outros agentes no financiamento de longo prazo.

"O mercado financeiro, a indústria financeira, pode contar com a experiência do BNDES. Se somos banco um banco de desenvolvimento, somos um banco de desenvolvimento também para a indústria financeira", completou.

A Agência Brasil divulgou neste domingo (13) que a Universidade de Coimbra, em Portugal, criou recentemente um fundo de investigação e uma bolsa de doutorado para pesquisas sobre as relações entre a instituição e o Brasil. Segundo a agência, o fundo terá 3 mil euros anualmente e a bolsa de 980 euros mensais, durante um período de quatro anos.

O intuito do estudo é o trabalho com acervos guardados no arquivo da universidade referentes à cartografia, geografia e fauna brasileiras; alunos e professores brasileiros que estudaram ou trabalharam na universidade - como o reitor Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho, nascido no interior do Rio de Janeiro, e um dos mais longevos no cargo (reitor entre 1770 e 1779, e novamente de 1799 a 1821. Também é objeto de estudo o conteúdo estudado por bispos brasileiros formados na universidade, bem como de passaportes de pessoas que viajaram para o Brasil.

##RECOMENDA##

Para o diretor do arquivo da Universidade de Coimbra, José Pedro Paiva, conforme informações da Agência Brasil, se todos os documentos fossem colocados em linha reta formariam uma faixa de cerca de 10 quilômetros. De acordo com Paiva, pelo menos 500 metros são formados por “material inédito”, nunca pesquisado, estima o diretor. “É plausível que a investigação leve a repensar parte da história entre Brasil e Portugal”, explica o diretor em depoimento à agência.

Concessão

Historiadores brasileiros receberão as duas primeiras bolsas. Segundo a agência, a historiadora Ediana Ferreira Mendes tem como projeto de pesquisa A Formação Intelectual e Ação Episcopal dos Arcebispos da Bahia (Séculos 17-18) e o estudante Guilherme de Souza Maciel (da Universidade Federal de Minas Gerais), que pesquisa Espetáculo da Natureza. A História Natural a Serviço da Coroa Portuguesa (1770-1808).

A universidade

A instituição de ensino portuguesa teve papel importante na formação da elite brasileira. A maioria dos ministros brasileiros graduou-se e ensinou em Coimbra, até meados so século 19. Um exemplo é o caso de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), considerado Patriarca da Independência (1822).

A Universidade de Coimbra é atualmente a instituição no exterior que possui mais estudantes brasileiros, entre eles bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras e do programa de licenciatura.

Com informações da Agência Brasil 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o fundo de desenvolvimento regional será criado porque alguns Estados, mais distantes dos grandes centros consumidores, argumentam que a única forma de atrair empresas é oferecendo atrativos. "Mas em vez de ICMS, o atrativo será o fundo, que terá recurso financeiro e orçamentário, de modo que os Estados tenham o fundo à disposição", afirmou. No primeiro mês, segundo ele, o fundo terá R$ 4 bilhões em recursos.

"Por um critério a ser definido, os Estados mais pobres receberão parte desse fundo de desenvolvimento regional. Esse fundo é para mudar a natureza do atrativo que se dá a essas empresas", afirmou.

##RECOMENDA##

Segundo o ministro, o fundo de desenvolvimento regional terá duração de 16 anos, pois, nos primeiros oito anos, a alíquota interestadual de ICMS será reduzida de 12% para 4%, mas, nos oito anos seguintes, o fundo atuará para dar tempo para que os Estados reorganizem suas finanças.

"O recurso financeiro vai acumular. Então, deverá ter um estoque de recursos financeiros que vai continuar por um tempo além dos 16 anos", afirmou. "Enquanto ele tiver recursos financeiros, eles serão emprestados com 20 anos de prazo, com TJLP."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando