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Kroton e Estácio protocolaram no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o processo de fusão que pode criar uma companhia de ensino superior com 1,5 milhão de alunos. O documento, entregue na quarta-feira, 31, já leva em conta, no entanto, segundo o empresário e acionista da Estácio Chaim Zaher, a venda do ensino a distância (EAD) de duas instituições que hoje estão no guarda-chuva do grupo Estácio: a UniSeb e a própria Universidade Estácio de Sá.

De acordo com Zaher, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na segunda-feira, as companhias apresentariam "os remédios prontos para tentar agilizar a aprovação de fusão". Segundo ele, além do EAD, a proposta prevê que algumas unidades presenciais também sejam vendidas, sem revelar quais.

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Em comunicado, as duas empresas afirmaram apenas que "cooperarão com o Cade em tudo o que for necessário para que essa autarquia possa emitir sua decisão sobre a operação."

No mercado, é consenso que a aprovação do negócio deve estar condicionada a restrições no ensino a distância e que será necessária a venda dos ativos de EAD da Estácio. Mas, para isso, a companhia deve ter de enfrentar desafios regulatórios. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, na Estácio, o ensino a distância e o ensino presencial estão dentro de uma mesma instituição, o que obrigaria a empresa a ser dividida em duas.

Regulação

Especialistas consideram que essa cisão da Estácio vai exigir algumas modificações na forma como a regulação do setor é entendida hoje.

A legislação educacional brasileira permite a transferência de instituições de ensino entre mantenedoras (que são as estruturas administradoras de universidades e faculdades), mas o Decreto 5.773, de 9 de maio de 2006, impede a venda de cursos ou programas isoladamente.

Segundo essas fontes, há alguns raros precedentes de instituições de pequeno porte que conseguiram separar cursos de uma mesma mantenedora.

"Mas isso foi num período em que a regulação do setor era mais fraca", diz uma fonte. Para ela, o fato de o Brasil passar por uma transição de governo torna difícil prever qual seria o entendimento do MEC a respeito.

Em relatório após uma reunião com a Kroton, analistas do Santander reportaram que a Kroton considera possível um "spin off" de instituições de ensino caso necessário, mas a empresa não tem dado mais detalhes. Segundo com eles, porém, a Kroton se dispôs a fazer uma proposta mais "agressiva" quanto à venda de ativos para permitir que o andamento do processo ocorra de forma mais ágil.

A Kroton já informou que considera viável a fusão com a Estácio porque as operações de EAD da Estácio representam 2,7% do total da receita de uma empresa combinada.

Ranking

A Estácio de Sá tem 68,7 mil alunos de ensino a distância, segundo os dados mais recentes, de 2014, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e é a sexta maior instituição de EAD brasileira. Em sétimo lugar estava a UniSeb, o menor entre os ativos de ensino a distância das empresas juntas, com 43,4 mil matriculados. As duas instituições da Kroton lideram o ranking: em primeiro está a Unopar, com 310,8 mil alunos, seguida pela Uniderp, com 150,6 mil.

Outro momento importante no processo de fusão de Kroton e Estácio no Cade deve ser a reação dos concorrentes do setor de ensino. Pessoas próximas à Ser Educacional, que também fez uma oferta pela Estácio, mas foi preterida, têm afirmado que a empresa deve protocolar junto ao Cade suas percepções de que o negócio entre Estácio e Kroton é prejudicial à concorrência.

Ouvir outras empresas do setor é de praxe no ritual de processos complexos no Cade e a aposta da Ser, segundo as fontes, é de que outros relatos negativos sejam feitos por empresas do setor e possam afetar a percepção dos conselheiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O serviço de transporte alternativo Uber desistiu de competir com seu maior rival na China, onde opera desde 2004. Ao invés de continuar batalhando contra o aplicativo Didi Chuxing, o Uber decidiu vender suas operações em uma operação de fusão. O negócio foi confirmado nesta segunda-feira (1º) em um post de Facebook pelo CEO Travis Kalanick.

A combinação das duas empresas, segundo estimativas de mercado, faz com que a Didi Chuxing suba seu valor de mercado para US$ 35 bilhões. O acordo também prevê que a companhia chinesa invista US $ 1 bilhão no Uber. Em troca de sua operação, o Uber receberá 5,89% dos ativos do grupo recém-incorporado.

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"Uber e Didi Chuxing estão investindo bilhões de dólares na China e ambas as empresas ainda têm de conseguir lucro por lá. Chegar a rentabilidade é a única maneira de construir um negócio sustentável que pode servir melhor os pilotos chineses, motoristas e cidades a longo prazo", disse o CEO do Uber, Travis Kalanick.

Desde o seu lançamento na China, há pouco mais de dois anos, o Uber se expandiu para mais de 60 cidades, realizando cerca de 40 milhões de viagens por semana. Apesar disso, o serviço americano tentou garantir espaço, sem sucesso, num mercado que já era dominado pelo aplicativo Didi Chuxing – empresa que recebeu atenção mundial depois de receber US$ 1 bilhão em investimentos da Apple.

O negócio anunciado pelo Uber poderia ser visto como uma simples desistência, mas seus investidores terão uma participação na empresa recém-formada pelos dois serviços. A expectativa é que o Uber agora seja capaz de conter as perdas maciças que tem sofrido na região. A Bloomberg relata que a empresa perdeu mais de US$ 2 bilhões na China desde o seu lançamento no país.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, descartou uma fusão imediata com a Força Sindical, mas sinalizou que no futuro as duas centrais podem vir a se unir. "Neste momento, nós estamos trabalhando um arco de alianças para unificar a ação das centrais. Essas ações conjuntas podem significar, no futuro, uma ação orgânica conjunta", disse.

Na semana passada, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), negou que a entidade tenha planos imediatos de fusão.

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A eventual união de duas das três maiores entidades sindicais do País iria superar a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em número de sindicatos e arrecadação. Juntas, Força e UGT congregariam 27% dos sindicatos e superariam em 50% a arrecadação da CUT. As conversas em torno da eventual fusão foram noticiadas pela Folha de S.Paulo na semana passada.

Elogio a ministro

Patah elogiou o discurso de unidade do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que veio a São Paulo nesta quarta-feira, 25, para participar de plenária com os sindicalistas. "Nos parece que nada será alterado sem o diálogo com o mundo sindical", afirmou.

O sindicalista disse ainda que a entidade vai propor uma CPMF exclusiva para financiar a Previdência, que teria um critério progressivo e com isenção para os trabalhadores.

Orientado pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o vice-presidente Michel Temer decidiu levar a Previdência Social para o Ministério da Fazenda, como estratégia para garantir que o endurecimento das regras para a aposentadoria no Brasil seja colocado efetivamente em prática.

Essa é uma das fusões que estão sendo estudadas pela equipe de Temer para que o número de ministérios caia a algo em torno de 23, ante os atuais 32 cargos na Esplanada. O plano prevê uma dezena de cortes e a criação de uma nova pasta, responsável pelas concessões, parcerias público-privadas (PPPs) e privatizações, que deve ficar sob o comando do ex-ministro Moreira Franco. O enfoque do novo ministério ou secretaria, com status de ministério, veiculado à Presidência da República, deve ser a geração de vagas de trabalho com carteira assinada.

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A mudança de postura do vice se deve às críticas dos últimos dias de que ele estaria repetindo a prática de Dilma de "lotear" os cargos na Esplanada para garantir o apoio dos partidos para o governo. Pela nova configuração, caso a presidente seja afastada pelo Senado, o governo Temer faria a junção dos Transportes com Portos e Aviação Civil, Educação com Cultura, Desenvolvimento Social com Agrário e Comunicações com Ciência e Tecnologia.

Além disso, as Secretarias das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, que têm status de ministério, ficariam sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça. Perderiam status de ministério o Banco Central, a Advocacia-Geral da União, a Secretaria de Comunicação e o Gabinete Pessoal da Presidência.

Dois prováveis ministros do governo Temer confirmaram a mudança ao jornal O Estado de S. Paulo e anteciparam que a ida da Previdência para Fazenda deve sofrer resistências, mas o entendimento é de que esse é o melhor desenho para garantir que o sistema previdenciário brasileiro volte a fechar no azul. Essa mudança, se confirmada, será histórica e deve ser bombardeada pelos sindicalistas, movimentos sociais e até pelo corpo técnico do órgão. O diagnóstico é de que, sem uma reforma previdenciária, não tem como Meirelles sinalizar um ajuste fiscal consistente para garantir a sustentabilidade das contas públicas no médio e longo prazos.

Com a redução no número de ministérios, a equipe ainda está para escolher entre alguns nomes que eram dados como prováveis quando as pastas eram separadas. É o caso, por exemplo, dos pernambucanos Roberto Freire (PPS-SP), que assumiria a Cultura, e Mendonça Filho (DEM-PE), que ficaria com Educação.

Disputa

A escolha de um nome para a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma disputa entre Temer e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano sondou o ex-procurador-geral de Justiça Márcio Elias Rosa para a vaga na Secretaria de Segurança Pública que será aberta com a provável ida de Alexandre de Moraes para o governo federal do peemedebista.

O gabinete de transição de Temer está com dificuldade de encontrar alguém para comandar o órgão, responsável pelo combate à corrupção. Dois ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie e Carlos Velloso, também foram cotados para a vaga, mas não teriam demonstrado entusiasmo com a ideia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os conselhos de administração da Cetip e da BM&FBovespa devem aprovar nesta quinta-feira (7) a proposta de fusão entre as companhias, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo fontes, os dois grupos devem se reunir para tratar da proposta feita pela bolsa à depositária. Com isso, as empresas estão muito próximas de combinar seus negócios e criar uma nova empresa com valor de mercado de cerca de R$ 40 bilhões.

Para a transação se concretizar, depois do aval dos conselhos, a combinação das atividades das empresas deverá ser aprovada em assembleia de acionistas. Como todo o processo de fusão ou aquisição do setor, posteriormente terá de passar pelo crivo do Banco Central (BC), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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A operação se desenrola no momento em que o Brasil enfrenta uma crise política e econômica, que leva o mercado de capitais a se arrastar, diante da falta de confiança de empresas e investidores. O objetivo da união seria construir uma empresa mais robusta para quando ocorrer uma retomada do mercado.

A Cetip foi criada em 1984 pelas próprias instituições financeiras (bancos, corretoras e distribuidoras de valores), em conjunto com o Banco Central. Na época, o objetivo era garantir segurança e agilidade às operações do mercado financeiro.

O início das atividades foi em 1986. Hoje, mais de 15 mil instituições participantes utilizam os serviços da Cetip. Além de sua unidade de valores mobiliários, a Cetip possui uma divisão de financiamento, proveniente da aquisição da GRV Solutions, que faz, por exemplo, o registro de gravames pelos órgãos de trânsito.

Atualmente, a principal acionista da Cetip, com 12% do capital social, é a ICE, que adquiriu a Nyse Euronext, controladora da bolsa de Nova York, há quatro anos. Já o restante das ações da Cetip está em circulação no mercado. A companhia é a chamada "true corporation", ou seja, uma empresa de capital pulverizado.

Valor do negócio

A oferta da BM&FBovespa estipula um preço de R$ 41 por ação da depositária e foi feita em 19 de fevereiro deste ano. A proposta prevê pagamento aos acionistas da depositária de 75% em dinheiro e o restante em ações.

No entanto, desde que a possibilidade de uma fusão com a Bovespa passou a ser uma possibilidade, as ações da Cetip passaram por um forte movimento de alta. Na quarta-feira, os papéis fecharam cotados perto de R$ 41, o valor da oferta feito pela Bolsa. Mas com a ação da BM&FBovespa perto de R$ 15, o preço da ação no âmbito da oferta sobe para cerca de R$ 44, o que automaticamente elevaria o valor da proposta da Bolsa pelo ativo.

A BM&FBovespa usou como base o valor de sua ação em 30 de outubro de 2015, dia que antecedeu a primeira proposta feita pela depositária - que foi rejeitada e posteriormente elevada -, quando seu papel fechou cotado a R$ 11,40.

Outra mudança que se dará é o reajuste da proposta pela correção do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) a partir da reunião do conselho da Cetip que aprovar o negócio - ou seja, a partir do fim das reuniões desta quinta-feira -, e não mais a partir da assembleia de acionistas, que ainda não tem data para acontecer.

Segundo fontes ligadas à operação, o "gatilho" para a correção da operação é importante para a Cetip, já que o pagamento efetivo só será feito depois da aprovação pelo Cade - processo que pode levar meses. Se a correção começar mais cedo, o valor em espécie a ser recebido pelos acionistas da depositária será mais alto. Procuradas, as duas empresas não quiserem comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As centrais sindicais consideram um "retrocesso político" o plano do governo Dilma Rousseff de fundir o Ministério do Trabalho com o Ministério da Previdência. Em nota conjunta assinada pelas seis maiores centrais do País, a que a reportagem teve acesso, os sindicalistas afirmam que a ideia vai gerar "enormes prejuízos aos trabalhadores e à sociedade em geral". A nota será divulgada nesta terça-feira, 29, pelos líderes sindicais.

"A ideia da fusão destes ministérios já foi levantada antes, resultando, por força da realidade, no modelo atual, com dois ministérios distintos. Os ministérios do Trabalho e da Previdência Social são responsáveis por zelar de direitos inalienáveis dos trabalhadores, e o processo de fusão pode resultar em enormes danos a suas já combalidas estruturas administrativas", dizem os sindicalistas. Os planos do governo são de unificar as duas Pastas, que seriam comandadas por um único ministro, provavelmente o atual chefe da Previdência, Carlos Gabas (PT). Com isso, o PDT, que comanda o Ministério do Trabalho desde 2007, perderia espaço justamente na Pasta ligada à base trabalhista. O atual ministro, Manoel Dias (PDT), sairia do governo.

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Na nota, as centrais sindicais criticam duramente os planos de Dilma, previsto para saírem do papel na quarta-feira, 30. "As centrais sindicais brasileiras manifestam sua posição contrária à fusão do Ministério do Trabalho (MTE) com o Ministério da Previdência Social, bem como requerem a modernização e o fortalecimento do MTE, com o objetivo de resgatar o seu papel como ministério estratégico na implementação de políticas permanentes de Estado e na intermediação dos conflitos naturais nas relações capital x trabalho", dizem as lideranças.

Assinam as notas as centrais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT; Força Sindical, ligada ao Solidariedade e ao PDT (o partido do atual ministro do Trabalho, Manoel Dias); União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que é ligada ao PMDB.

Toda quinta-feira os alunos do 5º ano do ensino fundamental da Escola Villare, em São Caetano do Sul, no ABC paulista, saem da sala para ter aula no parque. A disciplina é dada não por um professor, mas por quatro. E os estudantes aprendem conceitos de Biologia, Geografia e Artes. A matéria, chamada de Grupo de Pesquisa Interdisciplinar (GPI), parece um projeto extracurricular, mas faz parte da grade regular, com exigência de notas e frequência.

Assim como o Villare, outras escolas particulares de São Paulo estão alterando o currículo para acrescentar matérias que vão abordar mais de uma disciplina - conceito chamado "steam" (que na sigla em inglês significa Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).

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"Nós ainda temos as aulas exclusivas de cada uma das disciplinas e temos essa aula que é complementar. As áreas só têm sentido quando elas se conversam. Ninguém que vai estudar Física ou Química fica só nessas disciplinas, sem abordar a Matemática, por exemplo", disse Ligia Berenguel, vice-diretora da escola.

Outros colégios adotaram as aulas interdisciplinares para os alunos do ensino médio. É o caso do Bandeirantes, que está modificando o currículo para integrar diferentes matérias. Os alunos do 1º ano terão, a partir de 2016, aulas conjuntas, com pelo menos dois professores, nos laboratórios de Química, Física e Biologia.

"Os alunos estarão mais autônomos, mais protagonistas e os conteúdos farão mais sentido para eles. Eles não deixarão de ser preparados para as provas mais tradicionais, como vestibulares, e ainda terão o acréscimo de um preparo de pensamento crítico, raciocínio complexo e resolução de problemas", afirmou Cristiana Mattos de Assumpção, coordenadora de Ciências do colégio.

Segundo ela, a mudança curricular no Bandeirantes é consequência de um conceito que vem sendo aplicado há 20 anos, por meio de projetos extracurriculares e de alguns trabalhos em sala de aula. "O colégio vem investindo em projetos para adquirir o know-how de como trabalhar dessa forma, avaliar os impactos na aprendizagem e capacitar os professores para repensar seu papel como educadores e sua relação com os alunos", disse Cristiana.

Resultado

Os coordenadores dos colégios disseram ter observado que os alunos ficam mais empolgados e curiosos com os conceitos discutidos nas aulas que abordam mais de uma matéria. "Essas novas disciplinas possibilitam abrir o pensamento, criar um ambiente investigativo e promover o empoderamento dos estudantes a partir de seu processo de aprendizagem", afirmou Luis Fernando Massagardi, orientador pedagógico do Colégio Ofélia Fonseca.

Neste ano, a escola reestruturou a grade curricular do ensino médio, reduzindo a carga horária exclusiva de algumas disciplinas para que fossem abordadas em aulas por área. Os alunos do 2º ano passaram a ter uma nova disciplina, Ciências da Natureza, com professores de Biologia, Química e Física. Já os do 3º ano ganharam duas novas matérias: Linguagens, com um professor de Língua Portuguesa e outro de Literatura; e Política e Sociedade, com professores de História e Filosofia.

"Quando apresentamos o conteúdo por áreas, o aluno passa a ver mais sentido no que está sendo estudado. Ele vivencia um processo independente dessa ou daquela disciplina, e nesse caminho ele vai se apropriando dos conhecimentos específicos", disse Massagardi. Ele também afirmou que as aulas com mais de um professor em sala permitem que um mesmo assunto seja abordado de formas diferentes.

Para as escolas, esse é um caminho para o ensino nos próximos anos. Mesmo nas aulas que abordam uma única disciplina, os professores têm sido incentivados e cobrados para que tentem ampliar os conceitos e, assim, mostrar a aplicação do que é ensinado. "Essa tendência de trabalhos interdisciplinares já vem sendo apontada como formato necessário para suprir as demandas da formação de um cidadão no século 21", disse Cristiana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Democratas descartou, nesta quinta-feira (2), a possibilidade de fusão com o PTB. A Executiva Nacional se reuniu em Brasília, reavaliou o processo e, diante de impasse eleitoral, resolveu recuar.

“Tratativas aconteceram, mas o tempo passou. Entendeu-se que a discussão da fusão, que foi autorizada pela própria Executiva, determinava riscos para o partido, um risco sério de não participarmos do processo eleitoral, e, portanto, era preciso interromper”, ressaltou o presidente nacional da legenda, senador José Agripino (RN).

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Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), a decisão foi acertada num momento de necessário reposicionamento do partido. “O Democratas se fortalece ao ser o verdadeiro representante do sentimento de grande parcela dos brasileiros que reprovam este governo. Deixei isso claro na Executiva Nacional: manter a nossa coerência ideológica é uma decisão lúcida e condizente com o momento do país”.

O líder da legenda na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), vislumbra oportunidade de crescimento. “Temos quadros qualificados, consistentes, que significarão atratividade para trazermos novos nomes ao DEM, o que poderá ser multiplicado caso a janela da fidelidade seja de fato aprovada no Congresso”, afirmou.

Calendário – A Executiva também anunciou para o dia 10 de dezembro a data para a realização da convenção nacional do partido. Já as convenções nos municípios deverão ocorrer entre os dias 15 e 30 de agosto. Já os encontros estaduais serão realizados entre os dias 5 e 30 de outubro.

Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que ainda não morreu a tese de fusão do seu partido ao PSB, mas pelo tom da sua voz dá para perceber que nem ele nem mais nenhuma liderança pós-comunista ou socialista acredita que a ideia volte a prosperar e, consequentemente, a contaminar quem tem poder de decisão.

“Não morreu, houve apenas um adiamento da parte do PSB, a partir da reação da regional de Pernambuco”, disse Freire, adiantando que o debate voltará em outra oportunidade. Para ele, no momento em que houve um recuo da parte do PSB, o movimento arrefeceu, quebrando o entusiasmo”, afirmou.

Freire disse que esse desapontamento é natural. “Até porque nós tínhamos marcado até a data do casamento, dia 20 passado”, assinalou. O presidente do PPS considera natural que não esteja se observando o mesmo clima de euforia, mas ressaltou que parte do PPS a chama continua acesa.

Ele lamenta o recuou, porque o ambiente havia ficado mais propício ainda para a fusão com a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a perda de mandato por causa da infidelidade partidária não se aplica aos eleitos pelo sistema majoritário. A corte entendeu que, com a regra valendo nesses casos, há uma violação da soberania popular.

Freire entende que a decisão favoreceu a fusão com o PSB porque abriu a possibilidade de prefeitos, governadores e senadores se filiarem ao novo partido sem a preocupação de perder o mandato. "Essa decisão corrigiu um erro administrativo, que foi a ampliação do instituto da fidelidade partidária para as eleições majoritárias, quando não se trata da proporcionalidade, do voto em partido e, portanto, do mandato do partido", explicou.

Para Freire, a ideia da fusão continua viva. “Quem sabe, em função de alguma decisão da reforma política possa voltar com mais intensidade”, afirmou. Ele teve encontro, ontem, em São Paulo, com o presidente estadual do PPS, Raul Jungmann, para discutir um seminário que o partido está organizando no Recife.

Na mesma entrevista, ele negou que o PPS esteja em confronto com o PSB, tentando atrair para os seus quadros a senadora Marta Suplicy, que está fazendo a travessia do PTB para a legenda socialista. “Em nenhum momento tratamos de filiação de Marta ao PPS. O que discutimos lá atrás foi a sua filiação ao novo partido que viesse a surgir da fusão”, afirmou.

TIME ESCALADO – De olho nas eleições municipais no ano que vem, o PSB planeja eleger pelo menos 10 prefeitos de capitais. Além da reeleição de Geraldo Júlio no Recife, o partido conta com candidaturas fortes, como Marta Suplicy, em São Paulo, e Romário, no Rio. Outros nomes em aposta: Teresa Cristina em Campo Grande (MS), Luciano Ducci em Curitiba (PR), Vanderlan Cardoso em Goiânia (GO), Serafim Corrêa em Manaus (AM) e Mauro Mendes em Cuiabá (MT).

Parceria festejada – O secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, comemorou, ontem, a parceria fechada com o ministro da Integração, Gilberto Occhi, para retomar com força os projetos de irrigação no Vale do São Francisco em áreas públicas. “É a certeza do aumento da nossa produção e a garantia de empregos no campo que estavam se evaporando”, afirmou.

Pacto pela Vida – O sábado será de trabalho para o governador Paulo Câmara. Ele passa a manhã inteira na Secretaria de Planejamento e Gestão, ao lado dos secretários Danilo Cabral (Seplan) e Alexandre Carvalho (Defesa Social), discutindo novas metas para o Pacto pela Vida, programa de segurança pública voltado para redução dos índices de violência no Estado.

Reino encantado – Em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Rogério Leão, da bancada do PR, prestou homenagem ao município de São José do Belmonte, que já governou por dois mandatos, pela passagem dos 122 anos de emancipação política. O município ganha destaque nacional com a cavalgada à pedra do reino encantado, que se realiza todos os anos em maio.

Com sabor eleitoral – A festa de aniversário do advogado e escritor Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, marcada para amanhã na Casa da Rabeca, em Olinda, tem todos os ingredientes para se transformar na avant-première da sua candidatura a prefeito da Marim dos Caetés. O convescote, que atrairá um grande número de políticos, começa às 13 horas, com muito forró e comidas típicas do São João. 

CURTAS  

EMPREENDEDOR – Terra da festa da uva, Lagoa Grande, no Vale do São Francisco, foi a terceira cidade da região a ganhar, ontem, a Sala do Empreendedor, projeto em parceria com o Sebrae para dar suporte aos trabalhadores e empreendedores que vivem na informalidade.

POSSE - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, preside a solenidade de posse do novo presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias, na próxima quinta-feira, no auditório da instituição. Servidor de carreira da estatal, Miranda Farias foi uma indicação do senador Humberto Costa.

Perguntar não ofende: Quem ainda acredita na fusão do PPS ao PSB?

A decisão tomada pela Executiva Nacional do PSB em relação ao cancelamento da fusão com o PPS não é vista pelo presidente nacional do partido e deputado federal, Roberto Freire, como a melhor opção. Lamentando o adiamento da possível junção das legendas, o parlamentar revelou não ter participado da decisão, mas garantiu está aberto a novos diálogos. 

De acordo com o líder nacional do PPS, a única atitude do partido após decisão socialista é esperar os desdobramento político. “Nós do PPS apenas recebemos a declaração do PSB de que pediam para adiar. Só nos restava aceitar e aguardar se o PSB deseja retomar, e quando quer retomar a decisão”, lamentou. 

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Freire também fez questão de frisar que não houve participação dos pós-comunistas na decisão do PSB e que o PPS já tem pensamento firmado sobre o assunto. “O PPS tem uma decisão e não tive nenhuma participação deste adiantamento e nós aceitamos. Não tínhamos outra coisa a fazer do que aceitar, e estamos no aguardo e abertos”, se dispôs. 

Questionado pela equipe do Portal LeiaJá se a decisão do PSB neste momento foi a mais sensata, ele descordou do cancelamento. “Não, não. Eu acho, que era do ponto de vista político, algo muito significativo, profundo pelo o momento que vive a sociedade brasileira: a crise econômica e a fusão poderia ser muito positiva”, avaliou, reforçando a opinião. “E apenas uma avaliação e é ate mesmo porque algumas decisões da reforma política que tem influências e que poderiam ser muito positivas, caso tivesse sido realizado”, opinou o deputado. 

A suspensão do processo de fusão entre PSB e PPS foi anunciada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em menos de dez dias atrás. Entre as justificativas estavam questões exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, em Pernambuco, terra do ex-governador Eduardo Campos, os socialistas eram contrários à união, e esse é um dos principais embates entre a cúpula. 

As ideias contrárias de alguns líderes do PSB, principalmente em Pernambuco, onde foi demonstrada insatisfação e até a surpresa dos militantes do PPS, entre outros motivos, oficializaram de vez, a suspensão da fusão das duas siglas. Em entrevista divulgada no site do PSB, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira confirma a decisão e aproveita para demonstrar o anseio dos socialistas disputarem as eleições municipais de 2016 em 17 capitais brasileiras. 

De acordo com Siqueira, um dos motivos foram algumas restrições impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Ambas as instituições partidárias estão reavaliando a possibilidade de fusão, em função de circunstâncias próprias à dinâmica política. Pelo lado do PSB, um primeiro ponto que foi discutido, e que impacta de forma decisiva a agenda que se imaginou inicialmente, está relacionado a uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, que prevê que a fusão não cria um novo partido”, confirmou.

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Detalhando a normativa, o líder nacional pontuou que o PSB poderia se prejudicar com a fusão. “Tal apreciação do Tribunal cria um problema relevante, porque estabeleceria uma janela de trinta dias na qual se admitiria que parlamentares eleitos em certames proporcionais deixassem as agremiações partidárias sem perda de mandato, não possibilitando movimento no sentido contrário, ou seja, o ingresso de membros no PSB que viria a resultar da fusão. Aqueles que nos apresentaram essa tese observaram que o PSB se sujeitaria a uma espécie de “ataque especulativo” no período de trinta dias, o que poderia tornar incerta uma das vantagens da fusão, que se relaciona ao crescimento de nossa bancada”, destrinchou.

Ainda justificando a suspensão da junção, Siqueira relacionou a decisão com algumas decisões sobre a reforma política e deixou claro que o assunto pode ser retomado em 2017. “Outro evento que tem grande incidência sobre a agenda da fusão está relacionado de forma direta ao andamento da reforma política no Congresso Nacional. Como todos sabem, o fim das coligações proporcionais, que era dado por certo, não se viabilizou. Desse modo, PSB e PPS podem unir esforços com vistas às próximas eleições e amadurecer a ideia de fusão em 2017”, sugeriu, pontuando também os congressos partidários. “Há, por fim, um terceiro elemento que se deve considerar. O tempo em que se imaginou processar a fusão, com congressos partidários previstos para 20/06 próximo, foi de fato pequeno para permitir a organização dos partidos em nível estadual. Ainda que houvesse uma maioria de estados em que existia consenso quanto àquilo que seria o cenário resultante da fusão, essa não era uma situação unânime. Como o cenário criado pela reversão da tese de fim das coligações proporcionais nos faculta um outro horizonte de tempo, não haveria porque incorrer em tensões desnecessárias no âmbito estadual”, esclareceu. 

Questionado sobre a possível descaracterização do PSB caso se funda ao PPS, o socialista rebateu a especulação. “Eu particularmente vejo nesse raciocínio uma de duas possibilidades, ou seja, ignorância ou má fé. Abordando inicialmente a primeira alternativa, todos aqueles que conhecem elementarmente a história política do Brasil sabem que tanto PSB, quanto o Partido Comunista Brasileiro, que veio a transformar-se no Partido Popular Socialista – PPS, têm um enorme histórico de lutas, ao longo de toda a história republicana, em prol do das causas populares e de transformações sociais”, defendeu, citando a trajetória política de ambas as instituições.

Outro assunto abordado pelo presidente do PSB foram às denúncias feitas pelo ex-governador Eduardo Campos em relação a um movimento pendular da política, em que se alternam PT e PSDB. “O Governador Eduardo Campos tinha uma leitura muito apurada do Brasil e da conjuntura política mundial. Ainda que não tivesse tido tempo para teorizar suas percepções, sua prática política é inequívoca. Nesse sentido, a ruptura com o Governo da presidente Dilma é cristalina e representou a compreensão de que o projeto popular que o PT liderou havia sido capturado pelas forças conservadoras”, relembrou, comentando ainda sobre a disputa eleitoral de 2014. “Eduardo Campos se preparava para ser uma alternativa a essa alternância conservadora que estabeleceram entre si PSDB e PT, alinhando-se efetivamente com as causas populares, porque sabia que na lógica bipartidária as diferenças, ainda que existentes, não eram suficientes para promover transformações sociais que se adequassem minimamente às expectativas e anseios populares”, analisou.

Defendendo a atuação do PSB e do PPS e alegando estarem na proa de um movimento de vanguarda na esquerda brasileira, o socialista garantiu que o PSB não tem medo de perder o poder. “Como nós do PSB não temos medo de perder o poder – porque nosso partido não é pensado para se perpetuar no poder, aos moldes das filiações ideológicas de partido único, ou desse bipartidarismo hegemônico – estamos dispostos a perseguir novos alvos políticos, experimentar novos arranjos, desde que esses tenham por referência os interesses populares”, frisou reforçando em seguida que às criticas feitas sobre a fusão com o PPS são equivocadas e desalinhadas.

Carlos Siqueira garantiu que a possível junção das duas siglas não trouxe problemas e que às críticas foram amistosas. “Bem ao contrário, como Presidente do PSB, fiquei extremamente feliz ao ver que aqueles que se opuseram à tese da fusão o tenham feito com lisura e de forma extremamente amistosa, sempre com o propósito de contribuir para com o debate interno. Essa forma de conduzir as coisas demonstra não apenas nossa maturidade para discutir questões internas com amplas repercussões para o Brasil, como também evidencia uma preocupação salutar com a unidade partidária”, avaliou.

Visando ampliar as lideranças municipais com as eleições de 2016, o presidente nacional revelou que uma das estratégias do partido é lançar candidaturas em várias capitais brasileiras. “Como uma indicação preliminar do que vem à frente, posso adiantar que o primeiro grande desafio que nos propusemos foi o de consolidar a expectativa muito favorável que temos, em relação às eleições municipais. Nesse sentido, vamos ter candidaturas competitivas nas três principais capitais do País – Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo –, o mesmo ocorrendo em Recife, Fortaleza, Curitiba, Aracaju, João Pessoa, Porto Velho, São Luiz, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Palmas, Macapá, Manaus, além de Campinas - SP, cidade à qual atribuo uma importância similar à de capital estadual”, adiantou Siqueira.

 

O PPS define, nesta sexta-feira (12), o posicionamento que tomará diante do possível adiamento da fusão com o PSB. De acordo com a presidente da legenda em Pernambuco, Débora Albuquerque, o diretório nacional vai ouvir representantes de vários estados e encontrar um denominador comum sobre o tema: se cancela de uma vez o processo ou apenas posterga a junção das duas siglas. 

“Soubemos que a fusão realmente não ia acontecer de forma alguma, mas ontem (quinta-feira) o presidente Roberto Freire disse ter se reunido com o governador de Pernambuco, em Brasília, e ele pontuou que continuariam conversando”, revelou Albuquerque, que está em Brasília para participar da reunião do Diretório. 

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Questionada sobre qual seria a postura da agremiação em Pernambuco, a presidente estadual afirmou ter ido ao encontro “para ouvir e ponderar dentro do que será votado”. “A questão em Pernambuco é mais complicada. A fusão não vai acontecer justamente por causa da postura do PSB daí [de Pernambuco]. Eles não querem fundir os partidos”, cravou. “Vamos firmar um denominador comum hoje”, acrescentou. 

Na quarta (10), o governador Paulo Câmara (PSB) encontrou o presidente do PPS, o deputado Roberto Freire. Sobre a conversa, Câmara disse que o PSB pretende permanecer em discussão com o PPS para aprimorar o processo. “É necessário ter mais um prazo para as questões internas serem melhor resolvidas. Vamos fazer uma aliança política como aconteceu em 2014”, argumentou o governador. Na próxima terça-feira (16), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e Roberto Freire devem conceder uma coletiva para detalhar o assunto. 

Diante da falta de acordo para uma fusão, integrantes da cúpula do PSB irão propor ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), um "pacto eleitoral" para a disputa municipal de 2016. A ideia será apresentada em encontro previsto para ocorrer nesta quarta-feira (10) em Brasília entre as duas partes.

"Vamos propor duas resoluções em que se prevê uma aliança conjunta em todo o País com PPS na disputa municipal do próximo ano. É uma caminho alternativo. Já que na discussão jurídica não se conseguiu avançar, vamos fazer uma fusão política", disse ao jornal O Estado de S.Paulo, o vice-presidente do PSB, Beto Albuquerque. Inicialmente, estava previsto a realização de um congresso no próximo dia 20 para oficializar a união das duas legenda.

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"Acredito que essa solução é a mais coerente. Poderemos amadurecer essa relação com a aliança eleitoral de 2016, onde quem tiver um candidato mais forte será apoiado", emendou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Segundo ele, pesou na decisão de não se realizar a fusão com o PPS o posicionamento do grupo de Pernambuco, Estado natal do ex-presidente da legenda Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a disputa presidencial de 2014.

"Desde o início, o acordo foi de que só avançaria na tese se houvesse concordância de todos. Foram colocadas preocupações com o que sairia da discussão da reforma política no Congresso Nacional e também houve alguns ruídos estaduais", disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. "Além disso, quando se iniciaram as conversas a discussão também era de se fazer uma incorporação, dessa forma não se corria o risco de se abrir uma brecha para a saída de alguns quadros do partido. Mas as conversas acabaram seguindo para a fusão", acrescentou o governador. Ele e os demais integrantes da cúpula do PSB participaram nesta quarta-feira, 10, do 5º seminário internacional de Direito Administrativo e de Administração Pública, realizado em Brasília.

Segundo alguns socialistas, também pesou o fato de que uma união com o PPS neste momento poderia levar o partido a ter um perfil mais opositor, passando uma imagem aos eleitores de proximidade com o PSDB. A ideia do PSB, entretanto, é permanecer numa linha de "independência". A possibilidade de fusão com o PPS, por outro lado, não foi descartada por completo, mas a realização de novas conversas sobre o tema devem ser retomadas somente em 2017.

A desistência da união entre o PSB e o PPS já é tida como certa nos bastidores políticos como o Portal LeiaJádivulgou recentemente, mas, segundo o governador Paulo Câmara (PSB) os diálogos permanecerão e a fusão pode correr nos próximos meses, ou até, no próximo ano. Em entrevista a uma rádio nesta terça-feira (9) após o anuncio de concessões feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), o socialista reconfirmou que a junção das legendas não será feita em junho, como estava proposto. 

“Há uma grade discussão no âmbito do partido. Nós decidimos em comum com todas as lideranças do partido. É um momento de aguardar e aprofundar essas discussões. Então, a fusão vai continuar sendo discutida, mas não vai ser resolvida como tava marcada agora para o mês de junho”, revelou. 

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De acordo com Câmara, as conversas não impedirão a realização de alianças com o PPS, inclusive, nos diretórios espalhados pelo país. “Vai nos dar a oportunidade (as conversas) de fazermos alianças políticas com o PPS como já estamos fazendo desde 2014, e abrir uma discussão maior em todos os Estados, em todos os diretórios, para vermos no próximo ano, ou nos próximos meses, se a fusão jurídica pode ser feita ou não”, apesar da decisão, o socialista enfatizou a unidade do PSB. “Um processo de discussão que o partido está muito unido, muito coeso e vai decidir isso”, pontuou. 

Após um fim de semana de conversas entre a cúpula nacional do PSB, o governador de Pernambuco e vice-presidente do partido, Paulo Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (8), que a legenda socialista quer firmar parcerias com o PPS, mas também observa a necessidade de rediscutir a fusão e deixar a concretização do processo “mais para frente”. De acordo com ele, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai se reunir com o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, e outros membros dos partidos nesta semana para tratar dos desdobramentos do assunto. 

“O partido está unido, todos entendendo da necessidade de se rediscutir essa questão do processo de fusão. Esta semana vai ter alguns desdobramentos do processo lá em Brasília, o presidente Carlos Siqueira deve se encontrar com representantes do PPS para que a gente possa definir (o adiamento efetivo do processo)”, frisou o governador, após a cerimônia de posse dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos. “A gente quer ter políticas juntas (com o PPS), mas com esse processo de fusão sendo mais discutido com os estados e ficando um pouco mais para frente”, acrescentou. 

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Questionado sobre a possibilidade do adiamento do processo gerar algum desconforto interno – principalmente com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que esteve à frente das negociações –, o governador voltou a pontuar a unidade da legenda e destacou que as conversas em torno da fusão vão continuar acontecendo para que as divergências entre o PSB e o PPS sejam superadas. “As conversas com o PPS continuam é apenas o momento de abranger mais o debate. Temos mais convergências do que divergências e precisamos mesmo aprofundar o debate para superar qualquer tipo de divergência que possa ocorrer. É isso que vai se fazer em 2015 e 2016”, conjecturou.

Encontro com Carlos Lupi – O governador encontra no início da tarde desta segunda-feira com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que está em Pernambuco para um encontro com a direção estadual pedetista. Apesar de não compor a base aliada de Paulo Câmara, o PDT integra, em alguns municípios, o hall de aliados do PSB, entre eles Caruaru, no Agreste.

Na cidade, inclusive, há instalada uma pré-disputa pelo apoio de Câmara para as eleições municipais de 2016. Nos bastidores, conta-se com, no mínimo, três aliados que pretendem disputar o pleito: os deputados federal Wolney Queiroz (PDT) e estaduais Raquel Lyra (PSB) e Tony Gel (PMDB). 

“Está muito cedo para conversar sobre 2016. Tenho um amplo palanque em Caruaru, a gente quer na verdade é ajudar Caruaru para que a cidade ajude o Estado. Estamos conversando com todos os atores. Tanto a deputada Raquel Lyra, quanto Tony Gel e Wolney Queiroz são pessoas que eu respeito muito”, observou o governador ao ser indagado se a disputa pelo Executivo de Caruaru em 2016 estava na pauta da conversa com Lupi. Os dois almoçam juntos neste momento. 

A Executiva Nacional do PPS se reunirá na próxima quinta-feira (11), no San Marco Hotel, em Brasília. O encontro marcado para as 15h irá tratar da conjuntura política da legenda e repassar informações gerais, assim como, a fusão com o PSB que poderá ser cancelada ainda neste sábado (6), já que a bancada socialista se reúne para resolver a questão. 

Depois das deliberações da cúpula do PPS, no dia seguinte, na sexta-feira (12), haverá outra reunião, desta vez, como o Diretório Nacional. Ambos os encontros já foram anunciados pela legenda através de convocação extraordinária assinada pelo presidente nacional do partido, Roberto Freire. 

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Um grupo de seis pessebistas do qual fazem parte o ex-presidente do PSB Roberto Amaral e a deputada federal Luiza Erundina (SP) distribuirá, ainda desta sexta-feira, 5, uma "proclamação aos militantes" posicionando-se contra a cada vez mais remota possibilidade de fusão da sigla com o PPS.

"Agradecemos a todas as companheiras e companheiros de militância pela resistência coletiva que impediu, até aqui, o assassinato de nosso partido", diz o texto assinado por Amaral, Erundina, pelo deputado federal Glauber Braga (RJ), pelo secretário sindical do partido, Joilson Cardoso, pelo ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e por Vivaldo Barbosa, ex-deputado federal.

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Dirigentes do PSB se deram conta de que o processo de fusão não se daria com a facilidade prevista inicialmente. Pernambuco, liderado pelo governador Paulo Câmara e pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, questionaram a unificação, mesmo sabendo que a proposta tinha sido aventada inicialmente pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no ano passado.

Outros diretórios estaduais também demonstraram insatisfação com a proposta, como Maranhão, Bahia e Paraíba. A cúpula refez as contas e concluiu que não tinha 80% dos diretórios apoiando a fusão com o PPS, como informou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na última quarta-feira, 3.

"É imperioso manter nossa luta e avançar na esperança de que nem tudo está perdido. Conclamamos a militância a continuar a luta contra a fusão, pelo que ela representa de atraso e perda política e ideológica. Mas conclamamos, principalmente, para nos ajudar a manter acesa a chama do socialismo", dizem os signatários da "proclamação".

"Nesta hora decisiva, os números não podem ofuscar os valores. Um partido não pode crescer apenas aritmeticamente, renunciando aos seus fundamentos", diz o texto, que deve ser distribuído no final desta tarde.

Entusiasta inicial da fusão do PSB com o PPS, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que defenderá diante da cúpula pessebista que a concretização do processo seja adiada. O grupo de líderes da legenda vai se encontrar em São Paulo, neste sábado (6), onde participa do casamento do filho do vice-governador do estado e um dos líderes do processo, Márcio França (PSB). Lá, eles também vão definir se efetivam a fusão este ano ou deixam para 2017.

“O importante é que o partido saia unido deste processo. A fusão, no nosso entendimento, pode aguardar para um momento onde as regras vão estar mais claras”, argumentou após assinar o projeto de Lei que institui a Política Estadual da Pesca Artesanal. Ao falar de “regras mais claras”, Paulo Câmara fez menção às determinações eleitorais abordadas pela proposta da reforma política. Desde que o processo de articulação entre o PSB e o PPS desacelerou, os socialistas estão se justificando na falta de clareza das regras para a fusão de partidos. 

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Indagado se houve interferência da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, na possibilidade de voltarem atrás na decisão de fundir o PSB com o PPS, Paulo Câmara disse que as articulações locais foram conduzidas pelo presidente estadual do partido, Sileno Guedes, e que nacionalmente ele e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, foram consultados durante uma reunião na última semana com o presidente Carlos Siqueira, o vice-presidente Beto Albuquerque e Renato Casagrande.

Em conversa com o Portal LeiaJá nesta sexta-feira (5), Siqueira preferiu não confirmar se o posicionamento de Renata foi levado em consideração. Segundo ele, a reunião deste sábado será decisiva para o processo. “Os rumos do partido serão definidos amanhã (sábado). A decisão que nós vamos tomar vai levar em conta um balanço geral, não de A ou B”, desconversou. 

Pesca Artesanal - O governador enviou à Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta sexta (5), o projeto de Lei que institui a Política Estadual da Pesca Artesanal. A iniciativa pretende valorizar os pescadores artesanais e o fomento da sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Além disso, Câmara também lançou um edital que vai destinar R$ 2 milhões para as Unidades de Conservação que se encontram nas áreas com populações que vivem da pesca artesanal. O objetivo é integrar as comunidades de pescadores às ações de monitoramento e proteção. 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou, nesta sexta-feira (5), que os rumos da fusão entre o PSB e o PPS serão definidos neste sábado (6). Em entrevista ao Portal LeiaJá, o dirigente confirmou a “desaceleração” do processo e disse que “até o fim do dia de amanhã” o martelo – se efetivam a fusão este ano ou deixam para depois - será batido. 

“Vamos estar em São Paulo, com o Márcio França (vice-governador do Estado) e outros líderes do partido. Lá definiremos”, revelou o presidente nacional. Sem dar muitos detalhes sobre o que deverá acontecer, Siqueira pontuou ter conversado com “quase todos os componentes do PSB” durante esse período, inclusive a viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Renata Campos. 

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Nos bastidores, a opinião de Renata foi um dos pesos levados em consideração para adiar o processo de junção entre as legendas. Indagado sobre o assunto Siqueira desconversou. “A decisão que nós tomarmos vai levar em conta um balanço geral, não de A ou B”, disse. 

Prestes a solicitar, novamente, o registro do partido Rede Sustentabilidade, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva comentou nesta terça-feira (26), no Recife, as perspectivas para o desenvolvimento da legenda. Em coletiva de imprensa no palácio do Campo das Princesas onde se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB), ela também analisou a fusão do PSB com o PSB e revelou as expectativas para as próximas eleições.

Segundo Marina um dos principais trabalhos do Rede no momento é adensar o programa da agremiação e ver qual é o melhor estatuto que faça com que a Rede não seja apenas um novo partido, mas um partido novo. “Estamos preocupados com o conteúdo, não estamos puramente focados em eleição. Aliás, eu dizia, quando nós tivermos a maturidade de discutirmos política sem focar em eleições estaremos prontos para ser um partido”, avaliou. 

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Ela comemorou as assinaturas coletadas e garantir ingressar com a solicitação de registro da nova sigla nos próximos dias. “Coletamos mais. Nossos advogados estarão em breve entrando com o pedido de registro para que possamos nos tornar legalmente um partido estabelecido. É só uma questão de tempo, e acredito que desta vez teremos o registro da Rede Sustentabilidade”, anseia. 

Outra articulação necessária que o partido precisará fazer é em relação a atuação do partido nas capitais do Brasil. “Sabemos que existirão algumas capitais que até poderemos ter candidaturas. Nossas alianças serão sempre programáticas, não vamos fazer questão de crescer por crescer. Temos muitas pessoas que estão interessadas em compreender nosso programa, nossa estatura. Nós acreditamos na capacidade. Somos um partido capaz de coletar mais de um milhão de assinaturas de forma voluntária”, contabilizou. 

O governador Paulo Câmara (PSB) também comentou o desenvolvimento do novo partido, fez elogios, mas deixou claro sua permanência no PSB. “A Rede está sendo fundada, Marina Silva está trabalhando com toda a sua equipe para isso. Ela sabe das nossas afinidades. Estamos juntos e queremos estar juntos construindo o Brasil melhor, ela na Rede e nós no PSB”, ressaltou.

Fusão do PPS e PSB – Sobre a unidade entre os partidos PPS e PSB, a ex-senadora disse respeitar a discussão entre as duas legendas e avaliou que a articulação possui um nível de maturação que vem sendo tratada internamente. “Nossa atitude é de respeito. Sabemos que eles têm pontos de contato e estão fazendo deles uma razão para a fusão. É uma discussão que cabe ao PSB e ao PPS. Nós temos proximidade com aqueles partidos que apoiaram inicialmente a candidatura de Eduardo Campos e depois, com a sua morte, a que tive que assumir”, observou. 

Ainda sobre o PSB, Marina Silva demonstrou gratidão pelo acolhimento da sigla quando ela não conseguiu registrar a Rede. “O PSB é o partido que nos acolheu. A Rede tem todo o respeito pelo debate que ele está fazendo. Queremos cada vez mais aprofundar as nossas proximidades de acordo com os compromissos programáticos que temos”, pontuou.

Candidatura - Sobre uma nova tentativa de voltar ao cenário político, a ex-ministra do Meio Ambiente desconversou e alegou que a discussão não está posta neste momento. “Não estou na cadeira cativa de candidata. Não fico neste lugar, quero poder discutir o que é melhor para o Brasil. Neste momento estou imbuída de discutir para que a gente tenha o melhor que possa para melhorar a qualidade da política e da representação. Esse é um momento muito grave de uma profunda crise política, econômica, social e de valores”, declarou. 

Marina Silva cumpre agenda no Recife desde esta segunda-feira (25) onde visitou a viúva Renata Campos e se reuniu com a militância do partido num auditório na Zona Norte da capital pernambucana. Na agenda desta terça, além da coletiva de imprensa, a ex-senadora prestigiou o lançamento de um programa estadual e almoçou com Paulo Câmara. 

*Com informações de Giselly Santos

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