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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 17, que há chance de o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ser assinado ainda no segundo semestre. Segundo ele, a credibilidade do Brasil no exterior "é muito boa". As declarações foram feitas durante o Tag Summit 2022.

Guedes também voltou a comentar que se envolveu em uma discussão com um ministro francês que criticou as queimadas das florestas brasileiras.

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"A declaração sobre França foi referência a um caso de três anos atrás. Saiu como se eu estivesse xingando a França", disse.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Guedes afirmou na semana passada a uma plateia de empresários em Brasília, que a França era irrelevante para o Brasil. O ministro disse, conforme mostrou o Broadcast, que iria "ligar o f...-se" para os franceses.

O ministro também afirmou que o governo Jair Bolsonaro é culpado por todos os problemas que acontecem no Brasil, mesmo em casos que não dizem respeito ao governo.

"Estamos em batalha difícil, de valores e princípios, mas convencidos de que Brasil está em posição boa", disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acompanhará o presidente Jair Bolsonaro em almoço na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (8), de 13h às 15h. O compromisso é o único previsto na agenda do ministro desta segunda, divulgada pouco antes do fechamento deste texto.

Além de Bolsonaro, a federação também negocia encontros com outros candidatos à Presidência da República.

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Já há tratativas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) também serão chamados.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira (12) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios é um "exercício de responsabilidade fiscal" do governo e do Congresso diante de medidas propostas no ano passado, antes da guerra na Ucrânia, para subsidiar combustíveis.

Ele lembrou da proposta de criação de um fundo de estabilização para o preço de combustíveis, a qual classificou como "Kamikaze", como a medida atual vem sendo chamada, por driblar várias leis fiscais e eleitorais para dar vários benefícios a menos de 100 dias das eleições.

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Se tivesse sido aprovada naquela época, Guedes calcula que seriam gastos no total R$ 180 bilhões, R$ 60 bilhões em 2021 e R$ 120 bilhões em 2022, contra R$ 40 bilhões em benefícios propostos pela PEC atual. Segundo ele, havia ministros dentro do governo que defendiam os subsídios no ano passado, antes da guerra.

"São transferências de renda, não são subsídios para o ministro, o presidente, usar combustível mais barato. Podemos discutir à frente vantagens e desvantagens de ter fundo de estabilização de preços de combustíveis", disse.

"Mas não tenho a menor dúvida de que evitarmos a PEC Kamikaze de R$ 120 bilhões naquela ocasião para um modelo de transferência para os mais frágeis de R$ 40 bilhões, que é um terço, foi correto, um exercício de responsabilidade fiscal. Foi correto não criar naquela época. Aí sim seria populista", completou.

Dentro desse raciocínio, Guedes, classificou a Proposta de Emenda à Constituição dos Benefícios como "PEC das Bondades" em contraposição à "PEC Kamikaze". A proposta dribla leis fiscais e eleitorais ao criar um estado de emergência este ano para conceder diversos benefícios a menos de 100 dias da disputa presidencial, ao custo de cerca de R$ 40 bilhões.

"É merecida a transição da PEC Kamikaze para a PEC das bondades. A PEC atual, de R$ 40 bilhões, é a PEC das bondades. A PEC de R$ 120 bilhões, podendo chegar a R$ 180 bilhões era Kamikaze, que explode a si mesmo no tempo, além de ser permanente", reforçou. "São subsídios à gasolina, que é muito diferente de transferência aos mais pobres", disse, referindo-se novamente à proposta discutida no Congresso de criação de fundo de estabilização dos combustíveis.

Guedes ainda disse que a concessão de subsídios aos combustíveis atrasa a transição energética. "O preço é uma informação. Quando o preço sobe, está dizendo: usem mais energia solar, eólica, gás natural, que é energia de transição, não usem tanto petróleo".

O ministro presta esclarecimentos nesta terça sobre a política nacional de preços e abastecimento de combustíveis na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Bolsonaro

Guedes ainda disse, na audiência, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é popular, não populista. "O presidente apoia medidas fiscalmente responsáveis."

Segundo o ministro, o governo e o Congresso lidaram com o problema de combustíveis de forma correta, reduzindo primeiro os impostos diante das surpresas positivas na arrecadação. "As estimativas de crescimento do PIB estão sendo revistas para cima." Depois, com a guerra, a opção foi transferir renda para os mais frágeis.

"Subsídios para todo mundo usar petróleo mais barato seria erro dramático e irresponsável. Temos que compartilhar com mais frágeis excesso de arrecadação", afirmou.

Monopólio da Petrobras

O ministro da Economia afirmou que o País segue "prisioneiro de escassez de combustíveis" devido ao monopólio verticalizado da Petrobras, que controla várias etapas do mercado de petróleo.

"Há 60 anos, havia racionamento de petróleo. Hoje, seguimos prisioneiros de escassez de combustíveis por monopólio verticalizado, que sequer consegue oferecer preços mais baixos para a população, porque é uma commodity."

A exemplo do presidente de Jair Bolsonaro, Guedes também sugeriu que as margens de lucro da Petrobras são altas. "Em países mais avançados, como nos EUA há 35 petroleiras, nenhuma estatal, com 1/3 da margem de lucro da Petrobras."

Guedes ainda falou da "justeza" do pedido aos Estados e municípios para baixar os impostos sobre combustíveis e outros itens essenciais, considerando, segundo ele, que o governo federal já transferiu aos entes regionais R$ 500 bilhões desde 2019. Ele citou a cessão onerosa da Petrobras, a Lei Kandir e as transferências relacionadas à pandemia de Covid-19. O ministro afirmou que os Estados têm R$ 180 bilhões em caixa, então faz sentido pedir colaboração de um terço desse valor, de R$ 60 bilhões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 20, que os servidores públicos devem ter aumento de salário no próximo ano. A declaração foi feita durante o evento em comemoração aos 70 anos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo Guedes, com a redução de gastos com a pandemia, com o aumento da produtividade e com a maior oferta de serviços digitais para a população é possível aumentar os salários dos servidores.

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"Os governos passados contrataram 160 mil pessoas liquidamente. Se aposentam por ano de 20 mil a 30 mil por ano. Fizemos o contrário. Os servidores se aposentaram e nós digitalizamos os serviços. A produtividade subiu e pode haver aumento de salário brevemente", disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 20, que a economia mundial sofrerá nos próximos anos com menor crescimento. A declaração foi feita durante o evento em comemoração aos 70 anos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

"Do ponto de vista da economia mundial, veremos dias bem piores à frente. Os países vão rever crescimento para baixo", afirmou, citando os Estados Unidos e os países da Europa.

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Brasil

O ministro da Economia disse que o Brasil está "dessincronizado" com a economia mundial e que só depende dele mesmo para continuar crescendo.

"Não acreditem que se lá afundar nós estamos perdidos, não é verdade. Nós temos vitamina para crescer. Brasil tem dinâmica própria de crescimento", afirmou, em evento do BNDES. "Estamos apenas no início de um longo ciclo de crescimento".

No evento, o ministro lembrou ainda que o conflito entre Rússia e Ucrânia tem mais de 100 dias e pode piorar. "Se guerra estiver escalando, vamos ter que apertar o cinto. Vamos de novo para sacrifício", completou.

O presidente Jair Bolsonaro citou, nesta segunda-feira (6), que sofre pressões para demitir o ministro da Economia, Paulo Guedes, para "resolver certos assuntos".

"Vejo Guedes de vez em quando cansado, o que é natural. É um ministro que no passado era muito trocado, o da Economia. De vez em quando, alguns querem que eu troque ele Guedes, entre outros, para resolver certos assuntos. Prefiro conversar com eles e, dentro daquela lealdade mútua que nós temos mudarmos alguma coisa e prosseguir nessa luta", declarou em entrevista à TV Terraviva.

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Em seguida, Bolsonaro disse esperar que Guedes resolva a questão dos combustíveis no campo da tributação "nos próximos dias".

O Centrão tem cobrado a equipe econômica para achar uma solução ao aumento do preço dos combustíveis por identificar o forte impacto do fenômeno na popularidade do governo em ano eleitoral.

Representantes da indústria que almoçaram na sexta-feira (3) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, saíram do encontro com a promessa de que o pagamento de impostos e contribuições será reunido em uma só guia, com uma única data de vencimento. Atualmente, as empresas têm de recolher seis tributos federais com diferentes datas de apuração e pagamento.

A demanda veio do setor privado como forma de reduzir o custo com burocracias e custos tributários. "Isso representa uma economia para o governo com a gestão das diversas guias e não afeta o orçamento. E (também) para as empresas, que tem impacto imediato na inflação", disse o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, que participou do encontro com o ministro.

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De acordo com Batista, a demanda dos empresários era que os tributos federais fossem unificados em uma só guia, a ser paga no último dia útil de cada mês. No entanto, os técnicos do governo argumentaram que isso não seria possível porque é necessário transferir parte da arrecadação para Estados e municípios dentro do mesmo mês.

Em virtude disso, os técnicos estudam qual o último dia possível para o vencimento que permita a repartição dentro do mesmo mês, como determina a legislação.

GUIA ÚNICA

A proposta é de que, em uma única guia, os empresários conseguiriam pagar o PIS/Cofins, o IPI, o IRPJ/CSLL e as contribuições ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A equipe econômica espera tirar o projeto do papel no segundo semestre.

A demanda original apresentada pelos empresários ao governo previa mais prazo para o pagamento dos impostos, o que foi descartado pela equipe econômica porque a medida teria impacto no caixa do Tesouro.

INVESTIMENTOS

Na reunião, os empresários apresentaram a Guedes a projeção de que os 12 segmentos representados pela Coalizão Indústria - como Aço, Têxteis, Cimento, Veículos e Plásticos - deverão investir conjuntamente R$ 340 bilhões entre 2023 e 2026.

Os industriais também reclamaram do aprofundamento do processo de abertura comercial após o governo reduzir em mais 10% a alíquota do Imposto de Importação cobrada de produtos que não sejam fabricados por integrantes baseados no Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). De acordo com os industriais, o ministro justificou dizendo que era necessário "atacar a inflação". "Ele disse que não haverá novos movimentos de abertura comercial que não sejam acompanhados de redução do Custo Brasil", afirmou o coordenador da Coalizão Indústria e presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 26 que se Jair Bolsonaro for reeleito, com um Congresso com perfil mais de centro-direita, vai conseguir acelerar as reformas. "Vamos privatizar a Petrobras, fazer vários acordos comerciais, vamos fazer bem mais do que temos feito até agora."

Guedes afirmou que a pandemia acabou impedindo que as reformas que previa avançassem como esperado. Mas o Brasil está saindo da crise com o "fiscal forte" e a política monetária necessária para combater a inflação - ou, na linguagem do mercado financeiro, "na frente da curva".

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Já os Estados Unidos e Europa estão "atrás da curva", ou seja, vão precisar ainda subir muito os juros para conter a crise. "O mundo inteiro esta fora do lugar no fiscal e no monetário."

Para Guedes, enquanto o mundo, sobretudo o Ocidental, está "entrando no inferno", em uma crise que promete ser longa, o Brasil está saindo.

Crítica a governadores

Na entrevista, o ministro da Economia afirmou que o governo transferiu "meio trilhão de reais" para os Estados e municípios, em ritmo nunca visto, fazendo o ajuste fiscal deles. "Os Estados que estão reclamando, o governador é um despreparado ou é militante", disse, em Davos.

"Os Estados receberam uma fortuna fabulosa. Nunca se transferiu tanto dinheiro para Estados e municípios. A arrecadação deles subiu extraordinariamente", afirmou, destacando que vê injustiça nas reclamações dos entes federados. "Transferimos meio trilhão de reais para esses caras."

E a melhora das contas estaduais, não foi porque eles fizeram um ajuste fiscal, mas por conta dessa transferência, comentou o ministro. "Nós fizemos o ajuste deles."

Na conta de Guedes, os Estados e municípios receberam R$ 150 bilhões no pacote da rolagem de dívida; R$ 260 bi do Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), neste caso em 10 anos; R$ 68 bilhões pela de Lei Kandir. Houve anda mais alguns bilhões pela cessão onerosa (R$ 12 bilhões na primeira rodada e R$ 7 bilhões na segunda).

Inflação

Paulo Guedes acredita que a inflação alta já pode ter atingido o pico no Brasil e vai começar a baixar. No exterior, ao contrário, ainda pode subir mais e os países podem enfrentar um ciclo de piora, enquanto o Brasil começa um processo longo de melhora.

"Fomos os primeiros a combater a inflação, zeramos o déficit e subimos os juros", disse o ministro em entrevista à imprensa após seu último compromisso no Fórum Econômico Mundial em Davos.

"A inflação vai subir por muitos anos no mundo inteiro", disse, voltando a criticar a atuação lenta dos bancos centrais dos Estados Unidos e Europa.

Guedes reconheceu que a taxa de juros mais alta "é pé no freio" e ajuda a desacelerar a atividade. Mas ponderou que o Brasil tem um mercado interno enorme, capaz de resistir a um cenário externo mais desfavorável, e o País já tem contratado um programa de investimento de R$ 850 bilhões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou na manhã desta quarta-feira que há espaço limitado para dar reajuste de salário ao funcionalismo público federal, mas não há como repor perdas passadas por causa da inflação.

"A inflação acumulada neste ano é de 5% até agora. É possível repor o funcionalismo deste ano? Sim, é possível, até 5% dá", disse a jornalistas após um café no Fórum Econômico Mundial em que debateu o comércio da América Latina com a Ásia e o Pacífico.

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"Você pode até dar alguma coisa, mas esquece o que ficou para trás", disse Guedes, argumentando que na Alemanha, nos Estados Unidos, perdas salariais aconteceram, assim como em outras categorias no Brasil. "Todo mundo perdeu no mundo inteiro."

"É por lei, em ano eleitoral você só pode dar até a inflação e linear. O presidente gostaria de dar aumento aos policiais, mas não pode, é visto como aliciamento", afirmou o ministro. Jair Bolsonaro já chegou a defender aumento de 20% para os policiais e segue defendendo reajuste maior para a categoria.

O argumento de Guedes é que aumentos muito altos vão piorar a situação fiscal do Brasil, fazendo as contas voltarem à situação de antes. "Pela primeira vez em 15 anos zeramos o déficit em todos os níveis da federação. Estamos numa situação ímpar." No primeiro trimestre, o governo teve superávit primário e, em Davos, o ministro tem passado a mensagem que a consolidação fiscal continua no Brasil.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 20, confirma viagem do ministro da Economia, Paulo Guedes, a Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial e de encontros e reuniões relacionados ao evento. De acordo com a publicação, o afastamento de Guedes do País para esses compromissos se dará no período de 22 a 27 de maio.

Na segunda-feira, 16, a pasta da Economia já havia informado da viagem de Guedes. Segundo o comunicado, na agenda do ministro estão previstas reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia e o Pacífico, perspectivas da conjuntura econômica global e parcerias econômicas na América Latina.

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O ministério ainda informou que Guedes "vai apresentar o Brasil como destino privilegiado para investimentos e como um país destacado para soluções de segurança energética e alimentar internacional".

Mesmo reforçando sua posição contrária à reeleição, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se mostrou favorável a um novo mandato do presidente Jair Bolsonaro. "A reeleição é tragédia brasileira. Era melhor ter mandato de cinco anos. Sempre fui a favor de acabar com a reeleição", afirmou nesta quinta-feira, 19, durante o seminário Perspectivas econômicas do Brasil, promovido pela Arko Advice e o Traders Club.

Guedes disse que continua contra a reeleição, mas depois de dois governos de Fernando Henrique Cardoso, dois de Luiz Inácio Lula da Silva e dois de Dilma Rousseff, "dá pra ter dois de Bolsonaro". "Tomara que ele (Bolsonaro) faça reforma política", considerou, na hipótese de o atual mandatário continuar no poder por mais quatro anos.

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O ministro também disse que está acontecendo um fenômeno político interessante no Brasil e que Bolsonaro ganhou eleições de 2018 sozinho. "Foi uma ruptura, um chega", disse durante o seminário.

Guedes salientou que a vitória de Bolsonaro foi uma ruptura a um ciclo de política que causou moratória, juro de dois dígitos, criou impostos excessivos e tornou a economia fechada, entre outros pontos. "É natural que quem ficou 30 anos no poder reclame", salientou.

O ministro comentou que em sua viagem internacional já no posto, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, teve que enfatizar que acreditava nas instituições brasileiras, na democracia. "Fui a Davos e disse : vou surpreender vocês. Cadê o golpe? Quem deu golpe em quem?", relatou.

Guedes também comentou que, mesmo antes da pandemia de covid, já havia um descredenciamento do Brasil no exterior. "Tive de dizer que acreditava na democracia. Somos democracia resiliente. Se a moça que era terrorista, assaltava banco, pode ser presidente, então um capitão que não fazia nada disso podia ser presidente também", comentou citando indiretamente a ex-presidente Dilma Rousseff.

Instituições

Novamente defendendo Bolsonaro, o ministro disse que "todo mundo comete excessos". "Tem que respeitar a liberdade de opinião, se o cara (Bolsonaro) dá opinião é fascista?", questionou. "Temos que respeitar instituições, tem uma instituição chamada Presidência da República".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil "não perdeu o rumo" durante a pandemia e continuou fazendo reformas mesmo durante os períodos mais difíceis. "Estamos começando a colher os resultados", afirmou.

Durante o seminário "Perspectivas econômicas do Brasil", promovido pela Arko Advice e o Traders Club, Guedes brincou com o fato de a plataforma de investimento ter feito uma estátua em homenagem ao ministro em sua sede na Avenida Faria Lima, em São Paulo. "Recebo tanta pedrada, que a turma fazer estátua equilibra".

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Guedes voltou a criticar governos anteriores e disse que, em sua época de banqueiro, chegou a sentir culpa por pegar dinheiro a 2% no exterior e emprestar a 70% ao ano "a um governo bêbado".

Combate à inflação

O ministro da Economia disse que os bancos centrais de outros países "dormiram no volante" em relação ao combate ao aumento de preços. "Lá fora todo mundo está dormindo até hoje", afirmou.

Durante o seminário, Guedes citou o exemplo da Inglaterra, que está caminhando para a inflação de dois dígitos. "A Inglaterra está indo para o inferno, nós já saímos. Nós sabemos sair rápido do fundo do poço", completou.

Para o ministro o Brasil "fez o dever de casa" e o fiscal "está forte".

'Ruptura'

O ministro da Economia disse também que está acontecendo um fenômeno político interessante no Brasil e que o atual presidente Jair Bolsonaro ganhou eleições de 2018 sozinho. "Foi uma ruptura, um chega", comentou.

Guedes salientou que a vitória de Bolsonaro foi uma ruptura a um ciclo de política que, segundo ele, causou moratória, juro de dois dígitos, criou impostos excessivos e tornou a economia fechada, entre outros pontos. "É natural que quem ficou 30 anos no poder reclame", salientou.

O ministro comentou que, em sua viagem internacional já no posto, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, teve que enfatizar que acreditava nas instituições brasileiras, na democracia. "Fui a Davos e disse : vou surpreender vocês. Cadê o golpe? Quem deu golpe em quem?", relatou.

Guedes também comentou que, mesmo antes da pandemia de covid, já havia um descredenciamento do Brasil no exterior. "Tive de dizer que acreditava na democracia. Somos democracia resiliente. Se a moça que era terrorista, assaltava banco, pode ser presidente, então um capitão que não fazia nada disso podia ser presidente também", comentou citando indiretamente a ex-presidente da República Dilma Rousseff.

Crítica a sistema de reeleição

Mesmo reforçando sua posição contrária à reeleição, o ministro da Economia se mostrou favorável a um novo mandato do presidente Jair Bolsonaro. "A reeleição é tragédia brasileira. Era melhor ter mandato de cinco anos. Sempre fui a favor de acabar com a reeleição", afirmou.

Guedes disse que continua contra a reeleição, mas depois de dois governos de Fernando Henrique Cardoso, dois de Luiz Inácio Lula da Silva e dois de Dilma Rousseff, "dá pra ter dois de Bolsonaro". "Tomara que ele (Bolsonaro) faça reforma política", considerou, na hipótese de ele continuar no poder por mais quatro anos.

Emprego

Antes disso, sobre economia, o ministro disse que o atual governo preservou 11 milhões de empregos com a vacinação contra o coronavírus. "São números grandes para qualquer lugar do mundo. Estamos com o desempenho mais baixo desde 2015." Ele também comentou que "analistas e economistas que estão no esporte predileto de criticar o governo" previram que a relação da dívida com o Produto Interno Bruto (PIB) iria disparar.

"Fomos a quase 90% e estamos em 78,5% do PIB. Nenhum país conseguiu fazer isso. O Brasil fez em 15 meses o que nossos críticos demoraram a fazer, com superávit", argumentou Guedes, citando que apenas o Brasil e Cingapura conseguiram esse feito.

Impostos, arrecadação e contas no azul

Guedes também defendeu que o Brasil tem um plano e que estava seguindo em todas as dimensões com avanço. "Pela primeira vez em 40 anos, baixamos em 35% o IPI, que desindustrializou o País. Ninguém fez isso antes. O Brasil não conseguiu vencer o estatismo. O estatismo destruiu o Brasil", afirmou.

Agora, de acordo com o ministro, o governo está transformando o excesso de arrecadação em queda de impostos. "Esquece que a inflação que ajudou. Se isso desse certo, a Dilma tinha zerado (a dívida). Fizemos mais do que isso e mandamos recursos para Estados e municípios."

Guedes comentou ainda sobre o fato de Estados e municípios estarem com suas contas no azul. "Descentralizamos. Os brasileiros vivem nos Estados que nos criticam. Foram eles que fizeram isso? Por que não fizeram antes? Conseguiram porque não deixamos aumentar salários. Somos a geração que pagou pela guerra. Nunca perdemos a bússola, mesmo no meio da crise."

Investimentos

O ministro da Economia previu que o Brasil pode ser a nova fronteira de investimentos nos próximos 10 anos já que as cadeias globais não serão construídas nos mesmos eixos após a guerra na Ucrânia. Segundo ele, esta avaliação foi feita após vários encontros com autoridades internacionais nos últimos meses e que declararam a importância do País para a segurança energética e alimentar do mundo. "O momento é decisivo; a bola está lá sem goleiro, o Brasil só precisa chutar", disse.

Para Guedes, o Brasil tem como se integrar às cadeias globais limpas, de forma aberta. "Somos uma democracia liberal, testada e o Brasil virou a maior fronteira de investimentos em um momento que (outros países) querem preservar", afirmou, acrescentando que o País tem um povo "resiliente, legal, bacana".

O ministro voltou a falar sobre o nearshoring, que é a intenção de reaproximar fornecedores das matrizes. "Na hora que o pau come, falta tudo. Temos que estar com tudo perto. O Brasil está perto dos Estados Unidos e da Europa, tem proximidade logística e eficácia", defendeu. A segunda questão, conforme Guedes, é que precisa ser amigo desses países importadores. "Amigo? Democracia? Opa. Olha nós aqui", comentou.

Para o ministro, as instituições também seguem forte no País, ajudando nesse contexto. "O pau come entre os Poderes, mas ninguém atravessa linha. Tem pessoas que atravessam a linha, não instituições."

'Digitax com a OCDE'

Guedes disse também que sua equipe está trabalhando na construção de um imposto digital junto com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Nosso time está trabalhando em digitax com a OCDE", afirmou.

Ele falou sobre o assunto depois de ser questionado sobre a compra de vestidos do exterior que custam US$ 10,00, enquanto produtos nacionais não são encontrados por menos de R$ 300,00. "A China é capitalismo selvagem. Está praticando Adam Smith: passa por baixa da aduana, isso é século XVIII, não tem salário mínimo lá. Enquanto isso, nossa turma aqui está brincando... Deixa essa turma pra depois", desconversou.

Segundo Guedes, o "camelódromo virtual" existe mesmo e é "maciço". "Tem todo tipo de fraude lá, mas queremos que a regra do jogo seja igual para todo mundo. É uma fraude porque falsifica o valor do bem. Tem algo acontecendo e que temos que olhar. Acho que estamos entrando no mundo digital cada vez mais."

A saída, de acordo com o ministro, é o surgimento do digitax para equalizar o jogo. "Não sei como será feito. Tem países querendo jogar imposto muito alto. Vamos ter que entrar nisso", disse.

Segundo ele, os governos precisam atuar de forma nivelada. "É o massacre da serra elétrica que estamos assistindo hoje."

De acordo com Guedes, se o IPI desindustrializou o País e é "da época do dinossauro", os impostos ligados ao trabalho afetam negativamente o mercado. "O problema é de fácil solução, a questão é como trata isso politicamente", conjecturou. "O imposto que causa destruição em massa de emprego se chama encargos trabalhistas e eu fui voto vencido. Estamos numa democracia, então, tente outra vez", disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 18, que a "ficha caiu no mundo" sobre a potência verde que o Brasil é nas áreas de energia e alimentos. No Congresso Mercado Global de Carbono - descarbonização e investimentos verdes, que ocorre no Rio de Janeiro, Guedes fez inúmeros elogios ao ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que o recebe no evento.

"Chamo Joaquim Leite de Juca Green, ele deu impulso ao meio ambiente", afirmou Guedes.

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Ele relatou mais uma vez também o encontro que teve com o novo secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, sobre o tema.

Novamente, o ministro disse que o australiano afirmou que o Brasil precisa participar da solução dos problemas ambientais do planeta.

O ministro da Economia enfatizou que, antes deste governo, as ações eram baseadas em dois pilares: taxas para quem poluir e estímulo à inovação de quem usar tecnologia de descarbonização.

"Criamos um terceiro pilar para situação ambiental: precisamos remunerar a preservação de recursos naturais. Isso é chave importante, virou terceiro pilar", destacou, relatando e, novamente, parabenizando Leite pelo seu trabalho durante a COP-26 em Glasgow.

Joaquim Leite também destacou, por sua, vez, encontro com Mathias Cormann. De acordo com o ministro, o australiano olhou para o Brasil como uma oportunidade de geração de energia limpa para os demais países, em especial, os da Europa. "O País é uma democracia que fornece energia, é isso o que estão procurando", disse.

Para Leite, o Brasil é atualmente o responsável pela segurança alimentar e será também de energia verde. "A transição precisa ser feita de forma responsável. O Brasil vai contribuir para o mundo com a contribuição energética", comentou.

Guedes concordou com o colega, destacando a importância da mudança das cadeias de fornecimento globais. "(O fornecedor) tem que estar perto e ser confiável", afirmou.

Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, têm reunião fechada nesta terça-feira, 17, às 11h, sobre a Eletrobras. O encontro será na pasta da Economia e contará com os presidentes da empresa, Rodrigo Limp, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, além da equipe da Economia que trata de privatizações, incluindo os secretários de Desestatização, Diogo Marc Cord, e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Bruno Westin.

Amanhã, o Tribunal de Contas da União (TCU) terá sessão em que julgará o processo de privatização da companhia. O tribunal analisará a segunda etapa do processo, o que deveria ter ocorrido ainda em abril, mas um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo adiou o julgamento. A expectativa do governo é que a Corte autorize a operação, que precisa sair até agosto para não ser afetada pelos prazos eleitorais.

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Petrobras

Embora o objeto da reunião de hoje seja a Eletrobras, os dois ministros podem aproveitar a presença da equipe que lida com o assunto privatização para tratar também de uma eventual venda da Petrobras. Sachsida começou sua gestão à frente da pasta de Minas e Energia anunciando estudos para as privatizações da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA). Os dois pedidos foram entregues a Guedes e o processo dos estudos da PPSA já avançou dentro do Conselho do PPI.

No último domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse que Sachsida tem carta branca para decidir sobre Petrobras. Ao ser questionado sobre eventual troca no comando da empresa, Bolsonaro respondeu: "Pergunta para o Adolfo Sachsida".

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, está sob pressão e passa por uma fritura no governo, apenas um mês depois de assumir o cargo. Na última quarta-feira, Bolsonaro resolveu demitir o almirante Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia, após ter reclamado nas redes sociais do preço do diesel, colocando Sachsida no lugar. Albuquerque foi quem bancou o nome de Coelho para a estatal.

O aumento do preço dos combustíveis tem preocupado o comitê de campanha de Bolsonaro à reeleição e a situação já fez Bolsonaro demitir dois presidentes da petroleira.

"Deixo bem claro: todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que acharem melhor para o seu ministério, para melhor atender a população", disse Bolsonaro, após andar de moto e ir a feiras em Brasília no domingo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, vai distribuir mais 200 mil títulos agrários até as eleições deste ano.

"O governo é o maior latifundiário do planeta, o presidente já distribuiu 300 mil títulos de propriedade e até a eleição vai distribuir quase mais 200 mil", declarou o ministro na 36ª Edição da Apas Show, evento com empresários do setor de alimentos.

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Guedes também afirmou que o Brasil vai ser o maior produtor de hidrogênio verde do mundo e defendeu a posição do País na transição para a chamada economia verde.

"Já éramos protagonistas na transição para economia verde, nós fomos perseguidos agora também como elemento chave de segurança alimentar e energética", disse o ministro, no evento. "Já estamos protagonistas na descarbonização do mundo. O Brasil é elemento fundamental nessa reconfiguração de cadeias produtivas globais", acrescentou.

O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira, 10, o indicado do ministro da Economia, Paulo Guedes, à diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A votação não estava na pauta e era prevista para amanhã, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, antecipou e colocou em votação a indicação do advogado João Acciolly para o cargo no órgão regulador do mercado de capitais. Os senadores deram aval a seu nome hoje por 39 votos a 3.

Conforme informou o Broadcast mais cedo, a maior resistência no Senado em relação ao indicado de Guedes era da bancada do Amazonas, que estava em conflito com o Ministério da Economia por conta dos impactos da redução do IPI na Zona Franca de Manaus. Mas a pasta recebeu sinalizações de que o nome de seu indicado passaria pelo Senado.

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O advogado João Acciolly foi o único indicado à CVM que não teve o nome aprovado no último esforço concentrado do Senado, no início de abril. Na ocasião, os parlamentares aprovaram o nome de João Pedro Barroso do Nascimento para a presidência do órgão regulador do mercado de capitais. Seu nome, no entanto, era defendido diretamente pelo senador Flávio Bolsonaro.

Accioly, além de advogado, é mestre em Economia e membro de comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre mercado de capitais e direito societário. Ele integra o Ministério da Economia e foi secretário e assessor da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade da pasta.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (9) que é possível fazer uma versão mais enxuta da reforma tributária, que é o que está voltando para mais investimentos de fora no país. "A hora é agora. Já aprovamos a reforma da Câmara dos Deputados, está travada no Senado. Podemos fazer versão tributando os super ricos e reduzindo os impostos sobre as empresas, é o que falta para receber os investimentos de fora", afirmou Guedes, que participou do lançamento do Monitor de Investimentos do Ministério da Economia.

Ele citou no evento o corte da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Era imposto contra a indústria brasileira. Pela primeira vez estamos reduzindo", disse.

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Guedes não se manifestou, no entanto, quanto à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que suspendeu o corte na alíquota para produtos que também são produzidos na Zona Franca de Manaus, na última sexta-feira.

"Queremos acabar com a tributação sobre a indústria para o Brasil ser potência industrial, com todas as matérias-primas", disse Guedes. "Se estivéssemos em outro governo, em outra direção, já estaríamos na miséria", concluiu o ministro, ao encerrar sua participação no evento.

Brasil aberto para investimentos

Durante o evento, o ministro da Economia voltou a repetir que o Brasil tem R$ 860 bilhões de compromissos de investimentos contratados na plataforma de concessões, autorizações e privatizações.

"A reforma de marcos regulatórios fez com que o Brasil seguisse com as reformas, no momento em que o mundo pede o porto seguro para fazer os investimentos", afirmou. "O Brasil diz para o mundo: 'venham que estamos abertos'", disse Guedes. "Todo dia temos empresários em Brasília anunciando investimentos conosco, como indústria automobilística, 5G, portos, rodovias, ferrovias", exemplificou o ministro. "Tudo que o Brasil coloca na prateleira, recebe investimentos. Não cabe pessimismo."

Guedes disse que o modelo de investimento público levou à corrupção na política e à estagnação da economia. "O modelo desaguou, afundou. Poluiu o ambiente de negócios, derrubou a taxa de investimentos no país", criticou o ministro, ao afirmar que o Brasil, lentamente, está recuperando a capacidade de investimentos.

'Parte da solução' para problemas globais

O ministro da Economia afirmou que o Brasil é "parte da solução" para três problemas futuros globais: segurança energética, alimentar e mudanças climáticas. "Isso é do ponto de vista externo. Estar perto e ser um país confiável, e o Brasil está se colocando nessa posição", afirmou Guedes, que voltou a dizer nesta segunda-feira que o Brasil é uma democracia "estável, muito barulhenta, mas que entrega resultados".

De acordo com o ministro, além de tributar poluição e estimular a tecnologia verde, "precisamos de pagamento por serviços ambientais".

Guedes aproveitou para dizer que o Brasil zerou o déficit público, "entramos à frente da curva na política monetária e o PIB vai crescer de novo".

Momento da reconfiguração das cadeias produtivas globais

O ministro da Economia disse que, em meio à confusão geopolítica, esse é o momento de reconfiguração das cadeias globais produtivas. De acordo com Guedes, a cadeia de suprimentos agora precisa estar perto, "não pode estar longe", dado o recente "rompimento das cadeias globais" com as crises mundiais.

Ele citou, como exemplo, a energia, na Rússia, e semicondutores, que vêm da Ásia. "O Brasil está perto e é confiável, e isso é percebido pela Europa e pelos Estados Unidos", afirmou.

No início de seu discurso, Guedes disse que o crescimento do País depende de investimento "em todas as dimensões", incluindo educação. "Educação também é investimento e deverá ser monitorada dentro das métricas de investimentos", citou o ministro.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 3, que o processo de reindustrialização da economia brasileira será impulsionado porque o País é uma "democracia segura" para receber investimentos. A declaração foi feita por videoconferência durante a cerimônia, em Brasília, de posse da nova diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo Guedes, o mundo passa agora por um processo de reconstrução das cadeias globais de produção e o Brasil se beneficiará desse processo garantindo segurança energética e alimentar para o mundo.

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"A ruptura das cadeias globais começou com a guerra comercial entre China e Estados Unidos. A pandemia acelerou isso e a guerra na Rússia também aprofundou o problema. O jogo agora é a reconfiguração das cadeias produtivas globais. Somos uma democracia segura para receber investimentos", disse.

O ministro da Economia afirmou que o processo de desindustrialização no Brasil nas últimas três décadas decorreu do encarecimento do dólar, dos juros altos, da complexidade tributária e da inflação descontrolada.

"Tudo o que fazemos é na direção inversa. Reduzimos impostos e propusemos ao Congresso a redução do Imposto de Renda para as empresas. Temos um Banco Central independente e vamos lutar para recuperar a economia", disse.

Defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado, e já proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de uma moeda única na América Latina é vista com ceticismo por especialistas. Ainda que a adoção de uma política monetária unificada em diferentes países possa resultar em uma maior eficiência, aumentando o potencial de crescimento dos mercado envolvidos, colocar uma medida dessas seria muito difícil dadas as discrepâncias econômicas entre países como Brasil e Argentina.

Por outro lado, analistas admitem que o sistema financeiro está mudando, criptomoedas ganharam força com as sanções implementadas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia e os mercados passaram a buscar alternativas para não depender do dólar.

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Para o economista José Júlio Senna, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), o primeiro desafio para criar uma moeda única, seja no Mercosul, seja na América do Sul, seria a determinação política. Na zona do euro, o projeto de unificação monetária tem suas raízes no pós-II Guerra Mundial, quando os países europeus buscaram uma reaproximação, e ganhou força com a reunificação alemã. "Sem motivação política forte, essa ideia não anda. Onde está a determinação aqui? Quem vai empurrar isso politicamente?", questiona.

DESAFIOS

Além da determinação política, os países enfrentariam o desafio de convergir suas economias: inflação e dívida precisam estar em patamares próximos para a adoção de uma moeda comum. Isso porque existiria também um único Banco Central com ferramentas reais para controlar a inflação. Hoje, enquanto o Brasil registra inflação de 11,3% nos últimos 12 meses, na Argentina, é de 55,1%

"A ideia de uma integração econômica mais profunda é atraente, o problema é que não fizemos ainda o dever de casa. Nem nacionalmente e nem regionalmente", diz o embaixador Marcos Azambuja, conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

A economista-chefe da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, destaca que os países têm arcabouços econômicos diferentes que dificultam uma convergência. A Argentina, por exemplo, não tem um BC independente, explica. "Antes de uma moeda única, os países precisam ter fluidez de mercadorias e mão de obra. Aí poderíamos começar a discussão de união monetária."

Ex-secretário de comércio exterior e sócio da BMJ Consultoria Associados, Welber Barral afirma que o processo de unificação de moedas seria complexo, assim como foi na zona do euro. Ele pondera que a ideia "não é ruim", pois permitiria uma certa independência do dólar, algo que a China também vem tentando e que ganhou relevância com a guerra na Ucrânia. "O mundo das moedas está mudando. O que vai ser não sabemos. Vamos ter de pensar em modelos de moedas escriturais, de criptomoedas, de compensação entre Bancos Centrais, antes de pensar que você vai ter conta corrente ou pagamento numa moeda comum."

De acordo com o pesquisador da Universidade Harvard Hussein Kalout, as criptomoedas podem ser "o futuro" das transações financeiras e de comércio entre os países, mas será muito difícil fugir do padrão dólar. "Especialmente tendo em consideração que boa parte das reservas brasileiras estão em dólar."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem citar a possibilidade de conceder subsídios para bancar parte do custo dos combustíveis, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que o governo está preparado "para qualquer guerra". Ele lembrou que o protocolo para acionar a calamidade e não precisar cumprir as regras fiscais - como ocorreu na pandemia - está pronto desde a aprovação da PEC Emergencial no ano passado.

"Estamos preparados e vamos agir como agimos na pandemia. Temos protocolo de guerra preparado. Temos o botão de emergência, temos exceção ao teto de gastos se for preciso. Estamos preparados para qualquer guerra", enfatizou o ministro, em cerimônia no Palácio do Planalto.

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Após a aprovação do PLP 11 na semana passada, Guedes voltou a dizer que a nova legislação sobre a tributação de combustíveis levará a uma redução de R$ 0,60 nos preços nas bombas, com impacto de R$ 0,27 os Estados e de R$ 0,33 para a União.

"O barril de petróleo foi a US$ 130 e conseguimos atenuar em dois terços o primeiro impacto. O impacto em combustíveis seria de R$ 0,90, mas absorvemos R$ 0,60. Ou seja, apenas um terço do impacto da alta do petróleo chegou aos consumidores", alegou. "Os impostos estavam em cascata nos combustíveis, era um absurdo. O governo não pode ter resultado em cima da desgraça do povo. Não tem sentido comemorar aumento da arrecadação com alta do petróleo. Estamos abrindo mão de receitas, estamos reduzindo IPI, PIS/Cofins e ICMS", completou.

O ministro voltou a afirmar que a economia brasileira já se recuperou e está mais forte do inclusive a maioria dos países desenvolvidos. "Somos uma geração que paga suas guerras, não estamos hipotecando o futuro dos nossos netos e bisnetos. O déficit já está zerado. Estamos fortes para outra briga, se vier guerra mundial estamos prontos. Somos firmes, somos duros na queda, temos planos", acrescentou. "Os ministros estão todos trabalhando juntos pelos mesmos objetivos. Teremos R$ 1,1 trilhão de planos de investimentos contratados até o fim deste ano. O Brasil está condenado a crescer", concluiu.

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