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Um áudio que circula na internet tem gerado a revolta nos internautas. Se trata da gravação de uma recrutadora do Rio Grande do Sul que, ao passar orientações a outros funcionários, solicita que pessoas “feias”, “muito tatuadas “ e “gordas” não sejam contratadas. Nas redes, os internautas alegam que a suposta profissional seja da rede de farmácias famosa na região, Farmácia São João.

Na mensagem, a recrutadora aponta: “É uma observação, já estou ligando para as lojas para liberar as vagas esse mês ainda. Porém vocês sabem que feio e bonito é o mesmo preço, gente. Então vamos cuidar muito das nossas contratações. Pessoas muito tatuadas você sabe que a empresa não gosta, piercing na língua, no nariz, na testa, não pode, a gente lida com saúde. Pessoas muito gordas... ”, disse no áudio.

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A mulher ainda se refere a homossexuais como “veados”. “Então, assim, cuidem das aparências. Se pegar alguém, com todo respeito , ‘veados’ e tudo mais, tem que ser uma pessoa alinhada, que não vire a mão, desmunheque e fale”, completou.

As suspeitas de que se tratava de uma rede de farmácias do Rio Grande do Sul começou quando a mulher menciona no áudio uma cidade da região. “Eu tenho feito entrevistas para as lojas de Imbé e tem muita gente boa disponível no mercado, então não esqueçam. Feio e bonito, a gente vai pagar o mesmo preço. Então vamos pegar os bonitos, não somos bobos nem nada. Então, por favor, conto com vocês”, finalizou.

Em uma perfil no Instagram de uma página de humor, o compartilhamento do áudio gerou revolta. “A recrutadora é a ponta do iceberg. Não estou defendendo, mas a preocupação maior é a empresa. Ela apenas representa as exigências da companhia e é com esta que vocês precisam se preocupar”, pontuou uma internauta. 

Em nota divulgada para a impressa, a rede de farmácias alega que o áudio se trata de uma “fake news” para prejudicar a imagem da empresa e afirma está tomando todas as medidas cabíveis. “Rede de Farmácias São João informa que estão circulando mídias com informações falsas publicadas por pessoas externas e desconhecidas, com o objetivo único de prejudicar a imagem da empresa. Informa também, que já está tomando todas as medidas cabíveis para averiguar e responsabilizar terceiros contra os conteúdos gerados”, ressalta a nota.

Confira o áudio e nota divulgada pela Rede de Farmácias São João na íntegra: 

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Alba Aragón, goleira espanhola que atua no CAP Ciudad de Murcia, denunciou na última segunda (4) que um ginecologista, do Hospital Reina Sofía com quem foi se consultar, determinou que a causa de sua doença era sua homossexualidade.

Ao portal El Spañol, a atleta revelou não ter vergonha de ser homossexual e ao chegar no médico, buscando respostas sobre sua saúde, já que seu ciclo menstrual estava estranho, não se importou de ter sua orientação sexual na sua ficha, mas quando recebeu o laudo ficou surpresa: estava escrito que seu problema de saúde era ser “homossexual”.

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Alba Aragón relatou que a atitude do ginecologista a fez relembrar traumas do passado, onde sofreu com seu pai não aceitar sua homossexualidade, descoberta aos 15 anos. Para o Conselho de Saúde espanhol e o Hospital Reina Sofía, não houve preconceito, apenas um erro do médico.

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"Errei", diz médico

O ginecologista Eugenio Lópes tentou se explicar nessa quinta-feira (7) após receber centenas de ligações de portais espanhóis. O médico afirmou ter “cometido uma gafe”, tendo sido um erro de transcrição no prontuário médico.

“O que eu vou fazer? Foi um erro, sou um ser humano, apertei o botão errado e bem, estou incomodado agora com todas as ligações que a mídia está fazendo para mim”, iniciou. “Em vez de escrever esta palavra (homossexual) na caixa correspondente, na caixa de 'antecedentes', porque era de interesse para o contexto clínico da doença desta menina, o que aconteceu é que saltou para a caixa de 'doença atual'. Foi um erro do computador”, concluiu.

Apoio do clube

A goleira recebeu o apoio do seu clube, que publicou nas redes sociais a denúncia e um pedido para que os órgãos responsáveis avaliem e punam de forma necessária a homofobia. “Apoiamos incondicionalmente a jogadora em sua corajosa reclamação”, informou o CAP Ciudad de Murcia, equipe da 4ª divisão espanhola.

A semifinal da Liga dos Campeões da Concacaf entre Cruz Azul e Monterrey foi interrompida por causa de cantos homofóbicos vindos da torcida mandante. O árbitro Cesar Ramos suspendeu a partida por dez minutos no segundo tempo e mandou os times de volta para o vestiário.

Em 2019, a Fifa criou um protocolo antidiscriminação que inclui três passos a serem seguidos pelos árbitros. Ramos aplicou o segundo, que indica a interrupção do jogo por minutos, permitindo que os atletas se dirijam ao vestiário e voltem quando a situação estiver controlada ou mais calma.

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Após o cumprimento do protocolo, a partida foi reiniciada no Estádio Azteca, casa do Cruz Azul, que perdeu o confronto para o Monterrey por 4 a 1 e foi eliminado do torneio continental. "Essa linguagem e comportamento não serão tolerados pela Concacaf em suas competições", publicou a conta oficial do campeonato no Twitter.

Em junho, a Fifa já havia banido a torcida mexicana por dois jogos devido a cantos discriminatórios. A final da Liga dos Campeões da Concacaf será disputada em outubro entre Monterrey e América do México. O México é o maior vencedor da competição, com 36 títulos.

O histórico de gritos preconceituosos vindos de torcedores mexicanos está longe de ser recente. Ao menos desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, é comum ouvir o cântico "eeeeeehhh, puto!" a cada vez que o goleiro rival cobra um tiro de meta. A expressão é uma forma vulgar de se referir a quem é homossexual. Em 2018, na Copa da Rússia, a Fifa abriu um procedimento disciplinar contra a Federação Mexicana de Futebol por conta do comportamento dos torcedores em um jogo contra a Alemanha.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um recurso em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo acusado de proferir ofensas contra os gays, em entrevista ao extinto programa CQC, da Band, em 2011. Na época, Bolsonaro era deputado federal.

Ele foi processado por dizer na entrevista que nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay, porque seus filhos tiveram uma "boa educação", com um pai presente. Também disse que não participaria de um desfile gay, pois não promoveria "maus costumes".

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Bolsonaro chegou a ser condenado pela 6ª Vara Cível de Madureira em 2015, a pagar R$ 150 mil em danos morais coletivos pelas declarações homofóbicas, porém, recorreu. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 2017. 

O caso estava pautado para ser julgado pela 3ª Turma do STJ nesta terça-feira (14), mas por ordem do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva foi encaminhado para o STF. 

Na última semana, o mundo do futebol parou para assistir ao episódio protagonizado por Brasil e Argentina. O confronto entre ambos aconteceu na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2022. Devido ao não cumprimento de protocolos de saúde por parte de quatro jogadores argentinos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a partida, que até então estava em andamento, com seis minutos do primeiro tempo. Por conta disso, o LeiaJá separou uma lista com cinco momentos em que partidas de futebol precisaram ser interrompidas por motivos diversos.

Cinco expulsões na Libertadores

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Em 1981, Atlético-MG e Flamengo disputaram partida válida pela Libertadores, que ficou marcada por confusão e polêmicas do árbitro. O tumulto se deu aos 33 minutos de jogo, quando Reinaldo (Atlético), fez falta grave em Zico (Flamengo) e levou cartão vermelho. Em resposta à decisão do árbitro José Roberto Wright, os jogadores mineiros armaram uma confusão que durou 20 minutos, o que obrigou o juiz a expulsar mais quatro atletas. Assim, a partida foi encerrada por W.O, devido ao número insuficiente de jogadores do Galo. O jogo também ficou marcado pela presença da polícia e focos de incêndio nas arquibancadas do estádio, provocados por torcedores revoltados.

Argentinos não voltaram para jogar o 2° tempo

Em dezembro de 2012, São Paulo e Tigre-ARG se enfrentaram no Estádio do Morumbi. Não é de hoje que brasileiros e argentinos são rivais, e nesta ocasião, a disputa pelo troféu da Copa Sul-Americana não foi diferente. Ao fim do primeiro tempo, o placar já estava 2 a 0 para o Tricolor Paulista, com Lucas Moura sendo a figura central da noite, e devido aos seus dribles e jogadas desconcertantes, um dos jogadores argentinos bateu com o braço no rosto do brasileiro, e o deixou sangrando no chão. A confusão se estendeu até a saída do vestiário e o Tigre não subiu para jogar o 2° tempo. Assim, o São Paulo se sagrou campeão sem jogar a segunda etapa da partida.

Homofobia no Campeonato Francês

Em agosto de 2019, uma partida entre Nice e Olympique de Marseille precisou ser paralisada por 10 minutos. Ainda no primeiro tempo, torcedores do Nice se manifestaram nas arquibancadas no estádio Allianz Riviera, com faixas que continham mensagens preconceituosas, sendo que em uma delas, estava escrito: “mais fãs nas arquibancadas significa um estádio mais gay”. Assim, o árbitro Clément Turpin paralisou o jogo e informou que voltaria a apitar a partida apenas quando a torcida retirasse as faixas. Além disso, o locutor do estádio também chegou a pedir duas vezes para que os torcedores parassem com gritos ofensivos.

Racismo na UEFA Champions League

Em dezembro de 2020, Paris Saint-Germain (França) e Istambul Basaksehir (Turquia) entraram em campo em partida válida pela fase de grupos da UEFA Champions League. Por volta dos 15 minutos de jogo, ainda no primeiro tempo, um membro da comissão técnica da equipe turca alegou que o quarto árbitro teria feito uma injúria racial, direcionada a um jogador do Basaksehir. Em protesto, atletas do PSG e do time turco decidiram que não voltariam a disputar a partida até que o quarto árbitro fosse expulso. Minutos depois a partida foi suspensa e posteriormente a UEFA informou que o jogo continuaria a ser disputado dias depois.

Jogador desacordado em campo

Este caso é o mais recente e aconteceu em junho deste ano, em partida válida pela fase de grupos da Eurocopa, entre Dinamarca e Finlândia. Ao final do primeiro tempo, o craque dinamarquês Eriksen caiu na beira do gramado, sem a influência de nenhum empurrão sequer. De imediato, jogadores e assistentes médicos passaram a prestar socorro ao jogador, que estava desacordado, e precisou ser levado às pressas para o hospital. Por conta disso, a organização do evento informou que a partida precisava ser suspensa. Durante seis dias de internação, Eriksen foi submetido à uma cirurgia para o implante de um cardiodesfibrilador interno no coração e recebeu alta.

 

 

Douglas Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, deu detalhes sobre o caso de homofobia que viveu ao lado de seu namorado, Gabriel. Por meio de vídeos publicados em seu Instagram, o novo reforço do Vibo Valentia, da Itália, explicou como a viagem que deveria durar três horas durou 15.

"No controle de passaporte, perguntaram o que eu faria na Itália, eu disse que seria jogador de vôlei e o Gabriel era meu namorado. Logo, a fisionomia dele mudou na hora e o tratamento também. Ele perguntou o que ele faria lá, eu mostrei o documento de união estável, eu disse que ele iria me acompanhar e trabalhar", relatou Douglas.

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Após mais de cinco horas, o jogador foi chamado pelos agentes do aeroporto em Amsterdã para uma entrevista em uma 'salinha'. Perguntado mais uma vez sobre o que iria fazer na Itália, Douglas percebeu que seu namorado não seria liberado facilmente. "Aí bateram na tecla do Gabriel, e eu falava que era meu namorado, e eles não entendiam esse termo, insistiam no companheiro e não queriam deixar ele passar de jeito nenhum."

A situação só foi resolvida quando seu empresário e o Vibo Valentia intervieram e conseguiram a autorização de entrada dos dois na Holanda. "Aconteceu, passou, meu clube não tem nada a ver. Eles ajudaram, meu empresário, também. Eu espero que ninguém passe por isso, sei que infelizmente vai passar e a gente tem que passar por isso", lamentou. "Acabou que passei 15 horas no aeroporto, e era para ter sido umas três, no máximo. Não achei normal. Eu sei o que eu vivi. Foi muito constrangedor."

Antes de contar todo o caso, Douglas usou as redes sociais nesta terça para expressar seu descontentamento com o tratamento recebido em solo europeu. "Hoje é um dos piores da minha vida. Foi horrível. Está sendo horrível. Eu só não vou contar realmente o que aconteceu hoje porque eu tenho medo deles tirarem a minha passagem e me deportarem", disse.

Douglas Souza, ponteiro da seleção brasileira de vôlei, viveu momentos desagradáveis durante recente viagem à Europa. O jogador, que estava acompanhado do namorado, disse ter sofrido um episódio de homofobia em um aeroporto na Itália.

"Hoje é um dos piores da minha vida. Foi horrível. Está sendo horrível. Eu só não vou contar realmente o que aconteceu hoje porque eu tenho medo deles tirarem a minha passagem e me deportarem", disse o atleta, em seu perfil no Instagram.

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Douglas Souza ganhou destaque nas redes sociais durante a Olimpíada de Tóquio. Esbanjando simpatia e bom humor, o atleta constantemente compartilhava os bastidores da seleção na Vila Olímpica.

Dessa vez, o jogador mudou o tom e usou o espaço para desabafar sobre o caso. "Puro preconceito, homofobia, vocês não tem noção. Eu vou, sim, espanar isso, porque eu não mereço, ninguém merece isso."

Medalhista de ouro no Rio-2016, Douglas Souza ficou fora da convocação para o Campeonato Sul-Americano por opção própria, alegando a necessidade de se dedicar à vida pessoal. O Brasil se sagrou campeão do torneio de forma invicta, vencendo a Argentina na final por 3 sets a 1.

Na última terça-feira (31), o podcast Papagaio Falante liberou no canal do YouTube mais um episódio do programa. Apresentado por Sergio Mallandro e Luiz França, o projeto digital recebeu para um bate-papo descontraído o cantor Ovelha. Sucesso na música nas décadas de 1970 e 1980, o artista acabou causando uma tremenda saia justa na entrevista.

Durante a conversa, Ovelha acabou relembrando de um pedido feito pelo seu pai, logo no início da carreira. O patriarca da família disse para Ovelha que era para ele ser um grande cantor, mas que não virasse 'frango' (expressão pejorativa designada aos gays). Em meio à fala, Sergio Mallandro interrompeu o comentário homofóbico do músico pernambucano.

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"Vem cá, o que você tem contra os viados, meu irmão? Eu tenho amigo que é viado, tenho primo que é viado, tem gente que trabalha aqui comigo que é viado. Você quer ser linchado?", declarou. Assim que viu o incômodo de Mallandro, Ovelha tentou se explicar. Ele contou que os tempos eram outros: "Em 1970, nossa formação era outra. Eu não tenho nada contra ninguém. Só não pode ser feito no meio da rua porque tem crianças e pessoas de bem assistindo".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, por incitação ao crime e homofobia. A peça é assinada pelo subprocuradora Lindôra Araújo e foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.

A denúncia foi motivada por entrevistas e publicações em que o ex-deputado estimulou a população a atacar o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral.

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"Nos dias 21/2, 24/5, 23/7, 26/7, 28/7 e outros em 2021, por meio de publicações em redes sociais e de entrevistas concedidas, Roberto Jefferson praticou condutas que constituem infrações penais previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor", diz um trecho do documento.

A PGR lista declarações do político sobre "invadir o Senado" e "colocar para fora a pescoção os senadores" que compõem CPI da Covid e sobre "botar fogo no Tribunal Superior Eleitoral" em protesto a favor do voto impresso. Também é reproduzida uma entrevista em que o ex-deputado compara a população LGBT a drogados e traficantes. O crime de calúnia, na avaliação da Procuradoria, ficou configurado ao acusar Rodrigo Pacheco de prevaricação por não dar prosseguimento a pedidos de impeachment contra ministros do STF.

O ex-deputado foi preso preventivamente no chamado "inquérito das milícias digitais", que investiga a atuação uma rede voltada à promoção de pautas antidemocráticas na internet. Ao oferecer a denúncia, a subprocuradora também defendeu a análise do pedido apresentado pelos advogados de Roberto Jefferson para colocá-lo em prisão domiciliar.

Ao decretar sua prisão, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, viu indícios dos crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de delitos previstos na Lei de Segurança Nacional e no Código Eleitoral.

Uma mulher, identificada como Kakau Cordeiro, está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por criticar os fiéis que apoiam as causas raciais e LGBTQIA+. Os comentários foram feitos na Igreja Sara Nossa Terra, localizada no Rio de Janeiro.

               Na pregação, Kakau manda os fiéis pararem de “levantar bandeiras” e “postem a palavra de Deus”. “É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová em si. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!”, diz a mulher.

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Ao G1, o delegado Henrique Pessoa, afirma que “teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87. De tal modo que a pena é de três a cinco anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa". Confira o vídeo: 

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Os desembargadores da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo determinaram que o Instituto Hospital Oswaldo Cruz de Hemoterapia pague uma indenização de R$ 2 mil a um homem que não pôde doar sangue em razão de regra do Ministério da Saúde já derrubada pelo Supremo Tribunal Federal.

O autor da ação, Natan, compareceu ao hemocentro do instituto no dia 11 de junho de 2020, mas não pôde doar sangue por ter respondido questionário afirmando que havia mantido relações sexuais com outro homem nos 12 meses que antecederiam o procedimento.

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No entanto, no mês anterior, no dia 8 de maio, o Supremo Tribunal Federal havia declarado a inconstitucionalidade da regra que prevê abstinência sexual de 12 meses para "homens que se relacionam com homens" doarem sangue. A ata de tal julgamento - marco da validade da decisão, conforme a jurisprudência da Corte - foi publicada no dia 22 do mesmo mês.

Na época, o Estadão mostrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou ofício aos hemocentros do País no dia 14 de maio, seis dias após o entendimento do STF, orientando todos os laboratórios a não cumprirem a decisão até a 'conclusão total' do processo.

Ao avaliar o caso de Natan, o relator da ação, desembargador Alcides Leopoldo, ponderou: "No caso, o requerido (Natan) foi impedido de doar sangue com fundamento em norma discriminadora, reconhecidamente inconstitucional, violadora de princípios e garantias fundamentais como o princípio da dignidade da pessoa humana, autonomia privada e igualdade substancial, o que configura dano moral indenizável, extrapolando o mero aborrecimento".

No julgamento que ocorreu no último dia 29, os desembargadores Marcia Dalla Déa Barone e Enio Zuliani acompanharam integralmente o voto do relator, no sentido de atender parcialmente recurso impetrado por Natan contra decisão de primeira instância que havia indeferido o pedido de indenização, sem analisar o mérito da ação.

Em sua defesa, Instituto Hospital Oswaldo Cruz alegou que somente foi comunicado da decisão do STF em 12 de junho, um dia após recusar a doação do caso em questão, sustentando que 'imediatamente passou a acatar a nova orientação'. A entidade alegou que 'não agiu de forma discriminatória e dolosa, limitando-se a atuar em conformidade com os atos administrativos que regulavam o tema, cujas modificações somente foram efetuadas e comunicadas posteriormente'.

Ao avaliar o caso, o relator, Alcides Leopoldo, frisou que a recusa da doação se deu 20 dias após a publicação da ata de julgamento pelo STF e considerou 'inverossímil' que, no meio tempo, a decisão não tenha chegado ao conhecimento do instituto - "não apenas por guardar íntima pertinência com sua atividade empresarial, mas também pelo fato de ter sido amplamente divulgada à época pelos diversos meios de comunicação, inclusive pela Imprensa internacional, desde o dia 08/05/2020, quando foi concluído o julgamento, e profusamente comemorada por toda a comunidade LGBTQIA+".

Segundo o desembargador, desde a publicação da ata de julgamento em 22 de maio, o instituto já estada 'vinculado' à decisão do STF. "Ainda que não tenha agido com dolo manifesto, incorreu em ato ilícito, não a isentando da obrigação de indenizar o desconhecimento da eficácia da decisão do STF, preferindo aguardar a comunicação do Ministério da Saúde".

Ao fixar o valor de R$ 2 mil como indenização, Leopoldo ponderou que a conduta do hemocentro se deu 'supondo estar amparado em normas administrativas do Ministério da Saúde e da ANVISA válidas, e que, incoerentemente, até pouco tempo antes dos fatos, eram vigentes'.

O magistrado ponderou que o autor da ação não relatou que o 'impedimento de doar sangue tenha sido manifestado de forma vexatória, expondo-o indevidamente às demais pessoas presentes no local'. De acordo com Natan, a 'enfermeira responsável lamentou o ocorrido, mas informou que não havia alternativa para o momento'.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE NATAN

"Ninguém pode ser discriminado por causa de sua orientação sexual. Nunca, nem na hora de doar sangue. A vitória de Natan é também uma conquista da assistência jurídica gratuita. Entidades como o Caju, de alunos, ex-alunos advogados e professores da FGV, podem, sim, fazer a diferença. Este caso criou jurisprudência: decisões do Supremo valem por si mesmas, têm efeitos imediatos e não cabe à Anvisa, ao Ministério da Saúde ou ao Oswaldo Cruz escolher se vão cumpri-las ou não."

Matias Falcone, advogado e fundador do Centro de Assistência Jurídica Saracura - Caju

COM A PALAVRA, O INSTITUTO HOSPITAL OSWALDO CRUZ DE HEMOTERAPIA

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o Instituto e, até a publicação desta matéria, ainda aguardava resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.

Monique Evans e a DJ Cacá Werneck decidiram reatar o romance, após um breve rompimento no final do último ano. Depois de revelarem ao público a reconciliação, elas passaram a trocar declarações românticas nas redes sociais. Monique fez uma nova homenagem à namorada, nesta segunda (2), mas acabou sendo alvo de alguns ataques homofóbicos nos comentários.

Cacá e Monique estavam juntas há quase seis anos quando romperam o relacionamento, em outubro de 2020. Na ocasião, as duas trocaram farpas e ofensas nas redes sociais, mas, logo em seguida, fizeram as pazes e retomaram o romance. A nova fase do casal, no entanto, só foi divulgada no final do último mês de julho, pois ambas preferiram preservar o momento.

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Desde que tornaram pública a reconciliação, as duas têm trocado declarações e carinhos pela internet. Nesta segunda (2), Monique publicou uma foto na qual aparece abraçada à amada e se derreteu na legenda. “Uma completando a outra”, escreveu. O gesto, no entanto, não foi bem recebido por parte do público e a apresentadora sofreu ataques homofóbicos nos comentários. “Meu Deus, que mudo, Senhor”; “Respeito, mas nunca vou gostar disso”; “Mundo perdido, misericórdia”; “Respeito muito, mas não curto”; “Mas que falta de homem nesse mundo”; “Que nojo, credo, tem que ter mais respeito”. 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer comentários de cunho homofóbico nesta quarta-feira (21), durante entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga, em São Paulo.

Ao opinar sobre o uso do medicamento ivermectina, usado no tratamento de infestações por parasitas e defendido pelo presidente para o tratamento da Covid-19, o mandatário recomendou “cuidado” a um dos entrevistadores, pois “ivermectina mata bichas”. O comentário foi feito sob risadas, em resposta a Milton Júnior, que relatou ter usado ivermectina ao ser diagnosticado com o vírus: “se serve de demonstração, aqui na rádio, todos nós tomamos a ivermectina e ninguém pegou Covid-19".

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Nesse caso, tanto o jornalista, como o presidente, opinam erroneamente sobre o fármaco, que tem ineficácia comprovada contra o coronavírus. Nos estudos mais positivos sobre o seu uso, a ivermectina se saiu como um possível agente terapêutico contra a doença, mas que não exibiu, porém, efeito sobre a replicação viral do SARS-CoV-2.

Além de mencionar que funcionários do Planalto tomaram ivermectina para tratar ou prevenir a Covid-19, o chefe do Executivo foi além e voltou a defender a cloroquina, que é mais um medicamento comprovadamente ineficaz contra o novo vírus. "Eu tomei a cloroquina, mais de 200 tomaram, aqui na Presidência e ninguém foi a óbito", alegou.

Na entrevista, temas quentes como o fundo partidário e a reforma ministerial também foram abordados. Na polêmica do fundão, tornou a dizer que deve vetar a proposta. A proposta, que está incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso Nacional na semana passada, propõe a destinação de R$ 5,7 bilhões para as campanhas eleitorais de 2022. Durante a entrevista, Bolsonaro disse acreditar que seu veto não irá resultar em complicações políticas para o governo e defendeu que a verba seria melhor aplicada em outras áreas.

“Eu vou vetar e fica na mão do parlamento derrubar o veto ou não. Eu mandei para o parlamento a reforma fundiária e o Rodrigo Maia deixou caducar a MP. Paciência. Quando eles aprovam uma coisa lá e vem para cá, eu não tenho obrigação de sancionar, eu posso vetar também. Da minha parte não é retaliação, é questão de governabilidade. Espero que não tenha nenhum problema. Acho que não vai ter”, afirmou o presidente.

Já a reforma ministerial deve começar tímida, a partir da próxima segunda-feira (26). Bolsonaro informou que, após a sua alta do hospital Vila Nova Star, está focado em realizar “pequenas” mudanças no comando das pastas. “Estamos trabalhando, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, para a gente continuar aqui administrando o Brasil”, anunciou o presidente durante entrevista. Bolsonaro ainda voltou a defender que todo o seu governo foi formado por critérios técnicos, sem indicações por parte de partidos.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) respondeu a decisão judicial impetrada por um grupo LGBTQI+, que questionava o fato de os jogadores da seleção não usarem o número 24. A entidade, nesta sexta-feira (2), respondeu que o não uso da numeração tem relação com a posição de um jogador. As informações são do 'Esportes News Mundo'. 

Na Copa América, o Brasil inscreveu jogadores do 1 ao 23, e pulou o número 24, dando ao volante Douglas Luiz a camisa 25. Segundo a CBF, isso se deve à posição do do jogador e não tem relação com questões homofobicas. “Em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25”. 

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“Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes", se defendeu a entidade. 

A solicitação da ONG Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT se baseou no fato de o número 24 ser associado ao veado no jogo do bicho, e que por conta disso, a numeração não é utilizada por jogadores da seleção brasileira. A CBF ainda contestou que nunca foi abordada sobre o assunto e que não havia necessidade de levar o caso à Justiça.

Entidade que organiza o futebol europeu e, consequentemente, a Eurocopa, a Uefa anunciou neste sábado que duas das quatro partidas das quartas de final da competição foram proibidas manifestações e bandeiras que contenham o arco-íris, símbolo da luta LGBTQIA+ por igualdade. Os compromissos estavam marcados para ser realizados na Rússia e no Azerbaijão.

Em São Petersburgo, nesta sexta-feira, a Espanha derrotou a Suíça nos pênaltis após empate no tempo regular em 1 a 1. Neste sábado, no Estádio Olímpico de Baku, República Checa e Dinamarca medem forças para ver quem avança e se classifica entre os 4 finalistas da atual edição da Eurocopa. Nenhum dos dois duelos foram autorizados a conter manifestações contra a homofobia. A Uefa diz, em comunicado oficial, que a decisão é baseada na legislação de cada local.

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"A Uefa apoia totalmente o significado e a causa das mensagens de tolerância e respeito pela diversidade, o que já foi mostrado em todos os estádios das oitavas de final", diz um trecho do comunicado. Em seguida, a entidade confirma que as bandeiras estão permitidas a serem erguidas em Munique (nesta sexta) e em Roma, neste sábado.

Porém, a mensagem continua, dizendo que a Uefa "exige que os seus patrocinadores garantam que as suas obras de arte estão em conformidade com a legislação local e compreendemos que este não é o caso em Baku e São Petersburgo."

Apesar de obedecer as leis locais para não estampar imagens sobre a causa em questão, o informativo da Uefa destaca que continuará a apoiar e divulgar a luta contra todos os tipos de discriminação através da campanha Equal Game em todos os estádios em todos os jogos restantes. Por fim, informa que todos os patrocinadores decidiram por não usar mais o arco-íris em suas ações, visto que "o mês do orgulho gay está chegando ao fim".

A Uefa já enfrentou duras críticas durante a Eurocopa, como quando rejeitou o pedido para que a Allianz Arena estampasse as cores do arco-íris mesmo após a insistência, dizendo que isto seria um ato político contra as novas leis implementadas pelo governo da Hungria.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) determinou nessa quinta-feira (1º), que o Ministério Público Federal no Amazonas faça a análise da possibilidade de responsabilizar criminalmente o apresentador Sikêra Jr. por conta do seu discurso homotransfóbico realizado ao vivo.

Ao vivo, em rede nacional, durante o programa Alerta Nacional, o apresentador chamou homossexuais de “raça desgraçada” e discursou contra a comunidade LGBTQIA+. O programa já perdeu diversos patrocinadores depois disso.

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Como o discurso foi realizado em programa produzido pela TV ‘A Crítica’, de Manaus, a representação foi encaminhada à unidade do MPF/AM para análise concreta do caso.

A ação partiu do deputado federal David Miranda (PSOL/RJ) e analisada pelo procurador federal dos Direitos ao Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, que indicou a potencialidade de transnacionalidade, que significa que a fala de Sikêra Jr. pode ter alcançado a população de outros países, principalmente os que fazem fronteira com o Amazonas.

Na decisão, Vilhena ressalta também, a parceria feita pela Rede TV! em abril deste ano, com veículo de transmissão internacional, a TV BRICS, reforçando a potencial transnacionalidade na conduta.

A rede de TV BRICS, é um grupo de entretenimento com sede em Moscou, onde são integrados veículos de comunicação dos cinco países pertencentes ao BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul.

Na decisão, o procurador federal explica que em crimes de racismo se enquadram condutas homofóbicas e transfóbicas, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em casos dessa forma, os crimes são processados e julgados no âmbito da Justiça Comum Estadual, porém em casos que se verifique potencial de transnacionalidade na conduta, passa à Justiça Federal.

Nessa terça-feira, Sikêra Jr pediu desculpas ao vivo durante seu programa, mas ressaltou que não mudou sua opinião em referência ao comercial da Burguer King, a quem desferiu todo seu discurso anterior. Na propaganda a que se refere, crianças falavam sobre suas famílias LGBTQIA+.

MPF já pediu indenização

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul já havia ajuizado uma ação civil pública contra a Rede TV! e Sikêra Jr. Nela, pede que ambos sejam condenados ao pagamento de R$ 10 milhões a título de indenização por danos morais coletivos, valor a ser destinado à estruturação de centros de cidadania LGBTQIA+

Com informações da assessoria do MPF

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que está investigando uma publicação no Instagram feita pela Escola Eccoprime, localizada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A postagem critica uma campanha publicitária pela diversidade do Burger King. "Nossas crianças estão sob ataque", diz a escola.

"Identificamos com grande repercussão nas redes sociais e imprensa, notícias acerca de uma postagem, em tese, LGBTfóbica, feita pela rede social de uma escola localizada na Região Metropolitana do Recife, as quais, à luz de argumentos explicitados nos julgados proferidos na ADO 26 e ADPF 457 do STF, seguirão como notícia de fato à Promotoria de Justiça com atribuição para conhecimento e providências”, relatou a coordenadora do Núcleo de Direitos LGBT, promotora Carolina de Moura Pontes. A coordenadora se refere à decisão do STF de equiparar homofobia a crimes de racismo e que reconheceu inconstitucionalidade da proibição de materiais que tratam sobre questões de gênero e sexualidade em escolas municipais.

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A promotora de Justiça Mariana Vila Nova, que atua em Camaragibe, informou que o caso será investigado com a urgência necessária, devido à grande repercussão social e a necessidade de participação de todos os envolvidos.

No sábado (26), a publicação da unidade de ensino dizia que a propaganda era um dos muitos ataques que as crianças enfrentam todos os dias. "Nós, como pais, precisamos defender os nossos filhos e nos posicionar". Em seguida, a escola se refere ao comercial como uma "seta inflamada do inimigo".

Após a repercussão da postagem, a Eccoprime publicou uma nota oficial. A escola agradeceu o apoio recebido, defendeu que houve excesso na propaganda do Burger King e alegou que "discordar não é odiar."

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A campanha publicitária "Como explicar?" mostra o olhar de crianças com relação à comunidade LGBTQIA+. Co-criado com especialistas em psicologia e diversidade, o comercial exibe crianças opinando sobre a pergunta "Como eu vou explicar a sigla LGBTQIA+ para as crianças?", trazendo uma visão infantil sobre amor e respeito.   

"A companhia convida todas as pessoas a repensarem a forma como a diversidade é abordada dentro da sociedade, afinal, se as crianças conseguem explicar esse assunto de forma tão simples e empática, os adultos também conseguem. Além disso, a ótica infantil permite o vislumbre de um futuro melhor, mais tolerante e plural, tendo o respeito como premissa básica", diz o Burger King em nota.

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O Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação civil pública contra a Rede TV! e Sikêra Jr, apresentador do programa Alerta Nacional, por conta de falas discriminatórias e preconceituosas contra a população LGBTQIA+ que foram ao ar em 25 de junho de 2021. Na ocasião, Sikêra relacionou a homossexualidade à prática de crime, pedofilia e uso de drogas, além de proferir falas de menosprezo e preconceito.

O MPF assina a ação em conjunto com a associação que atua na defesa dos direitos humanos da população LGBTQIA+ Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual. O procurador regional dos Direitos do Cidadão no RS, Enrico Rodrigues de Freitas, e a advogada Alice Hertzog Resadori, do Nuances, signatários da ação, destacam que as falas preconceituosas veiculadas na Rede TV! tiveram por objeto de fundo a campanha publicitária realizada pela rede de alimentação Burger King, focada em celebrar junho como o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Alusiva à temática da diversidade, a campanha dedica especial atenção a enfrentar o preconceito e procura tratar do tema da diversidade também junto ao público infantil.

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MPF e Nuances pedem que Rede TV! e Sikêra Jr sejam condenados ao pagamento de  R$ 10 milhões a título de indenização por danos morais coletivos, valor a ser destinado à estruturação de centros de cidadania LGBTQIA+.

Além da indenização, a ação civil pública também requer a exclusão da íntegra do programa objeto da presente ação que foi veiculado em 25 de junho de 2021 de seus sites e redes sociais e que tanto a emissora como seu apresentador sejam obrigados a publicar retratação pelos mesmos meios e mesmo tempo e em idêntico horário, devendo a referida postagem permanecer nos sites da empresa ré pelo prazo mínimo de um ano.

O jornalista Jacson Damasceno criticou nessa segunda-feira (28), ao vivo, durante o programa que comanda, o Brasil Urgente RN, o apresentador da RedeTV! Sikêra Jr. Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+ e o dia 28 é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Aproveitando a deixa, Damasceno desabafou e deixou um recado duro: “Quem é você comparado a tantos gays e lésbicas que orgulham e honram esse país? Se enxergue, você é um velho, respeite seus cabelos brancos, pregue alguma coisa que preste nesse país, não vá ao ar fazer palhaçada”, disse.

Jacson lembrou personalidades LGBTQIA+ importantes e questionou Sikêra Jr. “Quem é você comparado a Paulo Gustavo, Joãosinho Trinta, a Clodovil Hernandes, Cássia Eller, Renato Russo, Cazuza?”.

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Em outro trecho, o apresentador do Brasil Urgente dispara: “O senhor é apresentador, eu também. Você pode ser milionário, mas temos responsabilidades iguais. Saiba usar a sua. O senhor chegou onde chegou, não para falar besteira. Aproveita a audiência que você tem pra pegar o bem, para trazer coisas úteis ao país, para pregar o amor e a paz. Além de dinheiro, o que você construiu nesse tempo todo? O que você trouxe de construtivo ou de útil para o Brasil?”.

Recentemente, durante o programa Alerta Nacional, Sikêra chamou homossexuais de “raça desgraçada” e Jacson fez questão de lembrar. "Onde você trabalha não tem gay não? Na sua família não tem gay? Você vai matar um filho seu? Deixa de conversar besteira, ocupando horário nobre em rede nacional pra conversar bost*. Faça-me o favor, se dê o respeito. Pregue o amor, não acha que é muita violência o bastante pra ficar incentivando o ódio? Chamar o outro de raça desgraçada, raça do cão? A sua raça é o que? Você é o que? Você é um nada, rapaz", encerrou Jacson.

Confira o desabafo do apresentador do Brasil Urgente:

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A escola Eccoprime, localizada em Aldeia, município de Camaragibe, usou o perfil oficial da instituição no Instagram, na tarde desta segunda-feira (28), para emitir nota oficial. O texto responde os questionamentos e acusações de homofobia após a primeira publicação criticando um comercial pró LGBTQIA+ da rede de fast food Burguer King.

Na legenda da publicação, a Eccoprime agradece o apoio recebido nos últimos dias e afirma que "Amar não é concordar. Discordar não é odiar".

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Confira o comunicado na íntegra:

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No texto, a escola afirma repudiar "toda e qualquer violência contra a comunidade LGBTQIA+" e rejeitar "qualquer espécie de preconceito e discriminação". Entretanto, no mesmo parágrafo, a instituição ressalta que "a prática homossexual não seja apoiada pela Bíblia (Romano 1:18-32), que é a regra de fé e prática do cristão".

Em outro trecho, a Eccoprime aponta que houve excesso por parte da rede de fast food e que não foi levado em consideração o Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), pois, trata-se de "pessoas ainda em desenvolvimento das suas faculdades e, portanto, devem ser protegidas de determinadas exposições".

Sobre a repercussão negativa e acusações de homofobia, a intituição de ensino destaca que é "uma atentado desreispeitoso à diversidade de opinião e as liberdades resguardadas pela Constituição". Ao finalizar o comunicadao, a Eccoprime diz que está aberta ao "diálogo respeitoso".

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