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Quatro clubes brasileiros (Fluminense, Flamengo, Vasco e Santos) estamparam as cores da bandeira do arco-íris em seus uniformes, neste domingo, dia 27, nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. As ações apoiaram a luta contra o preconceito em razão do Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer e mais), comemorado nesta segunda-feira.

Os clubes brasileiros solicitaram uma autorização prévia à CBF, organizadora das competições, para realizar a homenagem. E receberam o sinal verde. Na semana passada, a Uefa, organizadora da Eurocopa, rejeitou o pedido da cidade de Munique para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris antes do jogo entre Alemanha e Hungria. A Uefa recebeu críticas pela medida e provocou um movimento de solidariedade na Alemanha antes da partida.

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A entidade europeia, que afirma "compreender que a intenção é enviar uma mensagem para promover a diversidade e a inclusão", até aceita a ideia da iluminação do arco-íris, mas em datas alternativas. Sob críticas desde terça-feira de vários países, a entidade que comanda o futebol europeu afirmou que sua decisão "não é política", ao contrário do pedido de Munique como forma de protesto contra uma recente lei húngara considerada discriminatória para os homossexuais.

No último fim de semana, a entidade cedeu à pressão de patrocinadores e de seleções e liberou a exibição de símbolos LGBTQ+ nas partidas da Eurocopa.

No Brasil, o Vasco foi além e estreou uma camisa em homenagem ao movimento. O clube substituiu a clássica faixa preta pelas cores do arco-íris. A peça esgotou em uma hora com parte da verba arrecada revertida para a Casa Nem, instituição de acolhimento de pessoas LGBTQ+ em situação de vulnerabilidade social.

"O Vasco de 1923 não aceitou o racismo, naturalizado no século anterior. O Vasco do século 21 se nega a aceitar a homofobia e a transfobia que marcaram o século 20", diz um trecho do manifesto de combate à homofobia e à transfobia lançado pelo clube do Rio de Janeiro.

O atacante Germán Cano deu sua contribuição individual e protagonizou uma cena histórica na vitória sobre o Brusque, pela Série B do Brasileiro. Ao celebrar seu gol, ele ergueu a bandeira de escanteio que trazia as cores do arco-íris. O argentino foi punido com cartão amarelo.

Na súmula da partida, o árbitro paulista Salim Fende Chavez justificou a punição ao atacante "por tirar a bandeira de escanteio e jogá-la ao chão na comemoração do gol". Nesta segunda-feira, o jogador usou suas redes sociais para reafirmar seu apoio. O atacante não deve receber punições do STJD pelo ato. O órgão não pode punir ou analisar o que já foi analisado e punido pelo árbitro. O artigo 58 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) só pode ser utilizado quando o ato escapar da arbitragem.

O Fluminense promoveu homenagens em seu uniforme na partida contra o Corinthians. As cores do arco-íris estavam nos números nas costas, na braçadeira de capitão e na hashtag #TimeDeTodos, que estava no peito.

O Flamengo também entrou em campo com os números das camisas nas cores do arco-íris, presentes também na braçadeira de capitão. Os dois times do Rio de Janeiro vão realizar leilões dos uniformes pela plataforma Play For a Cause e todo valor arrecadado será doado à ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, com sede no Rio. O Santos teve o logo de sua patrocinadora, a SumUp, com as cores do arco-íris, durante a partida contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. O nomes dos atletas alvinegros foram substituídos por palavras, como "Respeito" e "Visibilidade".

As ações do Vasco, no entanto, causaram polêmica. A mudança da cor da faixa do uniforme gerou discussão nas redes sociais. Muitos torcedores criticaram. Houve divergência inclusive dentro do elenco do Vasco em relação às ações. O zagueiro Leandro Castán, capitão da equipe, usou as redes sociais para uma postagem de caráter bíblico, citando um pedido de Deus para que Noé e seus filhos fossem férteis para povoar a terra.

O casal Nanda Costa e Lan Lahn anunciou nesse domingo (27) que irão ser mães durante entrevista no Fantástico. A atriz e a percussionista terão gêmeas e Nanda já está no quinto mês da gestação. Após o anúncio, as duas publicaram em suas redes sociais e receberam muitas felicitações, porém também houve uma grande quantidade de comentários negativos e preconceituosos.

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No texto anunciando, Nanda diz que suas filhas já transbordam amor, “num momento em que o sentimento, por vezes, parece estar em falta”. A atriz agradeceu as filhas por virem para fazer a diferença não só na na vida do casal, mas também na sociedade, já que “vem para fazer a diferença, para ensinar que duas mães, dois pais, um pai e uma mãe, juntos, separados ou sozinhos, são família legítima”, disse.

Entre os milhares de comentários homofóbicos, a maioria faz a pergunta “quem é o pai?” e entre tantos desse, existem alguns que dizem ser fãs da atriz, "me perdoe sou teu fã você é uma atriz espetacular admiro muito o seu trabalho... Mas, me responde uma pergunta: elas fizeram o filho uma na outra??? Esse filho foi gerado entre elas?”, pergunta um.

Amigos parabenizam

Nem só de hate foi a publicação, já que o casal recebeu diversos de parabéns. Fabiana Karla, Fernanda Gentil, Adriane Galisteu, Eduardo Sterblitch, Tiago Abravanel e outros famosos comentaram e desejaram as felicitações necessárias. Nos stories, o casal também compartilhou amigos que falaram com eles no Whatsapp ou publicaram o anúncio delas durante o Fantástico no Instagram.

 

A Uefa informou neste domingo que irá abrir uma investigação sobre "possíveis atos discriminatórios" racistas e homofóbicos da torcida da Hungria nos dois jogos que a seleção do país disputou na Eurocopa. A seleção húngara enfrentou Portugal e França na Puskas Arena, em Budapeste, com o estádio cheio nas duas ocasiões.

Segundo a imprensa francesa, a cada vez que Mbappé tinha a bola no jogo contra a Hungria, gritos de macaco eram entoados nas arquibancadas. Benzema, que tem raízes argelinas, também foi alvo de atos discriminatórios da torcida húngara.

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Além disso, faixas e cartazes com dizeres "anti-LGBT" foram levados para a arquibancada no primeiro jogo da Hungria, contra Portugal, e cânticos homofóbicos contra Cristiano Ronaldo foram entoados - o jogador é heterossexual.

Na última semana, o Parlamento da Hungria aprovou uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade entre menores de idade, restringindo os direitos de informação dos jovens com relação à homossexualidade e transsexualidade. O país é governado pelo primeiro-ministro de extrema-direita Viktor Orbán.

A Hungria acabou derrotada por Portugal por 3 a 0 e empatou com a França em 1 a 1. Na última rodada do grupo, joga contra a Alemanha na Allianz Arena, em Munique, e a Câmara Municipal da cidade alemã pediu que o estádio seja iluminado com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.

Um padre da paróquia de Tapurah, a 428 km da capital matogrossense Cuiabá, teceu críticas e comentários homofóbicos ao repórter da Globo Pedro Figueiredo, que viralizou na internet após receber declaração do marido Erick Rianelli desejando feliz Dia dos Namorados, no ano passado. A gravação ocorreu no encerramento de uma edição do RJTV, noticiário carioca da emissora, e voltou a ser compartilhada nas redes sociais em virtude da celebração. Rianelli também trabalha na emissora.

Durante a Pastoral da Família, realizada no último domingo (13), o padre Paulo Antônio Müller chamou o profissional de “viadinho” e “idiota”, além de ter criticado a união homoafetiva, a comparando com casais heterossexuais e insinuando que o casamento gay não merece ser chamado de casamento, por não ser “digno” e nem “bonito”.

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"Não é como a Globo apresenta, dois viados, me desculpa, mas dois viados, um repórter para um viadinho chamado Pedrinho. Ridículo. Que chamem a união de dois viados, de lésbicas do que quiserem como querem, mas não de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia", disse o líder religioso durante uma missa, que foi transmitida na internet.

O caso ganhou repercussão após o ativista Antonio Isuperio, conhecido defensor de direitos humanos, publicar o trecho da missa em sua conta do Instagram. A união homoafetiva, apesar de não ser lei no Brasil, é direito garantido pela Justiça, sendo reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal há uma década. Também se valem os direitos civis em recorte à população LGBTQ+, que contemplam a criminalização da homofobia e da transfobia, realidade no país desde 2019.

Confira o discurso do padre Paulo Müller

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Pedro Figueiredo voltou a comentar a ocasião, reconhecendo a total mudança de caráter dos comentários, que passaram de comemorativos para odiosos.

"Quem nunca sonhou em receber uma declaração de amor na TV !? Eu tive essa sorte. Foi no ano passado, no dia dos namorados. Os repórteres e as repórteres que estavam ao vivo no Bom Dia Rio se declararam para seus amores. Naquele dia, o Erick Rianelli era o único LGBT do grupo. E a mensagem viralizou. Foi espontâneo, foi sincero, mas também foi um canhão de afeto. Inspirou e representou muita gente. Agora, um ano depois, voltou a viralizar. Dessa vez acompanhada por mensagens de ódio. Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: 'Onde houver ódio, que eu leve o amor'. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido", escreveu Pedro.

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso afirmou que vai investigar as declarações de Müller.

A 14ª Vara Criminal de Maceió condenou um segurança do Shopping Pátio Maceió por impedir o acesso de uma mulher transexual ao banheiro feminino. A conduta de José Rui de Gois foi enquadrada como crime de racismo, seguindo precedentes do Supremo Tribunal Federal.

O juiz Ygor Vieira de Figueirêdo fixou a pena em 1 ano e 6 meses de reclusão, porém a punição foi convertida em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, além do pagamento de 10 salários mínimos a serem revertidos a uma organização que atue em favor da comunidade LGBTI+.

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O caso ocorreu na noite de 3 de janeiro de 2020. A vítima, Lanna Hellen, relata que tentou usar o banheiro do shopping, e ao entrar no corredor, foi abordada pelo segurança José Rui. De acordo com a acusação, ele não permitiu que Lanna usasse o banheiro feminino, e disse que uma cliente havia externado que ficaria constrangida com a situação.

“É inconcebível que no atual estágio civilizatório [...] sejam toleradas práticas discriminatórias em função do sexo, gênero ou sexualidade do indivíduo, razão pelo que é inequívoco que a proibição da entrada no banheiro correspondente ao gênero ao qual a transexual pertença deve ser caracterizado como crime de racismo, já que a conduta promove a segregação entre as pessoas e ofende ao princípio da dignidade da humana”, diz o juiz na sentença.

Após a primeira abordagem, a vítima começou a protestar com o intuito de chamar a atenção dos demais clientes. Os vídeos gravados no incidente mostram que ela chegou a subir em uma mesa da praça de alimentação e tirar a camisa como forma de demonstrar que era mulher. Neste momento, ela foi contida por seguranças e bombeiros civis.

As testemunhas ouvidas, que não conheciam a vítima, não presenciaram o momento da negativa no corredor do banheiro, porém confirmaram que os seguranças repetiam, durante a contenção de Lanna na praça, que ela não deveria usar o banheiro feminino. Os depoimentos também apontam que os seguranças insistiam que Lanna seria “homem” e “macho”, além de dizerem que ela iria para o inferno por ser transexual.

De acordo com a sentença, “os vídeos anexados a pedido do assistente de acusação deixam claro que houve a negativa de utilização do banheiro e o protesto feito pela vítima em virtude de tal fato”.

A defesa alegou que Lanna Hellen não foi impedida de utilizar o banheiro feminino. Sustentou que a mulher é ex-funcionária de uma das lojas do shopping e que, após o encerramento de seu contrato, “passou a frequentar o shopping para deflagrar grosserias em frente ao salão, motivo pelo qual passou a ser monitorada pelos seguranças do shopping”.

Tiago Abravanel teve grande repercussão na internet na tarde da última quarta-feira (2) depois de publicar um vídeo no qual condena as falas de sua tia, Patricia Abravanel, que foram tidas como homofóbicas durante o programa Vem Pra Cá da terça-feira (1°).

O registro acabou viralizando entre os internautas e Tiago chegou a receber até mesmo o apoio de alguns famosos - mas, na noite da quarta-feira, o cantor voltou a se pronunciar em suas redes sociais para esclarecer que não havia feito a publicação com o intuito de atacar a tia.

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Através dos Stories do Instagram, Tiago começou sua mensagem agradecendo pelo apoio que recebeu por parte dos internautas, e explicou que o objetivo do vídeo era promover uma reflexão:

"Gente, eu preciso agradecer o carinho de vocês, as mensagens de amor, de afeto, de respeito. Falar que o que está acontecendo e o vídeo que eu postei, é sobre evolução. Evolução através do amor, através do respeito, através de aprendizados e ensinamentos. Como eu falei no vídeo, eu não sou dono da verdade, eu tenho muita coisa pra aprender na minha vida e eu estou disposto".

Em seguida, o ator também criticou a cultura do cancelamento e apontou que sua intenção não foi promover o julgamento de Patricia através das redes, e sim falar sobre o assunto do ponto de vista de alguém que sofre com a homofobia em seu cotidiano:

"Falar também sobre o não cancelamento, o não ataque. Quando eu coloquei o vídeo, eu não quis atacar a Patricia, eu simplesmente esclareci e mostrei a situação dentro do ponto de vista de quem sente isso na pele. Isso é necessário, isso precisa ser dito".

Tiago ainda entregou que não é tão próximo da tia a ponto de ligar para ela e oferecer uma conversa sobre o assunto, além de frisar a importância do aprendizado e do debate.

"As pessoas estão me questionando, porque você não ligou pra ela, se ela é sua tia? Talvez vocês achem que a gente tem uma intimidade que na verdade a gente não tem. E isso só diz respeito à relação que eu tenho com ela e com a minha família. Seguimos com amor, com respeito, disponíveis para aprender, escutar, conversar e para evoluir".

O ator Tiago Abravanel publicou vídeo em seu Instagram, na madrugada desta quarta-feira (2), criticando a fala de sua tia, Patrícia Abravanel, que durante o programa “Vem pra Cá” do SBT, pediu paciência e compreensão com quem ainda está “aprendendo” a não ser homofóbico, chegando a ironizar a sigla LGBTQIA+. “Questão de respeito”, alertou o neto de Sílvio Santos.

Tiago, usando um casaco em tons de arco-íris, explicou o caso e disse que pra ele não pegou legal. “Eu resolvi fazer esse vídeo, porque eu acredito que assim como ela falou ao vivo o que ela pensa, eu também preciso falar o que eu penso aqui nas minhas redes e falar para você tia, como eu me senti assistindo”, começou.

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Em seguida, o neto de Sílvio Santos falou sobre a questão de opinar sobre a orientação sexual das pessoas. “Eu penso que, em primeiro lugar, orientação sexual não é uma questão de opinião. É uma questão de respeito. Você não precisa ser como eu, mas precisa respeitar quem eu sou e ponto final. Opinar, você opina se uma roupa é bonita ou feia para você. Se você quer café ou chá ou se você gosta de doce ou salgado”, acrescentou Tiago.

O ator falou sobre a intolerância e a questão do respeito usando um exemplo. “Quando um homem ou um casal de gays está na avenida Paulista e leva uma lâmpadada na cabeça, não dá tempo de explicar pro cara que tá com a lâmpada, falar assim: ‘oi, tudo bem? Só um minutinho, deixa eu te explicar porque a gente tá namorando, você tem que respeitar a gente’. Não dá tempo de explicar, a gente precisa sim falar, precisa se colocar, questionar, com respeito, com sabedoria, com movimento. Esse movimento precisa acontecer, não é uma questão de ‘ai eu vivi numa sociedade em que eu tive uma educação mas conservadora’”, continuou.

Tiago Abravanel citou que os tempos são outros, mais modernos e que já é tempo de buscar aprender sobre o assunto. “A gente está em 2021, não dá mais tempo e se tem alguém que precisa aprender, essa pessoa precisa correr atrás de aprender e não a gente que sofre que tem que ensinar. Se você quiser me ligar e me perguntar qualquer coisa que queira, pode me ligar, eu vou te explicar com calma, todo carinho do mundo. Mas, a partir do momento que você vai para a televisão e fala o que você acredita, ou aquilo o que você bem atende, você é responsável por aquilo, então não dá para passar a mão na cabeça”.

O ator finalizou o vídeo mandando um recado para tia e dizendo estar disponível para Patrícia conversar e tirar qualquer dúvida. “Se você quer aprender, procure saber, vá atrás, você como comunicadora tem essa responsabilidade e você como cidadã tem essa obrigação”, finalizou Tiago.

Nos comentários da publicação, recebeu milhares de comentários positivos, inclusive de outras personalidades famosas, como Maísa, Thiaguinho e Lívia Andrade.

Veja vídeo completo de Tiago Abravanel:

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A polêmica envolvendo Caio Castro e Rafa Kalimann foi parar no programa Vem pra Cá, do SBT, nesta terça (1º) e aí, foi a apresentadora da apresentação, Patrícia Abravanel, quem virou foco da ‘confusão’. A filha de Silvio Santos resolveu pedir compreensão ao público LGBTQI+ e sua postura não foi bem recebida. Patrícia recebeu muitas críticas e seu nome foi parar entre os mais comentados da internet.  

O tema envolvendo os globais - que recentemente compartilharam vídeos de um pastor criticando casais homoafetivos - era o assunto do dia no Vem pra Cá. Ao comentar a história,. Patrícia Abravanel resolveu falar em defesa dos dois: “Eu acredito que nós, mais velhos, e nós que fomos educados por pais mais conservadores, a gente está aprendendo, a gente está se abrindo, mas eu acho que é um direito também das pessoas respeitarem. Por que não concordar em discordar?”

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Em seguida, a apresentadora disse que acredita que Caio e Rafa sejam homofóbicos mas que foram “educados de uma outra maneira", e disse que é necessário paciência para que o mundo seja mais igualitário. “É muito difícil educar filhos e falar assim 'que que eu vou falar pro meu filho? Como falar?' Porque a gente não sabe lidar. Tem que ter respeito e compreensão e não massacre e cancelamento. É assim que a gente vai chegar num mundo sem homofobia e sem tantas discussões e cancelamentos”.

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No entanto, o público não recebeu bem o discurso da filha de Silvio Santos. O nome dela foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, nesta terça (1º), e as críticas foram inúmeras. “Eu sou contra a existência de Patrícia Abravanel e a não respeito”; “Patrícia Abravanel em rede nacional defendendo o direito de ser homofóbico”; “Patricia Abravanel concordando com homofobia ao vivo 10 da manha no dia do gay”; “Patrícia Abravanel, uma mulher mimada, que teve tudo que quis a seu alcance. Mostra-se um lixo de pessoa a cada vez que tenta entrar em pauta que não lhe cabe, não faz nem o básico de saber qual a sigla correta, fala com desdém, piada, enfim, desnecessária”.


 

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Segundo pesquisa realizada pela rede social LinkedIn, 35% dos entrevistados LGBT já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho, seja direta ou velada. Esse número alarmante evidencia o preconceito enraizado na sociedade brasileira, e o quão prejudicial esse contexto é para a comunidade LGBTQIA+, seja no sentido profissional, o qual é diretamente afetado, seja nos quesitos psicológicos.

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A universitária Gabi Muller, coordenadora da ONG Grupo de Trabalho de Gênero da Associação de Jovens Engajamundo, conta que o fato de ser lésbica não afetou na sua escolha profissional, mas fez diferença no ambiente universitário. “Na universidade, ao me entender não heterossexual, percebi que, sim, isso diria muito sobre as provações que a universidade e o mercado de trabalho trariam. Uma das coisas mais marcantes pra mim, no entanto, não é a sexualidade em si, mas a performance de gênero e as coisas das quais não se pode falar. Foi só quando tranquei o curso em 2019 que consegui me orientar melhor quanto a essa tal performance. E me descobri fora da feminilidade. Foi um trabalho danado até eu conseguir voltar, me inscrever pra estágio e ocupar esse espaço enquanto sapatão”, explica Gabi.

A estudante de Engenharia Ambiental relata que sua primeira experiência sofrendo preconceito no ambiente de trabalho foi em uma padaria, e que seu chefe a questionava sobre sua sexualidade, algo sobre o que ela não sabia se posicionar na época. Esse tipo de relato, mais comum do que o imaginado, revela a frequência do preconceito e da discriminação na sociedade, e o quanto tais experiências são nocivas para quem as sofre.

Além dos aspectos psicológicos, o rendimento da comunidade é posto em prova diante dos diversos ataques sofridos na jornada profissional. “Além disso, tem o próprio cansaço de ser questionada sobre identidade e sexualidade fora do ambiente profissional. Isso reduz com certeza a energia que uma pessoa pode ter, e eu inclusa nisso, para cumprir com prazos, pressão etc.”, expõe Gabi Muller.

Como uma mulher lésbica, Gabi diz que, para enfrentar o problema, as empresas precisam contratar não apenas LGBTQIA+, mas também outros grupos que rompam com o padrão socialmente aceito. “Acredito que as empresas privadas grandes, por exemplo, por seu maior potencial de financiar, poderiam se posicionar mais enfaticamente diante de retrocessos na nossa agenda, embutir dinheiro para financiar projetos de ONGs e coletivos. Os setores públicos deveriam ter políticas mais efetivas de inclusão também”, finaliza Gabi.

Marcos Melo, assessor de comunicação da ONG Olivia, diz que felizmente não sofreu dificuldades de acessar o mercado de trabalho por ser gay. Ele relata que sempre conseguiu contrapor o preconceito se posicionando quanto profissional. Mas tem consciência de que sempre vai haver quem sofra discriminação em ambientes de trabalho por ser LGBTQ+.

“Felizmente eu estou em uma área que consegue, sim, ser muito mais abrangente em relação a pensamentos que estão fora do padrão”, expõe o assessor sobre o seu ambiente de trabalho.

Marcos diz que ser um homem gay no Brasil é um exercício diário de sobrevivência. O Brasil é um dos países que mais matam LGBTQ+ todos os dias. Em 2020, foram registrados 237 mortes violentas contra LGBTQ, segundo o Acontece - Arte e Política LGBTI+ e o Grupo Gay da Bahia. O país também é líder em assassinato de transgêneros e travestis pelo 12º ano consecutivo, levantamento de mesma fonte.

“Você diariamente precisa dizer para si mesmo, que a sua vivência não é errada, que a sua vivência não é um afronte para a sociedade. Pelo contrário, é a expressão da sua liberdade, então ser LGBT no Brasil é resistir psicologicamente e fisicamente todos os dias”, relata Marcos.

Marcos fala que a inclusão é baseada em repensar toda a estrutura da empresa, como a pessoa será recebida, como lidar com essas pessoas diariamente, como os outros funcionários irão se portar diante disso. É conceder qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho, orienta, para que a pessoa possa se sentir confortável. Esse comportamento não se limita à comunidade LGBTQ+, mas a todas as comunidades que ainda são excluídas, como os pretos, os deficientes, os indígenas, reforça Marcos.

“Falar em preconceito é falar em garantia de direitos, de direitos que também são nossos”, diz o assessor da ONG Olivia.

Marcos acredita que a educação é a forma de combater o preconceito. "É a forma que a sociedade vai caminhar para frente, é a base de qualquer indivíduo. Então é com a educação que podemos mudar a realidade que vivemos hoje." E faz um apelo: “É que as pessoas nos deixem viver, deixem ser quem nós somos, deixem amar quem nós queremos amar, deixem viver a nossa vida da maneira que nós achamos correta. Isso não diz respeito a ninguém e nem deve dizer, então que as pessoas sejam livres e nos deixem ter a liberdade que é nossa por direito”.

A ONG Olivia oferece informações a empresas sobre como proceder para que as pessoas LGBTQ+ possam viver de forma saudável com seus colegas em ambiente de trabalho. A ONG também oferece apoio psicológico para quem precisar (@olivialgbt). “A ONG Olivia está sempre disposta a ajudar”, encerra Marcos.

Por Alessandra Nascimento e Roberta Cartágenes.

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um procedimento para investigar o Sport Club do Recife por comentários homofóbicos sobre o ex-BBB Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor. Na última sexta-feira (14), conselheiros do Sport, em áudios vazados, criticaram reportagem que mostra Gilberto dançando no estádio da Ilha do Retiro.

A 8ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos designou uma audiência eletrônica a ser realizada em 7 de junho, às 9h, "para tratar da garantia de direitos à dignidade e à igualdade da população LGBT e o combate à lgbtfobia pelo Sport Club do Recife e Federação Pernambucana de Futebol", diz nota do MPPE. A portaria já foi encaminhada para publicação no Diário Oficial Eletrônico.

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Declarações homofóbicas

Na sexta-feira (14), o deputado estadual e conselheiro do Sport Romero Albuquerque denunciou outros dois conselheiros do clube por comentários preconceituosos contra Gilberto Nogueira após ele ter feito a coreografia do "tchaki tchaki", uma de suas marcas durante a participação no Big Brother Brasil 2021. 

"1,2 milhão de visualizações. Arretado. 1,2 milhão de pessoas achando que o Sport só tem viado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A viadagem todinha vai comprar. Vai ser lindo", diz o advogado e conselheiro Flávio Koury na gravação. Em outro áudio ele diz: "Se ele tivesse feito essa dancinha na casa dele ou no bordel, eu não estava nem aí. Foi dentro da Ilha do Retiro, né, rapaz? Isso é uma desmoralização. Isso é audiência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. Não tem mais respeito por pai e filho. É a depravação. Isso é o retrato do que o PT deixou pra gente. É exatamente isso. (sic)"

Os comentários causaram revolta nas redes sociais. A hashtag #ForaKoury começou a circular no Twitter. Apesar do clube ter sido pressionado, o advogado não foi desligado do conselho do clube.

No mesmo dia, circulou um áudio do conselheiro Renan Valeriano, que defende a opinião de Koury. "Também sou conselheiro do Sport, compactuo com o que foi falado pelo doutor Flávio e não concordo com a veiculação da nossa marca da nossa imagem por esse cidadão que não tem nenhum serviço prestado ao Sport, pelo contrário, ele empobrece e envergonha a marca Sport Club do Recife. Reitero todas as palavras do doutor Flávio", disse.

Posteriormente, Koury divulgou um vídeo à imprensa se desculpando pelas declarações. "Em uma conversa acalorada de um grupo privado do Sport, do qual sou conselheiro, eu proferi algumas palavras que podem ter atingido alguém. Em razão disso, quero de imediato pedir desculpa a todos e, especialmente, a pessoa de Gil, que não tinha absolutamente nada a ver com a conversa e viu-se involuntariamente envolvido no acontecimento", afirmou.

Gil do Vigor

"Primeiro ataque homofóbico que me deparo após o BBB e posso garantir, ainda machuca MUITO! Mas sigo firme e providências serão tomadas. Tirando o dia off para não perder minha alegria por tudo que venho vivendo...... É muita dor!", publicou Gilberto Nogueira após a repercussão. Na mesma data, ele anunciou que estava escrevendo um livro sobre sua vida.

No dia seguinte, sábado (15), Gilberto comentou o episódio em entrevista à Globo. "Inicialmente, doeu muito, fiquei muito abalado. Depois pensei assim: ‘gente, é uma pessoa só’. Tenho, na verdade, pena dele, por ele não ter aprendido, não ter absorvido que preconceito não leva ninguém a nada", disse. Ele também agradeceu o apoio recebido.

Após sofrer ataques homofóbicos de dois conselheiros do Sport, Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, desabafou sobre os atos violentos. Nesse sábado (15), em entrevista à Globo publicada no G1, o ex-integrante do Big Brother Brasil (BBB) confessou que, inicialmente, ficou abalado, mas depois, abraçado pelo carinho dos fãs e dos próprios torcedores do clube leonino, decidiu focar no apoio do público e ressaltar sua torcida pelo time rubro-negro.

“Inicialmente, doeu muito, fiquei muito abalado. Depois pensei assim: ‘gente, é uma pessoa só’. Tenho, na verdade, pena dele, por ele não ter aprendido, não ter absorvido que preconceito não leva ninguém a nada”, declarou Gil, em entrevista à Globo. “Fico muito grato e honrado por ver tantas pessoas, torcedores, que me apoiaram. Fico feliz pelo abraço, pelo carinho. Sou do Sport e quem não gostar que lute”, acrescentou o ex-BBB.

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Quando primeiro áudio veio à tona, o Sport emitiu um comunicado repudiando a atitude do conselheiro. Em seguida, o LeiaJá obteve, com exclusividade, um áudio de outro conselheiro do clube contra Gil.

“O Sport Club do Recife é de todos. Gil do Vigor é e será sempre um legítimo representante das cores do Sport. Um clube plural, do povo. A maior torcida do Norte/Nordeste. Não segregamos quem ama o Sport. O amor que une nossa torcida ao clube é incondicional. O Sport e o Conselho Deliberativo GARANTEM que estão tomando todas as providências para que esse e todo e qualquer ato de preconceito seja devidamente penalizado. Obrigado Gil, por levar o nome do Sport pra todo o mundo. Pelo Sport Tudo!!!”, se posicionou o Sport por meio de nota.

O caso foi parar no campo da política. O ex-presidente Lula, por meio das redes sociais, também prestou solidariedade a Gilberto. Já no âmbito do futebol, o Sport entra em campo, neste domingo (16), pela final do Campeonato Pernambucano. Às 16h, o Leão encara o Náutico, na Arena de Pernambuco, no primeiro confronto da decisão.

O pernambucano Gilberto Nogueira, ex-participante da 21ª edição do Big Brother Brasil, foi vítima de ataques homofóbicos por parte de conselheiros do Sport, nessa sexta-feira (14). Após os áudios de Flávio Koury e Renan Valeriano repercutirem, Gil recebeu uma chuva de mensagens carinhosas dos internautas anônimos e de famosos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das personalidades que se solidarizaram com o economista.

Assim que viu a mensagem de Lula, a mãe de Gil resolveu agradecer. No seu perfil do Instagram, na função dos stories, Jacira Santana escreveu: "Obrigada, companheiro Lula, pela solidariedade com o meu filho". Jacira também foi grata com a atenção que Ciro Gomes teve com o ex-BBB. Pouco tempo depois da polêmica, Gilberto fez um anúncio nas suas redes sociais.

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Ele informou aos 'fãs vigorosos' que vai lançar um livro. "Em um dia como esse - em que fui vítima de um ataque homofóbico - é cada vez mais importante contar minha história. Estava muito animado para contar isso para vocês. E com o que aconteceu hoje, meu livro - que será lançado pela Globo Livros - virou um ato de resistência também". O projeto com selo da Globo Livros deverá ser lançado em junho deste ano. 

O ex-presidente Lula prestou solidariedade a Gilberto, ex-BBB, vítima de ataques homofóbicos por parte de conselheiros do Sport, nesta sexta-feira (14). Flávio Koury e Renan Valeriano tiveram áudios vazados, em que cometem homofobia contra a presença de Gil do Vigor na Ilha do Retiro.

O caso tomou conta das redes sociais e ganhou um posicionamento por parte do petista. Lula disse que a atitude não condiz com a tradição do clube e lamentou o ocorrido.

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“A atitude individual de um dirigente guiado pelo ódio não condiz com a tradição do Sport Recife e a relação que o time construiu com o povo de Pernambuco. Minha solidariedade ao companheiro Gilberto e que seu trabalho em favor da Educação possa alcançar esse conselheiro”, afirmou Lula.

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Mais um caso de homofobia relacionado à presença de Gil do Vigor na Ilha do Retiro ocorreu entre os conselheiros do Sport. Depois do caso de Flávio Koury, agora foi Renan Valeriano, que defendeu a atitude do colega em um áudio obtido com exclusividade pela nossa reportagem nesta sexta-feira (14).

“Também sou conselheiro do Sport, compactuo com o que foi falado pelo doutor Flávio e não concordo com a veiculação da nossa marca da nossa imagem por esse cidadão que não tem nenhum serviço prestado ao Sport, pelo contrário, ele empobrece e envergonha a marca Sport Club do Recife. Reitero todas as palavras do doutor Flávio", disse Renan, em áudio enviado ao LeiaJá pelo deputado Romero Albuquerque (PP), que também faz parte do Conselho Deliberativo do Sport.

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“Não poderia permitir que um ato de homofobia ficasse exclusivamente nas quatro paredes desse grupo”, disse o deputado Romero Albuquerque. Ele disse que também vai pedir a expulsão de Renan e de Jayme do quadro de conselheiros do Leão. 

Clube

O Sport se posicionou nas redes sociais: “O Sport é de todos. Gil do Vigor é e será sempre um legítimo representante das cores do Sport. Um clube plural, do povo, maior torcida do Norte e Nordeste. Não segregamos quem ama o Sport. O amor que une nossa torcida ao clube é incondicional”, diz o post.

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Em um um áudio vazado, um conselheiro do Sport, o advogado Flávio Koury, profere frases homofóbicas em relação à presença do ex-BBB, Gilberto, ou, 'Gil do Vigor', na Ilha do Retiro. Fala foi postada em um grupo de conselheiros do clube no whatsapp. A informação desta sexta-feira (14), é do Blog do Jamildo.

No áudio, Flávio diz que 'só tem bicha' no Sport. "1,2 milhões de visualizações. Arretado! 1,2 milhões de pessoas achando que o Sport só tem veado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A viadagem todinha vai comprar", disse o conselheiro em um trecho do áudio divulgado pelo deputado Romero Albuquerque (PP) no blog. 

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Resposta

"Gil do Vigor", respondeu por meio de uma rede social do ataque homofóbico e revelou que, desde que saiu casa do BBB, essa foi a primeira vez que passou por um episódio como esse. 

"Primeiro ataque homofóbico que me deparo após o BBB e posso garantir, ainda machuca MUITO! Mas sigo firme e providências serão tomadas. Tirando o dia off para não perder minha alegria por tudo que venho vivendo...... É muita dor!", publicou.

A repercussão do caso já tomou conta das redes sociais. No Twitter, a tag #ForaKoury, já é o segundo assunto mais comentado do Brasil. A frase “Gil Merece Respeito” também tomou a internet.

O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu, nesta segunda-feira (10), o apresentador da RedeTV Sikêra Jr no caso que envolveu falas homofóbicas do jornalista para a modelo transexual Viviany Beleboni, em 2020. No ano passado, Jr. havia utilizado imagens da atriz durante a Parada  do Orgulho LGBT, onde ela representou Jesus Cristo crucificado, fazendo memória aos crimes cometidos contra a comunidade gay. Ao noticiar um crime cometido por um casal de mulheres lésbicas, o âncora associou a ocorrência à população LGBTQ+ no geral, tendo a imagem de Viviany de fundo.

Na ocasião, em seu programa, Sikêra Jr referiu-se à minoria como “lixo”, “bosta” e “raça desgraçada”. Ele ainda disse que “os homossexuais estão arruinando a família brasileira”.

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Condenado em primeira instância, com a absolvição, o bolsonarista deve se livrar de uma indenização de R$ 30 mil à Beleboni. Ao absolver Sikêra, o desembargador Rodolfo Pelizzari, relator do processo no TJ, afirmou que ele não teve o intuito específico de difamar a modelo ou de prejudicar sua honra e a sua imagem, pois foi uma crítica dirigida à “toda a comunidade LGBT, de forma genérica”.

"A conduta do apresentador não é ilícita, sendo uma mera crítica por entender que sua religião havia sido ofendida por homossexuais, a quem entende serem avessos a Jesus”, afirmou. O desembargador disse que o Estado não pode censurar o direito de dizer o que se pensa e que a "crítica" de Sikêra "pode até ser um equívoco crasso, mas não uma manifestação ilícita do pensamento". Cabe recurso da decisão, que foi referendada pelos desembargadores Mathias Coltro e Mônaco da Silva.

Na ação, a defesa da modelo afirmou que, após a divulgação do programa, na qual a imagem dela "foi relacionada a um crime" e houve "diversas ofensas ao gênero", Viviany foi hostilizada e recebeu ameaças e acusações nas redes sociais. "Ela não se enquadra nos princípios da dignidade da pessoa humana?", perguntou à Justiça a advogada da modelo, Cristiane de Novais.

A atacante Chú, do Palmeiras e da seleção brasileira, publicou um comentário homofóbico em seu Facebook ao comentar a morte de Paulo Gustavo. Em uma comparação entre o ator e o cantor gospel e político Irmão Lázaro, que morreram em 2021 por conta da Covid-19, Chú afirmou que a diferença entre os dois é que Lázaro iria para o paraíso e Paulo Gustavo para o inferno, por conta da sexualidade.

A imagem do comentário passou a circular e atraiu muitas críticas para a jogadora e para o clube. Ambos se manifestaram durante o dia: Chú pediu perdão, enquanto que o clube afirmou que ela entendeu o erro e recebeu orientação para ter um comportamento adequado.

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"Da mesma forma que tive peito de ir lá e comentar no Facebook, também tenho peito de vir aqui me desculpar. Pode ter certeza que não vai mais acontecer, foi um impulso e acabou gerando esse comentário. Quero pedir desculpas a todos vocês, se atingiu vocês de alguma forma. Peço desculpas e quero que vocês me perdoem", afirmou Chú em vídeo publicado nas redes sociais. Posteriormente, ela limitou quem poderia ver suas postagens.

Outras jogadoras já haviam criticado a postura. Katiuscia, lateral-direita do Corinthians, escreveu em seu Twitter: "Quando chegar lá no céu, não vai ter Deus pra julgar não, vai ter a Chú pra julgar quem sobe e quem desce". Kika Brandino, atleta do Grêmio, também se manifestou: "Religião não é desculpa, LGBTfobia é crime". Parte da torcida do Palmeiras criticou a postura do clube no episódio e pediu a rescisão de contrato com a jogadora.

Marta e Cristiane também se manifestaram. "Não julguem. Só Deus pode julgar, tá? Ninguém sabe o dia de amanhã, não é isso? Ninguém pode julgar ninguém: quem vai para o céu, para o inferno. Isso aí é com Deus", afirmou a meio-campista do Orlando Pride.

"Em meio a tantas lutas, preconceitos e piadas que nos fazem mal, temos uma atleta do nosso meio que, sem o mínimo de respeito e amor ao próximo (que é isso que Deus deseja a todos), vem com seu falso moralismo, julgando e atacando as pessoas", criticou Cristiane, atualmente no Santos.

O Palmeiras enfrentou o Corinthians pelo Brasileiro Feminino na noite de domingo. Antes da partida começar, a música "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos, foi reproduzida nos alto-falantes do Parque São Jorge; durante o minuto de silêncio pelas vítimas da covid-19, as atletas corintianas fizeram um coração com a mão, também em sinal de protesto.

Em campo, Corinthians e Palmeiras empataram por 1 a 1. O time alviverde saiu na frente com gol de Bruna Calderan, e Vic Albuquerque empatou pouco depois. O Palmeiras é o líder do Brasileiro Feminino e o Corinthians está na segunda colocação, mas pode ser ultrapassado pelo Santos nesta segunda-feira, no complemento da rodada.

Entidades defensoras dos direitos LGBTQIA+, juntamente com outros grupos de direitos humanos, divulgaram notas de repúdio contra o pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, neste sábado (17). A motivação foi pelo comentário considerado homofóbico do pastor contra o ator Paulo GustavoNos comunicados, também pediram que o religioso seja processado. 

 “É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia , na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão”, diz uma das notas.

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A publicação feita por Olímpio em sua conta no Instagram no último dia 15 dizia: "Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”Após receber duras críticas, a publicação foi excluída da rede social. Ao LeiaJá, ele reconheceu que o post foi infeliz e se defendeu das críticas.

 

O ator Paulo Gustavo está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) no Rio de Janeiro desde o início de março, por agravamento da Covid-19. 

Veja as notas na íntegra:

"CARTA DE REPÚDIO E REVOLTA AS AGRESSÕES PROFERIDAS PELO LÍDER RELIGIOSO DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ALAGOAS - PR. JOSÉ OLÍMPIO

Instituições LGBTQIA + e outras defensoras de direitos humanos de todo o país,  vem a público manifestar seu repúdio as  agressões motivada por homofobia, escarrada pelo líder religioso da Assembleia de Deus em Alagoas - pastor José Olímpio, na última quinta-feira, 15/04 , na página oficial do Instagram do pastor.

O ato criminoso de violência, praticado por este líder religioso, contra o ator Paulo Gustavo, que se encontra internado em virtude de problemas de saúde causadas pelo COVID-19, problema sério de saúde pública e sanitária mundial, fere severamente não só Paulo, mas todas as vítimas da doença, a comunidade LGBTQIA+, classe artística e a todos os cidadãos de bem que tenham bom senso e sintam empatia por seu próximo.

A intolerância e o conservadorismo, observados não apenas em crimes de ódio como este, mas também em discursos e práticas preconceituosas, presentes em diversas instâncias do cotidiano brasileiro atual, causam sérios problemas à ordem pública democrática deste país e entristece-nos saber que este não é um caso isolado, mas apenas um dos tantos casos de crimes motivados por LGBTfobia no Brasil, como foi o atentado de 15 de abril de 2021, a honra de Paulo Gustavo e todos os cidadãos decentes e de caráter libido deste país.

É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia , na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas  contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão.

Fora o tratamento jurídico específico para tais crimes, reconhecendo sua  especificidade, compreendemos ainda que apenas através da educação é que poderemos construir um país mais tolerante à diversidade sexual,  de gênero, religiosa, política, étnica, social e cultural, tambem de pensamento político e religioso mas não de intolerância criminosa e libertinagem.

Por fim, manifestamos nosso apoio e solidariedade ao ator Paulo Gustavo e a todos que se sentiram feridos e magoados com a fala criminosa do pastor, ao mesmo tempo comunicamos oficialmente que medidas judiciais serão tomadas contra o pastor José Olímpio - líder religioso da Assembleia de Deus em Alagoas, ao mesmo tempo também nos solidariezamos com todos os religiosos que se sentiram agredidos e triste por este ato criminoso e intolerante.

Maceió, 17 de abril de 2021.

Assinam esta carta:

GGAL- Nildo Correia ,; CAERR - Kamila Emanuele ; Givanildo Lima - ARTGAY/AL, Aliança Nacional LGBT - Toni Reis ; Rede Gay Brasil - Fábio de Jesus ;

GGM -  Messias Mendonça ; INCVF/AL - Rosaly Damião) - INCVF ; Movimento dos Povos das Lagoas - Isadora Padilha ;  Ticiane Simões - Ateliê Ambrosina ;  CAVIDA - Wilza Rosa ; Marcelo Nascimento -  Fundador do Movimento LGBTQIA+ em Alagoas ; Associação Cultural Joana Cajuru - Waneska Pimentel, Annabella Andrade - Coletivo " O Direito Achado na Rua", REBRACA - Indianarae Siqueira, GGB - Marcelo Cerqueira, Quibamda Dudu - Otávio Reis, Associação As Musa de Castro Alves do Recôncavo - ASMUSADECAR - Gilvan Dias Medeiros ; Movimento Nacional da População em Situação de Rua de Alagoas MNPR/AL e Fórum Nacional dos Usuários do Sistema Único de Assistência Social de Alagoas FEUSUAS/AL - Rafael Machado ; GLAD Delmiro - Anna Moura ;  Luiz Mott - Fundador do Movimento LGBTQI+ na Bahia ; Coletivo LGBTIA+ Flutua (UFAL) -  Fernando I. Rodrigues de Farias; Associação LGBTQI+ e Candomblé GRUPO IGUAIS DE CORURIPE - Sophia Braz ; Arco Íris LGBT de Paripueira - Darlan Kadosh ; Instituto Feminista Jarede Viana - Ana Pereira ; Núcleo de Estudo e Pesquisa das Expressões Dramáticas ; Cia Cultural Vixe Maria ; PesComPasso Artes Cênicas ; Paty Maionese Produções e Eventos - Paty Maionese ; Coletivo Popfuzz - Nina Magalhães ; Cia Orquídeas de Fogo ; AMIREBO - Lafon Pires"

Aliança LGBT+:

"NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+

DE REPÚDIO AO PASTOR JOSÉ OLÍMPIO

A Aliança Nacional LGBTI+ vem a público manifestar seu mais profundo repudio acerca da declaração do Pastor José Olímpio, considerado hoje como braço direito do Presidente da Assembleia de Deus em Alagoas, no tocante ao estado de saúde do ator Paulo Gustavo, que está internado há mais de 30 dias por complicações da Covid-19.

Vivemos tempos sombrios. Esta afirmativa foi dita por nós inúmeras vezes nos últimos meses. O mundo enfrenta uma gravíssima pandemia que segue ceifando milhões de vidas pelo globo, o país em que vivemos segue sendo epicentro da pandemia do novo Coronavírus.

Quando acreditamos que mesmo em meio ao caos instalado, não haveria a chance de nos depararmos com declarações absurdas, nos deparamos com os seguintes dizeres proferidos pelo já citado Pastor:

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si” diz o religioso.

A pandemia que ainda segue em curso transformou o caráter de alguns e revelou o verdadeiro caráter de outros, fazendo com que pudéssemos separar o joio do trigo e sem nenhuma sombra de dúvidas fossemos capazes de compreender melhor o outro. Porém, neste caminhar tênue, assim como dito, alguns se revelaram legítimas ervas daninhas, capazes de espalhar-se apenas com a finalidade de interferir negativamente em uma plantação.

Não há espaços na sociedade para tolerância com discursos preconceituosos, desrespeitosos e desonestos, que precisam ser rejeitados. Líderes religiosos são representantes de suas entidades e exemplos para os fiéis, por isso não devem jamais propagar o ódio e naturalizar a intolerância à diversidade de famílias, identidades de gênero e orientações sexuais.

'O sonho da igualdade só cresce no terreno de respeito pelas diferenças.'

Augusto Cury

Não obstante, alinhados com o repúdio manifestado pela Aliança Nacional LGBTI+, lideranças e outras entidades representativas manifestaram seu posicionamento, que encaminhados a nós, reproduzimos abaixo:

Para: Giana Karla Oliveira Teixeira (Pedagoga, Religiosa Praticante, Colaboradora da Área de Evangélic@s da Aliança Nacional LGBTI+):

Diante de acontecimento tão arcaico, a comissão de Pedagogos da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Patos na Paraíba, se solidariza com toda comunidade LGBTI e repudia veemente toda e qualquer conduta de ódio a qualquer pessoa, inclusive homofobia. Os discursos de ódio proferidos por líderes religiosos contra qualquer ser humano em razão de sua condição sexual, nos impelem a cobrar da justiça punições imediatas para tal crime contra a humanidade.

Para: Vagner Veras (Pedagogo da Secretaria de Desenvolvimento Social - Patos/PB):

É lamentável a postura crítica de alguns que se dizem "representantes de Cristo" que disseminam discurso de ódio e preconceito contra as minorias, fazendo o caminho inverso dos ensinamentos cristãos.

Para: Madalena Kelly Brandão Cordeiro (Professora, Evangélica da Primeira Igreja Batista ):

Esse pastor não me representa e não sabe o que é o Amor de Deus!

Eu como evangélica posso garantir que ele não sabe o que é o Amor. Este pastor não me representa como evangélica!

Em meio a tantas perdas, e tantas vidas ceifadas por uma doença fatal, podemos lembrar que não temos motivos para nenhum bastardo julgamento, e seguindo ao princípio Cristão e sendo fidedignos à Bíblia Sagrada, podemos compreender que seja conforme Mateus, Capítulo 7, Versículos 1 ao 2: "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês."

I João, Capítulo 4, Versículo 20: " Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga."

Neste passo, manifestamos toda nossa Solidariedade a Thales Bretas, esposo do ator Paulo Gustavo, desejando forças para enfrentar este momento grave. Desejamos também saúde, e força para que o quão breve possível Paulo Gustavo esteja alegre como sempre junto aos que ama.

Continuaremos nas orações e rezas para que sua melhora seja a mais plena e rápida possível.

A Igreja é chamada a ser instrumento de paz e de reconciliação

“Ad intra et Ad extra”.

Curitiba,16 de abril de 2021

Toni Reis

Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+

Gregory Rodrigues Roque de Souza

Coordenador Nacional de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+

Coordenador Titular da Aliança Nacional LGBTI+ em Minas Gerais

Robson Lourenço da Silva

Coordenador Adjunto Nacional de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+

Coordenador Adjunto Aliança Nacional LGBTI+ em Pernambuco

Giana Karla Oliveira Teixeira

Pedagoga, Religiosa

Colaboradora da Área de Evangelic@s da Aliança Nacional LGBTI+

Hugo Raffael Andrade

Coordenador Adjunto Nacional de Interiorização e Integração da Aliança Nacional LGTBTI+

Coordenador Adjunto Estadual da Aliança Nacional LGBTI+ na Paraíba

Messias da Silva Mendonça

Coordenador da Aliança Nacional LGBTI+ em Alagoas"

 

Por unanimidade, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) condenou o Banco Bradesco S.A ao pagamento de danos morais a um de seus gerentes que foi alvo de homofobia no trabalho.

De acordo com a relatora da decisão, desembargadora Eneida Melo, as provas colhidas no processo demonstraram que o trabalhador foi vítima de assédio moral por parte de colegas e de dois de seus superiores e que a própria demissão se deu por caráter discriminatório.

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A magistrada salientou, ainda, que os reiterados episódios de humilhação no ambiente laboral, por certo, contribuíram com o surgimento ou agravamento do transtorno de ansiedade e depressão sofridos pelo empregado.

"Viadinho"

Testemunha que trabalhou com o reclamante na agência de Serra Talhada depôs ter presenciado condutas homofóbicas praticadas por colegas e pelo próprio gerente da unidade, que usava expressões como “viadinho” para se referir ao empregado e dava conotação sexual quando a cobrança de metas era direcionada ao reclamante.

A desembargadora Eneida Melo também enfatizou laudo médico da vítima, no qual se inferia que, além dos deboches, o trabalhador também sofria porque era excluído por seus colegas, de grupos de WhatsApp, redes sociais e porque estes evitavam se aproximar dele.

Funcionário de destaque

A despeito dessa situação, o trabalhador registrou o alcance de metas ao longo dos 10 anos em que trabalhou na instituição bancária. Havendo recebido algumas promoções, inclusive passando a ocupar o posto de gerente.

Neste contexto, o reclamante destacou que a sua demissão teve caráter homofóbico, porque, na mesma data, também foi desligado o colega, de outra agência, com o qual tinha um relacionamento. E não foi informado o motivo da demissão para nenhum dos dois. Para a desembargadora-relatora, o conjunto dos depoimentos e as provas do tratamento homofóbico permitem firmar a convicção de que o motivo do desligamento teve viés discriminatório, conduta que viola a dignidade da pessoa humana e a Constituição Federal.

Valores de indenização

A 2ª Turma do TRT6 concluiu justa aplicação de indenização por danos morais no valor total de R$ 90 mil, frente a quatro vertentes. A primeira delas pelo constante tratamento discriminatório que o trabalhador sofria, sendo evidente que afetava sua dignidade e autoestima. A relatora evidenciou ser obrigação do empregador a promoção de um ambiente de trabalho sadio, no qual todos os funcionários sejam tratados com respeito.

A segunda vertente se dá em razão dos danos à saúde do trabalhador vítima do assédio moral. Conforme laudos médicos e documento do INSS liberando o auxílio-acidentário, o reclamante sofria transtorno de ansiedade e depressão e, de acordo com a relatora, as doenças estão relacionadas às condições suportadas ao longo do contrato de trabalho. A demissão discriminatória é a causa da terceira vertente.

Transporte de valores

Já a quarta não está relacionada ao tratamento homofóbico, mas ao fato de que o trabalhador precisava transportar dinheiro da empresa, em carro próprio e sem escolta, ou seja, em desacordo com o estabelecido pela Lei 7.102/83.

“O trabalhador incumbido de realizar o transporte de numerário enfrenta o risco de sofrer assaltos no percurso - muito mais do que a população em geral -, o que compromete sua integridade física e psicológica”, afirmou a relatora em seu voto.

Por fim, a Turma também deu provimento ao recurso do reclamante para declarar o direito à estabilidade provisória no emprego pelo prazo de 12 meses, contados da data da cessação do auxílio acidentário pelo INSS, condenando o Bradesco a recolher o FGTS do período e pagar a complementação da remuneração nos moldes do que estava previsto na Convenção Coletiva da categoria da época. Também determinou que a empresa pagasse adicional de hora-extra referente a um período de, aproximadamente, um ano.

A Fifa, entidade que comanda o futebol no mundo, declarou a abertura de um inquérito oficial para investigar cantos homofóbicos que foram ouvidos durante a partida entre México e República Dominicana, no dia 18 de março, válida pela Classificatória Olímpica da Concacaf, instituição que cuida do futebol na América do Norte, Central e Caribe).

"A Fifa confirma a abertura de um procedimento disciplinar contra a FMF devido aos incidentes discriminatórios", afirmou a entidade máxima do futebol em comunicado oficial. Os gritos homofóbicos também foram ouvidos em jogo do México contra os Estados Unidos, no dia 24 de março, mas a Fifa ainda não decidiu se também abrirá uma investigação para analisar este segundo caso.

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O incidente com a seleção norte-americana aconteceu no segundo tempo do duelo, após um breve desentendimento entre o goleiros dos EUA, David Ochoa, e o zagueiro mexicano, Alejandro Mayorga. O arqueiro seguiu para uma cobrança de falta quando foram ouvidos das arquibancadas os gritos de cunho homofóbicos.

As punições variam desde uma multa aplicada à FMF (Federação Mexicana de Futebol) até a perda dos três pontos conquistados com a vitória por 4 a 1. Caso o México de fato perca tal pontuação, o resultado será revertido para 3 a 0 para os dominicanos.

A diferença na pontuação e, consequentemente, no saldo de gols, empurraria a seleção do México para o segundo lugar do Grupo A, e seu adversário na semifinal do torneio passaria a ser Honduras, e não mais o Canadá.

A Fifa já chamou a atenção das autoridades mexicanas pela primeira vez em 2014, na Copa do Mundo realizada no Brasil. Na ocasião, apenas advertências foram feitas. A Classificatória Olímpica da Concacaf acontece em Guadalajara, no México, e conta com uma presença limitada de torcedores em razão da pandemia de covid-19.

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