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O aplicativo móvel de encontros entre homossexuais Grindr desapareceu de várias lojas online na China, país cujas autoridades estão reforçando o controle sobre a internet e eliminam os comportamentos na rede que desagradam o governo.

Dados constatados pela empresa de pesquisa móvel Qimai mostram que o Grindr foi removido da App Store (da Apple) na China e de várias plataformas Android no gigante asiático desde quinta-feira passada. A loja Google Play não está disponível na China.

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Nem Grindr nem Apple responderam aos pedidos de comentários da AFP.

No entanto, concorrentes locais do Grindr, como o Blued, continuam disponíveis para o público.

O regulador da Internet chinês desenvolve atualmente uma campanha para erradicar conteúdos ilegais e sensíveis durante os recessos do Ano Novo Lunar e dos Jogos Olímpicos de inverno, em fevereiro.

Essa campanha tem como objetivo "criar um ambiente online civilizado, saudável, festivo e propício para a opinião pública durante o Ano Novo Lunar", disse este órgão em nota.

No ano passado, as contas de importantes grupos universitários de defesa dos direitos LGBTQIA+ foram bloqueadas no WeChat, uma rede social chinesa muito popular.

Embora a homossexualidade não constitua mais um crime desde 1997 no país mais populoso do mundo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo continua proibido e as questões LGBTQIA+ são um tabu.

A censura de conteúdos online é concomitante a das representações de romances gays no cinema, colocando a comunidade LGBTQIA+ como um todo sob pressão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira, 31, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de homofobia.

A investigação teve início depois que o ministro afirmou, em entrevista concedida ao Estadão em setembro de 2020, que adolescentes 'optam' pelo 'homossexualismo' por pertencerem a 'famílias desajustadas'.

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"Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", declarou na ocasião.

A denúncia, assinada pelo vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros, diz que Ribeiro induziu o 'preconceito contra homossexuais colocando-os no campo da anormalidade'. Também afirma que o ministro reforçou o 'estigma social' contra a população LGBTQIA+.

"Ao desqualificar grupo humano - publicamente e por meio de comunicação social publicada - depreciando-o com relação a outros grupos em razão de orientação sexual, o denunciado adota um discrímen vedado e avilta integrantes desse grupo e seus familiares, emitindo um desvalor infundado quanto a pessoas", diz um trecho do parecer da PGR.

O vice-procurador lembra que ministro recusou oferta de acordo de não persecução penal, o que o livraria de um eventual processo, desde que confessasse o crime e se comprometesse a cumprir os termos propostos pela PGR. Cabe agora ao STF decidir se torna o Ribeiro réu. O relator do caso é o ministro Dias Toffoli.

A criminalização da homofobia e da transfobia foi declarada pelo Supremo em de junho de 2019. Por 8 votos a 3, os ministros decidiram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo, que é inafiançável. A pena foi chegar a três anos, além de multa.

Em depoimento à Polícia Federal no curso da investigação, o ministro pediu desculpas pelas declarações e disse que não teve a intenção de 'desrespeitar ninguém' com a fala. Afirmou ainda que, na sua visão, 'a família dos gays são famílias como a sua, que (ele) respeita e acolhe a orientação de cada um'. Ribeiro acrescentou que 'não acredita em intolerância' e que 'vivemos em um país democrático e que as pessoas podem ter qualquer orientação e respeita todas'.

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, Nadine Gonçalves, mãe do jogador Neymar Jr. prestou um depoimento defendendo o filho das acusações de homofobia, incitação ao ódio, ameaça de morte e formação de quadrilha contra o ex-namorado Tiago Ramos feitas pelo ativista LGBTQIA+ Agripino Magalhães. Ela teria dito que o atleta jamais faria ou mandaria fazer uma maldade contra qualquer pessoa.

Ainda conforme a jornalista, Ângelo Carbone, advogado do ativista, afirmou que o depoimento de Nadine, cujo teor está em segredo de Justiça, é uma tentativa de salvar o filho da condenação do crime de homofobia.

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"Ela quer livrar o filho de pena que pode ser de dois a oito anos de prisão. A mãe, claro, amenizou os xingamentos, apelou para o nervosismo, para o ciúme de um filho com a mãe. Enfim. Temos que agora conseguir que o próprio Neymar seja ouvido. Mas, a polícia não consegue achá-lo no Brasil nem na França."

Em junho de 2020, Agripino Magalhães fez as denúncias ao Ministério Público por conta de um áudio vazado. Nele, Neymar Jr. xingava Tiago Ramos, que é bissexual, de viadinho e os amigos do jogador sugeriam que ele fosse torturado com um cabo de vassoura.

Fábia Oliveira afirma que o militante também está acusando o atleta de ser o mandante de um assalto à mão armada e cobrará um milhão de reais por danos morais.

Após apresentar denúncia contra o Flamengo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o grupo Arco-Íris também acionou a justiça desportiva contra o rubro-negro carioca por prática homofóbica. A ação se baseia no fato do time carioca não ter inscrito nenhum jogador com a camisa 24 na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

"O fato da numeração do Clube pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica", cita a petição feita ao TJRJ.

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Agora, o Flamengo foi denunciado por prática homofóbica à Procuradoria de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo.

“Decidimos levar o caso também à Procuradoria de Justiça Desportiva de São Paulo. Práticas machistas ou até mesmo discriminatórias, infelizmente, ainda estão entranhadas no futebol, e é preciso que os clubes e federações exerçam um papel social no combate à homofobia e todas as formas de intolerância”, enfatizou o advogado Carlos Nicodemos, do escritório Nicodemos & Nederstigt Advogados Associados, que assessoria juridicamente a entidade LGBTI+.

“O Flamengo, como um dos maiores times do país, deveria ter uma responsabilidade social na luta contra a homofobia e agir de forma menos machista ou preconceituosa. Deveria usar do potencial de alcançar os mais diversos públicos, homens e mulheres, ricos e pobres, adultos e jovens, para tentar fazer a diferença fora do campo. Nem toda homofobia é explícita. Muitas vezes, está implícita e disfarçada. A imagem que fica marcada não é a de um eventual dirigente ou atleta com uma suposta prática homofóbica, mas uma eventual suposta prática de discriminação homofóbica institucional”, destacou Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris.

Outra ação em andamento contra a CBF

O Grupo Arco-Íris foi responsável também por interpelar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2021, por conta da ausência do camisa 24 durante a Copa América no Brasil. A seleção também foi denunciada ao Comitê de Ética da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa). Atualmente, tramita na Justiça carioca uma ação que cobra R$ 1 milhão por danos morais coletivos.

Confira a representação na íntegra.

O mais recente caso de acusação de assédio, cometido pelo ex-diretor e irmão do presidente do Náutico, Errison Melo, contra Tatiana Roma, dentro do clube, jogou os holofotes mais uma vez para o machismo envolto no meio do futebol. Algo que parece nunca ter fim.

De quebra, homofobia e racismo também entraram na pauta. Coisas diferentes, mas questionamentos parecidos. O ano de 2021 trouxe alguns exemplos de como essas coisas ainda seguem bem vivas no futebol pernambucano. Quem não se lembra da proibição, que acabou revertida, e que proibia o Náutico de usar a camisa do 'Vidas Negras Importam'? E do ataque homofobico sofrido pelo ex-BBB Gil do Vigor por parte de conselheiros do Sport e que acabou em pizza?

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Por conta da necessidade de discutir o tema, na série de entrevistas do LeiaJá com os candidatos às eleições no Náutico - Bruno Becker, Diogenes Braga e Plínio Albuquerque - todos foram questionados e apresentaram suas visões e seus projetos para combater atos como os citados.

Veja o que disse cada um.

Bruno Becker - Náutico Sustentável

“Se eu quero tratar de forma orgânica isso dentro do clube, eu preciso ter uma diretoria para cuidar disso. A questão das minorias é uma questão social que o clube tem. Ele está inserido no contexto social e precisa se posicionar sobre diversas pautas. Isso não é ativismo político. Não faz sentido o executivo mandar um ofício para o conselho com intuito de jogar com a camisa rosa, a maioria votar para jogar com a camisa, a CBF autorizar e o clube, sem dar satisfação, decidir que não ia jogar mais com a camisa rosa”.

Diogenes Braga - Avança Náutico

"Os clubes são formadores de opinião, são grandes multiplicadores de ideias e de pensamentos e a entidade tem que se comprometer com todos os valores sociais. Temos inúmeros projetos nesse sentido, da própria forma de comunicação do clube, da demonstração do clube que já aconteceu e vem acontecendo. Não é uma questão de começar a ser feito. A camisa preta que o Náutico colocou é muito simbólica. Não adianta ter um projeto, ou uma ação, é uma questão muito mais comportamental”.

Plinio Albuquerque - Inova Náutico

"Não acho que uma camisa vai dizer qual conceito de uma gestão. A minha gestão vai ser uma gestão inclusiva na prática e de todas as formas. Seja num banheiro que respeite homens e mulheres, seja no respeito a qualquer pessoa de qualquer opção sexual, de cor, de qualquer coisa. Vai ser uma gestão de fato inclusiva. Não pode ser só uma camisa”. 

O tenente-coronel da reserva, Ivon Corrêa, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a pagar R$ 25 mil ao soldado Henrique Harrison da Costa, por danos morais após comentários homofóbicos. 

As declarações, que foram consideradas homofóbicas na decisão da 7ª Vara Cível de Brasília, aconteceram quando Henrique publicou uma foto em janeiro de 2020, beijando o seu namorado durante a formatura da Polícia Militar do Distrito Federal. 

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Em um áudio que circulou pelas redes, Ivon classificou o beijo como "uma avacalhação" e "frescura". Além disso, o tenente-coronel afirmou que policiais gays "não se criam" e que a corporação da PM foi “'irreversivelmente maculada". 

 O soldado Harrison precisou se afastar da PM por oito meses, após a repercussão do caso, para tratar de depressão e ansiedade. 

O juiz Pedro Matos de Arruda, responsável pelo processo, disse em sua sentença que "se o réu tem o direito de manifestar o seu pensamento, o autor tem o direito de ter sua honra resguardada. A implicação de que ele não merece estar na corporação por mostrar-se gay configura a ilicitude, pois viola direito igualmente assentado na Constituição da República: o dever de não-discriminação pela orientação sexual". 

Por meio de sua conta no Instagram, o soldado mostrou sua felicidade pela vitória na Justiça e aproveitou para falar que a sentença do juiz "foi uma aula". 

 "Eu queria que vocês lessem [a sentença]. O juiz fez com muito cuidado, dedicação e sabia o que estava fazendo. Ele fez muito bem e merece ser lida", afirmou. 

Como a decisão é de primeira instância, o tenente-coronel ainda pode recorrer.

O técnico brasileiro Ricardo Ferretti, o Tuca Ferretti, atualmente no comando do Juárez, foi punido pela Federação Mexicana de Futebol com três jogos de suspensão, além de uma multa em dinheiro com valor não informado, por causa de uma fala homofóbica em tom de brincadeira após um jogo em Monterrey. Ele fez retratação, mas não se livrou do gancho e de uma dura bronca.

O México vem sendo punido regularmente pela Fifa ao longo do ano por cânticos homofóbicos de seus torcedores para com os goleiros rivais, e a atitude do treinador acabou não passando impune pela FMF, que busca dar exemplos e tenta acabar com a intolerância no país.

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Ao chegar para a coletiva, o experiente treinador de 67 anos, que há muito tempo trabalha no México, resolveu "provocar" os jornalistas.

"Há velhinhas? Não? Maricas vão perguntar primeiro? O que vão perguntar primeiro?", indagou. Perante o silêncio de alguns segundos, Ferretti continuou: "Homens puros, então? Que bom, fizeram uma boa seleção."

A atitude gerou constrangimento entre alguns presentes e acabou nos tribunais.

"A Comissão Disciplinar informa que, decorrente do procedimento de investigação que iniciou oficialmente a respeito dos acontecimentos no final da partida entre Tigres e Juárez, o sr. Ricardo Ferretti é sancionado financeiramente e com três jogos de suspensão, que deverá cumprir nas próximas rodadas por ter violado o disposto no Artigo 1 do Anexo III: 'Racismo e Discriminação' do Regulamento de Sanções da FMF, em vigor para a Temporada 2021-2022 e artigo 6º do Código de Ética", notificou a Federação Mexicana.

A entidade ainda prometeu não tolerar uma reincidência do treinador brasileiro.

"O sr. Ricardo Ferretti é avisado sobre sua futura conduta, pois, caso volte a cometer atos desse tipo, a Comissão Disciplinar poderá lhe impor sanções mais severas", ameaçou.

O treinador se desculpou e prometeu não repetir tal grosseria e desrespeito. "Minha relação com a imprensa de Monterrey é muito especial. Quantas vezes você ouviu falar das piadas que eles contavam? Não tenho nenhum problema homofóbico em lugar nenhum. Sempre fui uma pessoa séria, mas com pessoas em quem confio sou um brincalhão. Talvez as piadas que eu costumava contar não valham mais", afirmou o treinador.

"Não foi minha intenção, não tenho problema, se alguém se ofendeu, peço desculpas", seguiu. "Não tenho Twitter, Instagram, nem redes sociais, não tenho nada, ainda lido com sinais de fumaça, o problema é que não me atualizo sobre certas coisas. Terei mais cuidado quando for a uma entrevista em Monterrey, naturalmente as pessoas ficam ofendidas, e é minha responsabilidade, para a instituição que represento, não fazer comentários inadequados."

O Conselho Deliberativo do Sport optou, nesta terça-feira (1), por absolver, dando apenas uma advertência por escrito, Flávio Koury, conselheiro do clube, que fez comentários homofóbicos sobre o ex-BBB Gil do Vigor. Torcedor do Leão, o economista visitou a Ilha do Retiro em maio desse ano.

Sua presença no clube incomodou alguns conselheiros do Sport e áudios de Flávio Koury foram vazados, nos quais criticava, com frases homofóbicas, o ex-BBB. Após a absolvição de Flávio, a torcida se dividiu nas redes sociais. O executivo do Sport resolveu soltar uma nota. No comunicado, o clube diz condenar a “homofobia”, mas diz “respeitar” decisão do Conselho Deliberativo. Confira aqui:

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O Sport realizou na noite dessa terça-feira (9), reunião do Conselho Deliberativo do clube para julgar se deveriam acatar a decisão da Comissão de Ética e excluir o conselheiro Flávio Koury, que usou de falas homofóbicas contra Gil do Vigor, ex-BBB. A decisão foi de absolver, dando apenas uma advertência por escrito.

Em maio, após terminar o BBB na 4ª colocação e divulgar durante todo o programa sua torcida pelo Sport, Gil foi convidado para conhecer as dependências do clube e ganhou vários presentes, como camisa e outros equipamentos esportivos. Na ocasião, o economista chegou a fazer a sua tradicional dancinha “Tchaki Tchaki” no gramado da Ilha do Retiro, vestido com a camisa rubro-negra.

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O grande potencial de engajamento de Gil do Vigor incomodou alguns conselheiros do Sport e áudios de Flávio Koury foram vazados, onde criticava de forma forte e com frases homofóbicas o ex-BBB, dizendo não aceitar e ser um absurdo que a imagem do clube fosse vinculada a dele.

Com o vazamento, uma investigação dentro do clube foi instaurada para descobrir de onde partiu os comentários ofensivos e se decidir a punição para Flávio. Um Conselho de Ética foi criado para julgar, mas os trâmites foram lentos, por conta de segundo o clube, os diversos problemas políticos do Sport.

No dia 19 de outubro a Comissão de Ética entregou um parecer indicando no relatório, prováveis punições, como a expulsão ou suspensão do conselheiro, que teve como decisão posterior do Conselho Deliberativo a opção mais branda, que nem sequer chegou a ser cumprida.

Outro conselheiro homofóbico

Depois do caso de Flávio Koury, o conselheiro Renan Valeriano defendeu a atitude do colega em um áudio obtido com exclusividade pelo LeiaJá.

“Não concordo com a veiculação da nossa marca da nossa imagem por esse cidadão que não tem nenhum serviço prestado ao Sport, pelo contrário, ele empobrece e envergonha a marca Sport Club do Recife", disse Renan.

O Flamengo foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira por conta de cantos homofóbicos de sua torcida contra o Grêmio, em jogo válido pela Copa do Brasil. A arbitragem da partida também foi denunciada, por não relatar as ofensas discriminatórias na súmula.

A denúncia foi feita com base em imagens apresentadas pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ no dia 27 de setembro. O grupo reuniu vídeos em que apareciam torcedores do Flamengo entoando cânticos ofensivos. Num deles aparece o coro da torcida gritando "Arerê, gaúcho dá o c* e fala tchê". A partida foi disputada no dia 15 do mesmo mês, no Maracanã, no Rio de Janeiro, pelas quartas de final.

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Após analisar os vídeos, a Procuradoria do STJD enquadrou a torcida do Flamengo no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

A denúncia, contudo, não deve afetar diretamente o Flamengo, mesmo em caso de condenação. Isso porque o CBDJ só prevê suspensão para integrantes do time ou do clube. Para torcedores, a suspensão pode chegar a 360 dias e multa de até R$ 100 mil. Na denúncia, não há referência direta a torcedores específicos.

Este caso pode trazer maior prejuízo à equipe de arbitragem, composta pelo juiz Rodolpho Toski, pelos assistentes Bruno Boschilia e Victor Hugo Imazu dos Santos, pelo quarto árbitro Lucas Paulo Torezin, ao inspetor da CBF, Almir Alves de Mello, e ao delegado da partida, Marcelo Viana.

Os árbitros e os bandeirinhas foram enquadrados nos artigos 261-A e 266 do CBJD. O primeiro se refere ao profissional que deixa de cumprir com suas obrigações de forma geral, com suspensão de até 90 dias e multa de até R$ 1 mil. O segundo artigo, mais específico, denuncia o profissional que não relatou ocorrências disciplinares na partida. A suspensão pode alcançar 360 dias e a multa, R$ 1 mil.

Já o inspetor da CBF e o delegado da partida foram citados no artigo 191, III do CBJD: "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento: III de regulamento, geral ou especial, de competição. Pena: multa de R$ 100 a 100 mil."

"Que a partir desta data os árbitros, auxiliares e delegados das partidas relatem na súmula e/ou documentos oficiais dos jogos a ocorrência de manifestações preconceituosas e de injúria em decorrência de opção sexual por torcedores ou partícipes das competições, devendo os oficiais das partidas serem orientados da presente recomendação, bem como, cumpram todas as determinações regulamentares aplicáveis em vigor", registrou a Procuradoria, na peça de acusação.

Erasmo Viana, que participa do programa A Fazenda, da Record, vai ser processado após revelar que cogitou atirar em casais gays com arma de paintball no Parque Ibirapuera, localizado em São Paulo. A fala do peão foi considerada homofóbica.

A revelação do fazendeiro aconteceu durante uma conversa com outros peões. Erasmo contou que não conseguia se exercitar no parque porque o espaço é um "motel a céu aberto", onde os gays transam. Além disso, afirmou que às vezes encontrava "papéis melados de bosta no chão" e muita camisinha. 

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Segundo ele, para resolver isso seria atirar nos gays com armas de paintball. "Aí, encosta nas árvores, fica transando e, no outro dia, quem vai correr pega a rebarba. Eu falava com os caras, com o Rodrigo, de pegar uma arma de paintball um dia e sair dando pau lá", pontuou.

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Por conta dessas afirmações, consideradas homofóbicas por parte das pessoas que acompanham o reality, o ativista LGBTQIA+ Agripino Magalhães, afirmou por meio de suas redes sociais que irá acionar Erasmo Viana na Justiça. 

"Não basta simplesmente nos indignarmos com casos de LGBTIfobia. Temos que reagir. Criaturas LGBTIfobicas têm que responder e serem penalizadas com rigor pela lei", declara Agripino.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, na última segunda-feira (25), o Projeto de Lei Ordinária 2307/2021 que prevê vedar a contratação, por parte da administração pública, de terceirizados condenados pela prática de homofobia e transfobia.

A PL é de autoria do deputado Clodoaldo Magalhães (PSB) e foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). Após a aprovação pela Comissão, a iniciativa, que altera a Lei nº 13.462, de 9 de junho de 2008, tramitará nas comissões de Administração Pública, Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, Desenvolvimento Econômico e Segurança Pública e Defesa Social até a votação no plenário.

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Para que seja aprovada de fato, o Projeto precisa que maioria dos deputados votem favoráveis a ele. Em caso de deferimento, o PL seguirá para sanção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

As declarações homofóbicas de Maurício Souza seguem causando problemas para o atleta, já demitido do Minas e barrado de convocações futuras para a seleção brasileira de voleibol, desta vez 20 parlamentares LGBTQIA+ de 13 estados e sete partidos políticos diferentes entraram com ação no Ministério Público de Minas Gerais contra o jogador.

Nas redes sociais, alguns parlamentares comentaram a ação e anunciaram que também solicitaram ao Facebook, Instagram e Twitter a remoção dos conteúdos LGBTfóbicos publicados por Maurício, solicitando ainda uma audiência com as empresas para discutir suas políticas de combate a violência e os discursos de ódio.

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“Na tarde de 28/10, 20 parlamentares do país, representantes das causas LGBTQIA+, protocolaram no MP uma representação contra o jogador de vôlei Maurício Souza. Desligado do Minas, após pressão de patrocinadores, também está fora da Seleção. Além da representação no MP, o grupo de parlamentares também notificou oficialmente o Instagram, solicitando a remoção dos conteúdos LGBTfóbicos e uma Audiência com a empresa para discutir suas políticas de combate à violência LGBTfóbica e o discurso de ódio”, publicou o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ).

Participaram da ação, além de David Miranda, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES); Os deputados Leci Brandão (PC do B-SP), Vivi Reis (PSOL-PA), Fábio Félix (PSOL-DF), Robeyonce Lima (PSOL-PE), Prof. Israel (PV-DF), Ari Areia (PSOL-CE); vereadoras Erika Hilton (PSOL-SP), Monica Benício (PSOL-RJ), Linda Brasil (PSOL-SE), Duda Salabert (PDT-MG), Bella Gonçalves (PSOL-MG), Thabatta Pimenta (Pros-RN), Carla Ayres (PT-SC), Brisa Bracchi (PT-RN), Daiana Santos (PC do B-RS), Tati Ribeiro (PSOL-RN), Maria Marighela (PT-BA) e Benny Briolly (PSOL-RJ).

Após falas preconceituosas, Maurício foi afastado do Minas e obrigado a se retratar, algo que fez em uma rede social com menos de mil seguidores, enquanto seu Instagram tinha mais de 300 mil. Na quarta-feira (27), ele foi desligado oficialmente do time e então voltou as redes sociais e debochou das ações contra ele, mostrando que segue crescendo o número de seguidores. Após sua primeira postagem, Maurício tinha pouco mais de 200 mil seguidores e na manhã desta sexta-feira (29) já alcançou 1 milhão no Instagram.

 

Afastado do Minas Tênis Clube em razão da pressão de patrocinadores do time provocada por uma série de declarações homofóbicas em suas redes sociais, Maurício Souza usou o Instagram, onde fizera as postagens preconceituosas, para se desculpar nesta quarta-feira. Anteriormente, ele havia apenas feito uma retratação tímida no Twitter, plataforma que pouco utiliza e na qual tinha menos de 100 seguidores no momento da publicação. Foi pressionado e gravou um vídeo de pouco mais de 3 minutos para pedir perdão e dizer que respeita todos. No entanto, o atleta novamente lamentou por, na sua visão, não poder expressar o que acredita ser a sua opinião e não mostrou estar arrependido.

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"Eu vim aqui para pedir desculpas a todos que sentiram ofendidos com a minha opinião, por eu defender aquilo que eu acredito. Não foi minha intenção. Tenho direito a defender aquilo que acredito. Respeito todos, sempre respeitei. Joguei dentro de quadra com vários homossexuais", afirmou o central do time masculino de vôlei do Minas aos seus mais de 300 mil seguidores no Instagram.

Curiosamente, ele ganhou, até o momento, mais de 70 mil fãs na rede social desde que foi confirmado o seu afastamento por tempo indeterminado do clube mineiro. A publicação de cunho homofóbico sobre o Superman bissexual que resultou em discussão com Douglas, de quem é companheiro na seleção brasileira, e provocou o afastamento do central, não foi deletada da sua conta no Instagram.

O central reclamou que "não pode mais dar a opinião" e "colocar os valores de família acima de tudo". "Senão a gente é taxado de homofóbico, preconceituoso. Eu não concordo com isso", contestou. "Estou passando por dificuldades no time, talvez eu venha a sair por conta de uma opinião", prosseguiu. No vídeo, ele não mostra estar arrependido de sua fala.

"Infelizmente chegamos a esse ponto. Os patrocinadores repudiaram. Não sei o que fiz, se foi algum crime. Se fosse algum crime a polícia já teria vindo aqui em casa me prender. Apenas defendi o que acredito e coloquei a minha opinião", ressaltou o atleta.

Boa parte do elenco masculino do Minas, incluindo o capitão William e o líbero Maique, que é gay, reprovaram a atitude de Maurício. Sheilla, Thaisa e Carol Gattaz, principais nomes do time feminino, além da ex-líbero Fabi, também foram às redes sociais para repudiar as declarações homofóbicas do jogador de 33 anos que é alinhado às ideias do presidente Jair Bolsonaro.

Mauricio Souza foi afastado temporariamente na terça pelo Minas Tênis Clube após pressão de patrocinadores por causa de comentários homofóbicos feitos em suas redes sociais. A Fiat e Gerdau divulgaram notas oficiais deixando claro que não compactuam com qualquer tipo de preconceito. O jogador também recebeu uma multa.

A equipe também disse que "não aceita e não aceitará manifestações intolerantes de qualquer forma" e prometeu intensificar "campanhas internas em prol da diversidade, respeito e união, por serem causas importantes e alinhadas com os valores institucionais".

ENTENDA O CASO - Recentemente, Maurício Souza usou de suas redes sociais para criticar uma nova versão de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual. Nas redes sociais, o jogador ironizou a escolha da empresa que desenha o personagem, a DC Comics.

"Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo... Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias. 'Ah, é só um desenho, não é nada demais'. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu.

Colega de Mauricio na seleção brasileira - incluindo a disputa nos Jogos de Tóquio -, Douglas Santos, que é homossexual, rebateu a declaração apoiando a decisão da editora e alfinetando o atleta.

"Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade para sua heterossexualidade frágil. Vai ter beijo sim", escreveu. "Obrigado DC por pensar em representar todos nós e não só uma parte."

Nesta quarta-feira, o senador Flávio Bolsonaro demonstrou apoio a Mauricio através de seu perfil no Telegram e defendeu o direito à liberdade de expressão. "A opinião em questão do jogador é em defesa da família e para proteção das nossas crianças, nada tem a ver com homofobia", diz a mensagem.

Não foi a primeira vez que Mauricio se manifestou dessa maneira. Recentemente, ele gravou um vídeo explicando que é conservador, de direita e que preza a família, explicando sua visão de mundo. "Lutar pelo que se acredita é para poucos! Pelos meus valores, crenças e propósitos eu irei até o fim! Custe o que custar", disse, citando valores da Bíblia.

As declarações homofóbicas do jogador Maurício Souza seguem reverberando no mundo do vôlei. Nesta quarta-feira, o atleta americano TJ DeFalco, que representou a seleção dos Estados Unidos na Olimpíada de Tóquio-2020, se manifestou sobre o caso nas redes sociais, afirmando que as falas do central brasileiro são uma "vergonha".

"Eu pensei que nós estávamos acima disso, mas eu acho que não... que vergonha", escreveu DeFalco nos stories de sua conta no Instagram.

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Mauricio Souza foi afastado temporariamente nesta terça-feira pelo Minas Tênis Clube após pressão de patrocinadores por causa de comentários homofóbicos feitos em suas redes sociais. A Fiat e Gerdau divulgaram notas oficiais deixando claro que não compactuam com qualquer tipo de preconceito. O jogador receberá uma multa e foi obrigado a se retratar. O pedido de desculpas veio de forma acanhada, no perfil oficial do atleta no Twitter, que tem pouco mais de 500 seguidores, ao contrário do seu Instagram que tem mais de 275 mil.

"Pessoal, após conversar com meus familiares, colegas e diretoria do Clube, pensei muito sobre as últimas publicações que eu fiz no meu perfil. Estou vindo a público pedir desculpas a todos a quem desrespeitei ou ofendi, esta não foi minha intenção", disse.

De acordo com o Minas Tênis Clube, nenhum atleta se pronunciou sobre a punição ao jogador. A equipe também disse que "não aceita e não aceitará manifestações intolerantes de qualquer forma" e prometeu intensificar "campanhas internas em prol da diversidade, respeito e união, por serem causas importantes e alinhadas com os valores institucionais".

ENTENDA O CASO - Recentemente, Maurício Souza usou de suas redes sociais para criticar uma nova versão de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual. Nas redes sociais, o jogador ironizou a escolha da empresa que desenha o personagem, a DC Comics.

"Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo... Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias. 'Ah, é só um desenho, não é nada demais'. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu.

Colega de Mauricio Souza na seleção brasileira - incluindo a disputa nos Jogos de Tóquio-2020 -, Douglas Santos, que é homossexual, rebateu a declaração apoiando a decisão da editora e alfinetando o atleta. "Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade para sua heterossexualidade frágil. Vai ter beijo sim", escreveu. "Obrigado DC por pensar em representar todos nós e não só uma parte".

Não foi a primeira vez que Mauricio Souza se manifestou dessa maneira. Recentemente, ele gravou um vídeo explicando que é conservador, de direita e que preza a família, explicando sua visão de mundo. "Lutar pelo que se acredita é para poucos! Pelos meus valores, crenças e propósitos eu irei até o fim! Custe o que custar", disse, citando valores da Bíblia.

Um dos principais jogadores da seleção brasileira de vôlei e homossexual assumido, o ponteiro Douglas Souza foi ao twitter para comentar a “punição” dada ao jogador Maurício de Souza, após este fazer comentários homofóbicos nas redes sociais. Para Douglas, a “retratação” do colega de profissão não é suficiente e “não vai dar em nada”.

Após viralizar os posts homofóbicos de Maurício em suas redes, a direção do Minas Tenis Clubes, pressionada pelos patrocinadores, decidiu afastar o jogador do time e exigir uma retratação.

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“O famoso não vai dar em nada né. Toda vez a mesma coisa, cansado disso de sempre ter falas criminosas e no máximo que rola é uma 'multa' e uma retratação nas redes sociais. Até quando? Feliz pelas empresas se juntando contra e triste por atletas tentar (sic) passar o pano nisso. Vergonhoso”, disparou Douglas.

Vale ressaltar que o pedido de desculpas de Maurício de Souza veio através de uma postagem no Twitter, onde ele acumula pouco mais de 500 seguidores. No Instagram, onde o jogador tem mais de 275 mil fãs, não há nada que faça referência a um possível arrependimento. Pelo contrário, as postagens de cunho homofóbico seguem por lá.

“Todos os dias, todas as horas, um dos nossos morrem. E o que temos? Uma retratação”, finalizou Douglas Souza.

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Com falas preconceituosas recentes, o central da equipe do Minas Tênis Clube e da seleção, Maurício de Souza, foi afastado do clube e precisou se retratar. O “sinto muito” veio nessa terça-feira (26), mas aparentemente não de forma sincera. A questão é que o atleta mesmo com um perfil no Instagram com cerca de 275 mil seguidores, fez sua retratação em uma conta no Twitter com pouco mais de 500 seguidores.

Assumidamente bolsonarista, Maurício nem se quer se deu ao trabalho de deletar a postagem estopim de todo alvoroço, em que reclama sobre um novo quadrinho da DC Comics, onde o filho do Superman, que está sucedendo seu pai, assume ser bissexual e beija um rapaz. “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, publicou ele, tanto no Insta como no Twitter.

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Em sua retratação aos pouco mais de 500 seguidores de sua conta no Twitter, Maurício afirma que refletiu muito e após conversa com familiares e amigos, decidiu pedir desculpas pela sua opinião.

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Mas, sem apagar as publicações em que emite sua “opinião”, não é difícil de encontrar comentários de pessoas que seguem ofendidas e sem perdoar o atleta.

“Você deveria se preocupar mais em acertar teus saques e o jogar o bom voleibol que sempre jogou, parando de se preocupar com a sexualidade alheia. Vá ser feliz, apaga isso”, escreveu uma internauta.

Quanto mais preconceito, mais seguidores

Maurício, que no início perdeu seguidores, vem aumentando seus números nas últimas horas, conquistando ao menos nas últimas 24 horas, 20 mil. No Twitter, com uma conta criada em 2013, mas pouco utilizada, há apenas 10 publicações e o número de seguidores não evoluiu.

Não foi a primeira vez que Maurício de Souza deixou claro seu posicionamento preconceituoso em suas redes sociais. Compartilhando notícia de que a Globo usaria pronomes neutros em sua novela das 19h, o central escreveu: “O céu é o limite se deixarmos. Está chegando a hora dos silenciosos gritarem”.

Poucas horas após ser afastado temporariamente pelo Minas Tênis Clube, Maurício Souza veio a público para se retratar das declarações consideradas homofóbicas que fez em suas redes sociais. O jogador de vôlei pediu desculpas em seu perfil no Twitter, no qual tinha menos de 50 seguidores no momento da publicação.

As declarações polêmicas haviam sido feitas em seu perfil no Instagram, no qual conta com 257 mil seguidores. Até o fim da noite desta terça-feira (26), o jogador ainda não havia publicado a retratação nesta rede social, em que apresenta maior popularidade e maior alcance.

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"Pessoal, após conversar com meus familiares, colegas e diretoria do Clube, pensei muito sobre as últimas publicações que eu fiz no meu perfil. Estou vindo a público pedir desculpas a todos a quem desrespeitei ou ofendi, esta não foi minha intenção", afirmou. "Tenho refletindo muito e reitero minhas desculpas pelo posicionamento", prosseguiu.

O post foi republicado pelo perfil oficial do Minas, que conta com quase 50 mil seguidores. O clube reiterou sua mensagem: "O Minas Tênis Clube reforça que não aceita e não aceitará manifestações intolerantes, racistas, preconceituosas e homofóbicas, e que intensificará campanhas internas em prol da diversidade, respeito e união, por serem causas importantes e alinhadas com os valores institucionais".

A retratação, contudo, foi criticada por Douglas, colega de Maurício na seleção brasileira. "O famoso não vai dar em nada, né. Toda vez a mesma coisa, cansado disso de sempre ter falas criminosas e no máximo que rola é uma 'multa' e uma retratação nas redes sociais. Até quando? Todos os dias, todas as horas um dos nossos morrem. E o que temos? Uma retratação", comentou o jogador, que se tornou sensação nas redes sociais durante a Olimpíada de Tóquio, onde competiu ao lado de Maurício.

A polêmica teve início na semana passada, quando Maurício criticou no Instagram notícia de que a editora DC Comics anunciava que, em uma futura história de quadrinhos, o personagem do Super-Homem vai se descobrir bissexual.

"Ah, é só um desenho, não é nada demais'. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu Maurício Souza, em uma primeira publicação sobre o assunto. Depois, após críticas, voltou ao tema: "Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo... Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias".

Na ocasião, Douglas também criticou a postura do colega de seleção. Nesta semana, a pressão aumentou, principalmente após os principais patrocinadores do Minas - Fiat e Gerdau - se manifestarem publicamente, reprovando as opiniões do Maurício Souza. A pressão surtiu efeito e, após longa reunião com o jogador, o Minas anunciou seu afastamento temporário e multa, cujo valor não foi divulgado.

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A diretoria do Minas Tênis Clube decidiu afastar Mauricio Souza do elenco, depois dele ter feito comentários homofóbicos em uma rede social. A decisão tomada nesta terça-feira (26), se deu após a repercussão negativa e pressão dos patrocinadores. 

A informação do blog Olhar Olímpico do UOL adianta ainda que apesar da opinião pública e da pressão dos patrocinadores, os jogadores do time, incluindo o líbero Maique que é gay, devem divulgar uma carta defendendo o companheiro Maurício. Segundo a informação, os jogadores afirmam que vão deixar o time caso ele seja demitido. O afastamento é provisório.

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Mas o Minas já se posicionou publicamente e disse que não corrobora com atitudes homofóbicas, que não vai aceitar “qualquer manifestação que fira a lei” e reforçou que o posicionamento do jogador não reflete a opinião da equipe. Os patrocinadores da equipe pediram para o clube tomar medidas concretas o mais rápido possível.

O caso

O caso teve início quando Mauricio postou no seu instagram a imagem do personagem dos quadrinhos, Superman, que assumiu a homosexualidade em uma edição recente. Na foto, John Kent, filho de Clark Kent, beija outro personagem. Mauricio usou a foto e disse: “Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.

A partir daí ele recebeu uma enxurrada de critícas e até uma resposta indireta do colega de seleção, Douglas, que é gay e postou a mesma foto ressaltando que "não virou heterosexual vendo superheróis homem beijando mulheres". 

A comissão de ética do conselho deliberativo do Sport Club do Recife entregou um relatório do caso de homofobia do conselheiro Flávio Khoury direcionado à visita do ex-BBB Gil do Vigor à Ilha do Retiro. O relatório que o GE trouxe a público, nesta quarta-feira (20), prevê uma advertência verbal.

O caso aconteceu em maio deste ano. Em visita à sede do Leão, Gil pousou para fotos, dançou e ganhou uma camisa do clube. Na ocasião, Flávio e Renan Valeriano, conselheiros do Sport, atacaram o participante do reality por discordarem da postura dele.

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Flávio chegou a dizer que “o Sport só tem bicha” e Renan reafirmou a postura ao dizer que compactuava com que havia sido tido pelo colega. Os áudios de Renan Valeriano foram vazados em primeira mão para a reportagem do Leiajá

Mas mesmo diante do posicionamento homofóbico de ambos, a comissão de ética do clube decidiu dar apenas uma advertência verbal para Flávio. O parecer não é definitivo e a punição deve ser votada pelo pleno. 

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