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A Justiça Federal do Distrito Federal homologou acordo de colaboração premiada do estudante de direito Luiz Henrique Molição, de 19 anos, um dos presos na Operação Spoofing, deflagrada em julho, que investiga a invasão de celulares de autoridades da República incluindo procuradores da Lava Jato e o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Molição foi preso na segunda fase da Spoofing e teria participado pessoalmente de conversa com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, referente à entrega dos conteúdos obtidos por meio das invasões. Ele tinha ligação com Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", que confessou ter hackeado autoridades e repassado o conteúdo a Greenwald.

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A decisão de homologar a delação foi proferida na noite da segunda-feira, 2, pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A tendência é que, a partir de agora, Molição deixe a prisão e continue a responder em liberdade.

O magistrado também concedeu mais 15 dias para que os investigadores encerrem o inquérito. O prazo encerra no dia 19 de dezembro. Após a conclusão pela Polícia Federal, caberá ao Ministério Público Federal decidir se oferece ou não denúncia.

No acordo, sob sigilo, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre as ações relacionadas ao hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram. Ele também poderia entregar informações sobre diálogos que ainda não estão de posse dos investigadores.

Procurada, a defesa de Luiz Molição não atendeu telefonemas nem respondeu mensagens.

Gloria Groove deu um 'chega para lá' em um fã que resolveu invadir o palco do show que a drag apresentava, no último domingo (1º), em Salvador, Bahia. A cantora não teve dúvidas quando viu o invasor se aproximar e, após um abraço, deu-lhe um empurrão para que ele saísse. Depois do acontecido, ela se pronunciou nas redes sociais sobre o incidente respondendo às críticas que recebeu. 

Enquanto cantava a música Arrasta, Gloria percebeu que um rapaz estava subindo ao palco. Ela logo fez um sinal negativo com as mãos e mandou ele sair, sem obter sucesso. Diante da insistência, Groove abraçou o jovem e, em seguida, deu-lhe um empurrão para ele sair de cena.

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Nas redes sociais, várias pessoas desaprovaram a atitude da cantora e disseram que ela agiu com muita grosseria. Gloria, no entanto, não se abalou e respondeu às críticas de que o sucesso teria lhe tomado a cabeça, explicando o acontecido. "Sobre a fita aí, antes que vire palhaçada: já falei que não gosto que sobe (no palco) e todo mundo sabe. “Subiu pra cabeça” nada fi, eu ensaio pra tá ali e naquele momento tô trabalhando. Mas se vocês localizarem a poc (o fã) eu faço questão de encontrar com ela aqui em SSA (Salvador) e dar toda atenção". 

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O presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que permite punições para torcidas organizadas que agirem mesmo longe dos estádios. O projeto encaminhando aprovado nesta terça-feira (26) prevê inclusive que a punição atinja torcidas que invada treino das equipes.

Publicada no Diário Oficial da União, a Lei 13.912/2019, foi um projeto encaminhada pela Câmara dos Deputados de autoria do ex-deputado André Moura. A lei vai permitir que torcedores que briguem fora dos estádios, que invadam treinos, que cometam agressões contra árbitros, fiscais, organizadores dos eventos e até jornalistas em serviço ou de folga, sejam punidos.

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Atualmente o Estatuto de Defesa do Torcedor prevê punições apenas para agressões ocorridas durante as partidas. 

 

Após a invasão de um grupo apoiador de Juan Guaidó na Embaixada da Venezuela, em Brasília, por volta das 4h30 desta quarta-feira (13), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) utilizou o Twitter para apoiar o movimento e classificá-lo como 'justo'. Opositor ao governo de Nicolás Maduro, o Brasil reconhece a autoproclamação de Guaidó como presidente venezuelano.

"Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", avaliou Eduardo, mesmo com a confusão e os acessos bloqueados pelo grupo.

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Segundo relatos, cerca de 20 venezuelanos e brasileiros pró-Guaidó pularam os muros do local onde residem funcionários e diplomatas do país vizinho junto às suas famílias. Crítico da política de Jair Bolsonaro, desde 2016 Nicolás Maduro retirou seu representante do solo brasileiro em protesto ao impeachment da então presidente Dilma Roussef (PT). Desde então, a cadeira estava desocupada.

Já a equipe de Guaidó aponta que funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local. Vale destacar que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada pelo presidente autoproclamado, não está no País.

A polícia acompanha a confusão do lado de fora, pois, mesmo sendo no Brasil, a embaixada trata-se de um território estrangeiro e os invasores não podem ser retirados.

Dois suspeitos de acessarem conversas em celulares do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato narraram a seus advogados que teriam encontrado um "microfone espião" em um chuveiro da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O equipamento de gravação, segundo o relato feito há duas semanas, foi retirado depois que o programador observou fios do microfone aparecendo para o lado de fora do chuveiro.

Thiago Eliezer Martins, que foi preso na segunda fase da Operação Spoofing, em 19 de setembro, mostrou o equipamento de gravação para outros dois colegas de cadeia - um deles era Walter Delgatti Neto, o "Vermelho".

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Suspeito de liderar o grupo, "Vermelho" está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, mas naquela ocasião cumpria quatro dias na prisão na Superintendência da PF para passar por uma rodada de depoimentos.

Depois de retirado do chuveiro, o microfone foi entregue para a PF.

Procurados pela reportagem, três advogados de presos da Operação Spoofing confirmaram que seus clientes narraram o episódio, e confirmaram que o microfone foi retirado de dentro do chuveiro por Thiago Eliezer Martins.

Dois advogados pediram anonimato para não se "indispor" com a PF, mas dizem que estudam pedir que a Corregedoria da corporação abra uma investigação sobre o caso.

Apenas um terceiro advogado, o defensor federal Igor Roque, concordou em dar entrevista sem exigir a condição de anonimato.

Igor Roque atua na defesa de Danilo Marques, motorista de aplicativo preso na cidade de Araraquara (SP) na primeira fase da Spoofing, há quase quatro meses.

No decorrer das investigações, a Polícia Federal descobriu que Marques agia como um "testa de ferro" de "Vermelho", em supostos crimes de estelionato.

O defensor federal diz que seu cliente não estava na cela no dia em que o microfone foi descoberto. Igor Roque alega, porém, que ele próprio esteve na Superintendência da PF e ouviu do próprio "Vermelho" a versão de como o grampo teria sido encontrado.

"Eu estive na PF para conversar sobre meu cliente. Chegando lá o Walter (Delgatti) disse o seguinte: 'a gente encontrou uma escuta no chuveiro da cela. Tinha microfones, eles tiraram'".

O advogado explica que, dos seis presos na Spoofing, apenas Suelen Oliveira foi solta. Dos outros cinco suspeitos que continuam detidos, três estão encarcerados na Papuda e dois na superintendência da PF, em Brasília. Walter é um dos que estão presos na Papuda, mas dorme com frequência na PF quando tem que prestar depoimento.

"Walter ficou lá quatro dias e voltou para a Papuda. Os outros dois já estão na PF faz mais de mês, desde quando foram presos na segunda fase (da Spoofing). Eu ainda não sei se é de um chuveiro coletivo que eles retiraram o equipamento. As celas da PF são próximas. Um microfone já daria para captar todas das conversas. A gente não sabe a gravidade disso. Têm que ser analisadas todas as consequências. A PF precisa investigar e dar uma resposta rápido a isso", diz o defensor federal.

O objetivo do advogado, a partir de agora, é saber se a PF abriu alguma apuração sobre o episódio do microfone.

Ele acredita que não só Danilo Marques, seu cliente, mas todos os presos da Spoofing podem ter sido monitorados "ilegalmente".

"Nós estivemos com o delegado do caso e ele disse que desconhecia a escuta. A gente não teve acesso ao inquérito completo, não sabe se isso está sendo investigado, pois está sigiloso. Uma gravação seria de uma gravidade absurda", destacou o advogado, que pretende peticionar, oficialmente, a abertura de uma investigação sobre o caso. "É um caso que envolve diretamente meu cliente".

Outros advogados de presos na Spoofing disseram que, reservadamente, a PF alega ter uma autorização judicial para fazer escutas ambientais, mas que isso não abarca qualquer inserção de microfone espião dentro de chuveiro da cela. Esses mesmos advogados entendem que a escuta supostamente instalada no banheiro violaria "todos os princípios constitucionais".

Defesa

Em nota à reportagem, a assessoria da Polícia Federal informou que, até o momento, as "autoridades máximas" da Superintendência Regional da instituição em Brasília desconhecem qualquer pedido de investigação sobre espionagem dentro de cela. "Se acionada, a PF investigará", disse em nota.

Torcedores tentaram invadir o hotel do Corinthians em Maceió horas após a derrota para o CSA por 2 a 1, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em São Paulo, os muros do Parque São Jorge foram pichados, com mensagens cobrando jogadores e diretoria pela sequência de sete jogos sem vitória e pedindo a saída do técnico Fábio Carille.

Na capital alagoana, cerca de 30 torcedores foram contidos pelos seguranças do clube em frente ao hotel. Eles protestavam contra o fraco desempenho da equipe e chegaram a arremessar grades de proteção contra o vidro da fachada para forçar a entrada. Ninguém se feriu. A confusão começou quando o policiamento que fez a escolta do ônibus foi embora.

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Já o desembarque dos jogadores aconteceu sem problemas. Havia poucos torcedores no momento, que cobraram raça de jogadores como Gil, Fagner e Danilo Avelar.

A delegação volta nesta quinta-feira (31) para São Paulo e a diretoria prepara forte esquema de segurança desde a saída de Maceió até a chegada ao Centro de Treinamento Joaquim Grava, onde os atletas farão treino regenerativo.

Em São Paulo, os muros do Parque São Jorge foram pichados também em protesto pelos maus resultados. "Time sem alma", "Acabou a paz", "Fora Carille" e "Andrés noia", foram algumas das frases escritas. "O Sport Club Corinthians Paulista lamenta a depredação do patrimônio do clube e informa que irá providenciar os devidos reparos", informou o clube em nota à imprensa.

O Corinthians enfrenta a pior sequência sem vitórias desde que Fábio Carille assumiu o time pela primeira vez, em 2017. São sete partidas no total. O estopim da crise aconteceu após a derrota por 2 a 1 para o CSA, clube que está na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O time volta a campo no domingo (3) para enfrentar o líder Flamengo no Maracanã na tentativa de retomar um lugar no G-6 da competição.

Policiais civis da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumprem nesta terça-feira (22) pela manhã 27 mandados de prisão e outros 89 de intimação contra torcedores do Flamengo. A operação Olhos de Águia, como é chamada, é um desdobramento das investigações que apura um grupo de supostos torcedores do clube que marcava, por redes sociais, uma invasão ao Estádio do Maracanã, no jogo de amanhã à noite contra o Grêmio, pela semifinal da Copa Libertadores da América.

Segundo as investigações, o grupo foi criado especialmente para marcar a invasão de amanhã com mensagens trocadas em áudio e vídeo. De acordo com a secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), “foram observadas mensagens em que ele ameaçava matar policiais, praticar roubos, causar danos e constranger os torcedores da torcida do Grêmio”.

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Mais de 100 integrantes de uma facção criminosa foram identificados.

Em decisão liminar, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou pedido de liberdade ao estudante Danilo Cristiano Marques, preso preventivamente em julho na Operação Spoofing, que investiga a invasão de comunicações de mil autoridades públicas, entre elas o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná Deltan Dallagnol, além de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, um juiz e dois delegados de Polícia Federal. As informações foram divulgadas no site do STJ.

O ataque dos hackers ocorreu especialmente por meio do aplicativo de comunicação Telegram.

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A Operação Spoofing foi deflagrada no dia 23 de julho, quando quatro suspeitos - entre eles Danilo - foram capturados por ordem do juiz Wallisney Oliveira, da 10.ª Vara Criminal Federal em Brasília.

O principal suspeito de liderar o grupo é Walter Delgatti Neto, o "Vermelho".

Em setembro, a PF deflagrou a segunda fase da Spoofing e prendeu mais dois investigados, Thiago Martins, o "Chiclete", e Luiz Molição.

De acordo com a PF, as invasões de aplicativos e a captura de mensagens armazenadas nos dispositivos configuram crimes de violação de sigilo telefônico e invasão de dispositivo informático. Também são apuradas imputações como a formação de organização criminosa.

Defesa

No pedido de habeas corpus, a defesa de Danilo alega que "novos documentos reunidos pela Polícia Federal indicam a potencial participação do estudante em delitos patrimoniais contra particulares e em lavagem de dinheiro" - os quais não teriam relação com a Operação Spoofing.

Ainda segundo a defesa, "por falta de fundamentação, a prisão deveria ser revogada ou substituída por outras medidas cautelares, já que o investigado é estudante universitário, primário, sem nunca ter respondido a processo criminal".

A defesa também questiona a competência da Justiça Federal para conduzir o caso.

Participação indireta

Em análise do pedido de liminar, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca ressaltou que, ao manter a prisão preventiva, o juiz de primeira instância apontou que o estudante seria encarregado de obter contas bancárias de terceiros para que outro investigado pudesse depositar recursos resultantes de fraudes.

Para o magistrado, a gravidade dos ataques cibernéticos à intimidade de autoridades - além da complexa estrutura de fraudes bancárias - justificaria o encarceramento provisório para a manutenção da ordem pública.

O ministro destacou que o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1) manteve a competência da Justiça Federal por considerar que a investigação da PF aponta para a existência de crimes de competência federal e estadual. Dessa forma, a jurisdição da Justiça Federal deve prevalecer no momento, nos termos da Súmula 122 do STJ.

Também segundo o TRF-1, há indícios de que o estudante não atuou apenas como "testa de ferro" dos outros investigados, "tendo participação direta nas fraudes bancárias e em outros delitos praticados pelo grupo".

Para Reynaldo Fonseca, tanto o decreto de manutenção da prisão quanto o acórdão do TRF-1 que negou o habeas corpus anterior "apresentaram elementos suficientes de materialidade e de autoria dos crimes".

"Assim, estando presentes, a princípio, os requisitos autorizadores da segregação preventiva, eventuais condições pessoais favoráveis não são suficientes para afastá-la", decidiu o ministro.

No entendimento de Reynaldo Fonseca, ao negar o pedido de liminar, "as circunstâncias que envolvem o fato demonstram que outras medidas previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal não surtiriam o efeito almejado para a proteção da ordem pública".

O mérito do habeas corpus ainda será analisado pela Quinta Turma.

Depois de Marina Ruy Barbosa sofrer com a invasão de um hacker, Cleo acabou passando pelo mesmo problema. Nesta quarta-feira (16), a atriz escreveu no Twitter que o seu perfil do Instagram havia sido invadido. Na postagem do microblog, Cleo declarou que a ação do invasor estava sendo avaliada pela sua equipe. "Minha conta no Insta foi invadida, já estamos tomando providências", escreveu.

Em seguida, Cleo alertou os fãs a não clicarem nos links que foram publicados nos Stories. "Não cliquem em nenhum link que colocaram no meu Insta. O hacker não é do Brasil", completou. Os conteúdos divulgados na rede social insinuavam que Cleo estava doando diversos celulares iPhone. 

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Confira:

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Presa sob suspeita de participar da invasão de celulares das principais autoridades do País, a jovem Suelen Priscila de Oliveira, de 25 anos, é a única dos seis investigados na Operação Spoofing fora da prisão. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, 12 dias após deixar o presídio feminino em Brasília, Suelen negou ser hacker e disse que, se quisesse, poderia ter "prejudicado a vida" de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, que afirmou ter sido responsável por roubar mensagens de procuradores da Lava Jato e repassado ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Ela, no entanto, disse que não sabia nada da vida do hacker.

Suelen foi presa no dia 23 de julho, no apartamento em São Paulo em que vivia com o marido, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos. Ele continua preso. Segundo a jovem, Delgatti e o marido eram amigos. "Ele (Delgatti) não soube usar a inteligência dele. Ele é uma pessoa muito sozinha, uma pessoa carente. Mas realmente eu não sabia da vida dele. Eu podia até prejudicar ele se eu quisesse, porque ele está prejudicando a minha vida", afirmou Suelen na entrevista, feita por videoconferência, sem explicar como poderia prejudicá-lo. Depois de deixar a prisão, onde ficou por 70 dias, a jovem voltou para Araraquara, onde vive sua família.

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Durante cerca de uma hora de conversa, a jovem contou que tem tomado remédios para dormir, que sente medo de ficar sozinha e se assusta até com o barulho de ranger de portas.

Você foi presa por envolvimento com um grupo investigado por hackear as principais autoridades do País. Você é uma hacker?

Não, eu não sou uma hacker.

E o que diz sobre a suspeita de fazer parte de um grupo de hackers?

É uma injustiça o que fizeram. Não só comigo, mas com o meu marido. Porque eu não tenho nada a ver com isso. Eu passei por coisas na prisão que só Deus sabe. Mesmo eles sabendo que eu não tinha nada a ver, eles fizeram coisas para prejudicar a gente. Enfim, eu estou tentando me recuperar. Eu estou tentando seguir em frente, mas está sendo muito difícil.

Na prisão, você sabia o que estava acontecendo aqui fora? Da repercussão toda?

Não, lá dentro a gente não sabia de nada. Quando passava alguma coisa na televisão, os policiais desligavam para a gente não ver. Então, realmente a gente não sabia que estava acontecendo tudo isso, essa repercussão. Era só pressão, só pressão. Eu não podia ter contato com meu marido, só com o advogado. Foi difícil.

O que foi mais difícil nesse período?

Eu estava com medo, porque eu estava longe da minha família, estava em outro Estado. Me mandaram para a "Colmeia" (presídio feminino em Brasília), para uma temporada de cinco dias. Ali fui humilhada. Jogaram minhas calcinhas fora, me deram uniformes rasgados. Fizeram piada comigo, tiraram sarro da minha cara. Me colocaram numa sala extremamente horrível, onde não tinha absorvente, papel higiênico, não tinha água. Tive que usar uma meia como absorvente. Não tinha higiene. Me deixaram dois dias sem tomar banho, não conseguia dormir.

Você imaginava que poderia ser presa?

Nunca. Para mim, é difícil dormir, eu não consigo. Eu não consigo ficar sozinha. Eu fico assustada, entro em pânico. Eu ainda estou começando a me conectar com o mundo. Ainda estou um pouco por fora de tudo o que aconteceu. Eu sei que vou levar isso para o resto da minha vida. Então tenho que enfrentar.

Como você conheceu o Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho'? Você tinha conhecimento das mensagens roubadas das autoridades?

Ele era amigo do meu marido faz muito tempo. Desde 2008 e 2009 ele conhece meu marido, desde quando meu marido começou a ser DJ. E eu conheço meu marido desde 2014, então desde 2014 eu conheço o Walter. Até então eu não sabia que o Walter estava envolvido em tudo isso. Então, quando falaram para mim na delegacia que eu estava sendo presa por causa disso (roubo de mensagens de autoridades), a gente não acreditou. A gente não deu muita bola porque quem conhece o Walter pessoalmente sabe que ele é uma pessoa mentirosa, que ele mente. Ele é um cara inteligente, isso eu não vou negar. Mas eu não imaginava que ele faria tudo isso. Ele fantasia. Mas, enquanto ser humano, ele é uma boa pessoa. Só que eu não tinha o contato dele. Eu não conversava com ele.

Você não soube de roubo de mensagens nem ajudou em momento algum em captura de conversas de autoridades?

Eu falei com o delegado que ele podia olhar no meu celular que não ia achar nada dele (do Walter). Muito menos conversa com ele. Tanto que eu não gostava dele. Eu não ia muito com a cara dele. Hoje eu perdoei ele, porque eu vi que ele não tinha noção do que estava fazendo. Ele não soube usar a inteligência dele. Ele é uma pessoa muito sozinha, uma pessoa carente. Mas realmente eu não sabia da vida dele. Eu podia até prejudicar ele se eu quisesse, porque ele está prejudicando a minha vida. Eu passei por tudo aquilo por culpa dele, entende? Porque não só eu, como minha família, a família do meu marido fomos prejudicados. Minha mãe trabalha em escola pública, minha sogra trabalha em escola pública. Araraquara é uma cidade do interior de 300 e poucos mil habitantes, mas parece pequeno, todo mundo se conhece. Principalmente porque meu marido é DJ, então ele é bem famoso na cidade. Então o Walter estava prejudicando não só eu, mas a minha vida e a da minha família. Então se eu quisesse sentar ali e falar tudo para prejudicar ele eu falava. Mas realmente eu não sabia da vida dele.

Você sabia quem eram as autoridades que tiveram seus celulares hackeados?

Na verdade nem acompanho sobre política, sobre quem está roubando, sobre quem está matando, nunca me interessei sobre nada disso. Por essa Lava Jato, ouvi dizer muitos anos atrás, mas não tenho nada contra isso, muito menos contra o Sergio Moro.

Como foi a sua prisão?

Eu lembro que eu e meu marido acordamos cedo, como normalmente fazemos. O porteiro ficou ligando. A gente acordou e atendeu. Ele disse que era os Correios e que devia descer na portaria para pegar uma encomenda. Mas era a polícia querendo fazer contato com a gente. Meu marido achou estranha a insistência. Disse que era para deixar que depois ia resolver isso. Em dois minutos a campainha começou a tocar desesperadamente. Quando meu marido foi até a porta, foi a hora que eles quebraram a porta. Eu entrei na frente do meu marido, pedi "calma, calma, calma". Eles armados, apontando a arma na nossa cara, "mão na cabeça, mão na cabeça". Um susto enorme, eu não sabia o que estava acontecendo. Meu marido pediu para colocar a roupa. Eles não deixaram. Eles pediam para ele se acalmar. Eles algemaram meu marido, deixaram ele ainda nu por uns 10 a 15 minutos. Meu marido ficou em casa, algemado e nu. Aí eu corri para o quarto porque eu estava em casa de calcinha. Fui colocar a roupa, eles vieram atrás de mim achando que eu tinha arma dentro de casa. Eu disse que não tinha bandido ali. Eu pedi: "Deixa eu colocar uma roupa". Eles ficaram mais de quatro horas no apartamento, revistando tudo. A partir dali pegaram nosso celular, não deixaram a gente ter contato com ninguém. Me deixaram de um lado e meu marido para o outro.

A PF apreendeu dinheiro na casa de vocês, R$ 99 mil, e investiga se é de origem ilícita...

Pegaram o dinheiro do meu marido, mas a gente não deve nada a ninguém. Porque a gente trabalhava. A gente sempre deixou dinheiro em casa. Não era nada ilegal. A gente não via risco nenhum, sempre deixou dinheiro em casa porque não deve nada a ninguém.

Quando você soube que estava sendo presa por causa da invasão a celulares de autoridades do País?

Eu fiquei sabendo em Brasília, depois de algumas horas. No outro dia, o advogado encontrou a gente de manhã, na cela no aeroporto de Brasília. A partir daí foi só pesadelo, sabe.

Você estava trabalhando no período da prisão? Qual é a sua formação?

Eu terminei o ensino médio, fiz alguns cursos. Sou de família de classe média baixa, pessoas humildes. Sempre tive amigos. Ajudava meu marido na casa, em tudo, e ajudava como DJ. Sou uma pessoa comum, até isso tudo acontecer, cair na minha cabeça.

O que você pretende fazer daqui para frente?

Espero que a justiça seja feita, não só comigo, mas pelo meu marido. Confio muito em Deus, sei que vai dar tudo certo. Deu certo para mim e sei que vai dar para o meu marido. Os amigos do meu marido estão aqui em energia positiva, oram por ele. Acredito muito na Justiça, e espero que sejam justos com ele. Minha família toda está unida para me auxiliar nesse momento. Está todo mundo muito preocupado com o desfecho disso. Preocupado com o que passou. Se tem algo positivo nisso foi a união da minha família. Eles têm medo do que pode acontecer, porque tem muita gente julgando a gente.

E o período na prisão teve alguma sequela?

Estou tomando remédio para dormir. Estou bem assustada. Barulho de porta me assusta. Quero ficar reservada. Tenho que seguir as regras determinadas pelo juiz que me soltou. Não dou entrevista para ninguém, exceto essa, porque é muito delicado eu falar. Ainda estou por fora de tudo o que aconteceu. Eu não contei tudo para a minha família, para não assustar eles. É difícil para eles. Vou contando aos poucos.

Nessa terça-feira (8), o digital influencer David Brazil publicou no Instagram uma conversa bastante estranha entre ele e Adriane Galisteu. Na verdade, o conteúdo não passava de um golpe. David avisou na rede social que a conta de Adriane do WhatsApp havia sido invadida por um hacker. O invasor surpreendeu David Brazil perguntando se ele usava conta de um banco através de aplicativo ou computador.

Em seguida, David Brazil marcou o perfil de Adriane Galisteu para mostrar o assunto. Irritada, Adriane gravou vídeos para alertar amigos e fãs sobre o assunto. "O meu WhatsApp foi hackeado. Tem uma pessoa se passando por mim, pedindo dinheiro, aquelas coisas que vocês já sabem. Por favor, não respondam. [...] Que coisa absurda, né? Eu tô com uma raiva que vocês nem imaginam", explicou a loira.

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A investigação sobre o grupo suspeito de hackear autoridades do País - e que levou à prisão de seis pessoas até agora na Operação Spoofing - começou uma hora após a invasão do aparelho celular do ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo documentos a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, às 18h45 do dia 4 de junho foi realizada uma reunião de emergência na sede do Ministério da Justiça, em Brasília, para tratar do caso. Moro percebeu que sua conta no aplicativo de troca de mensagens Telegram havia sido invadida por volta das 17h40 daquele dia.

Relatórios e perícias mostram a movimentação da Polícia Federal e do setor de inteligência do Ministério da Justiça no caso. De acordo com esses documentos, a investigação foi oficialmente aberta no próprio gabinete do ministro, onde ele estava quando detectou o ataque hacker. Moro havia acabado de chegar de uma reunião com outros ministros no Palácio do Planalto.

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Ainda segundo os documentos, às 19h07 do dia 4 de junho, as equipes de inteligência da PF e da área de Tecnologia da Informação do Ministério da Justiça tomaram uma primeira providência: manter contato com o hacker por meio do Telegram.

Foi, conforme relatórios, uma espécie de "ação controlada", realizada do gabinete do ministro. A decisão foi tomada porque, durante a reunião de emergência no Ministério da Justiça, o diretor de Tecnologia da Informação da pasta, Rodrigo Lange, e a chefe de gabinete do ministério, Flávia Blanco, notaram que o número do celular de Moro aparecia com o status "online" no Telegram. Eles deduziram, portanto, que o hacker já estava utilizando o aplicativo de mensagens se passando por Moro.

Com o hacker "ativo", a estratégia dos investigadores foi tentar identificar seu IP (a "identidade" do computador usado por ele) e, assim, localizá-lo. Lange enviou ao número de Moro, via Telegram, um link que direcionava para o site do Ministério da Justiça. A intenção era fazer o hacker acessar o link, o que poderia ajudar a identificar o IP. A tentativa não teve sucesso.

Identificação

Depois de alguns minutos, Flávia Blanco tentou contato com o hacker e encaminhou, novamente, um link direcionado para o site do ministério. Desta vez, no servidor da pasta, foi identificado um endereço de IP considerado atípico, da Rússia.

Num segundo momento, ainda durante a reunião, a equipe do ministério providenciou um novo celular para Moro reinstalar o aplicativo Telegram. No entanto, o invasor já tinha feito o "duplo fator de identificação", um dispositivo de segurança que impossibilita qualquer alteração desse tipo.

A equipe do ministro desligou o aparelho celular e retirou o chip. Moro relatou ao perito criminal Fabrício Dantas Brito que recebeu três ligações "atípicas de um número da TIM", mas que apenas a primeira chamada foi atendida. Disse ainda que não fazia uso do Telegram há mais de dois anos. Com as informações, a PF produziu o primeiro relatório de inteligência sobre o caso dos hackers.

A Operação Spoofing já realizou duas fases. Na primeira, em julho, foram detidas quatro pessoas, entre elas Walter Delgatti Neto. Ele admitiu ser o responsável pelas invasões e por capturar mensagens de autoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa Branca informou na noite do domingo (6) que a Turquia prepara para breve uma invasão do norte da Síria, o que renovou temores de uma matança de guerreiros de origem curda, aliados dos Estados Unidos na campanha contra o grupo extremista Estado Islâmico.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, há meses faz ameaças de atacar as forças curdas no norte da Síria, muitas das quais seu governo considera terroristas. Como os curdos recebem apoio dos Estados Unidos, um ataque a eles seria uma ameaça a aliados americanos em todo o planeta, creem políticos republicanos e democratas em Washington.

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Tropas americanas "não vão apoiar ou se envolver na operação" e "não mais estarão presentes nas áreas próximas" ao conflito no norte da Síria, informou a secretária de Imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham. A declaração ocorreu na noite do domingo, o que é raro na Casa Branca.

Grisham não esclareceu se os Estados Unidos retirariam os cerca de 1 mil soldados americanos que estão na região. O anúncio da Casa Branca ocorreu após uma ligação telefônica entre o presidente Donald Trump e Erdogan.

Em dezembro Trump anunciou a retirada de tropas da Síria e recebeu muitas críticas por supostamente deixar os curdos à mercê da Turquia. À época, o então secretário de Defesa Jim Mattis renunciou ao cargo em função da posição adotada por Trump.

A Casa Branca ainda informou que a Turquia vai assumir a custódia dos soldados estrangeiros capturados na campanha contra o Estado Islâmico e que atualmente estão detidos pelas forças curdas. Fonte: Associated Press

A ex-deputada Manuela D"Ávila (PCdoB-RS) afirmou à Polícia Federal (PF) que parte das conversas que teve com o hacker Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", desapareceu dos arquivos do seu aparelho celular. Segundo ela, as mensagens tratavam de um perfil no Twitter que atacava o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, e sobre o uso da sua conta no aplicativo Telegram.

Manuela intermediou o contato de Delgatti com Greenwald. O jornalista é um dos responsáveis por divulgar mensagens pessoais capturadas pelo hacker nos celulares de procuradores da Lava Jato. Delgatti está preso desde julho por invadir o telefone de autoridades do País.

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Em depoimento prestado à PF no dia 28 de agosto de 2019, Manuela disse que tirou prints das mensagens trocadas com Delgatti, mas que essas "fotografias das mensagens" não incluíam algumas das conversas que ela teve com o hacker e, por isso, não foram incluídas no inquérito policial.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o contato do hacker com Manuela D"Ávila foi além de uma mera troca de contato telefônico, como ela chegou a afirmar. O inquérito sigiloso, ao qual a reportagem teve acesso, mostra que os dois conversaram por nove dias via aplicativo de mensagens - do dia 12 e 20 de maio deste ano.

No depoimento, a ex-deputada afirma que o contato entre os dois se estendeu além disso, pelo menos até o fim de junho. Essas mensagens, porém, não chegaram a ser entregues às autoridades policiais.

'Pavão Misterioso'

Em uma conversa apagada, segundo contou Manuela à PF, Delgatti contava à ex-parlamentar que tinha descoberto quem eram as pessoas por trás do perfil "Pavão Misterioso", uma página no Twitter que promove ataques a Greenwald e à "Vaza Jato", como o site The Intercept Brasil batizou a série de mensagens de procuradores divulgadas.

Manuela disse à PF que "não se interessou pelo assunto e que por isso não se preocupou em fazer prints". Uma segunda conversa não entregue à PF teria ocorrido, segundo Manuela, no fim de junho de 2019.

A troca de mensagens teria sido provocada pela própria ex-deputada, após ela perceber que sua conta no Telegram estava coberta pelo modo de verificação em duas etapas (um dispositivo de segurança do aplicativo).

À PF, Manuela disse que procurou o hacker porque estava impossibilitada de fazer a instalação do Telegram em outro aparelho celular.

"Também tinha receio de não conseguir usar mais o Telegram caso o hacker resolvesse "deslogar" o aplicativo", disse ela ao delegado Flávio Zampronha, responsável pela Operação Spoofing.

Ela contou ao delegado da PF que o primeiro contato com o hacker se deu às 11h de 12 de maio de 2019, quando recebeu uma mensagem no Telegram de um número da Virgínia (EUA).

Segundo Manuela, logo em seguida recebeu uma ligação, que ela acreditou na ocasião ter partido do próprio Telegram: "Telegram, Telegram", disse, segundo ela, uma pessoa do outro lado da linha.

Após a ligação, a ex-deputada afirmou que recebeu uma mensagem na qual o nome aparecia como sendo o senador Cid Gomes (PDT), mas que na verdade era Delgatti, já pedindo "ajuda" para vazar as mensagens.

No depoimento, Manuela ainda disse que nunca trocou mensagens de voz com Delgatti e afirmou que nunca falou pessoalmente com o hacker. Ela também colocou seu celular à disposição da perícia para que os investigadores pudessem tentar acesso a informações necessárias ao inquérito.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região mandou soltar o primeiro dentre os seis presos na investigação sobre as invasões de aplicativos de telecomunicação de altas autoridades da República. Por decisão da Quarta Turma, nesta quarta-feira, 2, Suelen Priscila de Oliveira poderá cumprir medidas alternativas à prisão. Por outro lado, o colegiado negou soltar o DJ Gustavo Santos, companheiro de Suelen, e o motorista de Uber Danilo Marques.

Suelen foi presa em Araraquara na primeira fase da operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal, em 23 de julho, sob a acusação de integrar um grupo de hackers suspeito de ter grampeado o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, procuradores da Lava Jato e outras autoridades como ministros de Estado e de tribunais superiores.

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Uma americana invadiu o espaço destinado aos leões africanos e dançou em frente a um dos felinos, no zoológico do Bronx, em Nova York. No último domingo (29), ela escalou a cerca para ficar perto dos animais, no entanto, a polícia só foi notificada na terça (1º).

“Esta ação foi uma séria violação e uma invasão ilegal que poderia ter resultado em ferimentos graves ou morte”, afirmou o porta-voz do zoológico a CNN. A mulher ainda não foi identificada.

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Uma menina, de 12 anos, deu dois tiros de espingarda contra um garimpeiro, de 27. A motivação foi uma suposta invasão do homem no sítio onde ela mora com a família, na Zona Rural de Alta Floresta, no Mato Grosso, no último domingo (29).

O rapaz foi advertido pela menina quando estava próximo ao portão da residência. Ele ignorou o pedido para que não entrasse e foi atingido por dois tiros. As balas feriram seu braço e abdômen.

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A vítima afirmou que trabalha em um garimpo localizado nos fundos do sítio. Ele disse que conhece o pai da menina e que foi ao local porque queria tomar banho, segundo o G1.

Após ser atingido, ele correu para a cidade em busca de socorro e foi levado para o Hospital Regional. O estado de saúde não foi divulgado. Uma equipe foi enviada para o sítio, no entanto, a garota ainda não foi localizada.

O clima de pressão no Cruzeiro aumentou nesta terça-feira. Um dia após a derrota por 1 a 0 para o Goiás, no Serra Dourada, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, um grupo de 30 torcedores da organizada Máfia Azul invadiu a Toca da Raposa II e cobrou os jogadores.

Os próprios membros da organizada divulgaram vídeos da invasão, realizada após o arrombamento de um portão do CT. Eles caminharam nas dependências do local aos gritos de "acabou a paz", até alcançarem um dos campos em que os jogadores treinavam.

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No gramado, os torcedores abordaram jogadores e membros da comissão técnica do Cruzeiro. Atletas que não estavam no campo se juntaram ao elenco, com o treinador Abel Braga, o centroavante Fred e o goleiro Fábio sendo as lideranças na conversa, acompanhadas por seguranças do clube.

Posteriormente, a Polícia Militar foi acionada pelo Cruzeiro e chegou ao CT, chegando a revistar e a ouvir os torcedores. Todos foram liberados, embora o clube tenha registrado um boletim de ocorrência. E a atividade dos jogadores que não iniciaram o duelo com o Goiás até foi retomada.

"A gente conversou da melhor maneira possível, de forma educada. Eles no auge da emoção. Expuseram para mim e para os atletas aquilo que eles tinham vontade. Sem ofender, sem agredir. Falei para eles que não era a melhor maneira, que a melhor maneira é se combinando alguma coisa para se fazer, porque teve que paralisar um treinamento que estava correndo. Isso não é bom", afirmou Abel, em pronunciamento, buscando minimizar o incidente.

O Cruzeiro está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 17º lugar, com apenas 18 pontos em 22 partidas. O time voltará a jogar no sábado, quando vai receber o Internacional, às 21 horas.

A Polícia Federal (PF) apontou que o contato do hacker Walter Delgatti Neto, preso em julho, com a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) durou nove dias. O inquérito sigiloso, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, indica que os dois conversaram, via aplicativo de mensagens, entre os dias 12 e 20 de maio deste ano.

Ao inquérito da Operação Spoofing - que investiga a invasão de celulares de autoridades do País - foram incluídas 38 reproduções de tela de celular de conversas. A organização das mensagens foi feita pela própria defesa de Manuela.

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"Quero Justiça, não quero dinheiro", diz o hacker em uma das conversas com a ex-deputada, acrescentando ter "oito teras (bytes) de coisa errada". Em outro trecho, Manuela afirma que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, era a "melhor pessoa" para receber o conteúdo hackeado.

Delgatti Neto, por sua vez, diz que não havia pensado no nome do jornalista antes, mas depois afirmou que a indicação foi a "melhor saída". "Era tudo o que eu precisava. Mas acredito que não caiu sua ficha (de Greenwald) ainda", avaliou. Manuela, por sua vez, discorda: "Caiu, sim. Por isso pensei no jornalista mais capaz e com credibilidade mundial".

Manuela, que foi candidata a vice-presidente no ano passado, afirma que não conhecia a identidade do hacker. Delgatti Neto disse à PF ter pedido à ex-parlamentar o contato de Greenwald. Logo após receber o número do telefone, ele continuou a enviar mensagens para Manuela. Ao avaliar a reação de Greenwald ao receber o material, o hacker vibrou. "Ele ficou louco, lá. Foi comprar computadores novos para os arquivos. Já fizeram não sei quem ir de BSB (Brasília) até eles".

Com o avanço das conversas, o hacker passa a compartilhar com Manuela sua "visão de mundo". Diz, por exemplo, que, se não tivesse tido a iniciativa de vazar as conversas atribuídas ao então juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, o Brasil iria "quebrar". "Dei sorte de chamar você. Eles iam privatizar tudo. O País ia falir. Tem todos os acordos prontos. Um golpe gigantesco ia ser concretizado", escreve o hacker, segundo reprodução que consta no inquérito sigiloso.

Manuela se mostrou preocupada com o fato de o celular do então deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) ter recebido uma ligação do seu Telegram sem que ela tivesse efetuado tal chamada. "Oi, você ligou para o Jean do meu Telegram?", questionou. Delgatti Neto respondeu: "Liguei no dia, hahahaha. Para tentar falar com ele. Aí quando falei com você, saí e não liguei mais. Diz que foi um equívoco".

Spoofing

Alvo da primeira fase da Operação Spoofing, Delgatti Neto está detido no Complexo da Papuda, em Brasília. Além dele, em julho a PF prendeu mais três pessoas. Na segunda etapa da operação, dia 19, mais dois suspeitos foram presos.

Procurada, a defesa de Manuela não se manifestou até a publicação desta matéria. O advogado de Delgatti Neto informou que aguarda a conclusão das investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Investigados por grampear as principais autoridades do País, os hackers presos pela Polícia Federal em duas fases da Operação Spoofing se tornaram alvo da mesma técnica que empregaram contra suas vítimas: o vasculhamento de mensagens alheias.

Munida de autorização judicial, a PF coletou um extenso acervo de textos trocados pelo grupo durante o período em que eles teriam cometido vários ilícitos, que vão de fraudes bancárias a crimes contra a segurança nacional. Nos textos, ironias sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, informações sobre transferências de valores e demonstração de autoconfiança sobre ficar à margem da lei - "hacker aqui não deixa rastros", escreveu Walter Delgatti Neto (o "Vermelho").

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Procurada, a defesa de Delgatti Neto informou que aguarda a conclusão das investigações. As conversas constam em relatórios anexados ao inquérito sigiloso da segunda fase da Operação Spoofing, ao qual a reportagem teve acesso. Segundo a PF, as mensagens, além de demonstrar que Delgatti Neto não agia sozinho, ajudam a desvendar o modus operandi do grupo. Em grande parte dos diálogos, Delgatti Neto aparece reclamando de dificuldade financeira. "Cadê o meu dinheiro?", questiona ele ao também investigado Danilo Cristiano Marques, por meio de aplicativo de mensagens, em 29 de abril de 2019. Em 14 de maio de 2019, mais uma vez, ele reclama: "E aí mano? Tô pobre 'f.....'".

Nas mensagens, os hackers também trocavam impressões sobre o cenário político nacional e manifestavam especial preocupação com a repercussão do caso "Vaza Jato". Em uma sequência de mensagens entre Delgatti Neto e outro membro do grupo, não identificado, em 22 de julho de 2019, por volta da 1 hora da manhã, Delgatti Neto se queixa de que Sérgio Moro estava demorando para voltar das férias de cinco dias.

A licença não remunerada para "tratar de assuntos particulares" foi publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de julho e amplamente divulgada na mídia. Valeria entre os dias 15 e 19 de julho, mas no dia 22 Delgatti Neto estava preocupado com o fato de o ministro ainda não ter retornado. "Viu que Moro ia ficar 4 dias e não voltou até hoje?"

Receio

Em seguida, o membro do grupo não identificado no relatório demonstra receio com a ausência do ministro: "(Moro) descobriu algo será"? Delgatti Neto, em tom de ironia, o tranquiliza: "Ele (Moro) tá com medo, isso sim. Hacker aqui não deixa rastros", diz, completando: "Hacker de hacker. Você não entendeu ainda. Quem nasceu para ser crash-overlong nunca vai ser hacker aqui".

Em outra conversa, trocada em 26 de junho de 2019, Delgatti Neto narra que estava "confiscando" bens de um pessoa que tinha dívida com ele. Dentre os bens "confiscados", estariam um notebook, uma câmera e um celular. "Eu falei: manda aí que eu compro. Confisquei tudo. Pobre, f..... Não tava fazendo nada, o cara me devendo R$ 12 mil", disse o hacker.

As mensagens trocadas pelo grupo foram recuperadas pela polícia por meio das perícias realizadas no material apreendido nas buscas feitas na primeira fase da Spoofing. Após a quebra de sigilos bancários, autorizados pela Justiça Federal, os investigadores conseguiram rastrear 14 transferências bancárias de Delgatti Neto para o programador Thiago Eliezer Martins Santos, que foi preso na segunda fase da operação, no dia 19.

Nas mensagens, o grupo trata de valores oriundos, segundo a PF, da prática de fraudes bancárias. Em 7 de maio, Delgatti Neto diz a Danilo Cristiano Marques, preso na primeira fase da operação, que havia pago valores a Thiago Eliezer: "Juro que paguei a parte dele, cheia ainda". Na mesma mensagem, Delgatti Neto encaminha três comprovantes que demonstram transferências nos valores de R$ 12,5 mil, R$ 4 mil e R$ 4,5 mil.

Em meio a várias mensagens, os hackers deixam escapar detalhes de fraudes bancárias cometidas pelo grupo. Essas mensagens foram fundamentais para a PF pedir a prisão dos demais integrantes da quadrilha.

Segunda fase

Na segunda fase da Operação Spoofing, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao grupo, em São Paulo e em Brasília. Além de Eliezer, foi preso Luiz Molição, que estava em Sertãozinho, no interior de São Paulo.

No endereço ligado a Molição, os policiais aprenderam um bilhete, escrito à mão, com os dizeres: "Tá tudo bem, blindados com as pitadas, tá junto com os presos políticos".

A PF investiga a origem do bilhete, mas já sabe que se trata de um recado tranquilizando o membro do grupo no período em que ele ainda estava solto e Delgatti Neto já estava na cadeia. Isso porque Delgatti Neto está detido no Complexo da Papuda, em Brasília, numa ala junto com presos como Geddel Vieira Lima. Daí a expressão "presos políticos" presente no bilhete.

Ao formular o pedido de busca e apreensão da segunda fase da operação, a Polícia Federal afirma que Delgatti Neto não atuava sozinho nas invasões das contas de Telegram de suas vítimas. Em depoimento à PF, ele disse que foi responsável pelo desenvolvimento da técnica utilizada para realizar os ataques cibernéticos. Os investigadores do caso, no entanto, não acreditam mais nessa versão.

Após a análise dos arquivos armazenados nos dispositivos telemáticos apreendidos com Delgatti Neto, a Polícia Federal afirma no relatório do inquérito que Thiago Eliezer Martins Santos, o programador preso em Brasília, atuou no desenvolvimento de técnicas voltadas à invasão de redes de computadores e comunicação e teria conhecimento dos crimes cibernéticos praticados por Delgatti Neto.

Clonagem

De acordo com a PF, Danilo Marques também tinha conhecimento das práticas de Delgatti Neto no caso das clonagens do aplicativo Telegram de autoridades, além de ser parceiro em práticas de crimes envolvendo fraudes bancárias.

No relatório do inquérito obtido pela reportagem, os investigadores ainda sustentam que "Molição atuou diretamente nas invasões de dispositivos informáticos e na interceptação e divulgação de comunicações realizadas pelas vítimas através do aplicativo Telegram". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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