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O presidente da República, Michel Temer disse neste sábado (14) que cabe ao Legislativo decidir sobre a restrição o foro privilegiado. O presidente se posicionou sobre o tema em Lima, no Peru, onde participou da 8ª Cúpula das Américas.

“Eu sou a favor que o Legislativo decida”, disse Temer ao ser questionado por jornalistas se era favorável à restrição do foro privilegiado, após uma reunião bilateral com o presidente do Chile, Sebastián Piñera.

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O assunto vai ser debatido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal no próximo dia 2 de maio. A retomada do julgamento foi pautada ontem (13) pela presidente da corte, ministra Cármen Lúcia.

O julgamento da ação que restringe o alcance do foro privilegiado foi interrompido em novembro do ano passado, após um pedido da vista do ministro Dias Tofolli para analisar melhor o tema. O ministro devolveu o processo para a presidente do STF no último dia 27 de março. Cármen Lúcia decidiu incluir o processo na pauta de maio, porque a de abril já estava fechada.

A suspensão ocorreu quando já havia maioria favorável à restrição. Na ocasião, sete ministros votaram a favor do parecer do relator ministro Luís Roberto Barroso. Barroso defendeu que o foro privilegiado para políticos só vale se o crime do qual forem acusados tiver sido cometido no exercício do mandato e se for relacionado ao cargo que ocupam.

Assim, as irregularidades praticadas antes do exercício do mandato não teriam foro privilegiado e ficariam com a Justiça de primeira instância. Acompanharam o entendimento de Barroso os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Edson Fachin, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia.

Também favorável à restrição, o ministro Alexandre de Moraes, apresentou um voto parcialmente divergente. Moraes defendeu a limitação do foro apenas para crimes cometidos no mandato, mas propôs que o Supremo analise infrações penais, independentemente de terem relação com o cargo.

Congresso

A palavra final sobre a restrição do foro privilegiado caberá ao Supremo porque o Congresso Nacional está impedido de apreciar propostas que alterem a Constituição, devido à intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Aprovada no Senado em maio do ano passado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 10/13, que acaba com o foro especial por prerrogativa de função para a maioria das autoridades, tramita na Câmara dos Deputados sob o número 333/17. A proposta saiu da pauta uma vez que a Constituição Federal não pode ser emendada, enquanto durar a intervenção.

O Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou 468 propostas em 2017, de autoria do Executivo e dos deputados estaduais. Além delas, durante as 264 reuniões do ano os parlamentares também apresentaram outras 668 matérias.

Entre os projetos do Legislativo aprovados estão o que institui o Dia do Combate ao Feminicídio; transforma em feriado o dia 6 de março, Data Magna da Revolução Pernambucana de 1817; inclui a cidade de Goiana na Região Metropolitana do Recife e muda o comitê gestor da área; e regulamenta o funcionamento dos food trucks, com o objetivo de fomentar o empreendedorismo, proteger o consumidor e garantir o atendimento a regras ambientais e de trânsito.

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Dos apresentados pelo governo de Paulo Câmara foram aprovados o reajuste salarial da Polícia Militar e a criação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), dois textos que causaram grande discussão na Casa. Fora as proposições, outros temas foram discutidos durante 2017 na Casa. A Reforma da Previdência, a privatização da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e o esvaziamento da Hemobrás também foram debatidos.

Já os textos que ainda estão em discussão na Alepe, mas foram protocolados em 2017 está o polêmico Projeto de Lei nº 1774/2017, de autoria do deputado Ricardo Costa (PMDB), que dispõe sobre a proibição de exposições artísticas ou culturais com teor pornográfico em espaços públicos no estado. Outra matéria que chamou a atenção, diante de casos de abusos sexuais nos ônibus, foi o de autoria do deputado Vinicius Labanca (PSB) que obriga as empresas de transporte público a oferecer cursos aos motoristas, cobradores, fiscais e atendentes para que eles prestem assistência às mulheres vítimas de assédio nos coletivos.

Outro ponto que marcou o ano na Alepe foi a inauguração do novo prédio que funciona o Legislativo. O Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar foi inaugurado em junho e passou a ser utilizado pelos parlamentares no segundo semestre deste ano. O Plenário da nova Casa, inclusive, recebeu o nome do ex-governador Eduardo Campos.

“Finalizamos um ano de muito trabalho, que resultou em ações importantes para a Assembleia e a população. Ainda temos muito por fazer, 2018 se aproxima com novos projetos e investimentos”, destacou o primeiro-secretário da Alepe, deputado Diogo Moraes (PSB).

O deputado federal Ricardo Teobaldo (PE) foi reeleito para liderar a bancada do Podemos na Câmara Federal em 2018. O parlamentar assumiu o posto em agosto de 2017 e na volta do recesso em 2 de fevereiro retomará as articulações do colegiado.

Também deputada federal, a presidente nacional da sigla Renata Abreu (SP) disse que a recondução de Teobaldo se deu pelo seu tom conciliador. "É um líder nato e conduz todos os processos com muita transparência e habilidade política", frisou.

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O mesmo foi reforçado pelo senador e presidenciável pelo Podemos, Álvaro Dias (PR). Segundo ele, a musculatura que o partido tem adquirido na Câmara dos Deputados também é fruto da liderança de Ricardo Teobaldo. “Articulado, competente, ele tem garantido a unidade e as conquistas da nossa bancada na Câmara”, ressaltou.

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (14) na Câmara Municipal de Guarulhos, o secretário de Finanças do Legislativo Roberto Trota revelou que a Casa de Leis prevê um gasto de 62% (R$ 71,3 mi) do orçamento de R$ 115 milhões com a folha de pagamento. Entre concursados e comissionados, a Câmara possui aproximadamente 700 colaboradores.

De acordo com Trota, mesmo depois da readequação das contas, a Câmara não esteve próxima de atingir o teto limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele afirmou que existia a previsão de um déficit de aproximadamente R$ 14 milhões.

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Além da estimativa que existia em relação ao déficit nas contas do Legislativo, o dirigente ressalta que os procedimentos adotados foram fundamentais para que a Câmara pudesse economizar uma quantia superior a R$ 7 milhões. Para 2018, o orçamento será superior ao deste ano em 8%.

Centenas de evangélicos com as mãos erguidas, orando e entoando hinos. A cena retratada é comum aos templos de qualquer lugar do país, no entanto foi registrada no plenário da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. A sede do legislativo municipal carioca foi utilizada para um culto religioso no último sábado (30), sob o comando do bispo Inaldo Silva, da Universal do Reino de Deus, que também é vereador pelo PRB. 

O ato se tratava Dia do Encontro Interdenominacional, uma data em que acontece a reunião das igrejas evangélicas sob a justificativa de estabelecer "a união entre os irmãos, acabando com qualquer tipo de separação por credo religioso, a final de contas o Pai é Nosso". A lei que oficializa o dia, inclusive, é de autoria do próprio Inaldo.

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Nas redes sociais, os registros da comemoração ganharam uma repercussão negativa. Entre os comentários da publicação, centenas de internautas questionaram a iniciativa. "Gente, mas o estado não é laico? Isso é a Câmara ou o templo do Macedão? Que coisa horrível", diz Angela Rosa. "Bispo Inaldo Silva, amanhã vai ter gira para Ogum então ou uma sessão satanista. Pode ser?", indaga Patrícia Grigógio ao rebater o vereador que diz que por ser laica, a Câmara é ocupada por católicos, espíritas e evangélicos.

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O bispo é vereador em primeiro mandato e aliado do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Atualmente, entre os 51 vereadores da Câmara do Rio, três são do PRB, partido de Marcelo Crivella.  Além de Inaldo Silva, Tânia Bastos e João Mendes de Jesus. Há pelo menos outros dois com forte ligação com os evangélicos e as pautas conservadoras: Otoni de Paula (PSC) e Alexandre Isquierdo (DEM).

No Recife, o uso da Câmara dos Vereadores para a realização de cultos evangélicos foi alvo de intervenção do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O órgão recomendou a suspensão dos atos religiosos.

O governador Paulo Câmara (PSB) foi recebido com aplausos na primeira sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que acontece na tarde desta terça-feira (1°). Essa é a primeira reunião ordinária que acontece no novo prédio legislativo, que custou mais de R$ 26 milhões. 

Na abertura da sessão, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, disse que o reinício dos trabalhos parlamentares ficará marcado para sempre. "Retomamos nosso trabalho em uma nova era no poder legislativo", ressaltou lembrando que a construção do empreendimento foi uma conquista com recursos próprios da Casa "oferecendo o que há de melhor e conforto".

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Uchoa declarou que o novo ciclo representa a afirmação definitiva da Alepe como "a guardiã" dos interesses republicanos do estado. "E o principal defensor dos direitos do povo pernambucano".

Ele também disse que o segundo semestre será focado em continuar as atividades das comissões, bem como os direitos das pessoas com deficiência e citou a segurança pública. 

O segundo a falar, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), disse que a oposição tem procurado cumprir o seu papel e defender os interesses do povo pernambucano. Ele criticou o governo afirmando que o estado possui um quadro muito preocupante. "Querem traduzir os problemas jogando para o Governo Federal", criticou. 

Silvio Filho também falou sobre a violência no estado. "Várias promessas até agora não foram saídas do papel. São problemas que tem preocupados todos nós", continuou destacando que irá continuar a fazer um "debate responsável" e que nunca será levado pelo campo pessoal.

O presidente Michel Temer gravou, ontem, um vídeo a ser distribuído nas redes sociais para defender o equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e pregar a importância da aprovação das reformas trabalhista e da Previdência. O vídeo foi gravado no Palácio da Alvorada. Será o primeiro pronunciamento de Temer após o julgamento da última sexta-feira (9) no qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o pedido de cassação da chapa formada por ele e pela ex-presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014.

A mensagem de Temer sobre o equilíbrio dos poderes é motivada pela divulgação no fim de semana, pela revista “Veja”, de uma suposta investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo e que autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente com base nas delações dos donos e executivos da empresa JBS.

Por meio de nota divulgada na sexta, Temer negou que a Abin tenha feito qualquer investigação sobre a vida do relator da Lava Jato. Mas a avaliação do Planalto é que isso não foi suficiente para apaziguar os ânimos com o Judiciário. A reportagem provocou reações da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, e do presidente do TSE, Gilmar Mendes. Ontem, Cármen Lúcia informou que "não há o que questionar" em relação à palavra do presidente, que afirmou não existir investigação da Abin.

No vídeo, Temer aproveita para retomar a defesa das reformas nas leis trabalhistas e previdenciária. Pelo calendário do governo, ambas já deveriam ter avançado mais no Congresso, mas sofreram atraso devido à crise política. Com o desfecho favorável no TSE, Temer tenta retomar o calendário das reformas antes do possível oferecimento de denúncia contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

ANULAÇÃO – O partido Rede Sustentabilidade pediu, ontem, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que anule o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legenda pediu, ainda, que um novo julgamento seja feito, dessa vez levando em conta as informações de ex-executivos da Odebrecht. O principal argumento da Rede é que, em 2004, o STF decidiu por unanimidade pela validade de um artigo da Lei das Inelegibilidades que permite ao juiz considerar fatos públicos e notórios, mesmo que não tenham sido alegados pelas partes na ação inicial. A Rede entendeu, então, que a maioria dos ministros do TSE contrariou a decisão do STF ao retirar provas da Odebrecht do caso.

Pulando fora – Conforme antecipamos neste espaço, o deputado Daniel Coelho está se transferindo do PSDB para o PSL. Mesmo assim, continua a falar como um dos líderes dos “cabeças pretas”, como são chamadas as novas lideranças tucanas. Esse grupo defende o desembarque imediato do governo de Michel Temer. A troca foi feita, é claro, de olho em 2018. O PSL, segundo o Radar online, acenou com uma vaga para a disputa do Senado ou o cargo de vice-governador de Pernambuco na chapa com Fernando Coelho. Daniel muda não só

de partido, como também de posição política. Até aqui, ele se colocava contra as reformas da previdência e trabalhista. O PSL, no entanto, exigiu que aderisse ao bloco reformista.

Sinalizando para 2018 – No corpo a corpo do governo para desmobilizar o desembarque tucano, interlocutores de Michel Temer sinalizam ao PSDB com duas cartas, principalmente: apoio para candidatura tucana na eleição de 2018 e no conselho de Ética do Senado para salvar o mandato de Aécio Neves, em um eventual processo. Ontem, o PSDB se reuniu para discutir o rompimento com o governo, mas adiou a decisão. O PSDB tem, hoje, dois principais pré-candidatos à Presidência: o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria. Temer procurou Alckmin há duas semanas para pedir ao governador que desmobilizasse a debandada do PSDB de São Paulo. Alckmin tem trabalhado neste sentido.

Uso da máquina – Do deputado Sílvio Costa ao comentar as declarações do presidente Temer de que só sairá da Presidência morto. “Em verdadeira afronta aos mais de 207 milhões de brasileiros, Temer tem usado a máquina pública de forma descarada tentando permanecer no cargo, com o claro objetivo de continuar com o foro privilegiado. É lamentável ler na imprensa que deputados pernambucanos, pelos quais tenho apreço, ainda estejam protegendo este ilegítimo presidente da República. Não cabe a Temer, como a ninguém, usar o cargo para atender a interesses não republicanos, nem buscar numa maioria fisiológica a legitimidade para aprovar projetos que afetam o futuro do País”.

Reação natural – De passagem, ontem, pelo Recife, na condição de candidato a Procurador-Geral da República, em eleição marcada para este mês, o Sub-Procurador-Geral da República, Carlos Frederico Santos, considerou extremamente natural o posicionamento do presidente Michel Temer (PMDB) de que não nomeará o mais votado dos procuradores na lista tríplice que a ele será entregue para escolher o sucessor de Rodrigo Janot. “Se ele escolhesse o primeiro não teria importância a sua participação no processo de escolha do procurador-geral”, disse, para acrescentar: “É por isso que é ao presidente da República é oferecida uma lista com três nomes”.

CURTAS

TACAIMBÓ – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal referendou decisão proferida pelo Ministro Luiz Fux, negando provimento ao agravo em recurso extraordinário apresentado pela União, garantindo ao Município de Tacaimbó, no Agreste, o direito à regularidade previdenciária, afastando as exigências previstas na Lei 9.717/98. De acordo com o advogado Pedro Melchior de Melo Barros, a Suprema Corte agiu acertadamente ao manter as decisões preferidas pela justiça federal pernambucana.

PETROLINA – O ministro (em exercício) da Agricultura, Eumar Novacki, será recebido pelo prefeito Miguel Coelho em Petrolina, hoje, para anunciar um pacote de ações para o fortalecimento da produção rural no município. Serão assinados convênios para a reforma do matadouro, fornecimento de duas mil toneladas de milho aos agricultores da cidade, além da compra de máquinas para limpeza de barragens e manutenção de estradas.

Perguntar não ofende: Depois da negativa de Temer, morreu a polêmica em relação à espionagem da Abin sobre a vida de Fachin?

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) vai apresentar, neste sábado (11), o planejamento para a atuação do seu mandato legislativo para o ano de 2017. O evento, que é aberto ao público, será às 14h, no Centro Social da Soledade, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O encontro contará com a participação do deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

De acordo com o psolista, as ações do mandato dele este ano terão como base dez temas: educação, saúde, segurança pública, meio ambiente, LGBTTI, negros e negras, mulheres, mobilidade e moradia, finanças públicas e cultura.

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Cada núcleo temático tem um coordenador designado pelo gabinete do parlamentar. Os grupos, segundo ele, são colaborativos e participativos, permitindo que os integrantes opinem nos pareceres de Projetos de Lei (PLs), além de também participar da elaboração de PLs e emendas em suas respectivas áreas. Os grupos ainda podem indicar a realização de audiências públicas. 

Emendas

O mandato do parlamentar possui emendas orçamentárias impositivas, ou seja, emendas que o Governo do Estado é obrigado a executar. Por isso, o planejamento do psolista definiu, que, para cada emenda prevista - um pouco mais de 30, contando com os passivos de 2015 e 2016 -, fosse criado um Grupo de Trabalho (GT) para atuar na organização e fiscalização delas.

Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (8), Daniel Coelho (PSDB-PE) defendeu a discussão das reformas da previdência e tributária no Congresso Nacional, para “quebrar privilégios” e “discutir as injustiças”. As duas matérias serão prioridade no Legislativo e tem grande interesse do governo na aprovação.

O tucano reconheceu que a previdência precisa ser rediscutida, mas não dá forma como está sendo proposta pelo governo.  “A questão da previdência precisa ser discutida e não é com demagogia. É entendendo que modificações têm que ser feitas sim, mas não para fazer o andar debaixo pagar”, destacou.

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“Se você fizer a conta, a previdência não quebrou por conta daquele trabalhador que ganha um, dois salários mínimos, que é a parcela majoritária da população. Quebrou porque existem brasileiros que se acham mais brasileiros que os outros, começando, inclusive, por coisas que acontecem aqui no Poder Legislativo. Temos que quebrar privilégios e fazer com que todos, efetivamente todos, sejam igual perante a lei”, defendeu.

Sobre a reforma tributária, que já tem uma comissão especial para debater esse tema na Câmara, Daniel acredita que é preciso “discutir injustiças” e a utilização do dinheiro, que, segundo ele, é mal empregado. “Precisamos discutir, inclusive, a sua distribuição com os entes federativos, estados e municípios”.

Crítica

O deputado também criticou a reforma ministerial do governo do presidente Michel Temer, que resultou no aumento no número de pastas. “Mantendo a coerência daquilo que disse por diversas vezes nessa tribuna, quando fazia oposição ao governo do PT, acho equivocada a atual medida do governo em ampliar o seu número de ministérios. Na saída de Dilma o número foi reduzido, mas a gente percebe que esse número volta a aumentar”.

Para ele, a medida não é a mais indicada. “O que a gente precisa, sim, é a discussão de um Estado menor, mais enxuto, mas acima de tudo, mais eficiente. A prioridade está na prestação de serviços, na educação, na saúde, na segurança e não nas áreas meio de governo, que terminam atendendo muito mais à política e aos políticos do que à sociedade brasileira”, ressaltou.

Daniel também recriminou a discussão política entre partidos de direita e esquerda. “Me entristece ver um debate político reduzido a uma polarização de extremos que não leva o Brasil a solução. De um lado, nós temos uma esquerda atrasada, antiga, com propostas completamente ultrapassadas, de uma ocupação do estado, de uma defesa de corporativismo que levaram o Brasil à quebradeira atual. E do outro, temos também uma direita radical, que se encontra com essa esquerda radical no sentido de defender esses mesmos corporativismos e não enfrentar as reformas necessárias para o Brasil avançar”, comparou.

“O grande desafio do país neste momento é buscar unidade e é assim que conduzirei no ano de 2017 esse nosso mandato”, anunciou.

Em mensagem encaminhada aos deputados e senadores na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o presidente Michel Temer fez um apelo aos parlamentares para que o Brasil supere a crise classificada por ele de “múltiplas dimensões”. Na mensagem, Temer diz que o Legislativo tem sido “protagonista” na recuperação do país, que, segundo ele, “agora tem um rumo”.

“Expor a conjuntura que herdamos não comporta meias-palavras: o Brasil atravessa uma crise. Porém, se isso é verdade, não é menos verdade que nosso país agora tem rumo. Rumo que, como não pode deixar de ser numa democracia, vem sendo construído com os esforços de todos. Vem sendo construído com diálogo franco, aberto, desarmado, livre de preconceitos e de dogmatismos. Esse é o método de nosso governo”, escreveu o presidente.

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A mensagem, entregue ao novo presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi lida pelo segundo-secretário do Congresso, deputado Gladson Cameli (PP-AC). Na mensagem, o presidente diz que o Poder Legislativo “foi, é e continuará a ser protagonista da obra coletiva que é a recuperação do Brasil”.

De acordo com Temer, a palavra “crise” é inevitável para expor a realidade da situação brasileira no momento, mas o “caminho para o futuro” tem como palavra-chave a palavra “reforma”. Ele citou que há diferentes dimensões da crise: econômica, com retração do Produto Interno Bruto (PIB); social, com desemprego de milhões de brasileiros; e política, com clamores sociais por “mais padrões éticos na vida pública”.

“A crise tem múltiplas dimensões – mas o Brasil é maior que todas elas. Nosso passado mostra que sabemos caminhar juntos, para além de diferenças conjunturais. A nossa é uma história de superação. Se, ao expormos a situação do Brasil, a palavra crise é inevitável, ao apresentarmos o caminho para o futuro, o termo-chave é reforma. É hora de encarar sem rodeios as grandes reformas de que o Brasil precisa”, afirmou.

O espaço feminino do Legislativo pode ser ampliado caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2015, que reserva 30% das vagas na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais para as mulheres, seja aprovada pelo Congresso. O texto, que está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, é de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Originalmente, a PEC estabelecia uma transição entre o atual modelo de composição das Casas e a paridade dos gêneros. Na primeira eleição após a promulgação da emenda, seriam reservadas pelo menos 30% das vagas para mulheres. Esse número seria aumentado em cinco pontos percentuais a cada eleição, até chegar aos 50%.  

Entretanto, a relatora do texto na CCJ, senadora Simone Tebet (PMDB-MS), decidiu acatar emenda do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que estabelece a reserva de 30% das vagas para mulheres, sem regra de transição. Para ela, é uma maneira de aumentar as chances de aprovação do texto, sem deixar de lutar por mais progressos no futuro.

Retrato da população

Para Vanessa Grazziotin, a maior participação feminina na política fortalece o parlamento porque o torna um retrato mais fiel da população. Na época em que o projeto foi apresentado, o percentual de mulheres na Câmara e no Senado era de 10% e 16%, respectivamente.

"As mulheres brasileiras constituem a maior parte da população. Somos a maioria também no eleitorado. No entanto, nossa presença na Câmara dos Deputados e no Senado Federal não reflete nem nossa importância na população, nem nossa relevância socioeconômica", argumentou a senadora ao defender a proposta.

Se aprovado na CCJ, o texto terá de ser votado em dois turnos pelo Plenário do Senado, antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

A emenda ao pacote de medidas contra a corrupção prevendo punição aos juízes e membros do Ministério Público por abuso de autoridade, aprovada pela Câmara dos Deputados, gerou uma crise de poderes entre o Legislativo e o Judiciário.  A mudança foi feita logo após a aprovação do texto-base do projeto e acabou aprovada por 313 votos favoráveis e 132 contrários. 

A proposta da discórdia foi apresentada pela bancada do PDT e lista as situações em que juízes e promotores poderão ser processados por abuso de autoridade, com pena de seis meses a dois anos de reclusão. A legislação atual já prevê o crime de abuso de autoridade, mas é mais genérica.

Entre as condutas que passariam a ser crime estaria a apresentação pelo MP de ação de improbidade administrativa contra agente público "de maneira temerária". Nesse caso, além de prisão, os promotores também estariam sujeitos a indenizar o denunciado por danos materiais e morais ou à imagem que tiver provocado.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, não gostou. Divulgou uma nota em que lamenta a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do crime de abuso de autoridade para juízes e procuradores. "A presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministra Cármen Lúcia, reafirma seu integral respeito ao princípio da separação dos poderes”, diz a nota.

E acrescenta: ”Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário". Cármen Lúcia destacou que o estatuto constitucional da magistratura já prevê a responsabilização de juízes por seus atos e que a democracia depende de poderes fortes e independentes. 

Ela afirmou que o Judiciário "vem cumprindo seu papel" constitucional como guardião da Constituição e da democracia. "Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá calar a Justiça", destacou a ministra.

ATERRORIZAR– A emenda teve o apoio da maior parte das legendas. Apenas PPS, PSOL, Rede e PV orientaram as suas bancadas para que barrassem a medida. O PSDB, DEM, PROS e PHS liberaram seus deputados para que votassem como quisessem. A força-tarefa da Lava Jato chegou a divulgar uma nota condenando. A punição à categoria foi classificada como uma "tentativa de aterrorizar procuradores, promotores e juízes em seu legítimo exercício da atividade de investigação, processamento e julgamento de crimes, especialmente daqueles praticados nas mais altas esferas de poder".

Dando explicações– Incluído entre os senadores que contrariaram o Ministério Público, votando favorável a uma proposta encampada por Renan Calheiros, Fernando Bezerra teve que se explicar. “O projeto do Senado é, na minha avaliação, mais técnico e razoável. Vivemos tempos em que a população clama pelos fins dos privilégios. Em um Estado de Direito onde não se pode conceber a existência de castas que não respondem pelos seus próprios atos e não estão sujeitas a qualquer controle. Por tudo isso, é preciso deixar claro que não se quer punir o exercício da autoridade ou do poder; e, sim, os abusos praticados por autoridades públicas, sejam elas de qualquer um dos Poderes da República”, afirmou. 

Aumento imoral – Com o vergonhoso aumento aprovado, ontem, pela Câmara de Surubim, o salário da prefeita eleita Ana Célia (PSB) passará dos atuais R$ 15 mil, pagos ao prefeito, Túlio Vieira (PT), para R$ 24 mil a partir do próximo ano. O do vice-prefeito sai de R$ 7,5 mil para R$ 12 mil. Já os secretários municipais, que recebiam R$ 4.000,00 (quatro mil reais), passam a embolsar R$ 6 mil. Em tempos de crise braba, um acinte! 

Unanimidade tucana – Em nota nas redes sociais, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, reafirmou, ontem, que o partido votou, unanimemente, contra a urgência na votação das medidas contra a corrupção no Senado. “Tem uma grande mentira circulando hoje na internet e que precisa ser rebatida com toda veemência, dando conta de que o PSDB articulou a votação da urgência daquelas medidas anticorrupção, aprovada na Câmara dos Deputados, e que eu próprio havia me manifestado a favor dessa urgência”, disse o tucano.

Condenação em Santa Cruz- O ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, José Augusto Maia (PTN), foi condenado à prisão pelo juiz criminal Danilo Félix por envolvimento no escândalo da merenda, ocorrido em sua gestão. Também estão implicados o ex-vice-prefeito e atual vereador Zé Elias, seu filho José Alexsandro e os ex-servidores públicos Gislaine Ramos de Araújo e Severino Manoel de França, segundo antecipou o blog de Ney Lima. A decisão ainda não foi publicada pela Justiça e os réus devem recorrer ao Tribunal de Justiça de Pernambuco em liberdade. Os produtos usados na merenda foram adquiridos através de licitações viciadas. 

CURTAS 

HOMENAGEM- A medalha Olavo Bilac foi entregue, ontem, a prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), durante a cerimônia de desativação da 10ª Delegacia do Serviço Militar do Exército. Instalada desde 1966, a delegacia foi extinta por causa do sistema de alistamento online e da criação dos Postos de Recrutamento e Mobilização (PRM) nas cidades do Recife, Garanhuns e Petrolina, que começam a funcionar no próximo ano.

FRAUDE– Levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), divulgado, ontem, aponta que 7.961 servidores públicos eram beneficiários do programa Bolsa Família de forma irregular. Em alguns casos, os funcionários declaravam uma renda inferior a que tinham para se adequarem ao cadastro do programa.

Perguntar não ofende: Quem vai ganhar a contenda entre o Legislativo e o Judiciário?

O presidente Michel Temer editou decreto para abrir crédito suplementar de R$ 1,8 bilhão em favor de diversos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, da Defensoria Pública da União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público.

De acordo com o decreto, "os recursos necessários à abertura do crédito decorrem de anulação parcial de dotações orçamentárias" das respectivas áreas. O detalhamento da aplicação dos valores está disponível na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, dia 25.

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Teve início no final da manhã desta segunda-feira (10) a sessão em que deve ser votada a PEC do Teto dos Gastos. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que a matéria será aprovada, em primeiro turno, com até 380 votos. São necessários pelo menos 308 votos para aprovar uma mudança na Constituição Federal.

Até o momento, os líderes parlamentares estão convocando os deputados para que seja alcançado quórum para dar início à Ordem do Dia.

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Mais cedo, o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), apresentou um requerimento para derrubar a exigência de intervalo de duas sessões entre a aprovação da PEC na comissão especial e a votação no plenário, em primeiro turno. O pedido de quebra de interstício será apreciado pelos deputados assim que o quórum for atingido.

Polêmica

O texto que será votado é o substitutivo do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). O relator disse que o governo "está seguro da aprovação". A PEC limita, por 20 anos, os gastos federais ao orçamento do ano anterior corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nesse domingo (9), o presidente Michel Temer reuniu os deputados no Palácio da Alvorada, em Brasília, para defender a PEC e garantir que haja quórum para votação, além de afinar o discurso da base governista. Na ocasião, o peemedebista atacou a Procuradoria-Geral da República, que na sexta-feira considerou "inconstitucional" a Proposta de Emenda Constitucional.

Perondi acredita que o parecer da PGR não irá interferir na votação na Câmara. "O que mais está havendo pressão é das corporações egoístas e opulentas", disse ele ao Broadcast do Estadão Conteúdo, ao referir-se à cláusula que prevê o congelamento de salários de servidores em caso de descumprimento do teto.

A oposição critica a matéria, por considerar que ela prejudica os gastos sociais e diminui a presença do Estado em áreas como saúde e educação públicas ao desconsiderar pisos de aplicação mínima. “Isso é um crime”, disse o deputado Zé Geraldo (PT-PA), durante a sessão desta segunda.

Os salários de início de carreira no Judiciário e no Legislativo federal são ainda maiores do que nos cargos do Executivo. Levantamento feito pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com dados do Ministério do Planejamento evidencia essas disparidades: enquanto a remuneração básica inicial no Executivo dificilmente ultrapassa os R$ 20 mil mensais, no Judiciário e no Legislativo esse valor serve praticamente de piso.

Um professor do serviço público federal ganha R$ 6,27 mil ao passar no concurso, enquanto um analista da Câmara dos Deputados começa recebendo um salário de R$ 21,5 mil por mês. Um auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), que é uma das carreiras mais cobiçadas pelos "concurseiros", recebe no início da carreira R$ 18,89 mil. Já um auditor fiscal da Receita Federal tem salário de início de carreira de R$ 15,74 mil.

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O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita, Claudio Damasceno, diz que a diferença da remuneração inicial entre as carreiras com os demais Poderes está tirando a atratividade histórica dos cargos da Receita Federal. "Está havendo um êxodo de servidores para outras carreiras de menor complexidade do que a Receita", disse.

Damasceno cita os casos do TCU e demais carreiras do Judiciário e lembra que, em 2010, pela primeira vez, um concurso público para cargos no Fisco não preencheu todas as vagas. Na Receita, um servidor leva 18 anos para receber a remuneração máxima e passa por 13 níveis. Em relação à intenção do governo de reduzir os salários iniciais, ele disse que os vencimentos iniciais na Receita não são tão elevados e que, se esse estudo for levado à frente, não deverá afetar a categoria.

Administração

Em cargos da área de administrativa, que não representam a atividade-fim, o quadro é semelhante: enquanto um funcionário de Ministério recebe de R$ 5,45 mil a R$ 8,48 mil, um servidor administrativo de uma agência reguladora ganha de R$ 13,15 mil a R$ 18,63 mil.

Na Câmara, as remunerações para a área administrativa são ainda maiores, de R$ 21,5 mil a R$ 27,43 mil. No Senado, ficam entre R$ 22,52 mil e R$ 25,53 mil. São valores que, no caso do Executivo, apenas funcionários das chamadas atividades-fim que estão no final da carreira conseguem receber.

O levantamento mostra ainda que os servidores do Judiciário têm os salários mais elevados em relação aos outros dois Poderes. Os magistrados e procuradores têm remuneração básica, sem os adicionais, de R$ 28,95 mil. O valor é só um pouco maior do que a remuneração de final de carreira de um servidor da área administrativa da Câmara Federal.

Para bancar todos esses salários, que ainda terão reajustes até 2019, o governo teve de abrir uma brecha no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um teto de gastos. Pela regra geral, todos os Poderes, à exceção do Executivo, já ultrapassariam o limite de despesas na largada. Mas o substitutivo prevê que o Executivo poderá compensar o excedente nos primeiros três anos, a partir da contenção das demais despesas para bancar os aumentos.

Disparidade entre setor público e privado é grande

Os salários da iniciativa privada ficam muito abaixo da remuneração dos servidores em algumas profissões. Uma pesquisa feito com base em dados da Catho, empresa de recrutamento e seleção, mostra uma disparidade grande entre a esfera pública e privada. Enquanto um professor ganha entre R$ 6,27 mil e R$ 18 mil no funcionalismo público, o setor privado paga, em média, cerca de R$ 1,82 mil. Um professor de matemática, por exemplo, ganha R$ 2,03 mil.

O mesmo ocorre na área da saúde. Enquanto um perito médico previdenciário ganha entre R$ 11,38 mil e R$ 16,22 mil, um médico-cirurgião ganha, em média, quase R$ 7,11 mil na iniciativa privada. Outro profissional cuja diferença de renda é brutal é o advogado. Na União, o salário desse profissional fica entre R$ 18,28 mil e R$ 23,76 mil. No setor privado, na média, recebem R$ 2,92 mil; se for criminalista, o valor sobe para R$ 3,11 mil e tributarista, R$ 3,56 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o fim do primeiro turno das eleições municipais, o Congresso Nacional retoma as atividades nesta semana, após uma pausa para que os parlamentares se dedicassem às campanhas nos estados. Após as urnas, o foco deverá ser dado à conclusão da votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2017.

A sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado está marcada para esta terça-feira (4). A expectativa é de que seja concluída a análise da LDO 2017, com a votação de três destaques que ficaram pendentes. O texto principal foi aprovado em agosto. A LDO autoriza o governo a elaborar o orçamento para o ano seguinte e traça as regras para o uso dos recursos.

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Entre os destaques a serem votados está um que retira a autorização do Executivo de remanejar até 20% dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sem que seja exigida a autorização do Congresso Nacional. Os outros dois tratam da autorização de bloqueio de recursos destinados à área de ciência e tecnologia.

Outras matérias

Também estão pendentes vetos presidenciais a projetos aprovados pelo Legislativo. Entre eles, estão reajustes salariais para diversas categorias do funcionalismo público e a proibição de ampliar para 100% a possibilidade de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras.

Após a votação dos vetos, a pauta estará liberada para a análise de projetos de lei. Como o que libera recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação (MEC), sendo R$ 702 milhões para o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e R$ 400 milhões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Após o recesso branco, o Congresso Nacional retoma nesta semana as atividades legislativas. Com matérias importantes e polêmicas aguardando análise nas duas casas, deputados e senadores irão se dividir entre as votações e as campanhas eleitorais nos municípios. A expectativa é de que sejam realizados esforços concentrados para que os parlamentares possam estar mais presentes no apoio aos aliados, embora as lideranças partidárias falem em garantir a produtividade.

Na Câmara dos Deputados, o Colégio de Líderes irá se reunir nesta segunda-feira (1º) para definir a pauta do plenário. Entre os textos que deverão ser analisados está o projeto de lei que trata da renegociação das dívidas dos estados, que tramita em regime de urgência e está pronto para ser analisado.

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A proposta, já acordada com o presidente em exercício Michel Temer, permite a prorrogação do pagamento das dívidas dos estados com a União por mais 20 anos. Por outro lado, os governos estaduais e distrital terão que reduzir as despesas com pessoas e com incentivos fiscais. “É um projeto muito importante porque garante o acordo com os governadores. Todos os estados têm interesse porque a situação da maioria deles é ruim”, frisou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ainda na agenda econômica, os deputados deverão apreciar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos. A expectativa é de que a tramitação seja concluída até novembro. "Temos toda a condição de entrar no mês de outubro com a comissão especial votando a proposta. E durante o mês de novembro, no máximo, votar no plenário", disse Maia.

O pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também está na lista para apreciação e deve ir à votação a partir da próxima semana.

Os deputados irão retomar ainda a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O texto base foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no dia 14 de julho, mas há destaques pendentes. Um acordo entre os líderes do colegiado garantiu a votação nesta terça-feira (2), mesmo dia em que a LDO será levada ao plenário do Congresso Nacional.

No Senado, além do processo de impeachment, os senadores deverão decidir sobre três reajustes salariais que continuam pendentes: o que aumenta o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o do procurador-geral da República e do defensor público-geral da União. Os projetos da chamada Agenda Brasil também deverão ter prioridade na pauta do plenário, como a Lei das Agências Reguladoras, que ainda passa por discussão na Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional.

Outra matéria que terá prioridade é a da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), já aprovada pelos deputados. A proposta permitirá ao Executivo continuar a usar livremente até 30% da arrecadação federal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (27) que a prioridade nas votações da Casa é a agenda econômica do governo. Maia se reuniu nesta quarta-feira com o ministro Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda.

Entre os assuntos discutidos, os destaques foram a proposta de emenda constitucional que estabelece o limite para o crescimento dos gastos públicos e a Lei de Repatriação. O presidente da Câmara disse ainda que o processo eleitoral deste ano não poderá atrapalhar as votações na Casa.

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“O processo eleitoral não deve e não pode atrasar a responsabilidade que tem tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo. A responsabilidade é daqueles que estão revestidos de mandatos e cargos para colaborar com o Brasil. Então, a Câmara vai trabalhar, precisa trabalhar e temos prioridade na agenda econômica apresentada pelo governo Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles”, afirmou ao deixar o encontro.

Dívida dos estados

Rodrigo Maia disse esperar que o prejeto de lei que trata da dívida dos estados seja votado na primeira semana de agosto. Segundo ele, o tema é prioritário porque estabelece limites importantes de aumento de despesas para os governos. “Com o objetivo atingido, vamos poder voltar para nossos estados para as eleições com o dever cumprido”, destacou.

O presidente da Câmara acrescentou que, após a votação da renegociação da dívida dos estados, a pauta deverá ser liberada para outros temas, entre eles a proposta de mudanças na exploração do pré-sal, que, segundo ele, pode “desde já garantir ao Brasil investimentos privados no setor de petróleo”.

Sobre a PEC do teto de gastos, Maia disse que a proposta tem um cronograma bastante factível. "Temos toda condição de entrar no mês de outubro com a comissão especial votando a proposta e durante o mês de novembro, no máximo, votar a matéria em plenário”, concluiu Maia.

Com clima mais ameno em comparação com o primeiro semestre parlamentar, a Câmara dos Deputados e o Senado adotarão uma agenda conjunta feita em consenso com o Palácio do Planalto. O objetivo é votar matérias que permitam ao país enfrentar a crise econômica. Além disso, o impeachment continuará no centro das atenções após o recesso branco.

Na semana passada, o presidente em exercício Michel Temer reuniu-se com os presidentes das duas casas, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), para acertar uma pauta consensual. Com ânimos menos exaltados, o governo não deve encontrar tanta resistência às matérias de interesse. Com as eleições municipais, a expectativa é de que os dias de votações no Congresso sejam alterados, mas as lideranças partidárias querem garantir a produtividade.

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Uma das matérias que terão prioridade é a da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), já aprovada pelos deputados. A proposta permitirá ao Executivo continuar a usar livremente até 30% da arrecadação federal.

Câmara - Em agosto, os deputados irão retomar a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O texto base foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no último dia 14, mas há destaques pendentes. Um acordo entre os líderes do colegiado garantiu a votação no dia 2 de agosto, mesmo dia em que a LDO será levada ao plenário do Congresso Nacional.

O Colégio de Líderes irá se reunir na próxima segunda-feira (1º) para definir a pauta do plenário. Entre os textos que deverão ser analisados está o projeto de lei que trata da renegociação das dívidas dos estados, além de medidas provisórias. O pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também está na lista para apreciação e deve ir à votação a partir da segunda semana de agosto.

Senado - Além do processo de impeachment, os senadores deverão decidir em agosto três reajustes salariais que continuam pendentes: o que aumenta o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o do procurador-geral da República e do defensor público-geral da União. Os projetos da chamada Agenda Brasil também deverão ter prioridade na pauta do plenário, como a Lei das Agências Reguladoras, que ainda passa por discussão na Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional.

Legisladores franceses aprovaram nesta quarta-feira o aumento do estado de exceção no país por mais seis meses, enquanto funcionários de Paris cancelaram alguns eventos em razão de problemas de segurança.

A decisão foi tomada na esteira do atentado que deixou 84 mortos em Nice, no sul da França, quando um caminhão avançou sobre uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha, na semana passada.

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A Assembleia Nacional francesa votou pela extensão do estado de exceção declarado após os ataques de 13 novembro, atribuídos ao Estado Islâmico, que deixaram 130 mortos em Paris. O Senado aprovou a extensão horas depois. Fonte: Associated Press.

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