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A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi obrigado a falar sobre o meio ambiente em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), mas tem aversão ao tema. 

Em entrevista ao UOL, Marina disse que a realidade da Floresta Amazônica é bem diferente do que o apresentado pelo mandatário. Ele falou na ONU que "dois terços da Floresta Amazônica permanecem com vegetação nativa, que se encontra como estava quando o Brasil foi descoberto em 1500". 

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A ex-ministra do Meio Ambiente salientou que Bolsonaro "não consegue ficar sem mentir" e que o chefe do Executivo brasileiro distorceu os dados ao se referir a vegetação nativa.

"A Amazônia já tem quase 20% da área desmatada e uma grande quantidade de áreas de floresta que estão degradadas. Uma coisa é o corte raso, outra é a degradação, quando você faz o corte seletivo, tira árvores nobres e deixa a floresta empobrecida. Ele pega o corte raso, faz comparações e desconhece outras formas de destruição da floresta, como essas áreas degradáveis, que não teve corte raso, mas teve corte seletivo de madeira. Essa floresta fica suscetível a incêndios criminosos que propositadamente são feitos a cada ano para depois avançar sobre essas áreas", revelou.

Marina, que disputa uma vaga ao Congresso pelo Estado de São Paulo, acentua que o presidente Jair Bolsonaro "não tem nenhuma credibilidade sobre o tema" e que foi "obrigado a falar de meio ambiente porque é um tema que se torna cada vez mais relevante" e que no Brasil "entra no debate eleitoral".

E é importante na decisão de voto de pessoas, inclusive do agronegócio que não quer ver seu investimento associado à violência contra indígenas, queimadas e destruição ambiental. Bolsonaro foi obrigado a falar de meio ambiente, tema sobre o qual tem total ojeriza", analisou.

Oito anos depois de apoiar Aécio Neves (PSDB) no 2° turno da campanha presidencial, a ex-ministra Marina Silva, que disputa uma vaga de deputada federal em São Paulo pela Rede, anunciou, na segunda-feira, que se engajaria na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Marina já fazia campanha colada em Fernando Haddad (PT), candidato ao governo. A ideia é ajudar a reduzir o antipetismo em parte da classe média, especialmente no interior, e também entre evangélicos.

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Ao Estadão, Marina disse que relevou os ataques do PT e que as pesquisas mostram que o eleitorado de Lula hoje é muito maior que a esquerda ou direita.

Em 2014, a sra. foi muito atacada pela campanha da presidente Dilma e o PT. A sra. Relevou?

O tema relevar é o gesto que aconteceu na segunda-feira. Após uma conversa de duas horas em caráter individual houve um compromisso público e transparente em cima de um documento que está sendo reconhecido no mundo inteiro como uma agenda estratégica para tirar o Brasil da condição de pária ambiental. Isso é olhar de baixo pra cima para ver o que está acima de nós. É isso que importa. Quando a banalização do mal ameaça o tecido social, homens e mulheres precisam defender a democracia e depois tratar de suas diferenças. Existem coisas acima de nós. Acima de mim está a democracia, a proteção da Amazônia e a pobreza.

Como a sra., que é evangélica, explica a resistência dos evangélicos a Lula e apoio a Bolsonaro?

Silas Malafaia já esteve com o presidente Lula e com José Serra. Comigo ele nunca esteve. Lideranças como Marcos Feliciano, Magno Malta, Renê Terranova e Bispo Manoel Ferreira já estiveram com Lula e Dilma. Esse papo de que Lula vai fechar igrejas não é verdade. Sou cristã evangélica da Assembleia de Deus e nunca instrumentalizei a fé nem as igrejas em minhas campanhas.

Esse é o momento de defender o voto útil para tentar evitar que tenha 2° turno?

Esse é o momento de mobilizar a sociedade para derrotar Bolsonaro. Temos que nos dirigir aos cidadãos donos de seu voto. Nesse momento difícil da história do Brasil a gente percebe o que Hannah Arendt chama de banalização do mal, contaminando e degradando o tecido social brasileiro. Os homens e mulheres que defendem a democracia têm que se juntar para preservá-la. Fiz o gesto de uma recomposição política e programática. Acredito que o presidente Lula é quem reúne as melhores condições de ajudar o Brasil a derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, que é a banalização do mal.

Em 2018 a sra. foi vítima do voto útil. Neste ano avalia que é necessário?

Em 2018, de fato, isso aconteceu, mas foi uma decisão das pessoas. Não vi um movimento. Por isso eu insisto: vamos dialogar com as pessoas.

Como explica o fato de Bolsonaro levar tanta gente na rua e a dificuldade do campo de apoio a Lula em mobilizar como no passado?

A pontuação do Lula nas pesquisas é muito maior que o recorte de esquerda e direita. São muito mais os brasileiros que não querem a continuidade do Bolsonaro. Não sei fazer a comparação entre as métricas das ruas. O importante é que a métrica da ética, democracia, liberdade de expressão e direitos humanos vai prevalecer em legítima defesa do Brasil.

Após anunciar apoio público ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-ministra Marina Silva (Rede), que é evangélica, foi questionada sobre como atrair o voto desse segmento religioso ao ex-presidente. Ela respondeu que nunca fez "do púlpito um palanque ou do palanque um púlpito" e que o caminho é tratar todos "os brasileiros como cidadãos".

"O maior mandamento de Jesus é o mandamento do amor e é o que acho que deve ser sempre a orientação de quem professa a fé cristã. Qualquer coisa que leve para o caminho do ódio, do exclusivismo político ou religioso não é bom para a democracia, para as religiões e desrespeita a nossa Constituição", afirmou.

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Lula também afirmou que "a gente não pede voto por conta da religião". "Quando a gente sai à rua para trabalhar a campanha, a gente faz um programa para o País pensando no povo brasileiro. Não queremos saber de religião. Religião é muito sagrada, é uma coisa de cada um", reforçou.

O voto dos evangélicos tem sido uma preocupação do PT diante da vantagem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A campanha de Lula organiza um mutirão nas redes sociais e nas ruas para atrair o voto dos evangélicos indecisos e dar visibilidade aos religiosos que apoiam o ex-presidente.

Após a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT) anunciar apoio público ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, ambos falaram em atrair não apenas votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), mas também do presidente Jair Bolsonaro (PL) para vencer as eleições.

"Até a urna se fechar, não existe um voto fixo do Lula, um voto fixo do Ciro, da Simone ou de quem quer que seja. Que a gente possa ganhar muitos votos daqueles que não são bolsonaristas, mas estão iludidos com a ideia de que Bolsonaro possa ser uma alternativa ao País", afirmou Marina em coletiva de imprensa. Ela reforçou, no entanto, que vai tratar "com respeito" todas as outras candidaturas.

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Fora do microfone, Lula também reforçou a tese de atrair eleitores bolsonaristas. "Não é só o voto do Ciro e da Simone, é também voto dos que querem votar no Bolsonaro. Vamos ter que ganhar muito dele", disse.

A aproximação entre Lula e Marina era ensaiada desde o início do ano e é vista como um movimento do petista ao eleitor do Centro. Como mostrou a coluna do Jogo Político, além de fortalecer a campanha de Lula na discussão ambiental, a reaproximação do ex-presidente com Marina transmite a mensagem de colocar as divergências de lado e se aliar contra um adversário comum, fortalecendo a tese do voto útil - aposta do PT para vencer a disputa já no primeiro turno.

Após anos afastados por divergências políticas, Lula (PT) e sua ex-ministra, Marina Silva (Rede), se reuniram neste domingo (11). Durante duas horas, segundo o presidenciável, os dois falaram do passado e de propostas por um Brasil mais justo, que proteja o meio ambiente.

“Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei com Marina Silva. Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente”, postou Lula nas suas redes.

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O post rapidamente viralizou, atingindo mais de 40 mil curtidas em menos de 1h no Twitter e 195 mil no Instagram.

Marina também fez postagem falando sobre o encontro, respondendo a postagem do candidato do PT à presidência.

“Foi uma boa e necessária conversa onde pude apresentar propostas para um Brasil mais justo e sustentável”, resumiu a ex-ministra, que concorre ao cargo de deputada federal por São Paulo.

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O petista Fernando Haddad, pré-candidato ao governo de São Paulo, não desistiu de ter Marina Silva como parceira de chapa na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Apesar do anúncio desta semana de que a ex-ministra concorrerá a uma vaga de deputada federal pela Rede, Haddad mantém conversas com a expectativa de costurar a parceria. Segundo aliados, o petista acredita que a oficialização da candidatura à Câmara não emperra a articulação.

O ex-ministro conseguiu o apoio de parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a parceria. O diálogo com Marina tem fluído, segundo aliados do petista. Ele estará presente no sábado, em evento em São Paulo no qual a ex-ministra oficializa sua disputa à Câmara. O ato também formaliza a candidatura à reeleição da deputada estadual Marina Helou, defendida por integrantes da Rede como uma alternativa para a chapa com Haddad caso não prospere a parceria com Marina Silva.

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Haddad é um dos nomes mais próximos a Lula atualmente. O ex-presidente tem mantido como principais aliados na campanha deste ano aqueles que estiveram ao seu lado durante os quase 600 dias em que esteve preso em Curitiba. Haddad, que assumiu a candidatura do PT à presidência em 2018 diante da impossibilidade de Lula concorrer, é um deles. Ele tem acompanhado Lula em parte dos jantares reservados e fora da agenda que o ex-presidente mantém com empresários. Também articulou em sua casa, na última quarta-feira, um encontro do ex-presidente com reitores de universidades do Estado.

Questionado pelo Estadão se havia descartado a ideia de ter a ex-ministra como sua vice, Haddad desconversou. "Eu várias vezes respondi que eu só definiria a chapa completa quando eu tivesse a decisão final do PSB. Como isso está próximo de acontecer, em seguida vamos reunir partidos da federação e aqueles que já declararam apoio, inclusive a Rede, que já declarou apoio à minha candidatura oficialmente. Vamos sentar para completar a chapa, se o PSB vier a ocupar a vaga do Senado", disse Haddad, em entrevista coletiva em Guarulhos.

Ele aguarda a definição de Márcio França (PSB) para fazer movimentos formais que permitam selar a chapa. Até agora pré-candidato ao governo do Estado, França já indicou ao PT e à direção do PSB que irá abrir mão da candidatura e disputar o Senado na chapa com Haddad. Um vídeo divulgado por ele na quinta-feira, no entanto, no qual confirma a candidatura ao governo, irritou petistas e demais aliados na chapa. Desde a semana passada, França vem postergando, dia após dia, o anúncio da desistência, segundo integrantes da campanha de Lula.

Haddad tem evitado se posicionar publicamente sobre o perfil que busca como vice. Na mesma entrevista, disse que quanto mais aberto a ouvir aliados, mais bem sucedido será na formação da chapa. Nos bastidores, no entanto, o petista deixa claro que prefere um nome que acene para o centro e o ajude, portanto, a superar o antipetismo no interior paulista. Ele também tem preferência por uma mulher.

Marina é considerada por Haddad como a candidata ideal. Não só porque reúne os dois atributos, como porque é um nome de peso para a chapa e alguém com quem o petista tem boas relações. Em entrevista ao Roda Viva, na TV Cultura, Haddad afirmou que Marina é "uma personalidade necessária para o Brasil". A Rede prefere que a ex-ministra concorra como deputada federal, pois deve ser a principal puxadora de votos do partido.

A "solução-Marina" resolve também um impasse entre partidos aliados do PT. O PSOL cobra espaço na chapa do petista. O partido abriu mão de candidato à Presidência para apoiar Lula. No Estado, o partido desistiu de lançar Guilherme Boulos ao Palácio dos Bandeirantes em benefício de Haddad. Pelo acordo com Boulos, costurado por Lula, o PT apoiará o líder do movimento por moradia MTST à prefeitura em 2024. Mas o PSOL espera mais do que isso. O presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, tem cobrado que a legenda tenha espaço na chapa estadual - se não com a vaga ao Senado, como vice de Haddad.

A ex-ministra Marina Silva (Rede) confirmou, na manhã desta quarta-feira (29), que irá disputar a Câmara de Deputados pelo Estado de São Paulo nas eleições deste ano. Espera-se que Marina seja uma puxadora de votos e catapulte outros candidatos da Rede para o Congresso Nacional.

"Coloco-me ao lado de quem vai à luta para superar o atual momento, propondo-me a contribuir para que São Paulo tenha uma representação no Congresso que seja compatível com sua potência em recursos sociais, científicos, humanos, tecnológicos e financeiros", aponta Marina Silva.

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A ex-ministra assegura que a sua pré-candidatura pode "colaborar com o objetivo estratégico de mobilizar o Brasil para o grande desafio da reconstrução e construção de políticas públicas capazes de enfrentar o crescimento intolerável das desigualdades, recuperar a economia em bases sustentáveis e preparar o país para a urgente transição necessária para nos adaptarmos às mudanças climáticas".

Com a confirmação de Marina para a Câmara dos Deputados, acaba a esperança do pré-candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), de tê-la como sua vice.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira, 28, uma deferência à ex-ministra Marina Silva, de quem ele vem tentando se reaproximar. "Eu esperava que a Marina estivesse aqui", disse o petista, durante um ato político da Rede, em Brasília, de apoio à sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

A cerimônia foi organizada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz parte da coordenação da pré-campanha de Lula à Presidência, mas nem todos os integrantes da legenda aceitam subir no palanque com o petista. Além de Marina, a ex-senadora Heloísa Helena, uma das porta-vozes da Rede, também não foi ao ato. As duas deixaram o PT no passado após romperem com o ex-presidente durante o seu governo.

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"Eu, na verdade, esperava que a Marina estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga, é muito grande. Eu quero dizer para vocês que eu aprendi a gostar da Marina quando ela ainda era menina, lá no Estado do Acre", disse Lula. O petista ressaltou também que indicou a ex-colega de partido para ministra do Meio Ambiente em seu primeiro mandato.

Durante a cerimônia, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também citou Marina. "Da nossa parte, não tem mágoa nenhuma. Eu não sei se da parte dela. Mas eu acho que isso está sendo superado, é só uma questão de combinar mesmo uma conversa", afirmou a deputada. "Neste momento, é importante o apoio de todos os que defendem a democracia. Nós estamos fazendo um movimento para que essas pessoas estejam junto."

Marina foi filiada ao PT e ministra do Meio Ambiente de Lula, mas rompeu com o partido por discordâncias internas. Na campanha eleitoral de 2014, numa das vezes em que ela concorreu à Presidência, a estratégia usada pelo marqueteiro da então presidente Dilma Rousseff, João Santana, para barrar o crescimento da ex-ministra nas pesquisas foi considerada bastante agressiva e piorou a relação dela com o PT. Hoje, Santana integra a pré-campanha de Ciro Gomes (PDT).

Rede propõe a Lula acabar com o orçamento secreto e taxar grandes fortunas

Durante o ato político em Brasília, a Rede pediu a Lula que inclua em seu programa de governo uma proposta de reforma tributária com a criação de impostos sobre grandes fortunas e lucros e dividendos. O partido também sugeriu que o petista acabe com o orçamento secreto, caso vença a eleição de outubro para o Palácio do Planalto. Por meio do esquema, revelado pelo Estadão no ano passado, o governo Bolsonaro distribui verbas a aliados, sem transparência, em troca de apoio no Congresso.

Em documento apresentado a Lula nesta quinta-feira, a Rede fala em "fortalecer mecanismos de controle e fiscalização das emendas". O petista já disse que, se eleito, acabaria com orçamento secreto e chamou o atual Congresso de "o pior da história". A sigla também pediu que a distribuição de recursos do governo respeite critérios técnicos e a finalização de obras inacabadas.

Como mostrou o Estadão, apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. O esquema de "escolas fake" tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado.

A Rede também propõe a Lula uma reforma tributária "sustentável e progressista", que simplifique o sistema de tributos do País, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. A legenda sugere alíquotas entre 0,5% e 1% para o Imposto Sobre Grandes Fortunas, que incidiria sobre riqueza superior a R$ 10 milhões, além do fim da isenção tributária a lucros e dividendos de empresas.

O partido de Marina Silva ainda pede a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com distribuição de parte dos recursos arrecadados aos Estados e municípios com base em critérios sustentáveis. O partido fala também em estímulos tributários à geração de energia solar, eólica e proveniente de biomassa.

Apesar do ato com Lula, a Rede também decidiu liberar seus membros para endossar a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.

Marina Silva (Rede) voltou a mostrar sua preocupação com o atual governo e o classificou como a maior ameaça às instituições desde a redemocratização. Em entrevista ao Metrópoles, a ex-ministra do Meio Ambiente definiu o voto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) como um ato de legítima defesa.

De volta aos debates sobre a política nacional, Marina apontou que a postura de Bolsonaro empobrece a política. "Não adianta fazer uma despolitização já no primeiro turno, com uma guerra entre o bem e o mal", rebateu a associação feita pelo presidente em discurso.

Bolsonaro foi subestimado em 2018

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Para ela, a vitória do bolsonarismo foi um erro inesperado e não pode ser repetido em 2022. "Não se deve subestimar o bolsonarismo e Bolsonaro. Houve essa subestimação em 2018 por muitos agentes políticos, inclusive eu, que no início achava que ele não chegaria ao segundo turno. Não temos o direito de errar duas vezes. Agora é compreender que vivemos uma ameaça às instituições e à democracia, mais do que em qualquer outro momento após a redemocratização", avaliou.

Resultado da falta de compromisso

A ex-ministra de Estado acrescentou que o fortalecimento da ideologia representada pela figura do presidente é fruto da incapacidade política dos partidos mais influentes do passado e da falta de uma agenda programática consolidada para o país. 

“PT e PSDB ficaram tanto tempo no poder e não ampliaram e aprofundaram nossa democracia, e o que aparece [como resultado disso] é Bolsonaro. Não fomos capazes de institucionalizar políticas públicas para que elas não ficassem ao bel-prazer de quem está de ‘plantão’ no Palácio do Planalto”, apontou.

Apoio do PSOL para chegar ao Congresso

Com a candidatura quase certa como deputada federal, Marina fez mistério e expôs a vontade de continuar a estruturar a Rede nos bastidores da legenda.

“Estou fazendo uma reflexão que não é fácil. Eu não tinha no meu horizonte retornar ao Congresso Nacional, mas estou refletindo com muito senso de responsabilidade [...] o meu desejo é de continuar contribuindo na política institucional ou ainda sem mandato", comentou.

A pressão em torno da sua candidatura se dá pela necessidade do partido superar a cláusula de barreira e receber os recursos do Fundo Eleitoral. Uma das estratégias para atingir o coeficiente foi a federação com o PSOL.

A união foi considerada necessária pela líder da Rede, mas cada partido terá seus interesses preservados no Congresso, defendeu.

A Rede e o PSOL são partidos programáticos que têm pontos muito diferentes em termos de percepção. Trabalhamos com a ideia de que somos necessários na democracia para alcançar determinados objetivos em benefícios do país”, completou.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), criticou a aprovação do texto base do projeto de lei que muda as regras sobre o uso dos agrotóxicos no Brasil. Para ela, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está cumprindo a agenda da bancada da boiada.

Além disso, Marina disse em entrevista ao UOL que os partidos do centrão tomaram o lugar do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), está sendo "operador de todos os projetos do retrocesso, do desmonte da legalização ambiental e do cuidado com o meio ambiente e com a saúde pública".

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Na noite da quarta-feira (9), 301 deputados aprovaram o projeto de lei que fixa prazo para a obtenção de registro de agrotóxicos no Brasil; centraliza no Ministério da Agricultura as tarefas de fiscalização e análise desses produtos para uso agropecuário; e prevê a concessão de registro temporário se o prazo não for cumprido.

Marina Silva assevera que "ainda que seja feito o discurso da modernização, da ciência, na verdade, o que estão fazendo é tirar o Ibama e a Anvisa do processo de decisão em relação à liberação desses agrotóxicos".

Apesar de a Constituição Federal chamar esses produtos de "agrotóxicos", o relator Luiz Nishimori (PL) muda o termo na lei para "pesticidas".

Quando usados em florestas e em ambientes hídricos, os agrotóxicos passam a ser chamados pelo projeto de "produtos de controle ambiental" e seu registro caberá ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério do Meio Ambiente.

Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente e o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), continuam a emitir parecer para os procedimentos de registro ou mudança do agrotóxico, mas somente o órgão registrante, que é Ministério da Agricultura, poderá aplicar as penalidades e auditar empresas e institutos de pesquisa - tirando a força do Ibama da Anvisa.

Devido às mudanças aprovadas pelos deputados, o Projeto de Lei 6299/02, do Senado, volta à Casa para nova votação, que definirá o futuro do uso dos agrotóxicos no país.

O ex-governador do Ceará e pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, estaria trabalhando nos bastidores para convencer a ex-senadora Marina Silva (Rede) a ser vice na sua chapa. A informação foi divulgada pelo jornalista Gustavo Uribe, da CNN. A possibilidade fez com que o nome dos dois ficasse entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (7).

Marina e Ciro foram adversários nas eleições em 2018, mas segundo o jornalista, o pedetista vem articulando para tentar fechar o alinhamento com Marina. A líder da Rede Sustentabilidade, contudo, está firme na ideia de não disputar o Executivo Nacional. Em 2018 ela recebeu apenas 1% dos votos válidos.

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Durante passagem pelo Recife em dezembro, o senador Randolfe Rodrigues contou ao LeiaJá que que a prioridade para este ano é viabilizar a Rede na Câmara e, por isso, a ex-senadora Heloísa Helena e Marina Silva devem entrar na disputa como deputadas.

"Seria lamentável que o país com a maior floresta tropical do planeta não tivesse um partido ambientalista. Nosso sentido é fazer uma ampla bancada verde. É por isso que Heloísa deve ser candidata como deputada federal e acho que Marina tem que contribuir com isso também", sinalizou Randolfe na ocasião.

No Recife para a filiação de Túlio Gadêlha à Rede Sustentatilidade, nesse fim de semana, Heloísa Helena e o senador Randolfe Rodrigues comentaram sobre suas candidaturas nas eleições 2022. A ex-senadora deve concorrer à Câmara Federal com Marina Silva e o parlamentar ao Governo do Amapá.

Ventilado como possível representante da Rede à Presidência após se destacar na CPI da Covid, em entrevista ao LeiaJá, Randolfe salientou que deve abrir mão da candidatura majoritária para apoiar uma candidatura unificada de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

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"Mais importante que qualquer candidatura presidencial é juntarmos as formas democráticas para derrotamos o Bolsonaro, que representa o fascismo em nosso país", disse.

O senador traçou que a prioridade para 2022 é viabilizar a Rede na Câmara, por isso, a ex-senadora Heloísa Helena e Marina Silva devem entrar na disputa como deputadas.

"Seria lamentável que o país com a maior floresta tropical do planeta não tivesse um partido ambientalista. Nosso sentido é fazer uma ampla bancada verde. É por isso que Heloísa deve ser candidata como deputada federal e acho que Marina tem que contribuir com isso também", sinalizou Randolfe.

Marina participou do evento de forma remota, mas Heloísa confirmou a estretégia com nomes mais populares para ampliar o quadro da Rede no Congresso. "Todos nós temos que disponibilizar os nomes para juntar votos para a Rede. Então, eu defendo que Marina seja candidata, que eu seja candidata", assegurou.

Ela ainda indicou que o senador Randolfe deve se lançar ao Governo do Amapá. "Só devemos ter duas candidaturas ao Governo, que é Randolfe no Amapá e Audifax Barcelos no Espírito Santo".

A Rede só possui uma deputada federal, Joênia Wapichana (RR), e agora com Túlio, almeja eleger mais nove deputados no próximo ano.

"Qualquer analista político que nos olhar dirá que é uma tarefa impossível e eu sempre respondo que nossa vida sempre foi desafiar o impossível. Então todos nós vamos ser candidatos", avaliou Heloísa.

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Os “caciques” da Rede Sustentabilidade desembarcam em Pernambuco, neste sábado (18), para um ato de filiação de lideranças pernambucanas no partido. O senador Randolfe Rodrigues (AP) e ex-senadora Heloísa Helena participam do evento que terá a filiação do deputado federal Túlio Gadelha (PDT).

Estima-se que 30 candidatos irão preencher suas fichas para disputar as eleições de 2022 pelo partido que tem, como Porta-Vozes Nacionais, a ex-senadora Heloísa Helena e o Engenheiro Ambiental Wesley Diógenes. O ato acontecerá na Confederação das Associações Comerciais de Pernambuco, às 15h30.

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“Nós estamos em um partido que, por menor que seja no Congresso, estamos conseguindo atrair novos quadros pela nossa coerência, princípios e valores. Vai ser algo muito importante para o crescimento da Rede como um todo. Ter nossos grandes quadros no ato de sábado (18) mostra a importância que a executiva nacional vai dar para Pernambuco em 2022”, afirma Diógenes.

Para o deputado Túlio Gadelha, essa é uma sinalização importante para o seu futuro partidário.

“Nosso grupo político se movimenta com autonomia a partir da leitura que fazem do cenário político. A Rede é um partido fundamental para o Brasil, pelo programa, pela coerência, pelos quadros. Mas para continuar existindo, precisa ultrapassar a cláusula de barreiras em 2022. Em Pernambuco mais de mil pessoas estão se filiando. Essa é uma sinalização que iremos considerar em 2022”, diz.

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Com informações da assessoria

Depois de disputar à Presidência nas três últimas eleições (2010, 2014 e 2018), a ex-ministra Marina Silva (Rede) irá disputar uma vaga ao Legislativo como Senadora ou deputada nas eleições de 2022.

Dirigentes da Rede Sustentabilidade, partido criado por Marina, disseram ao Metrópoles que a decisão foi tomada por vontade da própria ex-ministra, que depois de receber apenas 1% dos votos em 2018, não deseja disputar a quarta o Palácio do Planalto pela quarta vez seguida.

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No entanto, a Rede quer que Marina Silva seja uma espécie de "puxadora de votos", para ajudar o partido a vencer a cláusula de barreira. Atualmente, a sigla só conta com a deputada federal Joenia Wapichana e os senadores Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou como "duplo escândalo" a divulgação de dados sobre o desmatamento na Amazônia após a realização da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-26. Os números, revelados na quinta-feira, 18, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registraram o maior índice de desmatamento do País dos últimos 15 anos na região.

"Na divulgação dos dados acumulados do desmatamento, pelo INPE, temos um duplo escândalo: 13.235 km2 de floresta destruída e também o fato de que tal dado foi escondido pelo ministro Joaquim Leite, enquanto acontecia a COP 26. Este é o maior desmatamento em 15 anos", criticou Marina em publicação nesta sexta-feira (19) no Twitter.

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O governo Bolsonaro tem sido acusado de segurar a divulgação dos dados para que ela não coincidisse com a data da COP-26, encerrada no último sábado (13). Chamou a atenção o fato de o documento do Inpe com os dados oficiais ter a data de 27 de outubro, mas ser divulgado só em 18 de novembro, ou seja, a informação só foi conhecida 22 dias após o documento ser elaborado e depois da conferência.

Segundo nota do sindicato dos servidores da área de Ciência e Tecnologia, o governo e a direção do Inpe teriam conhecimento dos dados desde meados de outubro, mas só agora houve aval para divulgação. Questionado sobre a diferença das datas, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, afirmou que só teve contato com os dados ontem.

A ex-ministra Marina Silva (Rede) classificou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda como cruel.

Para justificar o veto, Bolsonaro alegou que não houve indicação da fonte de financiamento do projeto. "Na estrutura do Estado há muitos programas de apoio às mulheres que poderiam acolher essa ação", salienta Marina.

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Distribuição dos absorventes

O projeto de Lei foi aprovado em amplo acordo no Congresso Nacional e tinha como proposta a distribuição dos absorventes para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de rua. 

Apesar da expectativa pela aprovação integral, Bolsonaro sancionou partes do PL e criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Contudo, vetou logo o 1º artigo referente ao repasse dos absorventes e o 3º que listava quatro categorias de beneficiárias, que seriam mulheres em vulnerabilidade social, estudantes da rede pública, reclusas em unidades socioeducativas e em presídios.

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Depois de receber 1% dos votos em 2018 na sua terceira tentativa de chegar à Presidência da República, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (Rede), de 63 anos, diz não ter planos de se lançar em uma nova disputa em 2022. Vivendo em isolamento social em Brasília, ela afirmou em entrevista por telefone ao Estadão que só saiu de casa uma vez desde o dia 1.º de março do ano passado, para ir ao médico.

Sua militância virtual, porém, segue intensa. Ela faz palestras - Marina pretende se aposentar como professora e abriu mão da aposentadoria como senadora - e lidera os debates do partido que criou, a Rede Sustentabilidade. Atualmente, a legenda elabora estratégias para sobreviver à cláusula de barreira no ano que vem.

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No precoce tabuleiro eleitoral que se formou, Marina sinaliza apoio a Ciro Gomes (PDT) como o mais forte para quebrar a polarização entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, embora diga que, antes de nomes, o mais importante é discutir projetos.

A sra. tem disposição para disputar uma nova eleição presidencial?

Não gosto de trabalhar com essas conjecturas. Depois de ter 1% dos votos numa eleição, e diante de tanta gente que teve um melhor desempenho, é difícil alguém fazer essa proposta. Principalmente prevalecendo esse critério de que se discute primeiro as métricas eleitorais, em termos de voto, e não métricas qualitativas, em termos de programa. A única coisa que posso dizer é que tenho me dedicado o tempo todo a construir o que é melhor para o Brasil. Tenho essa disposição para o diálogo. Não sou do tipo que acha que um bom projeto de país só funciona comigo.

 

Como tem sido a rotina da sra. na pandemia?

Estou em isolamento social desde o dia 1º de março do ano passado. Já tenho 63 anos. É de conhecimento público que sou uma pessoa hiperalérgica e asmática. Só tenho me comunicado com a minha filha que mora aqui do lado. Eles estão em isolamento também. Só saí do condomínio uma vez para ir ao médico.

 

Como avalia o cenário da pandemia no Brasil, que bate recorde de mortes, e a estratégia dos governadores?

Não há dúvida de que o Brasil está sendo avaliado como o país com o pior desempenho na condução das medidas de saúde em relação à pandemia. Isso se deve ao fato de o governo ter desistido de cuidar da população brasileira e pela politização, que transforma tudo em cálculo eleitoral. Se o cálculo eleitoral dissesse que fazer lockdown daria algum tipo de dividendo, era isso que teria sido feito. O governo federal, por sua vez, criou todas as dificuldades possíveis para se adquirir a vacina. A politização eleitoreira de um tema que tem a ver com a vida das pessoas é um atraso civilizatório. O negacionismo tem várias formas. Tem o ideológico e primitivo, que é colocado em palavras pelo presidente Bolsonaro, que lavou as mãos, e outro é o negacionismo disfarçado, que maquia o que a ciência está dizendo com uma ética de conveniência. Se não fosse o trabalho que a mídia tem feito, a sociedade brasileira estaria totalmente à deriva.

 

O PT já colocou o "bloco na rua" para 2022 com Fernando Haddad. No PSDB, João Doria já se movimenta como candidato e Bolsonaro trabalha abertamente pela reeleição. A Rede terá candidato ao Palácio do Planalto?

Há um erro no que está sendo feito. O Brasil vive um cenário de isolamento no âmbito nacional e agravamento da pandemia, mas se cria aqui o falso dilema de que o mais importante é discutir os nomes. O mais importante é discutir qual é o projeto. Eu participo de um campo do qual fazem parte PDT, PV, PSB, Rede e o Cidadania, que tem sido convidado. Há concordância que neste momento temos que adensar um projeto que leve os setores do campo da esquerda democrática, da centro-esquerda e progressistas a ter um projeto que recupere o Brasil para um percurso civilizatório coerente com o que é uma democracia ocidental. O Brasil não pode ficar trancado do lado de fora achando que pode queimar floresta.

 

Dentro desse coletivo partidário é possível chegar ao consenso em torno de um nome? Nestas legendas tem a sra. e o Ciro Gomes...

O Ciro já tem o nome dele colocado desde o início, o que é legítimo. O que estamos fazendo é um apelo ao campo da esquerda democrática não dogmática, da centro-esquerda, dos setores progressistas e de centro-direita que pensam em primeiro lugar no Brasil. É nesse lugar que estamos nos articulando, e com uma pessoa que tem uma experiência política, administrativa e de política nacional que já colocou seu nome, que é o Ciro Gomes. Ele está fazendo esse diálogo maior, que não é em torno do nome, mas do projeto. O pior dos mundos é criar a velha polarização que existia, entre PT e PSDB, e deixar o tempo todo o brasileiro em terceiro. Agora seria a velha polarização, mas entre Bolsonaro e Lula ou PT. Agora é o momento de a sociedade assumir o primeiro lugar. Tenho a tranquilidade de quem já perdeu três campanhas, já procurei dar uma contribuição.

 

Acredita então que Ciro pode liderar uma terceira via em 2022?

O Ciro Gomes tem legitimidade, competência e capacidade para se colocar, mas eu acho que ele próprio não está trabalhando com essa ideia de terceira via. Ele e todos nós buscamos a recuperação sustentável da economia brasileira, a dignidade humana, a defesa da democracia, da liberdade de expressão e das instituições. Queremos uma primeira via. E que nessa primeira via o Brasil seja capaz de colocar em primeiro lugar a saúde do seu povo.

Como avalia o nome do Luciano Huck para 2022? Ele tem conversado com a esquerda.

 

Numa democracia é legítimo que surjam nomes. Caberá ao debate democrático mostrar os compromissos, ideias, alinhamentos políticos e evitar que haja uma pulverização de tal forma que permita a continuidade daqueles que estão fazendo mal ao Brasil. É importante que surjam novas lideranças no cenário político. É importante que tenha surgido o nome do Luciano e que um jovem de sucesso como apresentador tenha a intenção de contribuir com o processo político do Brasil. Eu advogo a renovação da política não só no discurso, mas também dos quadros. Mas acho que ele tem alguns problemas claros a serem enfrentados. A fragilidade da articulação em torno da qual a mídia está falando que ele está, com o DEM e o PSDB. A gente ouve que há essa articulação (dele) em torno do DEM e do PSDB. O DEM na eleição da (presidência) da Câmara foi para o Bolsonaro. O PSDB tem o Doria. Tem aí um desafio muito grande. Ele (Huck) precisa refletir muito.

Descarta uma aliança com o PT em uma eventual frente contra Bolsonaro?

Quando o PT já se coloca a priori como tendo Lula ou Haddad como candidato, ele não está entendendo o que está acontecendo. Esse é o momento de olhar de baixo para cima para enxergar o que está acima de nós, e não se candidatar à permanência da velha polarização. O PT tem uma força gravitacional enorme e é um ator importante no processo político, mas a sua importância estratégica será medida pela capacidade de verificar que nem sempre aqueles que têm força gravitacional para polarizar mais conseguem ter a maior credibilidade para derrotar aquele que precisa ser derrotado neste momento. Mais uma vez o PT aponta para uma política de exclusividade, de não considerar a gravidade do momento e ficar discutindo pessoas. Os partidos e lideranças precisam ter um pouco mais de humildade.

A Rede recorreu ao STF contra a decisão que impede a fusão de legendas fundadas há menos de cinco anos. Ano que vem será a prova de fogo dos partidos pequenos para superar a cláusula de barreira. A ideia é fundir a Rede com outra legenda?

A Rede não está considerando a fusão. Esse debate foi feito em 2019 e algumas pessoas da Rede achavam que era melhor uma fusão com o Cidadania. Tenho um respeito enorme pelo Roberto Freire, mas a nossa escolha é que a Rede é necessária. Tomamos essa decisão mesmo não tendo (recursos do) Fundo Partidário.

Se a Rede não considera a ideia de fusão, por que recorreu ao STF?

A democracia existe para que as pessoas possam ter o direito de escolha. O fato de eu não querer fazer uma coisa não significa que vou criar um mecanismo para todos pensarem igual a mim. Eu posso não querer a fusão neste contexto, mas é possível que em outro contexto isso possa vir a ser desejado.

A sra. defende a proposta de federação partidária para superar a cláusula de barreira?

Esse debate vem sendo feito e a Rede participa dele, junto com PCdoB e PV. Isso possibilitaria aos partidos que têm programa, ideal e não são fictícios de poderem existir com suas identidades e programas. Esse debate está sendo feito, sim, entre partidos. Toda discussão na reforma eleitoral foi punir e acabar com os partidos de aluguel.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado vota na próxima semana o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 510/2020 para sustar os efeitos da portaria editada pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo, que estabelece diretrizes para a seleção das personalidades notáveis negras, nacionais ou estrangeiras e retira nomes da lista.  A portaria retirou da lista de personalidades notáveis nomes como os de senador Paulo Paim, Marina Silva, Milton Nascimento e Gilberto Gil.

A proposta é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Outro projeto com mesmo teor (PDL 511/2020) foi apresentado por Humberto Costa (PT-PE). Os dois serão relatados pelo senador Fabiano Contarato.

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"Houve uma supressão por critério absolutamente ideológico, irracional, de personalidades negras, inclusive o nosso colega senador Paulo Paim, do rol de  personalidades reconhecidas nacionalmente pela fundação", declarou Alessandro Vieira, ao pedir nesta quinta-feira que o PDL fosse incluído na pauta de votações do Senado.

Revisionismo 

Para o senador, o projeto dá uma resposta política à medida do presidente da Fundação Palmares.

"É deixar claro, transparente para a sociedade, que não aceitamos revisionismo ideológico. É preciso respeitar a história das pessoas, resgatar a história verdadeira desse Brasil, e especialmente de um povo que tanto foi perseguido, e ainda é, pelo racismo. Não dá para você virar as costas para essa prática, que é de cunho ideológico, que é negativa, que prejudica a nossa nação", afirmou Alessandro Vieira.

A Portaria 189/2020, editada por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares,​ determinou que a lista conterá apenas homenagens póstumas a personalidades negras que tenham tido relevante contribuição histórica no âmbito de sua área de conhecimento ou atuação, que tenham defendido os mesmos princípios pelo qual zela o Estado brasileiro, além de outros critérios que podem ser avaliados, motivadamente, no momento da indicação.

*Da Agência Senado

A morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, tem repercutido em todo o país nesta sexta-feira (20), data em que se vivencia do Dia da Consciência Negra. No meio político, diversos nomes ressaltaram o contraste da data com o episódio de espancamento que matou Alberto na porta do supermercado Carrefour de Passo D'Areia, na Zona Norte de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O pedido de luta contra o racismo e de punição para os culpados foi latente.

No Twitter, a ex-senadora Marina Silva (Rede) escreveu que as cenas transformaram esta sexta-feira em mais um dia de luto contra a discriminação racial. "Ontem os seguranças espancaram e mataram, João Alberto, no estacionamento do supermercado Carrefour em Porto Alegre. As cenas bárbaras e desumanas contra mais uma vida negra fazem de hoje mais um dia de luto e de luta contra o racismo estrutural, o ódio e a barbárie", disse.

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Na mesma rede social, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou pela urgência na quebra do ciclo racista que o Brasil vive. "Amanhecemos transtornados com as cenas brutais de agressão contra João Alberto Freitas, um homem negro, espancado até a morte no Carrefour. O racismo é a origem de todos os abismos desse país. É urgente interrompermos esse ciclo", observou.

Candidata ao comando da prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB, Manuela D'Ávila tem compartilhado manifestações em frente ao supermercado e ao comentar o assunto, escreveu: "O racismo que estrutura as relações de nossa sociedade precisa ser enfrentado de frente. As mulheres e homens brancos precisam assumir a sua responsabilidade na luta antirracista. Quantos Betos? Qual pessoa branca você viu ser vítima dessa violência??"

O deputado federal Kim Kataguiri (SP) também falou sobre o assunto e cobrou punição. "Cenas horríveis que aconteceram ontem no Carrefour, um homem espancado até a morte por seguranças. Meus sinceros sentimos a família dele. Cobramos celeridade das autoridades para resolver o caso", disse.

Veja outros posicionamentos:

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A morte de Alberto aconteceu nessa quinta-feira (19). Ainda na noite de ontem, um segurança terceirizado e um policial militar foram presos em flagrante por homicídio qualificado - quando há intenção de matar. A vítima realizava compras com a esposa e teria se desentendido com uma fiscal de caixa. Ele supostamente ameaçou agredi-la, quando a segurança foi acionada e os suspeitos, de 24 e 30 anos, o levaram para fora do supermercado e começaram a espancar, seguindo a agressão até a morte.

A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre, Marina Silva (Rede), usou suas redes sociais para comentar o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos, que deu vitória ao democrata Joseph Robinette Biden Jr.. Na visão de Marina, "a vitória de Joe Biden e de Kamala Harris, nos EUA, sem dúvida, é um sopro de esperança para aqueles que acreditam que a crise civilizatória pode ser superada".

Marina destacou ainda que o resultado aumenta a responsabilidade de todos os que defendem a democracia e seus valores como essenciais para a construção de caminhos para um mundo menos desigual, que valorize a diversidade e que se comprometa com o combate à emergência climática.

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O resultado do pleito, segundo Marina, seria um "não" sem precedentes "aos ímpetos autoritários" do republicano Donald Trump e de todos que se aliaram a ele. "Que essa experiência seja um convite aos brasileiros para refletirem profundamente sobre os rumos que desejam dar ao seu destino e ao de seus filhos e netos", acrescentou.

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