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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou neste domingo (29) a autorização para o funcionamento das creches com 100% de ocupação a partir de 8 de setembro. A decisão abrange tanto a rede pública quanto a privada e é voltada aos espaços que atendem crianças de 0 a 3 anos.

O retorno presencial é facultativo.

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Até 8 de setembro, as creches poderão atender presencialmente até 60% das crianças por vez.

Nas escolas, a ocupação máxima está liberada desde 2 de agosto.

As instituições deverão aplicar os protocolos sanitários de prevenção à transmissão da Covid-19, tais como o uso de máscaras e a higienização das mãos.

Além disso, é recomendado que a criança com sintomas da doença não seja enviada para a creche ou escola.

Segundo a Prefeitura, as escolas municipais de educação infantil e ensino fundamental continuam autorizadas a atender a todos os matriculados desde que mantenham o distanciamento social de um metro, mas também podem optar pelo sistema de revezamento semanal.

O Ministério da Saúde informou que, pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus, 20 estados brasileiros estão com taxa de ocupação em leitos de Covid-19 abaixo de 50%. O dado envolve tanto leitos clínicos como Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O índice de ocupação, segundo o órgão, é considerado normal e é resultado do avanço da vacinação no país.

“Na prática, isso significa que a rede hospitalar desses estados está menos sobrecarregada e registrando menos casos graves ou gravíssimos de Covid-19, ou seja, situações que demandam internação e intervenção médico-hospitalar”, diz o ministério em nota.

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Os seguintes estados estão com taxa de ocupação de leitos abaixo de 50%: Acre, Pará, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.

Os estados de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul estão em zona de alerta, com taxas entre 51% e 69%. O Rio de Janeiro está na faixa de emergência, com taxa de 70% a 80%. Segue em zona grave o estado de Roraima, com ocupação entre 80% e 94%.

Não foram divulgados dados a respeito do estado Amapá e do Distrito Federal.

O levantamento foi consolidado pelo Ministério da Saúde a partir das informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Dados vacinação

Até o momento, foram aplicadas 187 milhões de vacinas contra a Covid-19, das quais 128,4 milhões são de primeira dose. Completaram o esquema vacinal, com segunda dose ou dose única, 59,1 milhões de pessoas. O ministério alerta que é fundamental o retorno aos postos de vacinação para a segunda dose.

“A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave e, principalmente, óbitos em decorrência da doença, contribuindo diretamente para a redução da taxa de ocupação de leitos e controle da pandemia no Brasil”, aponta o órgão em nota.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nesta quinta-feira (19), um projeto de lei que suspende o cumprimento de mandados de reintegração de posse, despejos e remoções judiciais e extrajudiciais em Pernambuco enquanto durar a pandemia. A proposição é de autoria das codeputadas Juntas (Psol).

O PL havia sido protocolado no início da crise sanitária da Covid-19 e tramitava na Casa há mais de um ano. O projeto teve a aprovação de um substitutivo que define para março de 2020 o marco temporal das ocupações abarcadas na medida. Uma subemenda que propunha estabelecer cinco meses de vigência para a lei foi barrada.

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Segundo as Juntas, mais de 1,3 mil famílias já foram removidas em Pernambuco durante a pandemia e mais de 9 mil estão ameaçadas de remoção. O projeto segue para sanção do governador Paulo Câmara (PSB).

A ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes de covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) está abaixo de 80% em todos os Estados pela primeira vez desde outubro de 2020, aponta edição extraordinária desta quarta-feira, 11, do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz. Reunidos na segunda-feira, 9, os dados indicam que se trata do melhor cenário desde quando o grupo começou a monitorar esse índice, em julho de 2020.

Segundo o boletim, 14 Estados apresentam taxas inferiores a 50%: Acre (13%), Pará (48%), Amapá (26%), Piauí (48%), Ceará (47%), Rio Grande do Norte (34%), Paraíba (22%), Pernambuco (41%), Alagoas (26%), Sergipe (35%), Bahia (43%), Minas (47%), Espírito Santo (42%) e São Paulo (46%).

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Por outro lado, cinco Estados estão na zona de alerta intermediário. Mato Grosso e Goiás, aponta a Fiocruz, registraram as maiores taxas de ocupação, com, respectivamente, 79% e 78% dos leitos de UTI covid para adultos ocupados.

Encontram-se ainda na zona de alerta Rondônia (64%) e Roraima (70%). A Fiocruz, no entanto, aponta que a elevação do indicador pode corresponder à redução de leitos de UTI para covid-19 para adultos no SUS, "provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados".

Na faixa entre 50% e 60% de ocupação, estão Amazonas (54%), Tocantins (58%), Maranhão (52%), Paraná (59%), Santa Catarina (56%), Rio Grande do Sul (57%), Mato Grosso do Sul (56%) e Distrito Federal (59%).

Delta em alta no Rio de Janeiro

Recordista no número de casos da variante Delta, com 206 registros, o Estado do Rio apresentou crescimento do indicador nas duas últimas semanas e registra agora taxa de 67%. Mais transmissível, a cepa identificada originalmente na Índia tem freado reaberturas econômicas pelo mundo e colocado autoridades em alerta.

Nas capitais, Rio e Goiânia têm taxas altas

Em relação às capitais, a cidade do Rio (97%) e Goiânia (92%) são as mais preocupantes, mantendo taxas críticas há semanas. Além delas, seis capitais estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (63%), Boa Vista (70%), São Luís (64%), Curitiba (65%), Campo Grande (65%) e Cuiabá (74%).

Por sua vez, 19 capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%).

Mudança reflete avanço da vacinação, dizem cientistas

Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que o resultado reflete os ganhos adquiridos com o avanço da vacinação no País. "Considerando que ainda são altos os níveis de transmissão de casos e óbitos, a vacinação deve ser ampliada e acelerada, além de combinada com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados", orientam.

A análise aponta ainda que o quadro de melhora nas taxas de ocupação de leitos acontece simultaneamente ao processo de redução significativa dos leitos disponíveis à covid-19 no Distrito Federal e em muitos Estados. Ou seja, apesar de menos leitos estarem disponíveis, as taxas de ocupação seguem em declínio. Em relação à semana anterior, a análise constatou ainda que o número de óbitos reduziu 1,1%. Já a incidência de novos casos diminuiu 0,8% por dia.

"Ampliar a vacinação completa para todos os elegíveis torna-se fundamental neste momento, incluindo campanhas e busca ativa para os que ainda não tomaram a 2ª dose das vacinas que envolvem duas doses, como a Coronavac, a AstraZeneca e a Pfizer", destacam os pesquisadores do Observatório.

A circulação de novas variantes do vírus, observam os pesquisadores, tem aumentado as infecções, mas não necessariamente o número de casos graves. Isso acontece por causa da imunização de grupos populacionais mais vulneráveis, como os idosos e portadores de doenças crônicas.

Apesar dessa observação, os cientistas alertam que, por mais que as vacinas contribuam para a redução de casos graves, internações e óbitos, a possibilidade de surgimento e espalhamento de novas variantes de preocupação exige esforço para manter os serviços de vigilância em saúde em alerta, com ampla testagem, detecção de casos, isolamento e quarentena.

A semana epidemiológica de número 29, encerrada pela secretaria de Saúde de Pernambuco no último sábado (24), trouxe números mais brandos aos índices da Covid-19 no estado. Pela primeira vez em 2021, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTI) é inferior aos 50%. Segundo o secretário da pasta, André Longo, foram registrados 442 solicitações por leitos do tipo, uma queda de 20% em relação à semana epidemiológica anterior. As informações foram divulgadas em coletiva desta quarta-feira (28).

Além disso, houve também queda no número de casos da doença. Foram notificados 606 registros, o que representa uma queda de 14,6% em uma semana, e de 34% em 15 dias. Os números se assemelham aos de novembro de 2020. Por causa da inclinação positiva dos registros, o estado terá nova flexibilização das atividades socioeconômicas, com vigor a  partir da próxima segunda-feira (2).

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“Apesar de estarmos dando passos para a frente, os indicadores positivos não nos permitem abdicar dos cuidados, esses indicadores são frutos de um esforço muito grande e que não podemos colocar em risco. Reforço o uso correto da máscara, cobrindo boca e nariz, o distanciamento e o cumprimento dos protocolos setoriais que são o caminho para continuarmos avançando rumo a uma normalidade”, destacou Longo.

O chefe da Saúde também comentou sobre o avanço da vacinação em Pernambuco. Entre ontem (27) e hoje (28), o estado recebeu mais 506 mil doses de diferentes vacinas contra a Covid-19, o maior quantitativo entregue em uma só semana pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Todas as doses estarão à disposição dos municípios a partir desta quarta-feira (28) e destas, 369.193 (cerca de 73%) serão destinadas à aplicação da segunda dose. André Longo também chamou a atenção dos faltosos à segunda dose, relembrando que, com exceção da Janssen, nenhuma outra vacina é dose única.

“As vacinas além de seguras e eficazes, são essenciais para superarmos a pandemia. Muitas pessoas estão deixando de retornar para concluir o esquema vacinal. É fundamental que a gente tenha esse retorno para a segunda dose. Tirando a Janssen, todas as outras vacinas foram desenvolvidas para aplicação em duas doses e só efetivam a proteção se for completado esse esquema. Com a primeira dose, nosso sistema de defesa começa a produzir os anticorpos, mas é com a segunda que a resposta imunológica acontece de forma mais intensa, aumentando a eficácia e a tornando duradoura”, continuou.

Antecipação da segunda dose da AstraZeneca

Durante coletiva, André Longo voltou a declarar que a antecipação da segunda dose do imunizante da Oxford, cuja recomendação preferível é de que aconteça entre 85 e 90 dias, poderá ocorrer conforme disponibilidade de estoque. Segundo o secretário, o adiantamento é seguro, consta na bula da solução e só não é feito em maior escala pois não há disponibilidade de vacinas em todo o país.

“Tomamos essa decisão a partir do comitê estadual de imunização. Definimos que havendo estoque de segunda dose disponível nos municípios, é possível a utilização desse imunizante entre 60 e 90 dias. Isso está na bula da AstraZeneca e está sendo feito em vários países, inclusive na Inglaterra, que é o país de origem da vacina. Entendemos que é seguro, traz uma maior proteção para as variantes, especialmente a Delta, e por isso se determina a antecipação. Só é possível fazer se houver estoque. O PNI só não toma essa decisão em nível nacional pois não há disponibilidade. Já se cogita no PNI também a antecipação da segunda dose da Pfizer, mas até o momento, ainda não há essa afirmação”, esclareceu.

Flexibilização VS. crescente na média móvel de mortes

Segundo André Longo, os dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, que registram aumento de 22% na média móvel de mortos pela Covid-19, não contam com o datamento preciso dos óbitos, pois houve atraso por parte dos serviços privados no momento de informar o registro de mortes.

“Isso compromete a média móvel da semana e faz com que a gente interrompa o ciclo de diminuição da média móvel, que é o que se corresponde às ocorrências por data desse último mês. A gente tem percebido uma redução, por data de ocorrência, desse numero de óbitos, o que é consequência da redução do número de pessoas nos leitos de terapia intensiva. Temos menos de 750 pessoas em terapia intensiva, metade das pessoas que precisavam desses leitos há 45 dias”, disse o secretário.

Inclusão de adolescentes de 12 a 17 anos

A estimativa é de que cerca de um milhão de adolescentes, entre 12 e 17 anos de idade, sejam contemplados pelos grupos prioritários da vacinação no futuro. Segundo Longo, “o que ficou pactuado é que se aguardará a distribuição das vacinas para atender as populações acima de 18 anos, e aí a partir de setembro, espera-se, passamos a vacinar também esse grupo de adolescentes, com prioridade aos com alguma comorbidade, o que potencializa o acometimento de doença mais grave. Foi a decisão do PNI e Pernambuco decidiu seguir a recomendação”.

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Por volta das 18h do último domingo (18), quatro pistoleiros invadiram a Ocupação Nelson Mandela, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um conjunto habitacional localizado às margens da BR-101, no bairro do Jordão, na Zona Sul do Recife. De acordo com a organização, eles ameaçaram as famílias, fizeram um refém e atiraram contra as pessoas. Um militante foi atingido na cabeça e conduzido para a UPA do Jordão.

Segundo testemunhas, ao chegar à unidade de saúde, a vítima teve seu atendimento médico tumultuado por um homem fardado como policial militar, sem identificação. O agente teria dito ainda que o militante era um "vagabundo" e mentia sobre a invasão da ocupação. Outros ocupantes do conjunto informaram que os pistoleiros se apresentaram com policiais militares.

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“Eram ameaças para que o povo desocupasse o espaço, acho que há outros interesses por detrás delas, tem toda uma especulação imobiliária na região. Nós vamos continuar no local e estamos em diálogo com o Governo do Estado, inclusive com a CEHAB [Companhia Estadual de Habitação e Obras], que ofereceu um terreno próximo para as famílias saírem de lá”, explica Paulo Mansan, dirigente estadual do MST.

O conjunto de 16 prédios foi ocupado por cerca de 370 famílias há quatro meses. A estrutura, que teve suas obras paralisadas há 12 anos, conta com 278 apartamentos. Dentre os atuais ocupantes do local, a maioria é composta por pessoas que já estavam cadastradas para receber um dos imóveis do local e por vítimas de alagamentos causados pelas chuvas neste ano no município de Jaboatão dos Guararapes.

O militante atingido na cabeça se encontra internado no Hospital da Restauração (HR) e não corre risco de morte. O MST informou que registrará Boletim de Ocorrência na próxima terça (20), já que a população não realizou o registro por temer o envolvimento de milícias na ação.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma que metade das cidades do Brasil está com a ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%.

Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu 2.747 gestores municipais - o que corresponde a 49% dos 5.568.

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A CNM aponta ainda que o Sul e o Sudeste são as regiões com a situação mais crítica. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de municípios com ocupação acima de 95%.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% dos municípios apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2% destacaram que não houve novos casos confirmados.

Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

A taxa de ocupação de hotéis e pousadas da cidade do Rio de Janeiro deve ficar em 42% neste feriado de Corpus Christi, que começa nesta quinta-feira (3) e vai até domingo (6). A estimativa é do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio (HotéisRIO).

Segundo a pesquisa do sindicato, as principais regiões procuradas pelos turistas são Ipanema/Leblon e Barra/São Conrado. A maioria deles (92%) vem da Região Sudeste do país, muitos do próprio estado do Rio. Os 8% restantes são estrangeiros, em especial norte-americanos, ingleses e russos.

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“A pesquisa retrata o momento que nós estamos vivendo. A taxa de ocupação segue a média de ocupação de outros feriados de 2021. Estamos otimistas que com o avanço da vacinação, logo retomaremos o turismo em nossa cidade”, diz o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes. No Corpus Christi do ano passado, a pesquisa não foi feita devido às medidas de isolamento no início da pandemia de covid-19.

A situação é melhor no interior do estado, onde a rede hoteleira registra uma média de 70,25% dos quartos reservados.

Famílias que desde o último dia 17 de maio ocupam um prédio abandonado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Centro do Recife, fizeram um protesto por moradia nesta segunda-feira (24). Os manifestantes invadiram por alguns minutos o edifício-sede da Gerência-Executiva do INSS, em Santo Amaro, área central do Recife, onde houve um tumulto com a segurança do local. 

Segundo Jean Carlos Costa dos Lírios, que é coordenador estadual do Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT), os manifestantes pretendiam dialogar com algum representante do INSS, mas foram recebidos com truculência. "Alguns funcionários do INSS agrediram companheiros nossos e  a gente se defendeu, porque a gente entende que a autodefesa funciona", diz ele. Há relatos de que os seguranças também foram agredidos.

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Uma equipe da Polícia Militar (PM) esteve no local. O coordenador estadual também acusa um policial de ter apreendido o celular de um manifestante que filmava a ação. O aparelho foi devolvido posteriormente. Pelo menos dois participantes do ato tiveram ferimentos aparentes. "Essas pessoas são todas moradoras do prédio do INSS que estava desocupado há mais de 20 anos, não tinha nenhuma função social. Nós tiramos 15 toneladas de lixo daquele prédio", ressalta o coordenador estadual. A ocupação, instalada no Prédio Segadas Vianna, na Rua Marquês do Recife, recebeu o nome de Leonardo Cisneiros, ativista urbano que faleceu em abril deste ano.

Após deixarem o prédio da Previdência Social, os manifestantes iniciaram uma caminhada pelas ruas do Recife. Eles pleiteavam uma reunião na sede do Governo de Pernambuco. Além de pedir moradia, o grupo faz críticas ao valor do auxílio emergencial e do gás de cozinha, e criticam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em nota, o INSS afirmou que servidores e terceirizados foram agredidos e feridos. Segundo a instituição, os vigilantes fecharam os acessos às dependências, mas o grupo invadiu o prédio e quebrou vidros, divisórias, computadores, móveis e materiais de escritório. A Polícia Federal (PF) está realizando uma perícia no local para avaliar o dano. O INSS já solicitou a integração de posse do prédio ocupado.

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Com informações de Marília Parente. 

As taxas de ocupação de leitos de UTI para atendimento de pacientes com covid-19 estão acima de 90% em 14 Estados e no Distrito Federal. Outras sete unidades da federação possuem atualmente uma taxa acima de 80%, o que é considerado um patamar crítico. Só em cinco Estados, a ocupação está em um nível considerado como intermediário ou abaixo disso, o que indica que a intensidade da pandemia se mantém em muitas regiões do País, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os 14 Estados em nível crítico são: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).

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Outros sete apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%. São eles: Pará (80%), Alagoas (83%), Bahia (82%), Minas Gerais (89%), Rio de Janeiro (86%), São Paulo (83%) e Rio Grande do Sul (83%). Já quatro Estados apresentam taxas entre 63% e 78% - Amazonas (73%), Amapá (68%), Maranhão (78%) e Paraíba (63%). Em Roraima, a taxa é de 38%.

"De uma forma geral, podemos dizer que houve uma melhora", afirmou a pesquisadora Margareth Portela, que também integra o observatório. "Mas ainda estamos em um patamar muito alto, com o mapa do Brasil ainda predominantemente vermelho (o que indica uma taxa de ocupação acima dos 80%)."

Indicadores ficam estáveis em quase todos os Estados

Nas Semanas Epidemiológicas 14 e 15 (4 a 17 de abril), a quase totalidade dos Estados apresentou estabilidade dos indicadores. A exceção foi Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá houve uma pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses Estados. Isso inclui falta de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Em Vitória de Santo Antão, no Agreste de Pernambuco, o Hospital João Murilo de Oliveira é a unidade médica mais recente a receber dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12) pela prefeitura municipal. A chegada dos leitos foi esperada, após o pronunciamento do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), na primeira semana de abril.

As novas unidades intensivas chegam por meio da parceria entre a Secretaria de Saúde do Estado e a Prefeitura da Vitória de Santo Antão, que cedeu profissionais para fazerem ajustes estruturais e organizar o novo espaço para receber os pacientes.

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“Temos um quantitativo pequeno de funcionários e a prefeitura enviou pessoas para organizar o espaço que tínhamos sobrando na unidade. Foi um local aprimorado para receber esses leitos, já que o hospital é antigo. Efetivamos essa parceria tanto nas articulações, como na mão de obra para carregar equipamentos, fazer retoques estruturais, entre outros. Agora, temos 20 leitos de UTI no total”, destacou Roberta Câmara, diretora da unidade hospitalar.

No dia 9 de março, duas unidades de saúde do município chegaram a registrar 100% de ocupação nas enfermarias para pacientes da Covid-19.  A lotação total foi registrada no Centro Hospitalar Santa Maria e no Hospital João Murilo de Oliveira. Já na Apami, 90% das enfermarias para pacientes Covid estavam ocupadas. A situação se repetiu nas UTIs e, sem espaço para criação de novos leitos, a gestão sugeriu reciclar leitos de enfermaria.

Um dia depois do registro, o prefeito Paulo Roberto (MDB) solicitou à diretora-geral do Hospital João Murilo de Oliveira (HJMO) o aumento da capacidade de atendimento na UTI da unidade hospitalar.

Com as adições, o setor de enfermaria foi transferido para outro andar, liberando espaço para receber esses leitos de terapia intensiva, que serão ocupados de acordo com os encaminhamentos geridos pela Central de Regulação de Estado.

“Esse novo reforço é mais uma esperança para evitar o caos, mas se todos se cuidarem, menos pessoas precisarão dos leitos. A nossa parte, estamos fazendo junto com o Governo do Estado, porém, tem que ser um esforço de todos para a gente combater essa pandemia e poder voltar a ter uma vida normal. Estamos à disposição para contribuir com as demais autoridades nessa luta, como sempre estivemos”, destacou Roberto.

Até o domingo (11), a Secretaria de Saúde de Vitória de Santo Antão contabilizou 3.357 confirmações da doença, com 203 mortes ocasionadas pelo novo coronavírus ou complicações trazidas pela Covid-19.

 

O governo de Pernambuco registrou, neste domingo (11), 787 casos da Covid19. Entre os confirmados neste boletim, 86 (11%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 701 (89%) são leves. Também foram confirmados laboratorialmente 59 novos óbitos, ocorridos entre os dias 4 de junho de 2020 e esse sábado (10). Com isso, o Estado totaliza 12.803 mortes pela doença.

Ocupação das UTIs e Enfermarias

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O boletim divulgado neste domingo também traz o número de pacientes que estão sendo atendidos em hospitais públicos e privados.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) - onde estão as pessoas com casos graves de Covid-19 – estão 1.547 pacientes na rede pública, ocupando 97% dos leitos disponíveis.

Não muda muito o quadro quando se procuram UTIs em unidades privadas. São 446 pessoas lutando pela vida, em terapia intensiva, com apenas 13% dos leitos disponíveis.

Nas enfermarias, estão sendo atendidos 1.225 pacientes, sendo 1.018 nas vagas públicas e 207 nos leitos privados.

Quase 370 mil casos

Agora, Pernambuco totaliza 369.487 casos confirmados da doença, sendo 37.638 graves e 331.849 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Novas mortes confirmadas

As mortes confirmadas neste domingo, dia 11, são de pessoas residentes dos municípios de Recife (10), Jaboatão dos Guararapes (6), Abreu e Lima (2), Bonito (2), Camaragibe (2), Goiana (2), Igarassu (2), Ipojuca (2), Itapemirim (2), Nazaré da Mata (2), Paudalho (2), Paulista (2), Santa Cruz do Capibaribe (2), Serra Talhada (2), Barreiros (1), Bezerros (1), Buíque (1), Canhotinho (1), Custódia (1), Flores (1), Ipubi (1), Itambé (1), Itapissuma (1), Lagoa do Carro (1), Lajedo (1), Petrolândia (1), Ribeirão (1), Salgueiro (1), São Bento do Una (1), São Lourenço da Mata (1), Surubim (1), Timbaúba (1), Vitória de Santo Antão (1).

Os pacientes tinham idades entre 23 e 94 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (1), 30 a 39 (3), 40 a 49 (3), 50 a 59 (7), 60 a 69 (18), 70 a 79 (17), 80 ou mais (10).

Do total, 41 tinham doenças pré-existentes: diabetes (19), doença cardiovascular (17), hipertensão (17), tabagismo/histórico de tabagismo (6), doença renal (4), doença respiratória (4) câncer (3), obesidade (3), Alzheimer (1), doença hematológica (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade.

O estado do Rio de Janeiro atingiu a taxa de ocupação de 92% em seus leitos de UTI para Covid-19. Diante do quadro, oito das nove regiões do estado do Rio de Janeiro estão classificadas como de risco alto (bandeira vermelha) ou muito alto (bandeira roxa) para a Covid-19.

Os dados são da 23ª edição do Mapa de Risco da Covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde, publicado nessa sexta-feira (26).

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Três regiões estão com bandeira roxa, entre elas a região metropolitana I, a mais populosa do estado, que inclui a capital e a Baixada Fluminense. Também estão com risco muito alto, o Centro Sul e a Baixada Litorânea, que inclui municípios turísticos como Saquarema, Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo.

Com bandeira vermelha, aparecem as regiões da Baía de Ilha Grande, Médio Paraíba, Metropolitana II, Norte e Noroeste. Apenas a região serrana está com risco moderado (bandeira laranja).

A Secretaria Estadual de Saúde informou que está trabalhando com o Ministério da Saúde para ampliar os leitos de UTI no estado. Está prevista a abertura de 324 novos leitos de tratamento intensivo até a próxima semana.

A rede pública de saúde de Pernambuco atingiu 98% de ocupação dos leitos de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 neste sábado (20). O Governo de Pernambuco conta com 1.387 vagas de UTI para Covid-19.

Na rede privada, a ocupação de leitos de UTI para Covid-19 está em 91%. Ao todo, são 392 vagas para casos graves nas unidades privadas. 

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Com relação a leitos de enfermaria, a rede pública tem ocupação de 82%, enquanto a rede privada registra 71% dos leitos ocupados.

Neste sábado, o Estado de Pernambuco abriu 32 novos leitos de terapia intensiva para assistência de pacientes suspeitos e confirmados para Covid-19. Com a ampliação, o Estado passou a marca de 2,5 mil leitos exclusivos para estes pacientes. As novas vagas ofertadas à população foram abertas nos hospitais Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) (8 vagas), Otávio de Freitas (4), Cesac unidade Prado (10), no Recife, e no Hospital do Vale, em Limoeiro, com 10 leitos. 

Nesta manhã, a Prefeitura do Recife anunciou a abertura de mais 23 leitos para tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os leitos de observação e sala vermelha estão localizados nas policlínicas Barros Lima e Amaury Coutinho, na Campina do Barreto, e no Hospital Pediátrico Helena Moura, na Tamarineira.

Pernambuco registra 11.638 mortes pela Covid-19. Também já foram confirmados 329.633 casos no estado. Até o momento, Pernambuco já aplicou 679.348 doses da vacina contra a doença. Com relação à segunda dose, 180.576 pessoas foram imunizadas.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Governo de Pernambuco nesta terça (16), as taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI do estado chegaram a, respectivamente, 84% e 96%. A alta de casos da Covid-19 também pressiona a rede privada, que chegou à lotação de 89% das vagas de Terapia Intensiva e 65% dos leitos de enfermaria.

O estado já soma 320.931 casos confirmados da doença (sendo 33.804 graves e 287.127 leves), que já matou 11.471 pernambucanos. Dos 60 novos óbitos causados pelo novo coronavírus confirmados nesta terça, ocorridos entre os dias 27/12/2020 e 15/03/2021. Essas pessoas eram residentes dos municípios de Afogados da Ingazeira (1), Altinho (1), Araripina (1), Bodocó (1), Camaragibe (2), Carpina (1), Caruaru (2), Catende (1), Custódia (1), Iati (1), Iguaracy (2), Jaboatão dos Guararapes (2), Limoeiro (1), Nazaré da Mata (2), Olinda (6), Parnamirim (1), Paudalho (1), Petrolândia (1), Petrolina (6), Recife (22), Ribeirão (1), Santa Cruz do Capibaribe (1), São José do Egito (1) e Trindade (1).

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Vacina

Pernambuco deve receber, às 20h45 desta terça-feira (16/03), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, mais 198.600 vacinas contra a Covid-19, produzidas pela parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan. Segundo o governo do Estado, as novas doses permitirão avanço na vacinação dos idosos entre 75 e 79 anos, além dos trabalhadores de saúde. Com a remessa, o estado chegará a 1.052.960 unidades recebidas.

As vacinas serão recebidas pelo Programa Estadual de Imunização, que fará a verificação do material e divisão igualitária entre os municípios pernambucanos, de acordo com a base de cálculo populacional dos grupos prioritários do próprio Ministério da Saúde.

A gestão estadual espera que o novo lote eleve para  59% o quantitativo de idosos entre 75 e 79 anos vacinados e para 86% a porcentagem dos profissionais de saúde imunizados.

Corrida contra o tempo

Na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde, o governo do Estado colocará, nesta terça, um total de dez novos leitos de UTI pediátricos, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife. Assim, a instituição passará a contar com 30 vagas de terapia intensiva, sendo 20 neonatais e as 10 pediátricas.

Além disso, mais quatro leitos de UTI adulto foram entregues ao Hospital do Tricentenário, em Olinda. Até o final do dia, a gestão estadual promete mais 12 vagas no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, no Recife.

“Nossos esforços são permanentes e diários para que possamos fortalecer ainda mais a rede de assistência aos pacientes suspeitos e confirmados para a Covid-19. Estamos monitorando as vagas tanto para os adultos quanto para as crianças, além de avaliar as necessidades de cada região. Repito que estamos ampliando os leitos na rede própria, conveniando na privada e filantrópica, mas apenas isso não será suficiente. Precisamos contar com o apoio e compreensão de todos os pernambucanos para que sigam usando a máscara corretamente, adotando as medidas de higiene e mantendo o distanciamento e isolamento social. Temos que ser agentes de proteção para evitar mais sobrecarga no serviço de saúde e mais dores pela perda de entes queridos”, apela o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Ao menos três hospitais privados da cidade de São Paulo têm ocupação de 100% para leitos exclusivos de tratamento da Covid-19. A enfermaria do Hospital São Camilo opera com capacidade máxima neste sábado, 13. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz tem 100% dos leitos de UTI ocupados, assim como o Hospital Israelita Albert-Einstein, de acordo com boletim divulgado na sexta-feira, 12. Na rede municipal, a taxa média de ocupação de leitos de tratamento intensivo para infectados pelo coronavírus é de 83%.

A taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento de covid-19 é de 93% na UTI da rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, mas está com ocupação total na enfermaria. O hospital diz que "novos leitos estão sendo remanejados para suprir a alta demanda."

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De acordo com o boletim de sexta, a taxa de ocupação de leitos geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é de 92%. Já para leitos de UTI covid-19, a taxa de ocupação é de 100%, com 64 pessoas internadas. A ocupação de leitos de covid-19 para casos menos graves é de 96%, com 120 pacientes.

No Hospital Sírio-Libanês, a taxa de ocupação geral era de 91%. No total, a instituição tem 219 pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19, sendo que 63 estão em UTIs.

O Albert Einstein atende 216 pacientes internados com diagnóstico confirmado para covid-19. Destes, 112 ocupam leitos de UTI e da unidade semi-intensiva. Além disso, 40 pacientes estão submetidos à ventilação mecânica. A taxa de ocupação é descrita como "lotada".

No entanto, o hospital ressalta que possui um sistema de gerenciamento de leitos clínicos e de UTI que permite aumentar a capacidade de atendimento conforme a demanda. Mas afirma que "neste cenário de alta procura por vagas, pode ser necessário um tempo de espera para obtenção de leitos".

Rede hospitalar municipal

Na cidade de São Paulo, a secretaria de saúde municipal informou que a rede alcançou 83% de ocupação para leitos de UTI. Já os leitos de enfermaria para a doença têm 77% de utilização. De acordo com assessoria, "a taxa de ocupação é dinâmica e pode variar ao longo do dia".

A pasta acrescentou que a rede de saúde municipal tem 1.176 leitos de UTI e 1.147 de enfermaria para o tratamento da covid-19. Como mostrou o Estadão, a Prefeitura anunciou a abertura de 555 novas vagas de covid-19 na cidade, além da suspender cirurgias eletivas em hospitais-dia.

De acordo com a secretaria, na próxima segunda-feira 130 novos leitos de UTI serão implementados na capital, sendo 100 no Hospital do M’ Boi Mirim, 20 no Guarapiranga (ambos na Zona Sul), e 10 no São Luiz Gonzaga (na Zona Norte).

Outros 185 leitos de enfermaria também serão criados na próxima semana, sendo 105 deles no Hospital da Cantareira, na zona norte, (segunda-feira). No decorrer da semana serão criados outros 60 leitos no Hospital da Capela do Socorro (zona sul) e 20 no Sorocabana (zona oeste).

Vinte e cinco das 27 capitais do País apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 iguais ou superiores a 80%. A situação é especialmente grave em 16 capitais, entre elas Brasília e Rio de Janeiro, onde os porcentuais ultrapassam os 90%. As informações fazem parte de mais um boletim extraordinário do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 9. Os especialistas da instituição alertaram para a gravidade da situação e para a necessidade de adoção de medidas de restrição de circulação mais rigorosas.

"Considerando o quadro atual e a situação extremamente crítica no que se refere às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19, que apontam para a sobrecarga e mesmo colapso de sistemas de saúde, os pesquisadores reforçam a necessidade de se ampliar e fortalecer as medidas não-farmacológicas, envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos", aponta o texto do boletim. "Nos municípios e estados que já se encontram próximos ou em situação de colapso, a análise destaca a necessidade de adoção de medidas de supressão mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais."

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A situação é de colapso total no sistema de saúde em Campo Grande (106%), Porto Alegre (102%) e Porto Velho (100%). Outras capitais à beira do colapso são: Rio Branco (99%), Macapá (90%), Palmas (95%), São Luis (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%), Natal (96%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Cuiabá (96%), Goiânia (98%) e Brasília (97%). Em São Paulo a ocupação é de 82%. Apenas duas capitais têm índices de ocupação das UTIs abaixo de 80%: Belém (75%) e Maceió (73%).

As taxas de ocupação são classificadas em zona de alerta crítico (em vermelho nos mapas), quando são iguais ou superiores a 80%; em zona de alerta intermediário (em amarelo), quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%; e fora de zona de alerta (em verde), quando inferiores a 60%.

Os últimos dados foram aferidos no dia de ontem, 8 de março.

Pernambuco atingiu 95% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 na rede pública no domingo (7). São 1.057 leitos de UTI para Covid-19 na rede estadual.

Na rede privada, dos 336 leitos de UTI para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), 91% estão ocupados.

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Com relação aos leitos de enfermaria para Covid-19, a rede estadual registra uma ocupação de 82%. Na rede privada, a ocupação de leitos de enfermaria é de 56%.

Devido ao aumento de casos, o Governo de Pernambuco decretou medidas de restrição que seguem até 17 de março. O decreto assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB) proíbe o funcionamento de atividades não essenciais entre 20h e 5h nos dias úteis. Essas atividades estão proibidas ao longo de todo o dia nos sábados e domingos.

Pernambuco totaliza 11.173 óbitos e 308.284 casos de Covid-19. Um total de 265.022 pacientes se recuperaram da doença. Além disso, 505.649 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. Com relação à segunda dose, 137.129 foram imunizados, entre trabalhadores da saúde, idosos e pessoas com deficiência.

Apesar do agravamento da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, com alta nas internações e falta de leitos, o governador Ibaneis Rocha afrouxou mais uma vez as medidas de combate à doença que ele havia determinado no fim de fevereiro. Nesta sexta-feira, 5, Ibaneis editou decreto que libera aulas presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades da rede privada e também reabre academias de esporte de todas as modalidades, ambas a partir da segunda-feira, 8. No caso das academias, no entanto, fica proibida a realização de qualquer tipo de aula coletiva.

Os dois setores estavam proibidos de funcionar desde domingo, 28. Os outros serviços não essenciais listados no decreto anterior seguem com as atividades suspensas. Desde o último dia 26 de fevereiro, quando Ibaneis reconheceu a aceleração da doença na capital federal, ele já editou vários decretos diferentes. A cada ato, Ibaneis vai aliviando as restrições, que chegaram a ser impostas por tempo indeterminado e para quase todos os serviços não essenciais. O 'meio lockdown', no entanto, agora tem vigência apenas até dia 15 de março e deixa várias áreas de fora, como igrejas e agora escolas particulares e academias.

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A liberação para funcionamento de novas atividades ocorre no momento que o Distrito Federal acumula 4.918 mortes por covid-19. Segundo dados atualizados pelo próprio Governo do Distrito Federal nesta quinta-feira, 4, às 20h36, nas últimas 24 horas, foram registrados 18 óbitos em decorrência da doença. Brasília acumula 302.185 casos confirmados da doença. As medidas restritivas mais duras foram adotadas no fim da semana passada, após a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) atingir 98%. Hoje, a taxa atual de ocupação de UTI está em 94%, considerando as redes pública e privada.

O decreto de hoje também autoriza a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) a interditar imediatamente atividades econômicas e estabelecimentos que descumprirem as restrições impostas pelo governo pelo prazo de 60 dias. A punição deverá ser aplicada nos casos de constatada a aglomeração de pessoas nas dependências do estabelecimento fiscalizado ou descumprimento grave das medidas de proteção contra a disseminação do novo coronavírus. A violação também acarreta multa de até R$ 20 mil.

Pelo decreto, também poderá ser aplicada multa individualizada de até R$ 1 mil para cada uma das pessoas participantes do evento ou da reunião que provocaram aglomeração irregular.

O Brasil chegou nesta semana a 40 dias consecutivos com uma média diária de mais de 1 mil vítimas de Covid-19, e a ocupação crítica de unidades de terapia intensiva (UTIs) em 19 estados pode elevar ainda mais o número de mortes causadas pela doença nos próximos dias. O alerta é do epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que afirma não ter dúvidas de que o país vive o momento mais grave da pandemia até agora.

"Antes, havia tempos epidêmicos diferentes [em cada estado], e, agora, a gente tem uma grande onda no país inteiro ao mesmo tempo. E quando a gente tem isso, não tem como remanejar [recursos e pacientes] de uma região para outra, ou de um estado para o outro".

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A média móvel de mortes é calculada por meio da soma dos óbitos confirmados nos últimos sete dias, dividida por sete. O indicador é considerado importante para reduzir as oscilações diárias de notificações e se aproximar de uma tendência da pandemia. Além disso, mortes são consideradas pelos especialistas menos sujeitas à subnotificação do que as infecções, já que são mais investigadas. As contaminações, por sua vez, muitas vezes não são testadas ou se dão de forma assintomática.

Em 23 de janeiro deste ano, a média móvel de mortes por covid-19 no país voltou a superar 1 mil vítimas diárias, segundo o painel Monitora Covid-19, da Fiocruz, e já está nesse patamar há 41 dias de forma ininterrupta. No ano passado, o período mais longo com uma média de mais de 1 mil mortes por dia durou 36 dias, entre 3 de julho e 7 de agosto.

O indicador cresceu até que, em 14 de fevereiro de 2021, a média de vítimas bateu o recorde do pico da pandemia em 2020, com 1.101 pessoas mortas por dia. Desde o dia 24 de fevereiro, sucessivos recordes de óbitos elevaram a média até 1.330 pessoas por dia, em 3 de março, se considerados os dados do dia corrente e dos seis dias anteriores. 

Ocupação de UTIs

Diego Xavier explica que os números atuais são um “retrato atrasado”, de quando a ocupação dos leitos de UTI ainda não havia atingido a situação atual. "Esse dado [a média móvel de mortes] tem um atraso que pode chegar a três semanas, dependendo do local em que é feito o registro, porque depende da estrutura de registro", afirma.

"Se a pessoa que não conseguir se internar depois for a óbito, primeiro vai ser feito um registro desse óbito, o diagnóstico como covid, nesse caso, vai entrar na fila para digitação [no sistema], e só então a gente tem esse dado. O que a gente está olhando agora [na média de mortes] é um reflexo do passado. A tendência é que volume de óbitos aumente."

A ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 no SUS atingiu a zona de alerta crítica em 18 estados e no Distrito Federal, segundo boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgado em 1° de março. São classificados dessa forma os locais em que a proporção de vagas ocupadas supera os 80%. Santa Catarina tinha a situação mais grave do país, com 99% de ocupação. 

Xavier avalia que o cenário é resultado de uma combinação de fatores que vão desde as aglomerações de fim de ano e carnaval até a sensação prematura de segurança com o início da vacinação, além do surgimento da variante P.1 do coronavírus, considerada mais contagiosa.

Como as férias, o verão e as datas comemorativas são comuns a todo o país, e a doença já havia se espalhado no interior, as aglomerações provocaram uma alta generalizada de casos, o que se agravou com a falta de medidas para conter a dispersão da variante de Manaus no território nacional.

"Esses movimentos, capilarizados, com todo mundo se movimentando ao mesmo tempo, fizeram com que a doença crescesse tanto no interior quanto nas capitais", afirma Xavier. 

Medidas restritivas

O epidemiologista recomenda que medidas restritivas sejam tomadas de forma articulada entre todas as esferas de governo. Ele alerta que os gestores não podem esperar a ocupação das UTIs chegar a uma situação crítica para agir. 

"Temos muitos municípios tomando medidas isoladas, mas a rede de atenção em saúde não é isolada. Na rede de UTIs, tem um município polo maior e municípios satélites que dependem dessa rede. Se um município dentro dessa rede toma medidas restritivas e os outros não, os leitos vão ser ocupados da mesma maneira", afirma, defendendo que medidas restritivas sejam endurecidas mesmo nos estados em que a ocupação das UTIs ainda não é crítica. "A gente precisa evitar que a pessoa pegue a doença, e não, depois que ela pegou a doença, fazer lockdown e tentar criar novos leitos, porque o estrago já vai estar feito." 

A própria capacidade de criar leitos, lembra ele, é limitada, e não apenas pela disponibilidade de recursos financeiros. "A gente tem um limite de equipes de saúde, porque elas também ficam doentes e são limitadas. Você consegue criar um leito de um dia para o outro, mas não consegue formar um profissional capacitado para uma UTI de um dia para o outro."

A pesquisadora em saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro Chrystina Barros destaca que a dificuldade de avançar na vacinação e a falta de controle de circulação e vigilância das novas variantes aumentam a preocupação com o cenário atual. A professora avalia que as novas medidas de restrição são bem vindas, mas precisam ser mantidas por ao menos 14 dias para surtir algum efeito na circulação do vírus.

"Existe um tempo entre a contaminação pelo vírus e a manifestação dos sintomas em até duas semanas. Por isso, qualquer liberação antes desse período é prematura", afirma.

"Estamos em um contexto em que a circulação de pessoas entre municípios ou entre estados não tem nenhum controle de vigilância epidemiológica, e esse é o maior problema. Não temos a informação exata do impacto que essas variantes estão trazendo no aumento do número de casos". 

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