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Polícia Militar afastou nesta segunda-feira (2) seis PMs envolvidos na ação que terminou com a morte de nove jovens em um baile funk de Paraisópolis, zona sul de São Paulo no fim de semana. Os agentes foram transferidos para funções administrativas. Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou as mortes no domingo (1°), mas buscou destacar que o plano de policiamento do Estado "não mudará" por causa dessa ação.

Os seis agentes tirados das ruas são Rodrigo Cardoso da Silva, de 31 anos; Antonio Marcos Cruz da Silva, de 45; Vinícius José Nahool Lima, de 35; Thiago Roger de Lima Martins de Oliveira, de 37; Renan Cesar Angelo, de 31 e João Paulo Vecchi Alves Batista, de 36. Eles foram os primeiros agentes a entrar na favela durante a ação. O Estado não conseguiu localizar a defesa dos Pms.

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Conforme a versão oficial, seis PMs participaram inicialmente da perseguição a uma dupla de suspeitos, que terminou no tumulto dentro do baile funk. Depois, segundo o registro oficial, eles pediram apoio da Força Tática. Ao todo, 38 policiais participaram da ação.

O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Salles, disse preferir evitar a expressão "afastamento". "Os policiais (envolvidos no caso) não estão afastados. Eles estão preservados", afirmou Salles. "Temos de concluir o inquérito. Não haverá açodamento de condenados anteriormente antes do devido processo legal. Eles estão preservados e continuarão nas unidades, em serviços administrativos, no mesmo horário deles, fazendo outras coisas", afirmou, ao citar que, em eventos em que há mortes, os policiais passam por acompanhamento médico e psicológico.

Já o governador Doria negou culpar a polícia. "A letalidade não foi provocada pela Polícia Militar, e sim por bandidos que invadiram a área onde estava acontecendo o baile funk. É preciso cuidado para não inverter o processo", disse Doria. "Não houve ação da polícia em relação a invadir a área onde o baile funk estava ocorrendo. Tanto é fato que o baile funk continuou", afirmou o governador. "(O baile) não deveria sequer ter ocorrido, porque é ilegal. Fere a legislação municipal", completou.

Doria disse ainda que os protocolos estabelecidos para a atuação da PM no Estado não sofrerão alterações, "o que não nos desobriga de reavaliar e rever pontos específicos de ação, onde falhas possam ter acontecido e, neste caso, corrigir as falhas para que elas não voltem a se suceder".

"As ações na comunidade de Paraisópolis, como em outras comunidades do Estado de São Paulo, seja pela desobediência à Lei do Silêncio, seja pela busca e apreensão de drogas, de fruto de roubo de automóveis e motocicletas, ou de outros bens, vão continuar na capital, na região metropolitana e no Estado de São Paulo. A existência de um fato não estabelece que circunstancialmente, com as alterações que devem ser feitas, não inibirão as ações de que devem ser feitas", ressaltou o governador.

Doria chamou o caso de "incidente triste" e disse transmitir aos familiares dos nove jovens mortos sua "solidariedade".

"Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de Segurança Pública no Estado de São Paulo não muda. Não vai mudar", disse Doria, falando pausadamente a última frase de forma a enfatizar cada palavra. "O governador está sendo muito claro: não vai mudar", enfatizou mais. "Procedimentos de ação operacionais podem ser revistos. Aliás, devem ser revistos constantemente, para serem aperfeiçoados e melhorados, evitando erros."

PM havia planejando operação na favela horas antes das mortes

O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Salles, afirmou que a Polícia Militar havia montado uma operação especial para coibir o baile funk que ocorreu em Paraisópolis na noite de sábado. Segundo o policial, havia oito festas diferentes dentro da favela naquela noite, com cinco mil pessoas. Entretanto, a operação teria sido abortada dado o volume de cidadãos aglomerados nas vielas do bairro.

"Nós iríamos ocupar? Iríamos. Só que, às 20 horas, foi feita uma análise de risco e não dava. Já estava tudo tomado naquela localização. Ingressar ali seria um erro. (Seria um erro) Dispersar ali. Tanto que esse evento ocorreu às 4 horas da manhã", afirmou o coronel.

Salles afirmou que a opção então foi de reforçar o policiamento no entorno do baile, sob o argumento de que criminosos se aproveitam da festa, e da multidão, para se refugiar na massa de pessoas após a prática de crimes. "A experiência diz, e eu já fui comandante da zona oeste e sei disso, que há crimes adjacentes. Carros são roubados e levados para dentro do pancadão", disse.

"O gatilho iniciador do problema foi os criminosos atirando na polícia", concluiu o coronel, mesmo admitindo que as investigações sobre o caso ainda não são conclusivas.

Na versão apresentada pelo coronel, duas pessoas, que ocupavam uma motocicleta Yamaha XT 660 R, teriam passado por três policiais militares que também eram ocupantes de motos, e atirado contra os policiais. Os PMs teriam então perseguido essa dupla por cerca de 400 metros, até chegar no ponto onde havia o baile. Ali, a massa teria reagido com hostilidade à presença dos policiais, que ainda assim não reagiram a novos tiros de armas de fogo, e teriam pedido auxílio.

Primeiramente, um outro policial também de moto teria chegado para socorrer os três policiais. Depois, duas equipes da Força Tática, uma divisão da PM que tem escopetas e granadas de gás, também entraram na favela. Mais PMs foram chegando até totalizarem 38 agentes na favela.

O coronel disse que eventuais mudanças nos procedimentos da ação, especialmente no caso de criminosos usarem pessoas como escudos, como ele argumenta que ocorreu, só serão analisadas depois do término das investigações. Salles não deu prazos para o fim das ações.

Salles disse que as imagens compartilhadas nas redes sociais estão sob análise. Ele destacou uma das gravações, em que uma pessoa sentada é agredida com tapas na cara por um policial, poderia não ter relação com a ação. "Não há som de música, você consegue ouvir cães latindo", citou. "Apesar (de serem atos) gravíssimos e que serão apurados com uma lupa, porque não compactuamos com erro."

O secretário estadual da Segurança Pública, João Campos, se negou a responder se já havia identificado os agentes mostrados nos vídeos que foram compartilhados após a ação. No lugar disso, preferiu destacar a "disciplina" da PM paulista. "É uma instituição admirável", disse o secretário.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo abriu processo administrativo para a expulsão de dois policiais acusados de estuprar uma jovem de 19 anos no interior de uma viatura da corporação. O fato aconteceu no dia 12 de junho deste ano, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. O comando da PM deu sinal verde para o processo após analisar o Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela Corregedoria para apurar a denúncia. A conclusão do inquérito é de que a jovem foi vítima de estupro praticado pelos agentes. Os dois negam o crime, mas estão presos.

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Mariano, disse que o processo administrativo já era esperado. Segundo ele, o IPM é a peça preparatória para a Justiça processar os agentes e aplicar a sanção cabível à conduta deles com base no Código Penal Militar. A conclusão, no entanto, também serve para o processo administrativo que pode resultar na expulsão dos acusados. "Normalmente, em casos assim, tanto a corporação quando a Justiça Militar costumam ser muito rigorosas", disse.

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Os dois suspeitos também são investigados pela Polícia Civil. O inquérito, na Delegacia da Mulher de Praia Grande, corre em sigilo. Conforme a apuração da corregedoria, a jovem retornava de uma festa, à noite e, ao avistar uma viatura da PM, pediu informações aos policiais para chegar a um ponto de ônibus. Eles teriam oferecido carona e um deles entrou com a garota no banco de trás. No percurso, ele a estuprou, com a conivência do colega. Após ser deixada no terminal, a jovem procurou ajuda e fez a denúncia à Polícia Civil.

Os policiais negaram o crime, alegando que, durante o trajeto, tinham permanecido no banco da frente. Imagens de uma câmera mostraram o policial entrando com ela na parte traseira da viatura. Um celular perdido pela jovem foi encontrado no veículo. O exame de corpo de delito apontou lesões nas partes íntimas e outros indícios de estupro. A Justiça decretou a prisão preventiva dos suspeitos, os PMs Anderson Silva da Conceição e Danilo de Freitas Silva. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, os dois estão no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista.

A advogada Flávia Artilheiro, que atua na defesa dos policiais, disse que os agentes ainda não foram cientificados formalmente do processo administrativo. Ela acompanha o processo criminal na Justiça Militar, que tramita em segredo de justiça. "Trata-se de crime praticado por militares no exercício da função e a competência é a Justiça Militar. Não vejo razão para o inquérito na Polícia Civil. Os dois sustentam sua inocência e, no processo, vamos produzir as provas necessárias", disse.

A inclusão de policiais e bombeiros militares na reforma das Forças Armadas deve render uma economia de R$ 59 bilhões em uma década para Estados e municípios, disse o relator do projeto, deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP). Eles passarão a seguir regras mais duras para a inatividade, com transição para quem já está no serviço militar.

O cálculo, segundo o deputado, foi fornecido pela equipe econômica após as mudanças feitas em seu parecer.

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Os militares estaduais foram incluídos na proposta após uma negociação com a equipe econômica e com governadores. Em troca do endurecimento nas regras de inatividade, PMs e bombeiros terão redução em alíquotas de contribuição e terão assegurados benefícios integrais na hora da aposentadoria.

Os governos estaduais ficaram de fora da reforma da Previdência, que atingia os civis e também vinculava os PMs e bombeiros às regras das Forças Armadas, porque a Câmara dos Deputados resistiu em assumir o ônus político no lugar de governadores. Agora, os militares estaduais serão reincluídos diretamente no projeto de lei. Os PMs e bombeiros respondem por cerca de um terço do déficit previdenciário dos Estados, que chegou a R$ 101 bilhões no ano passado.

O projeto de lei eleva de 30 anos para 35 anos o tempo de serviço necessário para a reserva no caso dos futuros militares. Quem já está na carreira paga só um "pedágio" de 17% sobre o tempo que falta hoje para chegar aos 30 anos. Na prática, um militar que está a cinco anos da aposentadoria precisaria trabalhar outros 10 meses adicionais a esse tempo.

Alguns Estados, porém, permitem que seus militares podem ir para a inatividade com 25 anos de serviço. Nesses casos, a regra de transição será diferente. O tempo subirá 4 meses a cada ano, até chegar a 30 anos. Na prática, um militar nessa condição que tenha contribuído por 20 anos precisará prestar serviços por mais 6 anos e 4 meses (em vez dos 5 anos exigidos hoje).

Nos Estados, a regra de 25 anos recai sobretudo para mulheres que integram as forças de PMs e bombeiros, mas também é aplicada a homens em alguns casos.

Na regra definitiva, que valerá para quem ingressar após a aprovação da nova lei, o tempo mínimo será de 35 anos para homens e mulheres. Além disso, serão exigidos 30 anos de efetivo serviço militar.

O projeto também acaba com as promoções automáticas que ainda existem nos Estados quando o militar vai para a reserva. Esse expediente foi extinto nas Forças Armadas e hoje acaba representando acréscimos de 20% a 25% nas remunerações dos PMs e bombeiros inativos.

Os governadores que preferirem terão 30 dias a partir da aprovação da lei para postergar por dois anos a entrada em vigor das novas exigências sobre tempo de serviço e promoção na carreira. Com isso, a transição valeria para quem ingressar até 31 de dezembro de 2021.

Em contrapartida, o projeto coloca em lei federal a garantia de aposentadoria com o último salário da carreira (integralidade) e reajustes iguais aos da ativa (paridade) para todos os militares estaduais. Hoje esse é um critério definido caso a caso. Segundo apurou a reportagem, essa "concessão" feita pela área econômica vai retomar a integralidade para pensionistas de militares em Estados como Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O governo catarinense também havia acabado com integralidade para inativos e voltará com o benefício pelo projeto.

As alíquotas de contribuição dos militares estaduais ficarão menores. Muitos Estados já cobram 14% de seus servidores, mas a previsão é de uma cobrança de 9,5% dos militares a partir de 2020 e de 10,5% a partir de 2021. A área econômica, porém, avalia que não haverá prejuízo para os Estados porque hoje os pensionistas que ganham abaixo do teto do INSS (R$ 5.839,45) são isentos e passarão a recolher como os demais. Isso vai elevar a base de cálculo, mais que compensando a perda de arrecadação com a redução da alíquota, segundo apurou a reportagem. As regras de alíquota não poderão ser postergadas pelos governadores.

Segundo o relator, de 80% a 85% dos governadores apoiaram a proposta. Após a apresentação do conteúdo, a sessão da comissão especial foi suspensa, mas deve haver nova sessão quarta às 14h.

Um morador do Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acusa policiais militares de agredirem e chicotearem o seu irmão esquizofrênico. Imagens mostram as costas da vítima marcadas pelas agressões. As informações são do G1.

O ocorrido foi registrado na Delegacia de Ricardo Albuquerque e está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A ação policial teria ocorrido há uma semana.

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Durante operação, os policiais militares estariam entrando nas casas do Complexo do Chapadão em busca de criminosos. Eles teriam encontrado a vítima dormindo e acordado ela com um tapa.

O denunciante conta que, em seguida, houve uma sessão de tortura no irmão. Questionado sobre bandidos, o homem não conseguia responder por sofrer de transtorno psiquiátrico.

Conforme a denúncia, o morador foi colocado sentado enquanto era chicoteado nas costas. Além disso, a casa foi revirada e objetos quebrados.

Após o fato, a família deixou a casa por temor de represálias. A vítima foi medicada e se recupera. A Corregedoria da Polícia Militar apura as circunstâncias do caso.

O governador do Rio, Wilson Witzel, anunciou nesta quinta-feira, 25, a criação da primeira Secretaria de Vitimização e Atendimento à Pessoa com Deficiência do País. Anunciada no Encontro Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (ENEME), em São Paulo, a nova secretaria atenderia policiais vítimas de violência e também a população em geral.

"A secretaria vai beneficiar não apenas o policial, o bombeiro e suas famílias, mas também pessoas com deficiência e a população", afirmou Witzel, lembrando que a medida faz parte da política estadual de enfrentamento à criminalidade. "A ideia é, a partir dos próximos três anos, consolidar a secretaria."

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Números da violência no Rio divulgados na semana passada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) confirmam a tendência que já vinha sendo apontada desde o início do governo Witzel: a redução do número de homicídios em geral, inclusive de policiais, e o aumento do número de civis mortos por policiais.

O consolidado dos últimos seis meses revela que os crimes contra a vida registraram uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano passado - foram 608 homicídios a menos. No primeiro semestre de 2019 as mortes de policiais civis e militares em serviço e de folga caíram 54% em relação ao primeiro semestre de 2018. Nesse período, 31 agentes foram mortos, contra 67 no ano passado.

Em compensação, as mortes de civis vítimas de agentes do estado aumentaram 15% entre janeiro e junho deste ano. Foram 881 mortos este ano contra 764 no ano passado.

A Corregedoria da Polícia Militar recomendou a expulsão de dois policiais acusados de terem estuprado uma jovem de 19 anos, dentro de uma viatura da corporação, em 12 de junho deste ano, em Praia Grande, litoral paulista. A apuração interna encerrada em menos de um mês apontou indícios de que os policiais agiram de forma criminosa e devem ser excluídos da corporação. Os dois estão presos e também são investigados na esfera criminal.

De acordo com o ouvidor da PM, Benedito Domingos Mariano, que acompanhou a apuração, a decisão administrativa foi pela expulsão dos policiais, mas a análise final cabe ao comando da corporação.

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O ouvidor elogiou a rapidez com que a corregedoria da PM investigou a denúncia. "Tudo foi feito com o máximo rigor, saindo a conclusão menos de um mês após uma denúncia muito grave. Agora, vamos aguardar a decisão do comando da PM."

Segundo a denúncia da jovem, que teve a identidade preservada, ela viajou para a casa de uma amiga na região de Campinas e, na viagem de volta à casa onde mora com os pais, em São Vicente, acabou dormindo no ônibus. Quando despertou, viu que o coletivo já havia passado a cidade onde ela deveria desembarcar, e já estava em Praia Grande, cidade vizinha. A jovem foi orientada pelo motorista a atravessar a rua e pedir informações para chegar ao terminal de ônibus da cidade.

Ao ver a viatura da PM, a jovem se aproximou para pedir informações aos policiais e eles se ofereceram para levá-la. Um dos policiais, no entanto, sentou-se ao lado dela no banco de trás e, com a viatura em movimento, estuprou a jovem. Após ser deixada ao lado do terminal, ela tomou o ônibus e foi até a casa de uma amiga para pedir ajuda. Os familiares da amiga a convenceram a fazer a denúncia. Uma policial civil foi até a jovem, tomou seu depoimento e a encaminhou para o exame, que apontou indícios de estupro, como lesões nas partes íntimas.

Os policiais Anderson Silva da Conceição e Danilo de Freitas Silva negaram o estupro, alegando que apenas deram carona para preservar a integridade da jovem, já que estava sozinha à noite em local ermo. Os dois disseram que permaneceram no banco da frente da viatura, mas imagens de uma câmera de monitoramento apontaram que um deles sentou com a jovem no banco de trás. Um celular que a garota havia perdido também foi encontrado na viatura. A Justiça decretou a prisão preventiva de ambos.

A advogada Flávia Artilheiro, que defende os policiais, disse que a recomendação da corregedoria da PM ainda será analisada durante o processo administrativo. "A corregedoria apenas entendeu que é pertinente o processo, mas eles ainda terão a oportunidade de se defender no curso do processo legal." Segundo ela, os dois

Dois policiais militares agrediram um catador de material reciclável na Vila Leolpoldina, zona oeste de São Paulo. As agressões foram filmadas por uma testemunha e as imagens mostram o momento em que os agentes chutam o homem caído no chão, atingindo-o na cabeça e nas costas. A corporação informou nesta segunda-feira, 17, que os policiais foram afastados do serviço e serão investigados pela Corregedoria.

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As imagens circularam nas redes sociais nesta segunda, mas o caso aconteceu na tarde do sábado, 15, na Rua Tripoli. De acordo com a Polícia Militar, a viatura foi acionada para o local após uma denúncia de extorsão. Um catador estaria se recusando a remover sua carroça da saída de um veículo até que uma motorista pagasse uma quantia em dinheiro. Segundo a corporação, o catador estaria agitado e agressivo, e teria confirmado que exigiu o pagamento para liberar o caminho do carro.

O presidente Jair Bolsonaro disse que seu filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não pode ser culpado por homenagens que fez a acusados de comandar milícias no Rio.

Em entrevista ao jornal americano The Washington Post, o presidente disse que Flávio, então deputado estadual, concedeu "mais de 300 diferentes condecorações e títulos de honra" a profissionais da área de segurança pública, e que não poderia ser responsabilizado por duas em que poderia haver irregularidades. "A pessoa que concedeu a condecoração não pode ser culpada".

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As homenagens, em 2003 e 2004, foram feitas aos policiais militares Adriano Magalhães da Nóbrega e Ronald Paulo Alves Pereira. Nóbrega ganhou a Medalha Tiradentes, considerada a maior honraria do Estado, e Pereira recebeu menção honrosa. Os dois foram alvo de mandados de prisão na Operação Intocáveis, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio, acusados de participar de uma das principais milícias do Estado, em Rio das Pedras, comunidade pobre na zona oeste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta quarta-feira, 16, um inquérito civil para investigar a conduta dos policiais militares que admitiram à força-tarefa da Lava Jato terem trabalhado na transportadora de valores usada pela Odebrecht para entregar dinheiro de propina e caixa 2 a políticos na capital paulista entre 2010 e 2015.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou na segunda-feira passada que pelo menos sete PMs da ativa e aposentados do 14.º (Osasco) e do 49.º (Pirituba) batalhões prestaram serviço à empresa Transnacional, usada pelo doleiro Álvaro José Novis para fazer os repasses ilícitos da empreiteira. Seis deles estavam na ativa em 2014, quando foi feita a maior parte dos pagamentos. Três policiais se aposentaram entre 2016 e 2017 e outros três permanecem na ativa, com salários que variam de R$ 5,4 mil a R$ 7,5 mil.

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O caso foi distribuído ao promotor Ricardo Manuel Castro, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social. Ele vai investigar se os PMs cometeram ato de improbidade administrativa ao fazerem "bico" para uma transportadora de valores. Castro é o autor da ação civil segundo a qual o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) teria recebido R$ 7,8 milhões de caixa 2 da Odebrecht na campanha ao governo do Estado, em 2014. O tucano nega.

Os policiais já são alvo de procedimento disciplinar aberto pela Polícia Militar de São Paulo para apurar desvio de conduta. A Lei Orgânica da corporação proíbe que os policiais exerçam uma atividade paralela, o chamado bico. A apuração é acompanhada pela Corregedoria da PM e pode resultar em sanções administrativas que vão de advertência à demissão.

Em depoimentos à Polícia Federal, os policiais disseram que trabalhavam em dias alternados na transportadora e recebiam R$ 180. Considerados apenas testemunhas colaboradoras pela PF, eles afirmaram que não sabiam qual era a origem do dinheiro nem quem eram os destinatários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em junho de 2014, o cabo Ednaldo Rocha Silva, do 14.º Batalhão da Polícia Militar paulista, em Osasco, recebeu uma convocação extraoficial. O sargento Paulo Roberto Romualdo, que se aposentara um ano antes no 49.º Batalhão, em Pirituba, zona norte da capital, estava recrutando "policiais de confiança" para fazer um bico sigiloso pelos próximos meses. A missão: entregar dinheiro para "clientes VIP" de uma transportadora de valores da região.

Embora aquele fosse um período de campanha eleitoral, cabo Silva não podia imaginar que ao aceitar o serviço estaria aderindo à engrenagem do que é considerado o maior esquema de corrupção já descoberto no País. Ele e Romualdo integraram uma tropa de PMs contratada pela empresa Transnacional e sua matriz no Rio de Janeiro, a Transexpert, para efetuar os pagamentos ilícitos da Odebrecht que teriam como destinatários finais políticos e agentes públicos de diferentes Estados.

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Operado pelo doleiro Álvaro Novis, o sistema distribuiu ao menos R$ 37,9 milhões em São Paulo e R$ 81,8 milhões no Rio entre 2011 e 2014.

Dia sim, dia não, os oficiais se apresentavam à paisana, às 8h, na garagem da sede da Transnacional, na Vila Jaguara, bairro que fica entre o 14.º o 49.º batalhões da PM. Recebiam uma relação de endereços, recibos e senhas e saíam em dupla em carros blindados lotados de dinheiro. Os veículos Volkswagen Polo prata tinham sido comprados do Grupo Petrópolis, também usado pela Odebrecht para distribuir caixa 2 de campanha.

Só em São Paulo, ao menos oito PMs da ativa ou aposentados atuaram na distribuição de dinheiro da Odebrecht, ganhando R$ 180 por dia de trabalho, mais do que o ganho diário de um cabo. Grandes quantias, como R$ 500 mil, eram entregues pelos policiais diretamente aos intermediários indicados pelos políticos em suas residências, escritórios ou flat.

A exceção era quando a Odebrecht pedia ao doleiro um entregador com "boa apresentação". Nestes casos, era um funcionário de Novis chamado Rogério Martins quem fazia os pagamentos. Já quando havia muitos pagamentos menores, como R$ 50 mil, agendados para o mesmo dia, os PMs levavam o dinheiro até um quarto de hotel onde Martins se hospedava e aguardava os portadores dos políticos buscarem os valores. Um carro-forte da Transnacional ficava estacionado em local estratégico servindo de ponto de distribuição de dinheiro aos agentes.

Depoimentos

Todos esses detalhes foram revelados à Polícia Federal e a procuradores e promotores de São Paulo e do Rio pelos próprios PMs e por funcionários das empresas envolvidas em uma série de depoimentos concedidos no ano passado nos inquéritos da Lava Jato. Isso só foi possível depois que Álvaro Novis decidiu colaborar com os investigadores após sua segunda prisão, em 2017, e revelou como operava os pagamentos por meio das transportadoras.

Em dezembro daquele ano, o gerente da Transnacional, Edgard Augusto Venâncio, entregou à PF um arquivo com centenas de conversas mantidas por Skype com os policiais que faziam as entregas nas ruas. Nas mensagens aparecerem nomes, endereços e até telefones dos intermediários que teriam recebido a propina. Com base nessas conversas foi possível identificar quem fez cada entrega.

Colaboração

Considerados "testemunhas colaboradoras", os policiais viraram peça-chave da última etapa da investigação: a comprovação dos pagamentos listados nas planilhas da Odebrecht. Todos eles afirmaram aos investigadores que não sabiam a origem do dinheiro e nem quem eram os destinatários.

O PM cabo Silva, por exemplo, admitiu ter ido ao menos uma vez em 2014 entregar dinheiro no prédio onde um assessor do senador Ciro Nogueira (PP-PI) tinha um apartamento alugado em São Paulo. O parlamentar é acusado de ter recebido R$ 1,3 milhão da empreiteira naquele ano. Ciro Nogueira e o assessor negam que tenham cometido irregularidades e recebido repasses ilegais da construtora.

Contribuição maior aos investigadores foi dada pelos policiais Abel de Queiroz, que ainda está na ativa no 14.º Batalhão, e Wilson Francisco Alves, que se aposentou em 2016. À PF, os dois reconheceram o escritório de advocacia de José Yunes, amigo e ex-assessor especial do ex-presidente Michel Temer, como um dos locais onde levaram malotes de dinheiro a serviço da Transnacional.

Temer é acusado de ter recebido R$ 1,4 milhão da Odebrecht. Em setembro do ano passado, a assessoria do Palácio do Planalto apontou "perseguição" ao então presidente ao rebater o inquérito da Polícia Federal. A assessoria disse que o pedido de apoio formal para campanhas eleitorais à Odebrecht ocorreu "dentro de todos ditames legais" e "todos os registros foram feitos em contas do PMDB e declarados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)."

A defesa de Yunes sustenta que ele não era intermediário de ninguém e que nunca teve contato com os policiais.

Cunha

Segundo os depoimentos dos policiais militares nas investigações envolvendo os repasses da Odebrecht, o mesmo esquema de distribuição de dinheiro a políticos foi operado no Rio pela transportadora Transexpert.

O policial militar José Walber Francisco dos Santos disse aos investigadores que fazia entregas diárias de dinheiro no escritório do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha também em carros blindados descaracterizados. Ele atuou na transportadora entre 2010 e 2015 e chegava a fazer até 15 pagamentos por dia.

Cunha também nega ter recebido recursos ilícitos da empreiteira. O deputado cassado está preso desde outubro de 2018 na Operação Lava Jato.

Tanto a Transnacional quanto a Transexpert faliram depois que a Lava Jato descobriu seus envolvimentos no esquema da Odebrecht. Ex-dirigentes e funcionários das empresas estão colaborando com as investigações. A reportagem não conseguiu contato com os representantes das empresas ou seus advogados.

Investigação

A Polícia Militar de São Paulo instaurou procedimento disciplinar para investigar a conduta de sete policiais que admitiram à Polícia Federal terem trabalhado na transportadora de valores usada pela Odebrecht para entregar dinheiro de propina e caixa 2 a políticos na capital paulista. Seis deles estavam na ativa em 2014, quando foi feita a maior parte dos pagamentos investigados pela Lava Jato.

A Lei Orgânica da polícia, sancionada em 1979, proíbe que os policiais exercem uma atividade paralela, o chamado bico. Embora sejam considerados apenas testemunhas colaboradoras pela PF, os agentes podem sofrer sanções administrativas que vão de advertência à demissão caso a Corregedoria da PM conclua que eles descumpriram o código disciplinar.

Três policiais se aposentaram entre 2016 e 2017 e outros três permanecem na ativa, com salários que variam de R$ 5,4 mil a R$ 7,5 mil. É o caso do cabo Abel de Queiroz, que fez entregas de dinheiro no escritório de José Yunes, amigo do ex-presidente Michel Temer, e Ednaldo Rocha Silva, que esteve ao menos uma vez no prédio de um assessor do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Ambos estão lotados no 14.º Batalhão. Silva não quis falar com a reportagem e Queiroz não foi localizado na semana passada.

Segundo vizinhos da Transnacional, os policiais do 14.º e 49.º batalhões começaram a ser recrutados pela Transnacional depois que a empresa foi alvo de um assalto, em 2009. Na ocasião, bandidos alugaram uma casa a 100 metros da empresa, escavaram um túnel e roubaram cerca de R$ 20 milhões. A transportadora, contudo, só fechou as portas em 2016, depois que a PF descobriu sua participação no esquema da Odebrecht.

Em 2015, o 14.º Batalhão chegou a ser investigado pelo suposto envolvimento de policiais em uma chacina ocorrida em agosto daquele ano, quando 23 pessoas foram mortas em Osasco e Barueri. Três PMs de outras unidades foram condenados pelo crime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, prendeu nesta quarta-feira, 7, sete soldados e dois tenentes suspeitos de torturar, matar e esconder o corpo de um jovem de 22 anos, em Goiânia. Outros dois PMs também são investigados, mas tiveram executados contra eles apenas mandados de busca e apreensão. A defesa dos policiais nega o envolvimento deles com os supostos crimes, que, segundo a investigação, foram praticados após uma abordagem policial dentro da casa da vítima.

As prisões são temporárias, com prazo de 30 dias. De acordo com a operação, chamada de Pacto do Silêncio, Pedro Henrique Rodrigues desapareceu no dia 15 de agosto deste ano. Em depoimento, a mulher dele, Islla Tamires Tavares de Melo, contou que os policiais entraram na casa da família, enquanto os dois dormiam, dizendo que o jovem havia roubado um carro, dias antes. Na ocasião, segundo ela, os PMs procuraram uma suposta arma usada no crime, que não teria sido encontrada.

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Islla Tamires disse ainda, que os policiais agrediram e torturaram Pedro Henrique, por cerca de 30 minutos, até ele desmaiar. Segundo ela, os PMs encheram um balde de água e colocaram a cabeça dele dentro, enquanto davam choques nele. "Subiram em cima das duas pernas dele e pularam na cabeça dele", afirmou a mulher.

Em seguida, conforme acrescentou a testemunha, os PMs jogaram Pedro Henrique dentro do carro da corporação, alegando que o levariam para atendimento médico em um posto de saúde. Desde então, segundo o depoimento, ele não foi mais visto. A mulher também disse que o jovem foi preso em 2017, suspeito de tráfico de drogas, mas, segundo ela, ele respondia ao processo em liberdade.

Além dos nove mandados de prisão temporária, o Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gceap) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MP-GO, cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Militar, nas casas de todos os suspeitos. Os mandados foram realizados para apreensão de computadores e celulares.

A Polícia Militar informou que a própria corregedoria levou os PMs à sede do MP e, em seguida, ao 1.º Batalhão. A corporação também informou que os policiais estavam afastados das ruas, executando apenas funções administrativas. O sistema de rastreamento via satélite da PM apontou que quatro carros da corporação, em que estavam os nove presos, passaram perto da residência de Pedro Henrique no dia da abordagem. O sistema, no entanto, não localizou próximo à casa da vítima o quinto veículo da PM, em que trabalhavam os outros dois suspeitos.

O advogado dos policiais, Tadeu Bastos, nega o envolvimento deles com os supostos crimes e disse que, na época, os 11 policiais estavam em cinco carros da corporação para atender a uma ocorrência de roubo de carro. Segundo a defesa, na ocasião, duas pessoas foram presas e um veículo foi recuperado. Em seguida, conforme acrescentou o advogado, os suspeitos se dirigiram à região próxima à casa da vítima para "averiguação de disparo de arma de fogo por parte de terceiros".

A defesa também disse que recebeu com "estranhamento" a operação, já que, conforme acrescentou, os policiais têm contribuído com as investigações e havia oitivas deles agendadas para os próximos dias 13 e 15. O MP-GO não informou porque houve necessidade de deflagrar a operação. Vencido o prazo da prisão temporária, os investigadores poderão pedir à Justiça Militar que seja decretada a prisão preventiva, sem período determinado, se houver necessidade.

Dois policiais militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) sofreram um acidente nesta terça-feira (6). Eles faziam a escolta da comitiva que levava o presidente eleito Jair Bolsonaro até a Base Aérea do Galeão para embarcar com destino a Brasília.

De acordo com a PM, o acidente com os dois batedores ocorreu na Linha Amarela, principal via de ligação entre a Barra da Tijuca, onde mora Bolsonaro, e a Linha Vermelha, que dá acesso ao Galeão.

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Ainda segundo a PM, os dois batedores integram o Grupamento Tático de Motociclistas do batalhão. Um deles foi atendido pelo Corpo de Bombeiros no próprio local e o segundo, encaminhado para o Hospital Central da Polícia Militar. Não há informação sobre o estado de saúde do policial internado.

Bolsonaro chegou à Base Aérea do Galeão às 6h e, pouco depois das 7h, decolou para Brasília. Ele já está na capital federal, onde cumpre agenda de dois dias.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga a morte de um adolescente de 15 anos morto durante uma abordagem policial na noite de quarta-feira, 31, no Jaraguá, zona norte de São Paulo. O balconista Daniel Mendes dos Santos, de 19 anos, que estava na garupa da moto guiada pelo adolescente foi preso, acusado de apontar uma arma contra os policiais, e também terminou baleado.

A família do jovem morto contesta a versão, dizendo que nem o rapaz morto nem o preso estavam armados.

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Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública, o registro do caso diz que policiais militares faziam patrulhamento de rotina do bairro quando foram informados de um chamado feito ao telefone 190, feito por um cidadão que suspeitou da presença de dois rapazes em uma moto quando ia buscar sua filha em casa. Os policiais passaram a procurar pela moto com a dupla.

Ainda segundo a versão oficial, quando cruzaram com o carro da polícia, os ocupantes da moto teriam se surpreendido e Santos, que portaria uma arma, a apontou na direção dos policiais. Os agentes do Estado reagiram e atiraram nos dois rapazes, que perderam o controle da moto e caíram. Feridos, ambos foram levados ao Hospital Geral de Taipas, na zona norte. O adolescente não resistiu.

A secretaria informa ainda que o cidadão que pediu ajuda à polícia, um motorista de 42 anos, reconheceu Santos como o homem que havia o assustado.

A mãe de Santos, Lineze Pinheiro Mendes, de 49 anos, dá uma versão diferente. Ela conta que o filho, que serve salgados e bebidas no bar do tio há seis meses, havia sido chamado pelo menor, seu primo, para andar de moto pelas ruas do bairro quando foram alvo dos tiros da polícia. "Ele não estava armado, nunca teve arma e nunca foi preso", diz a mãe.

"Eu estava fazendo o jantar quando avisaram que eles estavam caídos. Cheguei lá e ele estava em convulsão. Os policiais disseram que era por causa de drogas, mas meu filho nunca usou. Ele caiu e bateu a cabeça há alguns anos, e tinha convulsões. Fazia tempo que não tinha. Mas, como caiu da moto, acho que bateu a cabeça de novo", diz a mãe.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), órgão da Polícia Civil que atua no caso de mortes praticadas por policiais militares, também abriu inquérito. Segundo sua mãe, Santos passou por audiência de custódia e continuou preso. "Falaram que ele vai ficar quatro meses lá. Eu quero tirar meu filho da prisão", afirma a mãe.

Mais um policial militar é vítima da violência no Rio, aumentando para 60 o número de PMs mortos no Estado desde o início do ano. O cabo reformado da Polícia Militar, Ronalde Pereira da Costa foi morto com três tiros no peito ao reagir a um assalto praticado por dois homens que estavam de moto e tentaram roubar a moto em que estava o militar.

Ronalde reagiu e atingiu um dos criminosos no pé, mas foi baleado pelo outro assaltante. A dupla conseguiu fugir, levando a arma do policial. O crime ocorreu na rua Gabriel Lisboa, em Irajá, zona norte do Rio. O militar morreu na hora e o corpo permanece no local. A rua Gabriel Lisboa está interditada ao tráfego de veículos.

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Na terça-feira (10), o soldado da Polícia Militar (PM) Rodrigo Passos Soares, 29 anos, morreu de madrugada durante uma abordagem a criminosos na Avenida Brasil, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a PM, o policial fazia parte de uma equipe que abordou uma moto BMW com dois suspeitos, na altura de Bonsucesso.

Quando os policiais verificaram que a moto era roubada, um terceiro homem, que estava em um carro, dando cobertura à dupla de motociclistas, atirou contra os policiais com um fuzil AK-47. Dois policiais foram atingidos, entre eles o soldado, que morreu no Hospital Geral de Bonsucesso.

Dois policiais militares morreram e dois ficaram feridos em um acidente ocorrido na noite desta terça-feira (15), entre as estações Recife e Joana Bezerra, centro do Recife. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos convocou uma coletiva nesta quarta-feira (16) para falar sobre o caso e o gerente da estação, Murilo Barros, informou que é possível que o maquinista não tenha visto os policiais que no momento faziam uma perseguição, causando assim essa tragédia.

"A comissão de acidente da empresa já foi acionada; eles irão apurar e repassar o que realmente pode ter acontecido", diz Murilo. Quando perguntado se algum sinal poderia ter sido dado para que os policiais ficassem em alerta na vinda do trem, ele explica que "quando o maquinista vê que tem gente na via ele buzina, entra em contato com o centro de controle e nossa equipe de segurança retira quem está nos trilhos (o que não foi o caso)". 

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A suspeita sobre a possibilidade dos policiais terem levado uma descarga elétrica nos trilhos, o gerente da estação descarta a hipótese: "a nossa alimentação elétrica é rede aérea, com 3 mil volts; nos trilhos não dá choque", enfatizou. Sobre possíveis providências que possam ser tomadas para evitar novos acontecimentos do tipo, o gerente informa que espera uma avaliação da comissão de acidente e depois repassará o que foi definido. 

No local onde aconteceu a tragédia há cruzamento dos trens: "dois para o centro e dois para a linha sul; sendo a nossa área mais perigosa". "Em 34 anos que estou no metrô essa é a primeira vez que vejo isso", ponderou Murilo Barros. O maquinista foi encaminhado para o setor de psicologia da empresa.

Segundo o Hospital da Restauração, dos policiais que estão na unidade Adeildo José Alves é o que se encontra em estado grave e o soldado Luciano está consciente. 

NOTA DE PESAR DA PMPE

O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Vanildo Maranhão, determinou luto por três dias na Corporação, por causa da morte de dois de seus policiais na noite desta terça-feira. Com a decisão, o comandante traduz o sentimento de todos os seus comandados, consternados com a perda de homens valorosos, que souberam honrar cada segundo no qual fizeram de suas fardas uma segunda pele, usada com bravura acima de qualquer adversidade.

Os policiais, lotados no 16º BPM,  foram vítimas de um lamentável acidente, atropelados por um trem do metrô, na Estação Recife. Eles estavam no estrito cumprimento do dever, realizando incursões na região central da capital na tentativa de capturar acusados de crimes como tráfico e assaltos. Perderam a vida em defesa da sociedade pernambucana, o sargento Eneias Severino de Sena, casado, 40 anos, sendo quase 11 deles dedicados à PMPE, e o soldado Adeildo José Alves, da mesma idade e também casado, na Corporação desde março de 2009. O sepultamento de ambos está marcado para as 16h de hoje, no Cemitério de Santo Amaro, onde receberão as merecidas honras militares.

Além da tristeza que envolve a  todos que integram a família policial militar, a Secretaria de Defesa Social e suas demais operativas - Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica e Corregedoria Geral -  também externaram ao comandante geral suas condolências pela perda dos dois heróis.

Ainda saíram feridos na tragédia, outros dois soldados do Batalhão, que estão recebendo total o apoio da Corporação e todo o atendimento médico necessário, para que tenham pronta recuperação.

Coronel PM Vanildo Maranhão

Comandante Geral da Polícia Militar de Pernambuco

O novo comando da Segurança do Rio terá de lidar com policiais e agentes penitenciários insatisfeitos. A principal demanda é pela regularização de salários e gratificações - as categorias ainda não receberam o 13.º salário de 2017. No caso dos presídios, um motim no domingo (18) - o primeiro registrado em dez anos - e a afirmação dos servidores de que "não serão subservientes" à intervenção tornam o cenário mais tenso.

Há ainda um déficit de funcionários na PM e no sistema penitenciário - faltam 2 mil PMs, segundo a Polícia Militar, e 2,5 mil agentes penitenciários, de acordo com a categoria - a secretaria não revela números.

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Além do 13º, os policiais se ressentem do atraso no pagamento dos serviços extras e dos benefícios do programa de metas. Também criticam o fato de o governo do Estado ter depositado o 13.º de 2016 com um ano de atraso sem que houvesse correção monetária e, ainda, se ressentem das más condições de trabalho de quem atua diretamente no combate à violência. Veículos de patrulhamento, coletes à prova de balas e armas estão sucateadas, afirmam.

Como nas polícias, no sistema penitenciário, que conta com 51 presídios e tem 4.600 agentes para vigiar 51 mil presos, os servidores dizem se sentir tratados com descaso.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a intervenção federal na segurança do Estado não implica o repasse de novos recursos para a área. O sucateamento da Polícia Militar e da Polícia Civil - que por causa da crise ficaram sem armas, carros, combustível e até papel - será resolvido pelo próprio governo e não pelo interventor. "Não vai entrar dinheiro nenhum para frota, para combustível, isso tudo estamos vencendo agora", disse. "Mas a minha prioridade era pagar os salários dos policiais em dia. Acabamos de dar um aumento para todos eles. Agora vamos renovar a frota."

O Diário Oficial do Estado publicou nesta segunda a exoneração do delegado federal Roberto Sá, ex-secretário de Segurança, que pediu demissão na sexta-feira, dia 16. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O tenente Jeovany Carvalho de Andrade Brito, de 29 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (24) em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. Ele foi o oitavo policial militar (PM) assassinado neste ano no estado do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Militar, Jeovany acompanhava um grupamento de policiais do Batalhão de Cabo Frio (25º BPM) em um patrulhamento na comunidade da Coca Cola, quando começou um tiroteio entre os agentes e criminosos armados.

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Jeovanny morreu no próprio local. Um suspeito de participar do confronto ficou ferido e foi levado para o Hospital de Arraial do Cabo. O tenente estava na Polícia Militar desde 2012.

O cabo Eduardo Caetano Neto França foi o 131º policial militar morto por agressão no estado do Rio de Janeiro este ano. Ele havia sido ferido durante sua folga em Paraty, no litoral sul fluminense, no início de dezembro.

O PM estava internado desde o incidente no Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis, município vizinho, e morreu na madrugada desta sexta-feira (22). Segundo a Polícia Militar, ele tinha 37 anos e estava há nove anos na corporação.

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Além dele, outros 79 policiais foram assassinados quando estavam de folga. Entre os 131 policiais militares mortos, 29 morreram enquanto estavam de serviço e 22 eram reformados.

A assessoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que o policial militar (PM) reformado Reginaldo Pedrosa Gomes foi assassinado a tiros, em Comendador Soares, na Baixada Fluminense, na madrugada deste domingo (10). Reformado desde 2004, o soldado tinha 45 anos e era solteiro. Ele é o 126º PM assassinado no estado este ano.

De acordo com informações do 20º Batalhão de Polícia Militar de Mesquita, o soldado Gomes envolveu-se em uma discussão ao sair de uma casa de shows e foi morto por um homem que fugiu em seguida. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense está investigando o caso.

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Dos 126 policiais militares mortos mortos em situação de violência no Rio de Janeiro desde janeiro, 26 foram assassinados em serviço; 77 quando estavam de folga; e 23 eram policiais reformados, informou a assessoria da corporação.

O Rio de Janeiro registrou, na segunda-feira (20) a morte do 120° policial militar em 2017. O sargento Rodrigo Tavares, que estava internado desde sábado (18), no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, morreu após ter sido baleado em uma tentativa de assalto, no sábado.

De acordo com informações da Polícia Militar, o sargento foi atacado por dois suspeitos armados quando chegava em casa, no bairro de Pendotiba, em Niterói, também na Região Metropolitana do Rio. Após uma troca de tiros, ele foi baleado na cabeça.

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O militar chegou a ser socorrido por familiares e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde passou por cirurgia. Na tarde de segunda-feira, 20, no entanto, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a morte do policial.

De acordo com policiais do 12º Batalhão da Polícia Militar (Niterói), a polícia foi alertada por moradores sobre uma troca de tiros entre um PM, que estava de folga, e um criminoso, durante uma tentativa de assalto.

Durante o confronto, o criminoso também ficou ferido e foi levado sob custódia policial para o mesmo hospital. Segundo a polícia, foram apreendidos com o suspeito uma pistola calibre 380 e uma motocicleta.

Na manhã de domingo (19) outro policial militar foi atingido por um tiro no ombro, durante um assalto a um ônibus na Avenida Dr. Rúbens Farrula, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O criminoso deixou cair no chão uma de suas armas e fugiu, mas uma patrulha do 21º Batalhão da Polícia Militar (São João de Meriti) conseguiu prender o assaltante. O suspeito foi reconhecido pela vítima. O PM foi socorrido até o Posto de Atendimento Médico de Meriti e está fora de perigo.

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