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Imagens gravadas por usuários do serviço de transporte coletivo mostram um homem sendo agredido por seguranças do Metrô de São Paulo, na capital, nesta terça-feira, 23. O vídeo que flagrou as agressões foi publicado pelo padre Júlio Lancellotti, que atua com pessoas em situação de rua, em sua rede social.

De acordo com testemunhas, o homem coletava materiais para reciclagem quando sofreu a abordagem violenta. O Metrô informou que os seguranças foram afastados.

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As cenas gravadas mostram quando o homem já está cercado por três seguranças e um deles o agride com um cassetete. "Eu estou falando para você ir embora", ela diz. Em seguida, outro segurança dá uma rasteira e o derruba. Quando o homem se levanta, o mesmo segurança desfere um golpe de cassetete em sua cabeça. As agressões se deram em um corredor de acesso, sob uma placa indicando a Rua Paranabi e a Avenida Tucuruvi, na zona norte da cidade.

O material que o homem carregava ficou espalhado pelo piso da estação. A vítima não foi identificada. Segundo as testemunhas, depois de apanhar, o homem, que seria um morador de rua, foi obrigado a deixar o local sem levar nada.

"Este episódio não é um fato isolado. É uma maneira normal de agir dos seguranças do metrô. Não adianta só afastar esses que são identificados. A segurança do metrô é truculenta, é violenta sistematicamente, continuamente e estruturalmente", disse o padre Júlio à reportagem.

Em nota, o Metrô lamentou o ocorrido e disse que não tolera qualquer forma de violência ou discriminação. "A companhia instaurou um processo para apurar rigorosamente os fatos e determinou o imediato afastamento dos agentes de segurança", disse a empresa.

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Hoje (5) é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem. Em decorrência do crescente número da população, cresce também o número de indústrias que produzem material plástico- o que acarreta maior número de residuos deste tipo, gerando trabalho a catadores e cooperativas locais. Confira a seguir, como funciona este processo em Guarulhos, segundo maior cidade do estado de São Paulo e uma das mais ricas do país. 

Todos os dias a cidade produz mais de mil toneladas de resíduos, segundo site da Prefeitura. Em outubro de 2022 as cooperativas e indústrias receberam uma consultoria para aperfeiçoar o serviço. Seis cooperativas de reciclagem receberam certificação de uma consultoria com foco no crescimento institucional das entidades, oferecidas pela Prefeitura.

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Algumas das cooperativas locais participam do programa Coleta Seletiva Solidária, que recolhe e destina corretamente os resíduos recicláveis separados pela população a fim de gerar trabalho e renda. Após as pesquisas e o aumento das indústrias, também foram crescendo os projetos socioambientais e cooperativas locais voltados para os catadores.  

Jaqueline Luiza Conceição, que está à frente dos projetos socioambientais de Guarulhos, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), explica que a atuação poder público em relação às cooperativas e a reciclagem é para criar o programa da coleta seletiva que tem um local que vai descartar - o aterro sanitário. "O poder público tem uma parte da indústria que vai reprocessar, então, todos eles são responsáveis por essa embalagem e a política nacional de resíduos sólidos, todos os entes da Federação Municipal Estadual, da sociedade e toda a economia”, enfatiza.

O Aterro Sanitário é um local destinado a decomposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Neles são resíduos também retirados do esgoto. Com isso, várias tentativas de estimular a reciclagem e diminuir o lixo são direcionados ao aterro. 

Pesquisa 

De acordo com o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em 2021, existem cerca de 800 mil catadores e catadoras em atividade no Brasil, sendo 70% do gênero feminino. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB), 13,5% de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos são plásticos produzidos no país. Estudos apontam que aproximadamente 45% dos resíduos em Guarulhos são recicláveis, ou seja, são resíduos que podem ser separados e transformados em novos produtos, diminuindo a retirada de matéria prima da natureza e possibilitando a sobrevivência. 

Catadores de materiais recicláveis  

O homem é o ser que atua na conservação da natureza de forma indireta, pois recolhe o lixo e recicla. O descontrole dessa reutilização do material plástico gera a ação da indústria em terceirizar o trabalho dos catadores. “Ser catador é uma profissão onde os catadores se ajudam entre si para crescer esse tipo de comércio. Eu tenho os meus clientes. Tem muita gente que está vindo agora por necessidade. Isso é diferente de um catador que nem eu, não estou pela necessidade, eu estou porque sou profissional”, disse o catador de material reciclável Ronei da Silva, de 61 anos, que vive da reciclagem desde os 14 anos e recolhe os materiais no Centro de Guarulhos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou nesta quarta-feira (12) que fechou um acordo para pagamento de indenização à família do catador Luciano Macedo, morto por militares do Exército durante uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, em 2019. De acordo com o órgão, o acordo foi homologado ontem (11) pela Justiça Federal e prevê pagamento total de R$ 841 mil.

O valor foi dividido da seguinte forma: R$ 493 mil serão destinados à mãe de Luciano, Aparecida Macedo; R$ 123,2 mil para cada uma das três irmãs; R$ 21,7 mil de pensão vitalícia atrasada; R$ 3,5 para pagamento de despesas com funeral e R$ 76,4 mil para honorários advocatícios.

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Segundo a AGU, está em andamento um acordo nos mesmos moldes com familiares do músico Evaldo Santos, que também morreu durante o episódio.

Luciano e Evaldo foram mortos durante operação na qual militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford KA branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e uma amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. O catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

Um catador de recicláveis foi morto na favela da Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (5). O homem, conhecido como “Lord”, tinha 51 anos e apresentava sinais de transtornos mentais. Segundo a PM do Rio, os agentes acharam que a vítima portava um fuzil, quando, na verdade, Lord carregava um pedaço de madeira. A instituição deve apurar o caso junto à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. 

O caso ganhou visibilidade após influenciadores e perfis de organizações sociais subirem hashtags nas redes sociais. Portais como o Voz da Comunidade organizaram mutirão para cobrar respostas da PM.  

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Em nota, a Secretaria de Polícia Militar admitiu que o homem "foi morto por conduzir o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira". O comunicado diz ainda que "o comando da Corporação já instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias que vitimaram fatalmente um homem na comunidade". 

À ocasião, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC) realizavam uma operação na comunidade. O objetivo da ação, de acordo com a PM, é prender criminosos que também roubam na região, apreender armas de fogo e recuperar veículos roubados. 

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada para realização de perícia. O comando da PM afirma, também, que já instaurou procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias da morte, e diz que vai colaborar integralmente com as investigações da Polícia Civil. 

Leia a nota da Polícia Militar na íntegra: 

"O comando da Corporação já instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias que vitimaram fatalmente um homem na Comunidade Cidade de Deus, na Zona Oeste da Cidade do Rio. 

Desde o início da manhã desta quinta-feira (5/1), equipes do 18º BPM (Jacarepaguá), com o apoio do Comando de Operações Especiais (COE) – através do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC) – realizam uma operação na Comunidade Cidade de Deus. Dentre os objetivos, a prisão de criminosos que atuam no crime organizado daquela localidade e praticam diversos roubos na região, além de também apreender armas de fogo e recuperar veículos roubados. 

Durante as ações, os policiais foram atacados a tiros em diversos pontos da comunidade e equipes do BOPE apreenderam um fuzil calibre 5,56. 

De acordo com policiais do 18º BPM, uma equipe da unidade se deslocava pela localidade do Pantanal, uma área historicamente conflagrada, quando se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira. Os policiais efetuaram disparos e o atingiram. O ferido não resistiu. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para a perícia. 

Além do procedimento interno instaurado, a SEPM colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil. Os policiais serão identificados e as armas apresentadas à perícia." 

 

Viúva do músico Evaldo dos Santos Rosa, um dos dois mortos pelos militares condenados pela Justiça Militar na madrugada desta quinta-feira (14) a técnica de enfermagem Luciana dos Santos Nogueira, de 43 anos, disse após o julgamento que a condenação tirou um peso que estava sobre a sua cabeça.

"Hoje vou chegar em casa, tomar um banho e acho que vou conseguir dormir", afirmou. "Eles (os magistrados da Justiça Militar que condenaram os réus) não têm noção de como estão trazendo paz para a minha alma. Eu sei que não vai trazer o meu esposo de volta, mas não seria justo eu sair daqui sem uma resposta positiva."

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O advogado Paulo Henrique Pinto de Melo, que defende os militares, afirmou que a decisão não foi justa. Anunciou que vai recorrer.

"Esta condenação não é definitiva. Ela não traz Justiça aos autos, e a defesa, dentro do prazo legal, fará e apresentará o recurso para instância superior, aguardando que ali se faça Justiça isenta, justiça longe dos apelos e da interferência externa."

Para o advogado criminalista e constitucionalista Pedro Abramovay, diretor para a América Latina e o Caribe da Open Society Foundations, a condenação foi importante. Segundo ele, pela primeira vez membros das Forças Armadas foram responsabilizados por um crime cometido durante trabalho de segurança pública.

"As Forças Armadas não foram feitas para serem usadas na segurança pública", disse. "Elas usam equipamentos adequados para a guerra."

O advogado acredita que essa condenação pode começar a mudar a lógica das Forças Armadas em casos semelhantes.

"Essa condenação é importante tanto para a segurança pública, para que os agentes de segurança não matem pessoas inocentes que estão andando pelas ruas, como para, quem sabe, inaugurar um processo de encontro das Forças Armadas com seus erros", afirmou.

Para o advogado Rodrigo Mondego, vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio, entidade ligada ao governo estadual, a condenação dos militares pode ser "um marco".

"A meu ver, as mortes de civis por militares não deveriam ser julgadas pela Justiça Militar, mas pela Justiça comum. Mas, neste caso, mesmo sendo julgados por seus pares, os militares foram condenados", avalia. "É simbólico que essas mortes tenham ocorrido em 2019, ano que registrou o recorde histórico de mortes por agentes de segurança no Rio de Janeiro: 1.822 casos. Também há o padrão de tentar criminalizar a vítima, o que é muito frequente".

Uma juíza civil e quatro oficiais da ativa condenaram na madrugada desta quinta-feira (14) oito militares do Exército à prisão pelos homicídios do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador de latinhas Luciano Macedo, além de uma tentativa de homicídio, ocorridos em 2019. O tenente Ítalo da Silva Nunes, que comandou a ação criminosa, recebeu a maior pena: 31 anos e seis meses. Outros sete militares foram sentenciados a 28 anos.

Quatro réus que não fizeram disparos foram absolvidos, a pedido do Ministério Público Militar (MPM). A condenação da Justiça Militar foi proferida por 3 votos a 2. Ainda cabe recurso.

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Os crimes ocorreram em 7 de abril de 2019. Evaldo ia para um chá de bebê com a família, quando passou por uma patrulha em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a denúncia da Procuradoria de Justiça Militar, houve 257 tiros de fuzil. Mais de 80 atingiram o veículo que Evaldo guiava. O músico morreu instantaneamente. Luciano também foi alvejado ao tentar ajudar. Morreu alguns dias depois. O sogro do músico sobreviveu, apesar de ferido.

Além do tenente Ítalo, foram condenados o sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva, o cabo Leonardo de Oliveira de Souza, e os soldados Gabriel Christian Honorato, Gabriel da Silva de Barros Lins, João Lucas da Costa Gonçalo, Marlon Conceição da Silva e Matheus Santanna Claudino.

Foram absolvidos o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e os soldados Vitor Borges de Oliveira, Wilian Patrick Pinto Nascimento e Leonardo Delfino Costa.

A acusação sustentou que não houve ordem para o carro de Evaldo parar e não havia posto de bloqueio ou blitz na estrada. Os réus, que na época dos crimes diziam ter sido alertados para ação de criminosos na região, afirmaram, sem provas, ter agido em "autodefesa".

A promotora Najla Nassif Palma, responsável pelo caso, criticou esse argumento. "É como matá-los (o músico e o catador) moralmente uma segunda vez", afirmou.

O catador de recicláveis Jeovah Claudino Rodrigues, de 62 anos, foi assassinado a tiros na manhã da quarta-feira (11), na Estrada do Arraial, Zona Norte do Recife. A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para investigar o caso. 

Imagens de câmera de segurança de um imóvel mostram o momento do crime. Apesar do homicídio ter sido cometido à luz do dia, a rua estava vazia. A polícia ainda não menciona se houve testemunhas do crime. 

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No vídeo, é possível ver Jeovah puxando a sua carroça, instrumento de trabalho diário, quando um homem de camisa preta saiu de dentro de um carro, estacionado na avenida.  

O catador foi alvejado por disparos de arma de fogo e o criminoso voltou ao veículo em seguida, pelo banco do carona. Também não há informações sobre o condutor do veículo ou a  motivação do crime.

A Polícia Militar iniciou buscas, mas não consegui localizar os envolvidos. As investigações estão sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil prendeu em Luziânia, em Goiás, uma mulher de 38 anos e sua filha de 23 por homicídio qualificado. Elas são acusadas de matar um catador de recicláveis conhecido na cidade por andar em uma bicicleta enfeitada.

Mãe e filha teriam abordado o catador e pedido R$ 2 em novembro do ano passado. A vítima não entregou o dinheiro, afirmando que sabia que seria para comprar drogas.

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Em seguida, as mulheres teriam iniciado as agressões, inclusive usando a bicicleta do catador. Com medo de represálias, o homem demorou a procurar atendimento médico e veio a óbito em fevereiro deste ano. 

O crime causou a revolta dos moradores da cidade. Segundo a Polícia Civil, o inquérito deve ser concluído nas próximas semanas.

Duas irmãs, de 12 e nove anos, colocaram suportes com água e sabão em postes de Sorocaba-SP para que catadores de recicláveis possam lavar as mãos enquanto trabalham. Hadassa Yasmin Silva Souza e Nicole Rebeca Silva Souza tiveram a ideia após assistirem a uma reportagem sobre a situação de risco dos catadores durante a pandemia. As informações são do G1.

As crianças também ficaram preocupadas após observarem um coletor na rua em que moram passar a mão pelo rosto para limpar o suor depois de separar os materiais recicláveis. 

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O suporte foi montado com garrafas pet e barbante. Elas colocaram um cartaz com a frase "Mais vida e menos mortes" e a hashtag #contracoronavírus. 

O projeto já ganhou adeptos. As irmãs estão confeccionando mais suportes com ajuda de amigos e pretendem colocar em outros pontos do bairro.

Um catador de recicláveis de 29 anos foi assassinado em um lixão no município de Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco, na sexta-feira (27). A vítima estava trabalhando no momento do crime.

De acordo com informações iniciais da Polícia Civil, um homem atirou contra o catador e fugiu. O suspeito ainda não foi identificado.

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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. A motivação do crime ainda é desconhecida.

A morte de um catador de material reciclável, de 39 anos, de Feira de Santana, município do interior da Bahia, gerou revolta nas redes sociais. Wellington Cardoso da Silva foi desafiado a beber uma garrafa de aguardente de uma só vez em troca de R$ 20. Colegas são os principais suspeitos.

Um vídeo mostra Wellington bebendo a cachaça. Ao cumprir o acordo, o grupo oferece outra. Porém, ele recusa e pede a recompensa, visto que já havia cumprido com o que estava determinado.

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Em outro registro, o catador aparece desacordado enquanto os colegas jogam água no seu rosto na intenção de reanimá-lo. Eles brincam com a situação, mas o homem não responde às tentativas. Ele foi socorrido em uma carroça até a policlínica da cidade, onde foi confirmado o óbito.

Wellington foi enterrado nessa quinta-feira (9), no cemitério São Jorge, no próprio município. A polícia vistoria as imagens e investiga o caso. 

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Dois policiais militares agrediram um catador de material reciclável na Vila Leolpoldina, zona oeste de São Paulo. As agressões foram filmadas por uma testemunha e as imagens mostram o momento em que os agentes chutam o homem caído no chão, atingindo-o na cabeça e nas costas. A corporação informou nesta segunda-feira, 17, que os policiais foram afastados do serviço e serão investigados pela Corregedoria.

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As imagens circularam nas redes sociais nesta segunda, mas o caso aconteceu na tarde do sábado, 15, na Rua Tripoli. De acordo com a Polícia Militar, a viatura foi acionada para o local após uma denúncia de extorsão. Um catador estaria se recusando a remover sua carroça da saída de um veículo até que uma motorista pagasse uma quantia em dinheiro. Segundo a corporação, o catador estaria agitado e agressivo, e teria confirmado que exigiu o pagamento para liberar o caminho do carro.

A Justiça Militar aceitou nesta sábado (11) a denúncia do Ministério Público Militar e transformou em réus 12 militares do Exército no caso do carro alvejado em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. No episódio, ocorrido em 7 de abril, o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo foram mortos.

Um 2º tenente, um 3º sargento, dois cabos e oito soldados vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada e omissão de socorro. Eles estão presos em uma unidade militar desde o dia do crime. A denúncia foi aceita pela juíza federal substituta da Justiça Militar, Mariana Queiroz Aquino Campos.

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De acordo com o Ministério Público Militar, os militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e um amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. Já o catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

Em nota divulgada ontem (10), o Ministério Público Militar afirma que os militares não prestaram socorro imediato às vítimas. “Segundo levantamento realizado pela Polícia Judiciária Militar, naquela tarde de 7 de abril de 2019, considerando o primeiro e o segundo fatos, os denunciados dispararam 257 tiros de fuzil e de pistola. Já com as vítimas não foram encontradas armas ou outros objetos de crime”, acrescenta o texto.

Um casal foi preso por abandonar uma criança recém-nascida em uma lixeira em frente a um prédio em Santos-SP na última quinta-feira (28). O corpo da menina, que tinha apenas algumas horas de vida, foi localizado por um catador de latinhas que vasculhava o local. Como a menina estava com perfurações no pescoço, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio. As informações são do G1.

O casal responsável pelo crime seria residente da mesma rua onde a criança foi encontrada. Eles residem em Santos há cerca de oito anos, têm uma filha de três anos e seriam responsáveis por um comércio localizado no mesmo bairro, um dos mais tradicionais da cidade.

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A dupla foi localizada após investigação do Setor de Homicídios da Delegacia Especializada Antissequestro de Santos. Os dois foram ouvidos em depoimento e presos em flagrante.

A mulher é dona de casa e teria abortado o bebê de propósito, segundo o G1. Ela deve responder por homicídio e ocultação de cadáver e foi encaminhada à Cadeia Pública de São Vicente. O comerciante deve responder por favorecimento pessoal. Ele está no 5º Distrito Policial de Santos, após o não pagamento de fiança de R$ 100 mil.

Exames preliminares apontam que a criança nasceu viva e apresentava perfurações na região do pescoço. De acordo com testemunhas, o corpo estava dentro de um saco preto e enrolado em jornais.

A Polícia Militar contou que havia um objeto semelhante a um elástico enrolado ao pescoço do bebê. As imagens das câmeras de monitoramento da área serão recolhidas e analisadas.

Sebastião Pereira Duque tem 62 anos. Para os amigos e principalmente entre as crianças, ele é conhecido como “Titio”. Nascido em um sítio do município alagoano de Água Branca, Seu Sebastião vive em Olinda desde 1973.

Ele já vendeu sorvete vestido de palhaço (atividade que lhe rendeu o apelido de “magrelo fantasiado”) e hoje trabalha como catador de material reciclável no mangue. Apesar de todas as dificuldades e privações de uma vida com poucos recursos financeiros e vários desafios, como a morte de três dos seus dez filhos, Sebastião se preocupou com o próximo. Há 34 anos, fundou a Escola Nova Esperança, na segunda etapa de Rio Doce, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

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A motivação para criação da escola veio quando ele percebeu a dificuldade de famílias da região, que não tinham com quem deixar as crianças no horário de trabalho, uma vez que as creches eram muito distantes e as escolas municipais só aceitam estudantes a partir dos seis anos de idade. “O ensino é onde está nossa luz, nosso caminho. Eu só penso no futuro das crianças, que Deus ilumine o caminho delas como até hoje, mesmo com todas as dificuldades, está iluminando o meu”, explica Seu Sebastião.

Hoje, são atendidas 97 crianças dos dois aos cinco anos de idade na escola que funciona em uma construção que apesar de muito simples, como o próprio Seu Sebastião, é sólida, feita de cimento e tijolos, com duas salas de aula e espaço para recreação. No entanto, nem sempre foi assim: tudo começou em um terreno vazio, passou para um galpão e atualmente, com a colaboração da população que leva doações, a sede da escola foi erguida. “O que eu tenho a dizer que a gente trabalhe olhando o próximo, com as possibilidades que a gente tem”, diz o fundador da escola. 

Perguntado se tem vontade de retomar os estudos, Seu Sebastião explica que não pretende voltar a estudar porque poderia fazer algum curso e arrumar um emprego, mas não se acostuma a regimes de trabalho formais. “Não tenho interesse de ser empregado, desde 1979 que eu trabalho pela minha conta e acho que Deus vai me dar até o dia que ele quiser, que seja pela minha conta mesmo. Não vou me acostumar a ser um funcionário de alguém, eu sou um funcionário do povo, de todos”, relata.

As famílias dos alunos pagam apenas uma taxa de R$ 30 que é utilizada para fornecer uma ajuda de custo a quatro professoras voluntárias da escola, que atendem a quatro turmas de até 25 alunos. Os demais custos ficam a cargo de Seu Sebastião. “Eu só tenho o que eu construí com luta minha do dia-a-dia. Aqui, para botar um tijolo eu pago, botar um reboco, tudo eu pago com o que eu tiro do meu trabalho com a minha reciclagem”, conta ele. 

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Construção de casas 

“Não satisfeito” com a oferta de educação infantil que supre uma necessidade da população onde o poder público não fornece esse serviço, Seu Sebastião foi além do ensino, preocupando-se também com a qualidade de vida, segurança e bem-estar das crianças da escola e de suas famílias. O projeto “1 kg de cimento e 1 tijolo é minha casa” é desenvolvido pelo “construtor da esperança”, como Seu Sebastião também se intitula, há cerca de três anos. Ele arrecada doações de material de construção (portas, janelas, cimento, tijolos, areia, etc.) para erguer casas a baixo custo para pessoas carentes da segunda etapa de Rio Doce. 

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Questionado sobre qual é a parte mais complicada de manter os dois projetos (escola e construção de casas) funcionando, Seu Sebastião explica que precisar pedir e contar com a solidariedade das pessoas é o maior desafio. “A maior dificuldade é pedir, Deus me abriu os canais e hoje o povo está me ajudando. A gente recebe doações, faz as casas e o morador dá uma cesta básica para o pedreiro que constrói. Eu pego só na matéria prima para a gente produzir, para ninguém dizer que eu estou comendo dinheiro, quem me fiscaliza é quem está me ajudando, tudo é notificado e comprado com nota fiscal”, afirma ele.

A escola e o projeto de construção de casas sobrevivem com recursos de Seu Sebastião e de caridade. Quem quiser pode contribuir levando qualquer tipo de doação até a Escola Nova Esperança, que fica na Rua cinco, segunda etapa de Rio Doce, em Olinda.

"Aqui é a casa que recebe tudo, que a gente precisa de tudo, é a base, o eixo. Areia, cimento, telha, cesta básica, fralda. Traz uma garrafa pet, um ventilador velho, que tá quebrado na sua casa, não vá pensar que é lixo, não é, de tudo a gente recebe, tira um pouco, tem um futuro", diz o trabalhador. 

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Um protesto contra a condenação do catador de material reciclável Rafael Braga Vieira, acusado de tráfico de drogas e associação ao tráfico, bloqueia totalmente a Avenida Paulista, nos dois sentidos, na altura da Rua Augusta, na noite desta segunda-feira, 24. Vieira tinha sido preso em 2013 no Rio durante a onda de protestos em junho daquele ano.

O protesto, que pede a liberdade de Rafael, foi convocado por movimentos sociais como o Mães de Maio e teve concentração às 18 horas no Masp. Em dezembro de 2013, a Justiça do Rio condenou Vieira a cinco anos de prisão em regime fechado por portar artefato explosivo durante o protesto. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele estaria levando dois frascos de coquetel molotov.

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Vieira, por sua vez, negou a posse dos objetos e diz que um dos frascos continha desinfetante e o outro, água sanitária. Afirmou também que não participava das manifestações. Foi o primeiro e único caso de condenação criminal pelos protestos de 2013.

O acusado estava em regime aberto, com uso de tornozeleira, quando foi novamente preso em janeiro de 2016 por crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Em sentença divulgada no portal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 20, o juiz Ricardo Coronha Pinheiro, condenou Vieira a 11 anos e 3 meses de reclusão e pagamento de R$ 1687.

Segundo a decisão, Vieira portava 0,6 g de maconha e 9,3 g de cocaína na comunidade Vila Cruzeiro quando foi abordado pelos agentes. O acusado negou ter envolvimento com o tráfico.

O vereador de Campinas Pedro Tourinho (PT), protocolou nesta segunda uma moção de repúdio contra a prisão arbitrária de Rafael Braga. "Repudiamos a seletividade da justiça que pune a pobreza, a juventude, a negritude e as lutas sociais!", diz ele no documento.

A Polícia Militar acompanha o protesto, mas não divulgou estimativa do número de pessoas no local.

A gerente de uma loja em Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, que foi baleada na noite dessa quarta-feira (16), teria dispensado os serviços do catador, Rogério José dos Santos de Melo, de 19 anos, e isso teria motivado a tentativa de homicídio, de acordo com a Polícia Civil. 

Rogério José já foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Ele confessou durante depoimento na noite dessa quarta, a tentativa de assassinato a Érica Calado do Nascimento, 38.

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Segundo a polícia, ele esperou a loja que ela trabalhava fechar para cometer o crime. A mulher está internada no Hospital da Restauração (HR), área central do Recife, e poderá ser submetida a uma cirurgia nesta quinta-feira (17).

Brasília – O projeto de lei que regulamenta a profissão de catador de materiais recicláveis e reciclador de papel foi aprovado hoje (17), em caráter terminativo, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O projeto, de origem do Senado Federal, segue agora para sanção presidencial.

Pela proposta, catador é o profissional autônomo ou associado de cooperativa que cata, seleciona e transporta material reciclável nas vias públicas e nos estabelecimentos públicos ou privados para a venda ou uso próprio. O projeto também define como reciclador aquele que recicla papel para venda ou uso próprio, atuando de forma autônoma ou integrando cooperativa e trabalhando em casa ou em outro local adequado.

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Para trabalhar como catador ou reciclador, segundo o texto aprovado, o profissional deverá fazer seu registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Para isso, será necessária a apresentação de documento de identidade, titulo de eleitor e certificado de reservista militar.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou hoje um projeto de lei do Senado que regulamenta a profissão de catador de materiais recicláveis e de reciclador de papel. O parecer do relator, deputado Marçal Filho (PMDB-MS), foi favorável à constitucionalidade e juridicidade do projeto. Como a proposta tramita em caráter conclusivo e já havia sido aprovada pelas demais comissões competentes, o texto segue agora para sanção presidencial.

O projeto define o catador como o profissional autônomo ou associado de cooperativa que cata, seleciona e transporta material reciclável nas vias públicas e nos estabelecimentos públicos ou privados para venda ou uso próprio. Já o reciclador é aquele que recicla papel para venda ou uso próprio. Ele pode atuar de forma autônoma ou integrar-se à cooperativa e trabalhar em casa ou em outro local adequado à atividade.

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De acordo com a proposta, para atuar como catador ou reciclador, o profissional deverá registrar-se na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de sua cidade. O registro será feito por meio da apresentação do documento de identidade, do título de eleitor com os comprovantes de votação e do certificado de reservista militar. As informações são da Agência Câmara de Notícias.

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