Tópicos | PMs

O sargento da PM Victor Aleixo da Costa foi morto neste domingo (12) com um tiro na cabeça no Morro da Providência. Agora já são 118 os policiais mortos no Rio neste ano e o Estado deve registrar mais de 5 mil tiroteios até o fim do ano. Até 31 de outubro, foram 4.410 confrontos armados, segundo o aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), que registra em tempo real a ocorrência de confrontos armados, arrastões e assaltos. Só no mês passado, foram 450 episódios, 15 por dia - a média mensal é de 441 casos.

"É lamentável ver mais um policial virar estatística defendendo o Estado", desabafou o tio da vítima, Nilton Marcos, na porta do Instituto Médico-Legal (IML). "Fica um lamento e o pedido ao governador que procure atentar para isso."

##RECOMENDA##

Outros dois policiais foram feridos na mesma ação, além de um morador da favela da Providência, mas não correm risco de morte. A troca de tiros começou por volta das 6 horas, na troca de plantão dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência.

Segundo nota divulgada pelo comando da UPP, "os policiais realizavam deslocamento pela Rua do Monte, no centro, quando criminosos armados atacaram a guarnição (...). Houve confronto e três policiais e um quarto homem foram atingidos e socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Um sargento não resistiu aos ferimentos." Ainda segundo a nota, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para reforçar o efetivo da UPP.

O sargento Aleixo, que será enterrado nesta segunda-feira (13) tinha 36 anos e estava havia 12 na corporação. Era recém-casado e deixa uma filha de 2 anos. A Polícia Civil vai investigar o crime. No próprio domingo, agentes da Divisão de Homicídios fizeram diligências na região em busca de testemunhas e imagens de câmeras de segurança.

Uma outra UPP também foi atacada por traficantes neste domingo, na Cidade de Deus, na zona oeste. Segundo nota divulgada pela UPP, "houve confronto e os marginais fugiram". Não havia registro de presos nem feridos nessa ação.

A Cidade de Deus, aliás, ficou no topo do ranking de confrontos em outubro, com 34 tiroteios registrados. Em segundo, ficou Cordovil, na zona norte, com 20 casos. A Rocinha, na zona sul, também com UPP, aparece em terceiro, com 19 casos. O mês foi marcado na comunidade por confrontos entre facções e pela ocupação militar.

Arrastões

O aplicativo OTT também apontou que até 31 de outubro de 2017 aconteceram no Estado 355 arrastões, média diária de 35,5 - pouco mais de um por dia. Foram 32 no mês passado.

A Secretaria de Segurança, porém, não reconhece os dados. "As estatísticas oficiais de criminalidade do Rio de Janeiro são provenientes dos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado e divulgadas mensalmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), de forma sistemática e transparente."

Metodologia

"Muita gente acaba sendo vítima de bala perdida justamente porque não tem informação sobre o que está acontecendo", explica Henrique Camaño, de 50 anos, um dos administradores do app, criado no ano passado por quatro amigos. "Os meios de comunicação tradicionais não têm como passar esse tipo de informação o tempo todo; então resolvemos fazer isso."

A ideia, garante, foi totalmente altruísta. Os quatro parceiros não ganham nenhum centavo com a operação. "Nosso objetivo não é ter um milhão de curtidas, mas sim salvar um milhão de vidas", conta Camaño.

O aplicativo é alimentado por uma vasta rede de informantes. "Participamos de mais de 200 grupos em várias comunidades, também temos informações que vêm de grupos de motoristas de táxi e Uber, gente que circula", afirma. Quando uma informação sobre um tiroteio chega, ela é checada diretamente com moradores da região e, só então, vai para o ar.

Para Paulo Storani, ex-capitão do Bope e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), o uso da tecnologia para driblar a violência urbana é "natural". Mas, segundo ele, o aplicativo pode trazer uma visão exagerada da falta de segurança. "Em razão do nosso mundo tecnológico, é natural termos ferramentas que nos dão o tempo real da coisa, nos mostram os melhores caminhos", diz. "Mas isso pode gerar uma falsa impressão de que há um grande aumento na violência, o que não é verdade: é a informação que circula mais."

Storani avalia que o acesso aos dados tem aspectos positivos e negativos. "Se as pessoas ficarem com medo de sair de casa, de circular, isso é ruim", pondera. "Mas se for para escolher rotas, caminhos mais seguros, é positivo." O coronel reformado Ibis Silva Pereira, ex-comandante da Polícia Militar, concorda com o colega. "Qualquer forma de comunicação que torne a vida das pessoas mais segura é bem-vinda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O soldado da Polícia Militar Joubert dos Santos Lima, de 26 anos, foi o 117º policial militar morto no Estado do Rio de Janeiro em 2017. Ele trabalhava no 7º Batalhão, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e levou um tiro no pescoço durante operação na favela Brejal, na mesma cidade, na manhã desta sexta-feira (10), em um confronto com supostos traficantes. Lima chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo.

Na mesma operação, um cabo também foi baleado, mas sobreviveu e, segundo a PM, está em estado "estável". Um suspeito foi morto. Ele portava um fuzil Colt calibre 5,56, que foi apreendido.

##RECOMENDA##

Durante a tarde, a PM promoveu uma operação na mesma favela para identificar e prender os bandidos que mataram o soldado. Até a noite desta sexta-feira, nenhum suspeito havia sido preso - só duas mulheres, que estavam com cocaína.

O Portal dos Procurados oferece uma recompensa de R$ 5 mil a quem fornecer informações que levem à prisão dos envolvidos no crime.

Lima era policial militar havia quatro anos, e tinha cinco filhos. Seu enterro será às 15 horas deste sábado (11), no Cemitério Memorial Parque Nycteroy, em São Gonçalo.

Chega a 110 o número de policiais militares mortos no Estado do Rio de Janeiro desde o início deste ano, conforme o balanço da corporação. O cabo Alan de Souza Costa Martins Moura foi atingido por tiros em um dos olhos e no pescoço em uma tentativa de assalto na Estrada do Camboata, na região de Guadalupe, zona norte do Rio, na noite desta terça-feira (24).

O PM trabalhava no 41º Batalhão de Polícia Militar do Estado, em Irajá, também na zona norte. Segundo os colegas que o socorreram, Moura estava de folga, à paisana, e saía da academia de um shopping center. Ele teria tentado reagir a uma tentativa de assalto. O policial chegou a ser atendido na unidade de pronto-atendimeto (UPA) de Ricardo de Albuquerque e foi transferido para o Hospital Albert Schweitzer, no Realengo, mas não resistiu.

##RECOMENDA##

O caso do 109º PM morto no ano no Estado havia sido registrado poucas horas antes no município de Queimados, na Região Metropolitana do Rio. O soldado Rafael von Held Verissimo teve o carro que dirigia atingido por ao menos 15 tiros, em uma provável execução sem intenção de roubo. Os dois crimes serão investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

Noite violenta

Além do caso de assassinato, ao menos outros dois PMs foram baleados na zona norte do Rio de Janeiro na noite desta terça. Um deles foi atingido em uma das mãos enquanto estava trabalhando, na região da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos. O outro, um PM da reserva, teria reagido a uma tentativa de assalto na região de Ramos. Ele foi baleado com um tiro na barriga e está internado.

O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju, major Alexandre Frugoni, e outros três policiais da unidade foram presos na quarta-feira, 11, depois que a Corregedoria da Polícia Militar descobriu, numa varredura na base, armas com numeração raspada, bombas de efeito moral, maconha e cocaína.

A PM não divulgou o que eles fariam com o material, mas existe a suspeita de que usariam para forjar flagrantes de pessoas mortas por eles, incriminando-as. As investigações são da Corregedoria da PM e da Auditoria Militar e foram abertas para apurar desvio de armas da polícia.

##RECOMENDA##

Na operação, foram encontrados no armário do major na UPP uma pistola Glock com a numeração raspada (o que é ilegal), quatro carregadores, nove carregadores de fuzil, bombas de gás, 261 munições de pistola calibre 40, 56 de 9mm e 1110 munições de fuzil.

No armário de um outro policial, não identificado, havia 97 munições de fuzil, 158 pinos de cocaína, 20 tabletes de maconha e uma pistola calibre 380, também com a numeração raspada. No telhado do alojamento da UPP, cães farejaram 67 pinos de cocaína e 11 tabletes de maconha que estavam escondidos.

O material está sendo periciado pelo Centro de Criminalística da PM. Também PM, a mulher do comandante, a major Paula Andresa Frugoni, foi autuada por ter tentando esconder o material dentro de casa.

As equipes da Corregedoria, da Coordenadoria de Inteligência (CI) e do Ministério Público Militar cumpriram 23 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Militar, inclusive nas residências de suspeitos.

O comandante Frugoni vai responder por porte de arma ilegal de uso restrito e os três praças, por posse de drogas e favorecimento. Todos foram conduzidos para a unidade prisional da Polícia Militar, em Niterói.

A UPP do Caju foi inaugurada em 2013 e tem efetivo de cerca de 350 policiais. Sua área abrange doze favelas comunidades da zona portuária do Rio, onde vivem 16 mil pessoas.

Os dois policiais militares que atenderam à ocorrência envolvendo Laís Andrade Fonseca, de 30 anos, em Teófilo Otoni (MG), foram autuados por homicídio culposo pela corporação. A mulher foi assassinada dentro da viatura pelo ex-marido quando era levada ao lado dele para a delegacia.

De acordo com o 19º Batalhão da Polícia Militar, eles descumpriram uma norma interna da corporação ao não revistarem novamente o suspeito antes que ele entrasse novamente na viatura. No caminho para a delegacia, os policiais pararam na casa do homem para que ele pegasse seus documentos.

##RECOMENDA##

Os policiais foram denunciados à Justiça Militar e retirados das ruas. Passarão também por tratamento psicológico e poderão responder em liberdade. O caso também é apurado pela Polícia Civil.

O caso

Na tarde do sábado, 7, Laís Fonseca acionou a PM após encontrar uma câmera escondida dentro de sua casa filmando e transmitindo imagens em tempo real dela e do filho de 8 anos.

Ao ser procurado, o ex-marido Valdeir Ribeiro de Jesus, de 34 anos, confessou ter instalado o equipamento por ciúme. Ele teria convencido a mulher a não registrar a queixa e ela concordou mas, como havia filmagens de criança, os envolvidos foram levados à delegacia.

Com expectativa de durar ao menos até sexta-feira, começa nesta segunda-feira, 18, o júri da maior chacina da história de São Paulo, no Fórum Criminal de Osasco. No banco dos réus estarão dois PMs acusados de matar 17 pessoas e ferir outras 7 em agosto de 2015, na Grande São Paulo. Um GCM também responderá por 11 dos assassinatos. Os três se declaram inocentes, mas, se o Conselho de Sentença decidir condená-los, as penas podem chegar a 300 anos de prisão.

Na denúncia, o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira diz que os PMs Fabrício Emannuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain agiram em conjunto com o GCM Sérgio Manhanhã. "Integraram verdadeira organização paramilitar, milícia particular, grupo e esquadrão com finalidade de praticar crimes."

##RECOMENDA##

O outro preso, o PM Victor Cristilder, só irá a júri depois, pois seu processo foi desmembrado. O réu, que também nega participação, já foi inocentado de uma espécie de "pré-chacina" ocorrida em Carapicuíba.

Foram arroladas 40 testemunhas, entre defesa e acusação. Entre os incluídos para depor estão policiais, familiares de vítimas e sobreviventes.

Para o promotor, há indícios suficientes para condenação. Eleutério foi reconhecido por uma testemunha. Vizinhos teriam flagrado uma discussão entre Henklain e a mulher, após ela reconhecê-lo em imagens do crime transmitidas na TV. Já Manhanhã trocou um "joinha" com um PM na hora da chacina.

Defesa

As defesas alegam que o conjunto probatório é "frágil". Advogada de Eleutério, Flávia Artilheiro diz ter provas de que o cliente estava a 7 quilômetros das cenas dos crimes. Advogado de Henklain, Fernando Capano afirma que ninguém viu a "suposta briga". O defensor do GCM Manhanhã, Abelardo da Rocha, por sua vez, diz que o "joinha" era referência ao empréstimo de um livro. Outro ponto que anima os defensores é que a promotoria não conseguiu individualizar a conduta dos réus, ou seja, não indicou, por exemplo, qual deles atirou em quem ou qual foi a atuação de cada um deles.

Por nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que cerca de cem pessoas foram ouvidas pela força-tarefa montada na época. Após investigações, seis PMs foram indiciados, mas a Justiça negou denúncia contra três. Todos respondem a processo demissório. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de mortes causadas por policiais no Estado de São Paulo no primeiro semestre de 2017 é o maior dos últimos 14 anos, na comparação com o mesmo período. A cada dois dias, cinco pessoas foram mortas por agentes em serviço ou de folga, totalizando 459 óbitos. Desde que a série histórica foi iniciada, em 2001, só em 2003 o número foi mais alto, com 487 casos. A estatística deste ano é 13,8% maior ante os primeiros seis meses de 2016.

Especialistas dizem que o dado indica excesso de uso da força por policiais e pedem acompanhamento das corregedorias e do Ministério Público (MP), além de novas políticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP), para reduzir as mortes.

##RECOMENDA##

Os dados, compilados pela pesquisadora Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança, mostram ainda que 30 policiais foram mortos no primeiro semestre de 2017, menor número da série.

O levantamento aponta que a maior parte das mortes, classificadas oficialmente como "decorrentes de intervenção policial", partiram de PMs: 430 óbitos. Do total, 117 foram quando os agentes estavam de folga, quantidade que também é um recorde da série. Nos últimos quatro anos, a soma de mortos por policiais ficou acima de 400 no primeiro semestre.

Para Samira, é necessário cobrar alterações na política estadual de segurança. "Esse fenômeno tem sido ignorado pelo Estado, que é, no mínimo, omisso. Enquanto isso não se tornar um problema para a secretaria, que age de forma pouco transparente, a situação vai continuar."

Ela classifica como "mentirosa" a associação feita entre a alta da letalidade da polícia e a redução da criminalidade. "É uma ideia hiperfantasiosa dizer aos policiais que eles podem ser justiceiros, deixar nas mãos deles a decisão de quem pode viver ou morrer", diz. "Nenhuma sociedade foi capaz de reduzir a violência gerando mais violência."

A especialista cobrou a implementação integral do que está previsto na resolução 40 da SSP, de 2015. Vendo os números saltarem, o então secretário Alexandre de Moraes determinou procedimento-padrão para investigar esses casos, com designação imediata da apuração pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e comunicação ao MP.

Ainda tramita a investigação de dois casos cuja atuação policial foi criticada no último mês. Em 27 de junho, equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) invadiram a Favela do Moinho, na região central, em ação contra o tráfico que terminou na morte de Leandro Santos, de 18 anos. No dia 12, um PM matou o carroceiro Ricardo Nascimento, de 39 anos, em Pinheiros, após discussão.

Para Júlio César Neves, ouvidor das polícias do Estado, os agentes não estão praticando o que é ensinado na academia de formação. "Há orientação de atirar só em último caso. É impossível que tantas mortes sejam legítima defesa."

Confrontos

O ex-comandante da PM de São Paulo, que ocupou o cargo entre o fim de 2012 e o início de 2015, coronel Benedito Roberto Meira, discorda e atribui a alta ao crescimento da violência e ao destemor dos criminosos. "Nenhum policial sai às ruas com o propósito de atirar e matar. O confronto hoje acontece porque, para o bandido, isso representa status. Se matou, tem status na facção. Se morreu, foi em batalha, como se não fosse crime", disse.

Em nota, a SSP disse desenvolver ações para reduzir a letalidade, mas ressaltou que "a opção pelo confronto é sempre do criminoso". Segundo a pasta, houve no primeiro semestre "1.850 confrontos apenas com PMs em serviço. O índice de criminosos que morrem após reação da polícia para combater crimes foi de 17%. Ou seja, na grande maioria dos casos, o confronto não resulta em óbito". A secretaria ainda destacou que todos os casos são rigorosamente apurados para constatar se a ação policial foi realmente legítima.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) anunciou, nesta sexta-feira (14), a prisão de quatro policiais militares, suspeitos de estarem envolvidos na morte de um casal, em setembro de 2016. Renato e Nélida, 58 e 55 anos respectivamente, foram encontrados amordaçados, com as mãos amarradas e sinais de espancamento em sua residência. Os dois foram assassinados a tiros. Além dos policiais, mais um homem também foi preso.

As vítimas moravam em região nobre da cidade de Salvador (BA), e foram feitos reféns por homens que invadiram a casa da família. Na época, não foram encontrados sinais de arrombamento. O filho do casal conseguiu fugir no momento do crime. Dois celulares e um revólver foram roubados, mas segundo investigação, os criminosos estavam cientes que o casal guardava grande quantidade de dinheiro, em espécie, em casa.

##RECOMENDA##

Dois dos policiais estão em Centro de Custódia Provisória da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, município próximo a Salvador. Um deles cumpre prisão domiciliar, e outro está internado por motivos de saúde. O outro suspeito, que não é policial, está preso em complexo penitenciário. Ele e três desses policiais já haviam sido presos, desde dezembro do ano passado por cometer outros crimes. O último policial foi preso recentemente.

O tenente coronel da Corregedoria da Polícia Militar, Reni Pereira dos Santos, informou que a investigação foi aberta após os suspeitos serem identificados pelo filho do casal. Os acusados negam envolvimento no crime. Ele informou ainda que um Processo Administrativo Disciplinar será aberto, podendo resultar na demissão dos envolvidos. Eles serão indiciados por crime de extorsão, latrocínio e tentativa de homicídio ao filho do casal.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) e a Polícia Militar realizam, nesta quinta-feira (6), em Japeri, na Baixada Fluminense, a Operação Estado Paralelo para cumprir mandados de prisão contra 31 traficantes que atuam na região e de mandados de busca e apreensão nas casas de 17 policiais militares acusados de serem coniventes com os bandidos.

As equipes estão em favelas como o Parque União e o Chapadão e no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste, entre outros pontos. A ação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, com apoio da Corregedoria da PM.

##RECOMENDA##

Entre os denunciados estão o traficante Ipojucan Soares de Andrade, o Coroa ou JJ, que está preso desde agosto de 2015; o filho adotivo dele, Silvio Cesar de Jesus Esteves, o Silvinho; e Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres.

Preso desde outubro de 2013, Marcelinho dos Prazes mantinha o controle da quadrilha de traficantes investigada mesmo quando estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), supostamente sem comunicação por telefone com o grupo do lado de fora do presídio de Bangu.

Alan Camargo da Silva, o Gordão, segundo o MP, negociava armas e munições para o tráfico das comunidades de Japeri. Breno da Silva de Souza é acusado de praticar roubos no Arco Metropolitano e nas regiões de Engenheiro Pedreira e Paracambi, na Baixada.

PMs

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas de 17 PMs. Eles teriam recebido propina para não coibir o tráfico em comunidades da região.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (29), uma operação que investiga o envolvimento de policiais militares com traficantes em São Gonçalo, na região metropolitana, a segunda maior cidade fluminense. A Operação Calabar denunciou à Justiça 96 policiais do 7º Batalhão de Polícia Militar (São Gonçalo) e outros 71 traficantes da região, informou o MP-RJ em nota.

A operação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), pela 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo) e pela Corregedoria da Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Segundo o Gaeco, ao longo de dois anos, os PMs recebiam dinheiro em troca de não coibir o tráfico de drogas na região. Eles vão responder na Justiça pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

Acusados de pagar propina aos policiais para evitar incursões em favelas, os traficantes foram denunciados por associação para o tráfico e corrupção ativa. Entre os denunciados estão policiais integrantes de equipes de pelo menos sete Grupamentos de Ações Táticas (GATs), do Serviço Reservado (P2) e de Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPOs) de diversas localidades.

A investigação teve início em 2016 após a prisão de um homem flagrado com dinheiro oriundo de favelas controladas pelo tráfico de São Gonçalo. O homem fez um acordo de colaboração premiada, auxiliando nas investigações.

"Cinco civis foram denunciados, acusados de serem os intermediários das propinas. Cabiam a eles fazer os 'recolhes' junto aos traficantes", disse a nota do MP.

Entre os traficantes denunciados está Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, informou o PM-RJ. O traficante foi condenado pela morte, em 2002, do jornalista Tim Lopes, descoberto por traficantes enquanto apurava informações, para reportagem da TV Globo, sobre exploração sexual de crianças e adolescentes.

"Apesar de não ser liderança direta em São Gonçalo, constava como recebedor de recursos do tráfico local", informou a nota do MPRJ. Também foram denunciados Shumaker Antonácio do Rosário, o Schumaker, e Érico dos Santos Nascimento, o Farme, considerados líderes locais do tráfico.

O presidente e vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Albérisson Carlos da Silva e Nadelson Leite Costa, foram excluídos da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). A medida foi adotada como punição aos considerados "comentários falaciosos e inconsequentes" sobre o governador Paulo Câmara (PSB) e o ex-secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, feitos em vídeos divulgados nas redes sociais.

Segundo a portaria que expulsa os dois da corporação, assinada pelo atual secretário de Defesa Social Angelo Goia, "com seus comentários falaciosos e inconsequentes, aproveitando-se de um momento acirrado de negociações salariais, buscaram tão somente fragilizar a hierarquia e disciplina, pilares básicos da instituição militar, fomentando a insubordinação dos seus membros contra superiores, no caso em tela, contra o Secretário de Defesa Social e contra o mandatário máximo do Estado de Pernambuco, o governador". 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O LeiaJá entrou em contato com os dois para que se posicionassem sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria não obteve êxito. Os dois dirigentes já foram presos em dezembro de 2016, na Praça do Derby, centro do Recife, por descumprirem a determinação judicial sobre se reunirem para deliberação da greve. 

Veja a publicação na íntegra:

Três juízes e dois oficiais da Polícia Militar paulista estão sendo investigados por suspeitas envolvendo a expedição de mandados de busca e apreensão a partir de investigações realizadas pelos PMs.

A Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), abriu três apurações para verificar se os magistrados cometeram algum tipo de infração disciplinar ao expedir esses mandados. A denúncia foi realizada pelo Sindicatos dos Delegados do Estado, que acredita haver crime de usurpação de função pública por parte de quatro oficiais da corporação - contra dois ainda não houve abertura de inquérito -, além de infração por parte dos magistrados.

##RECOMENDA##

Segundo os delegados, os juízes Xisto Albarelli Rangel Neto, da capital, Carolina Hisagnol Lacombe, de Itapevi, e Isabel Cardoso da Cunha Lopes, de Ribeirão Pires, cometeram infração ao atender a pedido de PMs, que conseguiram a expedição de mandados.

No dia 20 de abril, o tenente Luis Eduardo Picini Hogera cumpriu mandado em Itapevi após ter ele mesmo identificado e investigado a suspeita de tráfico de drogas, segundo os delegados. O capitão Carlos Dias Malheiro e um tenente identificado apenas como Ricardo cumpriram, 13 dias antes na capital, um mandado para combater a suspeita de prática de jogos de azar. E, no dia 22 de fevereiro, a tenente Fernanda Santana de Oliveira já havia cumprido um mandado após desconfiar de uma plantação de maconha.

Em representações enviadas ao CNJ, o sindicato diz ser "óbvio que a investigação criminal não pode ser conduzida de qualquer forma, já que de um lado há o Estado investigador e do outro, o cidadão, devendo seus direitos serem respeitados".

"Verifica-se que o PM, ao representar pela concessão de mandado em crimes cuja atribuição investigativa não lhe cabe, usurpa a função da autoridade policial, sendo tal ato tão deletério ao direito que deverá, inclusive, ser decretado nulo", expõe o autor das representações, o advogado Arthur Jorge Santos. Além das representações ao CNJ, foram enviados a delegacias pedidos de abertura de inquérito para investigação de crime de usurpação de função pública por parte dos PMs, já atendidas nos casos contra os tenentes Hogera e Fernanda.

A presidente do sindicato, Raquel Kobashi Gallinati, mostrou preocupação. "Qualquer situação que vá de encontro aos direitos da sociedade e quebra de prerrogativa nos deixa indignados."

A reportagem tentou contato com os juízes por meio do Tribunal de Justiça, que informou que eles não falariam e o tribunal não se manifesta em questões jurisdicionais "Fica registrada a existência de precedentes do Supremo Tribunal Federal que autorizariam o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela PM." A Secretaria da Segurança Pública disse que as unidades apuram as denúncias de usurpação de função, permitindo "aos agentes ampla defesa".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entres as categorias de servidores estaduais com direito à aposentadoria especial, a que mais chama a atenção é a dos policiais militares, os PMs. Na média, 96% se aposentam antes de completar 50 anos, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os policiais civis, essa parcela cai para 75%. É ainda menor entre professores: 64% do total deixam a sala de aula antes dessa idade. As entidades que representam os PMs concordam que é cedo para deixar a farda, mas explicam que para prolongarem o tempo de serviço é preciso reestruturar as carreiras na corporação.

Dois fatores básicos seriam responsáveis pela precocidade nas aposentadorias da PM, segundo os próprios integrantes. O primeiro é que a maioria trabalha nas ruas, no corpo a corpo diário com a violência, diz o cabo Wilson Morais, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Pelas conta de Morais, quase 80% do efetivo está na linha de frente, sem alternativa de migrar para um escritório quando ficam mais velhos.

##RECOMENDA##

A segunda razão é que há várias regras limitando a permanência. Cada Estado tem uma regra para a aposentadoria na PM e ela costuma variar conforme a patente. Em São Paulo, soldados e cabos se aposentam com 30 anos de contribuição ou aos 52 anos. Se não, vem a aposentadoria "expulsória". Devem sair, quer queiram ou não - e a maioria quer, mesmo "amando" a PM, diz Morais. "Imagine que a sua vida é ficar na viatura, na rua, atrás de marginal, dia e noite, faça calor, frio ou chova, vendo colegas morrendo e você, matando. Deu 30 anos, estão doidos para ir embora e, como a maioria entra cedo, isso pode acontecer antes dos 50."

Várias outras regras levam à aposentadoria precoce. Morais se aposentou aos 44 anos porque se elegeu deputado - militar na ativa não pode ter cargo público. Mas ele se considera um privilegiado por outro aspecto. "Eu entrei na PM em 1975, numa turma de 44 colegas. Estou com 62 anos. Sabe quantos estão vivos? Sete, comigo." Segundo Morais, muitos PMs morrem antes dos 50 anos, em serviço. Alguns vivem mal porque não aguentam a pressão. Começam a beber ou usar drogas ainda na ativa, perdem produtividade e pioram na aposentadoria. "O PM passa a vida na rua, pela corporação ou fazendo bico, porque ganha mal, e quando para não aguenta ficar em casa, acaba no bar e morre cedo", diz.

Projeto. Para aliviar o déficit da Previdência de São Paulo, que já bateu em R$ 17 bilhões, segundo levantamento do Ipea, o governo do Estado tenta criar uma alternativa para prolongar a permanência dos PMs. Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que dá a opção de ficar na ativa até os 60 anos, mas em funções administrativas. "Como a ampliação do tempo pode garantir aposentadoria integral e a proposta é opcional e para cargo administrativo, a gente apoia - se fosse obrigatória ou para manter o cara na rua até 65 anos, o que seria desumano, iríamos contra", diz Morais.

Em cargos superiores, as idades - e limitações - são outras. Sargentos e subtenentes trabalham até os 56 anos. Tenentes e coronéis, até os 60 anos. Com um detalhe no topo: a aposentadoria é obrigatória cinco anos após o PM ser promovido a coronel. São Paulo tem um bom exemplo. Em março, tomou posse como comandante da PM o coronel Nivaldo Restivo, de 52 anos de idade, mas 35 de serviços prestados em funções sofisticadas, como dirigente da Rota e do Gate. Como foi promovido a coronel em 2013, deve se aposentar no ano que vem.

"Não sei se a corporação vai gostar do que vou dizer, mas penso assim, a PM perde os seus talentos com as regras atuais. Oficias bem formados, que poderiam estar em funções de gestão, se aposentam cedo e vão atuar em empresas privadas", diz capitão Marco Aurélio Ramos de Carvalho, vice-presidente da Associação dos Oficiais Militares de São Paulo.

Para ele, a PM foi "uma família". "Tudo que tenho devo à corporação: entrei com uma mão na frente outra atrás, como dizem no interior." Fez Educação Física e Direito. Cumpriu o tempo previsto e saiu. Prestou concurso e entrou no Ministério Público, onde se aposentou. Ainda hoje, aos 70 anos, advoga. "Poderia estar contribuindo com a PM até agora."

Carvalho se preparou para participar das negociações da reforma da Previdência e ficou surpreso quando os servidores estaduais foram excluídos. "Era melhor a gente negociar uma forma de a corporação aproveitar a experiência de quem está dentro e, ao mesmo tempo, resolver o problema da Previdência, porque não tem jeito: a gente vive mais e não há caixa que aguente isso."

Na associação, há vários exemplos de longevidade. O presidente, coronel Jorge Gonçalves, fez 87 anos na sexta-feira. Dizem que é imbatível na sinuca. Todas as tardes, vários reservistas se reúnem para jogar dominó. O tenente Abel Barroso Sobrinho, de 85 anos, é presença cativa. Se aposentou aos 51 anos, com 30 de serviço. Está há 34 anos na reserva. Fez a segunda carreira na arbitragem de futebol - onde atua até hoje. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de mortos em ações policiais subiu 78% nos dois primeiros meses deste ano, de 102 para 182, em relação ao mesmo período de 2016. Em janeiro, foram 98 mortos; já em janeiro de 2016, 53. Em fevereiro, o crescimento ante 2016 foi de 49 para 84. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP), do Estado, e foram divulgados nesta semana.

O chamado homicídio decorrente de oposição à intervenção policial inclui casos semelhantes ao dos supostos traficantes executados a tiros de fuzil na tarde desta quinta-feira (30), por dois PMs na Pavuna, na zona norte da capital fluminense.

##RECOMENDA##

Eles foram mortos em frente à Escola Municipal Daniel Piza, onde estudava a menina Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, assassinada na ação quando fazia uma aula de Educação Física. O corpo dela será enterrado nesta sexta-feira (31). A família pretende processar o Estado.

"Como é que foi uma bala perdida, se há quatro perfurações no corpo da minha irmã? Foi uma execução: executaram bandidos e executaram a minha irmã", disse o irmão dela, Uidsom Alves Ferreira.

Segundo a PM, no momento em que Maria Eduarda foi baleada, policiais e bandidos se enfrentavam no Conjunto Habitacional Fazenda Botafogo, próximo à escola. Ainda não se sabe se o disparo que a matou saiu da arma de um PM ou de um dos traficantes.

Os PMs, do 41º Batalhão (Irajá), ficarão presos no batalhão prisional da PM em Niterói, no Grande Rio.

O ISP divulgou que a letalidade violenta, que compreende também homicídios dolosos, roubos seguidos de morte e lesões corporais seguidas de morte, registrou aumento de 28,1% em 2017 em relação a 2016 (foram 616 casos, ante 481).

Estratégia

No fim do ano passado, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, ao avaliar os já crescentes índices de violência no Estado, mesmo em ano de Olimpíada na capital, disse que estava projetando ações efetivas com emprego de menos recursos.

Os números subiram no contexto da crise financeira do Estado, que vem atrasando os salários e benefícios de policiais, e que fez com que a Polícia Civil entrasse em paralisação parcial desde o começo do ano.

Na ocasião, o secretário disse que os PMs que cometem abusos devem ser punidos com rigor e, fazendo um prognóstico para 2017, afirmou que era urgente regularizar os salários.

"Se os policiais estiverem recebendo salário em dia, tenho otimismo de que a gente pode tentar reduzir a violência. E meu planejamento é para reverter essa tendência de elevação dos índices e começar a tendência de queda. Não vou sentar sobre um cenário de crise e deixar as coisas acontecerem", disse.

A Justiça de São Paulo absolveu três policiais militares acusados de jogar um assaltante de um telhado e executá-lo em seguida, quando ele estava no chão. Os jurados consideraram os argumentos dos advogados de que a ação foi em legítima defesa.

O assistente de acusação, advogado Richard Bernardes Martins, contratado pela família da vítima para auxiliar o Ministério Público, surpreendeu até o promotor Rogério Zagallo ao pedir a absolvição do PM Samuel Paes. O policial aparece em imagens gravadas jogando a vitima do telhado.

##RECOMENDA##

O pedido aconteceu durante os debates entre acusação e defesa. Zagallo não foi avisado pelo assistente da acusação sobre o pedido e comentou que se sentiu "traído". "O assistente deve defender os interesses da família da vitima, não do réu", afirmou. O promotor disse que vai recorrer da decisão e que não trabalha mais com "esse assistente".

Martins justificou que "não tinha convicção na participação do PM Paes no crime", por isso, pediu a absolvição. Ele manteve o pedido de condenar os outros PMs pela morte da vítima.

Para o advogado Nilton Vivan Nunes, que defendeu os policiais, os jurados foram unânimes na decisão de inocentar os seus clientes. "A Justiça foi feita. Ficou comprovado que a ação foi legítima".

O caso ocorreu em setembro de 2015. Fernando Henrique da Silva, de 23 anos, e o amigo Paulo Henrique Porto de Oliveira, de 18, estavam em uma moto roubada quando foram localizados por policiais militares, no Butantã, na zona oeste. Houve perseguição e os dois se separaram após abandonar a moto.

Silva foi cercado em cima de um telhado. Segundo denúncia do MP, o PM Paes jogou o rapaz. No chão, ele foi executado pelos PMs Flávio Lapiana de Lima e Fabio Gambale da Silva. Os três estavam presos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, desde o início das investigações.

Já Oliveira foi cercado em uma lixeira. Câmeras de segurança da rua flagraram o momento que ele é algemado no chão. Depois, os PMs soltam as algemas e ele é levado para atrás de um muro e executado. Um dos policiais ainda coloca uma arma na cena do crime para simular um confronto.

Há 15 dias, três policiais foram julgados pelo caso. Tyson Oliveira Bastiane foi condenado a 12 anos pelo assassinato. Silvano Clayton dos Reis recebeu pena de quatro anos por falsidade ideológica e porte ilegal de arma. Silvio André Conceição foi absolvido.

Seis policiais militares serão julgados a partir desta segunda-feira (13) em São Paulo, pela execução de duas pessoas em 2015, suspeitas de roubo. As vítimas já estavam rendidas e desarmadas quando foram executadas na região do Butantã, na zona oeste da capital.

Paulo Henrique Porto de Oliveira, 18 anos, e Fernando Henrique da Silva, 23 anos, foram mortos no dia 7 de setembro de 2015. Eles teriam sido mortos depois de praticar um roubo de moto e tentar fugir dos policiais. Imagens feitas pelo celular de uma testemunha mostraram um policial jogando Fernando de um telhado.

##RECOMENDA##

Imagens de câmeras de segurança também mostraram Paulo se entregando e levantando a camisa para mostrar que não estava armado. Em seguida, ele é colocado contra um muro, fora do alcance da câmera, momento em que teria sido morto. O vídeo mostra ainda um dos policiais pegando uma arma na viatura.

Júri popular

O processo foi dividido em dois. Hoje serão julgados os policiais Tyson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis e Silvio André Conceição pela morte de Paulo. Todos eles estão presos atualmente.

No dia 27 de março, os policiais Flavio Lapiana de Lima, Fabio Gambale da Silva e Samuel Paes, também presos, serão julgados pela morte de Fernando.

Os julgamentos começam às 10h, no Fórum Criminal da Barra Funda.

O governador Paulo Câmara (PSB) prestou homenagens, na manhã desta quarta-feira (22), aos policiais que participaram da ação contra a quadrilha que assaltou uma empresa de transporte de valores na madrugada dessa terça (21), na zona Oeste do Recife. A agenda não foi divulgada à imprensa.

De acordo com a assessoria, o governador solicitou que seja aberto procedimento pelo Comando da Polícia Militar de Pernambuco para que os policiais sejam promovidos por bravura.

##RECOMENDA##

A ação criminosa deixou três policiais feridos e um prejuízo estimado em cerca de R$ 60 milhões para a empresa. A polícia não conseguiu prender nenhum dos bandidos. Apesar disso, para o governador, a “PM foi rápida e evitamos um dano maior". 

Familiares de policiais militares realizaram um protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, zona sul de São Paulo, nesta quarta-feira, 15. Os manifestantes pediam melhores condições de trabalho e reposição salarial aos agentes da PM paulista.

Em nota, a assessoria de imprensa do governo disse que seis representantes da Comissão dos Direitos Humanos dos Policiais de São Paulo se reuniram com o secretário-adjunto da Casa Civil, Fabrício Cobra, que "explicou que as solicitações estão em análise nas áreas técnicas". A manifestação foi pacifica e não ocupou a via.

##RECOMENDA##

Segundo a nota "desde 2011, foram contratados 23.788 policiais militares, além de 3.278 novos profissionais que estão em formação e serão distribuídos para o Estado ao término dos cursos. Para a Polícia Civil, foram contratados 3.338 policiais e há 442 em curso na Acadepol. Para a SPTC, foram contratados 692 profissionais e 124 estão em formação". 

Os parentes haviam se reunido com o secretário da Segurança Mágino Alvez, na última terça-feira, 14. De acordo com os manifestantes, a pasta concordou em aumentar o quadro de médicos no hospital militar, custear advogados em casos de processos e a criação de um canal dentro da pasta para apresentar denúncias de abusos por parte de superiores.

O governo do Espírito Santo informou que o expediente nas repartições públicas estaduais será normal nesta segunda-feira (13). As aulas nas escolas da rede estadual serão reiniciadas e os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais estaduais estão mantidos.

Na região metropolitana de Vitória, os ônibus do Sistema Transcol voltam a operar em horário normal, com exceção das linhas 663, 885, 904 e 918. Ao longo do dia, a operação será avaliada. O serviço noturno ainda não será restabelecido.

##RECOMENDA##

A prefeitura de Vitória também informou que irá retomar hoje o expediente dos servidores municipais. Da mesma forma, as unidades de saúde voltarão a funcionar normalmente. Nas 102 escolas da rede municipal, o expediente interno recomeça nesta segunda, e o início do ano letivo ocorrerá nesta terça-feira (14).

Fechados durante o período de falta de segurança pública no estado, os parques municipais também serão reabertos na terça-feira. Às segundas, eles passam por manutenção e não funcionam.

O Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual do Espírito Santo comunicaram que haverá expediente em suas unidades até as 16h.

Desde o início da crise na segurança, desencadeada pela paralisação dos policiais militares há dez dias, as lojas devem voltar a abrir também hoje. Na semana passada, shopping centers e grandes redes de supermercados funcionaram em horário reduzido, até as 16h.

A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou, ontem à noite, que 1.236 policiais militares atenderam ao chamado do comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Nylton Rodrigues, nesse domingo, e voltaram a patrulhar as ruas do estado. A corporação conta com 10 mil homens, mas, em dias normais, o policiamento é feito por um efetivo de 2 mil PMs.

O presidente Michel Temer está reunido com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e o interino da Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior, para tratar sobre a crise de segurança pública no Espírito Santo. A reunião está ocorrendo no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer.

Segundo Jungmann, a greve dos policiais militares no Estado está em declínio e a ordem vem sendo resgatada. Amanhã, as escolas voltam a funcionar. Os três ministros estiveram ontem em Vitória, onde se encontraram com o governador em exercício do Estado, César Colnago. Também estava presente o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

##RECOMENDA##

O policiamento nas ruas de Vitória foi reforçado pela Força Nacional e pelas Forças Armadas. Hoje são 1.300 homens. Segundo o ministro da Defesa, o Exército permanecerá nas ruas até quando for preciso. Amanhã, José Levi retornará a Vitória para acompanhar os trabalhos da Força Nacional e o desenrolar da situação na cidade.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando