Tópicos | Ronaldo Caiado

Textos que promovem a reforma política estão na lista dos projetos que podem ser votados nesta semana pelo Senado. A pauta inclui, por exemplo, a propostas que cria novas regras para o financiamento de campanhas eleitorais. A matéria original acaba também com a propaganda partidária e com o horário eleitoral gratuito fazendo com que o dinheiro da compensação fiscal que a União paga às emissoras pela veiculação desses programas seja transferido para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. 

Na última quarta-feira (20), o texto de autoria do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) recebeu, entretanto, do senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator da matéria, um substitutivo. Ele extingue a propaganda partidária no rádio e na televisão veiculada nos anos sem eleições, mas mantém o horário eleitoral dos candidatos durante as campanhas. A nova roupagem da proposta prevê  também outras fontes de recursos para o fundo, que receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores ao Orçamento Geral da União em anos eleitorais.

##RECOMENDA##

A previsão é de que o fundo conte com R$ 3 bilhões em 2018. O texto ainda prevê critérios para a distribuição dos recursos entre os partidos e para a divisão do dinheiro dentro de um mesmo partido e estabelece um limite de gastos para a campanha de 2018. Para ter validade já em 2018, as propostas devem ser aprovadas até o próximo dia 7.

Aplicativos de transporte

Também pode ganhar urgência na tramitação no Plenário do Senado, o texto que regulamenta serviços de transporte remunerado individual por meio de aplicativos como Uber, 99 e Cabify. A matéria foi aprovada em abril pela Câmara dos Deputados e traz uma série de exigências para que esse tipo de serviço possa funcionar. Entre elas está a autorização prévia das prefeituras.

Também estão na pauta propostas de emenda à Constituição. A PEC 24/2012, pronta para a votação em primeiro turno cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública (FNDSP). O objetivo é financiar ações de aparelhamento, capacitação e integração das forças policiais dos estados.

 

*Com informações da Agência Senado

Com o impasse na Câmara dos Deputados sobre os recursos para criação de um fundo destinado a financiar campanhas eleitorais no valor de R$ 3,6 bilhões, o Senado deve votar essa semana uma proposta alternativa do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) com o mesmo objetivo.

Segundo Caiado, o texto, que está para ser apreciado em regime de urgência, é diferente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2003, que prevê a criação do fundo e aguarda votação no plenário da Câmara. “O meu projeto não traz impacto extra ao orçamento. A ideia é o seguinte: acaba com o horário eleitoral na TV e rádio e usa esse recurso que ia para propaganda política para as campanhas eleitorais. Também vamos ampliar a participação popular. O cidadão vai poder escolher para quem irá o recurso nas campanhas eleitorais. E as campanhas serão mais enxutas, conforme a capacidade do candidato de se comunicar, de usar as redes sociais. Repito: não vamos tocar no dinheiro do orçamento”, explicou.

##RECOMENDA##

O fundo proposto por Caiado é menor do que o que o sugerido inicialmente pelos deputados, mesmo assim, pode chegar a R$ 2 bilhões. O dinheiro viria da compensação fiscal que a União concede para as emissoras comerciais veicularem a propaganda política. Na proposta, o senador destaca que, de acordo com a Receita Federal, a compensação fiscal em 2014, ano de eleições gerais, atingiu o valor de R$ 1 bilhão. Em 2015, ano sem eleições, foi de R$ 308,9 milhões. Em 2016, com eleições municipais, R$ 562,2 milhões.

Os recursos também viriam do dinheiro de multas e penalidades aplicadas aos partidos com base no Código Eleitoral. O valor será corrigido a cada eleição pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Contribuições do eleitor

Pela proposta, o dinheiro será depositado no início de junho pelo Tesouro Nacional em uma conta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reservaria 20% do valor para o segundo turno. O restante do dinheiro seria dividido pelo número de eleitores alistados para votar. Cada eleitor poderia direcionar o valor da sua cota ao partido ou candidato que preferir, por meio de uma plataforma que seria desenvolvida pelo TSE.

Se o eleitor não declarar para qual candidato ou partido deve ir sua cota, 1% do valor será dividido igualitariamente entre todos os partidos registrados no TSE. Outros 14% serão distribuídos igualitariamente entre os partidos com representação na Câmara. E os 85% restantes, divididos entre os partidos, de acordo com a proporção de deputados na Câmara.

O texto prevê que, em setembro, o TSE deverá distribuir o dinheiro aos diretórios nacional, estaduais, distritais e municipais dos partidos. No caso das eleições presidenciais, por exemplo, os diretórios nacionais que lançarem candidato próprio poderão usar até 30% do dinheiro para o custeio das campanhas. Se não tiverem candidato próprio, poderão usar até 20%. O restante do dinheiro vai para os diretórios regionais.

Propaganda eleitoral

A proposta de Ronaldo Caiado tramita em conjunto com o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 202/2015, que altera a propaganda eleitoral. A ideia é que os programas passem a ser veiculados apenas por emissoras públicas, durante 35 dias. Se o partido tiver interesse, poderá pagar para veicular propaganda eleitoral e partidária em emissoras comerciais de rádio e televisão.

Para que as mudanças tenham efeito já nas eleições do ano que vem, as propostas relativas à reforma política precisam ser aprovadas pelo Senado e pela Câmara até setembro deste ano.

O plenário do Senado aprovou dois requerimentos do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que acelera a tramitação do projeto que acaba com o horário eleitoral obrigatório em rádio e televisão e redireciona os recursos para um fundo destinado ao financiamento das campanhas.

Pelo projeto do senador, apenas as emissoras públicas permaneceriam obrigadas a transmitir a programação eleitoral obrigatória. Assim, os recursos oriundos das isenções fiscais que são concedidas aos canais privados para transmitir as propagandas dos candidatos e partidos seriam realocados no fundo especial.

##RECOMENDA##

A expectativa do senador é gerar uma economia de R$ 1 bilhão, fazendo com que o financiamento público das campanhas não tivesse impacto orçamentário. O número é baseado em dados da Receita Federal sobre a isenção fiscal referente às propagandas obrigatórias de 2014. O valor inicial alocado no fundo poderia chegar a R$ 2 bilhões com a inclusão, também, do dinheiro obtido por meio das multas aplicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seria corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“A partir daí vamos ter uma eleição mais enxuta, que não vai ter tanto gasto com essas equipes de marquetagem, porque esse gasto ocupa mais da metade do gasto da campanha eleitoral. Vai ser uma campanha mais modesta, onde vai prevalecer a capacidade de comunicação dos candidatos, principalmente nas redes sociais”, avalia Caiado. Para ele, a proposta é um contraponto à ideia de criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões, que tem tido muita rejeição social e representa um “ataque ao Orçamento”.

O projeto também prevê que a distribuição dos recursos seria feita de acordo com a proporção dos partidos na Câmara e com a escolhas dos próprios eleitores ao partido ou candidato de sua preferência.

“Vamos supor que esse dinheiro chegue a R$ 2 bilhões, e nós tenhamos 100 milhões de eleitores registrados no TSE. Cada eleitor terá direito a optar para onde ele quer encaminhar R$ 20 [para qual partido ou candidato] durante 30 dias, até o dia 30 de agosto. Se até lá ele não se posicionar, aí o dinheiro retorna para o Tribunal Superior Eleitoral e será distribuído aos partidos dentro das regras existentes na legislação”, explicou Caiado.

A antecipação do Senado ao debate se deve ao fato de que as novas regras eleitorais precisam ser aprovadas até o próximo mês para valerem nas eleições de 2018. Até o momento, os parlamentares estão preocupados com o fato de que o financiamento privado de campanhas já está proibido, mas o formato do financiamento público ainda não foi definido pelo Congresso.

Caiado pretende apresentar dois requerimentos ainda hoje no Senado, um para tramitação conjunta em todas as comissões por onde o projeto precise passar, e outro, de urgência, para o plenário do Senado. Assim, ele pretende acelerar a tramitação da matéria, que poderia ser enviada o quanto antes à Câmara dos Deputados.

Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, criticou por meio de sua assessoria de imprensa nesta sexta-feira, 3, a criação da Secretaria-Geral da Presidência, que transformou Moreira Franco (PMDB) em ministro.

Com o novo status de ministro, Moreira Franco, que é citado em delação no âmbito da Lava Jato, passa a ter foro privilegiado. Assim, ele só poderá ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

##RECOMENDA##

Ronaldo Caiado afirmou que atuará contra a aprovação da MP que cria a Secretaria-Geral da Presidência. "É condenável esse tipo de prática. Se fosse deslocado para um ministério, não haveria problema. Mas, se criar um ministério, é de uma infelicidade ímpar, fica com cara de esperteza", afirmou Caiado.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 11, que o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) deve receber indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais. Segundo o livro "Na Toca dos Leões", de 2005, Caiado teria feito comentários discriminatório contra mulheres nordestinas. Casado com uma baiana, Caiado negou a acusação e entrou na Justiça. Os responsáveis pela obra, o escritor Fernando Morais, o publicitário Gabriel Zellmeister e a Editora Planeta, ainda podem recorrer da decisão.

Na obra, que conta a história da agência W/Brasil, Moraes relata uma história contada por Zillmeister afirmando que Caiado teria dito, em 1989, que "era médico e tinha a solução para o maior problema do País, 'a superpopulação dos estratos sociais inferiores, os nordestinos'". Ainda segundo a obra, que descreve Caiado como "um cara muito louco", ele teria declarado que "esse problema desapareceria com a adição à água potável de um remédio que esterilizava as mulheres". Caiado, então deputado federal, propôs ação indenizatória e negou as afirmações feitas pelos réus.

##RECOMENDA##

Quando o livro foi publicado, há 11 anos, Caiado chegou a ser processado por discriminação e foi alvo de um processo de cassação na Câmara por quebra de decoro parlamentar. Durante o processo, contudo, a Justiça de Goiás considerou que a história era falsa.

A sentença determinada hoje pelos ministros do STJ manteve a condenação do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) em relação à editora, condenada a pagar R$ R$ 1 milhão ao parlamentar. Já os valores devidos por Morais e Zellmeister foram aumentados de R$ 100 mil para R$ 250 mil cada. Confirmaram a condenação proposta pela relatora, ministra Isabel Galotti, os outros quatro ministros da Quarta Turma do STJ: Antônio Carlos Ferreira, Marco Buzzi, Raul Araújo e Luis Felipe Salomão.

Inicialmente, a relatora propôs que o escritor e o publicitário pagassem R$ 500 mil cada, mas foi convencida pelo ministro Luis Felipe Salomão a mudar o seu parecer para que houvesse consenso entre os ministros da Corte. Salomão considerou que a quantia era desproporcional em relação ao patrimônio dos réus, estimado em cerca de R$ 1 milhão cada.

A relatora considerou que o caso é grave, pois, segundo ela, Caiado teve seu nome veiculado em diversos meios de comunicação na época e até hoje é alvo de notícias sobre o caso na internet. "O caráter gravemente ofensivo das informações falsas justificam a reparação do dano ao lado da indenização pecuniária (...) Em que pese ser natural maior exposição por parte das pessoas públicas, não há espaço para que liberdade de informação se desvie para ofensas pessoais", afirmou Isabel em seu voto.

Defesa

Em sua defesa, Morais alegou que não houve ataque à honra de Caiado, mas sim "singela atribuição de postura que, embora controvertida, não representa nódoa alguma". Já Zellmeister alegou em sua defesa que o livro foi escrito segundo a "impressão pessoal" de Morais e que a declaração em que é citado foi "brevíssima".

A editora Planeta disse que o livro é "sério e bem escrito", e narra de modo informal conversas entre os sócios da W/Brasil. A empresa ainda negou danos morais, alegando que Caiado teve somente "um desgosto ou aborrecimento pelo conteúdo do livro".

Insatisfeito com o apoio de parte do PMDB a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), anunciou que seguirá uma postura independente a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) na Casa Alta. O democrata registrou que o apoio dele as pautas do governo será “crítico”.  

“Minha posição será sempre de independência crítica. Naquilo que forem realmente os pontos positivos, terá todo meu apoio. Agora, no momento que outras matérias vêm, com o apoio até de líderes da base do governo do próprio PMDB, como no caso do reajuste do teto, vocês nos verão numa posição contrária”, declarou, referindo-se ao reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

##RECOMENDA##

Para Caiado “é fundamental que o governo não desvie de sua rota e não perca a pauta que foi formulada pelos movimentos de rua”. Segundo ele, não se pode “tergiversar” agora que o impeachment foi conquistado.

Avaliando o resultado da votação do processo que destituiu o mandato da petista, Caiado classificou como “invencionice” e um “precedente grave” a divisão da análise da matéria e a habilitação mantida para cargos públicos.

“Aquela manobra indiscutivelmente feriu a Constituição brasileira. Foi invencionice. O acordo não beneficiou apenas a presidente Dilma, mas criou uma nova legislação onde o cidadão cassado pode ser nomeado em qualquer secretaria de governo, ministério, e como tal ele se mantém dentro do foro privilegiado, fora das barras da primeira instância”, salientou dizendo que vai cobrar esclarecimentos da base aliada sobre a decisão.

“ Qual é a mensagem que foi dada? O grande acordo que foi feito entre o PMDB e o PT. Nós precisamos saber quais os desdobramentos. O PMDB, por intermédio das suas lideranças, deverá explicar o que de verdade ocorreu, aonde eles querem chegar”, cravou.

Na tarde desta terça-feira (30), no seu pronunciamento no Senado Federal durante o julgamento do impeachment, Ronaldo Caiado (DEM-GO) chegou a comparar a "inocência" que Dilma reafirma com os presidiários. “Se visitarem um presídio eles irão dizer uma só coisa: eu não tenho culpa alguma. Eu sou vítima do sistema, dirão. Eu sou vítima do sistema, vítima do Obama, do Banco Central Americano, do Governo Chinês. Não, não é vítima. Um estelionato eleitoral foi praticado”, disparou.

O senador disse que um “céu de brigadeiro foi prometido”, no entanto, “houve aumento na luz elétrica e mais de doze milhões de brasileiros desempregados. Vemos o Brasil em queda livre e, por isso, a minha posição é votar sim consciente dos crimes que ela cometeu”, criticou Caiado.

##RECOMENDA##

Ele ainda declarou que o Partido dos Trabalhadores (PT) também cometeu erros graves. “O PT acredita que ele tem o dom de poder interpretar os fatos como eles acham que devem ser interpretados e eles passam a acusar todos que não comungam com eles. O mais grave é que, a partir daí, eles começam a criminalizar todos os setores da vida brasileira. Também responsabilizam a imprensa, porém a imprensa retrata o acontecido, o fato, a corrupção, o desmando, a capacidade de não governar da presidente. Acusam o judiciário dizendo que o juiz é um desqualificado e que não poderia acolher ação para que o ex-presidente Lula não fosse nomeado onde já estava claro, então, que havia um desvio de finalidade. Havia finalidade de nomeá-lo ministro da Casa Civil só para darem a ele fórum privilegiado. Assistimos uma inversão”, disse.

Ronaldo Caiado ainda falou que o PT agride os banqueiros. “Os bancos foram aliados fieis do PT. Renegar seus aliados, neste momento, não é de bom tom. Não é correto cuspir no prato que comeram por todo esse tempo. Além disso, se continuarmos com esta gestão chegaremos como a Venezuela, onde os venezuelanos, que vivem em condições subumanas, estão migrando para Brasil e para a Colômbia”, declarou. 

“Assistimos ontem uma presidente afastada que chega para exercer seu direito de defesa, mas, faz pronunciamento articulado no momento que está lendo e desarticulado quando não está lendo, quando parte para um improviso. Ela (Dilma), ao invés de vir aqui em condição de ré, quis ser a palavra maior. Chegou a dizer que “quem me condenar aqui está cometendo um crime”. É grave o que ouvimos aqui ontem”, finalizou Calado.

 

Na tarde desta segunda (29), durante o julgamento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o senador Ronaldo Caiado (DEM) criticou duramente o cenário atual do país, declarando que a inflação no Brasil chegou ao patamar de 10.67% e que mais de 12 milhões de pessoas estão desempregadas.

“Essa situação atual estava, por acaso, em seu discurso para os eleitores? Esse quadro estava desenhado no momento da eleição? Os eleitores teriam votado em vossa excelência se tivessem noção que o Brasil caminharia para tudo isso? Pergunto se o processo de impeachment se trata de uma ação indevida se não poderia se cumprir o que foi dito?”, disparou.

##RECOMENDA##

Em seguida Caiado expôs a situação dos decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. “A senhora (Dilma) não pode se desviar das perguntas que não foram respondidas. A senhora jamais poderia ter assinado decretos sem aprovação do Congresso. O ex-ministro Jaques Vagner disse que quem comanda a política econômica é a presidente da República, então, fica claro que a senhora sempre teve o comando da política econômica”, disse. 

“É importante que todos prestem atenção a outro ponto. Todos os pagamentos aos bancos privados foram feitos mensalmente. Todos esse bancos tinham equalização de taxa de juro. Por que preferência aos bancos privados em detrimento aos públicos? Fora os valores emprestados para outros países penalizando nossos programas sociais”, declarou Ronaldo Caiado.

Os aliados do governo do presidente interino Michel Temer vão tentar impugnar as seis testemunhas de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff. De acordo com o líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado (GO), o mesmo argumento utilizado para colocar em suspeição o procurador do Ministério Público da União (MPU) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira, poderá ser também adotado para as testemunhas arroladas pela defesa.

“Veja o caso dessa testemunha, essa Esther [Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal], que nossa assessoria levantou a vinculação dela com o gabinete da senadora Gleisi Hoffmann. Ela foi lotada inicialmente na Comissão de Assuntos Econômicos e transferida para o gabinete da senadora Gleisi Hoffmann”, disse Caiado.

##RECOMENDA##

Oliveira foi rebaixado da condição de testemunha a informante porque havia se manifestado anteriormente em ato a favor da rejeição das contas de Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União. O questionamento para a mudança de condição foi feito pela defesa de Dilma e aceito pelo presidente Ricardo Lewandowski. Para Caiado, outras testemunhas de defesa vão se enquadrar na mesma linha de argumentação.

“Temos também o caso do economista [Luiz Gonzaga] Beluzzo, que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um manifesto pedindo o encerramento do processo contra a presidente Dilma. Então você vê que, na verdade, eles não apresentaram nenhuma testemunha. Eles simplesmente trouxeram aqui alguns militantes para tentar trazer uma versão que é muito mais partidária e ideológica do que fazer uma narrativa dos fatos”, disse Caiado.

Tentativa anterior

O senador tentou impugnar o depoimento dessas testemunhas anteriormente, mas o presidente do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, pediu que a questão de ordem fosse formulada somente no momento em que as testemunhas forem começar a ser ouvidas. Por isso, ele deverá aguardar o fim da oitiva das testemunhas da acusação – depois de Julio Marcelo falará o auditor do TCU Antônio Carlos Costa D'Ávila.

O advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, rebateu os argumentos que pedem a impugnação de suas testemunhas. Segundo ele, o que difere o caso do procurador Julio Marcelo de Oliveira dos demais é que a tese da defesa não é embasada apenas no depoimento dessas testemunhas.

“Nenhuma das nossas testemunhas formulou as teses da defesa, apenas participou de fatos ou de processos, nenhum foi o mentor de tudo. Julio Marcelo é o mentor da tese da acusação. Ele é citado do começo ao fim no relatório do senador Antonio Anastasia, todas as ideias estampadas na acusação vêm da ideia jurídica de Julio Marcelo”, disse.

Testemunha suspeita

Para Cardozo, a decisão de Lewandowski de colocar o procurador em suspeição foi “muito importante”, porque corrobora com as alegações da defesa de que ele esteve empenhado pessoalmente em condenar a presidenta.

“Fica claro que tudo aquilo que o procurador Julio Marcelo disse é uma situação de uma testemunha considerada, à posteriori, suspeita. Então tem que ser olhado com esta questão. E como testemunha suspeita, nem o compromisso de dizer a verdade ele tem”, disse.

O advogado de defesa alegou ainda que todo o processo foi contaminado por ter sido parcial e disse que “no momento certo, nós iremos, se necessário for, para as instâncias necessárias”. “Se os direitos da presidenta e daqueles que a elegeram forem lesados, nós iremos ao Supremo Tribunal Federal e a todas as instâncias que possam reconhecer o absoluto descomprometimento com o Estado de Direito e com a democracia que esse processo representa”, disse.

O bate-boca entre senadores na sessão de julgamento de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta quinta-feira (25), pode ir parar no Conselho de Ética do Senado. É que os parlamentares que se sentiram ofendidos podem entrar com processo de quebra de decoro parlamentar.

As ações podem ser apresentadas pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). A tensão ocorreu quando a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que "metade do Senado não tem moral" para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff.

##RECOMENDA##

Sentindo-se ofendido, Caiado disse que não era “assaltante de aposentado", em referência à prisão do marido de Gleisi, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Ele está sendo acusado de envolvimento num esquema de desvio de cerca de R$ 100 milhões de empréstimos consignados feitos pelos funcionários públicos federais. Gleisi, então, disse que Caiado é assaltante de “trabalhador escravo”.

Exaltado, Lindbergh chamou Caiado de canalha e pediu respeito ao PT. O democrata, então, disse que Lindbergh deveria “fazer o [exame] antidoping” e não “ficar cheirando”.

Na ocasião, outros senadores também se envolveram na discussão, o que causou a suspensão da sessão. Com os ânimos mais calmos no plenário, Ricardo Lewandowski retomou os trabalhos.

Com o início da apresentação das questões de ordem em relação ao julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou o plenário sobre a moral da Casa para avaliar a petista protagonizando um dos momentos mais acalorados da primeira parte da sessão que iniciou por volta das 9h20.  

“Qual a moral deste senado para julgar a presidente da república? Metade aqui desse Senado não tem moral”, alfinetou a petista, provocando um tumulto entre os senadores aliados ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e favoráveis ao impeachment. 

##RECOMENDA##

Exaltado com a declaração da senadora, Ronaldo Caiado (DEM-GO) se levantou e disparou acusações contra Gleisi, afirmando que "não é assaltante de aposentado", referindo-se a Paulo Bernardo, marido da senadora. A petista fez questão de retrucar, chamando o parlamentar de assaltante do "trabalhador escravo".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) entrou na discussão, esbravejando: "você é um canalha". "Quem sabe de você é o (senador cassado) Demóstenes [Torres]", insinuou o petista. “Vá fazer exame de doping”, retrucou Caiado.

Para conter os ânimos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, interrompeu a sessão por cinco minutos. No retorno, Gleisi afirmou que a base do governo Temer move “questões políticas” e “conspirações” para acelerar o julgamento final. 

[@#video#@]

 

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse neste Sábado que a presidente afastada Dilma Rousseff deveria renunciar ao cargo e "poupar o Brasil" da espera pelo desfecho do processo de impeachment que corre no Senado. O comentário foi feito com base na informação publicada pela revista IstoÉ, segundo a qual Dilma teria tratado pessoalmente, com Marcelo Odebrecht, do pagamento de uma propina de R$ 12 milhões para sua campanha à Presidência em 2014.

A revelação constaria da delação premiada do empresário, segundo a revista. "Já existiam insinuações nesse sentido e agora vem a comprovação final da participação direta da presidente da República em todos esses atos irregulares e criminosos na operação da Petrobras", afirmou. "Para mim, essa é a pá de cal. A possibilidade de ela negar a sua participação no processo é desmontada e cai por terra."

##RECOMENDA##

O senador não acredita, porém, que essa nova informação alterará os votos na comissão do impeachment, do qual ele é integrante.

A ida do ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST) José Rainha Júnior ao gabinete do presidente em exercício Michel Temer, nesta quarta-feira, 1º, causou desconforto na base aliada do governo no Congresso Nacional.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) classificou como "inadmissível" a visita de Rainha. "Se eu ocupasse um cargo no Executivo amanhã, como presidente da República, eu não poderia admitir que bandido nenhum sugerisse nada a mim. Isso é impensável", declarou. Após a visita, que ocorreu nesta manhã, Rainha afirmou que pediu a Temer que fosse criado o ministério da Reforma Agrária.

##RECOMENDA##

Caiado, que desaprova a medida, não poupou o sindicalista de ataques. "Se Zé Rainha diz ao presidente o que deve ser feito, estamos perdidos", disse. "Um cidadão desse não tem qualificação mínima para poder ter acesso ao Planalto e muito menos para dizer ao presidente quais são as suas reivindicações. Ele não tem nem condições de estar junto da sociedade brasileira, pois está cumprindo pena", continuou.

Caiado rebateu o comentário do deputado Paulinho da Força (SD-SP), responsável por intermediar a visita, que disse que Temer não pode governar só para os ricos. "Não é o problema de liderar só para os ricos, mas tem que presidir para os brasileiros de bem. Tem que se governar no Brasil dentro das regras", afirmou.

O senador evitou dizer que Temer cometeu um erro ao receber Rainha, mas sugeriu que o presidente em exercício precisa ter "cautela" para filtrar quem entra no seu gabinete. "A sociedade brasileira está estarrecida", afirmou o senador. No ano passado, Rainha Júnior foi condenado a 31 anos e cinco meses de prisão por crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato.

Ele foi investigado pela Polícia Federal na Operação Desfalque, em 2011, que descobriu um esquema de extorsão de empresas e desvios de verbas para assentamentos rurais. O sindicalista recorre à decisão em liberdade, pois conseguiu a concessão de habeas corpus. Segundo o Ministério Público Federal, ele usava trabalhadores rurais ligados ao MST como massa de manobra para invadir terras e exigir pagamentos.

Na fase de arguição dos especialistas que apresentaram elementos favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (2), a temperatura subiu na Comissão Especial do Impeachment no Senado com uma questão de ordem, colocada pelo líder do Democratas na Casa, senador Ronaldo Caiado (GO).

Ele acusou uma assessora da Advocacia-Geral da União (AGU) de desvio de função em horário de trabalho. Segundo ele, Lilian Barros de Oliveira estaria na comissão prestando assessoria à base do governo, o que avaliou ser "inadmissível".

##RECOMENDA##

Além de Lilian, Caiado também citou um servidor do Ministério da Justiça, Gabriel Sampaio, que afirmou estar incorrendo no mesmo erro.

Senadores governistas reagiram. “Nunca falei com essa pessoa. Era bom saber quem é a pessoa a que vossa excelência se refer”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (SC) sobre a servidora da AGU.

Outro petista, Lindbergh Farias (RJ), também negou que parlamentares contrários ao impedimento estivessem recebendo qualquer tipo de auxílio. “Não conheço nenhuma senhora Lilian que esteja nos assessorando”, afirmou, lembrando que a AGU tem todo direito de acompanhar a discussão.

Sobre a questão de ordem de Ronaldo Caiado, o presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), pediu calma e esclareceu que Lilian Oliveira é credenciada pela AGU para participar da reunião com autorização da comissão. “Se alguém verificar que ela está dando informações a qualquer dos senadores, quero ser comunicado”, pediu Lira, ressaltando que, se for constatada ajuda, ela será retirada da comissão.

Com relação a Gabriel Sampaio, Lira disse que trata-se de um assessor legislativo do Ministério da Justiça, que também é autorizado a acompanhar a sessão. O senador apelou por calma e tranquilidade, afirmando que é isso que a população espera dos senadores.

A sessão já dura mais quatro horas e os senadores seguem fazendo perguntas aos especialistas.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) acionou nesta segunda-feira (12) o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, para pedir que eles garantam a segurança e a proteção de manifestantes no próximo fim de semana, durante a votação doimpeachment. O senador quer a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e os órgãos de segurança pública do Distrito Federal sejam acionados para “garantir o direito de manifestação dos cidadãos”.

Caiado baseia o pedido nas notícias veiculadas na imprensa segundo as quais “movimentos ligados à esquerda, em especial o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra”, estão ameaçando bloquear rodovias em razão do início da votação sobre a instauração de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Além disso, ele ressalta a fala do líder do MST, João Pedro Stédile, que teria dito que “sexta-feira vamos parar o Brasil e não vamos trabalhar”.

##RECOMENDA##

O senador relata que a Polícia Militar do DF prendeu na noite desta segunda-feira (11) um militante que participava da marcha a favor da presidenta Dilma na Esplanada dos Ministérios “portando quantidade expressiva de notas em uma mochila. Questionado sobre a origem dos recursos, não trouxe argumentos para justificá-la”.

Para Caiado, as notícias são “alarmantes” e deixam “inquietos” os cidadãos que pretendem se manifestar sobre o impeachment no próximo fim de semana. “Os cidadãos que têm o direito constitucional à livre manifestação pacífica estão inquietos. É preciso coibir ações que incitem à violência, que visem o bloqueio das rodovias que dão acesso ao Distrito Federal, bem como as que depredem os meios de transporte, o que, infelizmente, se verificou em manifestações do MST”, diz o senador nos ofícios encaminhados às duas autoridades.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios está preparada para manifestações contrárias e favoráveis ao impeachment. Todo o gramado que segue entre os ministérios até a frente do Congresso Nacional está dividido ao meio por um alambrado de metal para separar os dois grupos de manifestantes. A Polícia Militar deverá fazer um cordão de isolamento do Congresso para evitar que qualquer pessoa não credenciada se aproxime do prédio.

O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO), entrou nesta terça-feira, 5, com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a presidente Dilma Rousseff e outros funcionários do governo por usarem o Palácio do Planalto para eventos de interesse pessoal com o objetivo de se defenderem do processo de impeachment.

"O Palácio do Planalto se transformou num verdadeiro palco de reuniões políticas abertas aos apoiadores de Dilma. A presidente comete crime de prevaricação ao deixar que declarações como essa aconteçam em eventos oficiais do governo", afirmou o senador.

##RECOMENDA##

Nas últimas semanas, a presidente recebeu juristas e artistas contrários ao processo de impeachment em eventos oficiais. "Não há dúvidas que Dilma e seus ministros lançaram mão de uma estrutura custeada pelos cofres públicos com o único objetivo de favorecer a defesa da presidente no processo de impeachment", disse.

Também são citados na representação os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) e Ricardo Berzoini (Secretaria de governo), além do chefe de cerimonial da Presidência, Renato Mosca.

O documento acusa ainda o secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Santos, de incitação ao crime. O argumento é que, em evento realizado no Palácio do Planalto no último dia 1º, Aristides teria falado em invadir espaços particulares.

O líder do governo no Senado, Humberto Costa, disse nesta quinta-feira (17) que faz parte da luta política a decisão do juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, que concedeu liminar suspendendo a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

“Um juiz de primeira instância deu essa decisão. Com certeza, haverá recursos da Advocacia-Geral da União para o Tribunal Regional Federal e a última palavra ficará com o Supremo Tribunal Federal (STF). Não há qualquer razão para que Lula não possa ser ministro. Ele tem direitos políticos plenos, não responde a nenhum processo e não tem qualquer impedimento legal ou político que o impeça de ser ministro”, afirmou Costa.

##RECOMENDA##

Entre os parlamentares de oposição, a reação à suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi imediata. Parlamentares do PSDB e do Democratas acompanharam a cerimônia no Palácio do Planalto pela televisão do gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e comemoraram a decisão do juiz Catta Preta Neto.

“A decisão mostra que o Poder Judiciário está firme, atento e acompanhando todos os atos. A decisão do juiz federal Itagiba foi exatamente demostrando que a prática da presidenta não é aquela prerrogativa de trazer alguém para o ministério para poder trabalhar pelo país. Ao contrário, é um desvio de finalidade clara para transferir o foro [ do ex-presidente Lula] da jurisdição do juiz Sérgio Moro para o Supremo”, criticou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

Próximos passos

Para a oposição, o próximo passo é acelerar a tramitação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara e o Senado. Para isso, o entendimento é que uma posição clara do PMDB, maior partido da base aliada do governo, é fundamental, já que a legenda tem ameaçado romper com o governo.

“O que queremos objetivamente é uma posição do PMDB. O PMDB terá de se manifestar além do que foi dito na convenção do partido, realizada no sábado (12). O PMDB é o fiel dessa balança. Com esse volume de pressão, o caminho é o impeachment. Se já existiam argumentos para o impeachment, eles agora estão sobrando no aspecto jurídico O que se percebeu é a intervenção da presidenta da República obstruindo a Justiça. Isso é crime de responsabilidade”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

Plenário

Assim que terminou a cerimônia de posse de novos ministros, parlamentares de oposição ligaram para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não está na Casa, e exigiram que a sessão desta quinta, que já estava convocada para às 11h, fosse aberta. Renan atendeu e, desde então, os debates entre governistas e oposicionistas seguem acalorados em plenário.

Durante os debates, os senadores governistas lembraram que está marcada para amanhã (18) uma manifestação nacional em apoio ao governo de Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. A organização é da militância do Partido dos Trabalhadores.

O conteúdo da delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró deixou em alerta o Palácio do Planalto, que teme a influência das denúncias no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em curso na Câmara dos Deputados desde o final de dezembro de 2015.

Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, declarou à Procuradoria-Geral da República ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, em setembro de 2013, Collor afirmou que suas negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras haviam sido conduzidas diretamente por Dilma.

##RECOMENDA##

Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como "cota" pessoal do ex-presidente Collor (1990-1992).

Cerveró citou duas vezes a presidente. "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.

Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião "que não tinha interesse em mexer na presidência e nas diretorias da BR Distribuidora". Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.

O ex-diretor da Petrobrás afirmou que "ironicamente agradeceu" a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. "Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora." Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. "Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", afirmou. "Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a base de distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ."

A defesa de Collor refutou as acusações e considerou "falsas" as alegações de que ele "tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros".

O Planalto afirmou que não comentaria a menção a Dilma, assim como a assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni.

Preocupação

A citação à presidente da República preocupa o PT e os assessores diretos dela. A avaliação é de que Dilma havia encerrado o ano passado com relativa tranquilidade após o Supremo Tribunal Federal ter anulado a criação da Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados a para analisar o impeachment e dar determinado que o Senado tem a palavra final sobre o processo de afastamento.

Grupos anti-Dilma prometem manifestações de rua pelo impeachment em fevereiro ou março. Os petistas temem que as menções a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas delações possam engrossar os protestos, que ficaram abaixo do esperado em dezembro do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou na manhã desta terça-feira, 8, que a carta do vice-presidente Michel Temer, na qual reclama da desconfiança em relação a ele e ao PMDB, é uma declaração a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Houve uma posição, sem rodeios, onde expõe, além da incapacidade administrativa, a falta de apoio político da presidente", disse Caiado.

Segundo o parlamentar de oposição, o foco principal do Democratas no momento é tirar o País da atual situação. Ele ressalvou que o partido só vai discutir apoio a nomes depois que o impeachment "for sacramentado". "Depois será uma nova etapa, onde vamos optar por um projeto que recoloque o País nos trilhos e arrume a bagunça e o estrago da era PT", disse Caiado.

##RECOMENDA##

O líder o Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou, nesta quarta-feira (25), que a bancada da legenda votará favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o líder do PT na Casa, o senador Delcídio do Amaral (MS). 

Caiado informou a posição do colegiado após uma reunião que aconteceu na manhã de hoje. Na avaliação dele, a Polícia Federal, o STF e a Procuradoria Geral da República são “unânimes ao sinalizar a prisão” e não cabe ao Senado contestar a decisão “decisão num momento tão grave e que abala o Senado Federal”. “Existem provas contundentes e graves que não autorizam com que Senado desautorize instituições”, observou em publicação no Twitter. 

##RECOMENDA##

Para o democrata, como Amaral é líder do governo na Casa se faz necessário um posicionamento do PT. “Ele não é apenas um senador, ele é líder do governo. A presidente também deveria se pronunciar. Estamos vendo uma regra constitucional nunca usada ser transformada em fato concreto no Governo PT. É um momento de constrangimento. É uma tragédia para o Senado”, avaliou.

Assim como os outros líderes, Ronaldo Caiado participa, neste momento, da reunião convocada pelo presidente do Senado, Ranan Calheiros (PMDB-AL) para deliberar sobre o assunto. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando