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De janeiro a setembro de 2023, o Brasil registrou 6.622 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rim, pulmão e fígado, por exemplo, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde. Desses, 360 foram realizados em Pernambuco.

Como continuidade às ações de fortalecimento do SUS e melhoria da assistência à população brasileira, a pasta mais que dobrou a autorização de novos serviços de transplante, que passaram de 31 em 2022 para 64 em 2023 - aumento de 106%. Ao todo, o Brasil tem 1.198 serviços credenciados para transplantes.

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Quando incluídos os transplantes de córnea e medula óssea, o país avançou 9,5% nos procedimentos realizados entre janeiro e agosto, quando comparado com o mesmo período de 2022. Até agosto deste ano, foram feitos 18.461 transplantes em todo o Brasil, sendo que ano passado o total registrado foi de 16.848 cirurgias.

O Ministério da Saúde também divulgou número recorde de doadores efetivos no primeiro semestre de 2023, com 1,9 mil doadores, o que possibilitou a realização de 4.377 transplantes de órgãos sólidos, número 16,2% maior do que em 2022. Quando somados os meses de julho e agosto de 2023, o total de doadores efetivos salta para 2.435. Com a tendência de aumento já observada até agora, a expectativa é fechar 2023 com um recorde inédito.

Em campanha durante o mês de setembro, com o tema “Doe uma segunda chance, doe órgãos”, a pasta reforça a importância da conscientização sobre o ato de doar. De acordo com o SNT, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador. Na maioria das vezes, o transplante pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para quem precisa da doação. Atualmente, 40.567 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Dessas, 1.803 estão em Pernambuco.

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar, pois somente com a autorização dos familiares a doação pode ser efetivada.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

O Ambulatório do Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, vai oferecer, durante o mês de outubro, o serviço de inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama. Mulheres dos municípios circunvizinhos poderão agendar o procedimento, que será feito toda terça-feira do mês.  

O Centro de Saúde do Dom Moura, localizado no prédio anexo ao hospital, no bairro Heliópolis, atenderá até dez mulheres por dia, a partir das 8h, por ordem de chegada. A partir de novembro, o serviço será articulado pela V Gerência Regional de Saúde (Geres), que organiza os procedimentos e realizará os agendamentos. A população interessada pode tirar demais dúvidas pelo telefone (87) 3761-8117. 

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Como funciona o DIU? 

O Dispositivo Intrauterino de cobre é um método contraceptivo considerado de grande eficácia, e que não afeta, a saúde da mulher. Após uma entrevista médica e análise de exames, o procedimento de inserção dura cerca de 15 minutos. Além de prevenir a gravidez, o DIU também pode ser um aliado para tratamentos especializados, como é o caso do DIU hormonal, que serve para diminuir os efeitos da endometriose, hipermenorragia ou miomas. 

 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, propôs na quarta-feira, 4, aumentar, anualmente, em um ano a idade legal para que as pessoas na Inglaterra possam comprar cigarros. A proposta visa mudar gradualmente a norma no país, até que eventualmente se torne ilegal para toda a população e o tabagismo seja eliminado entre os jovens.

Ao expor o seu plano na conferência anual do Partido Conservador, Sunak disse que queria "em primeiro lugar, impedir que os adolescentes começassem a fumar". Atualmente é ilegal vender cigarros ou produtos de tabaco a menores de 18 anos em todo o Reino Unido.

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A mudança tornaria crime a venda de produtos de tabaco a qualquer pessoa nascida em ou após 1º de janeiro de 2009 - aumentando efetivamente a idade para fumar em um ano, todos os anos, até que se aplique a toda a população. "Isto tem o potencial de eliminar gradualmente o tabagismo entre os jovens quase completamente já em 2040", diz um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Se o Parlamento aprovar a proposta, a alteração jurídica só se aplicará em Inglaterra - e não na Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. Uma medida semelhante aprovada na Nova Zelândia no ano passado proíbe a venda de tabaco aos nascidos depois de 2008.

"As pessoas começam a fumar quando são jovens. Quatro em cada cinco fumantes começaram a fumar aos 20 anos", disse ele. "Mais tarde, a grande maioria tenta desistir... se conseguíssemos quebrar esse ciclo, se conseguíssemos parar o início, estaríamos no caminho certo para acabar com a maior causa de mortes e doenças evitáveis no nosso país."

O governo britânico aumentou a idade legal para a venda de tabaco de 16 para 18 anos em 2007. Isso conseguiu reduzir a prevalência do tabagismo entre os jovens de 16 e 17 anos em 30%, disse o gabinete de Sunak.

Sunak também disse que seu governo irá introduzir medidas para restringir a disponibilidade de vapes, ou cigarros eletrônicos, a crianças. É atualmente ilegal vender vapes para menores de 18 anos no Reino Unido, mas autoridades dizem que o consumo do cigarro eletrônico triplicou nos últimos três anos e mais crianças agora fumam vape do que cigarro.

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (4) proposta do Poder Executivo para reforçar os caixas dos Ministérios da Agricultura e Pecuária, da Educação, de Minas e Energia, da Saúde, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, no valor de R$ 1,296 bilhão.

O projeto foi relatado pelo deputado federal Giacobo (PL-PR) e será encaminhado à sanção presidencial. 

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Pelo PLN 22/2023, os recursos estão sendo remanejados do orçamento aprovado para outros órgãos federais e não haverá aumento de despesas.

O dinheiro será usado para aquisição de materiais e equipamentos para o Colégio Pedro II e hospitais universitários federais, assim como para a manutenção administrativa de universidades e institutos federais pelo Ministério da Educação.

Além disso, haverá o custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial pelo Ministério da Saúde e o fomento ao setor agropecuário pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Os recursos servirão também para apoiar projetos de desenvolvimento sustentável pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional; manter os contratos de vigilância, limpeza e apoio administrativo, adquirir veículos para as atividades de fiscalização, implementar e atualizar soluções tecnológicas para fiscalizar o setor mineral pelo Ministério de Minas e Energia.

*Da Agência Senado

A cantora Letrux fez um anúncio aos fãs. Nesta terça-feira (3), nas redes sociais, a carioca revelou que foi diagnosticada com um tumor no ovário. Letrux ficou sabendo do resultado durante um exame de rotina. "Foi detectado algo que inicialmente se supôs que era um cisto no meu ovário direito. Um cisto grande", disse.

"A princípio, minha médica achou que faria uma videolaparoscopia (via umbigo), retiraria o cisto (e esse ovário) e pronto. Mas depois de tomografias, ressonâncias, exames de sangue mais detakhados e um marcador tumoral altíssimo, compreendemos que seria necessário fazer uma cirurgia", completou.

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De acordo com a artista, o procedimento cirúrgico é delicado: "É um assunto íntimo, mas divido para conscientizar mais mulheres e homens trans a cuidarem dessa área. Tudo o que leio como câncer de ovário é muito silencioso. Não há dor, mas, quando se descobre, já está grande. Felizmente, a taxa de letalidade é super baixa".

Letrux afirmou aos seguidores que não poderá fazer seus shows em novembro. Ela disparou: "Novembro é pausa e cura". Logo após ter feito a postagem, Letrux ganhou uma chuva de mensagens dos internautas.

No Instagram, famosos como Hugo Bonemer, Mônica Martelli, Tatá Werneck, Leandra Leal, Duda Beat, Liniker, Ingrid Guimarães, Dani Calabresa, Flávia Reis e Lan Lanh deixaram palavras carinhosas para ela. A cantora Preta Gil comentou: "Querida, estou forte com você pra tudo que precisar. Essa espera é muito difícil, mas vai dar tudo certo. Você é luz!! Tô aqui".

Confira o comunicado de Letrux:

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem quadro de saúde estável. Ele já caminhou e fez fisioterapia na manhã deste sábado (30), segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, divulgado há pouco. Lula foi operado na sexta-feira (29), para corrigir uma artrose do lado direito do quadril e para realizar um procedimento nas pálpebras.

"O paciente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido na data de ontem, 29, à cirurgia de artroplastia total de quadril à direita e também a blefaroplastia. Passou a noite estável, caminhou pela manhã e realizou sessões de fisioterapia", diz o boletim.

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Lula permanece internado no quarto e está sob os cuidados das equipes de Roberto Kalil Filho, Ana Helena Germoglio e Giancarlo Cavalli Polessello.

O documento é assinado por Rafael Gadia, superintendente de Governança Clínica, e Mauro Suzuki, diretor clínico, ambos do hospital Sírio-Libanês.

A previsão é que o presidente tenha alta na terça-feira (3), e volte ao Palácio da Alvorada, onde permanecerá em repouso por orientação médica pelos próximos dias.

A atriz e apresentadora Sthefany Brito usou o seu perfil do Instagram para comemorar a saída de Kayky Brito do hospital. Por meio dos stories, ela comemorou com os seguidores a alta médica do irmão. "Rezei tanto por esse momento. O boletim médico mais esperado! Em casa! Amém, Senhor!", escreveu.

Na postagem, Sthefany compartilhou a mensagem em que mostra o boletim médico. Kayky Brito retornou para casa na tarde desta sexta-feira (29), após ficar 27 dias internado.

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"O Hospital Copa D'Or informa que o paciente Kayky Fernandes Brito, internado desde o dia 2 de setembro de 2023, vítima de politraumatismos, recebeu alta hospitalar na tarde de hoje, com lesões corrigidas com sucesso e em condições de prosseguir com o processo de reabilitação em sua residência", disse o comunicado.

O ator foi atropelado no início do mês, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ao atravessar a Avenida Lucio Costa, ele acabou sendo atingido por um veículo. O motorista de aplicativo que atingiu Kayky prestou socorro. O condutor chegou a fazer exame toxicológico no Instituto Médico Legal (IML), cujo o resultado não acusou para o uso de álcool.

Na quarta-feira (27), a polícia afirmou que Dionez Coelho não teve culpa pelo acidente. Ainda de acordo com a investigação, Dionez estava abaixo da velocidade permitida.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta quinta-feira (28) a lista de planos de saúde que terão a venda temporariamente suspensa, em razão de reclamações relacionadas à cobertura assistencial. A medida faz parte do monitoramento de garantia de atendimento. Dessa vez, a agência determinou a suspensão de 38 planos de 10 operadoras com base nas reclamações efetuadas no segundo trimestre deste ano. A proibição da comercialização começa a valer na próxima terça-feira (3).

"Ao todo, 394.313 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado no monitoramento", afirma Alexandre Fioranelli, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli.

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Além das suspensões, a ANS também divulgou a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Ao menos, 12 planos de seis operadoras terão a venda liberada pelo monitoramento da garantia de atendimento.

Entre 1º de abril e 30 de junho deste ano, foram recebidas mais de 58 mil reclamações.

Confira a lista dos planos com comercialização suspensa

A ANS recomenda que o consumidor não contrate os planos de saúde da lista abaixo. Se receber oferta para adquirir um desses planos, é preciso formalizar uma denúncia junto à ANS.

Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima

473379157 Novo Univida I - Apto

473380151 Novo Univida I - Enferm

473360156 Univida Coletivo - Por Adesão - Apto

473361154 Univida Coletivo - Por Adesão - Enferm

477454170 Univida Coletivo - Por Adesão IV - Apto

473362152 Univida Empresarial III - Apto

473363151 Univida Empresarial III - Enferm

Unimed Vertente do Caparaó - Cooperativa de Trabalho Médico Ltda

485570201 Nacional Adesao Pós - Enf

Atívia Serviços de Saúde S/A

473295152 Essencial Empresarial Enfermaria Coparticipativo

Alvorecer - Associação de Socorros Mútuos

485855207 Blue Med - PME litoral (Enfermaria)

479199171 Blue Med Santos Standard

480213186 Global Standard

479472179 PJ - Blue Med SP Standard

465778111 Platinum Blue Standard

465691111 Premium Plus Standard

465690113 Premium Standard

Unimed Maranhão do Sul - Cooperativa de Trabalho Médico

474301156 Unifacil Plus - Ades + Enf + Cp

Unihosp Saúde Ltda

478739171 Executivo 100 Individual Familiar Enfermaria

478740174 Executivo 300 Coletivo Empresarial Enfermaria

Unimed-Rio Cooperativa de Trabalho Medico do Rio de Janeiro

401806981 Unimed Alfa

467683121 Unimed Alfa 2

467691122 Unimed Alfa 2

487586209 Unimed Alfa 2 Ad

467675121 Unimed Alfa 2 PPE

467669126 Unimed Beta 2

467685128 Unimed Beta 2

467687124 Unimed Delta 2

467679123 Unimed Delta 2 PPE

467681125 Unimed Personal Quarto Coletivo 2

467689121 Unimed Personal Quarto Coletivo 2

487582206 Unimed Personal Quarto Coletivo 2 Ad

483647192 Unimed Singular

433457004 Unipart Alfa

468250125 Unipart Personal Quarto Coletivo 2

480415185 Unipart Singular Emp

Santo André Planos de Assistência Médica Ltda

456407073 Rubi

Associação Assistencial de Saúde Suplementar Cruz Azul Saúde

434094009 Rubi Individual/Familiar - Enfermaria com Obstetrícia

Santa Rita Sistema de Saúde Ltda

435791014 Santaris

No mesmo período, alguns planos foram reativados. Veja aqui a lista. A ANS também afirma que alguns planos que já estavam suspensos por outros motivos também foram suspensos pelo monitoramento da garantia de atendimento. Confira aqui mais detalhes. Há ainda alguns planos liberados pelo monitoramento da garantia de atendimento, mas que continuam suspensos por outros motivos.

Com o objetivo de combater o preconceito e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras da psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove neste mês de outubro a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase. Nesta sexta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional e Mundial da Psoríase, doença da pele comum, autoimune e sem cura, cujos sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente, que atinge cerca de 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

Os tratamentos disponíveis são o tópico, com cremes e pomadas aplicados diretamente na pele; os sistêmicos, a base de comprimidos ou injeções; os biológicos, injetáveis, e a fototerapia, que é a exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica.

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Pesquisadores em bioenergia e biomateriais da Universidade Estadual Paulista de Araraquara (Unesp) desenvolveram um tratamento sustentável, natural e barato, para aliviar os sintomas, utilizando uma membrana fina à base de látex e Aloe vera (babosa). A planta já é utilizada nas versões em gel e pomada, mas pode incomodar porque pode causar ressecamento da pele e entupimento dos poros na pele.

Segundo Rondinelli Herculano, um dos pesquisadores, o grande problema dos medicamentos sintéticos disponíveis são os efeitos colaterais, e os produtos naturais já vêm sendo utilizados para minimizar esses efeitos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A Aloe vera é um dos produtos naturais utilizados para aliviar os sintomas da psoríase, que vai tratar só a pele, só externamente.

“Por isso nossa proposta foi incorporar a Aloe vera em curativos de látex natural como um tratamento complementar. Porque quando a pessoa passa muitos cremes hidrogéis de Aloe vera, geralmente tem um ressecamento. Além do desconforto fica a gordura. Nos testes que fizemos em laboratório, observamos que o material ficou bem flexível e preservou as propriedades da Aloe vera, além de ser de fácil manuseio e seguro”, explicou.

De acordo com Herculano, a próxima etapa da pesquisa é encontrar parceiros para fazer os testes em humanos e para inserir o produto no mercado. A ideia é fazer o curativo de diversos tamanhos e personalizados, dependendo do tamanho da lesão.

A psoríase é uma doença autoinflamatória, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causa o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele. A psoríase não é uma doença contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.

Em até 30% dos pacientes, inflamação similar pode acontecer nas articulações, levando à artrite psoriásica, outra manifestação da doença. Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratada.

Entre os fatores que podem aumentar as chances de desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico estão o histórico familiar, o estresse, a obesidade, o tempo frio, as infecções diversas, medicamentos e o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante que o portador da doença tenha acompanhamento psicológico, devido ao impacto na autoestima. Alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física também auxiliam no controle a doença.

O mês de setembro é marcado por uma data importante, na área de saúde, sendo lembrado, nesta sexta-feira (29), o Dia Mundial do Coração. A iniciativa, criada no ano 2000 pela Federação Mundial do Coração, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), busca conscientizar as pessoas acerca das doenças que acometem o coração e o sistema cardiovascular. O Hospital Pelópidas Silveira, no Recife, é um dos centros de referência no atendimento e tratamento de doenças do coração no estado, e alerta a população sobre os principais problemas identificados no sistema circulatório. 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), de janeiro de 2020 até junho de 2023 foram contabilizadas 14.478 mortes ocasionadas por infarto agudo do miocárdio, o quadro que mais mata no estado, e também no Brasil. A hipertensão essencial fica no segundo da lista de problemas fatais, tendo um total de 8.236 óbitos pela condição, do início de 2020 até o primeiro semestre deste ano. O acidente vascular cerebral, mesmo tendo um volume menor, figura em terceiro lugar da lista, sendo a causa da morte de 5.263 pessoas em Pernambuco, no mesmo período. 

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Imagem: Rachel Andrade/LeiaJá

Apesar de os números fatais serem elevados, os tratamentos oferecidos pela rede estadual de saúde atendem a uma população muito maior. Ainda segundo a SES-PE, casos de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca neonatal são os principais quadros tratados na rede pública, com o somatório de 20.489 pacientes em 2020, 22.380 em 2021, 27.757 em 2022 e 11.770 até junho de 2023. 

O médico cardiologista do HPS, Sérgio Nascimento, explicou ao LeiaJá que existem diversos fatores que podem ocasionar um problema no sistema cardiovascular, passando de uma herança genética a uma carga emocional. “O infarto é uma obstrução da artéria do coração que acontece quando a pessoa soma vários fatores. Não necessariamente precisa ser um fator só. A gente tem fatores que são relacionados à própria herança genética. Gente que tem predisposição à obstrução do coração por placa de gordura, e também tem outros fatores, como pressão alta, colesterol alterado, o diabetes, a obesidade, que acabam gerando inflamação e aumentando a forma do corpo obstruir esse vaso. Então, desses fatores a gente tem mais comum a população na quarta a quinta década [de vida], que é a partir dos 40 anos tendo um maior acometimento dessa doença”, afirmou. 

Dr. Sérgio Nascimento. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Quem faz parte dessas estatísticas é Luciana Maria da Silva, aposentada de 52 anos, moradora da comunidade Lagoa Encantada, no bairro do Ibura, zona Sul do Recife. Ainda em 2022, ela começou a sentir um desconforto, chegou a ser atendida e descobriu que tinha arritmia cardíaca. O caso se tornou mais grave, no entanto, em meados de junho de 2023, quando, um dia, seus batimentos cardíacos chegaram a mais de 210 por minuto. “Um dia eu acordei, e o coração começou a palpitar demais e também não levei a sério, não imaginei. No dia seguinte, novamente, aí eu fui no médico. Aí ele passou os exames, fiz, aí realmente acusou que eu estava com pressão alta e arritmia cardíaca. E daí não fiz o tratamento como deveria ser. Tomei só aquele medicamento e não tomei o resto, não continuei. Achava que era só uma caixa. Aí não tive [nada], depois de um ano eu vim ter [outro episódio]. Então chegou quase a, talvez, uma parada [cardíaca]”, relatou Luciana ao LeiaJá

Luciana Maria da Silva. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Cuidados que salvam 

Luciana foi socorrida por seu filho, Mateus, de 25 anos, que trabalha como comissário de voo, e estava de folga no dia em que ela passou mal. Ela contou ainda que os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela foi atendida, ficaram surpresos com o fato de que ela estava falando e andando, enquanto apresentava uma média da 214 batimentos cardíacos por minuto. “Eu andava normal, falava normal, só que o médico achou que eu já estava mais ou menos infartando. Lógico que eu senti medo na hora do diagnóstico, acho que até chorei um pouco pra ir na UPA, aí o médico pediu, ficou do meu lado”, lembrou. 

Mateus esteve com sua mãe em todos os momentos, até se certificar de que ela ficaria bem. “E daí já internou ela na sala vermelha e a médica que tava de plantão na emergência já começou a fazer todos os procedimentos, porque ela poderia ter uma parada cardíaca a qualquer momento”, ele comentou. 

Mateus ao lado de sua mãe. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Além do atendimento emergencial, o doutor Sérgio ainda ressalta a importância do tratamento, e enfatiza que o paciente deve sempre ser colocado em primeiro lugar em todos os processos. “O paciente tem que ser parte do tratamento, inclusive ele tem que ser o principal em todo o tratamento, ele não deve ser basicamente um seguidor de ordens médicas, ele deve participar do diagnóstico, entender o processo da doença e isso aumenta inclusive a aderência. E uma coisa muito importante é uma equipe multidisciplinar pra acompanhar o paciente com doença cardiovascular”, disse o cardiologista. 

Assim como Luciana, outros pacientes, com quadro de saúde semelhante, tiveram de mudar e aderir a um estilo de vida diferente, além de se adaptar à rotina dos medicamentos. No entanto, o médico ainda ressalta que os hábitos saudáveis podem ser praticados por qualquer pessoa, mas evitar problemas de saúde ao longo da vida. “a gente já tem dados hoje que pelo menos cento e cinquenta minutos de exercício durante a semana, de moderada a intensidade, isso é uma caminhada pra algumas pessoas, mas pra outras pessoas realmente é um exercício mais intenso, isso seria muito mais benéfico pro coração, mas estudos recentes já apontam que quando compara uma pessoa que não faz nenhum exercício, uma pessoa que faz apenas um final de semana, aquele benefício do final de semana ainda é melhor do que você não fazer nenhum tipo de exercício”, pondera o especialista. 

Confira a reportagem completa abaixo: 

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu temporariamente a venda de 38 planos de saúde de 10 operadoras devido a reclamações efetuadas no segundo trimestre relacionadas à cobertura assistencial. A medida faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que acompanha regularmente o desempenho do setor e atua na proteção dos consumidores. A proibição da venda começa a valer no dia 3 de outubro.

"Ao todo, 394.313 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado no monitoramento", afirmou o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli.

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Por outro lado, 12 planos de seis operadoras terão a venda liberada pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento.

O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que os estados de Rio de Janeiro e de São Paulo continuam tendo aumento de casos de Covid-19. Segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes, a circulação do vírus Sars-Cov-2 nesses locais continua levando a internações. 

“No Rio de Janeiro continua tendo um ritmo de crescimento na curva de novos casos semanais de Covid-19. Em São Paulo, é um ritmo lento de crescimento, restrito, assim como no Rio de Janeiro, à população de idade mais avançada. Mas é um sinal de que está presente. Ou seja, o vírus está circulando com maior intensidade, levando a aumento das internações, principalmente nos grupos mais vulneráveis”, explica Gomes. 

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Segundo ele, esse cenário é restrito principalmente aos dois estados. O pesquisador afirma que é importante manter o reforço em relação à convocação da população para que esteja em dia com a vacina contra a doença.

O boletim usa como base os dados da semana epidemiológica 38 (de 17 a 23 de setembro). Nas últimas quatro semanas, 44,2% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país foram provocados pela covid-19. Entre os óbitos, a Covid-19 responde por 77,5%.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan, a iniciar um ensaio clínico no País com medicamento especial à base de células geneticamente modificadas, as chamadas CAR-T. A pesquisa é considerada mais um avanço no tratamento contra o câncer hematológico (no sangue). A informação foi divulgada na terça-feira (26). A seleção dos pacientes que farão parte do estudo ainda está sendo definida.

Segundo a Anvisa, os trabalhos estão em fase clínica inicial. "O objetivo é avaliar a segurança e a eficácia no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, recidivados e refratários, em casos de reaparecimento da doença ou de resistência ao tratamento padrão", afirma a agência.

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Essa nova terapia usa células de defesa do próprio corpo, modificadas em laboratório, para atacar linfomas e leucemia. "Tanto a tecnologia de transferência de genes, por meio de vetor viral, quanto a tecnologia de produção das células são avanços em desenvolvimento pelos pesquisadores nacionais", acrescenta a Anvisa.

Paciente com câncer teve remissão completa após terapia inovadora testada em SP

Em maio deste ano, um paciente teve remissão completa de um linfoma não Hodgkin (tipo de câncer que se origina no sistema linfático) em apenas um mês. A evolução foi celebrada por pesquisadores, pois ele foi um dos 14 pacientes que participaram de estudo com a terapia CAR-T Cell desenvolvido pelas faculdades de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da USP de Ribeirão Preto, em parceria com o Hemocentro da cidade do interior paulista e pelo Instituto Butantan.

O escritor e publicitário Paulo Peregrino, de 61 anos, foi diagnosticado com seu primeiro linfoma não Hodgkin em 2018. Ele já havia tentado de tudo para acabar com a doença: passou por quimioterapia e transplante autólogo - quando as células-tronco hematopoiéticas do próprio paciente são removidas antes da administração da quimio de alta dose e infundidas novamente após o tratamento. Mas nada disso adiantou. O paciente estava em seu terceiro linfoma.

Dos 14 participantes, nove tiveram remissão completa. Comparando a imagem de exames antes e depois do tratamento, é possível ver a remissão dos linfomas no corpo do paciente.

O processo de tratamento de Peregrino com a terapia CAR-T Cell começou em dezembro de 2022, quando ele foi internado no Hospital das Clínicas para ter suas células de defesa colhidas. Ele precisou ficar um mês sem fazer quimioterapia para os médicos conseguirem colher as células nas condições recomendadas.

Na época, a equipe entrou com pedido de aprovação e autorização pela Anvisa e pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para participação do paciente no estudo e, assim que aceito, foram colhidas as células de defesa do organismo de Peregrino e enviadas ao Hemocentro de Ribeirão Preto, onde foram colocadas em cultura.

Aprovação do ensaio clínico

De acordo com a Anvisa, o objetivo é impulsionar o desenvolvimento de produtos de terapias avançadas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em janeiro deste ano, a FUNDHERP e o Instituto Butantan foram selecionados por meio de edital de chamamento. "Isso deu início a um suporte regulatório intensificado, visando aprimorar e acelerar a fase de busca de dados pré-clínicos para início da fase de desenvolvimento clínico do produto", afirmou a agência.

A Anvisa e os patrocinadores realizaram diversas reuniões periódicas e constantes discussões de dados e elaboração de documentos técnicos e regulatórios, que foram submetidos continuamente, com inteira prioridade por parte da equipe técnica da agência. Foram 104 dias de avaliação documental realizada pela agência e 144 dias de respostas às exigências trabalhadas pela FUNDHERP. Após a aprovação do início do ensaio clínico, a Anvisa criou um plano de acompanhamento.

"Isso envolve revisões frequentes dos dados e informações da pesquisa, com ações planejadas até dezembro de 2024, para monitorar de perto o desenvolvimento do produto. Se os resultados forem bons, o objetivo é registrar o produto rapidamente para que as pessoas tenham acesso a uma opção de tratamento segura, eficaz e de alta qualidade disponível no SUS", afirmou a agência.

CAR-T Cell

Desde 2020, a Anvisa registrou três produtos de terapia gênica, do tipo CAR-T, para tratamento de leucemias, linfomas e mielomas, e dois produtos de terapia gênica para doenças genéticas raras, desenvolvidos por empresas farmacêuticas biotecnológicas internacionais.

Com as publicações das primeiras normas sanitárias específicas para os produtos de terapia avançada (PTAs), o Brasil passou a integrar o pequeno grupo de países com base regulatória para o desenvolvimento e o uso desses produtos inovadores.

Atualmente, mais de 40 ensaios clínicos com PTAs experimentais estão em andamento no País, após a aprovação da Anvisa.

"Um ensaio clínico de fase 1 com produto de terapia gênica, chamado CAR-T, está sendo desenvolvido por pesquisadores brasileiros do Hospital Israelita Albert Einstein, para tratamento de câncer do sangue", acrescenta a agência.

A ciência global está avançando rapidamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. Os produtos de terapia avançada, que são uma nova fronteira na medicina, já estão disponíveis para muitos pacientes com doenças graves ou raras, que não têm outras opções de tratamento. Esses produtos incluem terapia gênica, terapias celulares e engenharia de tecidos.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu, nesta terça-feira (26), a soberania na Saúde durante o lançamento do Governo Federal da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, no Palácio do Planalto. O MCTI tem diversas ações que contribuem para a autonomia do Brasil na produção de insumos essenciais para a saúde.

  “Ao lançar a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o Governo do Presidente Lula oferece ao País as condições para enfrentar o contexto de dependência externa e para mitigar as consequências das rupturas nas cadeias de fornecimento, como ocorreu na pandemia da Covid-19”, afirmou Luciana Santos.

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Com investimento de R$ 42,1 bilhões entre 2023 e 2026, a iniciativa envolve 11 ministérios, incluindo o MCTI, e busca expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

“O que acontece aqui hoje é a concretização de um sonho que havíamos pensado há muito tempo”, afirmou o presidente Lula. “O Brasil precisa tomar a decisão de querer se transformar em um grande país e vamos ser um grande país quando definirmos um país soberano com qualidade de vida para seu povo”, acrescentou. 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que a estratégia faz parte da nova política da reindustrialização e tem, como foco principal, o cuidado com as pessoas. “Reduzir a vulnerabilidade do SUS e ampliar o acesso ao SUS, isso resume o sentido dessa iniciativa”, contou.

  Além disso, salientou que, entre os objetivos da Estratégia do Complexo, está o de impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a produção de tecnologias e serviços. “A dimensão da inovação não estava colocada com a forca que está hoje, (com) a importância da universidade, dos institutos de pesquisa e do ambiente favorável à inovação”, comentou. 

MCTI e soberania na Saúde 

Diversos projetos estruturantes do MCTI que corroboram para o domínio nacional de uma base produtiva em saúde estão incluídos no novo PAC. Entre eles, está o laboratório de máxima contenção biológica, o NB4, que permitirá ao País monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos. Além disso, o NB4 será conectado ao Sirius, acelerador de partículas, que permitirá estudos de patógenos. A expansão dessa infraestrutura também está listada no PAC. 

Juntas, as obras totalizam R$ 1,8 bilhão, oriundos do FNDCT – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Com investimento de R$ 1 bilhão advindos do FNDCT, o novo PAC abrange ainda a implantação do Reator Multipropósito Brasileiro, o RMB, importante centro de pesquisa do País para aplicações da tecnologia nuclear em benefício da sociedade nas áreas de medicina e da indústria; de energia, agricultura e meio ambiente. Na saúde, o RMB vai viabilizar a autonomia brasileira na produção de radioisótopos, que são usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer.  

Em parceria com o Ministério da Saúde e a Finep, o MCTI também trabalha, no âmbito da Rede Pró-Infra, no lançamento de Chamada Pública com foco no escalonamento de insumos farmacêuticos ativos e na realização de ensaios pré-clínicos de medicamentos.

Complexo Econômico-Industrial da Saúde 

Entre o investimento até 2026, serão R$ 9 bilhões previstos pelo Novo PAC. Já o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve participar com R$ 6 bilhões e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com outros R$ 4 bilhões. O Governo Federal prevê ainda aporte de cerca de R$ 23 bilhões da iniciativa privada. Assim, o governo visa suprir o SUS com a produção e tecnologia locais, além de frear o crescimento do déficit comercial da Saúde, de 80% em 10 anos. Em 2013, o déficit era de US$ 11 bilhões. Hoje, chega a US$ 20 bilhões.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, enalteceu a iniciativa. “Estamos juntos trabalhando, também com a ministra Luciana Santos, para dar mais um passo no complexo, é o segundo maior déficit da balança comercial e temos tudo para crescer”, disse. “O SUS é modelo para mundo, 9,5% do PIB para saúde e SUS tem 4% para atender 75% da população. Estamos dando um grande passo aqui hoje”, concluiu.

*Da assessoria 

O secretário-executivo de Saúde de São Paulo, Sérgio Yoshimasa Okane, pediu demissão da Secretaria Estadual de Saúde na segunda-feira (25). Número nº 2 da pasta, ele foi indicado pelo Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Okane foi braço direito de Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde durante a gestão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

A demissão de Okane deve ser oficializada no Diário Oficial de São Paulo desta terça-feira, 26.

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Entre os anos de 2021 e 2022, ele foi secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, secretaria responsável pelo controle da qualidade e avaliação dos serviços especializados disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como secretário no governo federal, Okane foi um dos principais responsáveis pela política de enfrentamento da covid-19 adotados por Queiroga.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou pela primeira vez um relatório que detalha o impacto global da hipertensão arterial, com dados sobre a incidência da doença em cada país. De acordo com o estudo, um a cada três adultos em todo o mundo sofre de pressão alta e o Brasil está acima da média, com 50,7 milhões de hipertensos entre 30 e 79 anos (ou seja, 45% da população) .

A OMS chamou a doença de "assassina silenciosa" e seu impacto de "devastador". Isso porque a hipertensão geralmente não provoca sintomas - motivo pelo qual há uma baixa adesão da população ao tratamento -, mas pode levar à morte ao provocar acidente vascular cerebral (AVC), ataque cardíaco, danos renais, entre outros problemas graves de saúde.

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Sem tratamento

Quatro em cada cinco pessoas com hipertensão não são tratadas corretamente em todo o mundo, aponta a pesquisa internacional. Mas, se os países aumentarem a cobertura do tratamento, aproximadamente 76 milhões de mortes, 120 milhões de AVCs, 17 milhões de casos de insuficiência cardíaca e 79 milhões de ataques cardíacos podem ser evitados até 2050, diz a OMS, cobrando a atenção dos governos.

No Brasil, o levantamento mostra que a probabilidade de uma pessoa com hipertensão morrer precocemente é de 15%. Em 2019, ano em que os dados da pesquisa foram coletados, 381 mil morreram por doenças cardiovasculares e 54% deles tinham quadros de pressão alta.

A expectativa da OMS é de que 365 mil vidas sejam poupadas até 2040 se o País ultrapassar a marca de 40% dos casos de hipertensão controlados; hoje, apenas 33% têm a doença sob controle.

Estilo de vida

O relatório mostra que o número de indivíduos que vivem com hipertensão (quando a pressão arterial é igual ou superior a 140/90 mmHg ou há uso de medicamentos para hipertensão) duplicou entre 1990 e 2019, passando de 650 milhões para 1,3 bilhão. Além disso, atualmente quase metade das pessoas com pressão alta em todo o mundo desconhece sua condição.

De acordo com a OMS, a idade avançada e a genética podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, mas fatores de risco modificáveis, como uma dieta rica em sal, falta de exercícios físicos e consumo elevado de álcool, também favorecem o surgimento da hipertensão. Para a cardiologista Lucélia Magalhães, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo exagerado de sal é o maior culpado pela alta incidência de hipertensão entre a população local. "Consumimos quase duas vezes mais que o recomendado. Temos uma cultura de comida salgada", afirma.

Para ter ideia, a recomendação atual da OMS é que o consumo máximo de sal seja de 5 gramas ao dia (o que dá algo em torno de 2 gramas de sódio, principal mineral presente no ingrediente). E há dados apontando que o brasileiro ingere cerca de 12 gramas de sal. A questão é que, quando há excesso de sódio na circulação, o organismo começa a reter mais líquido no interior dos vasos - e isso eleva a pressão.

Soluções

"Precisamos de uma política de saúde focada primeiramente na diminuição da ingestão de sal e, depois, no controle da obesidade", afirma a médica. Para isso, seria preciso uma campanha focada na atenção primária, com uma equipe multiprofissional que inclua desde o nutricionista e o educador físico, promovendo mudanças no estilo de vida, até o médico, que deve receitar o tratamento para quem já vive com a condição.

Também a favor de uma campanha centrada na atenção primária, a OMS diz que a prevenção, a detecção precoce e a gestão eficaz da hipertensão estão entre as intervenções com melhor relação custo-eficácia nos cuidados de saúde. Por isso, "devem ser priorizadas pelos países como parte do seu pacote nacional de benefícios de saúde".

Estudos anteriores mostraram que, além dos benefícios para a saúde das pessoas, há vantagens econômicas em investir nos cuidados de base: a cada unidade de moeda gasta na prevenção da hipertensão, é possível economizar 18 no tratamento de casos graves, quando o paciente chega ao hospital com AVC ou enfarte.

"A hipertensão pode ser controlada eficazmente com regimes de medicação simples e de baixo custo e, no entanto, apenas uma em cada cinco pessoas com hipertensão a controlou", afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

"Tratar a hipertensão por meio de cuidados de saúde primários salvará vidas, ao mesmo tempo que poupará milhões de dólares por ano", diz Michael R. Bloomberg, embaixador global da OMS de Doenças e Lesões Não Transmissíveis.

Por que tratamos tão pouco?

Segundo Lucélia, a baixa adesão ao tratamento da hipertensão acontece porque, na maioria dos casos, não há sintomas físicos até que o caso se torne grave, levando o paciente a um hospital. Além disso, há pouca visibilidade sobre os ganhos reais que a redução do sal, do peso e do álcool podem trazer à saúde no longo prazo.

Sem sintomas aparentes e imersas em uma cultura de consumo de alimentos e bebidas que não são saudáveis, as pessoas não procuram um médico para fazer exames de rotina ou até normalizam a pressão alta, não dando a atenção necessária aos riscos que traz. "É por isso que precisamos de uma campanha com foco na educação e no acompanhamento constante", diz ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou, nesta sexta-feira (22), a nomeação de 447 novos profissionais de saúde. A lista com os novos nomeados estará em uma edição extra do Diário Oficial do Município.

As nomeações contemplam médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, agentes de saúde, agentes de combate às edemias, terapeutas ocupacionais, entre outros.

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O continente americano e o Brasil estão envelhecendo mais rápido do que a média mundial, e a ampliação do acesso dos idosos à vacinação é um dos instrumentos para a garantia de uma velhice saudável e autônoma, alertam especialistas que discutiram os calendários de rotina de vacinação da terceira idade na Jornada Nacional de Imunizações. Além de hábitos saudáveis, estar vacinado evita que infecções causem estresse no organismo e desencadeiem problemas que podem até mesmo se tornar crônicos. 

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completou 50 anos neste mês, oferece um calendário específico para essa população. Além das vacinas contra hepatite B e difteria e tétano, que são recomendadas desde a infância e podem ser administradas também nas faixas etárias superiores, idosos acamados ou em abrigos também devem receber a vacina pneumocócica 23-valente.

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Pessoas acima de 60 anos também precisam ser avaliadas caso precisem receber vacinas como a tríplice viral e a febre amarela, que têm a tecnologia de vírus vivo atenuado. Além disso, as campanhas anuais contra a influenza e a vacinação contra a covid-19 são consideradas prioritárias para essa população. 

Do ponto de vista individual, o idoso pode ter recomendações adicionais de vacinação, no caso de condições específicas de saúde, o que inclui doenças crônicas frequentes como o diabetes. Nesse caso, deve-se procurar um médico que encaminhe o paciente para os Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE). 

Assessora de imunizações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Lely Guzman, destaca que a vacinação dos idosos estava entre as preocupações da organização ao instituir a Década do Envelhecimento Saudável entre 2021 e 2030. No fim desse período, uma em cada seis pessoas no continente americano terá mais de 60 anos. 

"Há uma baixa prioridade do envelhecimento nas políticas públicas", aponta Lely.

"Os calendários de vacinação ainda são muito pequenos perto de todo o desafio e das vacinas que podem ser úteis para os idosos".

Infecções respiratórias

A geriatra Maisa Kairalla, professora da Universidade Federal de São Paulo, destaca que as infecções respiratórias, como a influenza, o vírus sincicial respiratório e a covid-19 estão entre as maiores ameaças que podem ser prevenidas por vacinas. 

"É muito difícil um idoso ter uma doença que o leve a ficar 15 dias na UTI e sair do hospital como chegou. É preciso muito cuidado, e, com isso, há perda da qualidade de vida, da autonomia e maior chance de reinternação". 

Mesmo sendo prevenível por vacina no Brasil desde a década de 1990, o vírus Influenza faz 70% de suas vítimas entre a população idosa. Além de internação e morte, essa doença também pode descompensar doenças crônicas como cardiopatias e diabetes e causar acidentes vasculares. O risco de morte por gripe chega a ser 20 vezes maior entre pessoas que acumulam cardiopatias e doenças pulmonares, condições frequentes entre idosos que foram ou são fumantes.

Já o vírus sincicial respiratório, apesar de estar entre as maiores causas de internação por síndrome respiratórias em bebês, faz a maior parte das vítimas fatais entre os idosos. As primeiras vacinas e anticorpos monoclonais contra esse vírus só começaram recentemente a ser adotadas nos Estados Unidos, e, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o pedido de registro da farmacêutica Pfizer.

Presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi conta que já era conhecida a importância desse vírus para a saúde da criança, mas avança cada vez mais a constatação de que ele é perigoso para os idosos.

“É algo novo. A gente já conhece muito bem a carga da doença em crianças, mas a gente não conhecia tão bem assim a importância desse agente para os adultos. E hoje os adultos mostram que ele é um agente que pode impactar na população de adultos e principalmente nos indivíduos de maior idade, principalmente acima dos 70 anos”.

Herpes Zoster

Outra doença que pode comprometer gravemente a qualidade de vida de idosos é o herpes zoster, uma manifestação do mesmo vírus da catapora, o varicela, que fica alojado no corpo ao longo da vida e volta a causar sintomas após a velhice, porém com um quadro diferente da catapora. A incidência dessa doença chega a ser de 50% entre os idosos que chegam aos 85 anos de idade, segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). 

A vacinação contra a herpes zoster no Brasil só está disponível em clínicas privadas, em versões inativada e atenuada, e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda a vacina para pessoas com mais de 50 anos ou imunocomprometidos com ao menos 18 anos. 

Além de dores severas, a doença pode causar cegueira, paralisia facial e dores crônicas, que podem se estender por anos. Quanto mais idoso for o paciente acometido, maior é a chance de esse quadro crônico permanecer.

Vacinação especial

A SBIm recomenda ainda que todos os idosos busquem a vacinação contra os pneumococos, por meio das vacinas pneumocócica valente 13 e 15, também disponíveis apenas nas clínicas particulares. 

Apesar do nome, essas bactérias não provocam apenas casos de pneumonia, e estão associadas a infecções inclusive nas meninges, além de quadros de sepse.

A inclusão de vacinas que estão somente nas clínicas privadas no Programa Nacional de Imunizações depende de uma série de fatores, como o custo-benefício para a saúde pública e a garantia de que estarão disponíveis de forma contínua ao longo dos anos. Além de recursos para comprar, é preciso ter a certeza de que os fabricantes vão ter a oferta.

O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica que o cenário ideal é, a partir de uma avaliação da epidemiologia de cada doença e da viabilidade dos preços oferecidos pelo mercado, construir uma agenda de incorporação dessas tecnologias para a produção nos laboratórios públicos. 

"Estamos em uma fase de vacinas que agregam muita tecnologia e acabam tendo um custo muito alto. Consequentemente, temos um impacto orçamentário muito alto para poucas doses. Então, o processo de incorporação tecnológica precisa ser muito bem pensado. Não dá para fazer na base da correria".

*O repórter viajou para Florianópolis a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações.

O Grupo Nosso Lar Educação está promovendo, junto com o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP), o curso de “Boas Práticas no Atendimento de Transtornos Psicóticos e Esquizofrenia” para o ensino no setor de saúde mental no Brasil.

O curso é voltado para estudantes e profissionais da área da saúde, profissionais da educação, da segurança pública, do sistema penitenciário, de Centros de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação CASA) e Oficineiro, membros de instituições de acolhimento e pessoas que atuam ou pretendem atuar na área.

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O curso acontece nos dias 9 e 10 de outubro, no formato remoto e ao vivo, com direito a certificação do IPq-USP no final da capacitação. Os professores irão ensinar como identificar transtornos psicóticos e desenvolver estratégias de manejo e abordagem com os pacientes.

A iniciativa também serve como uma atualização e crescimento na carreira de saúde mental. Os participantes que concluírem o curso terão certificado de título de especialistas no manejo de pacientes psicóticos e com esquizofrenia. 

As aulas serão ministradas por dois professores facilitadores conhecedores da área e, os inscritos que desejarem, podem participar de uma aula bônus com uma visita técnica exclusiva no Nosso Lar Hospital, em Fortaleza (CE). As inscrições estão abertas no site do Grupo Nosso Lar.

Esquecimento, perda de memória remota, irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo. Esses são alguns dos sintomas que apontam para o diagnóstico do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa, que atinge, em sua maioria, pessoas idosas. O transtorno é lembrado nesta quinta-feira (21), pelo Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, para conscientizar a população sobre a doença. 

Um dos locais que atua no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pessoas com Alzheimer é o Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no bairro do Curado, zona Oeste do Recife, considerado um dos locais de referência na área de neurologia em Pernambuco. A instituição realiza nesta quinta-feira palestras educativas e rodas de conversa com pacientes e acompanhantes para reforçar a divulgação de informações sobre os estágios da doença, os principais sintomas, fatores de risco, diagnóstico e as formas de tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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A população mais suscetível a desenvolver a doença de Alzheimer é a composta por idosos a partir dos 60 anos, sendo comum em mais da metade desse público. O Ministério da Saúde contabiliza que cerca de 2 milhões de pessoas possuem algum nível de demência, e devido ao envelhecimento da população brasileira, a tendência é que esse número triplique até 2050, segundo o órgão.  O quadro de Alzheimer é apontado com quatro estágios: forma inicial, moderada, grave e terminal. 

No entanto, segundo o médico neurologista do HPS, Herickssen Medeiros, especialista em transtornos cognitivos, a doença não pode ser diagnósticada apenas diante do sintoma de esquecimento, tendo em vista que existem outros critérios a serem avaliados. “É importante informar que o Alzheimer é um tipo de demência, que pode ser confundido com outros quadros clínicos. Uma das principais características é um comprometimento progressivo das atividades da vida diária que a pessoa estava habituada a fazer e já não consegue mais, ou seja, a perda da capacidade das tarefas cotidianas", afirma o neurologista. 

Caracterizada como uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, a doença de Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratada a fim de amenizar os sintomas. O Alzheimer afeta a memória, a fala e a noção de espaço e tempo do paciente, podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo. 

*Com informações da assessoria. 

 

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