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Cientistas iranianos desenvolveram sua própria ferramenta de detecção rápida da doença utilizando anticorpos, e afirmam possuir 95% de precisão.

Cientistas do Irã criaram um nanoteste que seria capaz de detectar o novo coronavírus em 30 segundos, anunciou a vice-presidente de Ciência e Tecnologia do Irã, Sorena Sattari.

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O teste ainda não tem certificado, mas possui uma precisão de 95%, informa a agência Mehr.

Anteriormente, o Irã anunciou que lançaria em breve um kit de teste rápido feito no país para detectar a COVID-19 utilizando anticorpos. A Argentina também criou um teste de anticorpos que permitiria detectar a presença do SARS-CoV-2 em um espaço de duas horas.

O mundo registra quase 4,3 milhões de infecções da COVID-19 e mais de 293.000 mortes. O Irã tem mais de 112.000 infecções e 6.783 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA).

Da Sputnik Brasil

Simony promoveu uma live diretamente da sua casa, em Alphaville, São Paulo, na última terça (12). A cantora se apresentou ao lado de uma banda, recebeu o ex-Balão Mágico Tob, os filhos, fez troca de figurino e, de quebra, se submeteu ao teste para identificar o coronavírus durante a transmissão. Assim como ela, os demais participantes do show também foram testados.

Por cerca de duas horas, Simony cantou músicas suas e de outros artistas, além de ter feito um verdadeiro revival com Tob, que ao lado dela cantou diversos sucessos do Balão Mágico. Em dado momento, entre canções e troca de figurinos. a cantora parou para fazer o teste de coronavírus, ao vivo. O resultado deu negativo, bem como dos demais participantes da live que também fizeram o teste.

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Apesar da quantidade de pessoas presentes no show caseiro - entre músicos de apoio, o convidado Tob e os quatro filhos da cantora - todos mantiveram uma certo distanciamento entre um e outro e fizeram uso de máscaras. Antes da live, Simony fez a desinfecção do ambiente com a ajuda de uma empresa do segmento. 

A promessa de anonimato permitiu que o número de testes de coronavírus em Seul fosse multiplicado por oito, um método pelo qual as autoridades desejam controlar o foco de contaminação em boates, particularmente gays, na capital sul-coreana.

A Coreia do Sul foi um dos países mais afetados pela pandemia depois da China no início da crise da Covid-19. Seu governo conseguiu conter a epidemia graças a uma elogiada estratégia de testes em massa.

Mas quando a doença parecia controlada, um novo foco de contaminação apareceu nos bares e boates, principalmente gays, do bairro de Itaewon, em Seul, o que levou as autoridades a adiar a reabertura das escolas, programada para esta semana.

Os serviços de saúde querem encontrar as pessoas que estiveram nas instalações do bairro, mas muitos clientes não desejam se identificar por medo da estigmatização da homossexualidade neste país conservador.

Por esse motivo, Seul começou esta semana a realizar testes anônimos. O prefeito da capital, Park Won, anunciou que 8.300 pessoas realizaram um teste na terça-feira, contra 1.000 na semana anterior. "É a prova de que garantir o anonimato incentiva testes voluntários", disse Park a repórteres.

As autoridades anunciaram 26 novos casos nesta quarta-feira, elevando o total no país para cerca de 11.000, com cerca de 250 mortos. Cerca de 120 casos estão diretamente relacionados à fonte de contaminação de Itaewon.

Depois de fazer três testes do Covid-19 e receber o resultado negativo para a doença, um idoso de 82 anos, que estava na enfermaria do Hospital Dom Helder, localizado na Região Metropolitana do Recife, para cuidar de uma infecção respiratória, desidratação e o quadro de sonolência, foi levado, sem a família receber qualquer explicação, para a UTI que cuida dos pacientes com a Covid-19 (mesmo sem ter testado positivo). A família está desesperada e a procura de respostas e ajuda.

O idoso, que já era portador de Alzheimer e diabetes, deu entrada no Hospital Dom Helder Câmara no dia 17 de abril. Por estar apresentando problemas pulmonares, ficou em isolamento na área da Covid-19, onde ficou em tratamento e aguardando o resultado do teste que tinha feito. Após o resultado e sem precisar de respirador, apenas sonda de respiração, o homem foi transferido para a enfermaria normal junto com outros três idosos - todos vindo da área de isolamento e com os resultados negativos.

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Apresentando melhora dos sintomas que justificaram a procura por atendimento, a família estava preocupada com as doenças que o homem já tinha. "Durante todo período de internação, informamos aos médicos que meu pai precisava voltar a tomar as medicações para controle do Alzheimer, inclusive solicitamos um parecer neurológico - pois ele estava muito sonolento e não se comunicava com ninguém", explicou a Ana Lucia Ferreira, filha do paciente.

Ela confirma que o seu pai deveria ser avaliado por um neurologista na última segunda-feira (11), para saber se o homem poderia voltar para casa, onde continuaria com o tratamento. No entanto, no domingo (10), os familiares foram surpreendidos com a informação de que o idoso havia sido transferido para uma ala vermelha, depois que o seu quadro piorou.

A minha irmã, que estava lá, perguntou se de fato era necessário e a médica de plantão informou que sim, e que após os exames iria entrar em contato com a família para explicar melhor. Passou 24h e não obtivemos nenhum retorno. Decidimos ir ao hospital e, para nossa surpresa, ninguém sabia explicar onde estava meu pai". Ana Lucia lembra que, após muita procura, a Assistente Social informou que o paciente havia sido levado para o setor de Covid-19.

A família diz que a explicação dada pelos médicos é que a respiração do idoso estava fraca e que ele precisaria de um cateter de respiração. No entanto, a filha Maria da Conceição Ferreira aponta que a médica do plantão não soube dizer o motivo de o idoso ter voltado pra área da Covid-19, o que acabou não permitindo o exame neurológico que a família tanto solicitou e já estava marcado.

"A médica que vinha acompanhando ele afirma que não foi ela quem autorizou a transferência nem sabe o motivo de ter voltado pra área da Covid-19. Precisamos que seja feita uma junta médica sobre o estado do meu pai, precisamos que ele seja retestado e em caso de novas negativas tirem ele de lá", clama a filha.

Os familiares agora lutam contra o tempo e já solicitaram ajuda do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de terem denunciado o ocorrido na Ouvidoria do Hospital. O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco e com o MPPE, mas até a publicação da matéria não havia recebido respostas.

 

 

 

 

Os eventuais problemas identificados durante o uso de testes para o novo coronavírus (Covid-19) devem ser notificados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o órgão, embora já seja de conhecimento dos profissionais de saúde, a regra está sendo reforçada durante a pandemia provocada pela doença.  

“A prática é essencial, pois depois de recebidas e organizadas, as informações formam um banco de dados que serve de subsídio para o planejamento e a execução de ações de inspeção, fiscalização e coleta de amostras para análises”.  

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Segundo a Anvisa, a medida tem o objetivo de manter o monitoramento contínuo dos produtos, visando a garantia da sua qualidade, segurança e eficácia. Nesse sentido, a Agência dispõe de ferramentas para que os relatos sejam feitos de forma correta, de acordo com o tipo de regularização do produto e também com o tipo de notificação.  

Orientações

A Agência conta com uma área exclusiva no portal com orientações e canais para o registro de notificações de queixas técnicas de produtos para a saúde. As informações devem ser inseridas no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa). Para preencher corretamente, basta seguir as instruções do Manual do Usuário para notificação de queixa técnica de kit para diagnóstico in vitro.  

Registro

Mais de 120 pedidos de registro de testagens relacionadas à Covid-19, incluindo testes rápidos, foram avaliados pela Anvisa desde o dia 18 de março. A relação de produtos regularizados para detecção da covid-19 é atualizada diariamente e pode ser consultada no portal da Anvisa.

*Com informações da Anvisa

Em parecer encaminhado nesta quinta-feira ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), o Ministério Público Federal (MPF) defendeu o direito de o jornal O Estado de S. Paulo ter acesso aos laudos de todos os exames realizados pelo presidente Jair Bolsonaro para detectar se foi infectado pelo novo coronavírus. Segundo o MPF, essa informação é de interesse público. A Justiça Federal de São Paulo e o TRF-3 já garantiram ao jornal o direito de ter acesso aos exames por conta do interesse público sobre a saúde do presidente da República.

Para o MPF, o interesse público "milita em favor do acesso à informação". "Embora existam aspectos da vida da pessoa que exerce o cargo de presidente da República que podem ficar fora do escrutínio da sociedade, tradicionalmente a condição médica dos presidentes é de interesse geral, uma vez que pode impactar o exercício de suas relevantes funções públicas", escreveu a procuradora Geisa de Assis Rodrigues.

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Em entrevista no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que vai recorrer da decisão. "Se perdermos na última instância, (mostro os exames) sem problema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desembargador André Nabarrete, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), decidiu nesta quarta-feira, 6, manter a obrigação de o presidente Jair Bolsonaro entregar "os laudos de todos os exames" realizados para detectar o coronavírus, conforme havia sido determinado pela Justiça Federal de São Paulo.

"A urgência da tutela é inegável, porque o processo pandêmico se desenrola diariamente, com o aumento de mortos e infectados. A sociedade tem que se certificar que o Sr. Presidente está ou não acometido da doença", escreveu Nabarrete.

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"Embora se entenda que, de maneira geral, a transparência, publicidade devem nortear os assuntos relativos ao Sr. Presidente da República, a situação de pandemia, pela gravidade que tem, inclusive reconhecida pela Lei nº 13.979/20, exacerba a necessidade e urgência da divulgação à sociedade dos exames médicos, para que não pairem dúvidas sobre a condição física da autoridade. Aliás, outras autoridades revelaram com documentação seu estado de saúde. Ademais, a empresa jornalística demonstra que requereu a informação inúmeras vezes e não foi atendida", concluiu o desembargador.

Procurada pela reportagem, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que está analisando a decisão e avaliando outras medidas judiciais cabíveis.

Depois de questionar sucessivas vezes o Palácio do Planalto e o próprio presidente sobre a divulgação do resultado do exame, o jornal O Estado de S. Paulo entrou com ação na Justiça na qual aponta "cerceamento à população do acesso à informação de interesse público", que culmina na "censura à plena liberdade de informação jornalística".

Esclarecimento

Nabarrete ainda ressaltou que o pedido da ação é para a obtenção de exames e não de relatório sobre exames. Na semana passada, a AGU entregou à Justiça Federal um relatório médico de 18 de março, assinado por um urologista e um ortopedista, o que não foi aceito. "Na verdade, os médicos da Presidência reportam o resultado de exames realizados por outrem. Apenas os próprios exames laboratoriais poderão propiciar à sociedade total esclarecimento", frisou Nabarrete.

A Presidência da República se recusou a fornecer os dados ao Estado via Lei de Acesso à Informação, argumentando que elas "dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso".

No último sábado, o presidente do TF-3, desembargador Mairan Maia, negou um segundo recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a divulgação dos exames de Jair Bolsonaro.

"Não se trata de personalíssimo direito à manutenção da privacidade dos resultados dos exames, senão de informação que se reveste de interesse público acerca do diagnóstico da contaminação ou não pelo Covid-19", concluiu o presidente do TRF-3 naquela análise.

A decisão do desembargador Mairan Maia foi tomada duas horas depois de a desembargadora plantonista Mônica Nobre, do mesmo tribunal, decidir suspender a divulgação dos papéis pelo prazo de cinco dias até que o caso fosse analisado por Nabarrete, o que ocorreu agora. A determinação de Mônica foi feita na análise de um outro recurso da União.

Testes

Bolsonaro já disse que o resultado deu negativo, mas se recusa a divulgar os papéis - em entrevista à Rádio Guaíba, na última quinta-feira, o presidente admitiu que "talvez" tenha sido contaminado pelo novo coronavírus.

"Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado, talvez, talvez, e nem senti", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. O presidente já realizou dois testes para saber se foi contaminado pela doença - em 12 e 17 de março - e divulgou que os resultados foram negativos, mas tem se recusado a apresentá-los.

Bolsonaro alega que quer defender na Justiça o direito de não mostrar o resultado dos exames de covid-19 que realizou.

Um antigo medicamento antipsicótico prescrito para tratar a esquizofrenia, a clorpromazina, será objeto do primeiro ensaio clínico na França em pacientes com deficiência de oxigênio causada por Covid-19, de acordo com um médico responsável pela pesquisa.

"O estudo piloto, chamado reCoVey, começará esta semana com 40 pacientes da COVID-19 não psiquiátricos que estão hospitalizados, dos quais metade receberá clorpromazina e tratamento padrão (oxigênio, hidratação, anticoagulantes, se necessário) e a outra metade receberá o tratamento padrão", explicou à AFP Marion Plaze, do hospital Sainte-Anne, em Paris.

O objetivo é verificar se esse medicamento acelera a cura e diminui a gravidade da doença. O coração dos pacientes será monitorado para evitar qualquer risco de problemas cardíacos.

A especialista espera obter os primeiros resultados em um mês, o que pode ocorrer mais rapidamente se outros estabelecimentos participarem do estudo. Caso os resultados sejam animadores, outro estudo poderá ser realizado com um número maior de pacientes.

"Ficamos surpresos de que nossos pacientes psiquiátricos tenham sido muito pouco afetados pela epidemia", disse ela.

Um pequeno número de casos de COVID-19 foi reportado em clínicas psiquiátricas em China, Itália, Espanha e hospitais na França, segundo a GHU Paris Psychiatrie & Neurosciences, que inclui três hospitais, incluindo o Saint-Anne Hospital.

A doutora Anne-Cécile Petit também realizará um estudo epidemiológico, chamado CLEVER, nos três hospitais da GHU, com um teste sorológico do Instituto Pasteur em 250 pacientes psiquiátricos e 250 profissionais de saúde como apoio para realizar as observações clínicas.

"Conhecíamos as propriedades antivirais in vitro da clorpromazina (Largactil) nos coronavírus anteriores, SARS-Cov-1 e MERS-CoV. Pedimos ao Instituto Pasteur para testar em laboratório a atividade antiviral (do remédio) sobre o coronavírus atual em células humanas", acrescentou.

Esse neuroléptico impediria o vírus de entrar na célula. Outros remédios similares poderão ser pesquisados, de acordo com a médica responsável pelo estudo.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargador Mairan Maia, negou neste sábado (2) um segundo recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a divulgação dos exames feitos pelo Jair Bolsonaro para verificar se foi contaminado ou não pelo novo coronavírus. Na análise do primeiro recurso, por uma outra desembargadora, o governo conseguiu suspender o envio dos documentos.

"Não se trata de personalíssimo direito à manutenção da privacidade dos resultados dos exames, senão de informação que se reveste de interesse público acerca do diagnóstico da contaminação ou não pelo Covid-19", concluiu o presidente do TRF-3.

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A decisão do desembargador Mairan Maia foi tomada horas depois de a desembargadora plantonista Mônica Nobre, do mesmo tribunal, decidir em sentido diferente e suspender a divulgação dos papéis pelo prazo de cinco dias. A determinação de Mônica foi feita na análise de um outro recurso da União.

Procurada pela reportagem, a AGU informou que o entendimento do presidente do tribunal "não altera a decisão que desobrigou a União de fornecer os laudos ainda neste sábado (02/05) e estabeleceu prazo de 5 dias para que o relator da ação no TRF-3 analise o caso".

Ao analisar esse outro recurso da União, o presidente do TRF-3 negou o pedido para derrubar a decisão da Justiça Federal de São Paulo, que havia determinado a divulgação dos papéis em um prazo de 48 horas.

"A União Federal limita-se a justificar que não existe obrigatoriedade no fornecimento dos laudos dos exames realizados pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República. Não demonstra, ainda que de maneira superficial, em que medida a decisão de primeiro grau tenha o potencial concreto de ofensa à ordem pública", concluiu Mairan Maia.

Depois de questionar sucessivas vezes o Palácio do Planalto e o próprio presidente sobre a divulgação do resultado do exame, o jornal O Estado de S. Paulo entrou com ação na Justiça na qual aponta "cerceamento à população do acesso à informação de interesse público", que culmina na "censura à plena liberdade de informação jornalística".

A Presidência da República se recusou a fornecer os dados ao Estado via Lei de Acesso à Informação, argumentando que elas "dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso".

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) para derrubar a decisão que obrigou o presidente Jair Bolsonaro a entregar à Justiça "os laudos de todos os exames" realizados para verificar se o mandatário foi contaminado ou não pelo novo coronavírus. Por decisão da desembargadora plantonista Mônica Nobre, Bolsonaro não precisa mais divulgar os papéis neste sábado (2).

Em sua decisão, tomada durante o plantão de feriado do TRF-3, a desembargadora suspendeu - pelo prazo de cinco dias - o cumprimento da decisão que obrigava Bolsonaro a entregar em 48 horas todos os papéis dos testes de Covid-19. A desembargadora decidiu esticar o prazo para que o relator do caso na segunda instância analise os argumentos da União.

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A decisão da Justiça Federal de SP, suspensa agora pelo TRF-3, foi tomada após o governo enviar na sexta-feira um relatório, assinado por dois médicos da Presidência da República em 18 de março, informando que Bolsonaro estava assintomático e havia testado negativo para a doença.

Para a juíza Ana Lúcia, o documento da Presidência não atende "de forma integral" à determinação judicial da última segunda-feira. O jornal O Estado de S. Paulo garantiu no início desta semana o direito de obter os testes de covid-19 feitos por Bolsonaro. Por decisão da juíza, a União foi obrigada a fornecer "os laudos de todos os exames" feitos pelo mandatário.

Bolsonaro já disse que o resultado deu negativo, mas se recusa a divulgar os papéis - em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, na última quinta-feira, o presidente admitiu que "talvez" tenha sido contaminado pelo novo coronavírus.

"Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado, talvez, talvez, e nem senti", afirmou o presidente na entrevista à rádio de Porto Alegre. O presidente já realizou dois testes para saber se foi contaminado pela doença - em 12 e 17 de março - e divulgou que os resultados foram negativos, mas tem se recusado a apresentá-los.

O relatório médico apresentado pela AGU à Justiça Federal de São Paulo é assinado pelo assistente médico da Presidência, o especialista em ortopedia e traumatologia Marcelo Zeitoune, e o coordenador de Saúde da Presidência, o urologista Guilherme Guimarães Wimmer.

O Estado procurou Zeitoune, que disse por telefone que não poderia dar mais detalhes sobre os exames. "Ordens superiores", afirmou. Sobre o fato de Bolsonaro ter procurado um ortopedista para uma suspeita de covid-19, afirmou: "sou ortopedista e sou médico. Minha especialidade é ortopedia. Faço parte da equipe."

O governo também queria que o relatório médico fosse mantido sob sigilo por envolver informações consideradas pessoais do presidente, o que foi negado pela juíza. "A falta de transparência é absoluta. A decisão da Justiça mandou juntar resultado de exame. Não há nenhum resultado de exame juntado, portanto, a decisão foi descumprida", disse o advogado do Estado Afranio Affonso Ferreira Neto.

Risco

Em resposta à Justiça, a AGU destacou que o relatório médico do mês passado informa que Jair Bolsonaro "vem sendo monitorado pela equipe médica", concluindo que "não há, portanto, risco sanitário de contágio/disseminação por parte do Presidente da República, uma vez que o mesmo não demonstrou ser, até o presente momento, hospedeiro do novo coronavírus". "O relatório médico atesta os resultados dos exames realizados", afirma a AGU.

Pelo menos 23 pessoas que acompanharam o presidente brasileiro na viagem aos Estados Unidos foram diagnosticadas posteriormente com a doença. Entre eles, auxiliares próximos, como o secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Depois de questionar sucessivas vezes o Palácio do Planalto e o próprio presidente sobre a divulgação do resultado do exame, o Estado entrou com ação na Justiça na qual aponta "cerceamento à população do acesso à informação de interesse público", que culmina na "censura à plena liberdade de informação jornalística".

A Presidência da República se recusou a fornecer os dados ao jornal via Lei de Acesso à Informação, argumentando que elas "dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso".

Aglomerações

Ao longo das últimas semanas, o presidente tem descumprido orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, fazendo passeios pelo Distrito Federal e arredores, cumprimentando populares e formando aglomerações em torno de sua pessoa.

Neste sábado, Bolsonaro causou grande aglomeração de pessoas na cidade de Cristalina (GO), a 150 quilômetros de Brasília.

Em passagem por um posto de gasolina da cidade, acompanhado de seguranças e representantes da prefeitura de Cristalina, o presidente cumprimentou dezenas de pessoas, entre elas idosos e crianças. Apesar de estar com uma máscara no pescoço, o presidente permanecia o tempo todo sem utilizar a proteção de forma correta. Abraçou diversas pessoas.

Dentro do posto de gasolina onde parou, Bolsonaro tomou café, comeu pastel e voltou a criticar o isolamento social para aqueles que o cercavam. "Isso é uma irresponsabilidade, uma irresponsabilidade", disse.

Bolsonaro já minimizou a gravidade da pandemia, referindo-se ao novo coronavírus como "gripezinha" e "resfriadinho". O Brasil encerrou o mês de abril com um total de 5.901 óbitos e 85.380 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. Hoje os números passam de 6 mil.

Luisa Mell usou o Instagram, nesta sexta-feira (1º), para afirmar que fez o teste para ver se havia adquirido anticorpos ao coronavírus, após ter a Covid-19, mas o resultado apontou que ela não estava imune. Segundo ela, o exame prova a necessidade de se seguir o isolamento social. 

“Vocês lembram que eu fiz o exame para ver se tinha anticorpos, o primeiro deu que eu não tinha anticorpos. Os médicos falavam que era impossível e mandaram repetir os exames em 20 dias, repeti e adivinhem: não tenho anticorpos. Não estou imune à Covid-19. Isso acaba colocando por terra a teoria de quem é contra o isolamento social. O meu exame mostra que eu posso pegar novamente”, disse a ativista em vídeo nos Stories da rede social. 

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“O inimigo é ainda maior do que eu imaginava. A situação é muito séria e eu só consigo pensar que nós temos que construir um novo mundo”, acrescentou Luisa Mell. 

A ativista anunciou no dia 23 de março que tinha sido infectada pelo vírus. O marido dela, o empresário Gilberto Zaborowsky, também teve a doença e precisou ser internado.

Madonna resolveu escrever um diário para registrar seus pensamentos durante a quarentena e tem compartilhado alguns dos seus escritos com os fãs em suas redes sociais. O último vídeo postado, na madrugada desta sexta (1º), no entanto, alarmou um pouco os fãs da cantora. Ela revelou ter testado positivo para anticorpos do coronavírus. 

No vídeo, Madonna diz: “Fiz um teste no outro dia. E descobri que tenho os anticorpos. Então amanhã, vou apenas dar uma volta longa em um carro, vou abrir a janela e respirar, vou respirar no ar de Covid-19. Sim. Espero que o sol esteja brilhando”, disse.

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Segundo a agência americana de controle de doenças, um resultado positivo desse teste indica que o indivíduo tem anticorpos que provavelmente resultaram de uma infecção pelo coronavírus. A cantora, no entanto, não deu mais detalhes nem tampouco revelou se chegou a ter os sintomas da doença ou se passou por ela de forma assintomática. 

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Ao mesmo tempo em que trava uma disputa judicial para não divulgar os resultados de seus exames, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu nesta quinta-feira, 30, que "talvez" tenha sido contaminado pelo novo coronavírus. "Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado, talvez, talvez, e nem senti", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. O presidente já realizou dois testes para saber se foi contaminado pela doença - em 12 e 17 de março - e divulgou que os resultados foram negativos, mas tem se recusado a apresentá-los.

Há dois dias, no entanto, o presidente afirmou que não teve a doença e que não mente. "Vocês nunca me viram aqui rastejando, com coriza... eu não tive, pô (novo coronavírus). E não minto. E não minto", afirmou. A declaração ocorreu um dia após O Estado de S. Paulo garantir na Justiça Federal o direito de obter "os laudos de todos os exames" de novo coronavírus feitos pelo presidente da República.

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Em vez de enviar os papéis, no entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou à Justiça um relatório médico de 18 de março no qual atesta que Bolsonaro se encontra "assintomático" e teve resultado negativo para os testes do novo coronavírus, realizados no mês passado.

A juíza federal Ana Lúcia Petri Betto, responsável pelo caso, não aceitou o relatório e deu 48 horas para que os exames sejam entregues.

As declarações do presidente têm sido contraditórias. Em março, o presidente já havia declarado que talvez tivesse sido contaminado "lá atrás" sem saber e que poderia ter o anticorpo. Na ocasião, ele já tinha feito os dois exames e afirmou que, por recomendação médica, "talvez" fizesse mais um. Depois, voltou a afirmar que não teve a doença.

Os exames foram realizados após Bolsonaro voltar de missão oficial nos Estados Unidos, no início de março, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Pelo menos 23 pessoas que acompanharam o presidente na viagem, incluindo auxiliares próximos, foram diagnosticadas posteriormente com a doença.

Gripezinha

Na entrevista à Rádio Guaíba, Bolsonaro voltou a minimizar a covid-19, que já matou 5.901 pessoas no Brasil até esta quinta-feira. "Para 80% da população não vai ser nem gripezinha, não vai ser nada, nem saber que teve. Para os 15%, 20%, tem que tomar cuidado", afirmou. "O general (Augusto) Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional), que está com 70 e poucos anos, só ficou sabendo porque fez o teste, foi para casa e fez bicicleta todo dia."

O presidente voltou a dizer que tem o direito de não mostrar o resultado de seus exames e que "não cabe à Justiça se intrometer nessas questões". "Agora, não tenho problema, se no final da linha a Justiça decidir, eu vou apresentar", completou. Bolsonaro também voltou a dizer que fez exames com nome fantasia, mas que são "perfeitamente identificados".

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta, 30, que enviou à Justiça Federal de São Paulo um relatório médico de 18 de março no qual atesta que o presidente Jair Bolsonaro se encontra 'assintomático' e teve resultado negativo para os testes do novo coronavírus realizados no mês passado. A AGU, no entanto, não entregou a cópia dos laudos dos exames, conforme solicitado pelo jornal O Estado de S. Paulo e exigido pela Justiça.

"A Advocacia-Geral da União protocolou petição no processo ajuizado pelo jornal O Estado de S. Paulo no qual é requerida a divulgação dos exames de detecção de Covid-19 do presidente da República, Jair Bolsonaro. A AGU apresenta, na manifestação, relatório médico emitido em 18 de março de 2020 pela Coordenação de Saúde da Presidência da República, no qual é atestado que o presidente da República é monitorado pela respectiva equipe médica, encontrando-se assintomático, tendo, inclusive, realizado exame para detecção da Covid-19, nos dias 12 e 17 de março, com o referido exame dando não reagente (negativo). Tendo em vista a juntada do relatório aos autos do processo, a AGU requer a extinção do processo", informou o órgão ao Estado, por meio de sua assessoria.

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Esse relatório médico foi divulgado pelo site de notícias UOL no mês passado.

Na última segunda-feira, 27 o Estadão garantiu o direito de obter os testes de covid-19 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro. Por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, a União teve um prazo de 48 horas para fornecer "os laudos de todos os exames" feitos pelo presidente da República para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus. A magistrada ainda fixou uma multa de R$ 5 mil por dia de omissão injustificada. Bolsonaro já disse que o resultado dos exames deu negativo, mas se recusa até hoje divulgar os papéis.

"Repise-se que 'todo poder emana do povo'(art. 1º, parágrafo único, da CF/88), de modo que os mandantes do poder têm o direito de serem informados quanto ao real estado de saúde do representante eleito", concluiu a juíza, ao atender ao pedido do Estado.

Para o advogado do Estado Afranio Affonso Ferreira Neto, a "falta de transparência é absoluta". "A se confirmar isso, é uma confissão de desrespeito, de descumprimento da ordem judicial. A ordem judicial era bastante específica quanto a resultado de exames, e não a relatório médico ou qualquer outro documento produzido para evidentemente colocar uma cortina de fumaça. Qualquer pessoa veria clareza na ordem judicial", comentou Ferreira Neto.

O jornal está tentando obter a íntegra da petição apresentada pela AGU.

Divulgação

Na manhã desta quinta, 30, Bolsonaro disse que a lei lhe garante o direito de não apresentar o resultado dos exames de covid-19 que realizou para saber se estava com a doença. Em declaração em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente observou, no entanto, que se a decisão judicial que garante a divulgação for mantida, não terá alternativa.

"A AGU (Advocacia-Geral da União) deve ter recorrido. E se nós perdermos o recurso daí vai ser apresentado. E vou me sentir violentado. A lei vale para o presidente e mais humilde cidadão brasileiro", disse o presidente.

Antes mesmo de ser oficialmente notificada, a AGU enviou à Justiça Federal de São Paulo uma manifestação em que se opõe à divulgação do resultado do exame de Bolsonaro. Em seis páginas, a AGU diz que o pedido deve ser negado, sob a alegação de que a "intimidade e a privacidade são direitos individuais".

Na última terça-feira, 28, Bolsonaro disse que quer defender na Justiça o direito de não mostrar o resultado dos exames de covid-19 que realizou.

"Da minha parte, não tem problema mostrar (o resultado), mas eu quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar. Pra que isso? Daqui a pouco quer saber se eu sou virgem ou não, vou ter de apresentar exame de virgindade para você. Dá positivo ou negativo, o que vocês acham aí?", disse o presidente na porta do Palácio da Alvorada ao falar com a imprensa.

Juristas, no entanto, discordam do entendimento de Bolsonaro. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto considerou "juridicamente correta" a decisão da Justiça. Na avaliação do ex-magistrado, o Brasil tem o direito de saber da saúde do presidente.

"O País tem o direito de saber da saúde do seu presidente, até porque se trata de doença transmissível e, ao que se sabe, o presidente não se submeteu a nenhum isolamento físico", afirmou Ayres Britto. "No momento em que vivemos planetariamente, a matéria não se inscreve no âmbito da intimidade, nem mesmo da vida privada do presidente. O próprio presidente antecipou o interesse coletivo no resultado do exame a que se submeteu ao tornar pública a realização desse mesmo exame", completou.

Bolsonaro fez o exame para o vírus duas vezes, em 12 e 17 de março, após voltar de missão oficial nos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Nas duas ocasiões, o chefe do Executivo informou, via redes sociais, que testou negativo para a doença, mas não exibiu cópia dos resultados. Pelo menos 23 pessoas que acompanharam o presidente na visita aos Estados Unidos, incluindo auxiliares próximos, foram diagnosticadas posteriormente com a doença.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, é "injustificável" Bolsonaro ainda não ter divulgado os exames. "Em especial em uma situação de epidemia, torna-se relevante que o presidente seja transparente e divulgue o resultado oficial do seu exame, a exemplo do que fizeram vários líderes de países democráticos."

Diante do crescente número de infectados e das condições enfrentadas por técnicos de enfermagem e auxiliares na rotina da pandemia, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) é acusada de não garantir a segurança adequada à categoria. Em entrevista ao LeiaJá, o sindicato responsável relata que a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) é o motivo do alto índice de contágio no setor e, que o atendimento à população poderá ser recusado caso o Governo do Estado não tome providências.

"Esses profissionais estão adoecendo por não terem EPIs. Para você ter uma ideia de como a coisa está caótica [...] nós não temos nem a mínima condição de trabalho", denuncia o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert. De acordo com o último boletim epidemiológico, Pernambuco registrou 1649 profissionais da saúde foram confirmados com o novo coronavírus. Contudo, Herbert estima que mais de 50% dos técnicos já estejam contaminados devido à subnotificação dos casos.

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Segundo o Satenpe, o suposto descompromisso repercute na falta de profissionais capacitados na linha de frente. "Se não cuidarmos desses profissionais, nós vamos ter leitos de UTI, leito de retaguarda, respiradores, só não vamos ter o técnico de enfermagem para operacionalizar isso e cuidar do paciente", pontua. Uma das solicitações é a testagem em massa da categoria, que relatou uma espera de 20 dias para a realização dos exames.

A redução de profissionais em atividade acaba sobrecarregando a rede e o estresse vivenciado nos hospitais, pois cada técnico estaria atendendo até 10 pacientes. "Se a gente não tiver cuidado, não vamos ter técnicos de enfermagem para cuidar da população daqui a 20 dias", alertou o representante.

Sem adicional de insalubridade e com o salário inicial de R$ 774, mesmo doentes, os técnicos e auxiliares continuam nos postos cumprir com as obrigações. "Muitos estão indo trabalhar acometidos da Covid, para não ter seus salários indo para o INSS ou atrasados", destacou. Por isso, o sindicato vai anunciar uma campanha de arrecadação de cestas básicas e também busca patrocinadores para promover a testagem autônoma dos profissionais de todo Estado.

Hebert conta que já solicitou à SES que quartos de hotéis fossem disponibilizados para que os profissionais não retornem para casa espalhem ainda mais o vírus, contudo, não obteve resposta.

Na próxima quinta-feira (7), expira o prazo da liminar que autoriza auxiliares e técnicos em enfermagem recusar atendimento, caso a SES descumpra com o fornecimento adequado de EPIs. "O Governo tem que se justificar e dar EPIs, caso não, a gente vai se recusar a colocar nossas vidas em risco e vai haver um colapso no sistema de saúde de Pernambuco", afirmou o representante, que acrescentou, "se o Governo não me suprir de EPIs, eu serei impedido de trabalhar".

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), que enviou a nota abaixo:

"O Governo de Pernambuco, por meio da secretaria estadual de Saúde (SES-PE), tem monitorado permanentemente o abastecimento e os estoques de EPIs das unidades da rede estadual de saúde. Além disso tem deflagrado diversas ações para garantir a compra de itens, de acordo com as especificações técnicas recomendadas pelos órgãos de controle, visando garantir a segurança do profissional de saúde e dos pacientes. Desde o início dos esforços comandados pelo Gabinete de Enfrentamento à Pandemia, já foram adquiridos e entregues às unidades da rede hospitalar mais de 16 milhões de unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

É importante destacar que alguns desses tipos de EPIs, como a máscara N95, conforme protocolos e orientações técnicas das autoridades sanitárias, só são indicados para profissionais que estão em contato direto com os pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19, em procedimentos com risco de geração de aerossol. Além disso, as unidades da rede estadual têm feito um trabalho permanente de conscientização dos seus profissionais sobre o uso adequado e oportuno destes equipamentos.

Já está em funcionamento o terceiro centro avançado de testagem para Covid-19. O novo local, na Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), no Bongi, é voltado para os profissionais e servidores que atuam nas sedes da SES (Bongi e Boa Vista), além dos seus contatos domiciliares que também estejam apresentando sintomas gripais. O posto funciona diariamente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Além do centro de testagem do Bongi, também estão em funcionamento o do Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe) – instituição vinculada à Secretaria de Administração (SAD), no bairro da Boa Vista, área central do Recife –, e no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), no Complexo de Salgadinho, em  Olinda. Estes postos funcionam diariamente, inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 17h, com capacidade para 60 atendimentos, cada. Nesses locais, para realizar a testagem, o profissional de saúde, segurança ou familiares precisam agendar o atendimento por e-mail (coletasede@gmail.com; coletacefospe@gmail.com; e para unidade Cecon: coletacecon@gmail.com).

No dia 25 de março, o governador Paulo Câmara também assinou a nomeação de 1.982 profissionais concursados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) para atuarem no enfrentamento da emergência da Covid-19 em Pernambuco. Foram 430 médicos, 319 profissionais de diversas categorias de nível superior e 1.233 de nível médio. Desse total, 1.681 já foram encaminhados para as unidades. As vagas estão sendo ocupadas gradativamente."

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que apresentará os seus exames para o diagnóstico do novo coronavírus, caso a Advocacia-Geral da União (AGU) perca recurso na Justiça que garanta sua intimidade. "A Advocacia-Geral da União (AGU) deve ter recorrido. E se nós perdermos o recurso, daí vai ser apresentado. E vou me sentir violentado. A lei vale para o presidente e mais humilde cidadão brasileiro", declarou.

Nesta quinta-feira, 30, se encerra o prazo concedido pela Justiça Federal à União para que fossem apresentados os exames para diagnóstico do novo coronavírus realizados pelo presidente. Na segunda-feira (27), por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, o jornal O Estado de S. Paulo conseguiu na Justiça o direito de obter os testes de covid-19 feitos por Bolsonaro.

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"Você sabe que tem uma lei que garante a intimidade, né? Se nós dois estivermos com uma doença grave, não somos obrigados a divulgar o laudo. Essa é uma lei e lei vale para todo mundo", afirmou.

Antes mesmo de ser oficialmente notificada, a AGU enviou à Justiça Federal de São Paulo uma manifestação na qual se opõe à divulgação do resultado do exame de Bolsonaro. Em seis páginas, a AGU diz que o pedido deve ser negado, sob a alegação de que a "intimidade e a privacidade são direitos individuais". Procurado, o Planalto disse que não iria se manifestar.

Bolsonaro fez o exame para o vírus duas vezes, em 12 e 17 de março, após voltar de missão oficial nos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Nas duas ocasiões, o chefe do Executivo informou, via redes sociais, que testou negativo para a doença, mas não exibiu cópia dos resultados. Pelo menos 23 pessoas que acompanharam o presidente na visita aos Estados Unidos, incluindo auxiliares próximos, foram diagnosticadas posteriormente com a doença.

No dia seguinte a decisão da Justiça, na terça-feira (28), em fala na frente ao Palácio da Alvorada, o presidente comentou a decisão e insistiu que não havia contraído o vírus.

"Da minha parte, não tem problema mostrar (o resultado), mas eu quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar. Pra que isso? Daqui a pouco quer saber se eu sou virgem ou não, vou ter de apresentar exame de virgindade para você. Dá positivo ou negativo, o que vocês acham aí?", disse o presidente na ocasião.

Ele destacou que nunca apresentou os sintomas da covid-19. "Vocês nunca me viram aqui rastejando, com coriza... eu não tive, pô (novo coronavírus). E não minto. E não minto. Eu infelizmente não tenho aqui o número da lei nem o artigo. Desculpa aqui, mas se nós dois estivermos com aids, por exemplo, a lei nos garante o anonimato. Tá certo? Por que pra mim tem de ser diferente?", questionou o presidente.

Codinomes

O chefe do Executivo informou ainda que nos últimos dez anos tem utilizado codinomes nos pedidos de exames e receitas de medicamentos. "Eu sempre falei com o médico, 'bote o nome de fantasia' porque pode ir pra lá, Jair Bolsonaro, já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito, né; Alguém pode fazer alguma coisa esquisita. E assim foi em todo exame que eu faço, que tem um código", afirmou.

O jornal O Estado de S. Paulo garantiu nesta segunda-feira, 27, na Justiça Federal o direito de obter os testes de Covid-19 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro. Por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, a União terá um prazo de 48 horas para fornecer "os laudos de todos os exames" feitos pelo presidente da República para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus. Bolsonaro já disse que o resultado dos exames deu negativo, mas se recusou até hoje a divulgar os papéis.

"No atual momento de pandemia que assola não só Brasil, mas o mundo inteiro, os fundamentos da República não podem ser negligenciados, em especial quanto aos deveres de informação e transparência. Repise-se que 'todo poder emana do povo' (art. 1º, parágrafo único, da CF/88), de modo que os mandantes do poder têm o direito de serem informados quanto ao real estado de saúde do representante eleito", observou a juíza, ao atender ao pedido feito pelo O Estado de S. Paulo.

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"Portanto, sob qualquer ângulo que se analise a questão, a recusa no fornecimento dos laudos dos exames é ilegítima, devendo prevalecer a transparência e o direito de acesso à informação pública", concluiu Ana Lúcia.

Antes mesmo de ser oficialmente notificada, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou à Justiça Federal de São Paulo uma manifestação em que se opõe à divulgação do resultado do exame de Bolsonaro. Em seis páginas, a AGU diz que o pedido deve ser negado, sob a alegação de que a "intimidade e a privacidade são direitos individuais".

Depois de questionar sucessivas vezes o Palácio do Planalto e o próprio presidente sobre a divulgação do resultado do exame, o jornal O Estado de S. Paulo entrou com ação na Justiça na qual aponta "cerceamento à população do acesso à informação de interesse público", que culmina na "censura à plena liberdade de informação jornalística".

A ação do jornal O Estado de S. Paulo foi assinada pelo advogado Afranio Affonso Ferreira Neto. Para os advogados do jornal, a velocidade de agravamento do quadro sanitário do País "exige informações corretas e precisas a respeito do tema e respostas rápidas e incisivas do Judiciário, especialmente diante da notória postura errática, desdenhosa e negacionista do Presidente da República em relação à pandemia da covid-19".

"Não se pode ignorar que Jair Bolsonaro detém o mais proeminente mandato da administração pública do Brasil. A sociedade tem interesse permanente, portanto, em conhecer o estado de saúde do seu mandatário e, por conseguinte, acompanhar a sua sanidade para comandar o País", afirmou o O Estado de S. Paulo ao entrar com a ação na Justiça.

Bolsonaro fez o teste para detectar o novo coronavírus nos dias 12 e 17 de março, após voltar de missão oficial nos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Nas duas ocasiões, Bolsonaro informou, via redes sociais, que os testes deram negativo para a doença, mas não exibiu cópia dos resultados.

Pelo menos 23 pessoas que acompanharam o presidente brasileiro na viagem aos Estados Unidos foram diagnosticadas posteriormente com a doença. Entre eles, auxiliares próximos, como o secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Bolsonaro disse no mês passado que poderia fazer um novo teste para saber se contraiu o vírus. "Fiz dois testes, talvez faça mais um até, talvez, porque sou uma pessoa que tem contato com muita gente. Recebo orientação médica", afirmou ele ao deixar o Palácio da Alvorada no dia 20 de março.

A Presidência da República se recusou a fornecer as informações ao Estado via Lei de Acesso à Informação, argumentando que elas "dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso".

Presidente já minimizou pandemia: 'gripezinha'

Ao longo das últimas semanas, o presidente tem descumprido orientações da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde, fazendo passeios por regiões administrativas do Distrito Federal, cumprimentando populares e formando aglomerações em torno de sua pessoa.

Bolsonaro já minimizou a gravidade da pandemia, referindo-se ao novo coronavírus como "gripezinha" ou "resfriadinho". Nesta segunda-feira, o total de mortes por covid-19 chegou a 4.543 no Brasil. O número de pessoas infectadas já é de 66.501.

"A despeito da gravidade desse cenário, o Presidente da República segue minimizando a crise sanitária, em descompasso com as medidas preconizadas à população para conter a proliferação do vírus. Nesse cenário de menosprezo à doença, natural que a sociedade passasse a questionar o seu relato a respeito de sua condição de saúde, veiculado em rede social sem documento comprobatório", sustenta a defesa do jornal O Estado de S. Paulo.

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os profissionais da saúde reforçam a precaução, mas ainda sofrem para evitar serem contaminados. Em Pernambuco, 1.488 já testaram positivo, de acordo com boletim emitido pela Secretaria da Saúde do Estado (SES) neste domingo (26).

Ao todo, 4.086 profissionais foram testados por apresentar sintomas de gripe. Além das confirmações, 982 casos foram descartados e 1.616 seguem em investigação por suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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Por semana, a SES divide a capacidade de testagem entre três laboratórios, que analisam amostras de 2.500 testes para a Covid-19. O Laboratório Central de Saúde (Lacen) analisa 100 amostras, o laboratório da Fiocruz fica responsável por outras 100, enquanto o laboratório Genomika avalia 500 testes semanais. Ao todo, 10.741 exames foram realizados.

O Estado já registrou 415 óbitos em pacientes com o novo coronavírus. Já foram confirmados 4.898 casos da doença, divididos em 3.485 graves e 1.413 leves, aponta a SES.

Um avião com quase 90 toneladas de insumos hospitalares vindos da China pousou no Aeroporto de Fortaleza-CE no início da tarde deste domingo (26). O carregamento faz parte de iniciativa do Governo do Ceará para suprir a demanda de atendimento no sistema público de saúde.

O secretário de Saúde do Ceará, Carlos Roberto Sobrinho, o Dr. Cabeto, foi pessoalmente receber os insumos no aeroporto. A aeronave fez escala em Togo, na África, e chegou na capital cearense por volta das 12h30.

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 Entre os itens presentes no carregamento estão testes de identificação do coronavírus e equipamentos de proteção individual (EPIs). 

 O governador Camilo Santana (PT) disse em transmissão ao vivo que negocia com uma empresa chinesa a compra de novos insumos. Santana também informou que respiradores estão previstos para chegar em breve.

Sikêra Jr preocupou os telespectadores do programa Alerta Nacional, da Rede TV!, na noite da última quarta-feira (22). O jornalista passou mal ao vivo e precisou ser substituído às pressas da atração. Felizmente, Sikêra já está melhor e fez uma participação especial de sua casa no jornal da última quinta-feira (23).

"Estou me recuperando. É gripe, mas toda gripe agora é suspeita [de coronavírus]. E como eu estou no grupo de risco, fica todo mundo cismado. Ontem nós fizemos o teste rápido da Covid e deu negativo, graças a Deus. Vamos fazer um outro teste. E para que eu não leve risco para os meus colegas de elenco e para a turma da TV, é preferível que eu fique em casa até segunda-feira. Já estou longe do meu filho, da minha esposa. Estou quietinho um pouquinho para ver se realmente estou livre dessa porrada que se chama Covid-19", explicou o apresentador.

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Sempre bem-humorado, Sikêra disse que acredita que sua morte irá gerar muitos memes na internet.

"Quando eu morrer, os memes já vão estar prontos! Eu facilito muito esse lado", disse.

O jornalista reforçou que estará de volta ao comando do Alerta Nacional na próxima segunda-feira (27).

"Estou tranquilão. Ontem eu não quis gravar nada para não parecer aqueles artistas que ficam se lamentando... essa não é muito a minha parada, não. Eu só estou fazendo isso hoje porque foi um pedido da direção, do Jornalismo, só para tirar qualquer dúvida que possa existir. Mas com fé em Deus, na segunda-feira eu estou de volta", disse.

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