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Um teste feito pela Moderna mostrou que a vacina contra o câncer produzida pela empresa ajudou a prevenir recaídas em pacientes com melanoma, segundo resultados de um teste intermediário do laboratório.

De acordo com o estudo, um total de 79% dos pacientes com câncer de pele de alto risco que receberam a vacina personalizada da Moderna e a imunoterapia Keytruda da Merck & Co. estava livre da doença em 18 meses. Somente com a imunoterapia, a recuperação foi de 62% dos pacientes que participaram do teste, disseram os pesquisadores responsáveis neste domingo (16).

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Feito com 157 pessoas, o estudo oferece evidências mais fortes de que essas vacinas podem beneficiar pacientes com câncer. "Estou bastante encorajado com o fato de que isso abrirá um novo conjunto de testes", disse Jeffrey Weber, investigador sênior do estudo e vice-diretor do Perlmutter Cancer Center da NYU Langone Health.

A Moderna e a Merck querem expandir as pesquisas para outros tipos de tumor, como câncer de pulmão de células não pequenas. Ainda neste ano, as empresas querem realizar um estudo maior para testar a segurança e eficácia da vacina no tratamento de melanoma de alto risco.

Médicos e especialistas afirmam que vacinas contra o câncer e demais doenças poderão começar a ser desenvolvidas a partir de 2030. Segundo Paul Burton, diretor médico da farmacêutica Moderna, o desenvolvimento de vacinas foi acelerado graças ao sucesso que muitas empresas tiveram com a vacina contra Covid-19 nos últimos anos. Estudos mostram ainda que o avanço de cerca de 15 anos de trabalho foi feito nos últimos 12 a 18 meses.

De acordo com Burton, o desenvolvimento dos imunizantes pode ser feito em cerca de cinco anos. “Teremos essa vacina e ela será altamente eficaz e salvará muitas centenas de milhares, senão milhões de vidas. Acho que seremos capazes de oferecer vacinas personalizadas contra o câncer contra vários tipos diferentes de tumores para pessoas em todo o mundo”, declarou ao portal The Guardian.

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O médico explica que a criação dessas vacinas será feita com o uso da tecnologia baseada em m-RNA, que foi largamente estudado para o desenvolvimento das vacinas contra Covid-19. “Acho que teremos terapias baseadas em m-RNA para doenças raras que antes não eram medicamentosas e acho que daqui a 10 anos estaremos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, alterar e reparar, usando a tecnologia baseada em m-RNA”, afirmou Burton.

No entanto, a preocupação mais recorrente entre os especialistas é o fato de que, para continuar o desenvolvimento nas pesquisas, será preciso grande aporte de investimento financeiro. Sem o capital suficiente, todas as pesquisas realizadas nos últimos três anos teria sido um desperdício, alertam o médicos.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), anunciou na quarta-feira (5)  que a capital começará a campanha de imunização contra a gripe a partir desta segunda-feira (10). De acordo com a pasta, há 1,4 milhão de doses destinadas pelo Ministério da Saúde ao município e todas serão aplicadas inicialmente nos grupos prioritários.

A imunização será oferecida em duas etapas e para os seguintes grupos prioritários: pessoas acima de 60 anos, crianças a partir de 6 meses até 6 anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e, finalmente, aos imunossuprimidos.

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No dia 17 de abril, uma nova fase da campanha se inicia, ampliando o público-alvo. Serão, então, incluídos no esquema vacinal os profissionais de saúde, os profissionais de educação, as pessoas com deficiência permanente, as pessoas com comorbidades, os profissionais de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso. Também serão contemplados os profissionais portuários, os profissionais das forças de segurança e salvamento, além dos profissionais das Forças Armadas, do sistema prisional e a população privada de liberdade, incluindo adolescentes em medidas socioeducativas.

Onde encontrar

A vacina contra a gripe estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Tais unidades funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h. É possível ir também nas unidades das Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Efeitos da gripe

A gripe pode levar a consequências graves, principalmente na população acima de 60 anos, pois com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência. Quem não está nos grupos selecionados pode optar pela vacina na rede privada, que oferece o imunizante com custo.

"A vacinação contra a gripe é a melhor ferramenta que a ciência dispõe no combate a doenças infecciosas como a gripe, que é uma doença grave, sistêmica e que impacta diretamente na qualidade de vida da população", afirma Fabiana Funk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC).

Segundo Fabiana, não é preciso fazer intervalo entre a vacina da gripe e a da covid-19. "Entre a vacina bilavente ou qualquer uma das doses contra a covid-19 e a vacina contra a influenza não há necessidade de se fazer intervalo, inclusive podem ser tomadas no mesmo dia. Com exceção para a imunização contra o novo coronavírus para crianças até 11 anos. Para elas, é necessário que se espere até 15 dias", afirmou a especialista. (COLABOROU RENATA OKUMURA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova vacina contra a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) chegou ao Brasil recentemente e está disponível para aplicação na rede privada a partir deste mês. Chamado de Gardasil 9, o imunizante desenvolvido pela farmacêutica MSD oferece proteção contra nove subtipos do vírus - cinco a mais que a vacina aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova vacina inclui os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV, além dos subtipos 6, 11, 16, 18 que existiam na versão anterior. A infecção pelo HPV está entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no Brasil e no mundo.

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Dados do Ministério da Saúde estimam que haja entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no Brasil e que surjam 700 mil novos casos de infecção por ano.

O vírus é responsável por provocar verrugas genitais, além de ser o principal fator associado aos cânceres de útero, da vulva, da vagina e do ânus.

De acordo com a farmacêutica, estudos indicam que esses cinco novos subtipos são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero (além dos 70% causados pelos quatro subtipos contidos na vacina quadrivalente), sendo os nove subtipos da vacina responsáveis por 85% dos casos de câncer vaginal.

A nova vacina é indicada para meninos e meninas, homens e mulheres de 9 a 45 anos. Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, o esquema vacinal é de duas doses, com seis meses de intervalo.

Já a partir de 15 anos, recomenda-se três doses, sendo a segunda dois meses após o início do esquema vacinal e a terceira, seis meses depois (esquema 0-2- 6 meses). Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade, devem receber três doses, também no esquema 0-2-6 meses.

Em comunicado disponibilizado pela farmacêutica, a médica Marcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil, ressaltou que a vacinação contra o HPV é mais efetiva quando ocorre na infância, uma vez que induz a produção de mais anticorpos e, por consequência, garante a proteção contra o vírus antes de ter contato com ele.

O imunizante está disponível em clínicas particulares, com preço médio de R$ 950.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Saúde informou que não há previsão de integrar a vacina nonavalente ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo a pasta, a inclusão de novas terapias e tratamentos no SUS é avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e, até o momento, não há solicitação em aberto para avaliação da nonavalente de HPV na Conitec.

Vacina contra o HPV já existe no SUS

Desde 2014, o PNI disponibiliza a vacina HPV4, que protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18. Inicialmente, o imunizante foi integrado à rede pública para meninas de 11 a 13 anos, e posteriormente foi sendo estendida de forma progressiva para outras faixas etárias. Em 2017, os meninos passaram a ser contemplados e, desde 2022, a vacina consta como rotina do calendário nacional de imunização para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de ambos os sexos.

A principal diferença entre a nova vacina e a já disponibilizada pelo SUS é o fator de proteção, já que a Gardasil 9 previne contra cinco subtipos a mais.

Estudos clínicos sobre as duas vacinas demonstraram um ganho de proteção significativo, que varia de 5 a 10%, dependendo da região corporal. Em casos de câncer de colo do útero, por exemplo, o ganho de proteção é de 70% para 90%.

Por causa disso, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica recomendando o imunizante como preferencial por aumentar a proteção contra as doenças associadas ao HPV.

Entretanto, a entidade científica destacou que a nonavalente não diminui a importância da quadrivalente, oferecida pelo PNI, uma vez que a vacina protege contra o HPV16 e o 18, os principais tipos subtipos de HPV associados ao câncer.

"Aumentar a proteção é importante na esfera individual, mas em questão de saúde pública, a vacina que já temos é excelente. A quadrivalente continua sendo o carro-chefe, principalmente porque em termos de saúde pública você tendo uma vacina que tem possibilidade de evitar 70% dos casos de câncer de colo de útero é maravilhoso", afirma Juarez Cunha, presidente da SBIm.

Além do incremento de proteção, o médico ainda ressalta que outra vantagem da nonavalente é a ampliação da faixa etária que pode receber a vacina, visto que, no SUS, o imunizante é restrito a jovens ou a adultos imunossuprimidos. No sistema público, a quadrivalente pode ser aplicada neste público em pessoas de 9 a 26 anos ou de 9 a 45 anos de idade - a depender da causa da imunossupressão.

Segundo a SBIm, quem já recebeu a vacina quadrivalente, ou ainda a bivalente, e deseja ampliar a proteção por meio da aplicação da nonavalente deve aguardar 12 meses após o término do esquema de vacinação para, então, receber o novo imunizante.

Estudo da Fundação do Câncer divulgado no fim de março aponta que todas as capitais e regiões brasileiras estão com a vacinação contra o HPV abaixo da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que é o HPV?

Vírus transmitido pela relação sexual ou pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas, o HPV é responsável pela quase totalidade dos casos de câncer do colo do útero, por mais de 90% dos casos de câncer anal e por 63% dos cânceres de pênis, além de parte de outros tipos de tumores, como os de garganta, vulva e vagina.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para aplicar doses de reforço da vacina contra a Covid-19 somente nos grupos de alto risco suscitou debate entre especialistas da área. A avaliação entre médicos brasileiros é que no País uma nova vacinação em massa realmente não seria necessária, enquanto outros pontuam que as especificidades locais devem ser levadas em consideração.

No comunicado, a OMS justifica a recomendação "dado o alto nível de imunização alcançado pelas populações em vários países", mas afirma que as autoridades locais devem analisar contextos específicos. "É um reflexo de que grande parte da população já está vacinada, foi infectada com a Covid-19, ou as duas coisas ao mesmo tempo", afirmou Hanna Nohynek, presidente do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Vacinas (Sage) da OMS.

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Representante do Brasil no comitê da OMS, o pediatra e infectologista Renato Kfouri destaca que a nova recomendação vale especialmente para as doses de reforço. "A questão é reforço, levando em consideração principalmente que todos precisam ter tomado três doses no esquema básico", afirmou ele.

Segundo Kfouri, a discussão no grupo de especialistas foi bastante intensa porque levava em conta muitas realidades diferentes. "Estabelecer uma recomendação única para os países não é uma tarefa fácil, então, acho que o que foi decidido é o que já imaginávamos e defendemos. Não há evidências suficientes hoje para reforçar a vacina na população inteira (no mundo todo)", afirmou.

"A doença está ficando com caráter endêmico. A pandemia está acabando e vamos migrar para um modelo de vacinação, como vacinamos as pessoas contra a gripe, entendendo quais são os grupos mais vulneráveis e fazendo recomendações em saúde pública, focadas no público que tem maior risco de mortalidade", disse ainda Kfouri, também presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Lauro Ferreira Pinto Neto, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória, concorda com a decisão anunciada pela OMS, que leva em conta, segundo ele, a realidade atual. "O painel é dinâmico e mudanças podem ocorrer", afirma o especialista.

Decisão

Já Giovanna Marssola Nascimento, infectologista do Hospital Leforte da unidade Morumbi, lembra que o próprio consenso dos especialistas da OMS orientou que os países embasassem suas decisões em fatores contextuais (carga da doença, custo-efetividade e outras prioridades programáticas ou de saúde e custos de oportunidade).

"O cenário brasileiro é de baixa cobertura vacinal de várias doenças por falta de políticas de incentivo nos últimos anos. Estamos em um momento de resgatar a importância da cobertura vacinal no País. Desencorajar este processo seria, a meu ver, um retrocesso", afirma a especialista.

Cláudia França Cavalcante Valente, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), afirma que as reavaliações acontecem em todos os programas de imunizações para todas as doenças.

Com a Covid-19 em novo momento epidemiológico, é indicada uma reavaliação sobre a aplicação da vacina de reforço, mas no caso do Brasil, segundo ela, devem ser seguidas as indicações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que os adultos com boa saúde não precisam de uma dose adicional da vacina contra a Covid-19, além da vacinação primária e de um primeiro reforço, pois os benefícios são mínimos.

Para este grupo de pessoas com menos de 60 anos de risco médio, assim como crianças e adolescentes de seis meses a 17 anos com comorbidades, não há risco de receber doses adicionais, mas os "benefícios para a saúde são reduzidos", afirmaram os especialistas em vacinas da OMS.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS divulgou as recomendações atualizadas após sua reunião esta semana em Genebra.

As novas recomendações do SAGE refletem o impacto da variante ômicron e do elevado nível de imunização registrado entre a população mundial devido às infecções e graças à vacinação, afirmou a OMS.

O SAGE propôs três novas categorias prioritárias para a vacinação contra a covid, com base no risco de desenvolver uma forma grave da doença ou de morte: alto, médio e baixo.

Ao mesmo tempo, idosos, adultos com outras patologias, imunossuprimidos, grávidas e profissionais de saúde da linha da frente são aconselhados a receber uma dose de reforço após a vacinação inicial e o primeiro reforço.

O SAGE recomenda um intervalo de seis a 12 meses entre os reforços dependendo das comorbidades.

A China aprovou sua primeira vacina de RNA mensageiro de produção local contra a Covid-19, anunciou nesta quarta-feira (22) o fabricante, meses depois da flexibilização das medidas sanitárias contra a pandemia que provocou um aumento expressivo dos contágios.

A vacina, desenvolvida pelo CSPC Pharmaceutical Group Ltd, recebeu a aprovação para "uso de emergência" da agência regulatória da China, informou a empresa em um comunicado.

O medicamento demonstrou alta eficácia nos testes, nos quais foi utilizado como dose de reforço para pessoas que já haviam recebido outro tipo de vacina, afirmou a empresa, sem revelar mais detalhes.

As vacinas de RNA mensageiro são consideradas as mais eficientes na redução das infecções graves e da taxa de mortalidade associadas à Covid-19.

A China, no entanto, não autorizou o uso em seu território continental das vacinas de RNA mensageiro desenvolvidas no exterior, como as de Pfizer-BioNTech e Moderna.

Clínicas particulares de todo o País já começam a se preparar para a vacinação contra a gripe. A expectativa é de que, até o início de abril, todos os laboratórios privados brasileiros tenham a imunização tetravalente disponível para a população acima de 6 meses. Na rede pública, será ofertada a versão trivalente do imunizante para os grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Veja a lista abaixo.

A imunização realizada pelo governo tem início pela região Norte do Brasil ainda em março. No restante do País, somente em abril.

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"A vacinação contra a gripe se tornou uma barreira e cuidado muito importante para as pessoas não ficarem doentes. É a melhor ferramenta que a ciência dispõe no combate a doenças infecciosas como a gripe, que é uma doença grave, sistêmica e que impacta diretamente na qualidade de vida da população", afirma Fabiana Funk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC). Na esteira da influenza, destaca ela, vêm outras doenças que podem ser potencialmente graves, o que pode sobrecarregar os sistemas público e privado de saúde.

A gripe pode levar a consequências graves, principalmente na população acima de 60 anos, pois com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência.

"Como resultado desse declínio progressivo do sistema imunológico, o organismo fica mais suscetível a algumas doenças e infecções e pode também ocorrer diminuição da resposta vacinal. Como exemplo, um estudo demonstrou que idosos permaneceram com maior risco de AVC até dois meses após uma infecção pelo vírus influenza, o vírus da gripe. Além disso, pessoas com mais de 65 anos representam nove em dez óbitos e 63% das hospitalizações relacionadas à doença", afirma Fabiana.

Comprovadamente, de acordo com a ABCVAC, a nova vacina tem proteção 24% superior contra a infecção por gripe em idosos, quando comparada com a vacina de dose padrão. Além disso, contribuiu para a redução de complicações decorrentes da doença, como diminuição de 27% de hospitalizações por pneumonia e de 18% nas internações por eventos cardiorrespiratórios.

Vacina contra a gripe disponível na rede pública de saúde

A vacinação contra a gripe começará primeiro nos Estados do Norte do País. Conforme o Ministério da Saúde, a região receberá 6,5 milhões de doses da imunização para iniciar a aplicação ainda em março. A distribuição já começou a ser realizada.

Amapá: 264 mil doses

Roraima: 296 mil doses

Acre: 318 mil doses

Tocantins: 550 mil doses

Rondônia: 594 mil doses

Amazonas: 1,7 milhão de doses

Pará: 2,7 milhões de doses

"A antecipação ocorre por uma especificidade da região Norte, que enfrenta um período intenso de chuvas a partir de abril e, consequentemente, um aumento dos casos de influenza deste mês em diante. Além disso, a região também tem mais áreas de difícil acesso, o que requer uma logística de vacinação mais complexa", afirma o Ministério da Saúde.

A previsão é de que no restante do País a vacina comece a ser aplicada em abril. A campanha é realizada antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias.

Quem pode se vacinar na rede privada?

Todas as pessoas acima de 6 meses podem se vacinar na rede privada com a vacina quadrivalente contra a influenza. "Todas as pessoas que pertençam aos grupos prioritários, idosos, pessoas com comorbidades, podem se vacinar na rede pública com a vacina trivalente, mas isso não impede que estas pessoas optem por tomar a vacina quadrivalente na rede privada. Mas quem não faz parte dos grupos contemplados encontra ampla oferta na rede privada de vacinação", afirma Fabiana, da ABCVAC.

"Há ainda uma forte presença na vacinação empresarial, já que o Brasil possui ao menos 30 mil empresas com mais de 100 funcionários e isso totaliza 30 milhões para se vacinarem diretamente no mercado privado."

Quem pode se vacinar na rede pública?

Neste ano, os grupos prioritários na rede pública englobam:

Crianças com idades de 6 meses a menores de 4 anos

Gestantes e Puérperas

Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas

Trabalhadores da saúde

Pessoas maiores de 60 anos

Professores de escolas públicas e privadas

Pessoas com comorbidades

Pessoas com deficiência permanente

Profissionais das Forças Armadas, de segurança e salvamento

Caminhoneiros e caminhoneiras

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso

Trabalhadores portuários

Funcionários do sistema prisional

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas

População privada de liberdade

Para crianças vacinadas pela primeira vez contra a gripe

Crianças com idades entre 6 meses e 8 anos 11 meses e 29 dias que nunca tomaram a vacina contra gripe, ou seja, em sua primovacinação, deverão tomar duas doses com intervalo de um mês entre elas.

Depois, passará a tomar uma dose normalmente por ano, como nas demais faixas etárias.

Qual a diferença entre a vacina ofertada na rede pública e na rede privada?

Na rede privada: é composta por quatro sorotipos diferentes de Influenza.

A nova vacina também é quadrivalente e protege contra duas cepas de Influenza B e duas do Influenza A, apresentando quatro vezes mais antígenos, com diferencial de gerar maior estímulo ao sistema imunológico.

Na rede pública: é composta por três sorotipos diferentes de Influenza.

Os imunizantes utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde.

A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para 2023, o imunizante é composto por duas cepas da Influenza A e uma cepa da Influenza B.

A pessoa que tomou a bivalente da covid-19 ou outras doses de reforço precisa fazer um intervalo para tomar a vacina da gripe?C

Mais de 4,1 milhões de brasileiros já foram aos postos de saúde para tomar a dose de reforço com as vacinas bivalentes contra a Covid-19. É o que informa o último balanço do Ministério da Saúde.

As informações foram encaminhadas para o LocalizaSUS, que concentra dados enviados por estados e municípios, desde o dia 27 de fevereiro, quando foi lançado o Movimento Nacional de Vacinação. O LocalizaSUS é uma plataforma de dados estratégicos de saúde distribuídos em diversos painéis que auxilia na elaboração de análises contextuais utilizadas na formulação de políticas públicas e na avaliação de intervenções específicas na área da saúde.

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O imunizante já estava disponível para idosos com mais de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, além de indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Esse público corre maior risco de desenvolver formas graves da doença.

Avanço na vacinação

A vacinação também avança entre os povos e comunidades tradicionais, que receberam quase 37 mil doses e povos indígenas, com quase 16 mil doses do medicamento.

Agora, grupos prioritários que não estavam contemplados devem ser chamados por estados e municípios para receber o reforço do imunizante.

Todas as vacinas contra a Covid-19 oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são comprovadamente seguras e protegem contra formas graves da doença - que já matou quase 700 mil pessoas no Brasil, desde o início da pandemia, em 2020.

A paralisação dos auxiliares e técnicos de enfermagem afetou o trabalho realizado nos pólos de vacinação no município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Para evitar a interrupção total da aplicação de imunizantes na população, a prefeitura concentrou as atividades no Centro Administrativo, localizado no centro da cidade.

Segundo o portal G1, a campanha de vacinação contra Covid-19 foi uma das atividades que teve de ser alterada para que a população não ficasse desatendida. Nesta quarta-feira (15), os profissionais se reuniram no centro do Recife no sexto dia de paralisação para reivindicar reajuste do piso salarial e melhores condições de trabalho para toda a categoria no estado.

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Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Paulista informou que a redução foi de 50% nos atendimentos de vacinação. “Devido à greve, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) tiveram seus atendimentos suspensos em 100% e as policlínicas e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tiveram 50% dos atendimentos mantidos”, explicou em nota.

O esquema vacinal contra a Covid-19 para crianças imunocomprometidas de 5 a 11 anos foi modificado pelo Ministério da Saúde. A orientação é que o público passe a receber três doses e uma de reforço. Pernambuco já autorizou os municípios a atender o novo esquema. 

O grupo prioritário infantil tem preferência pela Pfizer pediátrica, mas, caso falte, pode ser vacinado com a vacina da Coronavac. Após as três doses do esquema primária, a aplicação de reforço deve ocorrer quatro meses após a última dose. 

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“O Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE) aguarda envio do Ministério da Saúde de novas doses do imunizante pediátrico para encaminhar aos municípios. É importante destacar que os gestores locais já podem colocar em prática em suas estratégias esta nova atualização, com estoques que já possuem, sendo necessário estarem atentos aos intervalos entre as doses do esquema primário e aplicação de reforço”, destaca a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo. 

LeiaJá também: Recife: Idosos de 60 anos podem receber vacina bivalente

Na semana em que o governo do estado começou a distribuir 194.400 mil doses da vacina bivalente, idosos e integrantes do grupo prioritário buscaram os pontos de vacinação de Olinda e Recife para reforçar a prevenção da Covid-19 e suas variantes. Após atravessar o período mais perigoso da pandemia, pessoas com mais de 70 anos e imunossuprimidos continuam dispostos a não dar chances ao coronavírus. 

Em Olinda, a distribuição começou no segunda (27). Na Policlínica João de Barros Barreto, no Carmo, dona Irair Barbosa conta que deixou a unidade com o sentimento de proteção. "É melhor por que se apresentar outras variantes, eu já tô livre", afirmou. Aos 70 anos, a idosa destaca a importância de manter o pacto coletivo de imunização para reduzir cada vez mais a transmissão da doença. 

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"Ninguém na minha família teve Covid, mas eu sei que é importante. Para minha saúde, e para meus familiares, porque se eu pegar alguém lá em casa pode pegar também, e para toda a população em geral", defendeu. 

Dona Irair recebeu o imunobiológico nesta quinta (2). João Velozo/LeiaJá Imagens

A equipe que responde pelo Plano de Imunização da Barros Barreto se mostrou satisfeita com a adesão do público. No primeiro dia, 38 doses foram aplicadas na unidade, a partir da terça, o número subiu para 91. Aumento de um dia para o outro pode ter como explicação a não exigência de agendamento para receber o imunizante. 

No Recife, Carlos Chagas, 76, e a esposa Maria José, 74, foram à Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena. "Se a gente tomar essa é melhor porque evita as variantes. Essa aí agora é para as variantes que vêm e a gente tomando ela já está protegido", explicou dona Maria. "Como eu tenho essa idade, eu queria tomar para me proteger dessas coisas que andam pelo mundo", acrescentou o marido. 

Dificuldade dos idosos no agendamento

A vacinação na capital começou ainda na sexta (24) e, segundo o grupo que atende pelo Plano de Imunização da unidade, diariamente são aplicadas 80 doses. No entanto, o município exige agendamento exclusivo pelo site ou app Conecta Recife para aplicar o imunizante. Essa obrigatoriedade foi motivo de reclamação do casal, que deixou a policlínica sem se vacinar. 

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Sem computador e sem saber mexer no celular, como aponta dona Maria, os dois encontraram dificuldades para o agendamento e decidiram arriscar. "Com mais de 70 anos, eu acho que não precisa agendar. Ficava muito mais fácil, porque não é só eu, mas muitos idosos por aí que não sabem mexer nem no celular", reclama o Carlos apoiado em muletas. "A gente ainda anda né? Tem gente mais nova que a gente que nem anda. Aí como é que fica?", questionou a idosa.   

Diante da dificuldade de agendamento pelos meios virtuais, a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) ofereceu mais um canal virtual e utiliza o WhatsApp (81) 9117-1407 para atender quem não consegue se agendar. A reportagem repassou a sugestão dada pelo idoso de suspender o agendamento para pessoas com idade mais avançada, mas não houve nenhum indicativo sobre o fim da exigência.

Vacina bivalente  

A vacina bivalente da Pfizer protege contra a cepa original do SARS-COV-2 e da ômicron, como também das variantes BA.4 e BA.5. Ela foi autorizada para ser usada como dose de reforço, podendo ser entrega após três meses da conclusão do esquema anterior. 

Etapas de aplicação

Somadas ao lote já enviado pelo Ministério da Saúde, Pernambuco espera receber 800.454 mil doses para atender 774.446 pessoas que pertencem ao grupo da Fase 1, que inclui pessoas a partir dos 70 anos, imunossuprimidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, e profissionais ou abrigados a partir dos 12 anos em Instituições de Longa Permanência (ILP).  

Ainda sem prazo para abertura dos próximos grupos, as fases seguintes são: 

–    Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade;  

–   Fase 3: Gestantes e puérperas;  

 –   Fase 4: Trabalhadores da saúde;  

 –   Fase 5: Pessoas com deficiência permanente;  

– Fase 6: População Privada de Liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações.

Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção contra ela. No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país.

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No mês passado, a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa.

Uma outra vacina contra a dengue já aprovada no país, a Dengvaxia, só pode ser aplicada por quem já teve a doença.

A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início do ensaio clínico da fase III da vacina tetravalente contra a influenza, produzida pelo Instituto Butantan. "O estudo tem o objetivo de avaliar a segurança, imunogenicidade e consistência de resposta imune nos lotes da vacina”, informou a Anvisa.

Em 2019, a agência já havia autorizado a realização do ensaio clínico referente à versão inicial do protocolo clínico da vacina. Em razão da pandemia de Covid-19, o ensaio só começou em 2021. Em 2022, o Butantan comunicou a interrupção do estudo, antes de ter completado o número de participantes necessários.

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A vacina trivalente contra a influenza do Instituto Butantan já é utilizada nas campanhas do Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A dose é composta pelo vírus influenza fragmentado e inativado, contendo a cepa A (H1N1), a cepa A (H3N2) e a cepa B (linhagem Victoria e Yamagata). 

O processo de produção da vacina tetravalente, segundo a Anvisa, é semelhante ao da trivalente. No entanto, enquanto uma das vacinas trivalentes contém o vírus B (linhagem Yamagata – TIV-Y-IB) e a outra, o vírus influenza B (linhagem Victoria – TIV-V-IB), a tetravalente possui as duas cepas da linhagem B na mesma formulação.

“Espera-se obter uma vacina análoga à trivalente, mas com proteção adicional contra uma segunda cepa B, determinada sazonalmente pela Organização Mundial da Saúde. A adição da segunda cepa B de influenza (quarta cepa na vacina) ocorreu na transição da vacina sazonal bivalente para a trivalente, após a pandemia de influenza H1N1”, informou a agência.

A vacina bivalente é significativamente mais eficaz em evitar as internações e mortes por Covid-19 em relação aos imunizantes originais. A conclusão está em dois estudos preliminares feitos nos Estados Unidos e na Escandinávia e publicados recentemente.

A eficácia do produto mais recente quando usado como segunda dose chega a 80%, ante 65% da inicial. O novo imunizante da Pfizer começou a ser oferecido nesta segunda-feira no País, marcando o início de uma nova etapa da imunização.

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FORMULAÇÃO

As vacinas chamadas de bivalentes induzem a produção de anticorpos contra a cepa original do vírus SarsCov-2 e também contra as novas variantes que surgiram ao longo da pandemia e hoje são predominantes. Por isso, segundo especialistas, são as mais eficientes dentre as disponíveis atualmente. O estudo americano, publicado na New England Journal of Medicine, foi feito com a vacina bivalente da Pfizer e a da Moderna em comparação aos imunizantes originais. O trabalho mostra que, quando usada como dose de reforço, a bivalente previne internações e mortes em 61,8% em relação à vacina original (24,9%).

O trabalho dos pesquisadores escandinavos (ainda sem revisão dos pares) mostra resultados ainda melhores. A dose de reforço da bivalente foi eficaz em 80% dos casos (de quadros graves e óbito), ante 65% do imunizante original. O extenso uso das vacinas bivalentes da Pfizer e da Moderna nos Estados Unidos e na Europa nos últimos meses mostra uma redução no número de hospitalizações e mortes, segundo as agências de diferentes países.

EVOLUÇÃO

Conforme o vírus causador da Covid-19 se espalhou pelo mundo, ele evoluiu, tornando-se mais facilmente transmissível e também mais eficiente em driblar a imunidade gerada pelo imunizante original. As novas vacinas foram desenvolvidas para fazer frente a essa realidade. Por isso, têm como alvo tanto a cepa original quanto as variantes. A vacina da Pfizer é voltada especificamente à neutralização da variante Ômicron, que é predominante hoje no mundo.

O Ministério da Saúde estima que 54 milhões de brasileiros sejam elegíveis a receber a nova vacina. A oferta ocorrerá em cinco fases, começando pelos mais vulneráveis: pessoas acima de 70 anos, pacientes imunossuprimidos a partir dos 12 anos, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e comunidades indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri explicou que, para ser licenciada, a nova vacina demonstrou em testes em laboratório que a proteção oferecida pela bivalente é maior. "Os estudos clínicos ainda estão em fase inicial, mas tudo indica que há mesmo uma eficácia superior da bivalente", afirmou. "Mesmo faltando ainda dados mais robustos e precisos de estudos clínicos, esta é a vacina hoje recomendada, sobretudo para pessoas em grupos de risco."

RNA

Por enquanto só as vacinas feitas a partir do RNA mensageiro têm essa formulação bivalente. A vacina que está sendo aplicada no Brasil oferece proteção para a cepa original, Wuhan (nome do local onde surgiu a pandemia, na China) e para a variante Ômicron.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começa a ser aplicada hoje (27) em todo o país a vacina bivalente contra a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron e tem perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.

“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

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Inicialmente, a vacina será aplicada somente nos chamados grupos de risco. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma: na fase 1, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 e 69 anos; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.

“Essas populações, do que a gente tem nesses três anos de pandemia, são as pessoas que mais sofreram e mais sofrem com a doença. É importante termos um planejamento porque não tem vacina suficiente para incluir toda a população com a bivalente. A tendência é que, com o passar do tempo, a gente vá aumentando os grupos que vão receber.”

No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Elas são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço.

“Para quem é recomendada a bivalente? Só como reforço. Para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. Mesmo para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses, dois reforços”, disse Juarez. “Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente.”

O ministério reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 seguem disponíveis em unidades básicas de Saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como “altamente eficazes contra a doença”, garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença.

“A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuam protegendo. Elas continuam protegendo, mesmo para a variante Ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos melhor resposta.”

O município do Jaboatão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inicia a aplicação da vacina bivalente (imunizante contra a Covid-19 e suas variantes), na próxima segunda-feira (27)).

Nesta fase inicial, o público-alvo são pessoas com mais de 70 anos, idosos em instituições de longa permanência, trabalhadores que atuam nessas referidas instituições, imunossuprimidos (pacientes renais crônicos, pessoas com HIV, câncer), dentre outros grupos.

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Jaboatão recebeu um total de 12.294 doses. É importante no dia que for tomar a vacina estar munido de CPF ou cartão do SUS, documento com foto e comprovante de residência.

A campanha atinge todo o País e vai até o dia 5 de março. Para ter direito a tomar a vacina bivalente, a pessoa precisa ter, pelo menos, sido vacinada com duas doses ou mais da vacina monovalente ou dose única da marca Janssen.

Mais informações a respeito do ponto de vacinação mais próximo à sua residência e os dias de atendimento nas unidades de saúde, podem ser obtidas por meio do site: deolhonaconsulta.jaboatao.pe.gov.br ou pelo aplicativo deolhonaconsulta.

*Da assessoria 

Pernambuco recebeu 194.400 mil doses da vacina bivalente da Pfizer para iniciar a fase 1 da campanha voltada ao grupo prioritário indicado pelo Ministério da Saúde. As vacinas foram distribuídas aos municípios nessa quinta-feira (23) e as aplicações iniciam a partir da próxima segunda (27). 

O imunizante protege contra a cepa original do SARS-COV-2 e da ômicron, como também das variantes BA.4 e BA.5. A primeira fase da campanha atende idosos com 70+, pessoas em Instituições de Longa Permanência (ILP) a partir de 12 anos, abrigados e os trabalhadores dessas instituições, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.  

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Conforme indicado pela gestão, 774.446 pessoas no estado pertencem a um dos grupos prioritários. A primeira remessa vai atender 45% do público contemplados na fase 1. Ao todo, o Ministério da Saúde deve enviar 800.454 mil doses para a conclusão da campanha. 

A fase 2 atende pessoas de 60 a 69 anos de idade, a fase 3 é voltada a gestantes e puérperas, a fase 4 destinada a trabalhadores da saúde, a fase 5 contempla pessoas com deficiência permanente e a fase 6 reúne presos e adolescentes em medidas socioeducativas. 

“Estudos têm mostrado que realmente há uma redução dos níveis de proteção imunobiológica contra o vírus com o passar do tempo, principalmente nas faixas etárias formadas por pessoas acima dos 60 anos de idade, em consequência, principalmente da circulação das variantes, entre elas, a ômicron. Na nova estratégia se apresenta como uma forma de ofertar nova proteção de grupos historicamente mais vulneráveis às doenças respiratórias, proporcionando a redução das formas mais graves da doença”, destaca a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo. 

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo requereu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, pela associação entre a vacina contra a covid-19 e 'risco' de desenvolver o vírus da aids. Na contramão da conclusão da Polícia Federal, que avalia que Bolsonaro atentou contra a paz pública e incorreu em incitação ao crime, a vice-PGR sustenta 'absoluta carência de justa causa' para denunciar o ex-chefe do Executivo e seu aliado.

O pedido para enterrar a investigação contra Bolsonaro foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira, 16. A apuração foi aberta após live realizada pelo então presidente no dia 21 de outubro de 2021, ocasião na qual Bolsonaro disse que a população do Reino Unido estaria "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus.

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A Polícia Federal apontou, mais de uma vez, que Bolsonaro incorreu em crime ao proferir a declaração mentirosa sobre imunizante. Para a corporação, o ex-chefe do Executivo agiu de maneira "consciente e voluntária" ao espalhar informações falsas sobre a vacinação e "incentivou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19.

Por sua vez, Lindôra Araújo sustenta que 'não restou demonstrado' que as afirmações de Bolsonaro, realizadas com apoio de Cid, 'produziram ou tiveram capacidade de produzir pânico ou tumulto na população'. "Não houve, durante a investigação criminal, a colheita de provas no sentido de que as declarações feitas por Jair Bolsonaro causaram alarma na população ou que, pelo menos, tinham capacidade para isso", argumentou.

Segundo a vice-PGR, o conteúdo das declarações do ex-chefe do Executivo pode ser 'polêmico e passível de críticas e questionamentos', mas 'não se verifica qualquer incitação à prática de crime'.

"Da análise das declarações feitas pelo então Presidente da República, não é possível extrair incentivo direto às pessoas para que desrespeitassem as medidas determinadas pelas normas sanitárias, o que afasta a consumação do delito de incitação ao crime de infração de medida sanitária preventiva", sustentou.

Um pedido de Autorização de Uso Emergencial para a versão da vacina bivalente contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico Moderna e comercializada pela Adium, foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (17).

Segundo a Anvisa, a vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SARS-Cov-2 e promete conferir maior proteção à variante Ômicron, quando comparada com vacinas monovalentes. Por sua transmissibilidade, observa a agência, a variante Ômicron causa preocupação às autoridades sanitárias do país.

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A Adium havia apresentado o pedido de registro da vacina, em janeiro. "Este pedido se encontra em análise pela equipe técnica da Anvisa. Porém, a empresa decidiu protocolar a Autorização de Uso Emergencial, paralelamente ao pedido do registro, de acordo com a manifestação favorável do Ministério da Saúde, conforme previsto no parágrafo único do Art. 1º da Resolução (RDC) 688, de 13 de maio de 2022", explicou a agência, em nota.

Uso Emergencial

Uma vez recebido o pedido de Autorização de Uso Emergencial, a Anvisa tem 30 dias para concluir sua avaliação. Esse prazo é interrompido sempre que for necessário solicitar à empresa a complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados.

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