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Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não é crime a utilização dos dados envolvendo o ministro da Justiça Sergio Moro, pela imprensa, mas sim a invasão dos celulares dos procuradores.

"É claro que a entrada num telefone de uma pessoa e você pegar informações privadas é crime e certamente o Ministério Público e a Polícia Federal vão investigar. Agora, a utilização dos dados eu acho que é o que nós chamamos de liberdade da imprensa. Todos nós cobramos uma democracia com liberdade de imprensa. Em outros episódios com utilização de dados sigilosos todos utilizaram como no caso do próprio Wikileaks. Então tem que ser o mesmo peso para os mesmos fatos", disse Maia.

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Ele fez questão de dizer que não quer dizer com isso que o fato de alguém ter entrado no computador de uma pessoa não seja crime. "Mas um jornalista está com essas informações como em muitas outras vezes jornalistas tiveram com informações sigilosas de delações e foram vazadas. Certamente se o servidor tivesse sido descoberto teria cometido um crime de vazar um dado sigiloso, mas a imprensa não cometeu nenhum crime de usar esse documento", defendeu o presidente da Câmara.

Maia disse achar que Moro não está desgastado com essa série de reportagens envolvendo suposta troca de mensagens com procuradores do Ministério Público. "Acho que o ministro Moro tem muita força, tem muito prestígio numa parte importante da sociedade brasileira", disse.

Bolsonaro

Após ter sido questionado por uma jornalista se os filhos do presidente Jair Bolsonaro atrapalham o governo federal, Maia disse que "só de estar perdendo três minutos sobre eles já atrapalha".

Maia participou de debate em evento da XP Investimentos e, em determinado momento, foi iniciada uma discussão sobre o papel dos filhos do presidente no governo federal, em razão dos ministros que teriam sido demitidos por pressão deles.

O líder do governo do Senado, Fernando Bezerra (PSB-PE), foi o primeiro a falar sobre o tema e disse que é preciso deixar o Twitter de lado e, ao final, afirmou que, na sua opinião, "cada filho tem que ficar cuidando das suas responsabilidades".

Também presente, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que seus filhos não têm influência sobre suas decisões.

O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não quis comentar as supostas trocas de mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era juiz da Lava Jato, com procuradores da operação. No entanto, criticou a invasão dos dados por parte de hackers.

"(Não vou comentar) porque juiz fala ao final, não fala no início nem no meio, mas houve clara ação criminosa de violação de comunicação privada", disse o ministro, que participa de evento da XP Investimentos. "Sem querer fulanizar, gostaria de saber qual emprego ou família se sustentaria com dois anos de violação de comunicação privada", acrescentou.

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Em seguida, Barroso disse que é preciso colocar o Poder Judiciário no debate público. "O Judiciário é um corpo técnico qualificado, com pessoas recrutadas por concursos públicos sérios, mas o sistema é muito ruim, é caro e presta serviço muito ruim, temos de acabar com a naturalização de processos que levam dez anos", disse.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse nesta sexta-feira, 5, não ver nada de ilícito em uma mensagem divulgada em reportagem da revista Veja, em que ele estaria, supostamente, pedindo ao Ministério Público a inclusão de uma prova no processo de um réu.

De acordo com o ministro, a mensagem teria sido entre os dia 16 ou 17 de fevereiro, sendo que no dia 19 começaria o recesso do Judiciário. "Que ilícito existe em um pedido desses?", indagou.

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Segundo Moro, alguns meses depois, ele mesmo teria atendido a pedido para conceder prisão domiciliar a esta mesma pessoa devido a problemas de saúde. Essa ação teria sido, segundo ele, contra a posição do Ministério Público. Mais tarde, o ministro, que à época atuava na condição de juiz, absolveu o réu.

"Se a mensagem é verdadeira e eu mesmo absolvi essa pessoa, então não é questão de parcialidade, mas, sim, de esquizofrenia", disse Moro, ao falar sobre o processo citado pela Veja, envolvendo o operador Zwi Skornicki.

Entenda

Uma nova leva de supostas conversas envolvendo o ministro foi divulgada pela revista Veja nesta sexta-feira, 5, e sugere que, quando ainda atuava como juiz federal em Curitiba, ele teria orientado procuradores da Operação Lava Jato a anexar provas para fortalecer a parte acusatória num processo.

Uma troca de mensagens pelo aplicativo Telegram de 28 de abril de 2016, a que a revista teve acesso em parceria com o site The Intercept Brasil, mostraria Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisando à procuradora Laura Tessler que Moro o teria avisado sobre a falta de uma informação na acusação contra um réu acusado de ser um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção da Petrobras. O réu, de acordo com a Veja, era Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a estatal. / COLABORARAM MATHEUS LARA E GABRIEL WAINER

O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta sexta-feira, 5, que pretende assistir à final da Copa América entre Brasil e Peru, no Maracanã, no Rio de Janeiro, neste domingo, dia 7, ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Questionado sobre a publicação de uma nova leva de supostas conversas envolvendo o ministro e pessoas relacionadas à Operação Lava Jato, Bolsonaro disse que caberá ao povo avaliar se o presidente e Moro estão "certos ou não".

O conteúdo, divulgado nesta sexta-feira (5) pela Veja, em parceria com o site The Intercept Brasil, sugere, mais uma vez, que, quando atuava como juiz federal em Curitiba, Moro teria orientado procuradores da Operação Lava Jato a anexar provas para fortalecer a parte acusatória num desses processos. O ministro afirma que não reconhece a autenticidade dessas supostas mensagens.

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"Pretendo domingo não só ir assistir à final do Brasil com Peru, bem como, se for possível, se a segurança me permitir, irei com o Sergio Moro junto ao gramado. E o povo vai dizer se nós estamos certos ou não", disse Bolsonaro a jornalistas. O presidente participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.

Questionado sobre as vaias direcionadas a ele por torcedores no último jogo da equipe brasileira, o presidente disse que o alvo era a seleção argentina de futebol. "Houve vaia quando a seleção da argentina entrou. E aí jogaram a câmera para cima de mim, queriam o quê? Acham que de imediato, eu, com paletó e gravata, no Mineirão enorme, uma vaia estrondosa de repente para mim? Não tem cabimento isso. Quem por outro lado sabia que era eu? Não sabia. A vaia foi para a seleção da Argentina", rebateu. O presidente afirmou ainda que se um dia for alvo de vaias vai "logicamente" pensar onde está errando.

A final da Copa América será a quinta ida de Bolsonaro a estádio como presidente. No dia 6 de junho, ele assistiu à vitória da seleção brasileira de futebol contra o Catar, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Seis dias depois, no mesmo estádio, acompanhou, ao lado de Moro, o jogo entre CSA e Flamengo. No dia 14 de junho, Bolsonaro foi ao estádio do Morumbi para assistir à partida de abertura da Copa América entre Brasil e Bolívia. O jogo mais recente que ele acompanhou foi a vitória da seleção brasileira em cima da equipe argentina, nesta terça-feira.

Ainda como presidente eleito, Bolsonaro foi convidado pelo Palmeiras para entregar aos jogadores o troféu de Campeão Brasileiro em dezembro. Torcedor da equipe paulista, ele foi convidado pela diretoria alviverde para ir ao Allianz Parque, em São Paulo, e acompanhar a partida contra o Vitória no camarote da presidência do clube.

O ministro da Justiça Sérgio Moro disse nesta sexta-feira, 5, que não tem medo sobre o que, eventualmente o site The Intercept Brasil poderá divulgar, após ser questionado sobre matéria divulgada nesta manhã pela revista Veja, que traz supostos diálogos entre Moro, enquanto Juiz, e procuradores da República.

Moro pediu para que o site apresente todas as mensagens, o que acha, contudo, "ser eticamente reprovável", mas reiterou que se as mensagens não tiverem adulterações, ele tem convicção que agiu dentro da legalidade.

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Moro voltou a afirmar que não se lembra de mensagens trocadas há dois ou três anos e que um diálogo tirado do contexto ou a inserção de uma palavra pode alterar teor das mensagens.

O ministro da Justiça disse que não tem mais as mensagens trocadas pelo Telegram e que o aparelho no qual estava instalado o aplicativo não é utilizado desde de 2017.

Moro foi muito aplaudido pela plateia em evento da XP Investimentos, formada essencialmente por agentes do mercado financeiro.

'Erro de procedimento'

Moro também disse que houve um erro de procedimento da revista em não ouvi-lo antes da publicação do texto. "A matéria não dá direito de resposta", afirmou o ministro, que participa nesta manhã de evento organizado pela XP Investimento em São Paulo.

"Não apresentaram as mensagens a mim para que eu pudesse avaliar e explicar", disse o ex-juiz, que reiterou não lembrar das mensagens. "Eu não poderia falar sobre a autenticidade das mensagens, mas posso verificar os fatos", afirmou.

O ministro disse que é preciso checar a autenticidade das conversas, porque as mensagens podem ter sido adulteradas, parcialmente ou totalmente. De acordo com a revista "Veja", Moro foi procurado, mas não quis receber a reportagem, assim como o procurador Deltan Dallagnol.

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) disse neste domingo (30) que "não acredita em nada" em relação à participação de dois de seus 55 filhos no assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto há duas semanas em Niterói, região metropolitana do Rio. O pastor foi morto a tiros na casa em que o casal morava com parte dos 55 filhos - 51 deles são adotados. Flávio dos Santos, de 38 anos, filho biológico de Flordelis e enteado de Carmo, e Lucas dos Santos, de 18 anos, um dos filhos adotivos, estão presos, sob suspeita de participação no assassinato.

Questionada se acredita na inocência dos dois filhos, Flordelis respondeu, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que não acreditava em nada. A entrevista foi gravada na cena do crime, a casa da deputada. Perguntada se confiava em todos os que moram no local, a parlamentar respondeu: "[Em] Todas as pessoas que estavam morando comigo naquele momento, sim".

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Lucas já não morava com o casal, mas imagens de câmeras de segurança mostram o filho adotivo chegando à casa. O jovem foi preso após o assassinato, antes mesmo das suspeitas de envolvimento no crime, já que era procurado por envolvimento com tráfico de drogas, por uma infração cometida quando ainda era adolescente.

Em entrevista à revista "Veja" na sexta-feira (28), Flordelis disse que Lucas teve desentendimentos com o pastor no passado, por conta do roubo de relógios da família. Ao "Fantástico", a deputada minimizou as desavenças, embora tenha descrito Lucas como "muito fechado" e "muito revoltado", comportamento creditado por ela ao fato de o filho adotivo ter tido uma infância difícil, pois o "pai era bandido" e a "mãe morreu de câncer".

"A única coisa que meu marido tinha era com o Lucas, mas era coisa de pai. Ele não aceitava meu filho ter saído de casa e estar fazendo algumas coisas erradas", disse Flordelis. Na entrevista, a deputada disse ainda que o pastor e Flávio, o outro filho preso, tinham bom relacionamento, negou que soubesse o paradeiro do celular da vítima, até agora não encontrado, afirmou não ver motivos para alguém querer a morte do pastor, e contou ter ouvido seis tiros no momento do crime.

Segundo a Polícia Civil, Flávio confessou o crime. Seu advogado, Anderson Rollemberg, contesta a confissão, pois o depoimento teria sido colhido sem a presença da defesa, "em desconformidade as garantias fundamentais da pessoa presa". A defesa também contesta a inclusão, como prova no inquérito, de uma pistola encontrada num quarto que seria de Flávio, na própria casa da família onde ocorreu o crime.

O advogado informou que vai entrar na segunda-feira com uma reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fato de não ter tido acesso ao inquérito policial que apura o caso. Segundo Rollemberg, o acesso ao inquérito foi negado pela Polícia Civil do Rio, o que, mesmo diante do sigilo imposto ao processo, estaria em desacordo com a Súmula Vinculante 14, do STF, editada em 2009.

O relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta sexta-feira, 24, que as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, não alteram "em nada" a tramitação da proposta. Guedes afirmou à revista Veja que iria embora, caso os parlamentares aprovassem uma reforma da Previdência com pouca potência fiscal, o que foi interpretado como uma possibilidade de ele deixar o cargo nessa hipótese.

Moreira disse considerar Guedes uma "pessoa de espírito público e de bons diagnósticos", mas afirmou que o caso se trata de uma conversa entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro.

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"Acho que (a declaração) não contamina (a tramitação da reforma). Aliás, essa é uma conversa talvez dele com o presidente", afirmou o relator. "O presidente é o dono do cargo, faz o que quiser com o Paulo Guedes. Eu considero o Paulo Guedes alguém com espírito público, ele tem bons diagnósticos", acrescentou.

O tucano destacou que a Câmara vai cumprir a sua responsabilidade de aprovar uma reforma da Previdência e voltou a defender a meta de economia de R$ 1 trilhão em dez anos, compartilhada pelo ministro Paulo Guedes. "Sempre tivemos a meta de mais de R$ 1 trilhão por convicção. Coincidiu com a meta do governo, ela é coerente. Vamos continuar perseguindo esta meta, não vamos abrir mão. Ela é importante para o equilíbrio das contas do governo", afirmou.

Moreira descartou ainda a possibilidade de as declarações de Guedes colocarem mais pressão sobre o Parlamento pela aprovação da mudança nas regras de aposentadoria e pensão no País. "Vamos cumprir a nossa parte, independente do que o governo está pensando. Lógico que queremos o governo conosco, o governo tem votos e uma PEC precisa de votos", disse.

Ele defendeu ainda que o governo contribua "de maneira republicana" conversando com os parlamentares e buscando votos. "A reforma não é do Paulo Guedes, do Samuel Moreira ou do Rodrigo Maia. A reforma é do Brasil."

Na entrevista à revista, Guedes frisou que, se os parlamentares aprovarem algo com uma economia menor do que R$ 800 bilhões, seria um remendo da velha Previdência que está falida e ele iria embora. "Deixa eu te falar um negócio que é importante. Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim: 'Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo'. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa. Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter um confronto sério pego o avião e vou morar lá fora."

O ex-ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno, avisou que iria comprovar que não mentiu com relação a ter dito que tinha conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) "durante três vezes" um dia antes da crise envolvendo o seu nome ganhar as redes sociais. Na ocasião, um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, chegou a dizer que era “mentira absoluta” que Bebianno tivesse falado com o pai.

Nesta terça-feira (19), um dia após ele ser exonerado, a revista Veja divulgou uma sequência de mensagens escritas e ao menos treze gravações de áudios entre Bebianno e Jair Bolsonaro.

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Em uma delas, Bolsonaro questiona uma das agendas do então ministro com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo. “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras?”, questionou o presidente.

Em outro, Bolsonaro diz a Bebianno que não está “incitando a saída” dele do governo. “Você conhece muito bem a imprensa, melhor do que eu. Agora: você não falou comigo nenhuma vez no dia de ontem. Ele [Carlos Bolsonaro] esteve comigo 24 horas por dia. Então não está mentindo, nada, nem está perseguindo ninguém”, o que abriu uma conversa sobre o que significa falar com alguém.

Com os ânimos mais acirrados, Bebianno afirma que só prega a paz o tempo inteiro. “Ontem eu falei com o senhor três vezes, sim. Falamos pelo WhatsApp. O que é que tem demais? Não falamos nada demais. A relevância disso… Tanto assunto grave para a gente tratar. Tantos problemas. Eu tento proteger o senhor o tempo inteiro. Por esse tipo de ataque? Por que esse ódio? O que é que eu fiz de errado, meu Deus?”, rebate o então auxiliar.

Bebianno também chega a dizer, em um dos últimos áudios revelados, que o militar “estava envenenado”. “Depois a gente conversa pessoalmente, capitão, tá? Eu tô vendo que o senhor está bem envenenado. Mas tudo bem, a minha consciência está tranquila, o meu papel foi limpo, continua sendo”, disparou.

O ex-ministro ainda se defende das acusações de que teria financiado candidaturas laranjas enquanto presidiu o PSL. “Se o Bivar escolheu candidata laranja, é um problema dele, político. E é um problema legal dela explicar o que ela fez com o dinheiro. Da minha parte, eu só repassei o dinheiro que me foi solicitado por escrito. Eu tenho tudo registrado por escrito. Então é ótimo que a Polícia Federal esteja, é ótimo que investigue, é ótimo que apure, é ótimo que puna os responsáveis. Eu não tenho nada a ver com isso”, defendeu-se.

O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, explicou os motivos por trás da sua confiança em chegar ao segundo turno do pleito eleitoral e, posteriormente, vencer as eleições. "É importante notar que, no voto espontâneo, uma faixa de 30% ainda está indefinida", disse a jornalistas nesta quarta-feira, 19, após sabatina em evento realizado pela revista "Veja".

O ex-governador paulista considera o candidato do PSL e líder das pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro, como seu principal contendor na disputa por um lugar no segundo turno. "Uma boa parte da intenção de votos do Bolsonaro, na realidade, não é dele, é um voto antipetista. Vamos trabalhar nestas próximas semanas para mostrar que somos a melhor opção para o País", declarou.

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Na avaliação do tucano, os números de Bolsonaro nas pesquisas não têm potencial de crescimento. "Bolsonaro já está no teto e agora tende a cair", comentou. O ex-governador aproveitou para criticar propostas do principal assessor econômico do capitão da reserva, Paulo Guedes.

"Ele já anunciou que pretende recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e vai aumentar impostos. Eu não", declarou Alckmin.

Questionado sobre a possibilidade de definir apoio a alguma candidatura no segundo turno das eleições presidenciais, o candidato do partido Novo, João Amoêdo, demonstrou que dificilmente será um apoiador no cenário que vem se desenhando para a fase final do pleito, com o embate entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

"Tenho muita dificuldade de apoiar qualquer um deles. Imagina apoiar o PT depois de tudo que fez, mensalão, petrolão, etc. Por outro lado, temos uma pessoa que esta há 29 anos no Congresso e não consigo enxergar alguma realização", disse Amoêdo, em referência a Bolsonaro. "Só me vem na cabeça ele brigando com a deputada Maria do Rosário, com o deputado Jean Willys e homenageando torturador", lembrou.

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Amoedo disse que está preocupado com este cenário. "Estamos ainda discutindo muito as pesquisas e quem vai vencer, sem nos preocupar com o Brasil. Tenho muita insegurança com os projetos dos candidatos que estão aí", afirmou o candidato, durante sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista "Veja".

A Polícia do Rio de Janeiro estaria investigando três políticos do partido MDB, o mesmo do presidente Michel Temer, que estariam envolvidos nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, crime cometido em março, no Rio de Janeiro.

De acordo com uma reportagem da revista "Veja", os políticos seriam os deputados da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Todos eles estão presos desde o ano passado, acusados de envolvimento com a máfia de empresários de ônibus.

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A revista ouviu o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que confirmou a informação e contou que participara de uma reunião no Ministério Público Federal com procuradores para analisar uma possível conexão entre os assassinatos e os políticos do MDB. O crime poderia ter sido uma tentativa de atingir Freixo, responsável pelo ingresso de Marielle na política, e a quem chamava de "filha".

Freixo, que atuou na CPI das Milícias, já sofreu várias ameaças de morte e anda em carros blindados, protegidos por policiais militares, há 10 anos. Oficialmente, a Polícia Civil evita comentar o caso e alega que a investigação corre sob sigilo. Marielle foi morta com vários tiros na cabeça, dentro de um carro, no Rio de Janeiro, em 14 de março.

Da Ansa

Em um debate sobre as chamadas "fake news", o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou que a corte vai agir de formas preventiva e punitiva contra a disseminação de notícias falsas nas eleições deste ano. Ele disse ainda que um candidato eleito com a divulgação de notícias falsas pode ser cassado e a eleição, nessas condições, anulada.

"Uma propaganda que visa destruir candidatura alheia pode gerar uma configuração de abuso de poder que pode levar a uma cassação", disse Fux, durante evento da revista "Veja", em São Paulo. "Se o resultado da eleição for fruto de uma 'fake news' capaz de ter essa expressão, anula a eleição."

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O ministro reforçou que o Tribunal formou comitês de inteligência de imprensa para acompanhar o processo eleitoral com foco na disseminação de notícias falsas. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Exército e Polícia Federal participam do comitê de inteligência. Fux destacou que o Ministério Público acompanha os trabalhos e que o Judiciário só atua quando é provocado.

O ministro informou ainda que o TSE está convidando uma empresa estrangeira acusada de disseminar "fake news" no Brasil para prestar esclarecimentos. A proposta do Tribunal, reforçou, é "atacar preventivamente" e identificar fábricas de robôs de notícias faltas. "Vamos convidar para depoimento, buscar e apreender equipamentos e instaurar procedimentos", reforçou Fux.

Na tarde deste sábado (31), a cantora Gretchen se manifestou em seu perfil no Instagram criticando uma reportagem feita sobre ela publicada na Revista Veja Rio. Após ler a matéria que vai às bancas na próxima semana, Gretchen diz que a publicação mentiu e chamou a jornalista de Judas e machista. A publicação mostra a capa da revista que traz a chamada “O bumbum caiu, mas o cachê subiu”.

Segundo a reportagem da jornalista Daniela Pessoa, que viajou para a casa da artista, em Mônaco, Gretchen, após anos esquecida pelo fama, conseguiu entrar novamente nos holofotes após participar do videoclipe da cantora norte-americana Katy Perry. Isso teria rendido a ela 100 mil reais de cachê pela participação em um comercial, além do convite para estrelar uma série de TV.

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“Que desprezível em pleno 2018, num momento de empoderamento feminino, uma mulher fazer isso com outra em troca de dinheiro ou meros 5 minutos de fama. Você foi machista!!!”, disse a rainha do rebolado.

Confira o texto completo:

“Que pena,DANIELA PESSOA que ainda existem pessoas como você. Em pleno sábado de aleluia, vc é o verdadeiro Judas,vc é a maior representante de Judas que eu tive o desprazer de receber dentro da minha casa. Eu até então julgava a revista Veja como um veículo de nível e de respeito. O multishow pagou todas as suas despesas para ir a Mônaco. Passagem, estadia,alimentação e transporte. Tudo a sua disposição. Mais ainda. Entrou na minha casa, conviveu no seio da minha família. Que desprezível em pleno 2018,num momento de empoderamento feminino,uma mulher fazer isso com outra em troca de dinheiro ou meros 5 minutos de fama. Vc foi machista!!! Nenhum artista de respeito vai querer dar entrevista pra vc mais. Vc foi pobre de espírito. Vc não tem luz. Mas EU VOU CONTINUAR SUBIR NOS PALCOS, fazendo sucesso, levando minha alegria e força PRA TODOS QUE ME AMAM, Coisa que vc não tem. Talvez foi isso que te incomodou. A minha luz e a minha força foi demais pra vc. Lamento muito Revista Veja pois a credibilidade em vc Hj é nenhuma.Vcs mentiram inclusive no valor dos custos do programa. Mas estou aqui!!! PORQUE EU TENHO LUZ.”

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Kaysar pouco fala sobre sua vida pessoal no Big Brother Brasil 18. De origem síria, o rapaz apenas faz questão de mostrar aos seus colegas de confinamento que valoriza muito o fato de estar vivo, afinal, já vivenciou a guerra que seu país enfrenta atualmente. Uma reportagem da revista Veja, no entanto, revelou outros detalhes do passado turbulento do brother, que seis meses antes de chegar ao Brasil foi espancado por uma gangue nacionalista por carregar um crucifixo no pescoço.

O sírio acabou com a perna direita quebrada em quatro partes e o braço esquerdo em três. Quando estava se recuperando da quinta cirurgia na perna direita em um hospital de Odessa, no sul da Ucrânia, ele teria ouvido uma voz sugerindo que ele procurasse os primos no Brasil. Seguindo a intuição e sem contar aos pais sobre a agressão, ligou para casa, em Alepo, na Síria, e pediu o contato de Abdo Abage, cônsul honorário da Síria do Brasil e primo da sua mãe, a dona de casa Diane. Abdo enviou uma carta para a embaixada do Brasil na Ucrânia pedindo ajuda para liberá-lo. Um mês depois, em junho de 2014, Kaysar chegou a Curitiba, quando foi recebido pelo primo, Nassib Abage.

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A publicação revela que Kaysar ficou hospedado em um apart-hotel, mas o aluguel caro, cerca de 15 mil reais por mês, fez com que ele fosse morar na casa de Nassib. Os primos moram numa casa confortável de dois andares no centro de Curitiba. Para a chegada do sírio, eles reformaram o último piso e construíram um apartamento de dois quartos com 100 metros quadrados. Kaysar ainda ganhou uma academia, montada após Nassib fazer uma vaquinha entre os sete irmãos da família. Além disso, ele ganhava uma mesada de 1800 reais por mês.

Em cinco meses, Kaysar já estava adaptado e falando português. A partir daí, ele matriculou-se no curto de hotelaria do Centro Europeu. No curso, conheceu a empresária Stephanie Keller, dona de uma empresa de animação, que oferece atores trajados como personagens das histórias infantis para festas e eventos. Para ganhar um dinheiro extra, Kaysar começou a se fantasiar e ganhava 110 reais por trabalho.

- Ele é exatamente como na TV: sempre alegre. Já chegava de manhã, brincando com todo mundo e rebolando sempre que colocávamos música nas aulas. Como tem bom físico, logo percebi que poderia interpretar o Homem-Aranha. As crianças o adoravam porque ele gostava de brincar de o tudo. Uma vez ficou chateadíssimo porque não o deixaram descer em uma tirolesa, pela idade e peso, contou a empresária à revista.

Ao ficar sabendo das inscrições para o BBB18, através de um colega de trabalho durante seu emprego de garçom em um hotel de Curitiba, Kaysar ficou obcecado com a ideia de entrar no programa: - Falei que era difícil ser escolhido porque muita gente queria participar. Mas ele ficou meio obcecado ideia. Espalhou cartazes dizendo que queria entrar para o programa. Era uma espécie de mantra para ele, lembrou Nassib.

Vida na Síria

Kaysar possuía uma vida de classe média alta em Alepo, onde morava com a a família. Segundo a Veja, o pai, Georges Dadour, era representante de uma marca de cosméticos alemã, enquanto a mãe, Diane Meramo Dadou, não trabalhava. Já a irmã, Celine, que mora no Líbano, fugiu da Síria no porta-malas de um táxi para não ser estuprada. Kaysar decidiu deixar o país aos 20 anos de idade, para não se alistar no exército e fugir da guerra.

Sua ideia inicial era fugir pelo Líbano com destino à Ucrânia, onde seria recebido por um amigo. Porém, quando chegou no local não conseguiu contato com a tal pessoa. Anos mais tarde, Kaysar descobriu que o amigo havia morrido de câncer. A partir daí, a vida de o brother no país foi um verdadeiro tormento. A reportagem explica que ele não tinha onde se hospedar e passou dias dormindo embaixo de uma ponte. Quando conseguiu um trabalho como gari, passou a alugar um quarto em uma pensão, onde ajudava na limpeza do lugar para conseguir pagar o aluguel.

No programa, muitos já perceberam a dificuldade de Kaysar em se emocionar, principalmente com a saída de Patrícia, com quem teve um breve relacionamento no confinamento. O primo dele revela que pelo fato de ter sofrido muito, ele não consegue chorar:

- Ele sofreu muito nessa vida. Tanto que não sabe chorar. Quando está triste, ele grita, mas grita muito mesmo.

Sem encontrar com a família há mais de oito anos, os pais de Kaysar o acompanham pela internet. Nassib diz que a mãe acha que ele está rebolando muito, algo incomum para os jovens sírios.

O deputado Jair Bolsonaro, que já se declara pré-candidato à Presidência da República, confirmou nesta segunda-feira, 27, que vai se filiar em março ao PEN, partido que poderá lançar sua candidatura. "Tenho acordo com Adilson Barroso presidente da sigla para ir ao PEN em março do ano que vem", disse o parlamentar em participação no fórum realizado pela Veja.

Num momento em que criticou denúncias do Ministério Público sobre excessos em operações policiais de reintegração de posse, desafiou os promotores a estarem na linha de frente nesse tipo de ação. "Policial que não mata não é policial."

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O deputado disse ser o único "pré-candidato" a não ter hoje partido apoiando sua candidatura, nem bancada e, em entrevista dada logo após a participação do prefeito João Doria no evento, citou que tampouco conta com uma prefeitura. "Estamos sozinhos. Sou mais que o primo pobre, sou o primo paupérrimo nessa história."

O deputado falou no evento sobre planos para economia, área que disse ter sido massacrado ao reconhecer que não entendia, e, ao tratar de como pretende resolver problemas de segurança pública, tema que mais gosta de discorrer, mas que é de competência dos Estados, defendeu uma revisão do Código Penal. Isso porque avalia que os policiais não têm hoje direito sequer à legitima defesa.

"Temos que mexer no Código Penal e acabar com a figura do excesso. Dar dois tiros ou 15 no marginal para mim é a mesma coisa", afirmou Bolsonaro, recebendo aplausos da plateia que assistiu à entrevista dada ao jornalista Augusto Nunes.

O deputado, ao elencar as diferenças a outros candidatos, disse que fala a verdade, tem Deus no coração e, embora diga não ver como virtude, garantiu ser honesto. "Fui o único da base aliada na época que não foi comprado pelo PT".

Também defendeu que os militares fiquem fora da reforma da Previdência. "É uma classe à parte em qualquer país. Trabalhamos 80 horas por semana e somos lembrados nos momentos mais difíceis" declarou. Se vencer as eleições, disse, o ministério da Defesa será conduzido por um general quatro estrelas. "O atual ministro da Defesa Raul Jungmann é defensor do desarmamento. Precisamos de técnicos nos ministérios", criticou.

O deputado ressaltou que é preciso acabar com incorporação salariais que, segundo ele, permitem a criação de marajás.

A respeito da corrupção, manifestou estar pensando em votar contra o foro privilegiado por gerar processos de até 30 anos. "Isso é um engodo". Também declarou que, se depender dele, prisões seriam mantidas até decisão judicial em segunda instância.

Questionado sobre projetos apresentados, o parlamentar respondeu que são mais de 500, porém o mais importante é o que cria o voto impresso para eliminar o risco de fraude eleitoral. Sobre isso, disse esperar que o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), faça a lei valer nas próximas eleições.

Economia

Bolsonaro revelou que está "namorando" com o economista Paulo Guedes para ser seu nome para ministro da Fazenda, caso seja eleito.

O parlamentar disse que teve duas conversas, num total de oito horas, com Guedes. "É pessoa que a gente espera continuar namorando, quem sabe ficar noivo", disse o deputado, acrescentando que se aproximou do economista por ele ser crítico de planos econômicos anteriores e por não ter participado de governos petistas.

Bolsonaro disse que questionou nesses encontros com o especialista se seria possível adotar uma política que mantivesse o tripé econômico, arrecadasse mais com menos impostos e equacionasse a "questão" dos servidores. "Perguntei se é possível, ele disse que é possível", afirmou.

O jornalista Augusto Nunes, que entrevista o parlamentar, destacou que parece que o casamento tem hora marcada, no que Bolsonaro disse esperar que sim, mas deixou claro que será um "casamento hetero". A resposta provocou alguns aplausos na plateia que acompanha o evento.

O juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, Sérgio Moro, disse nesta segunda-feira, 27, que não lhe ocorre nada de muito significativo na condução do processo de julgamento de um dos maiores escândalos de corrupção do País que o faria agir diferentemente da forma com a qual se procedeu até agora.

Moro fez a afirmação ao ser indagado durante o evento "Páginas Amarelas ao Vivo" da Revista Veja se existia alguma coisa da qual se arrepende ao longo da sua atuação na Lava Jato. "Estou especialmente tranquilo com tudo o que fiz", disse o juiz.

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Sobre o episódio da polêmica divulgação dos áudios de conversa entre a presidente cassada da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o magistrado disse que não esperava tanta repercussão. "A divulgação dos áudios foi controversa. Não esperava tanta celeuma, mas fiz o que a lei exigia e era necessário", disse Moro.

Para ele, o diálogo entre os dois ex-presidentes não era conversa republicana e que entendeu naquele momento que a sociedade precisava ter conhecimento do teor daquelas gravações.

"O problema não foi a divulgação, foi o conteúdo do diálogo", disse acrescentando que não divulgá-lo seria como se a suprema corte americana tivesse deixado o ex-presidente norte-americano Richard Nixon ficar com as fitas no Watergate, o escândalo político ocorrido na década de 1970 nos Estados Unidos que, ao vir à tona, acabou por culminar com a renúncia do presidente eleito pelo Partido Republicano.

"Havia interesse público na divulgação daquele diálogo", disse Moro. Ele ponderou, no entanto, que o Judiciário é uma instituição humana conduzida por humanos e, portanto, sujeito a erros. Mas emendou que o importante é que os juízes procurem sempre agir em conformidade com a lei. "Juiz pode cometer erros, o importante é agir conforme a lei".

Perguntado sobre o fato de ter voltado atrás na recusa de andar com segurança após ter determinado a condução coercitiva do ex-presidente Lula, Moro disse que fez depois de ter ataques inclusive contra sua família. "Não esperava alguns ataques sujos por conta desses processos que envolvem políticos. Existe tentativa de diversionismo. Ao invés de discutirem minhas responsabilidades, atacam os responsáveis pelo processo", disse.

"Não vou ficar me incomodando com mentiras", afirmou.

Ao ser provocado novamente a falar sobre o ex-presidente, Moro disse que o único processo a que Lula responde é o caso que ele julgou e que se encontra em fase de apelação em segunda instância. "Podem absolver como manter a condenação. Minha sentença já prolatei. O caso está em outras mãos, certamente melhores que as minhas."

Sobre as críticas de alguns setores da sociedade a um excesso de cuidado do juiz no caso Lula, Moro disse que todo caso criminal de grande dimensão envolve cuidado.

"Não só o dele como também do ex-presidente da câmara Eduardo Cunha. Não me sinto confortável em falar do caso dele que tem discussão política. Tudo que tinha para dizer sobre esse caso está em minha sentença", disse.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 27, que não lhe cabe dizer se é ou não candidato nas eleições gerais do ano que vem. "Quem tem que dizer é a população, o eleitor é quem decidirá se um candidato pode disputar", disse o tucano, durante evento "Fórum Veja: Amarelas ao Vivo", que está sendo realizado hoje na capital paulista, com a presença de dez personalidades que devem definir os rumos da política e da economia no ano eleitoral de 2018 e serão entrevistas pelos jornalistas e colaboradores da revista.

Ao dizer que é o eleitor quem decide o futuro de um candidato, ele ironizou: "Eu sou tucano, mas não ando em cima do muro; minhas posições são claras."

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O prefeito disse que não é ele quem pede sondagens eleitorais que incluem o seu nome à corrida presidencial do ano que vem. E voltou ao discurso que vem fazendo desde que seu nome começou a circular como um dos postulantes ao Palácio do Planalto: "Eu entendo que o Brasil precisa de uma candidatura de Centro. (Jair) Bolsonaro está aqui e eu o respeito, mas o Brasil precisa ir pra frente. E os partidos precisam ter consciência em defesa do que é melhor para o Brasil", frisou, dizendo apoiar essa corrente, mesmo sem ser candidato. E defendeu um debate em torno de propostas para o País e não em torno de questões partidárias.

Ao falar de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Doria disse que não vai engolir seu criador, "tenho alta estima pelo governador Alckmin". E refutou que possa haver fissura ou afastamento nessa relação. "Minha proposta é nos mantermos unidos pelo bem do Brasil, pois o País precisa retomar sua trajetória de crescimento."

Corrupção

No Fórum, João Doria disse não ser correto associar seu partido com a corrupção, por causa "do problema" com o senador tucano e ex-presidente nacional do PSDB Aécio Neves. "Sou PSDB e continuarei sendo PSDB, não o comparem com o PT", criticou, reiterando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro José Dirceu e a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), não são parâmetros de honestidade. Doria avaliou que se for comprovado que Aécio cometeu algum crime, "ele terá de responder por isso, pois o seu partido não é seletivo".

Indagado a respeito do fim do foro privilegiado para políticos, o prefeito disse que é a favor do foro, mas com mecanismos de defesa equilibrados. "A lei tem de ser cumprida em todas as circunstâncias para quem cometeu delitos", ponderando que em casos de crime com flagrante, não deveria haver foro privilegiado.

Na entrevista, Doria reclamou "dos ataques contínuos sofridos por quem está num cargo público" e convidou àqueles que o criticam a visitarem a cidade com ele. Apesar da afirmação, criticou seu antecessor, o petista Fernando Haddad (PT), dizendo que sua gestão superestimou receitas e subestimou dívidas. "A gestão Haddad deixou dívida de R$ 7,5 bi para a minha gestão." Ele disse que os estoques de remédios estavam zerados, que as últimas obras de recapeamento foram feitas na gestão Gilberto Kassab e que há dois anos não se fazia manutenção em semáforos. E citou feitos de sua administração, dizendo, por exemplo, que realizou importante programa na área da saúde.

O tucano rebateu no evento da Veja as críticas à área da mobilidade na capital paulista, justificando que a cidade tem uma frota de cerca de 8 milhões de veículos, uma das maiores do mundo em núcleo urbano e que a questão do trânsito demanda mais consciência da população. "Solução seria o uso do transporte coletivo e compartilhado e mais obras, mas nem o País e nem a cidade têm condições de fazer mais obras." E continuou: "Nova geração não tem mais como sonho ter carro, já aderiu aos aplicativos."

Ele refutou ainda a crítica de que sua gestão não daria a devida atenção à periferia, conforme prometido na campanha municipal do ano passado. "As zonas sul, norte e leste são nossa prioridade", garantiu.

O jornalista Reinaldo Azevedo, a revista Veja e a rádio Jovem Pan foram condenados a indenizar a cartunista Laerte Coutinho no valor de R$ 100 mil. A decisão, que confirma entendimento da primeira instância, foi tomada nesta terça-feira (24) pela 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo em julgamento de apelação.

Os desembargadores entenderam que as críticas do jornalista, tanto na sua coluna na revista, quanto na rádio, ofenderam a honra da cartunista. De acordo com o juiz da 7ª Vara Cível de São Paulo, houve excesso de Azevedo ao chamar Laerte de "fraude moral", "baranga moral", "fraude de gênero" e "fraude lógica". 

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As críticas do jornalista tiveram origem por causa de uma charge publicada no jornal Folha de São Paulo, que mostrava manifestantes a favor do impeachment tirando fotos com policias que tinham acabado de promover uma chacina. “Se a charge veiculada tinha conteúdo forte, que suscitava críticas, de acordo com o perfil rotineiramente sustentado pela autora, a crítica feita pelo réu deveria se voltar exclusivamente para a charge, e não para a pessoa da cartunista, como ocorreu”, escreveu no despacho, o relator do recurso. “Vê-se que a crítica se voltou à pessoa de Laerte, como transgênero, e não à charge, o que, evidentemente, confirmou o ato ilícito cometido. A crítica foi, portanto, pessoal e representou ofensa à honra”, completou. 

O senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou, em entrevista do Jornal Nacional, da TV Globo, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha ciência da corrupção na Petrobras e que acredita que a campanha de Dilma Rousseff recebeu dinheiro desviado da companhia. "[Lula] Tinha ciência disso, conhecia claramente. Nomeou, junto com as bancadas, os principais diretores da Petrobras", disse.

Delcídio também afirmou que "não tem nenhuma dúvida" de que o esquema de corrupção da Petrobras irrigou as campanhas de 2010 e 2014 da presidente Dilma Rousseff. "O tempo vai dizer, claramente. Daqui a algumas semanas as pessoas vão ter condições. Até na minha colaboração eu falo isso, e a minha colaboração vai fechar com dados que já foram levantados já em outras colaborações. Eu não tenho dúvida disso", afirmou.

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O senador voltou a afirmar que o esquema de corrupção na Petrobras tem origem em outros governos. "Não é de agora que os diretores da Petrobras são indicados politicamente. Em outros governos também foram. Não estou dizendo todos, mas essa prática não é de agora", disse Delcídio, sem citar nomes de outros ex-presidentes.

Delcídio disse também que participou do núcleo que discutia a Lava Jato por ter trânsito nas empresas em que teria havido desvios. "Eu conheço todos os atores, eu fui empregado da Petrobras, eu fui empregado do sistema Eletrobras, eu conheci as principais empresas, os donos de empresa. E eu sabia das coisas", disse, afirmando que tinha como missão, enquanto líder do governo, aprovar os projetos do Executivo.

Revista

Em entrevista à edição da revista Veja deste final de semana, Delcídio disse que Lula comandava o esquema de corrupção da Petrobras e que a presidente Dilma "sabia de tudo". O senador acusou Lula e Dilma de tentar obstruir os trabalhos da Justiça.

Em nota divulgada neste domingo, a Presidência da República rebateu as declarações dadas por Delcídio à Veja e acusou o ex-líder do governo de fazer "ataques mentirosos e sem qualquer base de realidade" contra a presidente Dilma Rousseff.

O ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, desmentiu reportagem da Revista Veja, que revela um dossiê contra o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, responsável julgar as ações da operação Lava-Jato na 1ª instância. O ministro afirma que não recebeu nenhum material com denúncias contra o juiz. "Desconheço e não me interessa conhecer", afirmou Jacques após tomar conhecimento sobre o teor da reportagem.

A Casa Civil informou que o ministro recebeu o governador do Acre, Tião Viana (PT), que estava acompanhado de dois representantes de uma associação de servidores da Polícia Federal para tratar do plano de cargos e salários da categoria.

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A matéria da edição desta semana da revista afirma que foi entregue ao ministro no fim do ano passado um dossiê que acusa Moro de participar de uma conspiração para atingir o Partido dos Trabalhadores (PT) e os líderes da legenda.

O juiz foi o responsável por determinar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última fase da operação Lava Jato, que tem como principal alvo o ex-presidente. Moro também assinou mandatos de busca e apreensão na residência de Lula, de familiares e aliados.

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