Facilitar o processo de inclusão social dos autistas é uma das metas do projeto de Lei apresentado pelo vereador Osmar Ricardo (PT), na Câmara Municipal do Recife. De acordo com a matéria, as escolas da capital pernambucana devem reservar, no mínimo, duas vagas para as crianças e adolescentes que desenvolveram a disfunção, além de disponibilizar nas áreas comuns das escolas informativos sobre os sintomas do autismo.
“O autista tem problemas com a convivência na sociedade. Ao colocá-lo em contato com outros alunos, tiramos da zona de conforto e ajudamos a conviver em grupo. Não adianta mantê-lo em uma bolha. O que faz o desenvolvimento é a interação com pessoas diferentes dele. É necessário criar ações voltadas à capacitação do professor e à mudança da escola. É preciso rever a formação de modo a ajudar os docentes a lidar com limitações e as dificuldades de cada aluno, com ou sem necessidades especiais”, defende o autor da proposta.
##RECOMENDA##O vereador também sugere uma intensificação da fiscalização por parte dos órgãos competentes, para evitar que escolas recusem a matrícula dos estudantes autistas. “Os pais vão à escola e por elas não afirmarem a discriminação, alegam que não existem vagas na hora da matrícula de um autista”, pontuou Osmar Ricardo, ressaltando que para tanto será aberto um canal direto de comunicação entre a Secretaria de Educação e os familiares dos autistas.
A Lei Federal 12.764 já estabelece multa ao gestor escolar e autoridades competentes que recusam a matrícula dos alunos autistas, com base na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.