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A catarinense Adriana Borba, noiva do lateral-esquerdo Léo Campos, do Botafogo-PB, repercutiu nas redes sociais após publicar stories em que profere falas xenofóbicas sobre o povo paraibano..

Nos stories, Adriana disse achar fofo o sotaque paraibano, mas logo em seguida revelou que “chega uma hora em que fica irritada” com o jeito dos paraibanos falarem. Adriana exemplificou sua maneira de pensar ao tentar imitar o sotaque que criticava.

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“O pessoal daqui tem umas manias. É muito fofo o sotaque, acho bonitinho. Mas chega uma hora que você fica irritada, porque eu acho que tô de TPM e irritada, e sabe aquela pessoa que fica na tua frente: ‘Oxe, minha filha, olha o preço desse aqui ó, o que você acha, devo levar ou não devo, coisa cara da mulesta'”, afirmou.

“Aí a pessoa arrasta, arrasta o chinelo o tempo inteiro, o tempo todo era gente arrastando o chinelo. E eu só olhava para o pé e encarava a pessoa, não sei como é que eu não apanhei no mercado. Mas que tava assim, tava. Eu quase fiz assim: 'Querida, levanta esse pé, criatura'. A gente vai sozinha no mercado, não tem nem com quem ir, nem com quem debochar”, finalizou.

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Após a repercussão negativa, Adriana gravou um vídeo se desculpando.

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O Botafogo-PB também usou suas redes sociais para comentar o caso.

"O Botafogo Futebol Clube foi surpreendido na manhã desta quarta-feira com um vídeo circulando nas redes sociais com falas xenofóbicas. Os envolvidos, reconhecendo o erro, já se manifestaram com pedidos de desculpas. O Maior da Paraíba, como representante de uma massa plural, reitera que reprova demonstrações que sugiram qualquer discriminação seja por raça, cor, etnia, religião, procedência nacional ou orientação sexual", disse o Belo, em nota.

A diretora do Flamengo Ângela Machado, que fez comentários xenofóbicos atacando nordestinos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, pediu desculpa nesta quinta-feira (3), na mesma rede social em que cometeu o ato. Ela é natural do Sergipe e no pedido de desculpas citou que tem familiares morando no Nordeste.

"Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morrer, o carrapato passa fome", dizia a publicação da diretora de responsabilidade social do clube. Vários clubes nordestinos e torcedores fizeram questão de criticar a fala e até pedir sua demissão, o que não aconteceu.

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Ângela é esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim. “Peço desculpas pelo meu erro, reconheço e respeito o processo democrático e o resultado das urnas. E torço para que o próximo governo tenha êxito pelo bem do nosso país, independente de qualquer ideologia. Peço desculpas também ao povo nordestino, aos sergipanos e a todos que, de alguma forma, feri com meus atos. E, inclusive minha família, com quem me desculpei diretamente”, disse.

O perfil dela está privado desde que o assunto se tornou público. O Flamengo não sinalizou nenhum tipo de punição. O presidente do clube e esposo de Ângela, Rodolfo Landim, chegou a dizer recentemente que ela “teria direito de se manifestar”.

Insatisfeitos com o resultado das eleições, um grupo de alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, da unidade de Valinhos (SP), criou no último domingo, 31, um grupo no WhatsApp chamado "Fundação Anti Petismo". Com cerca de 30 adolescentes, o grupo teve compartilhamento de mensagens de ódio contra petistas, negros, nordestinos e mulheres, além de apologias ao nazismo, principalmente com o envio de "stickers" de Adolf Hitler.

Um dos integrantes chegou a defender uma "Fundação Pró Reescravização do Nordeste" enquanto marcavam uma manifestação que aconteceu presencialmente no colégio na segunda-feira, 31.

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Ao se indignar com o conteúdo, um dos alunos adicionados no grupo, um garoto negro de 15 anos, se manifestou chamando os integrantes de "neonazistas do Porto" e dizendo que denunciaria o grupo. Ele foi confrontado por outro aluno, que disse que não eram neonazistas, mas sim "antipetistas".

O garoto negro reforçou, então, que o compartilhamento de "stickers" de Hitler dizia o contrário. Em seguida, ele foi excluído do grupo e recebeu um ataque racista de um dos estudantes em conversa privada. "Espero que você morra fdp negro", dizia a mensagem.

A advogada Thais Cremasco, mãe do adolescente vítima de racismo, disse que ficou sabendo imediatamente do ocorrido. No dia seguinte, 31, ela registrou um boletim de ocorrência contra os alunos do colégio que participavam do grupo. A denúncia, junto às provas (prints dos grupos e de posts no Instagram e no Twitter), foi enviada ao Ministério Público, que tem a responsabilidade de investigar o caso.

Em um post na sua conta do Instagram, Cremasco compartilhou algumas das mensagens enviadas no grupo e lembrou que "racismo é crime". "Apologia ao nazismo é crime. Xenofobia é crime".

Em entrevista ao Estadão, ela disse que o colégio não puniu os alunos que cometeram o crime contra seu filho. "Fui para a escola com o boletim de ocorrência e o diretor falou para mim que nada poderia fazer porque os crimes não aconteceram dentro da escola. Um dos alunos foi suspenso, mas isso aconteceu porque ele ofendeu uma coordenadora ao ser chamado para esclarecer o caso e não pelo que ele fez contra o meu filho", disse.

Xenofobia e ódio

Reproduzindo discursos de ódio contra nordestinos, os alunos enviaram entre si mensagens xenófobas. Além de defenderem a "reescravização do Nordeste", um dos alunos disse desejar que os nordestinos "morram de sede".

"Não encontro um petista comemorando, acho que é porque eles não têm celular ainda", disse um dos participantes. "Se ele fez isso com os judeus, posso fazer isso com os petistas", disse outro, ao compartilhar uma foto de Hitler. Além disso, foram compartilhadas mensagens e "stickers" misóginos e racistas.

Na segunda-feira, 31, alguns alunos fizeram uma manifestação na escola usando bandeiras do Brasil e gritando mensagens contra Lula e seus eleitores. Em oposição, o filho de Cremasco falou aos alunos utilizando um microfone e foi apoiado por parte dos estudantes da escola.

Colégio diz repudiar comentários e atos

Em nota, o Colégio Visconde de Porto Seguro disse que "repudia qualquer ação e ou comentários racistas contra quaisquer pessoas" e que "os atos de injúria racial não são justificados em nenhum contexto".

A escola reforçou que considera que a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária pressupõe o respeito à diversidade e as liberdades e disse que "o colégio não admite nenhum tipo de hostilização, perseguição, preconceito e discriminação".

O colégio também enviou uma mensagem aos pais e mães de todos os alunos explicando o ocorrido e dizendo que "imediatamente, após cientificada, a escola acolheu os alunos que se sentiram ofendidos bem como seus familiares, comprometendo-se a contribuir para a devida averiguação".

A instituição se posicionou novamente contra preconceitos e ataques de ódio e pediu para que os responsáveis pelos adolescentes os monitorassem nas redes sociais.

Para Cremasco, a atitude da escola não é suficiente. "Os meus filhos estão lá há oito anos. Todos os racismos que haviam ocorridos na escola até então foram direcionados a minha filha, porque ela tem muito mais traços negros (...) A escola nunca tomou uma atitude. Eles dizem 'nós vamos fazer palestra', 'nós vamos chamar a família', só isso que nunca adiantou", diz.

Segundo a advogada, fazer palestras e conversar com a família dos alunos racistas não é a conduta correta a se tomar mediante um crime. "Eles precisam começar a punir as crianças que cometem esse tipo de violência porque racismo é crime. Eu bato nessa tecla com eles: 'Se vocês aceitam crianças que cometem esse crime aqui, quais outros crimes podem ser cometidos? Se uma criança estuprar uma outra criança, ela vai poder continuar estudando aqui?"

O que dizem os ex-alunos?

Creamasco relata que, após a postagem e denúncia que fez sobre o caso envolvendo seu filho, ela passou a receber diversos relatos de ex-alunos que sofreram preconceito por estudantes do Colégio Porto Seguro por serem negros, transgêneros, judeus. Alguns deles dizem que deixaram a escola após sofrerem as ofensas e que lidam com danos psicológicos até hoje.

Na terça-feira, 1°, ex-alunos do colégio fizeram uma carta aberta cobrando providências concretas da instituição e se posicionando contra o ocorrido. "Casos de racismo continuam pipocando nos corredores do Porto Seguro - no entanto, a instituição parece ainda não ter entendido que a solução só se torna real e um caminho a ser seguido quando o problema é reconhecido e conjuntamente enfrentado", diz o texto.

Os ex-alunos pediram que o colégio reconheça publicamente os casos de racismo ocorridos na instituição, preste a devida assistência às vítimas e tome medidas de cunho antirracista para evitar novos episódios como esse. Entre as propostas, está a criação de um coletivo antirracista, associado ao grêmio estudantil e liderado por alunos e alunas negras, "para que eles possam ter um espaço de pertencimento e voz em uma ação contínua quando da implementação de políticas de diversidade no colégio".

A diretoria do Santa Cruz Futebol Clube se manifestou através de nota, nesta quarta-feira (2), sobre as declarações  do zagueiro Ítalo Mello, de 23 anos, jogador das categorias de base. Ítalo foi acusado de xenofobia. No texto, a gestão do time afirma que não admite “qualquer tipo de preconceito em seus quadros funcionais”.

Ítalo Mello foi acusado de xenofobia depois de criticar os nordestinos pelo resultado das eleições presidenciais. Na publicação, apagada pelo jogador, ele dizia “nordestino tinha que se fu…”. Alguns torcedores pediram a sua demissão por justa causa. 

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“Informamos que, tão logo tomamos conhecimento do fato ocorrido com um de nossos atletas, a diretoria executiva do Santa Cruz dirigiu-se ao departamento de futebol e determinou aos seus gestores para, de imediato, repreender ao atleta, atualmente emprestado a uma outra agremiação, pela sua absurda e infeliz expressão de opinião e, também, para adotar as medidas cabíveis”, diz o texto.

A nota salienta também que o jogador reconheceu o erro, antes mesmo do contato do time, e pediu desculpas à torcida do Santa Cruz e reconheceu o resultado das urnas que, no domingo (30), elegeu como presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva (PT), derrotando o atual mandatário nacional, Jair Bolsonaro (PL). A nota deu a entender que o time não vai punir o atleta.

"Nosso jovem atleta certamente foi influenciado pelo calor do embate eleitoral. Percebeu, em tempo, que contraditório faz parte do cotidiano de uma sociedade organizada. A opção soberana de cada cidadão traduz a vontade da maioria. De forma rápida e sábia, com a humildade de quem demonstra a capacidade de enxergar seus equívocos, retratou-se de forma madura e nos permitiu a possibilidade de termos a reflexão como um bom legado deste acontecimento. Todos devemos estar atentos à ação e reação deste jovem jogador. Seu pedido de perdão é ato de cidadania eficaz e exemplar", afirma a nota.

Veja a nota na íntegra:

A diretoria do Santa Cruz não admite qualquer tipo de preconceito, de qualquer tipo, em seus quadros funcionais.

O Clube tem por tradição a inclusão, foi criado pelos fundadores com esta finalidade. Por isto é o Clube das multidões. É uma potência sócio-desportiva e patrimonial exatamente por representar a admissão pioneira em Pernambuco da pluralidade étnica.

Informamos que, tão logo tomamos conhecimento do fato ocorrido com um de nossos atletas, a diretoria executiva do Santa Cruz dirigiu-se departamento de futebol e determinou aos seus gestores para, de imediato, repreender ao atleta, atualmente emprestado a uma outra agremiação, pela sua absurda e infeliz expressão de opinião e, também, para adotar as medidas cabíveis.

No entanto, mesmo antes de ocorrer o contato, o jogador, em espontânea reação, postou outra publicação, onde manifestou um pedido de desculpas à torcida do Santa Cruz, bem como declarou o seu reconhecimento democrático ao resultado das eleições, informando o seu desejo de que o próximo presidente faça o melhor pelo nosso país.

Por esta razão, compreendemos ser uma obrigação pedagógica e cívica dos mais experientes e/ou preparados para o exercício do contraditório em sociedade, acatar e entender o arrependimento com o reconhecimento de um erro de exaltação indevida, externado por um jovem, que certamente não recebeu os melhores exemplos de comportamento democrático e de urbanidade da política partidária nacional nos últimos anos.

Entendemos que a conciliação deve ser a palavra de ordem do Brasil, devendo este episódio, igualmente, ser exemplo para todos, de todas as idades, de todos os pensamentos e correntes ideológicas.

Não devemos dar vez ao radicalismo e fundamentalismo na política brasileira.

Somos um só povo.

Devemos nos respeitar e amar à pátria, na busca permanente da igualdade e da justiça social. Todos podemos e devemos contribuir.

Este é o país das oportunidade. A alternativa de poder é um fato natural na democracia. A cada eleição o bastão do comando é entregue ao vencedor pela decisão da maioria. Feliz do povo que escolhe o seu próprio destino e tem o poder de mudar em razão do regime do voto livre e independente.

Somos uma nação plural. Constituída pela miscigenação de muitos povos, de todas as origens.

Nosso jovem atleta certamente foi influenciado pelo calor do embate eleitoral. Percebeu, em tempo, que contraditório faz parte do cotidiano de uma sociedade organizada. A opção soberana de cada cidadão traduz a vontade da maioria. De forma rápida e sábia, com a humildade de quem demonstra a capacidade de enxergar seus equívocos, retratou-se de forma madura e nos permitiu a possibilidade de termos a reflexão como um bom legado deste acontecimento. Todos devemos estar atentos à ação e reação deste jovem jogador.

Seu pedido de perdão é ato de cidadania eficaz e exemplar.

A muitos servirá como espelho.

Sejamos conciliadores.

Sejamos unidos pela brasilidade.

Viva cada região do Brasil!

Viva cada etnia componente da nacionalidade!

Viva as diferenças de opiniões e comportamentos. Nelas e com elas haveremos de continuar construindo um Estado Democrático de direito, sob a égide da Constituição Federal, permitindo a cada filho desta nação a permissão da existência com dignidade.

A diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Machado, demonstrou insatisfação com a participação do Nordeste na vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais e proferiu declarações xenofóbicas. No entanto, grande parte da região Nordeste torce para o time rubro-negro. 

De acordo com a pesquisa O Globo/Ipec divulgada em julho deste ano, o peso da torcida do Flamengo é mais significativo no Nordeste, a segunda região mais populosa do Brasil, com 57,6 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O time tem 25,2% de menções dos torcedores, algo em torno de 14,5 milhões na região. 

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No Sudeste, que é a região mais populosa do Brasil com 89,6 milhões de habitantes, o Flamengo tem uma fatia de 19,3%  pelas menções feitas na pesquisa. O clube só fica atrás do Corinthians, com 21,3%. Ou seja, são mais de 17 milhões de torcedores do Flamengo na região. 

Na publicação, a diretora disse que Bolsonaro ganhou “onde se produz” e perdeu “onde se passa férias”. “Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”, postou. Ela fechou as redes após a divulgação da publicação.

A diretora de responsabilidade social do Flamengo, Angela Machado, fez comentários xenofóbicos após Lula ser declarado presidente eleito no domingo (30) com larga vantagem no Nordeste. Ela que declaradamente apoia o ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) também é esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim. 

Angela fez a seguinte postagem atacando os nordestinos: “ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias. Vamos trabalhar porque se o gado morrer o carrapato passa fome”. 

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Angela fechou sua rede social após repercussão negativa. Foto: Reprodução/Instagram

A maioria da cúpula flamenguista apoia Jair Bolsonaro e chegou a fazer campanha no gramado após a vitória do Flamengo na final da Libertadores no sábado (29). O presidente e esposo de Angela, Rodolfo Landim, Luiz Eduardo Baptista,o Bap (presidente do Conselho de Administração), Gustavo Oliveira (vice de comunicação), Rodrigo Dunshee (vice geral) e Reinaldo Belotti (CEO) posaram com o número 22 da chapa de Bolsonaro. O time não se pronunciou sobre as declarações de Machado.

O zagueiro Ítalo Mello, de 23 anos, cria das categorias de base do Santa Cruz, está sendo acusado de xenofobia depois de criticar com palavrão os nordestinos nesta segunda-feira (31). O jogador, que é pernambucano, demonstrou insatisfação com a vitória de Lula nas eleições gerais para presidente, através de uma rede social. O atleta apagou o post.

Em um print que circula nas redes sociais, Ítalo, que é natural do Recife, disse que “nordestino tinha que se fu…” por conta do alto índice de votação em Lula nas eleições. Alguns torcedores pediram a demissão do jogador por justa causa, mas, por enquanto, o clube ainda não se posicionou sobre o assunto.

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Ele apagou o post que fez e não voltou a se manifestar sobre o assunto nas redes sociais.

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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Uberlândia, Minas Gerais, exonerou a advogada Flávia Aparecida Rodrigues Moraes do seu cargo de vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, após declarações xenofóbicas contra nordestinos da profissional. A nota oficial foi divulgada nesta sexta-feira (7), nas redes sociais da instituição. 

 Além disso, o órgão também determinou a abertura de processos éticos-disciplinares pelo Conselho de Ética e Disciplina da Subseção e pelo Tribunal de Ética Regional em atenção aos pedidos de representação disciplinar protocoladas por advogados e autoridades de Uberlândia e região. Com a viralização do vídeo, a advogada já havia pedido exoneração de sua função. 

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Na publicação, o Diretor Presidente da OAB de Uberlândia, José Eduardo Batista, reforça o posicionamento do órgão: “Reiteramos que nós não compactuamos com os lamentáveis fatos veiculados nas redes sociais, nem com as expressões utilizadas pela advogada, e que a OAB de Uberlândia se sente profundamente constrangida e envergonhada e se solidariza com o querido povo nordestino que muito contribui com o progresso nacional e em especial com a nossa região”, afirma. 

A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais ainda propôs nesta quinta (06) uma ação pública contra Flávia, e pediu que pagasse uma reparação por danos morais no valor de R$ 100 mil. 

Saiba mais 

No vídeo, Flávia aparece segurando uma taça junto a duas mulheres. Ela dedica o brinde a todos os brasileiros que, segundo ela, tem que ser mais inteligentes. “Nós geramos empregos, nós pagamos impostos e sabe o que que a gente faz? A gente gasta o nosso dinheiro lá no Nordeste. Não vamos fazer isso mais. Vamos gastar dinheiro com quem realmente precisa, com quem realmente merece. A gente não vai mais alimentar quem vive de migalhas. Vamos gastar o nosso dinheiro aqui no Sudeste, ou no Sul ou fora do país, inclusive porque fica muito mais barato. Um brinde a gente que deixa de ser palhaço a partir de hoje", alega. 

 

A central da organização não-governamental de proteção dos Direitos Humanos Safernet Brasil recebeu cerca de 14 denúncias de xenofobia por hora na segunda-feira, 3. Ao todo, foram 348 registros no dia após o primeiro turno das eleições. O número quase supera o total de reclamações registrado nos primeiros seis meses do ano passado (358). No domingo, 2, foram registradas 10 denúncias.

Uma onda de ataques a nordestinos nas redes sociais se estabeleceu conforme a apuração dos votos mostrou o favoritismo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos nove Estados que compõem a região. As mensagens partiam principalmente de perfis anônimos, mas que se identificam como apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), e reduziam o Nordeste a uma imagem de pobreza e subdesenvolvimento.

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Ao Estadão, o historiador e autor do livro "A Invenção do Nordeste", Durval Muniz de Albuquerque Júnior destacou que essa onda de ataques não é novidade do pleito deste ano. "Esses ataques violentos aos nordestinos que partem principalmente de pessoas que moram no sul do País, em São Paulo e no Centro-Oeste, têm sido recorrentes em todas as eleições", falou, em entrevista por telefone.

Conforme a Safernet, indicadores de sua central de denúncias de crimes cibernéticos indicam que "as eleições são como um gatilho para o avanço do discurso de ódio". A central recebe denúncias de dez tipos de crimes contra os Direitos Humanos, como racismo e LGBTfobia.

Em relação a 2017, 2018 apresentou um crescimento de 595,5% nas denúncias de xenofobia pela internet. De 2019 para 2020, o aumento foi de 111,20%.

Comparando o primeiro semestre deste ano com o de 2021, a organização já havia observado aumento de 520,6% nas denúncias de xenofobia. Na primeira metade do ano passado, foram 358 registros; em 2022, 2.222 - uma média de aproximadamente 370 denúncias por mês.

Em nota, a Safernet adverte que "incitar discriminação a nordestinos ou a pessoas procedentes de qualquer outra região do país (ou estrangeiros) é crime". Segundo a ONG, quando ocorre nas redes sociais, a pena, que é de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa, passa para reclusão de 2 a 5 anos, além da multa. Denúncias podem ser feitas à ONG pelo link.

Com a apuração das eleições para Presidente ainda em andamento, nordestinos viraram alvo de ataques pelo resultado favorável a Lula (PT) no primeiro turno. Nesse domingo (2), o apoio massivo dos eleitores da região ao petista garantiu a vantagem para a próxima votação, programada para o dia 30. 

Vitorioso em todos os estados do Nordeste, Lula disparou com 12,9 milhões de votos a frente de Jair Bolsonaro (PL) na região. Como em 2018, parte dos eleitores bolsonaristas destilaram ódio e xenofobia contra nordestinos nas redes sociais. 

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A região chegou a ser chamada de "Cuba do Sul" e "Venezuela 3.0" enquanto os internautas condenaram os nordestinos à fome e ao corte de investimentos federais. Também foi estimulado o movimento de separação dos estados do Nordeste do resto do país. "Tudo q eu queria era um movimento separatista do nordeste msm, q gente não precisa desses asquerosos n", escreveu um internauta. 

Apoiador de Bolsonaro na Jovem Pan, Rodrigo Constantino endossou o embate interno: "O país está dividido. Está dividido moralmente, entre os que defendem o ladrão e os que defendem o combate à corrupção. Está dividido geograficamente, entre o sul que produz mais para o PIB e o nordeste que recebe mais transferências estatais”. 

No Twitter, a página @nordeste131 reuniu alguns ataques preconceituosos. 

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Antonia Fontenelle resolveu comentar as últimas declarações de Juliette Freire sobre xenofobia. A ex-BBB reclamou publicamente por ter sido solicitada a “neutralizar seu sotaque”, durante um teste, e Fontenelle aproveitou a deixa para falar o que pensa da paraibana. Em alguns stories, a atriz disse que a ‘rainha dos cactos’ é um “pé no saco” e que precisa “estudar”.

A polêmica começou após Juliette desabafar nas redes sociais sobre um teste de elenco no qual foi solicitada a “neutralizar” o seu sotaque nordestino. Ofendida, a ex-BBB disse que havia sido vítima, mais uma vez, de xenofobia, e que não cederia a pedidos como esse.

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Na última segunda (13), Antonia Fontenelle resolveu comentar o caso e aproveitou para dar sua opinião a respeito da ex-BBB. Sem economizar nas palavras, a atriz rasgou o verbo e disse mesmo o que pensa, como de costume. “Eu queria lhe pedir: te manca, vá estudar e pare de ficar acusando as pessoas de xenofobia. Existe uma coisa chamada personagem, perfil de personagem, que é importante que você entenda. O sotaque era nordestino? Não, não era! Porque se fosse, não teriam pedido pra você neutralizar. Isso não tem a ver com xenofobia, querida. Isso tem a ver com arte, coisa que você desconhece, porque você quer passar na frente, quer furar fila. Vai estudar, garota. Pé no saco, isso que você é”.

Após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro em Budapeste, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fez um discurso de tom xenofóbico e citou convergências de valores com o chefe do Executivo brasileiro. "Gostaríamos muito de preservar nossas raízes e a imigração na verdade não colabora muito para essa questão, de manter essas raízes estabelecidas", disse o premiê em declaração à imprensa nesta quinta-feira.

Considerado um líder autoritário de extrema-direita, Orbán chegou ao poder em 2010 e, desde então, promove uma escalada autoritária no país, com enfrentamentos ao sistema judiciário e perseguições à oposição e a minorias, como a comunidade LGBTQIAP+ e imigrantes.

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Ele lembrou sua presença na posse de Bolsonaro em 2019 e disse esperar repetir a visita em um eventual segundo mandato do presidente brasileiro, que deve concorrer à reeleição em outubro. "Espero poder visitá-lo novamente em breve para este mesmo tipo de ocasião", declarou o premiê, que também será candidato nas eleições húngaras. "Espero que seja uma celebração dupla e que ambos possamos comemorar conjuntamente".

Orbán disse que tem interesse em ter uma parceria "unificada" e "bastante próxima" com o Brasil. "Temos muitas convergências, muitas opiniões convergentes", destacou o primeiro-ministro, ao lado de Bolsonaro, citando o cristianismo dos dois.

O líder húngaro repetiu o discurso conservador de Bolsonaro e falou em "ataques às famílias". "Faremos o possível que pudermos para manter esta instituição família de modo sólido e bem protegido", seguiu o premiê. "Bolsonaro concorda conosco nessas questões, que dizem respeito à melhoria da qualidade de vida do nosso cidadão".

Reconhecido por cientistas políticos como um dos principais líderes da corrosão democrática nos últimos anos, Orbán defendeu que a Hungria é um país democrático e acenou para a possibilidade de novos investimentos no Brasil. "Poderíamos dizer que estamos apenas no início destas transições que irão ocorrer, e queremos, sim, veementemente, estabelecer comunicação mais sólida entre a Hungria e o Brasil".

De acordo com o primeiro-ministro da Hungria, a reunião com Bolsonaro foi bastante produtiva e com estabelecimento de "conexões". "A vida diplomática acaba gerando esse novo estágio, com todos os esforços diplomáticos que têm sido depositados na colaboração estabelecida entre os dois países", declarou, defendendo em seguida o fortalecimento de alianças com países estratégicos.

O assassinato bárbaro de Moïse Mugenyi Kabagambe é mais um capítulo da violência que muitos refugiados sofrem cotidianamente no Brasil. O País tem um histórico de receber pessoas de outras nacionalidades, mas elas também sofrem com violência, racismo e desigualdade social. Neste sábado, manifestações foram convocadas em São Paulo e no Rio para pedir justiça.

A comunidade congolesa na capital paulista promete comparecer em peso e alguns relatam que o crime revela o quanto esse povo africano ainda sofre com discriminação, xenofobia e racismo. "Eu sofri muito preconceito. Um chefe meu pedia para eu dançar no trabalho. As pessoas imitam nosso sotaque ou perguntam se dormíamos com leões", conta Prudence Kalambay, que está há 14 anos no Brasil como refugiada.

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"Muitas pessoas estão querendo ir embora por causa desse crime. Somos vistos como bichos, infelizmente. Que culpa eu tenho de ser mulher africana, ou ter nascido na República Democrática do Congo? Não tenho vergonha disso, tenho orgulho do meu tom de pele. Mas por que nos matar? Qual a diferença de uma pessoa branca ou preta?", questiona.

Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), desde 2016 foram contabilizados 858 refugiados do Congo vindos para o Brasil, a maioria para São Paulo e Rio de Janeiro. Como os números oficiais passaram a ser tabulados apenas em 2016, a estimativa é que exista pelo menos o dobro de refugiados congoleses por aqui.

A liderança no ranking de refugiados no Brasil neste período é de venezuelanos, com 57.025 pessoas. Depois vem Senegal (3.487), Haiti (2.848), Síria (2.364), Angola (1.336) e Cuba (1.293). Já Guiné-Bissau (605) e Nigéria (465) estão abaixo do número de pessoas da República Democrática do Congo.

 

No Rio, os congoleses estão concentrados em Brás de Pina, na zona norte, mas na capital paulista estão mais dispersos, principalmente na zona leste e na região central, em bairros variados. Vieram para o Brasil fugindo da guerra em um país que tem enorme riqueza mineral, mas péssima distribuição de renda e um dos piores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo.

"Eu escolhi o Brasil por causa das novelas da Globo. Não estava programado para mim. Mas me apaixonei por isso e decidi vir para cá. A maioria que vem é intelectual, com diploma de professor, fala outros idiomas... Mas só consegue trabalho como ajudante, pois não valorizam a nossa formação. Ser artista então é mais complicado ainda. Quem tem tom de pele mais claro tem mais chance que a gente", lamenta Prudence, que está pedindo ao governo brasileiro permissão para trazer sua mãe do Congo e até agora não foi atendida. "Ela está doente, queria poder ajudar."

Claudine Shindany tem formação em comunicação, trabalhou para a Unicef, e veio para o Brasil porque estava sendo perseguida na República Democrática do Congo. "A gente está trabalhando para sobreviver. Existe a barreira da língua, então quando chega isso já é um problema. Só algumas pessoas que estudaram aqui conseguem ter algum cargo melhor. A primeira coisa que vão te oferecer é no setor de limpeza. Eu conheço jornalistas que trabalhavam aqui fazendo faxina", conta.

Ela relata muitos episódios tristes que já presenciou ou sentiu na pele. "Eu nunca fui discriminada em outros lugares, mas aqui no Brasil sofri preconceito. Na época eu nem sabia que isso existia. Eu como mãe, irmã, tia, prima, sofro em dobro. Me coloco no lugar dessa mãe que perdeu o filho. Ela escapou das bombas e do estupro, mas aí chega em um país para reconstruir sua vida e encontra essa morte cruel do filho. O país que acolhe tem a responsabilidade de dar segurança e oferecer uma vida digna", diz.

Ambas reforçam que ter carteira de trabalho assinada é raro, até para aqueles que possuem formação com ensino superior, e que o maior problema é encontrar moradia. Mesmo que consigam dinheiro para pagar um aluguel, os proprietários muitas vezes demonstram preconceito e não querem fazer negócio. A saída para alguns é se manter com auxílios do governo, que são irrisórios. "É tão complicada a questão da moradia que a maioria acaba indo para pensões, ocupações ou favelas", diz Claudine.

Fluxo ocorre por situação de guerra

Luiz Fernando Godinho, porta-voz oficial da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), explica que os refugiados congoleses têm características étnicas e forte ligação religiosa. "Eles procuram manter suas tradições, fazem seus casamentos típicos e possuem vínculo forte com a igreja, mas também apresentam uma diversidade. O fluxo de congoleses se dá 100% por causa da situação de guerra no país."

Ele lamenta o crime bárbaro que ocorreu com Moïse e diz que a agência tem procurado apoiar a família em tudo que for necessário. "Foi terrível o que aconteceu e nos causa uma comoção muito grande. Mas é muito importante não generalizar essa situação. O Brasil tem um histórico de proteção e acolhimento que não condiz com esse fato. O que aconteceu no Rio é um episódio que não representa a relação dos brasileiros com os refugiados", afirma.

Neste sábado, às 10h, diversos movimentos sociais vão participar do ato em memória de Moïse. Em São Paulo ele será realizado na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). "Todos os congoleses estão se mobilizando para essa manifestação. Porque isso pode acontecer comigo hoje, com você amanhã. O primeiro sentimento é de raiva. A gente não se sente segura, não é o primeiro que foi espancado. Já tivemos outros episódios e nenhuma delas era bandido", desabafa Claudine.

Uma mulher norte-americana foi condenada a 25 anos de prisão na última quinta-feira (19) após tentar matar duas crianças. Nicole Poole Franklin, de 43 anos, atropelou os jovens sob a justificativa de que eles eram de ascendência mexicana, africana, ou do Oriente Médio. As informações são da CNN.

Os incidentes que resultaram na prisão da Nicole Poole Franklin aconteceram no dia 9 de dezembro de 2019, quando a estadunidense se envolveu em três situações racistas separadas por um curto espaço de tempo.

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O juiz federal do estado de Iowa, nos Estados Unidos, local onde os crimes foram praticados, condenou Franklin a 304 meses de prisão, sentença que será executada, concomitantemente, a uma outra de 17 anos. A criminosa recebeu acusações estaduais de tentativa de homicídio e crimes de ódio, e declarou-se culpada por ambas as infrações.

Segundo a apuração da CNN, os promotores afirmaram que Poole Franklin dirigia um carro do modelo Jeep Grand Cherokee quando avistou a primeira vítima, uma criança de 12 que caminhava junto a um membro da família. Em depoimento, a mulher disse acreditar que eles eram descendentes de africanos ou do Oriente Médio, e, por isso, atropelou intencionalmente a perna do menino, que é negro. Os ferimentos da vítima foram leves.

Uma hora depois, ainda na rota dos crimes de cunho racistas, Nicole atropelou Natalia Miranda, à época, com 14 anos. A garota caminhava para um jogo de basquete, segundo afirmou a Polícia. Depois de presa, Nicole afirmou que atropelou a garota pois ela “era mexicana”.

Naquele mesmo dia, após atingir as duas crianças, a mulher disparou insultos racistas contra um balconista de uma loja de conveniência. Além disso, ela ainda jogou itens no funcionário. Segundo o advogado de defesa, Joseph Herrold, Poole sofre de problemas de saúde mental e abuso de drogas ilícitas ao longo da vida, potencializados por um ambiente de pobreza.

Em nota divulgada pela CNN, o advogado atribuiu o dia de crimes como resultado de “um episódio esquizofrênico extremo que foi exacerbado pelo uso de metanfetamina, depressão pós-parto e luto de perder a guarda de seu filho”.

Na última sexta-feira (23), em Tóquio, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino entrou em disputa contra a Holanda, mas a partida acabou em empate por três a três. Durante o jogo, a goleira Bárbara falhou na defesa do segundo gol do time europeu. A atuação rendeu críticas nas redes sociais, mas no caso do comentarista holandês Johan Derksen, do programa de TV 'De Oranjezomer', foi usada como motivo para comentários de cunho gordofóbico e sexista. Comentando o peso da atleta, Derksen a chamou de “porca com suéter”.

“Essa goleira está acima do peso, não? É uma porca com um suéter. É uma zombaria total para a seleção brasileira. Ela realmente não defendeu uma bola decente", disse o colaborador, segundo o jornal "Mundo Deportivo".

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Os atletas olímpicos são monitorados por equipes de saúde e treinam por meses antes do período competitivo, seja preliminar ou oficial. No perfil da jogadora, de acordo com a Confederação Brasileira de Futebol, não há qualquer observação sobre o seu peso, altura ou saúde no geral.

Derksen ainda teceu mais comentários sobre a prática do futebol feminino. “Você tem que falar algo sobre isso à noite no programa, então eu tive que assistir ao jogo. Gosto de outros esportes femininos, como handebol e ciclismo, muito mais do que futebol. O futebol feminino não é nada divertido, mas a Holanda jogou muito bem, melhor que o Brasil", completou o jornalista.

Nos perfis oficiais da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, até o momento desta publicação, nenhuma nota de repúdio ou posicionamento foram lançadas. A goleira também não se manifestou. A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, fechando a fase de grupos contra a Zâmbia.

Nesta tarde, o prefeito do Recife João Campos criticou a atitude do jornalista. "Em plena Olimpíada que celebra a igualdade e a resiliência na pandemia, foi um ato de preconceito, profundo desrespeito e inaceitável a ofensa do jornalista holandês à recifense Bárbara, goleira da seleção brasileira", escreveu o prefeito no Twitter.

Antonia Fontenelle usou as redes sociais para rebater as acusações de que cometeu crime de xenofobia, após comentários sobre o DJ Ivis, que apareceu em vídeos agredindo a ex-mulher, Pamella Hollanda. Na última quarta-feira, dia 14, o delegado Pedro Ivo, solicitou abertura de inquérito para apurar os fatos.

- Fiquem tranquilos porque eu não cometi crime nenhum, isso é mais do que óbvio. É uma covardia o que estão fazendo comigo desde que eu usei a palavra Paraíba para o DJ Ivis, agressor de mulher. O foco foi desviado desse crime bárbaro e os holofotes de caso se voltaram para mim.

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E continuou:

- O delegado não sabe de quem ele tá falando. Eu sou nordestina, mas com uma diferença: eu não faço barulho no nordeste, faço barulho no Brasil. Sou respeitada no Rio de Janeiro, a terra da malandragem. Políticos me pedem apoio pra voto.

Por fim, Fontenelle se defendeu:

- Não vou pedir perdão de um crime que não cometi!

Após os vídeos de agressões contra Pamella serem divulgados, Fontenelle se posicionou contra as agressões nas redes sociais e escreveu:

Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso.

DJ Ivis, que é paraibano, foi preso na quarta-feira, dia 14, em Fortaleza, onde mora. Após as declarações de Fontenelle, artistas criticaram o uso da expressão paraíba, com cunho negativo. Após as críticas, Fontenelle rebateu:

- Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses paraíba quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz paraibada, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão.

Antonia Fontenelle se envolveu em uma nova polêmica ao chamar o DJ Ivis, que está sendo acusado de agredir a esposa, de paraíba. Na última segunda-feira, dia 12, a artista comentou uma publicação que falava sobre o caso usando o termo de forma pejorativa, e acabou atraindo críticas de alguns famosos como Juliette Freire - que ainda foi rebatida por Fontenelle.

A questão teve início quando Antonia publicou a seguinte mensagem em um post do Instagram que falava sobre as agressões do DJ, além de ter feito outros comentários usando o termo fazer paraibada:

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"Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso".

Diante disso, Juliette, Flayslane e Gkay, que nasceram no estado da Paraíba, acabaram se pronunciando em suas redes sociais e apontando que o uso da palavra que dá nome à região como sinônimo de algo errado é uma atitude xenofóbica. Através do Stories do Instagram, a campeã do BBB21 publicou um vídeo no qual condena a atitude sem citar nomes:

"Essa não é a primeira vez que eu escuto alguém usar o termo Paraíba de forma pejorativa. Paraíba é o estado da Paraíba, nós somos paraibanas. Se você quer usar algum adjetivo ruim, use agressor, criminoso, procure qualquer outro. Isso não é brincadeira, isso não é leve, isso machuca e reproduz um discurso de ódio e xenofobia. Ah foi sem maldade, pouco importa. É sem maldade mas machuca".

Antonia Fontenelle, no entanto, não gostou das críticas que recebeu e, em tom de ameaça, decidiu rebater os comentários de Juliette Freire. A artista publicou um vídeo em seu canal de YouTube para falar sobre a situação, e respondeu diretamente a maquiadora, além de criticar tanto Freire quanto Anitta:

"Não vou te pedir desculpas, sua irresponsável. O que esperar de uma pessoa que sai do BBB e acha que é a melhor amiga de Larissa de Honorio Gurgel, vulgo Anitta? Você é uma deslumbrada, menina! Tome muito cuidado. Você me respeita! Quando você vem com o fubá, o meu cuscuz já tá pronto há muito tempo".

Além disso, ela ainda publicou uma série de declarações em suas redes sociais para se defender, afirmando que o termo em questão não passa de uma força de expressão e acusando famosos e internautas de tentar minimizar a agressão doméstica praticada pelo DJ Ivis diante das acusações de xenofobia:

"Paraíba é força de expressão. Quem faz paraibada, como por exemplo bater em mulher, esses machos es***tos que ganham uns trocados e acham que pode tudo. Essa é a mais uma prova de que vocês da máfia digital, são do mal, ignorando um fato tão importante e repugnante como uma mulher ser agredida. A casa de vocês também vai cair, anotem".

Fontenelle ainda relembrou o processo que sofreu por parte de Giselle Itié, que também a acusou de xenofobia, mas acabou tendo a ação arquivada:

"De novo? Não cola. Já tentaram me acusar de xenofobia. Querem ganhar dinheiro? Vão trabalhar decentemente, mas não vão fazer isso com as pessoas porque não vai ser possível. Não vai. As pessoas abriram os olhos em relação a vocês, é o que eu espero. Agora, me acusar de xenofóbica? Ah, procurem outra, procurem outra porque essa quem tentou já se fod**".

O nome de Antônia Fontenelle causou o maior auê nas redes sociais, nesta segunda-feira (12), após comentar a polêmica envolvendo DJ Ivis. A atriz e apresentadora não rasgou o verbo ao criticar o artista, que no último final de semana foi denunciado pela ex-mulher de agressão. No entanto, Antônia se referiu a Ivis como "paraíba", expressão que é bastante conhecida por ser de cunho xenofóbico.

"Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender por que esse cretino não foi preso", disse. Assim que o assunto veio à tona, Juliette Freire resolveu entrar no embate. Sem citar a fala de Antônia Fontenelle, a campeã do BBB21 disse: "Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe 'ser Paraíba' e 'fazer paraibada'. Existe ser paraibana/o, o que sou com muito orgulho".

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E a advogada continuou: "Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum". Com o assunto dando o que falar, Fontenelle decidiu se manifestar a respeito da polêmica. 

Muito antes de Juliette rebater sua fala, a loira contou que o termo usado é apenas uma expressão. "Quem faz 'paraibada', como por exemplo bater em mulher, esses machos escrotos ganham uns trocados e acham que podem tudo. Essa é mais uma prova de que vocês, da máfia digital, são do mal, ignorando um fato tão importante e repugnante como uma mulher ser agredida. A casa de vocês também vai cair. Anotem", disparou Antonia.

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O fotolivro “Ouro”, lançado em 2020 pelo artista visual paraense Mauricio Igor, compõe a exposição deste ano do Anuário 20, que visa destacar obras relevantes para o público em Portugal. O livro do paraense apresenta, com fotografias, as diversas manifestações de racismo e xenofobia de portugueses contra brasileiros. A obra está disponível para visitação em espaços da cidade do Porto até o dia 18 de julho, com entrada gratuita.

O racismo e a xenofobia estão enraizados na sociedade por meio de discursos de ódio e situações desrespeitosas contra imigrantes. Essa é a principal reflexão destacada na obra de Mauricio, artista visual com especialidade em múltiplas linguagens, que trabalhou cinco meses em um fotolivro que abordasse a discriminação cotidiana vivida por brasileiros no país europeu.

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“Em pouco tempo em Portugal, percebi comentários e situações que vi como marcas da colonização que aconteceu anos atrás, e que se mantêm ainda hoje, ainda que de outras formas”, destaca.

A obra incentiva a percepção do público para a relação existente entre Brasil e Portugal, propondo analisar como a colonização afetou o comportamento da atualidade. “Há situações de racismo e xenofobia, que variam muito em suas manifestações. Há agressões ao português do Brasil, visto como 'incorreto', há perseguições em supermercados por suspeita de roubo, e por aí vai”, assinala Mauricio.

As referências de colonização condizem com o nome do fotolivro, “Ouro”. Conforme acrescenta o autor, o nome do livro foi decidido “por ter uma relação exploratória baseada em riquezas”.

Embora a discriminação denunciada entre as páginas seja contínua, o preconceito pode ser camuflado pela falta de reflexão sobre o tema. Segundo Maurício, um de seus amigos portugueses não havia pensado que situações como essas aconteciam. Por esse motivo, sua expectativa é que as pessoas observem por meio de sua obra a relação entre os países. “Espero que possam ver a obra e observarem estas relações”, acrescenta.

Essa não é a primeira vez que o fotolivro ganha espaço com o público. “Ouro” participou da exposição “As Fotografias e o Resto”, no Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Porto. Logo após, a obra foi convidada para integrar a atual exposição do Anuário 20, também em Porto, iniciada no mês de maio.

A obra ainda não conta com exemplares para distribuição, mas o artista não dispensa a ideia de futuramente produzir e apresentar ao Brasil. A exposição está disponível em vários espaços culturais da cidade portuguesa, sendo estes: Atelier Logicofobista, AL859, Armazém do Fundo, A Sede, Clube de Desenho, Espaço Birra e Ócio.

Por Quezia Dias.

 

No último domingo (25), Juliette fez um desabafo sobre o preconceito que sofre, em determinados lugares, por ser nordestina. Na área externa da casa do BBB 21, ela contou aos demais confinados que várias pessoas a tratam como “analfabeta” por ser da Paraíba. O relato dela surpreendeu e tocou muita gente, dentro e fora do reality. 

Juliette é formada em direito mas disse que, apesar do diploma e de seu nível de educação, sofre preconceito em alguns lugares fora de sua região de origem. “Eu sou uma pessoa estudada e tal, mas onde eu chego as pessoas me tratam como analfabeta. Me tratam como uma matuta e como burra em muitos lugares. Eu frequento lugares de alta sociedade em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília... As pessoas acham que o Nordeste é mato, seca, jumento e analfabeto e não é”. 

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Do lado de fora da casa, o público se comoveu com o relato da paraibana e comentou bastante sobre o tema nas redes sociais. “Esse discurso da Juliette falando sobre a interpretação que as pessoas possuem em relação aos nordestinos é tão preciso. Ela sofreu xenofobia na casa e, inclusive, foi invalidada tantas vezes”; “É extremamente ofensivo isso que Nordestino passa”; “Como nordestina, já ouvi coisas que até Deus duvida”.

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