Tópicos | Xenofobia

Dezenas de milhares de pessoas tomaram neste sábado (13) as ruas de Berlim, capital da Alemanha, para protestar contra o avanço da extrema direita, do racismo e da xenofobia no país.

A participação popular superou a expectativa dos organizadores, que esperavam apenas 40 mil pessoas no protesto. Segundo sua estimativa, o ato reuniu 240 mil manifestantes, mas a polícia não forneceu números.

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A marcha percorreu seis quilômetros, da Alexanderplatz à Coluna da Vitória, gritando contra o racismo, o preconceito e os cortes em políticas sociais. O protesto teve o apoio do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, o social-democrata Heiko Maas, que falou em um "grande sinal" de que "a maioria do país defende a tolerância e a abertura".

A União Democrata-Cristã (CDU), liderada pela chanceler Angela Merkel, por sua vez, não aderiu. O ato também foi uma resposta às manifestações neonazistas realizadas em Chemnitz entre o fim de agosto e o início de setembro, que geraram reprimendas inclusive do governo.

Da Ansa

Um quarto. Boa refeição. Conversas amenas na frente da casa, enquanto crianças correm incansáveis. Não muito tempo atrás essa realidade de coisas simples estava distante dos venezuelanos que agora dormem em solo pernambucano. Na última terça-feira (18), 30 deles chegaram ao município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), somando-se aos 69 que desembarcaram em julho. Mais três chegam amanhã. Enquanto o medo da violência sem controle e das despensas vazias parece mais distantes, novo temor bate à porta: o desemprego.

A Venezuela vive uma crise humanitária que se agrava desde 2015. A situação de instabilidade, com alta inflação e protestos violentos, provocaram uma onda migratória na qual o Brasil tem se tornado protagonista.  Segundo dados de agosto da Organização Internacional de Migração (OIM, em inglês), ligada à ONU, 2,3 milhões de venezuelanos já deixaram o país em meio à crise. A estimativa é de que pelo menos 50 mil deles se fixaram no Brasil até abril de 2018 - número baseado nos pedidos de asilo e residência.

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O processo de interiorização, feito pelo Governo Federal com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Agência da ONU para as Migrações (OIM), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, tem espalhado os refugiados pelo país. Entretanto, os abrigos que estão recebendo esses estrangeiros precisam que eles consigam adquirir a independência, o que não tem sido fácil. Do grupo que chegou a Pernambuco em julho, apenas oito pessoas conseguiram um emprego. 

A professora Yolimar Simona, 40, e o marceneiro Juan Carlos Vilar Varela, 46, apesar de se sentirem aliviados agora que estão em Pernambuco, estão preocupados com a falta de dinheiro. Juan trabalhou em Roraima, mas não recebeu. “Ficaram me devendo quatro meses”, ele lembra. Yolimar recorda também ter vivenciado uma péssima experiência como diarista - não ganhava salário, apenas cama e comida. “Eu acredito que poderia lecionar aqui, dar aula de espanhol ou para crianças pequenas”, diz a mulher. Eles têm dois filhos. A garota de 10 anos está com problemas respiratórios. A escassez de remédios é outro grave problema enfrentado no país do presidente Nicolás Maduro. 

O montador e motorista Jose Gregorio Urbano Hernandez , 45, e a esposa cabeleireira Luisana Medina, 32, também vivem situação semelhante. Precisam sustentar cinco menores, cuja idade varia de 16 a cinco anos. “A nossa esperança aqui é um emprego, um trabalho. Queremos voltar para a Venezuela, mas só quando mudar a situação”, explica Jose Gregorio.

Saudade

Com o pequeno Jorge, de quatro anos, e um bebê na barriga, Elizabeth Bruzual fez a travessia da Venezuela para Pacaraima-RR. Ela queria seguir com o resto da família, mas, como tem sido regra, faltava dinheiro. Teve que se distanciar do marido e da filha de apenas um ano. Ela até teve sorte. Passou um mês em Roraima e conseguiu ser transferida para Pernambuco. Após o período longe, finalmente voltou a encontrar sua família na terça-feira. 

O marido Luis Rodriguez, 23, a filha Elisma Bruzual e os sogros Johan Rodriguez, 35, e Inain Diaz, 37, se juntaram a Elizabeth e Jorge em Igarassu. “Estava sentindo muita falta da minha filha. Chorei muito ontem”, recorda Elizabeth. Elizabeth costumava trabalhar com controle de qualidade em um fábrica. Agora não descarta qualquer emprego. "Se eu tive vontade de sair do meu país, não vai faltar vontade de trabalhar".

Na nova casa, Inain celebra a galinha na panela. “Temos comida aqui. Não tinha como comprar frango lá, era muito caro. Fruta, muito cara. Ovo, muito caro”, ela cita. O marido mostra o celular. Mensagens da mãe no aplicativo WhatsApp. Ela está feliz que o filho chegou bem. “Gostaria de ter condições de trazê-la para cá”, suspira Johan. A mãe de Johan vive na Venezuela com uma filha, o marido já morreu.

“Não é fácil unir as famílias quando chegam aqui no Brasil. Foi muito importante conseguir juntá-los”, comenta o secretário de Políticas Sociais de Igarassu, Marcelo Oliveira. De acordo com Oliveira, o município tem trabalhado para integrar os refugiados na sociedade e conseguir empregos. “Infelizmente temos no Brasil uma situação complicada de empregos, mas estamos conseguindo resultados”, complementa. 

Por enquanto, não há relatos de aversão de pernambucanos a venezuelanos. “Estamos tranquilos com a comunidade local, há uma receptividade muito boa e uma preocupação das famílias do entorno em ajudar. Inclusive, a primeira pessoa que começou a trabalhar foi encaminhada por um vizinho daqui”, revela Alberes Mendonça, gestor da ong Aldeias Infantis SOS, que recebe os refugiados em Pernambuco.

O planejamento era que os imigrantes ficassem apenas três meses no local. Com a dificuldade de assinarem a carteira de trabalho, é possível que o prazo se estenda. “Já estamos no nosso limite”, diz o secretário Marcelo Oliveira. Apesar disso, a crise migratória perdura. "Acho que toda e qualquer empresa, privada ou governamental, pode ajudar. Temos entrado em contato com o Governo do Estado para tentar fazer um levantamento de vagas. De maneira geral, são pessoas que têm curso técnico e superior. A vontade deles de se estabelecer aqui no Brasil e tocar suas vidas faz com que aceitem qualquer emprego. Eles estão dispostos", reforça Alberes Mendonça. 

Pernambuco terminou 2017 com uma taxa de 17,6% de desempregados, o equivalente a 723 mil pessoas. É a segunda maior taxa do país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O estado ficou atrás apenas do Amapá, com 17,7%.

O marceneiro Juan Carlos Vilar Varela mostra onde mora. A casa é compartilhada por duas famílias. Há, na entrada, uma sala de uso comum com uma tv que chuviscava. Subindo as escadas, dois quartos e o banheiro. Tanto na fachada quanto na porta de cada quarto, há o nome do refugiado escrito na folha de um papel. Na cama que Juan divide com Yolimar, uma carteira amassada de cigarro. Eles não podem fumar nem ingerir bebida alcoólica dentro da ong. 

“Eu saí da Venezuela pesando 54 quilos”, diz o marceneiro, que agora está com 73 kg. Apesar da melhora, Juan e a esposa sabem que o Brasil enfrenta crises e tem problemas graves como a violência. Yolimar já visualizou facetas negativas do povo brasileiro. Ela lembra: “Fomos a uma missa. Um homem na entrada da igreja disse ‘venezuelanos não’. Em uma padaria, não podíamos sentar nas cadeiras, disseram que era para exclusivos, imaginei que significasse que era apenas para brasileiros”. Apesar disso, ela conclui resiliente: “O que vivemos no Brasil não se compara. A Venezuela acabou, está em ruínas”.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez nesta terça-feira (28) um chamado para que pessoas que fugiram para outros países por causa da crise voltem para suas casas.

Segundo o mandatário, os migrantes venezuelanos viraram vítimas da "escravidão", da "perseguição" e do "desprezo" a que são submetidos nos "países de direita". "Deixem de lavar privadas no exterior e venham viver na pátria e amar a Venezuela", disse.

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As declarações foram dadas durante uma cerimônia no Palácio de Miraflores, em Caracas, por ocasião do retorno de 89 pessoas que haviam fugido para o Peru. A iniciativa faz parte do "Plano Volta à Pátria", que é patrocinado pelo governo.

Maduro ainda afirmou que muitos venezuelanos escutaram o "canto da sereia para viver no meio da guerra econômica" e só conseguiram "racismo, desprezo e perseguição". "Aqui nunca houve campanha xenófoba. Aqui não perseguimos colombianos nas ruas, como fazem as oligarquias colombianas e de Lima", acrescentou.

Desde 2015, mais de 1,6 milhão de venezuelanos fugiram para países da região, como Colômbia, Equador, Peru e Brasil, gerando a mais grave crise humanitária deste século na América do Sul. A situação já é comparada pelas Nações Unidas à emergência migratória no Mediterrâneo.

Da Ansa

Uma paquistanesa de 25 anos residente em Brescia, no norte da Itália, foi assassinada em seu país, supostamente pelo pai e pelo irmão, porque queria se casar com um rapaz italiano.

Segundo o diário "Giornale di Brescia", Sana Cheema teria sido degolada pela própria família durante uma viagem para sua cidade de origem, Gujrat, no Paquistão setentrional. Ela vivia em Brescia desde criança e tinha cidadania italiana. Ainda de acordo com o jornal, os dois supostos autores do homicídio foram presos pela polícia paquistanesa.

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"Pobre garota, degolada pelo pai e pelo irmão porque queria simplesmente ser livre. Quanta tristeza, quanta raiva. A Itália não pode dar nenhum espaço para quem traz essa 'cultura'", afirmou o líder ultranacionalista Matteo Salvini, possível futuro primeiro-ministro do país.

Da Ansa

Paula já havia sido acusada de xenofobia nas redes sociais e agora a sister está sendo acusada mais uma vez, após, supostamente, ter surgido com uma solução para a guerra na Síria.

A tragédia, que já dura sete anos, acontece por causa do ditador e presidente Bashar al-Assad. Então, durante uma conversa de Ana Clara e Kaysar sobre a situação, Paula não poupou palavras, afinal, segundo ela, o país de origem do garçom não sairá dessa situação se a população não se manifestar contra as atitudes de seu governo. Kaysar, contudo, defendeu seu povo ao dizer que tem consciência disso, porém alegou sentir medo:

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- Se todo mundo tiver esse seu medo, vocês vão ficar presos o resto da vida. O país não vai andar, garantiu Paula.

- Não. Na Síria, Paulinha, se você abre a sua boca, vai preso 30 anos.

Mas o papo entre os dois não parou por aí, não. A empresária fez questão de reafirmar sua posição:

- Aí o governo faz o que quer e deixa a população com medo?

- Não é assim, não é assim, Kaysar se defendeu

- A população tem que reagir, reafirmou.

Enquanto isso, os internautas não perdoaram a colocação de Paula e dispararam:

Nossa, Paula! Parabéns! Acabou de solucionar a guerra na Síria, é só eles se rebelarem contra o governo DITADOR, como os sírios não pensaram nisso antes?

Credo gente, a Paula é muito sem noção. Kaysar falando sobre os motivos da Guerra, mas que não gosta de falar por medo. Ela vem e diz Se todo mundo tiver seu medo não conseguem nada. Meu Deus, as pessoas na Síria estão levando bomba química na cabeça e ela fala isso.

Quando deu Plantão Globo eu pensei que era pra anunciar finalmente a paz na Síria já que a Paula sugeriu pra toda a população se juntar pra acabar com a Guerra. Mas infelizmente era o Donald Trump causando mais guerra.

A conta oficial do Kaysar, posicionou-se perante a situação, explicando:

Sobre o comentário da Paula, de que o povo deveria reagir e tudo. Não vou detonar aqui nem nada. Só pra entenderem mesmo. Lá é uma guerra civil (entre outros detalhes do conflito). Então na verdade já é o povo reagindo de uma forma. É bem complexo, mas só pra vocês terem noção.

Porém, essa não foi a única polêmica de Paula. Na manhã desta segunda-feira, dia 16, a sister estava numa conversa com Gleici quando fez alguns comentários sobre a Família Lima:

- A partir do momento que alguém entrou com mais uma pessoa aqui, alguém entrou com um reforço a mais aqui dentro, na minha opinião de jogador.

E completou:

- Só que, como eu chego e voto na família depois da Ana fazer uma prova daquela ali. Aí é um conflito interno do que eu acho que eu deveria fazer, com o respeito que eu tenho com a pessoa que eu gosto passou ali na prova.

E ai, o que você achou?

Sensação da internet, com o hit 'Envolvimento', o trio formado pelas pernambucanas MC Loma e as Gêmeas Lacração estão no centro de uma polêmica. No último vídeo clipe 'Passinho do Japonês', lançado na última sexta-feira (16), as garotas aparecem com trajes típicos asiáticos, fazem gestos do cumprimento japonês e esticam os olhos para imitar os traços orientais.

No entanto, internautas acusam o vídeo de ofender os orientais, xenofobia e racismo. "Além da música ser uma m@$&*, ofende indiretamente os japoneses, puxando os olhos em uma maneira estúpida de imitar suas características. Mc Loma caiu no meu conceito, e olha que ela já estava no fundo do poço", comentou um seguidor.

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O canal no Youtube 'Os Gais', formado por quatro amigos nipo-brasileiros, produziram um vídeo criticando a produção do trio. "Sempre tem que ter a piada dos olhos puxados. Para vocês que não sabem, puxar o olho não é engraçado", apontaram.

O youtuber Felipe Neto também se posicionou sobre a confusão e, mesmo usando bom-humor, não poupou o vídeo de críticas, que foram apoiadas pelos seguidores da página. “No meu ponto de vista foram 2 minutos e 45 segundos de racismo, e ignorância.... O tempo todo que ela desperdiçou a gravar esse vídeo deveria ter sido usado para um melhor propósito, como aprender sobre a cultura japonesa", escreveu uma internauta. O vídeo do 'Passinho do Japonês' já está em quase oito milhões de visualizações e é uma produção da Start Music, responsável por gerenciar a carreira de MC Loma e As Gêmeas Lacração.

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O paraguaio Angél Romero, atacante do Corinthians, está tendo que lidar com a repercussão negativa da crítica que fez ao time do Santos, após o clássico ocorrido no último domingo. Logo após o encerramento da partida o atacante comentou: “O cara me deu uma porrada mas está tudo bem, é parte do jogo, olha como estão comemorando. É time pequeno’.

Imediatamente as palavras do atacante repercutiram nas redes sociais e nos programas esportivos.

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Hoje pela manhã, o jogador convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o ocorrido. Ao contrário do que se esperava, Angél Romero desabafou o que segundo ele estava guardado há quatro anos: “Eu, supostamente, ofendi a um clube, o Santos. E vocês, na maioria, insultam um país, que é diferente. Uma nação. E não é de agora. Faz quatro anos que estou aqui e sinto que não só aqui no Corinthians se vê essa situação. Não só com Kazim, Balbuena e Romero. Mas com os estrangeiros que vêm jogar no Brasil”

As declarações foram apoiadas pelo compatriota e também jogador do Corinthians, Fabian Balbuena: "Eu fico muito chateado e me solidarizo com meu compatriota Romero quando dizem a respeito de nosso país dessa forma como mostra no vídeo. Venho falar que esse tipo de opinião não contribui em nada, pelo contrário, infla todo um desrespeito principalmente com nossa família, nosso país e nosso trabalho", escreveu Balbuena.

No Instagram, Balbuena também divulgou um vídeo do programa Estádio 97 em que integrantes do programa criticavam a declaração de Romero: Ele [Romero] saiu de um país que é praticamente uma aldeia indígena onde ele morava. Eles movimentam a economia através de tráfico de drogas, de contrabando de arma, produtos ilegais. Aí você vai lembrar da seleção paraguaia? O que ela fez para o futebol mundial? O Romero tem uma essência pequena, vem de um país pequeno, de uma seleção medíocre", disse o comentarista Marcão, do 'Estádio 97'. Em seguida, outro integrante do programa disse que o Paraguai é lembrado pela Larissa Riquelme.

Um jovem italiano de cabeça raspada e ligação com a ultradireita foi detido neste sábado em Macerata, centro da Itália, após um tiroteio contra estrangeiros que deixou seis feridos.

O homem, que atirou de dentro do carro, foi preso sem oferecer resistência, segundo imagens divulgadas pela TV.

"Há seis feridos, todos estrangeiros", informou o prefeito Romano Carancini após o tiroteio desta manhã, que gerou pânico no centro da cidade, de 43 mil habitantes.

A polícia também falou em feridos estrangeiros, um dos quais teve que ser operado. A imprensa italiana citava "pessoas de cor".

O suspeito, identificado pela imprensa como Luca Traini, 28, era interrogado pela polícia horas depois. Ele foi preso sem oferecer resistência, na escadaria do monumento aos mortos da cidade, segundo imagens de TV.

Após parar seu carro em frente ao monumento, tirou o casaco, enrolou a bandeira italiana ao redor do pescoço, fez a saudação fascista e gritou "Viva a Itália!", informou a imprensa local, citando testemunhas.

A polícia encontrou uma arma no carro do suspeito, que, segundo a imprensa, admitiu os fatos. Ele abriu fogo em oito pontos diferentes da cidade, e o escritório do Partido Democrata (centro-esquerda, no poder) teria sido um dos alvos.

Candidato da Liga Norte

Luca Traini foi candidato da Liga do Norte, partido de ultradireita antimigração e antieuropeu, nas eleições administrativas em uma localidade da região em 2017.

"Alguém que atira é um criminoso, não importando a cor de sua pele", reagiu o responsável da Liga Norte, Matteo Salvini, que faz campanha eleitoral para as legislativas de 4 de março, antes de denunciar a "invasão migratória" na Itália.

"O ódio e a violência não irão nos separar", declarou o chefe de governo italiano, Paolo Gentiloni.

Nenhuma ligação foi estabelecida pela polícia entre este tiroteio e uma notícia amplamente coberta há dois dias pela imprensa nacional.

Um traficante de drogas nigeriano de 29 anos, candidato ao asilo, foi preso na mesma cidade de Macerata por suspeita de assassinato de uma italiana de 18 anos cujo corpo foi encontrado na quarta-feira cortado em pedaços em várias malas.

A polícia encontrou nesta sexta-feira, na casa do nigeriano, roupas da vítima e uma faca com traços de sangue.

A jovem assassinada, Pamela Mastropietro, havia escapado segunda-feira de um centro de desintoxicação localizado em Corridonia, localidade onde o suspeito do tiroteio disputou eleições.

"Ele estava apaixonado por uma jovem romana com problemas de toxicomania", afirmou ao jornal "La Repubblica" uma colaboradora da Liga Norte de Macerata, sem poder afirmar se se tratava de Pamela.

Pessoas ligadas à jovem e ouvidas por uma TV italiana descartaram que ela conhecesse Traini.

Um imigrante, solicitante de asilo na Itália, foi agredido e espancado por dois jovens de 17 anos em Acqui Terme, município de Piemonte. Além das agressões, a dupla ainda publicou um vídeo do crime no Facebook.

Levado ao hospital, o imigrante foi diagnosticado com traumatismo craniano. De acordo com a polícia, a agressão ocorreu no último dia 8 de agosto, mas, somente ontem (30), as autoridades descobriram um vídeo que circulava nas redes sociais.

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O crime ocorreu no Palazzo Levi, enquanto o imigrante observava obras arqueológicas romanas. Os dois jovens se aproximaram e começaram a ofender verbalmente a vítima, até iniciarem uma briga.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu neste domingo (27) o "perdão" a Joe Arpaio, o polêmico ex-xerife do Arizona que foi condenado por perseguição contra latinos em seu estado.

A decisão tem causado polêmica no país. Diversas entidades de direitos civis lançaram campanhas pedindo a manutenção da condenação de Arpaio. Outros, por sua vez, temem que a medida sirva de exemplo, principalmente pelo perdão ser para alguém considerado "racista".

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"Perdoar Joe Arpaio é um tapa na cara das pessoas do condado de Maricopa, especialmente da comunidade latina, e dos que foram vítimas da violação sistemática dos direitos civis", disse em comunicado o prefeito de Phoenix, o democrata Greg Stanton.

"O xerife Arpaio aterrorizou famílias latinas pela cor de sua pele. Um juiz federal lhe ordenou que parasse e ele se negou", acrescentou.

Por sua vez, o senador republicano pelo Arizona Jeff Flake, também fez dura crítica à decisão de Trump. "Eu gostaria que o presidente honrasse o procedimento judicial e o deixasse seguir seu rumo", escreveu no Twitter.

Já o também republicano, o senador John McCain, publicou um comunicado dizendo que o perdão "enfraquece suas afirmações sobre o respeito ao império da lei, já que o senhor Arpaio não demonstrou arrependimento por suas ações".

Em nota, Trump não mencionou que Arpaio é inocente, mas elogiou a trajetória do xerife. "A vida e a carreira de Arpaio, que começou aos 18 anos quando se alistou no Exército após o início da Guerra da Coreia, exemplificam o serviço público altruísta", disse Trump.

"Ao longo de seu tempo como xerife, Arpaio continuou sua vida de proteger o público dos flagelos do crime e da imigração ilegal", acrescentou o chefe de Estado, em comunicado.

Na última quarta-feira (23), durante um comício de campanha realizado em Phoenix, Trump deixou claro que daria o "perdão" para o ex-xerife, mas não aproveitou para fazer na ocasião porque não quis causar "controvérsias".

Este foi o primeiro perdão presidencial do magnata. Arpaio foi condenado no último mês por um juiz federal por não respeitar uma ordem judicial, emitida por outro magistrado, de parar de perseguir os imigrantes ilegais, especialmente, latinos. Além de organizar grupos ilegais, ele ainda foi condenado por perseguir pessoas que trabalhavam com ele e tinham opinião diferente sobre os procedimentos legais durante os 24 anos que ficou no comando policial da cidade.

No Twitter, o ex-xerife agradeceu o indulto e aproveitou para deixar claro o que pensa da Justiça. "Obrigado Donald Trump por ver minha condenação como o que realmente é: uma caça às bruxas políticas das sobras de Obama no Departamento de Justiça", escreveu.

Oito anos após um episódio de discriminação, a justiça do Rio Grande do Norte determinou que um estrangeiro seja indenizado por uma boate após ter sido barrado por sua nacionalidade. O italiano Marco Soffiati alegou ter sido impedido de entrar no Decky Bar, cujos funcionários teriam justificado que a prática era "norma da casa" em razão de que estrangeiros eram "envolvidos com prostituição".

O caso aconteceu em setembro de 2009 e na época, Soffiati pedia uma indenização por danos morais no valor de R$ 1 mil. Depois de tantos anos, o Deck Bar, localizado na praia de Ponta Negra, em Natal, terá que pagar R$ 5 mil ao estrangeiro, que de acordo com seu Facebook, reside na capital potiguar.

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Boate desmentiu discriminação - Em sua defesa, o Decky Bar justificou o ocorrido relatando que Soffiati chegou ao bar por volta de uma hora da manhã, quando o estabelecimento estava encerrando suas atividades e este foi o motivo da negativa. Alegou que a versão levantada pelo italiano é uma dedução errônea dos fatos e que os estrangeiros representam maioria de seus clientes e são bem recepcionados.

Com informações do TJRN

 

Um refugiado da Síria foi atacado verbalmente por brasileiros em Copacabana, Rio de Janeiro. Morador do Brasil há quase três anos, Mohamed Ali, 33, vendia esfirras quando um indivíduo com dois pedaços de madeira nas mãos começa a gritar repetidamente "Sai do meu país!" e "Vamos expulsar eles!". 

A agressão foi filmada e divulgada nas redes sociais, na terça-feira (1). "Estou vendo o país ser invadido por homens-bombas que mataram, esquartejaram crianças, adolescentes. São miseráveis!", grita o sujeito que atacava Mohamed, no momento de aparente histeria. Ele pergunta, ainda, onde está o prefeito Marcelo Crivella para lidar com a situação. 

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Em seguida, o agressor começa a esbravejar o canto "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Outros comerciantes, que também se voltaram contra o sírio, derrubam a mercadoria de Mohamed no chão. Quando ele pergunta o motivo, escuta mais gritos de "Sai do meu país".

Na publicação do Facebook onde o vídeo foi divulgado, a vítima se pronunciou sobre o ocorrido. "Não sou terrorista, se eu fosse, não estaria aqui, estaria lá lutando como eles fazem", diz Mohamed, afirmando que ele e todos os seus amigos refugiados estão trabalhando arduamente. "Espero que não aconteça isso com mais ninguém, de nenhuma nacionalidade, credo.", finaliza o comentário. Ele não prestou queixa à polícia sobre o ocorrido. 

Na internet, ele recebeu o apoio de diversos internautas. Usuários comentaram que fazem questão de ajudá-lo e repreenderam atitudes xenofóbicas e fascistas. Na manhã desta sexta-feira (4), Mohamed fez um post, comentando que, mesmo após o ocorrido, ainda considera os brasileiros muito amáveis.,

Veja o vídeo e a publicação de Mohamed:

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"Quero matar todos os muçulmanos!", gritou um homem de 48 anos ao dirigir sua van contra fiéis que deixavam a mesquita de Finsbury Park, no nordeste de Londres, na madrugada desta segunda-feira, segundo testemunhas.

A multidão deixava a mesquita pouco depois da meia-noite neste mês do Ramadã, quando muitos fiéis se reúnem para rezar à noite depois da ruptura do jejum, quando a van branca atropelou um grupo de pessoas que tentavam ajudar um outro que havia desmaiado. "A van de repente virou à esquerda e deliberadamente atingiu as pessoas", contou Abdiqadir Warra à AFP. "Ele subiu na calçada e passou por cima das pessoas. Arrastou algumas por vários metros", acrescentou. "Um deles acabou sob a van e várias pessoas se reuniram para levantar o veículo para tirar o homem que estava em baixo", relatou.

De acordo com Khalid Amin, outra testemunha entrevistada pela BBC, o agressor gritou: "Todos os muçulmanos, quero matar todos os muçulmanos."

'Os terroristas não têm cor'

Os transeuntes conseguiram imobilizar o motorista que tentou fugir. "As pessoas o cercaram" até a chegada da polícia que o prendeu, de acordo com Amin.

Segundo a polícia, o homem tem 48 anos e agiu sozinho. Ele foi levado para um hospital para passar por uma avaliação psicológica. "As pessoas gritavam: 'foi um ataque terrorista, este homem nos atacou'", declarou outra testemunha chamada Athman. "Eu, então, voltei para tentar ajudar as pessoas, dar-lhes água, ajudar a polícia". De acordo com ele, o autor do ataque fazia "sinais de vitória na viatura da polícia, ele estava muito feliz".

Enquanto a tensão e a ansiedade seguem palpáveis nas últimas semanas entre os muçulmanos britânicos após três ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico desde 22 de março, Athman enfatiza: "Ele escolheu o momento, escolheu o lugar e escolheu o alvo. Este é o mês sagrado do Ramadã".

"As pessoas não se sentem seguras porque desde os ataques terroristas em Londres e Manchester, houve um aumento da islamofobia e crimes de ódio", disse o presidente da mesquita de Finsbury Park, Mohammed Kozbar. "Nossa comunidade está em choque", disse ele, condenando o "ataque terrorista hediondo" e chamando os fiéis que frequentam as orações para ser vigilantes.

Alguns criticaram a lentidão da polícia para descrever o ataque de terrorista, considerando haver dois pesos e duas medidas. Para Adnan Rashid, "os terroristas não têm cor, eles não têm religião, eles não pertencem a nenhuma comunidade". "Eles têm uma mentalidade de que matar pessoas, é tão simples como isso", disse à AFP.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) vai apurar preconceito da vereadora Eleonora Broilo (PMDB) contra nordestinos. O órgão oficiou a Câmara de Vereadores de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, solicitando uma cópia da ata da sessão da última segunda-feira (22), na qual a peemedebista afirmou que “nordestinos não sabem falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha”. 

A OAB informou, por meio de nota, que após ter a ata em mãos poderá adotar providências a respeito do caso. A Câmara do Recife também aprovou, na quarta-feira (24), um requerimento de autoria do vereador Romero Albuquerque (PP) que pedia voto de repúdio à vereadora gaúcha Eleanora Broilo.

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Romero Albuquerque levou o assunto à tribuna da Casa de José Mariano, onde caracterizou as palavras de Eleanora Broilo como “discurso de ódio.” “Eu solicito esse voto de repúdio pedindo à Comissão de Ética do município que abra um processo contra a vereadora, solicitando a cassação de seu mandato para que possamos impedir que discursos como esse aconteçam na nossa sociedade. Também solicitei aos vereadores do PMDB que enviem um ofício ao presidente do partido para que expulse essa vereadora", afirmou Romero. 

Na última segunda-feira (22), em sessão pública na Câmara, a vereadora gaúcha disparou comentários contra os nordestinos. "Primeiro, em relação a nordestino saber fazer política, não sei se concordo muito. Eu acho que eles sabem se unir para roubar. Sabem se unir para ganhar propina e aumentar a corrupção. Talvez até eles não saibam falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha", declarou Eleonora. 

Após a fala da vereadora repercutir negativamente nas redes sociais, na manhã da terça-feira (23), Eleonora se pronunciou por meio de uma nota divulgada no seu Facebook. Ela explicou que foi mal interpretada e se referia à classe política e não aos nordestinos como um todo. 

"A minha fala está descontextualizada do que realmente era objeto de discussão pelo Plenário. Na ocasião, em momento anterior à minha manifestação, um colega da bancada da situação teceu críticas aos políticos gaúchos.

Outro vereador do Recife, Renato Antunes (PSC), também criticou a retratação feita por Eleanora Broilo após a repercussão de seu pronunciamento. “Ela mencionou que o povo nordestino merece respeito – mas por seu sofrimento. Aquela terra bonita não merece uma representante como essa. Ela tocou num povo que é, sim, sofredor, mas é vitorioso, e do qual eu me orgulho muito." 

Uma escola de uma cidade da Itália decidiu realizar um experimento para testar a humanidade e a fraternidade dos seus alunos em relação aos seus colegas estrangeiros que emocionou todo o país. Nesta segunda-feira, dia 6, uma falsa circular foi lida aos estudantes do ensino fundamental II do colégio Pertini de Vercelli, no Piemonte, na qual afirmava "que a partir de hoje, os alunos com um ou ambos pais estrangeiros, continuarão as aulas em uma sala separada".

O comunicado também dizia que esses estudantes especificamente deveriam fazer duas provas a mais que o resto dos colegas para provarem que têm domínio da língua e da cultura italiana. Indignados com a notícia, em pouco tempo, os alunos começaram a se organizar, propondo descer para o pátio da escola para realizar uma greve contra a medida, perguntar a estudantes de outros colégios da região se o mesmo também estava acontecendo com eles e até escrever e enviar uma carta ao Ministério da Educação condenando a exigência.

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A ideia do experimento foi tomada pelas professoras Patrizia Pomati e Carolina Vergerio do instituto para sensibilizar os estudantes e lembrá-los do Dia da Memória, que acontece em 27 de janeiro, e do Dia Europeu dos Justos, que é celebrado todos os anos no dia 6 de março.

Para evitar um pânico e mal-estar desnecessários e cruéis, os alunos estrangeiros, ou cujos pais não nasceram na Itália, foram avisados do experimento com antecedência e apenas fingiram estar surpresos com a circular nesta segunda. "O experimento deu super certo. Nós esperávamos obviamente uma reação, mas não do nível da que aconteceu. Talvez se houvesse uma reação assim forte lá fora as coisas mudariam completamente", disse a diretora do instituto, Ferdinanda Chiarello.

Após o fim da iniciativa, aplaudida por uns e criticada por outros, os alunos, estrangeiros ou não, escreveram quais foram as emoções que tiveram ao saber da circular ou a ver a reação dos colegas sobre isso. "Eu me senti uma porcaria porque não acredito que sou superior aos meus colegas", disse um dos estudantes.

O estudante recifense Iran Barbosa da Silva, de 24 anos, foi espancado após sair de uma festa na madrugada desta terça-feira (28), na cidade de Covilhã, em Portugal. Em seu relato, Iran contou que dois portugueses o atacaram com fortes golpes principalmente no rosto, apenas por ele ser brasileiro. 

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o estudante contou que estava a caminho de casa sozinho e quando entrou em uma rua escura foi surpreendido pelos dois homens. "Eu pensei que eram dois conhecidos, mas simplesmente começaram a me bater sem nenhum motivo", disse Iran. Para ele, a agressão foi motivada por racismo e xenofobia. 

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Ao relembrar os momentos de violência que sofreu, o brasileiro conta que reconheceu o sotaque português dos homens. Iran explica que os agressores falavam: "Toma, zuca. Isso é o que mereces". O termo 'zuca' é a abrevaição de 'brazuca', como os brasileiros são chamadas em Portugal. 

"Eles me deram socos e chutes até eu perder o equilíbrio e caí no chão. Depois disso, eles saíram andando e foram embora como se nada tivesse acontecido. Parecia que só queriam descarregar a raiva", lamentou o estudante, que mora em Portugal desde 2015.

Assustado com a violência gratuita que sofreu, Iran recebeu ajuda de um amigo do Cabo-Verde que o levou para casa de carro. "Meus amigos me ajudaram e fizeram curativos nos meus machucados porque eu estava sangrando muito", disse. 

Nas redes sociais, Micheline Noêmia, mãe de Iran, lamentou o ocorrido e acusou os portugueses de xenofobia e racismo. "O atacaram simplesmente por sua cor de pele, cabelo cacheado amarrado, usar brincos. É incrível como nos dias de hoje ainda estamos sofrendo desse mal que as pessoas sejam tão cegas e tragam tanta amargura em seus corações, quanta intolerância", postou. 

Em 2009, um estudo publicado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês) indicou que 44% dos 64 mil brasileiros que residem legalmente em Portugal já teriam sofrido algum tipo de discriminação. Na época, a pesquisa apontou que 74% dos brasileiros consideram alto o nível de discriminação e racismo em Portugal.

O estudante ainda não prestou queixa formalmente após o ocorrido. Do Recife, os familiares de Iran já se organizam para buscar ajuda e querem punição para os agressores. "Estamos enfretando dificuldade por conta do feriado de Carnaval, mas vamos entrar em contato com o Consulado de Portugal para ter algum apoio", informou o Pedro Josephi, primo da vítima. 

A Alemanha registrou em 2016 quase 3.500 ataques contra refugiados e demandantes de asilo, uma média de quase 10 por dia, informou o ministério do Interior.

Os ataques deixaram 560 feridos, incluindo 43 crianças, respondeu o ministério a um questionamento parlamentar, ao qual a AFP teve acesso neste domingo.

O governo "condena com firmeza" a violência e afirma que "as pessoas que fogem de seu país e pedem proteção na Alemanha têm direito a esperar um refúgio seguro".

De acordo com dados da polícia, 2.545 ataques foram dirigidos contra refugiados. Tami, aconteceram ataques contra 988 estruturas de recepção de refugiados e demandantes de asilo, incluindo incêndios provocados, um número um pouco inferior ao de 2015.

Naquele ano, em plena crise de refugiados na Europa, A Alemanha recebeu 890.000 demandantes de asilo, uma onda de chegadas que pressionou o governo da chanceler Angela Merkel e provocou o avanço do partido xenófobo AfD.

Em 2016, o fluxo de chegadas caiu para 280.000 pessoas, sobretudo pelo fechamento da chamada "rota dos Balcãs" e pelo polêmico acordo de recepção de refugiados entre a UE e Turquia.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos informou neste domingo que seguirá aplicando o decreto anti-imigração do presidente Donald Trump, mas que também acatará as decisões judiciais que o bloquearam parcialmente.

"A ordem executiva do presidente segue de pé. As viagens proibidas continuarão proibidas e o governo dos Estados Unidos se reserva o direito a revogar os vistos a qualquer momento, se necessário, por segurança nacional ou pública", afirma o Departamento em um comunicado.

"A ordem executiva do presidente afeta uma pequena parcela dos viajantes internacionais e é um primeiro passo para o restabelecimento do controle das fronteiras americanas e da segurança nacional", completa a nota oficial.

O Departamento de Segurança Interna também informou que "acatará as decisões judiciais", o que se presume inclui a sentença de uma juíza federal que ordena às autoridades que não deportem os refugiados e outros viajantes detidos nas fronteiras americanas.

A juíza federal Ann Donnelly escreveu em sua decisão de sábado à noite que devolver estas pessoas a seus países de origem as expõe a "danos substanciais e irreparáveis".

O decreto assinado por Trump na sexta-feira suspende a entrada de refugiados por pelo menos 120 dias e proíbe a entrada no país de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, enquanto os critérios de concessão de vistos são revisados.

Outra juíza federal da Virginia também publicou uma ordem temporária que impede por sete dias que as autoridades migratórias deportem residentes permanentes em situação legal detidos no aeroporto de Dulles, perto de Washington.

O governo argentino iniciou hoje (27) uma nova política de controles imigratórios, os quais devem dificultar principalmente o ingresso de cidadãos da Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia. A ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri, Patricia Bullrich, já tinha anunciado durante a semana que seriam adotadas medidas extras nas fronteiras, ressaltando que o endurecimento recairia contra cidadãos desses quatro países para combater crimes como tráfico de drogas e contrabando.

Declarações de Bullrich e de Mari sobre imigrantes latino-americanos desataram críticas na Argentina e no exterior por discriminação e xenofobia, além de provocarem um mal-estar diplomático com a Bolívia.

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O presidente boliviano, Evo Morales, convocou ontem o embaixador argentino em La Paz para exigir explicações sobre as intenções de Macri em endurecer as leis imigratórias. Funcionários do gabinete de Morales, como o ministro do Governo, Carlos Romero, e o cônsul em Buenos Aires, Jorge Tapia Sainz, chegaram a comparar Macri ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por comentários que "generalizam" os imigrantes, sem apresentar "estatísticas oficiais".

"Devemos rejeitar esse tipo de estigmatização contra nossos cidadãos que coincide com o discurso xenofóbico de Trump, de aparência conservadora e de sentimentos patriotas", disse Romero.

O novo decreto que regulamenta as medidas de imigração na Argentina será publicado na semana que vem. Ele também deve criar um mecanismo para expulsar de maneira mais rápida pessoas que cometam crimes na Argentina.

As primeiras operações desta nova política imigratória ocorreram hoje no terminal de ônibus de Liniers, no extremo oeste da capital argentina, onde desembarcam milhares de pessoas, a maioria proveniente da Bolívia, Paraguai e Peru e de baixa-renda. Agentes federais e do sistema imigratório fizeram controles de passaportes, buscaram antecedentes criminais dos passageiros na base de dados da Interpol e revistaram as bagagens. 

Um homem ficou ferido nessa segunda-feira (12) em um trem em Londres, depois de sofrer um ataque a faca, enquanto ouvia ameaças dirigidas a muçulmanos - informaram a Polícia e a imprensa local.

A vítima, um homem de cerca de 40 anos, ficou "gravemente ferida" e foi transportada para um hospital, de acordo com o porta-voz da Polícia Britânica do Transporte (BTP, em inglês). Segundo nota divulgada pela mesma fonte, sua vida não corre perigo. O ataque ocorreu quando o trem estava na estação de Forest Hill, no sul de Londres, comentou o porta-voz.

"A investigação está em andamento", afirmou, acrescentando que o autor da agressão, de 38 anos, foi detido. O comunicado não confirma se o agressor proferiu ameaças no momento do ataque, nem especifica o tipo de arma usada.

De acordo com a agência britânica de notícias PA, Miguel Oliveira, que testemunhou a cena, disse ter ouvido o autor do ataque proferir ameaças contra os muçulmanos. "Caminhava na minha direção gritando 'morte aos muçulmanos' e 'voltem para a Síria'", relatou Oliveira.

Outra testemunha, Shellby Curry, contou à PA ter visto um homem "apresentar uma coisa que parecia uma faca".

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