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A companhia aérea americana Delta cancelou nesta segunda-feira (9) todos os seus voos para Israel até o fim do mês, após a ofensiva militar do Hamas.

"Enquanto acompanhamos os acontecimentos naquela região, tomamos a difícil decisão de cancelar nossos voos para Tel Aviv até 31 de outubro de 2023", informou a Delta, ressaltando que suas equipes buscam "encontrar alternativas seguras para os clientes que tentam deixar" a cidade israelense.

Após a ofensiva militar do Hamas, seguida de ataques israelenses à Faixa de Gaza, várias companhias aéreas, entre elas United, American Airlines, KLM-Air France e Lufthansa, suspenderam suas conexões no aeroporto internacional de Tel Aviv. Já a israelense El Al decidiu ontem manter seus voos regulares.

Os roteiristas de Hollywood votaram majoritariamente a favor do novo contrato que conseguiram com os estúdios, informou o sindicato nesta segunda-feira (9), colocando fim a uma das mais longas greves da indústria.

"Noventa e nove por cento dos membros do WGA (Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos) votaram a favor de ratificar" o contrato, o que os permite retornar ao trabalho com melhores condições, disse a associação nas redes sociais.

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A aprovação pela maior parte do sindicato que reúne cerca de 11.500 membros era dada quase como certa.

No mês passado, depois de 148 dias em greve, os negociadores do WGA chegaram a um acordo com gigantes do audiovisual como Netflix e Disney, e obtiveram melhores salários e maiores proteções diante do uso da inteligência artificial (IA), entre outras mudanças.

A maioria dos roteiristas voltou a trabalhar há quase duas semanas, após o anúncio do acordo.

No entanto, as produtoras de cinema e televisão de Hollywood ainda não retornaram plenamente a suas atividades, já que o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA), que representa cerca de 160 mil artistas, segue paralisado também por um embate contratual.

As conversações entre os estúdios e o SAG-AFTRA, que entrou em greve em julho, começaram na semana passada e devem ser retomadas nesta segunda-feira.

As exigências dos atores sobre salários e limitações com relação à IA são mais profundas que as dos roteiristas.

A Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que representou os maiores estúdios do setor nas negociações com o WGA, elogiou o resultado da votação dos roteiristas.

"As empresas da AMPTP parabenizam a WGA pela ratificação de seu novo contrato, que representa importantes benefícios e proteções para os roteiristas”, disse o grupo em um comunicado.

"É um avanço importante para nossa indústria que os roteiristas voltem ao trabalho."

O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no mundo poderá aumentar 50% e chegar a quase 10 milhões até 2050 se ações de monitoramento e prevenção não forem aprimoradas, alerta um estudo feito pela Organização Mundial do AVC e publicado nesta segunda-feira, 9, no periódico científico Lancet Neurology.

A estimativa prevê que o número de vítimas da condição poderá passar dos 6,6 milhões registrados em 2020 para 9,7 milhões em 2050, com um aumento superior em países de renda baixa e média, grupo do qual o Brasil faz parte. Os dados de 2020 indicam que 86% dos óbitos daquele ano ocorreram nos países mais pobres. Em três décadas, esse porcentual deverá chegar a 91%, dizem os pesquisadores, e as mortes ficarão ainda mais concentradas nessas nações.

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De acordo com a projeção, o cenário também levaria a um aumento de mais de 100% nos custos diretos e indiretos do AVC. Estima-se que os gastos com tratamento e reabilitação, somados às perdas de renda causadas pelas pessoas mortas e com sequelas, passe de U$ 891 bilhões (R$ 4,5 trilhões) para U$ 2,3 trilhões (R$ 11,8 trilhões) entre 2020 e 2050.

Os pesquisadores ressaltam que o AVC, que já é a segunda causa de morte no mundo, vem aumentando "de forma alarmante" entre pessoas jovens e de meia-idade (abaixo dos 55 anos). Os cientistas também ressaltam que o problema é ainda a terceira causa de incapacidade e uma das principais causas de demência.

De acordo com o estudo, entre as principais explicações para o aumento de mortes por AVC, em especial nos países de renda média e baixa, estão o alto número de casos de hipertensão arterial não diagnosticada ou não controlada, dificuldade de acesso a serviços de saúde de qualidade, investimentos insuficientes em prevenção dos fatores de risco, poluição do ar e estilo de vida pouco saudável.

Além disso, a alta prevalência de doenças infecciosas agudas que ainda atingem países mais pobres gera uma sobrecarga no sistema de saúde que dificulta a assistência adequada a pacientes com doenças crônicas que aumentam o risco de um AVC porque o sistema nem sempre consegue dar conta de atender os pacientes com os dois tipos de enfermidades.

Neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Leandro Gama lembra ainda que, em todo o mundo e também no Brasil, o acelerado envelhecimento populacional também aumenta a chance de ocorrência do AVC. "Quanto mais idosa a população, maior o risco. Como a expectativa de vida está aumentando, a gente vê o aumento do número de AVCs", diz o especialista, que ressalta que a idade avançada somada ao aumento de fatores de risco agrava o cenário.

Principais fatores de risco para o AVC

Especialistas explicam que cerca de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são do tipo isquêmico, caracterizado pela obstrução da circulação sanguínea em artérias do cérebro. Os outros 20% são do tipo hemorrágico, quando um vaso sanguíneo se rompe.

Em especial para o AVC isquêmico, há fatores de risco claros que, se controlados, diminuem bastante o risco do problema:

- Pressão alta

- Diabetes

- Colesterol alto

- Obesidade

- Dieta não saudável

- Sedentarismo

- Tabagismo

"A principal formas de reduzir o risco é o controle rigoroso dos fatores, com check up regular para controle da pressão arterial, diabetes; evitar o tabagismo e o sedentarismo, e aí entra a questão da atividade física, que é uma das principais formas de evitar o AVC, tanto a aeróbica quanto a musculação", diz Gama.

No estudo, os especialistas destacam ainda a necessidade de políticas públicas em quatro pilares: monitoramento, prevenção, cuidados de urgência e emergência e reabilitação para os pacientes com sequelas.

No campo da prevenção, além das recomendações para autocuidado e conscientização dos indivíduos sobre fatores de risco, os pesquisadores ressaltam a importância de medidas governamentais para frear o aumento dos fatores de risco. Entre elas, está maior taxação de produtos alimentícios não saudáveis, como sal, álcool, bebidas açucaradas, gorduras trans etc.

"Um dos problemas mais comuns na implementação das recomendações de prevenção e cuidados do AVC é a falta de financiamento. [...] Essa tributação não só reduziria o consumo destes produtos - e, portanto, levaria à redução do AVC e de outras doenças não transmissíveis importantes - mas também geraria uma grande receita suficiente para financiar programas e serviços de prevenção do AVC e de outras doenças graves", afirmou, em nota à imprensa, a Valery L. Feigin, professora da Universidade de Tecnologia de Auckland, Nova Zelândia, e copresidente da comissão autora do estudo.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde disponíveis no portal Datasus, o número de mortes por AVC chegou a 106,9 mil no ano passado, aumento de 6% em relação aos 100,2 mil óbitos registrados dez anos antes, em 2012.

Sinais e sintomas do AVC

De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, os principais sinais e sintomas de um acidente vascular cerebral, que exigem o socorro imediato, são:

- Fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo

- "Boca torta" ao falar

- Confusão mental, alteração da fala ou "fala enrolada"

- Alteração da visão, com embaçamento ou visão dupla, em um ou ambos os olhos

- Alteração súbita do equilíbrio ou da coordenação / tontura ou desequilíbrio para andar

- Dor de cabeça muito forte, súbita, sem histórico de dor anterior

Se identificar os sintomas acima, procure um hospital imediatamente porque a intervenção rápida é fundamental para salvar o paciente e evitar sequelas.

No caso do AVC isquêmico, o mais comum, é feito o tratamento de reperfusão, que, com o uso de medicamentos anticoagulantes ou realização de um cateterismo, pode dissolver o coágulo formado nos vasos cerebrais, normalizando a circulação e evitando a morte de células neuronais. As chances de sucesso, no entanto, são maiores quando a intervenção é feita em até quatro horas após o início do problema.

Moradores e voluntários buscam, nesta segunda-feira (9), sobreviventes soterrados nos escombros após o forte terremoto de magnitude 6,3 que deixou mais de 2.000 mortos no sábado (7), em uma zona rural do oeste do Afeganistão.

Caminhões carregados com alimentos, água e cobertores chegaram em massa às aldeias de difícil acesso localizadas cerca de 30 quilômetros a noroeste da cidade de Herat, a área mais afetada pelo terremoto, ao qual se seguiram oito réplicas.

Os voluntários levaram picaretas e pás, na esperança de encontrar sobreviventes.

"Muitas pessoas vieram de distritos distantes para tirar pessoas dos escombros", disse Khalid, de 32 anos, na aldeia de Kashkak, no distrito rural de Zinda Khan. "Todo mundo está procurando por corpos, embora não saibamos se ainda restam pessoas debaixo dos escombros".

As autoridades locais e nacionais forneceram números contraditórios de mortos e feridos. No domingo, o ministério responsável pela gestão de catástrofes anunciou que este "terremoto sem precedentes" deixou 2.053 mortos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 11.000 pessoas e 1.655 famílias foram afetadas pelo terremoto e suas réplicas.

Os talibãs, que recuperaram o poder em agosto de 2021, enfrentam o enorme desafio logístico de realocar os habitantes antes da chegada do inverno.

As autoridades mantêm relações complicadas com organizações humanitárias internacionais, depois que proibiram as mulheres de trabalhar para a ONU e para ONGs, dificultando, assim, a avaliação das necessidades das famílias nas regiões mais conservadoras do país.

A organização Save the Children afirmou que esta é "uma crise que se soma a outra crise". Segundo o diretor da ONG no país, Arshad Malik, "a magnitude dos danos é assustadora. O número de pessoas afetadas por esta tragédia é realmente chocante".

- "Soterrados" -

Na cidade de Sarboland, perto do epicentro do terremoto, um jornalista da AFP viu casas destruídas, com pertences pessoais espalhados, enquanto homens removiam os escombros.

"Assim que ocorreu o primeiro tremor, todas as casas desabaram", disse Bashir Ahmad, de 42 anos. "Quem estava dentro das casas ficou soterrado. Há famílias, das quais não temos notícias", acrescentou.

Nek Mohammad, de 32 anos, estava trabalhando quando sentiu o primeiro tremor. "Voltamos para casa e vimos que não havia mais nada. Tudo virou areia", explicou, acrescentando que foram encontrados cerca de 30 corpos.

A província de Herat, na fronteira com o Irã, tem cerca de 1,9 milhão de habitantes, segundo dados do Banco Mundial de 2019.

O Afeganistão sofre frequentes terremotos, especialmente na cordilheira Hindu Kush, perto da junção das placas tectônicas da Eurásia e da Índia.

Em junho de 2022, um terremoto de magnitude 5,9 matou mais de 1.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de desalojados na empobrecida província de Paktika, no sudeste do país.

O Afeganistão já se encontra imerso em uma grave crise humanitária, após o retorno dos talibãs ao poder, em 2021, e da consequente retirada da ajuda internacional.

O Exército israelense informou, nesta segunda-feira (9), que retomou o controle de territórios no sul do país atacados pelo Hamas perto da Faixa de Gaza, cujo "cerco total" foi ordenado como resposta à ofensiva sem precedentes deste grupo islâmico palestino.

No terceiro dia da ofensiva militar inédita, classificada por Israel como semelhante aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o Exército israelense anunciou que "controla" partes ao sul, onde havia infiltrados do Hamas, mas admitiu que "ainda pode haver terroristas na região", segundo um porta-voz militar.

Mais de 700 israelenses morreram, e 2.150 ficaram feridos nos ataques, de acordo com um novo balanço publicado pelo Exército na manhã desta segunda-feira.

No primeiro dia, os islamitas mataram até 250 pessoas que participavam de um festival de música perto do enclave palestino, segundo a ONG Zaka, que ajudou nas operações de recuperação dos corpos.

Do lado palestino, 436 pessoas morreram, de acordo com as últimas estimativas das autoridades locais.

Dezenas de milhares de soldados israelenses estão sendo levados para a Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes controlado pelo Hamas desde 2007.

O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira um "cerco total" deste enclave.

"Estamos impondo um cerco total à Gaza (...) nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado", disse Gallant em um vídeo.

"Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade", acrescentou o ministro.

No interior desta região, mais de 123 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, informou nesta segunda-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

- Reféns civis e militares -

O Exército israelense também concentra seus esforços em salvar os mais de 100 cidadãos sequestrados pelo Hamas, de acordo com o governo, ocorrência sem precedentes na história do país.

"O que aconteceu não tem precedentes em Israel", reconheceu o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

Segundo as forças israelenses, 1.000 combatentes deste grupo islâmico participaram da "invasão de Israel", afirmou um porta-voz na rede social X (antigo Twitter).

"Civis e soldados estão nas mãos do inimigo, são tempos de guerra", afirmou o chefe do Exército israelense, general Herzi Halevi.

Netanyahu pediu aos cidadãos de seu país que se preparassem para uma guerra "longa e difícil" e o Exército anunciou que removeria todos os habitantes das áreas próximas da Faixa de Gaza.

Em Jerusalém, sirenes de alerta antifoguetes foram acionadas por volta do meio-dia (6h no horário de Brasília), seguidas rapidamente por várias explosões, relataram jornalistas da AFP nesta localidade.

Vários cidadãos de outros países morreram na ofensiva, alguns com dupla nacionalidade israelense, incluindo 12 tailandeses, 10 nepaleses e quatro americanos. Pelo menos três brasileiros estão desaparecidos e um, hospitalizado, de acordo com o governo.

"É de longe o pior dia da história de Israel", declarou o porta-voz do Exército deste país, para o qual o ataque pode ser "ao mesmo tempo um 11 de Setembro em um [ataque a base militar] Pearl Harbor".

Jonathan Panikoff, diretor da Iniciativa de Segurança do Oriente Médio Scowcroft, considera que "Israel foi pego de surpresa neste ataque sem precedentes", e "muitos israelenses não entendem como isso pôde acontecer".

- "Tudo falhou" -

Para Yaakov Shoshani, de 70 anos, morador da cidade israelense de Sderot, perto da Faixa de Gaza, "todos os sistemas fracassaram, sejam os serviços de informação, de Inteligência militar, civil, os sistemas de detecção, a cerca da fronteira, tudo falhou".

O ataque do Hamas também foi condenado por diversos países ocidentais. Os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar a Israel no domingo (8), além de direcionarem seu porta-aviões "USS Gerald Ford" para o Mediterrâneo.

Nesta segunda-feira, a China condenou quaisquer "ações que atentem contra os civis" e defendeu um cessar-fogo. A Rússia e Liga Árabe, que rejeita a violência "de ambos os lados", disseram que vão trabalhar para "pôr fim ao derramamento de sangue".

No mesmo dia, a União Europeia (UE) convocou uma reunião de emergência com seus ministros das Relações Exteriores.

Já o Irã, que mantém relações estreitas com o Hamas, foi um dos primeiros países a aplaudirem a ofensiva deste grupo palestino. Rejeitou, no entanto, as acusações de seu papel na operação, afirmando que são "baseadas em motivos políticos".

Israel, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, anexou Jerusalém Oriental e impõe um bloqueio à Gaza desde que o Hamas tomou o poder no enclave em 2007.

Um avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) que será utilizado na repatriação de cidadãos do Brasil atualmente em Israel decolou na noite deste domingo (8) de Natal (RN) com destino a Roma, na Itália.

A aeronave com capacidade para 230 passageiros partiu pouco depois das 18h e deve permanecer em Roma até receber autorização para viajar a Israel.

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Ao menos duas mulheres e um homem brasileiros estão desaparecidos desde sábado (7), quando participavam de um festival de música eletrônica que foi alvo dos ataques do grupo radical palestino Hamas. Um outro brasileiro ficou ferido e recebeu alta hospitalar ontem.

Segundo a FAB, a missão de resgate ainda terá à disposição outro KC-30, dois KC-390 e dois VC-2, totalizando seis aeronaves.

Os voos a partir de Israel devem ocorrer sempre à tarde para facilitar o transporte terrestre até os aeroportos.

"Num momento de crise como esse, os transportes terrestres enfrentam mais dificuldade. Se decolássemos de manhã, os passageiros teriam que se deslocar de madrugada", disse ontem o chefe da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno, em coletiva de imprensa junto ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

O Ministério das Relações Exteriores informou que cerca de 14 mil brasileiros moram em Israel e 6 mil na Palestina, incluindo 30 na Faixa de Gaza. O governo também prepara um plano para repatriar cidadãos atualmente nos territórios palestinos.

Da Ansa

Cerca de mil pessoas – 700 em Israel e mais de 400 em Gaza – morreram em dois dias de guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que capturou uma centena de israelenses em uma ofensiva que pegou o país de surpresa.

“O inimigo ainda está no terreno”, disse o Exército de Israel no domingo à noite.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, pediu aos israelenses que se preparassem para uma guerra “longa e difícil” e o exército anunciou que removeria todos os habitantes das áreas próximas da Faixa de Gaza.

A ofensiva lançada no sábado por terra, mar e ar pelo Hamas, que governa Gaza, deixou até agora mais de 700 mortos e 2.150 feridos em Israel, 200 deles em “estado crítico”, segundo o balanço atualizado pelas Forças de Defesa de Israel.

Os bombardeios lançados em resposta por Israel contra Gaza causaram 413 mortos - incluindo 78 crianças - e 2.300 feridos, indicou o Ministério da Saúde do enclave palestino.

O governo israelense também indicou que o Hamas capturou “mais de 100” pessoas no seu ataque, tomando-as como “prisioneiras”.

- "Matar cada terrorista" -

Israel enviou dezenas de milhares de soldados com a missão de "libertar reféns" e "matar cada terrorista presente" em seu território, disse o porta-voz do exército, Daniel Hagari.

Muitos israelenses em busca de familiares desaparecidos disseram tê-los visto em vídeos que circulavam nas redes sociais.

Yifat Zailer, de 37 anos, contou que reconheceu dessa forma sua prima e os filhos dela, de nove meses e três anos, supostamente capturados pelo Hamas. “É a única confirmação que temos” sobre eles, disse ela por telefone à AFP, angustiada.

Entre as pessoas capturadas, há vários cidadãos americanos e alemães, muitos com dupla nacionalidade israelense.

Na noite de domingo, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que "vários" cidadãos americanos morreram no ataque do Hamas, sem fornecer mais detalhes.

Também há "três brasileiros desaparecidos" e um "hospitalizado", todos com dupla nacionalidade, que estavam participando de um festival de música "a menos de 20 km da Faixa de Gaza", informou o Ministério das Relações Exteriores à AFP.

Na ofensiva do Hamas, dez nepaleses perderam a vida e quatro ficaram feridos em uma comunidade localizada também a poucos quilômetros de Gaza, relatou a embaixada em Tel Aviv do país do Hamalaia.

Jornalistas da AFP viram corpos de civis baleados nas ruas em Sederot, no kibutz de Gevim e na praia de Zikim, ao norte de Gaza.

As companhias aéreas internacionais cancelaram desde sábado dezenas de conexões aéreas com Tel Aviv.

- Tensão internacional -

O Conselho de Segurança da ONU, atualmente presidido pelo Brasil, discutiu a crise neste domingo, e vários membros denunciaram o ataque do Hamas, enquanto os Estados Unidos lamentaram a falta de unanimidade.

Diplomatas relataram que o Conselho não considerou emitir uma declaração conjunta, muito menos uma resolução vinculante. Outros membros, liderados pela Rússia, esperavam uma abordagem mais ampla que incluísse a condenação ao Hamas.

O ataque do Hamas foi condenado pelo Brasil, Estados Unidos e diversos países europeus e latino-americanos.

Washington começou neste domingo a enviar ajuda militar adicional a Israel e a aproximar sua força naval do Mediterrâneo oriental, indicou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em um comunicado.

Após o anúncio, o Hamas equiparou a ajuda militar americana a uma "agressão" contra os palestinos.

"O anúncio dos EUA de que fornecerá um porta-aviões para apoiar a ocupação [de Israel] implica uma participação real na agressão contra nosso povo", disse em um comunicado.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou que “o Irã apoia a defesa legítima da nação palestina”.

O papa Francisco pediu “que os ataques parem”, porque “o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan ofereceu seus bons ofícios para encerrar um conflito que está causando numerosas vítimas civis.

- "Sem precedentes em Israel" -

O braço armado do Hamas denominou a sua ofensiva como "Dilúvio Al Aqsa", que visava "pôr fim a todos os crimes da ocupação [israelense]".

Israel ocupa a Cisjordânia, território palestino, e Jerusalém Oriental desde 1967.

Os combatentes palestinos dispararam “mais de 5.000 foguetes” a partir da Faixa de Gaza e conseguiram infiltrar-se utilizando veículos, barcos e até parapentes motorizados.

Os milicianos chegaram a áreas urbanas como Ashkelon, Sderot e Ofakim, a 22 quilômetros de Gaza, e atacaram posições militares e civis no meio da rua.

Um ex-soldado israelense declarou que a guerra árabe-israelense de 1973, que ainda é um trauma nacional no Estado hebreu, foi "uma coisa pequena" comparada com a atual ofensiva do Hamas.

“O que aconteceu não tem precedentes em Israel”, reconheceu Netanyahu, naquele que é o maior ataque em décadas, 50 anos depois da guerra do Yom Kippur, que deixou mais de 2.600 israelenses mortos em três semanas de combates.

“Tememos a destruição e o fim da sociedade civil na Faixa de Gaza”, disse Shadi al Asi, um habitante de Gaza de 29 anos, temendo a contraofensiva israelense. “Estamos entrando em uma fase de destruição”, acrescentou.

As forças israelenses bombardearam vários alvos em Gaza, incluindo vários edifícios que apresentavam como “centros de comando” do Hamas.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) afirmou estar “profundamente preocupado” com essas medidas no enclave muito pobre de 2,3 milhões de habitantes, sujeito a um rígido bloqueio israelense há mais de 15 anos.

No norte, a partir do Líbano, o movimento xiita pró-Irã Hezbollah atacou com projéteis três posições israelenses em uma zona fronteiriça disputada, em “solidariedade” com a ofensiva do Hamas.

O exército israelense respondeu com bombardeios no sul do Líbano.

Ronny Kriwat e sua noiva Tatiana Cukierkorn estão em Israel e vivenciando os ataques do Hamas ao país. O ator e modelo, de 36 anos, é judeu e visitava o país, onde oficializou seu noivado um dia antes dos bombardeios deste sábado (7), cometidos pelo grupo extremista. 

Fotos postadas pelo casal nas redes sociais mostram o pedido de casamento, tendo a fortaleza de Mitzpe Ramon ao fundo. O local fica no deserto de Negev, região sul de Israel, onde ocorrem os conflitos deste sábado. 

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Em mensagem enviada ao g1, o ator afirma que está em Tel Aviv, capital israelense e que o casal está bem e em segurança. “O clima por aqui é de tensão, tristeza e incerteza, mas estamos bem e as pessoas por aqui se mostram calmas na medida do possível. Pelo que sabemos, o conflito está ocorrendo mais para o sul. A orientação é ficar no hotel”, conta Ronny Kriwat. 

Ainda em mensagem ao veículo, o ator contou que não vai dar entrevistas e que está dando atenção para a família. Além de estar no hotel seguindo as orientações das autoridades israelenses.

Israel bombardeou a Faixa de Gaza com mísseis, como forma de retaliação à ofensiva do Hamas contra o seu território. A investida atingiu vários prédios e as imagens foram captadas ao vivo pela rede de televisão Al Jazeera, durante participação da repórter Youma El Sayed. 

A jornalista afirmou que o prédio atacado era residencial e que aquela não era a primeira vez que havia sofrido ataques vindos de Israel. O edifício, que desta vez foi totalmente destruído, já havia sido bombardeado em agosto de 2022. 

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“Mas desta vez, o prédio foi totalmente destruído e derrubado. Olhando para todos os edifícios adjacentes, você pode imaginar a quantidade de destruição que está (nas proximidades). E este é o ponto que tenho dito repetidamente: a Faixa de Gaza é uma área muito densamente povoada”, disse a jornalista Youma El Sayed. 

A Força Aérea de Israel anunciou ter bombardeado dois arranha-céus de Gaza. De acordo com a força militar, as construções supostamente abrigavam “infraestrutura militar” do Hamas. Já a localização dos prédios não foi fornecida por Israel.

Israel e os movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica tinham se enfrentado até recentemente em cinco guerras na Faixa de Gaza desde 2008.

Mas uma nova "guerra" teve início neste sábado (7), afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois que o Hamas, que governa este enclave palestino, lançou uma ofensiva surpresa contra o Estado hebreu.

Estes foram os cinco conflitos anteriores:

- "Chumbo Fundido" -

Em 27 de dezembro de 2008, Israel lançou uma ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza para pôr fim aos disparos de foguetes a partir deste território palestino, governado desde 2007 pelo movimento islamita Hamas, na chamada operação "Chumbo Fundido".

Em 3 de janeiro de 2009, tropas israelenses entram no território palestino.

Em 18 de janeiro, um cessar-fogo põe fim à operação, na qual morreram cerca de 1.400 palestinos e 13 israelenses.

A Anistia Internacional acusou tanto Israel quanto o Hamas de cometerem "crimes de guerra".

- "Pilar defensivo" -

Em 14 de novembro de 2012, o exército israelense lança a operação "Pilar defensivo" contra os grupos armados em Gaza, que começa com o assassinato do chefe das operações militares do Hamas, Ahmad Jaabari.

Em oito dias de bombardeios, mais de 170 palestinos perdem a vida, uma centena deles civis, assim como seis israelenses, dos quais quatro civis.

O exército israelense assegura ter atacado 1.500 posições, incluindo 19 centros de comando. Mais de 900 foguetes disparados a partir de Gaza caíram em Israel e 400 foram interceptados.

- "Margem Protetora" -

Em 8 de julho de 2014, Israel lança a operação "Margem Protetora" para frear os disparos de foguetes e destruir os túneis escavados a partir de Gaza.

Em 26 de agosto, após 50 dias de guerra, Hamas e Israel chegam a um acordo de cessar-fogo, negociado através do Egito.

A guerra deixa ao menos 2.251 palestinos mortos, a maioria civis, e 74 do lado israelense, quase todos militares.

Cerca de 55.000 casas foram atingidas pelos bombardeios israelenses e aproximadamente 17.200 foram destruídas, segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

- "Guardião dos Muros" -

Em 2021, o Hamas lança, em 10 de maio, uma saraivada de foguetes, em "solidariedade" às centenas de palestinos feridos em confrontos com a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro lugar santo do islã.

Israel responde com a operação "Guardião dos Muros", para reduzir as capacidades militares do Hamas.

Após intensas negociações diplomáticas, um cessar-fogo entra em vigor em 21 de maio.

Em onze dias, Hamas e Jihad Islâmica, dois movimentos palestinos qualificados de "terroristas" por Israel, União Europeia e Estados Unidos, lançam mais de 4.300 foguetes, uma ofensiva sem precedentes contra o território israelense. Noventa por cento dos projéteis são interceptados.

Nos confrontos, ao menos 232 palestinos morrem, 65 deles menores de idade, além de 12 pessoas em Israel, entre elas duas crianças.

- "Escudo e flecha" -

Dias depois de confrontos com a Jihad Islâmica, Israel bombardeia a Faixa de Gaza, em 9 de maio de 2023, na chamada operação "Escudo e flecha". Quinze palestinos morrem nos ataques, três deles chefes militares do movimento.

A Jihad Islâmica responde disparando centenas de foguetes, que não deixam nenhum ferido em Israel.

Em 11 e 12 de maio, Israel mata dois chefes militares do movimento palestino.

Uma trégua negociada pelo Egito entra em vigor em 13 de maio, após cinco dias de uma guerra que deixou 35 mortos.

Os médicos do Hospital Mugda, em Daca, na capital de Bangladesh, estão sobrecarregados. Três das dez alas do estabelecimento estão lotadas de pacientes com dengue, em uma epidemia sem precedentes no país.

Nupur Akter, de 21 anos, tenta alimentar sua irmã mais nova, Payel, mas a criança não tem apetite. A menina teve que ser hospitalizada às pressas há duas semanas devido a "tremores incontroláveis".

O jovem está atento a qualquer sinal de melhora, mas tem a impressão de que sua irmã está mais fraca.

Bangladesh enfrenta, neste ano, sua pior epidemia de dengue, com um recorde de 1.030 mortes e mais de 210.000 casos confirmados desde o início de 2023.

No ano passado, a doença transmitida por mosquitos matou 281 pessoas deste país do sul asiático.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse aumento se deve à mudança climática.

A doença endêmica em zonas tropicais causa febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.

Segundo o diretor do Hospital Mugda, Mohammad Niamatuzzaman, os clínicos gerais ficaram sobrecarregados e tiveram que chamar seus colegas de serviços especializados.

- "Tenho medo"-

"É uma emergência, mas uma emergência de longo prazo", declarou Niamatuzzaman à AFP. Neste ano, seu hospital já registrou 158 mortes relacionadas à dengue, um índice cinco vezes maior do que no ano passado.

Mohammad Sabuj, um joalheiro de 40 anos, teve que ser hospitalizado às pressas. Agora ele está melhor, mas está preocupado em ver que "quase cada família" de seu bairro tem alguém doente com dengue.

Um de seus amigos, um médico, faleceu. "O fato de um médico não ter conseguido se salvar é algo que me assusta", acrescenta. "Se algo acontecer comigo, o que acontecerá com meus filhos?" ele questiona, preocupado.

A hospitalização é gratuita, mas os pacientes precisam pagar por alguns medicamentos. O centro público de análises médicas está lotado e os laboratórios privados são muito caros para grande parte da população.

Abdul Hakim, um trabalhador da construção civil de 38 anos, cuida de seu filho de dois anos. Ele conta que perdeu o emprego desde que seu filho adoeceu - seu salário era a única fonte de renda da família.

"Tive que fazer um empréstimo para pagar pelos exames, medicamentos e outras despesas (...) para salvá-lo", explica.

Um quarto dos pacientes com dengue no Hospital Mugda são crianças. No mundo, 10% dos mortos são crianças com menos de 15 anos.

Bangladesh registra casos de dengue desde a década de 1960, mas sua primeira epidemia confirmada foi em 2000.

Os cientistas atribuem o surto de 2023 à irregularidade das chuvas e às temperaturas mais quentes durante o período de monções, que criaram condições ideais para a reprodução dos mosquitos.

Segundo a OMS, a dengue e outras doenças como chikungunya, febre amarela e zika, transmitidas por mosquitos do gênero Aedes - também conhecidos como mosquito-tigre -, se espalham mais rápido e para lugares mais distantes devido à mudança climática.

O diretor do Hospital Mugda observa que agora seu estabelecimento está recebendo pacientes de áreas rurais onde nunca antes foram registrados casos de dengue.

Alep Kari, de 65 anos, veio do distrito rural de Shariatpur, onde os serviços de saúde não sustentam a demanda.

"Raramente na minha vida ouvi falar dessa doença", diz o homem, cuja esposa, também com dengue, foi hospitalizada.

"É a primeira vez que temos essa febre em nossa aldeia", afirma. "Muitas pessoas foram infectadas".

Os Estados Unidos irão endurecer ainda mais as medidas para conter a imigração ilegal, alertou nesta quinta-feira (5), no México, o secretário de Segurança Interna americano, Alejandro Mayorkas, após um acordo com a Venezuela para deportar cidadãos daquele país.

“Tornaremos mais difícil ingressar por meios ilícitos”, disse Mayorkas após uma reunião de segurança com funcionários mexicanos presidida pelo chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. Em consequência, será feita "uma repatriação rápida, o retorno de imigrantes e a proibição da sua reentrada", acrescentou, ao confirmar o acordo com o governo de Nicolás Maduro.

“Os Estados Unidos anunciaram hoje um acordo com a Venezuela para repatriar venezuelanos que não aproveitam as vias legais e chegam de forma irregular à fronteira sul", indicou o secretário, sem detalhar se o acordo implica uma mudança na política de Washington para a Venezuela, submetida a sanções econômicas.

Mayorkas ressaltou que o presidente Joe Biden não mudou sua posição sobre o muro fronteiriço, que será ampliado em áreas vulneráveis: “Não existe nenhuma política nova do governo em relação ao muro."

Commander, o pastor alemão dos Bidens com vários episódios de mordidas em funcionários, não estará mais na Casa Branca, disse uma porta-voz do casal presidencial americano, que no passado teve de se separar de outro animal pelas mesmas razões.

"Commander não se encontra atualmente (dentro da Casa Branca), enquanto as próximas decisões são avaliadas", disse Elizabeth Alexander, porta-voz da primeira-dama, em um breve comunicado.

O presidente Joe Biden e a sua esposa, Jill, "estão muito comprometidos com a segurança de todos os funcionários da Casa Branca e dos que os protegem todos os dias", acrescentou.

Commander, que tinha acabado de voltar de um curso de adestramento, foi notícia na quarta-feira da semana passada, quando o Serviço Secreto, encarregado da proteção de funcionários de alto escalão do governo americano, anunciou que um de seus agentes havia sido mordido na segunda-feira.

Na quinta, a imprensa americana noticiou que o pastor alemão, que chegou à Casa Branca em 2021, ainda filhote, esteve envolvido em mais episódios de mordidas do que os conhecidos até agora.

CNN e Axios mencionam que, além dos 11 incidentes conhecidos até então com funcionários do Serviço Secreto, o cão teria atacado outros funcionários da Casa Branca.

O casal presidencial já havia anunciado no verão que o cão iria para um centro de adestramento, depois de a imprensa ter noticiado várias mordidas, incluindo uma que levou a vítima para o hospital.

Major, outro cão dos Bidens, também foi enviado para ser adestrado em Delaware por um período em 2021, depois de morder pelo menos um funcionário da Casa Branca.

Por recomendação de especialistas, a família Biden finalmente teve de se desfazer do cachorro e confiá-lo a amigos que vivem "em um ambiente mais tranquilo".

O Google anunciou nesta quarta-feira que seu novo smartphone Pixel contará com modelos potentes de inteligência artificial (IA) generativa, que funcionarão de forma independente no dispositivo, a fim de competir com o último iPhone.

O anúncio encerra a temporada de lançamentos de grandes dispositivos tecnológicos de outono, em que a Apple apresentou a série iPhone 15 e a Meta revelou oficialmente seu novo headset de realidade virtual.

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Com um chip poderoso, o Pixel 8 Pro do Google irá executar funções de IA no próprio dispositivo, em vez de depender de transferências de data centers na nuvem, que requerem grande largura de banda.

No lançamento, em Nova York, o vice-presidente de Dispositivos e Serviços do Google, Rick Osterloh, explicou que os departamentos de inteligência artificial da empresa descobriram como “refinar” os modelos de IA “em uma versão eficaz o suficiente para ser executada” em seu carro-chefe, o Pixel. Essa funcionalidade irá aperfeiçoar as ferramentas que usam IA existentes nos telefones Pixel, como a que permite eliminar imperfeições e elementos indesejados em fotografias.

Os telefones Pixel também começarão a testar um assistente digital com IA que deve trazer para os aparelhos muitos dos recursos do Bard, chatbot do Google semelhante ao ChatGPT.

Segundo a empresa, com o tempo, o assistente de IA irá oferecer ajuda em tempo real, sugerindo o melhor caminho em um trajeto, filtrando e-mails e planejando uma festa de aniversário, por exemplo.

O Assistant with Bard funciona por meio da fala, de indicações na tela ou do uso de imagens, de forma semelhante ao comportamento dos chatbots mais potentes.

A temporada de lançamentos de hardware das grandes empresas de tecnologia foi marcada por promessas de melhoras da IA, como a da Amazon, que anunciou uma atualização de sua assistente de voz, Alexa, para que ela funcione de forma mais humana "e inteligente".

O Google ressaltou que muitas dessas evoluções da IA estão em fase inicial e serão aprimoradas gradualmente. A empresa surpreendeu com a notícia de que o Pixel 8 Pro virá equipado com um leitor de temperatura corporal, com aprovação pendente dos reguladores americanos.

Ao menos 10 pessoas morreram e 82 continuam desaparecidas após a cheia em um lago glacial que provocou inundações no nordeste da Índia, informaram as autoridades locais.

"Dez corpos foram recuperados até o momento e 82 pessoas estão desaparecidas, incluindo membros do exército", declarou Vijay Bhushan Pathak, ministro chefe do estado de Sikkim.

Vinte e dois soldados estão entre os desaparecidos.

A área afetada, uma região montanhosa e remota do Himalaia, fica perto das fronteiras com Nepal e China.

A inundação foi provocada pela cheia do lago Lhonak, que fica na base de uma geleira nos picos nevados que cercam Kangchenjunga, a terceira maior montanha do mundo.

"As inundações provocaram estragos em quatro distritos do estado, arrastando pessoas, estradas, pontes”, disse Himanshu Tiwari, porta-voz do exército indiano, um dia após a tragédia.

O lago perdeu quase dois terços de seu tamanho devido à cheia, uma área equivalente a 150 campos de futebol, segundo imagens de satélite divulgadas pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

As inundações provocadas por cheias em lagos glaciais, muitas vezes acompanhadas por deslizamentos de rochas, ficaram mais frequentes devido ao aumento da temperatura global.

"Observamos que a frequência dos eventos extremos aumenta à medida que o clima continua esquentando e nos arrasta para um território desconhecido", destacou Miriam Jackson, cientista especializada na análise das superfícies congeladas do Himalaia.

A Ucrânia reivindicou nesta quarta-feira (4) a destruição de um sistema antiaéreo S-400 na Rússia, depois de Moscou ter anunciado que derrubou 31 drones e impediu uma tentativa de aterrissagem na península anexada da Crimeia.

Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) declarou à AFP que Kiev atacou com drones o sistema antiaéreo na região de Belgorod, cenário de diversos ataques nos últimos meses.

"O motivo das explosões noturnas na região de Belgorod é conhecido: o SBU atacou um sistema antiaéreo S-400", indicou a fonte, sob condição de anonimato.

Em setembro, o SBU já havia assumido o bombardeio de um primeiro sistema S-400 na Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

O Ministério de Defesa da Rússia anunciou, por sua vez, que abateu durante a noite 31 drones ucranianos que sobrevoavam as regiões de Belgorod, Biransk e Kursk - fronteira com a Ucrânia.

O ministério, que não informou nenhum dano ou feridos, explicou em outro comunicado que "um aparato das forças aeroespaciais russas acabou com a tentativa de um grupo de aterrissagem das forças armadas da Ucrânia de penetrar no território da Crimeia".

De acordo com a publicação, os soldados estavam a bordo de "uma lancha militar e três jet skis" em direção ao cabo Tarjankut, no noroeste da península.

A liderança da inteligência militar ucraniana reivindicou a operação.

Por outro lado, o governador da província de Bryansk, Alexander Bogomaz, acusou Kiev de usar bombas de fragmentação contra quatro distritos da sua região, algo que causou "destruição parcial" de casas e edifícios.

Os bombardeios em território russo aumentaram desde junho, quando a Ucrânia lançou a contraofensiva para recuperar os territórios ocupados por Moscou após a ofensiva de fevereiro de 2022.

Um artista drag queen das Filipinas foi preso nesta quarta-feira (4) depois de se vestir de Jesus Cristo e rezar um pai-nosso durante uma performance, o que gerou uma polêmica neste país asiático de maioria católica.

Amadeus Fernando Pagente, de 33 anos, com nome de drag Pura Luka Vega, foi acusado de blasfêmia e declarado "persona non grata" por vários governos locais, depois que o vídeo de sua apresentação em julho foi compartilhado.

Pagente foi acusado de "doutrinas imorais, publicações e exposições obscenas e espetáculos indecentes", segundo uma cópia do mandado de prisão, compartilhada pela polícia de Manila, a capital.

O performista declarou à AFP, da cadeia, que não fez "nada de errado" e que sua prisão representava "o grau de homofobia" no país.

O homem foi acusado de cometer "atos ofensivos" que incluíam dançar, cantar e rebolar ao ritmo de uma canção religiosa, de acordo com uma das duas denúncias apresentadas por grupos cristãos.

Antes de ser preso, Pagente defendeu que sua atuação era "arte" e argumentou que a arte drag "não era um crime".

O padre Jerome Secillano, da Conferência Episcopal das Filipinas, descreveu a performance de Pagente como "blasfema" e "realmente desrespeitosa".

Aproximadamente 80% da população filipina é católica. O país proibiu casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e aborto.

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Os países da União Europeia (UE) chegaram, nesta quarta-feira (4), a um acordo fundamental para avançar na reforma do Pacto de Migração e Asilo, após três anos de paralisação nas negociações sobre este tema.

O novo acordo visa prolongar a duração da detenção de imigrantes nas fronteiras externas do bloco, mas fazer com que os países menos afetados contribuam, seja recebendo migrantes ou cobrindo custos.

Reunidos em Bruxelas, os representantes permanentes dos países da UE chegaram a um acordo que superou as objeções da Alemanha e da Itália.

O acordo foi anunciado na rede X (ex-Twitter) pela presidência do Conselho da UE, que neste semestre é exercida pela Espanha.

O ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, afirmou em uma nota que o acordo representa "um enorme passo adiante em uma questão essencial para o futuro da UE".

"Estamos agora em melhores condições para chegar a um acordo sobre todo o pacto de asilo e migração com o Parlamento Europeu antes do final deste semestre", observou.

No dia 1º de janeiro, a presidência rotativa do Conselho da UE será exercida pela Bélgica.

A reforma do Pacto Migratório busca organizar uma resposta coletiva à chegada de um grande número de migrantes a um país da UE, como ocorreu durante a crise dos refugiados sírios de 2015 e 2016.

Com o acordo alcançado em Bruxelas pelos representantes permanentes dos países do bloco, a questão poderá ser apresentada na cúpula europeia marcada para sexta-feira, em Granada, na Espanha.

O texto deverá, por fim, ser negociado com os legisladores do Parlamento Europeu.

Também na rede X, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou as "excelentes notícias do acordo político sobre a regulação da crise".

A ministra sueca das Migrações, Maria Malmer Stenergard, disse sentir-se "muito feliz" porque o que foi acordado em Bruxelas "é uma peça muito importante do quebra-cabeças do pacto de Migração e Asilo".

- Oposição de Polônia e Hungria -

Fontes diplomáticas afirmaram, nesta quarta-feira, que na reunião dos representantes permanentes em Bruxelas os delegados de Polônia e Hungria votaram contra.

Os dois países se opõem à intenção da Comissão Europeia (braço Executivo da UE) de fazer com que todos os países do bloco aceitem migrantes ou ajudem a cobrir os custos.

Em declarações à imprensa de seu país, o ministro húngaro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, fez um apelo para "interromper de imediato esta política migratória".

Ele pediu o "fim imediato das cotas obrigatórias de assentamento (...) convidando os migrantes e o fim do apoio ao modelo de negócio dos traficantes de pessoas".

Na semana passada, os ministros do Interior dos países da UE pareciam prestes a selar um acordo difícil para fazer a reforma avançar, mas no último minuto a oposição italiana diluiu a ilusão de um entendimento.

Há uma semana, os ministros do Interior da UE discutiram uma solução de compromisso que finalmente lhes permitiu obter o apoio da Alemanha, mas a solução não agradou a Itália e o caso voltou a permanecer sem solução.

Segundo fontes diplomáticas, as objeções da Itália dizem respeito ao papel das ONGs no resgate de migrantes em alto-mar.

Neste contexto, a Itália criticou a Alemanha por financiar algumas das ONGs que realizam resgates no mar Mediterrâneo, a ponto de usarem navios com bandeira alemã.

Em resposta, o governo italiano começou a exigir que estas ONGs desembarcassem os migrantes nos países das bandeiras dos navios.

Pressionados pela proximidade da cúpula da UE, marcada para sexta-feira em Granada, Espanha, os ministros deixaram a discussão nas mãos dos representantes permanentes para tentar alcançar um acordo antes da cúpula.

A aparição de percevejos, um inseto que pode medir até sete milímetros de comprimento, gerou uma onda de paranoia em Paris que obrigou o governo francês a tomar medidas para conter esta infestação.

"Os percevejos são uma fonte de ansiedade (...) e uma verdadeira provação para os afetados", declarou a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, na terça-feira (3) ante ao Parlamento.

Este inseto, que se alimenta de sangue humano, desapareceu quase completamente da vida cotidiana nos anos 1950, mas ressurgiu nas últimas décadas diante das mudanças no modo de vida.

Na França, turistas compartilharam vídeos em suas redes sociais destes insetos no metrô de Paris, trens de alta velocidade e cinemas, embora não tenha sido confirmado em todos esses casos.

"Acho que não é motivo para pânico generalizado", disse à rádio France Inter o ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, na terça-feira.

Mas as consequências de suas mordidas — desde irritação à insônia, ansiedade e depressão — e sua complexa erradicação alimentaram uma paranoia em curso.

Tornou-se comum observar passageiros verificando seus assentos antes de se sentarem no metrô. "Tenho a impressão de vê-los em todos os lugares", diz uma usuária da linha 11.

"Estes pequenos insetos estão semeando o desespero em nosso país", denunciou no Parlamento a deputada de esquerda Mathilde Panot, segurando um frasco com percevejos.

O mal-estar obrigou o governo francês a reagir, sobretudo diante da proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, que acontecem a partir de julho de 2024.

"Percevejos, mosquitos e ratos podem estragar a festa", alertou o jornal Le Parisien, recordando que outras sedes olímpicas como Londres e Sydney enfrentaram problemas semelhantes.

Fora da capital, escolas foram fechadas em Marselha (sudeste) e perto de Lyon (leste) para dedetizá-las, assim como o pronto-socorro do hospital de Boulogne-sur-Mer (norte), que ficou interditado por um dia, segundo seu diretor.

- Seis anos "perdidos" -

De acordo com uma pesquisa da Ipsos encomendada em julho pelas autoridades sanitárias do país, entre 2017 e 2022, cerca de 11% das residências francesas tiveram problemas com percevejos.

Duas empresas de dedetização contaram à AFP que as contratações de seus serviços dispararam, sobretudo no setor de turismo, que está preocupado com a má reputação.

"As pessoas nos ligam assim que são picadas por um inseto, mas pode ser qualquer coisa, desde um mosquito até uma aranha", afirma Sam, gerente do setor na empresa Expert Hygiène.

Diante deste contexto, o porta-voz do governo, Olivier Verán, anunciou na noite de terça-feira uma reunião na próxima sexta-feira (6) para "dar respostas rápidas aos franceses".

Os percevejos voltaram a ser alvo de disputa política e o partido no poder multiplicou seus anúncios nos últimos dias face às críticas sobre inação. Os operadores de transporte público foram convocados pelo Ministério dos Transportes e o governo anunciou um projeto de lei para conter esta "praga" até o final do ano.

A Agência Sanitária francesa também recomendou que a população verifique suas camas de hotéis, em caso de viagens, e que seja cautelosa ao levar móveis ou colchões de segunda mão para suas casas.

"Perdemos seis anos", acrescentou Panot, que já alertava as autoridades francesas desde 2017.

No final de setembro, a prefeitura de Paris pediu ao governo que estabeleça um "plano de ação", garantindo que os Jogos Olímpicos serão uma "oportunidade" contra os percevejos.

Veneza está de luto nesta quarta-feira (4), um dia depois de 21 pessoas terem morrido na queda de um ônibus turístico em um viaduto.

"O ônibus capotou. O impacto foi terrível, porque foi uma queda de mais de 10 metros", e caiu em uma linha férrea, explicou aos jornalistas o chefe dos bombeiros de Veneza, Mauro Luongo.

O acidente ocorreu pouco depois das 19h30 (14h30 no horário de Brasília), quando o veículo caiu com 40 turistas italianos e estrangeiros a bordo. O grupo havia visitado o centro histórico de Veneza e voltava para um acampamento fora da cidade.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, descreveu uma "cena apocalíptica". As bandeiras da cidade foram hasteadas a meio mastro.

Os bombeiros informaram que o ônibus era elétrico e não movido a metano, conforme mencionado nos primeiros relatos.

As equipes de resgate demoraram várias horas para retirar as vítimas e os feridos do ônibus. Os restos do veículo só puderam ser retirados no início desta manhã, e o trânsito foi restabelecido, segundo um correspondente da AFP.

O chefe dos bombeiros explicou que, entre as dificuldades que os socorristas enfrentaram, está o fato do ônibus ser elétrico, e as baterias terem pegado fogo com o impacto.

O número de vítimas permaneceu estável após a noite. Vinte e uma pessoas morreram, e pelo menos 15 ficaram feridas, cinco delas em estado grave, segundo Luca Zaia, governador da região de Veneto, da qual Veneza é a capital.

Entre os falecidos, há uma criança de um ano e um adolescente. Zaia informou ainda que entre as vítimas mortais há um alemão, um croata, um francês e o motorista, que era italiano.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse à AFP que quatro cidadãos de seu país morreram, e quatro ficaram feridos.

O governador regional indicou que a principal hipótese é o motorista ter desmaiado.

As autoridades tentam identificar as vítimas que não carregavam os documentos consigo, cruzando os dados com o registro do acampamento onde estavam alojadas.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou "suas profundas condolências".

O acidente mais grave deste tipo na Itália ocorreu em 28 de julho de 2013, quando um ônibus que transportava cerca de 50 pessoas da província de Nápoles, retornando de uma excursão de três dias, caiu por 30 metros de um viaduto perto de Avellino e deixou 38 mortos na tragédia.

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