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Dheiverson Santos do Amorim Alves, de 24 anos, foi preso em flagrante, na madrugada deste domingo (5) após atropelar e matar quatro pessoas em Guapimirim, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, ao fugir de uma abordagem de policiais militares. O rapaz é filho do vereador Nelcir do Amorim Alves de Guapimirim, conhecido como Nelcir da Laje (PDT).

O acidente aconteceu na BR-116, no trecho que liga o Rio de Janeiro à Teresópolis, por volta de 1h30 da madrugada, no bairro Citrolândia, em Magé. Duas pessoas que estavam no carro com o acusado confirmaram, em depoimento, que o motorista Dheiverson tinha bebido. Um dos acompanhantes disse que Dheiverson perdeu o controle do carro quando passou sobre uma linha férrea que tem no local. 

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Dheiverson disse à polícia após o acidente que o atropelamento aconteceu porque ele estava "doidão". Ele foi preso em flagrante e vai responder por homicídio doloso, com dolo eventual – quando não há intenção, mas se assume o risco de matar. Segundo informações da polícia.

Após a colisão, morreram no acidente Marla Oliveira de Azevedo Rocha, Ailton de Oliveira, Williane de Azevedo Ramos e Marcelo Moreira de Souza. A quinta vítima, Sara Antonella Rocha, de 13 anos, está internada com ferimentos graves no Hospital de Saracuruna. O estado de saúde dela era estável até o início da manhã desta segunda-feira (6).

De acordo com uma das testemunhas, ouvidas pelo G1, o filho do vereador perdeu completamente o controle do veículo. "Ele entrou na BR, que tem acesso pela passarela. Ele [Dheiverson] deu a volta, até por sinal, quando entrou na contramão ele viu a blitz. Os policiais vieram atrás. Quando ele entrou na contramão, que ele tomou a linha do trem, quando as rodas bateram ele prendeu o controle. Eu vi aquilo. A menina com a perna dilacerada, a menina de 16 anos jogada no chão, toda embolada, e a gente com 20 minutos que tinha acabado de estar na festa", disse a testemunha.

O motorista foi encaminhado para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. O teste de alcoolemia dele, que serve para diagnosticar a presença de álcool no sangue, deu positivo.

Entre os dez tipos de câncer de maior ocorrência no Brasil, o tumor orofaríngeo – localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amídalas e paredes laterais – é um dos tumores com maior incidência entre os brasileiros de até 40 anos. “O vírus HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o alcoolismo”, alerta o oncologista Marcelo Salgado. Esse hábito pode resultar no desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. Além dessa união, a falta de preservativo na hora do sexo também corresponde para o desenvolvimento da doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, principalmente no sexo oral. É importante destacar que as células encontram-se na superfície da pele e em superfícies úmidas como a vagina, ânus, colo uterino, vulva, cabeça do pênis, boca, garganta, traqueia, brônquios e pulmões.

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“O risco do desenvolvimento do tumor maligno entre jovens é grande por conta da liberdade sexual adquirida nos últimos anos”, explica Marcelo. Ainda segundo o especialista, a população feminina é a mais atingida pelo vírus. As pesquisas indicam que cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus ocorre na faixa dos 25 anos.

Como detectar?

Os primeiros sinais do tumor podem surgir por meio de feridas na boca que não cicatrizam nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. O doutor Marcelo Salgado alerta que estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala. 

Jovens e adultos com menos de 40 anos nasceram após o “boom” do HIV e, apesar da divulgação massiva sobre os riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, este grupo continua apresentando índices elevados de contágio pelo chamado papiloma vírus humano – conhecido como HPV. “Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que também podem ser transmitidas em relações sexuais sem precauções", corrobora Marcelo.

Como descrito, o tabagismo e o alcoolismo são, também, principais responsáveis pelo câncer de cabeça e pescoço. Marcelo Salgado aponta que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca fumavam tabaco. Unir esses dois hábitos num só pode piorar ainda mais, aumentando as chances do desenvolvimento da doença. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Com informações da assessoria

A crise dos combustíveis, que teve seu ápice com a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano, reacendeu o debate sobre a venda direta do etanol, uma reivindicação antiga de entidades que representam os produtores de Pernambuco e do Nordeste, como a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (SINDAÇÚCAR-PE) e o Sindicato da Indústria de Álcool dos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí (SONAL). Essas entidades desejam ter a possibilidade de transportar o etanol produzido por eles para os postos próximos às suas usinas.

Atualmente, a resolução de número 43 de 22 de dezembro de 2009 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) só permite que distribuidoras façam o transporte do combustível, embora os produtores defendam que a regra encarece o preço final do etanol, tornando o combustível menos competitivo.

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De acordo com o presidente da Feplana, Alexandre Andrade Lima, acontece que o etanol sai das usinas para as bases das distribuidoras e apenas depois é levado aos postos. “Há um deslocamento desnecessário que encarece o produto e um custo para os postos e produtores, que podem cuidar do transporte em caso de proximidade com o local de entrega. Só queremos a opção de oferecer concorrência e toda concorrência deve ser bem-vinda”, defende. Alexandre ressalta os benefícios que a alteração na legislação traria. “Se o etanol chega mais barato às bombas, vai se consumir mais etanol, que emite 92% menos CO2 do que a gasolina. O meio-ambiente também ganha a partir da diminuição de gasto de combustível com o percurso reduzido”, afirma.

Só neste ano, três projetos de venda direta foram apresentados pelos deputados João Henrique Caldas (PSB/Alagoas), Rogério Rosso (PSD/DF) e Mendonça Filho (DEM/PE), e mais dois no Senado, por Álvaro Dias (PODE/PR) e Otto Alencar (PSD/BA), cujo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) já foi aprovado no dia 19/06/2018. Agora, a matéria segue para a Câmara dos Deputados. “É agora ou nunca. Estou bastante otimista com a aprovação que dará fim à obrigatoriedade do ‘atravessador’, algo que não existe em lugar nenhum do mundo”, comemora Alexandre Andrade Lima.

A assessoria de imprensa da ANP informou que a instituição considera que o assunto deve ser melhor estudado, tendo instituído um Grupo de Trabalho (GT), em parceria com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), para analisar a questão. “O GT terá como objetivo analisar a estrutura do mercado de combustíveis, avaliar a implementação das medidas propostas pelo Cade para repensar o setor de combustíveis e a possibilidade da adoção permanente das medidas regulatórias excepcionais apresentadas pela ANP. Também está no escopo do grupo a promoção da concorrência como instrumento para elevar a competitividade e a inovação na economia brasileira”, completou a nota oficial. Composto por seis membros, o grupo terá um prazo de 90 dias, contados a partir da data de sua primeira reunião, para apresentar seus resultados à ANP e ao CADE, que tomarão as devidas providências. 

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Importações desnecessárias?

Por meio de nota, Unida, Feplana, Sindaçúcar-PE e outras entidades ligadas ao setor sucroenergético também questionam supostas importações desnecessárias de álcool de qualidade considerada ao da cana, “notadamente já subsidiado em países exportadores e que são trazidos e despejados no Brasil, usando-se reservas cambiais de forma desprogramada em cima de licenças de importação”, afirma o documento.

Os produtores argumentam ainda que o setor de produção brasileira gera 300 mil empregos formais e diretos e acreditam que tal processo, além de não beneficiar o consumidor brasileiro, iria de encontro à produção socioeconômica nacional, sobretudo na região nordeste, onde os volumes seriam majoritariamente despejados. “Embora as importações sejam incentivadas, com rotineira e automática anuência pelo Governo Federal, o que as tornam abusivas e com efeitos maléficos para o produtor - que de fato é quem abastece o mercado do país -  há ainda uma robusta regulação protetora dos mecanismos privados e contratuais de ‘embandeiramento’ entre distribuidora e posto”.

Uma carreta que transportava álcool do Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca, Grande Recife, tombou na PE-42, em uma área rural. O motorista da carreta foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipojuca.

O veículo transportava 45 mil litros de álcool de Suape para Escada, na Zona da Mata Sul. Apesar do acidente, houve pouco vazamento de combustível na via.

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O Corpo de Bombeiros, que foi ao local, não soube informar as causas do acidente, ocorrido na quinta-feira (7). O motorista foi socorrido com aparente fratura no braço direito e escoriações pelo corpo. 

Por volta das 22h da quinta-feira, os bombeiros foram novamente acionados. Dessa vez, a corporação foi acompanhar o translado do combustível para outro caminhão, visto se tratar de material inflamável.

Mesmo com o fim da greve dos caminhoneiros, que durou mais de 10 dias em diversos Estados do Brasil, centenas de pessoas ainda não estão conseguindo comprar o gás de cozinha por um preço mais acessível, ou pelo menos encontrar o combustível nas diversas distribuidoras de Pernambuco. Com isso muitas delas estão se arriscando em fazer o fogo para cozinhas alimentos utilizando gasolina e álcool. Por conta disso, o Hospital da Restauração (HR) está com uma demanda crescente de atendimentos de pessoas queimadas. No último mês de maio, duas donas de casa acabaram morrendo devido ao manuseio do álcool para cozinhar.  

"Chegamos ao ponto de ter 90% dos pacientes adultos queimados com chamas provenientes da gasolina e do álcool", informou o cirurgião Marcos Barretto. Com o preço do gás a R$ 150, chegando até a 250 reais, algumas pessoas recorrem aos vídeos do Youtube na tentativa de encontrar alguma solução, como fez o técnico em eletrônica José Marconi Ribeiro. Na plataforma de compartilhamento de vídeos, ele procurou como fazer o gás de cozinha usando meio litro de gasolina.

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Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

 "Quem são essas pessoas? Pessoal de baixa renda, pouco esclarecimento, trabalhadores que ficarão mutilados e não conseguirão voltar para o trabalho; ficarão marcados para o resto da vida", exclama Marcos Barretto. O cirurgião aponta que esses queimados ficam de vinte dias a três meses ocupando o leito hospitalar, sendo necessário passar por vários procedimentos cirúrgicos. Isso pode ser evitado e os números diminuídos, "mas o governo tem que encontrar uma solução para as donas de casa que tem um filho pequeno. Eu não posso chegar e dizer pra ela que não pode cozinhar com gasolina e álcool, pois se de madrugada o filho dela acorda com fome ela vai esquentar a mamadeira onde?", indaga Marcos, que acredita que esse problema se trata de uma questão social. 

Vandete Alessandra deu entrada no Hospital da Restauração na última segunda-feira (4), com queimaduras na parte superior do corpo, até o pescoço, depois que – na tentativa de cozinhar a janta usando carvão para fazer o fogo - o seu sobrinho jogou o álcool que ela tinha usado para acender as chamas, causando uma explosão que atingiu em cheio a dona de casa e uma amiga que estava mais próxima ao fogo. "Eu passei o dia rodando Camaragibe (cidade da Região Metropolitana do Recife) para comprar o botijão de gás, que estava por R$ 150. Como a gente não conseguiu, eu fiz o fogo e deu no que deu. Agora estou sentindo na pele literalmente", lamentou Valdete.

 Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O dia 6 de junho é tido como o Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, no entanto o cirurgião do HR nada tem a comemorar. "Eu estaria alegre e feliz se estivesse com os meus leitos vazios esperando as comemorações do São João. A preocupação nossa agora é o dia a dia das pessoas", diz Marcos. 

Um motorista de ônibus foi flagrado alcoolizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na quarta-feira (16), na BR-232, em Serra Talhada, Sertão de Pernambuco. Oito passageiros eram transportados pelo veículo.

O ônibus saiu do Recife com destino ao município de Floriano, no Piauí. Quando notou as viaturas policiais, o motorista tentou fugir com o veículo por três quilômetros, até ser alcançado pela viatura.

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O teste do bafômetro apontou que o motorista estava com um índice  de alcoolemia de 0,40 mg/l, que configura crime de trânsito. Em seguida, o motorista confessou que passou a noite bebendo e só parou às 5h da manhã. Disse ainda ter assumido a direção do veículo às 12h30 da quarta-feira.

Segundo a PRF, o homem foi autuado. Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Serra Talhada.

O anonimato é uma das garantias que dependentes de álcool e drogas buscam ao pedir ajuda. Sabendo disso, o advogado Paulo Leme Filho, de 46 anos, desenvolveu um aplicativo que oferece 1.200 endereços de entidades que prestam assistência a essas pessoas no Estado de São Paulo. Lançada neste mês, a ferramenta "Eu me Importo" mostra as instituições mais próximas utilizando como base CEP ou endereço e também a localização da pessoa.

Leme Filho é um conhecedor do tema. Está há 21 anos em abstinência e acompanhou o vício do pai, que está há 29 anos sem beber. O advogado reuniu a experiência que ele e o pai, que está com 77 anos, tinham com o vício e, juntos, escreveram o livro "A Doença do Alcoolismo" (Scortecci Editora), que foi lançado em 2015. A partir do livro, pai e filho começaram a fazer palestras gratuitas em escolas e montaram a ONG Movimento Vale a Pena.

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Em suas palestras, Leme Filho costuma se deparar com muitas dúvidas e diz que as pessoas não se sentem à vontade para conversar e pedir informações sobre os grupos de ajuda para dependentes de álcool e drogas. Por essa razão, ele resolveu desenvolver o aplicativo, que funciona como uma fonte para quem busca um desses endereços. "O objetivo é unificar os grupos em um aplicativo anônimo, porque, fora desses grupos, é muito difícil largar o álcool e as drogas. A partir do momento que se entra no universo da recuperação, as coisas começam a caminhar. O aplicativo é um grande conector de 1.200 endereços de entidades no Estado de São Paulo." Além da localização, o app informa dias e horários das reuniões.

Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos (NA), Amor-Exigente e Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo estão entre as entidades indicadas pelo aplicativo. Não é preciso pagar para usar a ferramenta. Basta fazer o download. "Paguei, do meu bolso, R$ 10 mil para um amigo desenvolver o aplicativo. Estava para morrer na rua, sem nada, e, hoje, tenho uma vida boa. Recebi tudo isso de graça, então, não tem motivo para cobrar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No município de Pedra Branca, interior do Ceará, uma criança de 6 anos foi internada com suspeitas de coma alcoólico. Ela foi socorrida em uma ambulância e, segundo policiais, a menina entrou em coma após ingerir bebida alcoólica.

A criança foi levada desacordada, na última quinta-feira (22), a um hospital de Quixadá e sem o suporte adequado foi encaminhada para Fortaleza, onde permanece internada. A suspeita também é de uso de drogas, mas ainda não foi confirmada.

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A Delegacia de Pedra Branca instaurou um inquérito policial para apurar o caso e quem deu a substância para a criança. A pena para quem oferece bebida alcoólica e droga para menores é de 2 a 4 anos e multa.

O conselho tutelar também acompanha o caso.

Desde que a Assembléia Legislativa de Santa Catarina liberou a comercialização de bebidas alcóolicas dentro dos estádios, o clássico do último fim de semana, Avaí 3x3 Figueirense, na Ressacada, foi o primeiro jogo contemplado. Nenhum grave incidente foi registrado, porém a Polícia Militar revelou que precisou conter diversos desentendimentos entre torcedores e tentativas de invasão dos lados opostos.

Para os oficiais, ficou a sensação de que a ingestão de álcool teve influência direta nos incidentes. "Não foi só uma sentimento meu, mas também dos outros policiais que estavam no estádio. Havia mais agressividade, o comportamento foi diferente. Por isso foi mais trabalhoso para a PM", disse o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Marcelo Pontes, em entrevista ao Diário Catarinense.

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Dois torcedores do Figueirense foram detidos e assinaram termos circunstanciados por agredir policiais que continham as invasões no alambrado. "O clássico é sempre um jogo complicado, mas esse foi mais complicado ainda. E essa é uma percepção que tenho a partir dos dois últimos anos que tenho acompanhado de perto os clássicos. Tivemos até mesmo copos de cerveja arremessados", lamentou.

Clube nega ocorrências. Entidades buscam esclarecimentos

Pelo lado do Avaí, mandante na partida, não foi um clássico diferente dos demais. O advogado do clube, Sandro Barretto, disse ter conhecimento de ocorrências fora da Ressacada, porém nega que os episódios tenham relação com o consumo de cerveja.

"Estou no clube há 20 anos e foi um dos clássicos mais tranquilos que já vi. A liberação das cervejas não teve qualquer ligação com qualquer situação. O jogo teve um empate aos 45 minutos, então é óbvio que pode ter exacerbação, mas é pela adrenalina, não por causa da cerveja", alegou.

A Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina afirmou que irá buscar a polícia para entender o que aconteceu. O presidente, Luiz Henrique Martins Ribeiro, não crê que o problema esteja na venda de bebidas.

"Tudo que acontece no estádio é culpa da cerveja? Temos que entender o relato da polícia, vamos fazer contato com a PM. Queremos melhorar. No clássico regional entre Tubarão e Criciúma teve venda de cerveja e não registramos problemas. Mas precisamos entender o cenário do que ocorreu em Florianópolis para rever o que pode ser feito. É difícil culpar única e exclusivamente a cerveja", comentou.

Um cristão recebeu nesta sexta-feira (19) em Aceh, única província indonésia a aplicar a lei islâmica, 36 chibatadas em público por ter vendido bebida alcoólica.

Jono Simbolon é a terceira pessoa não muçulmana a receber chibatadas desde 2001, quando a lei islâmica começou a ser aplicada nesta região do extremo-norte da ilha de Sumatra.

Naquele ano, Aceh obteve certa autonomia do governo central de Jacarta para encerrar várias décadas de rebelião separatista.

A sentença foi executada em uma tribuna, onde o condenado recebeu uma primeira rodada de dez golpes nas costas entre os aplausos do público.

A série foi interrompida para que o homem fosse examinado por um médico, que o considerou apto a receber mais 26 chibatadas.

Simbolon foi preso em outubro e condenado pela venda de álcool, que a sharia proíbe.

Esta sexta-feira foi um dos dez condenados - oito homens e duas mulheres - flagelados por infrações da lei islâmica, como prostituição ou apostas.

Um casal recebeu 20 chibatadas por estar muito perto um do outro, algo considerado uma violação da relação entre um homem e uma mulher antes do casamento.

Aceh tem cerca de cinco milhões de pessoas, das quais 98% são muçulmanas. Os não-muçulmanos presos por violar a lei islâmica podem escolher entre chibatas ou um processo judicial.

De acordo com o Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), existem formas de evitar a ressaca.

A primeira dica sugere que a pessoa prepare o estômago e o fígado antes de tomar bebida alcoólica, comendo alimentos ricos em gordura. Beber bastante água  também é importante para manter a hidratação do organismo e evitar a perda de líquido. Esses cuidados evitam a agressão direta sobre a mucosa do estômago e esôfago, reduzindo a sensação de queimação e náusea, decorrentes da irritação causada pela bebida alcoólica.

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O médico patologista Carlos Baía, do Hospital de Transplantes, recomenda observar a classificação do percentual de álcool que consta no rótulo da bebida. “O ideal é não abusar da bebida alcoólica. A intensidade da ressaca está relacionada à quantidade de álcool ingerida, não importando se a bebida é fermentada ou destilada”, disse.

No dia seguinte, para melhorar o metabolismo do fígado, é importante descansar, comer alimentos leves como verduras e legumes cozidos e diminuir o consumo de frituras, doces e alimentos gordurosos. “Tome água, chás e bebidas isotônicas à vontade”, afirma o médico.

Um balanço foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde sobre o número de abordagens realizadas durante os seis anos desde a implantação da Operação Lei Seca (OLS). Apesar de ainda serem registrados acidentes após ingestão de álcool, como o que vitimou uma família no bairro da Tamarineira no último domingo (26), houve redução da junção de bebida e direção. Segundo a SES, o número de crimes envolvendo embriaguez sofreu forte redução, registrado pela Operação.

Conforme os dados, desde 2011, quando foi implantada, a OLS já realizou mais de dois milhões de abordagens em blitzes, nas quais 40 mil pessoas foram autuadas por ingerirem álcool e dirigirem. Isso corresponde a 1,8% das abordagens, incluindo até aqueles que se recusaram a realizarem o teste do bafômetro ou cometeram outras irregularidades.

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Os dados apontam que, entre 2012 e 2014, os crimes por embriaguez eram de 400 ocorrências ao ano, mas entre 2015 e 2017 a redução chegou ao número de 150 casos. Conforme o coordenador da OLS, Fábio Bagetti, a intensão maior é sensibilizar e conscientizar a população. Ele também frisa que a tolerância para álcool e direção é zero.

Abordagens 

Ao todo, foram recolhidas mais de 42 mil carteiras de habilitação; mais de 180.400 multas; 39.787 infrações por alcoolemia (1.693 crimes); 29.993 recusas ao teste do etilômetro e 8.101 constatações de bebida ingerida pelo condutor). Em 2017, até o dia 29 de novembro, foram abordados mais de 345 mil veículos; quase cinco mil multas por alcoolemia e 28.390 multas em geral. 

Lei Seca nas festas de fim de ano

A partir do dia 21 de dezembro até 1º de janeiro, a Operação Lei Seca será intensificada nas rodovias federais e estaduais. Ao todo,  serão 84 ações de fiscalização e 24 ações educativas. 

Ação

No sábado (2), blitzes educativas serão realizadas em comemoração aos seis anos da operação. Essas blitzes serão instaladas nos principais corredores da cidade e o intuito é instruir os condutores sobre os riscos de dirigir embriagado. A ação contará com profissionais da Secretaria de Saúde, Detran-PE, Bombeiros, Polícia Militar, Samu e Universidade de Pernambuco. 

A Secretaria aponta que são gastos cerca de R$ 1 bilhão com os acidentados de moto, em Pernambuco. Em 2017, de janeiro a novembro 36.801 mil pessoas foram atendidas em alguma unidade de saúde por se envolverem em acidentes, dos quais 26.809 motociclistas. 

Miguel Filho Motta Silveira, de 46 anos, e a filha, Marcela Guimarães Motta Silveira, de 5 anos, continuam internados no Hospital Santa Joana, Zona Norte do Recife. Segundo boletim divulgado pela unidade de saúde na manhã desta terça-feira (28), o advogado permanece no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

“[Miguel] foi admitido com quadro de trauma tóraco-abdominal, sendo submetido a tratamento cirúrgico. Encontra-se sedado por necessidade terapêutica, recebendo suporte com ventilação mecânica invasiva, apresentando sinais de estabilidade dos demais sistemas orgânicos nas últimas 24 horas”.

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Conforme o hospital, Marcela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica. “[Marcela] foi admitida com quadro TCE grave. Encontra-se em estrado grave, instável, em coma, recebendo suporte de ventilação pulmonar mecânica invasiva e sedação contínua”.

O acidente aconteceu nesse domingo (26), no cruzamento entre a Rua Cônego Barata e a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, na Zona Norte do Recife, depois que João Victor Ribeiro de Oliveira, que estava sob efeito de álcool, avançou o sinal vermelho e atingiu a lateral do carro das vítimas. A colisão causou a morte de três pessoas - Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos; Maria Emília Guimarães, mãe das crianças; e Rosiane Maria de Brito Souza, que estava grávida e era babá da família.

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O motorista alcoolizado que matar uma pessoa no trânsito será preso em flagrante, não importa quanto tempo depois seja capturado. Essa é a proposta da deputada federal Christiane Yared (PR-PR) apresentada nesta terça-feira (7) na Câmara dos Deputados.

O projeto de lei 9015/2017 quer mudar o Código de Processo Penal para acrescentar novas possibilidades de flagrante. Atualmente, um motorista que foge do local do crime ao cometer um homicídio é beneficiado. Ao se apresentar dias depois, o criminoso pode responder o processo em liberdade.

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Para evitar essa manobra, Yared propõe que ocorra o flagrante não importando quando após a ocorrência o criminoso seja encontrado. "Queremos coibir uma trapaça realizada pelos criminosos para não responderem pelo crime que cometeram. A sociedade brasileira não aguenta mais ver tanto sangue derramado por motoristas bêbados. As vítimas precisam entender que não ficarão desamparadas pela lei", afirmou a deputada paranaense.

Em 2009, Yared perdeu um filho no trânsito vítima da imprudência cometida pelo então deputado estadual Carli Filho. O caso ficou conhecido em todo o país, que se comoveu com a dor da família. Nove anos depois, o caso não foi a julgamento

Uma das principais vozes no Congresso em defesa de um trânsito mais seguro, Christiane Yared apresentou mais de 20 projetos de lei que alteram a legislação ou destinam mais recursos para a educação no trânsito.

Da assessoria

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu em votação na tarde desta quinta-feira (21) que a nutricionista Gabriela Guerrero Pereira não terá seu processo julgado por júri popular. Ela é acusada de atropelar o administrador de empresas Vitor Gurman, em 2011, enquanto dirigia embriagada, segundo laudo da Polícia Civil. Ela responde ao processo em liberdade e recorreu da sentença.

O relator do caso, desembargador Fernando Torres Garcia, disse que não há indícios suficientes que comprovem que ela tenha cometido os atos propositalmente. “Não há indícios, mínimos que sejam, a indicar que a recorrente, deliberadamente, embriagou-se e assumiu o risco de produzir o resultado que lamentavelmente ocasionou a morte do jovem Vitor Gurman”, afirmou o magistrado.

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O caso

Gabriela Guerrero voltava com o namorado de um bar no Itaim Bibi, região nobre de São Paulo, na madrugada de 23 de julho de 2011. Ela dirigia um Land Rover além dos 100 km/h, embriagada, em uma rua onde o limite é de 30 km/h. Na ocasião, um motoqueiro chegou a afirmar que quem estava ao volante era o namorado da nutricionista, versão que foi desmentida pela perícia posteriormente. Câmeras de segurança mostraram o momento em que ela perde o controle e capota o carro, atingindo Vitor Gurman que estava na calçada.

Pouco antes do acidente, o administrador de empresa fez um discurso na formatura de sua turma, relembrando um colega que tinha perdido a vida ao dirigir embriagado.

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Dono das marcas de cerveja Itaipava e Crystal, o grupo Petrópolis lançou na última sexta-feira (15) o Saber Beber, programa que visa enfatizar a necessidade de beber com consciência, respeitando seus limites. A empresa colocou no ar um site com informações sobre efeitos do álcool, além de realizar ações da campanha nas redes sociais e nos eventos promovidos ou patrocinados pelas marcas do grupo.

Os mais de 26 mil colaboradores do Grupo, divididos em sete fábricas e quase 200 revendas em todo o país, além das agências parceiras, já foram impactados pelo programa, que teve início internamente no começo deste ano. “Nossa proposta é muito positiva e há uma grande preocupação com a responsabilidade social. Como o próprio nome do programa garante, entendemos que o problema não está no ato de ingerir álcool, mas sim a forma como é consumido", adverte Emerson Neves, gerente de comunicação da empresa.

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Os parceiros das marcas, como Aline Riscado e a dupla sertaneja Zé Neto & Cristiano, garotos propaganda, também apoiarão a causa, com mensagens em suas redes sociais destacando a importância do projeto. No Arruda, nos jogos do Santa Cruz, e na Arena Fonte Nova, na Bahia, também irão abrigar ações da campanha. “Fortalecer a cultura da moderação é um grande desafio. É importante engajar nossos parceiros", reforça Neves.

Para Saber Beber, é importante aprendermos mais sobre o álcool e seus efeitos no organismo:

O álcool pode ser produzido a partir da hidratação do etileno, proveniente do petróleo, ou por meio da fermentação de açúcares e cereais, como fazem as cervejarias. Nos Estados Unidos, ele também é obtido a partir do milho. E, no Brasil, proveniente da fermentação da cana-de-açúcar.

Características

– Em condições ambientes, o álcool é um líquido incolor, solúvel em água, inflamável, de sabor picante, odor levemente irritante e efeito moderadamente tóxico

– Entre as suas principais aplicações está seu uso em bebidas alcoólicas, que são classificadas em dois tipos: fermentadas não destiladas, como a cerveja, e fermentadas destiladas, como a vodca.

Efeitos

– Quando consumido com moderação, o álcool relaxa, desinibe e reduz a tensão. Além disso, pode gerar alegria e animação

– Em exagero, o álcool atua como depressor da parte central do sistema nervoso, resultando em falta de coordenação motora, sono, descontrole, distúrbio da capacidade de percepção e das habilidades

– Se consumido em doses muito elevadas, pode levar ao coma e à morte

O consumo frequente de álcool está associado a um risco mais reduzido de diabete em homens e mulheres, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas da Dinamarca. A pesquisa teve seus resultados publicados nesta quinta-feira, 27, na revista científica Diabetologia, da Associação Europeia de Estudos de Diabete.

De acordo com os autores da pesquisa, estudos anteriores já sugeriam de forma consistente que o consumo leve ou moderado de álcool está associado a um risco mais baixo de diabete em comparação com a abstenção, enquanto o consumo exagerado está ligado a um risco maior ou igual ao da abstenção.

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Na nova pesquisa, uma equipe de cientistas liderada por Janne Tolstrup, da Universidade do Sul da Dinamarca, examinou os efeitos da frequência do consumo de álcool sobre o risco de desenvolver diabete, considerando também a associação com tipos específicos de bebida.

"Os resultados podem parecer contraintuitivos, porque as pessoas sabem que a bebida alcoólica é ruim para os diabéticos e, portanto, tendem a associar o uso de álcool com um maior risco de desenvolver diabete no futuro", disse Janne à reportagem. "Mas a associação entre um consumo moderado de álcool e um risco menor de diabete já havia sido sugerida por inúmeros estudos anteriores."

Segundo Janne, os resultados mostram uma relação não linear entre o consumo de álcool e o risco de diabete.

"Os que apresentaram menor risco de diabete, em comparação aos abstêmios, foram aqueles que bebem moderadamente com frequência", disse Janne. "O excesso de álcool, por outro lado, não reduziu os riscos, aumentando-os em alguns casos."

A pesquisadora afirmou, no entanto, que será preciso realizar mais estudos para entender o mecanismo pelo qual uma ingestão moderada de álcool reduz os riscos de diabete.

"A frequência do consumo tem certamente um papel importante na associação entre álcool e redução de risco de diabete. Mas não sabemos ainda como se dá esse mecanismo, do ponto de vista biológico", explicou Janne. "Uma hipótese é de que talvez uma frequência moderada de consumo do álcool tenha um papel na regulação do sistema de insulina do organismo."

Categorias

O estudo envolveu 70.551 participantes da Pesquisa Dinamarquesa de Exame de Saúde, realizada em 2007 e 2008, na qual dinamarqueses de mais de 18 anos completaram um questionário que incluía fatores ligados à saúde e estilo de vida. Foram excluídos previamente aqueles já diagnosticados com diabete e as mulheres grávidas - que frequentemente mudam os hábitos de consumo de álcool. Os participantes foram acompanhados até 2012.

A partir dos questionários, foram estabelecidos os padrões de consumo de álcool em diversas categorias. Os abstêmios foram divididos entre os que já beberam no passado e os que nunca beberam. Já os consumidores de álcool foram divididos por frequência de consumo: menos de um dia por semana, de um a dois dias por semana, de três a quatro dias por semana e de cinco a sete dias por semana.

A frequência de consumo compulsivo - quando a pessoa toma mais de cinco doses em uma ocasião - foi dividida nas categorias "nunca", "menos de uma vez por semana" e "mais de uma vez por semana.

O consumo de tipos específicos de bebidas - vinho, cerveja e destilados - foi dividido nas categorias "menos de uma dose por semana", "1 a 6 doses por semana" e "mais de 7 doses por semana", para mulheres; e "7 a 13 doses por semana" e "mais de 14 doses por semana", para homens.

Foram calculadas as médias de quantidade semanal de álcool tanto para bebidas em geral como para tipos específicos de bebidas. Os participantes também responderam se seu consumo de álcool havia diminuído, aumentado ou permanecido estável nos últimos cinco anos.

Os dados foram ajustados estatisticamente para idade, sexo, nível educacional, índice de massa corporal (IMC), uso de tabaco, dieta, tempo de lazer e histórico familiar de hipertensão e diabete. Durante os cinco anos de acompanhamento, 859 homens e 887 mulheres desenvolveram diabete.

Quantidade e frequência

Em termos de quantidade semanal de álcool, os resultados foram semelhantes aos de estudos anteriores: o risco mais baixo de desenvolver diabete foi registrado entre os indivíduos que consumem quantidades moderadas de álcool.

Homens que consomem 14 doses por semana tiveram um risco de diabete 43% mais baixo em comparação aos abstêmios. As mulheres que consomem nove doses por semana tiveram um risco 58% mais baixo em relação às mulheres que não bebem nenhuma gota.

Em termos de frequência, os dados revelaram que o consumo de álcool de três a quatro dias por semana correspondeu ao menor risco de diabete - 27% mais baixo em homens e 32% mais baixo em mulheres, em comparação aos indivíduos que bebem menos de um dia por semana.

De acordo com os autores, o estudo não encontrou evidências claras de uma associação entre consumo compulsivo de álcool e risco de diabete, o que eles atribuem ao baixo poder estatístico dos dados, já que poucos participantes relataram consumo compulsivo.

Tipos de bebidas

No que diz respeito ao tipo de bebida, o consumo moderado a alto de vinho foi associado ao menor risco de diabete, em consonância com estudos anteriores. Os autores sugerem que isso pode ser atribuído aos efeitos benéficos de polifenóis existentes no vinho sobre o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue, dando ao vinho tinto um potencial especial de proteção.

Homens e mulheres que consumiram sete ou mais doses de vinho por semana tiveram um risco de 25% a 30% mais baixo de diabete em comparação aos que tomaram menos de uma dose por semana.

Consumir entre uma e seis cervejas por semana resultou em um risco 21% mais baixo de diabete em homens, em comparação com os que tomam menos de uma cerveja por semana. A cerveja não mostrou nenhuma relação com o risco de diabete em mulheres.

Os autores não encontraram nenhuma associação estatisticamente considerável entre a média semanal de doses de destilados e diabete em homens. Entre as mulheres, no entanto, tomar sete ou mais doses semanais de destilado está associado a um aumento de 83% do risco de diabete, em comparação com as mulheres que consumiram menos de uma dose por semana.

Nas fortes batidas do tambor e palmadas marcadas no pandeiro, a sonoridade ganha forma em busca do ritmo ideal. A musicalidade recebe ainda o incremento de outros instrumentos de percussão, além de vozes que conduzem canções envolventes, afinadas e com uma proposta que vai além da habilidade musical. Quando dezenas de homens se unem em volta de um professor para dar o tom perfeito a músicas tradicionais da cultura brasileira, o objetivo principal, ainda assim, não é o tom perfeito. O que se busca é a paz mental e a vitória em uma guerra contra o obscuro mundo das drogas.

A cada batida, um passo contra o vício. A cada canção, uma prova que a droga não é imbatível. E no ritmo envolvente da percussão, homens antes submetidos à penúria da dependência química constroem, aos poucos, uma história de superação por meio de atividades que servem como ferramentas de apoio ao tratamento psiquiátrico. Essa é uma das alternativas adotadas no Recife para ajudar quem aceitou brigar contra os malefícios das drogas e passou a sentir prazer em afazeres que despertam talentos e rememoram o gosto pela musicalidade deixado para trás na época da dependência.

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No bairro de Afogados, Zona Oeste da capital pernambucana, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) recebe, há quase três anos, aulas de percussão para cidadãos que precisam de tratamento contra o vício em drogas, tais como crack e álcool. A atividade é promovida pela Prefeitura do Recife de forma gratuita e atende mais de 100 alunos semanalmente, sem exigência de qualquer experiência musical. Um dos objetivos da iniciativa é desenvolver habilidades mentais entre os participantes por meio dos ritmos, além da tentativa de despertar prazer em uma atividade diferente do consumo das drogas. Os instrumentos são distribuídos entre os pacientes e, sob o comando do professor Ubiratan Pereira, todos ensaiam e interpretam canções brasileiras de diferentes ritmos.

Na luta diária contra o vício, as aulas de percussão realizadas no Recife não representam as únicas atividades alternativas de subsídio ao atendimento psiquiátrico. Iniciativas com temáticas artísticas e de terapia ocupacional unem forças para ajudar os profissionais de saúde no tratamento dos pacientes, sob o entendimento de que as drogas, principalmente o crack, tornaram-se uma mazela social que precisa, radicalmente, ser combatida. Para isso, é fundamental o trabalho em conjunto entre poder público, organizações não governamentais e sociedade civil.

 

Ciente da difícil missão que é o enfretamento das drogas no Brasil, o professor Ubiratan explica que as dificuldades não podem diminuir o ímpeto dos educadores e oficineiros que se utilizam das atividades alternativas. Para ele, o lúdico tem um papel importante no processo de ressocialização dos pacientes, e quando a música torna-se uma ferramenta, os próprios alunos passam a se envolver nas aulas com mais afinidade.

“Um dos objetivos também é dar facilidade para que eles se desenvolvam artisticamente. Eles se valorizam e muitos gostam de música! Mostramos a possibilidade de crescerem artisticamente e, mesmo sem experiência com instrumentos musicais, passam a desenvolver o manuseio. Já encontrei até músicos que se redescobriram nas aulas de percussão, e durante os encontros trabalhamos técnicas vocais e canto, por meio de obras da cultura popular, como forró, maracatu, MPB, samba e reggae”, explana o professor de percussão, complementando que os alunos já realizaram apresentações em festividades promovidas no Recife. 

A musicalidade dos instrumentos, de acordo com o professor, desperta a memória dos alunos, contribuindo para o tratamento. “Há o desenvolvimento da saúde mental. Eles puxam pela memória algumas músicas que já conheciam e quando esquecem, eu relembro. Devido ao uso de álcool e outras drogas, eles são afetados, existe esquecimento, falta de concentração. A música ajuda no processo de concentração, porque o alinhamento do ritmo, a partir das batidas diferenciadas que formam uma canção, exige atenção. Eles são muito receptivos com a música e, graças a Deus, todos eles têm aceitado o trabalho. As aulas trazem animação, eles se sentem à vontade, relembram canções que os deixam bem. A música tem o poder de unir e eles estão juntos nessa caminhada contra as drogas”, destaca Ubiratan.

Aos 43 anos, José Cláudio Santana, morador do bairro da Mangueira, no Recife, aceitou o desafio de combater o álcool. Ele procurou os serviços do Caps e resolveu participar das aulas de percussão como complemento do tratamento psiquiátrico. Segundo José, as aulas proporcionam tranquilidade, sentimento praticamente oculto na fase do vício. “Cada aula traz algo de bom para a gente. Aqui esqueço das coisas ruins da rua, canto, toco os instrumentos, me sinto bem. Aqui a gente se une para ajudar um ao outro. E ter música é muito bom”, conta.

Assim como José, Marcilio Antônio da Silva, 34 anos, decidiu lutar. Por causa do vício, passou por problemas familiares, perdeu oportunidades de trabalho, mas teve a consciência de que precisava de ajuda profissional. Além do tratamento psiquiátrico, o rapaz, que também reside na Zona Oeste do Recife, aderiu às aulas de percussão. Embalado no ritmo das batidas, Marcilio enxerga na música um momento de liberdade e que pode ofuscar o caminho das drogas. No vídeo a seguir, acompanhe o professor Ubiratan e os alunos em uma aula de percussão e de que forma ela gera benefícios.

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Artesanato, cores e paz

Objetos cujo destino seria o lixo passaram a ser reciclados em prol do artesanato. Em paralelo, vidas se reciclam em busca da vitória contra a dependência química. Tudo começa a ganhar forma e cor, e por mais que pareça apenas uma simples atividade artística, é de fato mais uma alternativa para recuperar a dignidade de cidadãos antes vítimas das drogas. No bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife, unidade do Caps oferece oficinas para pacientes que, gratuitamente, recebem tratamento no local.

Garrafas pet, papelão, tinta e papel são alguns objetos que dão vida a peças de artesanato, como brincos, diademas, bacias, colares, entre outros. Semanalmente, cerca de 40 alunos recebem instruções de reciclagem e colocam a mão na massa para confeccionar os produtos, utilizando tesouras, tinta, papeis, cola e tecidos coloridos. Além de servir como terapia ocupacional e ajudar o tratamento psiquiátrico, a iniciativa também procura despertar nos participantes uma chance de empreender e fazer da produção artesanal uma fonte de renda. Os produtos, inclusive, são comercializados em espaços públicos do Recife e toda renda é distribuída entre os artesãos. Os valores das peças variam de R$ 7 a R$ 50.

“Trabalho diretamente com os usuários ensinando arte, artesanato. Comecei trabalhando com reciclagem, porque é um tipo de atividade que facilita eles acharem os produtos, como garrafas, latas de queijo, revistas, papelão... Eles têm um interesse enorme de conseguir os materiais para as aulas e é gratificante ver a forma como eles trabalham”, explica a arte-educadora Lourdes Maria Gouveia de Albuquerque.


De acordo com a integrante da equipe técnica da Coordenação de Saúde Mental da Prefeitura do Recife, Veruska Fernandes, além do próprio artesanato como ferramenta parceira do tratamento psiquiátrico, as unidades dos Caps têm como meta incentivar o empreendedorismo entre os participantes. “Dentro dos serviços já existem atividades terapêuticas. E o que a gente vem tentando fortalecer é a questão da geração de renda, porque pode servir como um aporte financeiros para os alunos”, explana Veruska.

Há quase quatro meses, Jorge Coelho Neto, de 53 anos de idade, participa das oficinas de artesanato. Para ele, as aulas se tornaram mais fáceis e atrativas, já que ele próprio trabalha com artesanato, confeccionando miniaturas de barcos. De acordo com Jorge, a reciclagem prende a atenção dos participantes e se apresenta como uma alternativa valorosa no tratamento. 

Segundo o gerente clínico da unidade do Caps do Ipsep, Marcio Soares, a oficina desperta prazer nos alunos. “Muitas vezes, a questão da droga desorganiza os usuários, ao ponto que eles não conseguem sentir prazer em outras coisas. E esta atividade é prazerosa, e saúde, ampliando seu conceito, dá acesso à cultura, arte e direitos. O artesanato tem um impacto na autoestima e na possibilidade da satisfação para além do uso de drogas. Você passa a sentir prazer em outras atividades”, comenta Soares.  

Recife conta com 17 Caps. Parte deles beneficia usuários de álcool e outras drogas, enquanto também existem unidades exclusivas para pessoas diagnosticadas com problemas mentais. Os endereços e telefones dos Centros podem ser conferidos no site da gestão municipal. Assista, a seguir, a um vídeo com mais detalhes da oficina de artesanato.

 

Parceria em nome da saúde

Da mesma forma que é visível a importância da música, arte e terapia ocupacional como ferramentas para o tratamento dos pacientes, é fundamental entender que essas são ajudas que subsidiam o tratamento médico. A psiquiatria não pode ser deixada de lado durante a recuperação de dependentes químicos, mas sim precisa caminhar, harmonicamente, paralela às ideias que levam o lúdico para pessoas que necessitam de ajuda.

Psiquiatra diretora da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Luciana Paes de Barros explica que o tratamento médico se apresenta indispensável contra o vício. No entanto, ela destaca o valor das atividades alternativas, a exemplo do artesanato e da música. “Esse tipo de atividade não é o tratamento em si, é uma parte dele. O tratamento de dependência química envolve várias áreas, porque é uma doença. Então, quanto doença, precisa ser vista dentro da questão orgânica, como está a saúde desse indivíduo, a situação física e mental. Precisa ser vista a percepção do que está acontecendo, a conscientização dele. Parte do tratamento é usar esse tipo de acessório, para fazer com que esse indivíduo utilize medicamentos e passe por desintoxição”, orienta a especialista. 

Segundo a psiquiatra, também é importante trabalhar a possibilidade dos pacientes se envolverem com algum hobby ou atividade de qualificação que possa ajudá-lo a desenvolver-se mentalmente. “Cursos, verificação de habilidades vocacionais, para uma melhor inserção para a volta nas habilidades laborais. Voltar a estudar é importante. É interessante mostrar outras formas que têm prazer – diferente da droga -. Isso tudo pode fazer com que o indivíduo valorize o real prazer da vida, que antes ele já não tinha mais”, frisa. 

Sobre a prática de trabalho que envolve médicos psiquiatras, oficineiros e terapeutas ocupacionais, Luciana Paes detalha que existem encontros contínuos entre os profissionais para definir o tratamento ideal de cada grupo de pacientes. Esse diálogo facilita a escolha das atividades mais indicadas para a recuperação dos indivíduos. “Nos Caps você tem reunião de equipes e todos participam. Também existem as assembleias, que também contam com a participação dos pacientes que podem reivindicar algo. Nas reuniões sem os pacientes, existe uma troca com os outros profissionais em relação às suas visões sobre paciente, para que se entenda o que precisa ser trabalhado durante o tratamento. É uma complementação das áreas da saúde, psicológica, terapia ocupacional, educação física, psiquiatria, entre outros segmentos”, comenta a diretora da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria. 

Ainda em entrevista ao LeiaJá, Luciana Paes traz mais detalhes dos tratamentos utilizados para combater o vício em drogas, bem como ela opina acerca do principal desafio para quem resolve enfrentar a dependência química. As informações você confere no áudio a seguir:

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Um caminhoneiro foi flagrado, na segunda-feira (19), em Petrolina, Sertão de Pernambuco, com um isopor contendo latas de cerveja. Quatro latas estavam fechadas e uma estava vazia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o condutor estava com sinais de embriaguez. Ele fazia a rota do Rio de Janeiro para Serra Talhada. 

Ainda de acordo com a polícia, o veículo foi encontrado através de uma denúncia de alguém que o viu bebendo enquanto dirigia na rodovia. O homem, de 43 anos, admitiu ter ingerido bebida alcoólica, contudo recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Após ser abordado pela polícia, ele foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil da região. 

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Quem é flagrado dirigindo sob efeito de álcool está sujeito a uma multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por um ano. Diante de situações como essa, a Polícia Rodoviária Federal pode ser acionada através do telefone 191, para denunciar gratuitamente e de forma anônima.

O consumo de álcool per capita no Brasil aumentou 43,5% em dez anos e agora supera a média internacional. Em 2006, cada brasileiro a partir de 15 anos bebia o equivalente a 6,2 litros de álcool puro por ano. No ano passado, a taxa chegou a 8,9. Com isso, o País figura na 49.ª posição do ranking entre os 193 avaliados. Os dados foram divulgados ontem pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a pesquisa, o país com o maior índice per capita de consumo de álcool é a Lituânia, onde os habitantes bebem o equivalente a 18,2 litros de álcool puro (medida que leva em conta o porcentual de álcool na bebida) por ano. A Bielorrússia aparece na sequência, com 16,4 litros por ano, seguida pela Moldávia (15,9) e Rússia (13,9). Dos dez países que ocupam as primeiras colocações, nove estão no Leste Europeu.

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A média mundial é de 6,4 litros por ano. Na África, o consumo é, em média, de 6 litros por ano. Nas Américas, a taxa é de 8,2 e na Europa, de 10,3, puxada pelos países do leste.

A OMS não vê o consumo do álcool em si como um problema, mas considera que o uso excessivo e a falta de controle em certas situações podem se transformar em ameaça. Um total de 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos pelas consequências da bebida - 5,9% de todas as mortes no mundo. No grupo das pessoas entre 20 e 39 anos, 25% das mortes têm uma relação direta com o álcool.

Levantamento da OMS também constatou que o álcool pode causar mais de 200 doenças, incluindo mentais.

Responsabilidade

Para a OMS, "governos têm a responsabilidade de formular, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas para reduzir o uso excessivo do álcool". Entre as medidas, a entidade sugere regular o marketing de bebidas, o acesso à compra e elevar impostos.

Clarice Madruga, psicóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), concorda. Segundo ela, o principal motivo para o aumento do consumo de álcool no País é a falta de uma política de prevenção universal. "O Brasil não adota as políticas eficazes que fizeram outros países reduzirem o consumo."

A psicóloga ressalta que, no Brasil, diferentemente da maioria dos países, não há uma licença específica para a venda de álcool. "Todo lugar com alvará - padaria, loja de conveniência, posto de gasolina - pode vender bebida. Isso sem falar na venda informal e para menores."

Segundo Clarice, entre as mulheres houve o maior aumento de consumo nos últimos anos. Com a inserção no mercado de trabalho, o acúmulo de papéis sociais e a elevação do estresse, elas estão mais expostas ao álcool e, pior, têm mais propensão à dependência. "Por causa dos hormônios, o efeito do álcool e de outras drogas é muito mais prazeroso para a mulher." Clarice ressalta que o alto consumo de álcool traz mais prejuízos para a sociedade do que para o indivíduo.

O publicitário Décio Perez, de 58 anos, viu a vida ser destruída por causa do álcool, mas reagiu. "É uma coisa lenta e progressiva. Você acha que está no controle, mas é engano. Você perde a família, amigos, o emprego."

O Ministério da Saúde diz já adotar uma política que enfoca no "fortalecimento de fatores de proteção e redução de fatores de risco e vulnerabilidades que possam levar ao uso prejudicial de álcool e outras drogas". "Entre 2013 e 2016, as ações dos programas alcançaram mais de 10 mil crianças, 47 mil adolescentes e mil famílias."

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