Tópicos | apologia

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) denunciou uma atividade com apologia ao nazismo numa escola estadual de Arapongas, no Paraná. As imagens compartilhadas pela parlamentar nas redes sociais neste domingo, 8, mostram alunos ao lado de um boneco com o bigode em referência ao ditador Adolf Hitler, além de faixas vermelhas com a suástica pregadas nas paredes. A Secretaria de Educação do Paraná afirmou que está apurando o caso.

As fotos foram publicadas, originalmente, pelo perfil do Colégio Marques Caravelas na sexta-feira, 6, e apagadas horas depois. A descrição menciona que a atividade era parte de um projeto dos alunos do 3º do ensino médio sobre a Segunda Guerra Mundial. Segundo o texto, os estudantes também entrevistaram a filha de um soldado nazista, moradora de Rôlandia (PR).

##RECOMENDA##

"A senhora entrevistada é Relinda Kronemberg, nasceu em 1934 e com oito anos voltou para a Alemanha. O seu pai era nazista e queria lutar pelo país", dizia a publicação, que foi deletada posteriormente.

O colégio ainda parabenizou a realização do evento e a iniciativa da professora responsável pela atividade na publicação. Além disso, classificou a conversa com a senhora como uma "belíssima e forte experiência", que "certamente irá tocar os corações de todos que assistirem a entrevista".

A publicação do colégio foi curtida pelo Núcleo Regional de Educação de Apucarana, braço da Secretaria de Educação do Estado na região.

Ao Estadão, a deputada Carol ressaltou que esse não é um caso isolado. "Há poucos meses, tivemos a deflagração de uma operação que fez busca e apreensão em diversas cidades dos Estados da região sul. Nesse cenário, é dever do campo democrático estar vigilante para qualquer ação ou discurso que possa fazer um regime nazista parecer justificável", disse.

A parlamentar ainda afirmou que, nas postagens, havia comentários de alunos que não entenderam a gravidade da situação. "É dever do governo do Estado e de toda a sociedade não deixar essa deturpação acontecer."

Secretaria de Educação apura o episódio

Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná afirmou que está apurando o caso. "A Seed-PR reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas encarada com extrema gravidade. A Secretaria instaurou procedimento de averiguação urgente e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído", disse.

A Polícia Federal em São Paulo vasculhou, na manhã desta terça-feira, 27, a casa de um homem de 67 anos acusado de fazer apologia ao nazismo na internet. Durante as diligências, executadas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba (interior paulista), o suspeito "reconheceu ser adepto do nazismo", informou a PF.

O homem foi enquadrado na lei que trata de "crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor" e, se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão.

##RECOMENDA##

Durante as buscas na casa do suspeito, a PF encontrou imagens que remontam ao regime nazista, com as inscrições "Meine Ehre heißt Treue" - "lema da Schutzstaffel, organização paramilitar da Alemanha nazista sob comando de Adolf Hitler".

Segundo a corporação, o homem escrevia textos afirmando que "anos em que Hitler esteve à frente da Alemanha teria havido queda dos índices de crime, melhoria da saúde, diminuição do desemprego".

O homem também sustentava que o mundo "seria um lugar muito menos caótico se o resultado da Segunda Guerra Mundial fosse justamente o oposto do que foi".

Sob o comando de Hitler, a Alemanha nazista exterminou milhões de pessoas no Holocausto. Quase oitenta anos depois da Segunda Guerra, o Brasil vê o crescimento de organizações nazistas e neonazistas.

Em abril, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, determinou que a Polícia Federal apure os movimentos dessas organizações.

Deputados que integram a bancada do PSOL na Câmara protocolaram na manhã desta quinta-feira, 31, no Ministério Público Federal, uma representação pedindo a investigação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Defesa Braga Netto por suposta 'incitação ao crime' e 'apologia de crime ou criminoso' em razão da nova exaltação do golpe de 31 de março de 1964, que marcou o início da ditadura militar - período sombrio marcado por torturas, assassinatos e censura.

O documento também atribui a Bolsonaro e a Braga Netto crimes de responsabilidade e atos de improbidade administrativa, solicitando que o Ministério Público Federal 'tome todas as providências cabíveis' para a imediata retirada de todas as ordens do dia que o governo editou para fazer 'apologia' ao golpe. Além disso, os deputados pedem a responsabilização do presidente e do ministro da Defesa por dano moral coletivo, com indenização a ser revertida a organizações de direitos humanos em defesa da Memória, Verdade e Justiça.

##RECOMENDA##

"Ao pretender sua volta (da ditadura), os Representados (Bolsonaro e Braga Netto) incitam a prática dos mesmos crimes antes cometidos como a tortura, o abuso de poder, as lesões corporais, os homicídios e numerosos outros tipos penais todos atentando contra a sociedade, a democracia, as organizações, a liberdade e a vida das pessoas", sustentam os parlamentares.

Os deputados ressaltam que a ordem do dia assinada por Braga Netto contraria 'a Constituição, os fatos históricos e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, em especial aqueles relacionados ao exercício dos direitos políticos e respeito à democracia'. A representação diz que o presidente e o ministro da Defesa são responsáveis por 'comportamentos reiterados e permanentes de afronta' à carta magna.

"O que se observa, portanto, é que o Estado brasileiro, conduzido por Jair Bolsonaro, além de ignorar as determinações da Constituição Federal e da Corte Interamericana de Direito Humanos, atua em sentido diametralmente oposto: faz apologia à ditadura militar em plena página oficial do governo", sustentam os parlamentares.

Após ser citada na ordem do dia assinada pelo ministro da Justiça, a Ordem dos Advogados do Brasil também se manifestou sobre o aniversário do golpe militar, reafirmando seu 'compromisso com o Estado de Direito e com a defesa do sistema eleitoral vigente, que tem assegurado a continuidade da democracia no país'.

Em nota, o presidente da entidade, Beto Simonetti, sustentou que a ordem contestou o Ato Institucional Número 5 (AI-5) - o mais duro da ditadura - e as prisões politicas. Segundo o advogado, a OAB 'protagonizou a luta pela democracia'.

Na ordem do dia que exalta a ditadura, Braga Netto alega que o golpe teria sido apoiado por famílias, igrejas, empresários, políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as Forças Armadas e a "sociedade em geral".

Abdessalem Martini, cidadão argelino residente no Brasil foi condenado após fazer apologia ao nazismo em postagens no Facebook. O Ministério Público Federal (MPF) detalhou as imagens veiculadas nas redes sociais pelo suspeito em abril de 2017. Nas postagens, o acusado enaltece símbolos e personagens do regime ditatorial alemão, entre eles Adolf Hitler. Em depoimento à Justiça, o suspeito confirmou ser o autor dos posts, mas argumentou "que não tinha conhecimento de que tais publicações seriam crimes no Brasil".

Sobre este ponto, a 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo considerou que a justificativa apresentada pela defesa deveria ser descartada. "O desconhecimento da lei é inescusável, e, no caso, o agente não conseguiu demonstrar que, no exato momento que desenvolvia a conduta típica, não tinha condições de compreender o caráter ilícito". Em uma das postagens investigadas pela Justiça, o homem compartilhou uma imagem com a seguinte legenda: "maior grande líder na história da humanidade", em referência a Hitler.

##RECOMENDA##

Na rede, ele utilizava um nome falso. Por isso, a identificação do acusado foi confirmada por meio do número de telefone vinculado à conta do Facebook. Esse não é o primeiro delito que o argelino é acusado. Ele também é investigado por envolvimento por participação em organização criminosa. Foi justamente a partir dessa pista que o MPF descobriu as postagens de cunho nazista.

Para a base da condenação, o juiz Fernando Toledo Carneiro destacou que as informações sobre a criminalização de divulgação do nazismo são de fácil acesso. "No Brasil, é um tema bastante corriqueiro na mídia brasileira, bastando uma breve pesquisa nos sites de buscas para se constatar a ilicitude", avaliou. Quando o acusado prestou depoimento, admitiu que errou e pediu desculpas aos brasileiros, além de alegar que "não coaduna com a ideologia nazista".

O crime de veiculação da cruz suástica para fins de divulgação do nazismo está previsto no artigo 20 da Lei nº 7.716/89. O homem foi condenado a pagar dois salários mínimos e a se colocar à disposição da Justiça para prestação de serviços comunitários.

Defesa

A reportagem ainda não havia conseguido contato com a advogada do suspeito até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação da defesa.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou inquérito nesta semana para apurar as denúncias de que uma loja localizada em Gravataí estaria vendendo produtos que fazem apologia ao nazismo.

Segundo o site Gaúcha ZH, o delegado Maurício Arruda Coronel deu o prazo de 30 dias para concluir as investigações. Para começar, deve ser ouvido o vereador Leonel Radde (PT), que é policial e foi o responsável pela denúncia.

##RECOMENDA##

Radde, por sinal, revelou detalhes dos produtos anunciados e até mesmo nome da loja em uma série de posts em sua conta no Twitter.

“Se a empresa nos acionou judicialmente pois consideram que o que estão fazendo é lícito, por que estão apagando as imagens dos produtos? Por que o Mercado Livre apagou?”, questionou o vereador petista.

[@#video#@]

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei (2421/20) que pune, com detenção de 1 a 3 anos e multa, a exibição ostensiva de armas de fogo nas redes sociais, ou a demonstração de técnicas de uso e treinamento, por pessoas alheias à indústria de armamento, ao comércio e aos cursos de tiro autorizados.

A proposta é de autoria do deputado Alencar Santana Braga (PT-SP). O texto acrescenta a punição no Estatuto do DesarmamentoBraga afirma que o objetivo é coibir a apologia às armas nas redes sociais por pessoas que não estão ligadas ao mercado de armamentos.

##RECOMENDA##

“Esse tipo de conduta irresponsável pode levar a população a concluir que a forma de solução de conflitos em sociedade deva se dar exatamente com o uso desses objetos letais, algo que sem dúvida alguma causará um sensível aumento dos alarmantes índices de violência no País”, disse.

O projeto será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Funkeiro Mc Maneirinho usou seu perfil no Instagram nesta quinta-feira (29) para comunicar os fãs de que recebeu uma intimação judicial em sua residência. O motivo seria uma suposta apologia ao crime em suas músicas.

O artista, que conta com mais de 54 milhões de visualizações no hit "Chefe é Chefe", fez um apelo aos fãs e disse estar sendo "vítima de uma covardia".

##RECOMENDA##

"Estou sendo acusado de apologia ao crime. Peço que todos meus seguidores funkeiros e amigos da música que me ajudem nessa. Não posso ser vítima dessa covardia que estão querendo fazer comigo e outros funkeiros. Já não basta tudo que eu tive que passar durante todos esses anos. Quem me conhece sabe do meu caráter e minha dedicação ao meu trampo", disse.

O cantor publicou uma imagem da intimação em seu perfil, no documento ele é intimado a comparecer na Delegacia de Combate às Drogas, no Rio de Janeiro e casa não cumpra será acusado pelo crime de desobediência.

Nos comentários amigos e fãs deixaram mensagens de apoio ao funkeiro. A empresária Kamilla Fialho, escreveu que também passou pela mesma situação com MC Sapão. "Que vergonha do nosso país, viu? E olha como estamos parados no tempo. Passei por isso com Sapão há 10 anos e mesmo com crescimento absurdo do funk nesse período as coisas continuam da mesma forma", escreveu ela.

[@#video#@]

A Polícia Federal registrou um aumento de denúncias envolvendo apologia ao Nazismo e, até julho deste ano, abriu mais que o dobro de inquéritos em comparação a todo o ano passado. As investigações dispararam em 2018 e seguem em disparada.

Só de janeiro a julho deste ano foram abertas 80 investigações para apurar a conduta delituosa. Enquanto em todo ano passado houve 39 casos de apologia ao Nazismo.

##RECOMENDA##

De 2003 a 2008, o registro de inquéritos não ultrapassou 10 casos. Os dados se mantiveram baixos até 2018, quando foram abertas 15 investigações, e seguem em uma crescente, aponta o Fiquem Sabendo com informações da Lei de Acesso à Informação (LAI). Uma exceção foi 2010, com 16 casos investigados.

Os dados colhidos entre 2003 e 2020 revelam que São Paulo é o líder de casos, com 65 inquéritos, seguido pelo Rio de Janeiro e Rios Grande do Sul.

LeiaJá também:

--> Governo Bolsonaro é acusado de flertar com o nazismo

--> Secretário de Bolsonaro parafraseia ministro de Hitler

--> Empresário é preso com artigos nazistas e arsenal ilegal

--> Professor se fantasia de 'nazista' e causa polêmica

Na última terça-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro fez o que seria uma piada envolvendo a defesa do uso da cloroquina por pacientes com Covid-19. Mas a “Tubaína” que o mandatário citou em entrevista como se fosse a opção para a “esquerda” não se tratava do refrigerante famoso. É o que garante o ex-deputado Adriano Diogo, que presidiu a Comissão da Verdade em São Paulo. Segundo ele, a “Tubaína” era um apelido dado a um tipo de tortura usado por militares durante a ditadura no Brasil.

Originária da idade média, a “tortura d´água” – apelidada por torturadores em São Paulo de “Tubaína” – consiste em colocar um funil na garganta da vítima e provocar a ingestão de grande quantidade de líquido.

##RECOMENDA##

“Esse jargão de chamar o afogamento de tubaína era comum entre os militares. Ouvimos isso várias vezes. O torturador falava: ‘quer tomar uma tubaína filho da p...’ e introduzia o funil na boca (dos torturados) por onde colocava água e até líquidos mais complicados, como o óleo de rícino”, conta Adriano Diogo, que foi torturado durante o regime militar.

Histórico de apologia - Não é a primeira vez que Bolsonaro usa expressões que fazem apologia aos crimes cometidos durante o regime militar. Em uma transmissão ao vivo em outubro de 2019, Bolsonaro ameaçou enviar funcionários do Ministério do Meio Ambiente para a “ponta de praia”, porque estavam dificultando uma licença ambiental para a construção de uma loja Havan, do seu apoiador Luciano Hang.

Na ditadura, militares usavam o termo “ponta de praia” para se referir à base da Marinha na Restinga de Marambaia (RJ), para onde eram encaminhados opositores do regime marcados para morrer. “Era um centro de tortura de onde dificilmente se saía vivo. Muitos dos ‘desaparecidos’ da ditadura militar passaram por aquelas instalações”, disse a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional) na época.

Vale lembrar ainda que durante a votação do Impeachment da presidenta Dilma Roussef, o então deputado federal Jair Bolsonaro dedicou seu voto a Brilhante Ustra, conhecido torturador que tinha tido como uma das vítimas a petista.

A apologia à ditadura militar é crime no Brasil, previsto na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83), na Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079/50) e no próprio Código Penal (artigo 287). 

Na última segunda-feira (11), o Estratégia Concursos, preparatório para certames, foi acusado de fazer uma publicação com apologia ao estupro. No Instagram, os internautas ainda acusaram o conteúdo do cursinho de ser misógino, machista e racista.

"O concurseiro estuda com material pouco profundo, sem clareza, não faz questões da banca; ou seja, sem uma retaguarda de conhecimentos que aguente a profundidade com que a banca introduz os conteúdos e diversas posições doutrinárias. E aí... a situação fica preta!", consta a publicação que logo depois de receber diversas críticas, foi apagada.

##RECOMENDA##

O pequeno vídeo continha uma mulher branca, indicada como “concurseiro”, sendo carregada por um homem negro, seguido por outros homens, chamados de “examinadores do Cespe”. Em nota, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/Cebraspe) informou ao LeiaJá que considera a situação inadmissível. “O Cebraspe é uma Organização Social desde 2014 e reconhecida nacionalmente pela qualidade dos concursos públicos que realiza. Enquanto instituição que presta serviços para a sociedade e tem como um de seus valores o respeito ao ser humano, considera inadmissível que uma entidade de ensino promova esse tipo de conteúdo ofensivo em seus canais de comunicação”, disse. 

Nos comentários, os internautas cobraram da instituição uma explicação. "Por que apagaram o último post? Queremos uma explicação", disse uma seguidora. "Nunca senti tanta vergonha de ser aluna de vocês depois daquele vídeo vergonhoso. Vou parar de seguir vocês para não ter que cancelar a assinatura se publicarem algo tão baixo novamente. Lamentável, completo desrespeito com os alunos e professores", critica a outra.

Nas redes sociais, o coordenador do Estratégia Concursos, Ricardo Vale emitiu uma nota de esclarecimento. "Estava no meio de uma reunião com os principais líderes da Diretoria Pedagógica quando um deles me mostrou um post absurdo do Estratégia. Ao mesmo tempo, a @profnadiacarolina veio me mostrar o post", disse. "Eu e a Nádia, pessoalmente, apagamos imediatamente o post, que já estava há 20 minutos no ar. O conteúdo, de fato, era desprezível, impróprio para uma página como a do @estrategiaconcursos", completou o docente.

Confira, abaixo, a nota de esclarecimento na íntegra:

[@#video#@]

Um homem foi preso em flagrante por fazer apologia ao nazismo ao pendurar uma camiseta com o símbolo nazista na porta de sua casa. O caso aconteceu no último domingo (19), em São José, na Grande Florianópolis, Santa Catarina. Cumprindo mandado de busca e apreensão, a Polícia Civil encontrou materiais com a suástica do movimento liderado por Adolf Hitler.

A polícia confirma que, ao ser questionado sobre a camiseta, o homem disse que tinha "liberdade de expressão e usava e pendurava o que bem entendesse". O  caso foi encaminhado ao Judiciário e o nome do acusado não foi divulgado oficialmente. 

##RECOMENDA##

O site NSC lembra que, pela lei 7.716, o ato de fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo é crime. A pena é de dois a cinco anos de prisão e multa.

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), uma requerimento para realização de audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura, à tortura e às comemorações ao golpe militar de 1964. A solicitação foi feita pelo deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).

A iniciativa do pedetista foi aprovada um dia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a ditadura foi referência "no amor ao próximo". "Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, destacando que o presidente ignora as perseguições e torturas ocorridas no período de 1964 a 1985.

##RECOMENDA##

O presidente vem fazendo reiteradas declarações distorcida sobre os fatos históricos e enaltecendo a ditadura militar. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para por fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", explicou o pedetista.

No requerimento são sugeridos entre outros nomes, os da antropóloga Lilian Schwarcz e do procurador-geral da República, Sérgio Suiama, ambos a confirmar. Assim como aguarda-se as indicações de estudiosos pró-ditadura. A data da audiência ainda será definida.

*Da assessoria de imprensa

O site de hospedagens Airbnb desativou a conta de um anfitrião em Zola Pedrosa, no norte da Itália, porque sua casa exibe um quadro que faz apologia a Adolf Hitler.

A decisão foi tomada após os protestos de uma turista norte-americana que passara seis dias na propriedade e se sentira "ofendida" pela obra.

##RECOMENDA##

O quadro é uma pintura do artista contemporâneo britânico Marcus Harvey e mostra a farda e os calçados usados por Hitler. Além disso, a hóspede reclamou de duas esculturas em madeira de policiais negros.

Ela chegou a pedir ressarcimento, mas o proprietário, que tinha até um selo de qualidade do Airbnb, se recusou a devolver o dinheiro. O site também não concordou com a indenização, mas cancelou a conta do anfitrião, alegando que a pintura e as estátuas "violam" sua "política de não discriminação porque promovem o racismo e o ódio".

Já o proprietário, por meio de sua advogada, disse à ANSA que as obras são apenas "arte contemporânea", e não apologia ao nazismo. Ele ainda acusou o Airbnb de censura e afirmou que pedirá ressarcimento.

Da Ansa

A Polícia Civil investiga a denúncia de um estudante da Universidade de Brasília (UnB) que teve o nome usado em um site que faz apologia ao estupro. O aluno Pedro Seixlack, de 22 anos, relatou à 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), em Brasília, que, após ter denunciado o site "Reis do Camarote", que contém um "guia" que ensina "como estuprar uma mulher na UnB", além de declarações racistas e homofóbicas, seu nome passou a ser veiculado no blog como autor das publicações. Investigação sobre o site já é feita pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

O estudante é citado no texto "Como curar uma feminista na UNB: O estupro de maneira segura". Em um dos trechos, o autor escreve: "por isso neste post, eu, Pedro Melo, estudante de Computação, irei abrir seus olhos, paspalhão". O estudante não foi encontrado pela reportagem para se manifestar.

##RECOMENDA##

O site foi denunciado por estudantes em janeiro, e tem artigos como "mulheres na academia: um atraso científico sem precedentes" e "mães solteiros devem e merecerem serem estupradas".

A UnB, em nota, informou que repudia o conteúdo da página na internet. "A Universidade considera inadmissível a apologia ao estupro e aos outros tipos de violência incitados pelo texto Como estuprar uma mulher na UnB: o guia definitivo e por outras postagens do site", diz a nota. A universidade informou ainda que sua procuradoria jurídica está formalizando denúncia contra a página.

Outros casos

Não é a primeira vez que um "guia" sobre estupro e outros crimes é publicado na internet. No ano passado vieram à tona o blog "tioastolfo", que ensinava a estuprar mulheres na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O autor do blog informava já ter testado a prática "extensivamente" no Instituto de Química e "garante que funciona". A Unesp também foi alvo de um outro blog, atribuído a um ex-aluno, em que o autor diz que "riu do incêndio da Kiss", em referência ao acidente da boate em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos. Policia Federal e Ministério Público Estadual (MPE) instauraram procedimentos para apurar a autoria dos textos, mas ninguém foi punido.

No mesmo ano o diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) Sergio Adorno registrou um boletim de ocorrência no 93º Distrito Policial (Jaguaré) por uma publicação semelhante que ensinava "como estuprar alunas na FFLCH". Questionada, a Polícia não confirmou ligação entre os casos.

Os deputados franceses autorizaram nesta quinta-feira (19) o governo a bloquear, dentro do estado de emergência decretado, os sites e redes sociais que fazem apologia ao terrorismo. O dispositivo, proposto por deputados de centro, foi adotado depois dos debates sobre o prolongamento do estado de emergência depois dos atentados de Paris.

A Câmara dos Deputados da França aprovou a prorrogação por três meses do estado de emergência instaurado no país depois dos atentados violentos de 13 de novembro. O presidente François Hollande havia solicitado a medida na madrugada de sábado (14), horas depois dos ataques jihadistas que deixaram 129 mortos.

##RECOMENDA##

O projeto de lei, que será apresentado na sexta-feira (20) ao Senado, apresenta algumas mudanças a um texto que data de 1955. O dispositivo concede mais poderes às forças públicas em termos de detenções para investigação, revistas e prisões domiciliares.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando