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Arquivos divulgados pelo FBI sobre diversas visitas da rainha Elizabeth II aos Estados Unidos nos anos 1980 e 1990 revelaram ameaças e um potencial plano para assassinar a monarca, que faleceu em setembro do ano passado aos 96 anos.

Entre os documentos, publicados no site da Polícia Federal americana, está uma nota que faz referência a uma viagem da rainha britânica e seu marido, o príncipe Philip, ao estado da Califórnia em 1983.

De acordo com uma informação obtida pela polícia de San Francisco com uma fonte próxima aos círculos nacionalistas irlandeses, um homem que afirmava que "sua filha foi assassinada na Irlanda do Norte por uma bala de borracha" anunciou planos "para atacar a rainha Elizabeth".

O arquivo afirma que o homem alegou que planejava "jogar algum objeto da ponte Golden Gate contra o iate real 'Britannia'" ou tentaria "matar a rainha durante sua visita ao parque nacional de Yosemite".

Quatro anos, em 1979, o IRA (Exército Republicano Irlandês) assassinou Louis Mountbatten, primo distante de Elizabeth II e tio de seu marido, em ataque com bomba contra sua embarcação. Era o período de maior tensão do conflito da Irlanda do Norte, que durou 30 anos e envolveu os republicanos católicos e os unionistas protestantes, com a participação do exército britânico.

Outro documento, sobre uma visita de Estado da monarca em 1991, cita ameaças de grupos irlandeses de perturbar eventos com a presença de Elizabeth II, como um jogo de beisebol e uma recepção na Casa Branca.

Um arquivo de 1989 afirma que, embora não tenham sido registradas ameaças contra a rainha, "a possibilidade de ameaças contra a monarquia britânica está sempre presente por parte do IRA".

Elizabeth II foi alvo de outras tentativas de assassinato.

Em 1970, supostos simpatizantes do IRA tentaram descarrilar o trem em que a monarca estava ao oeste de Sydney, na Austrália, e em 1981 o Exército Republicano Irlandês planejou um atentado com bomba durante uma viagem ao norte da Escócia.

No mesmo ano, um adolescente com distúrbios mentais deu um tiro contra o carro da rainha durante uma visita à Nova Zelândia. Também em 1981, outro adolescente disparou seis tiros quando Elizabeth II participava em um desfile militar no centro de Londres.

Arquivos do Palácio do Planalto foram apagados após os computadores serem formatados, diante de uma suposta ameaça de invasão virtual. A informação foi divulgada pelo colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles. Sem apresentar maiores justificativas, uma ordem foi enviada à equipe técnica do setor de informática. O cumprimento das medidas de prevenção estava previsto para o dia 3 de novembro, logo após o segundo turno das Eleições 2022.  

“O aviso foi recebido com estranheza por alguns destinatários, especialmente por ter sido disparado dias depois da derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. O motivo é óbvio: em razão da tal ameaça detectada, com a suposta necessidade de formatar os computadores, arquivos importantes poderiam ser deletados”, diz a coluna de Rangel. 

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Ainda segundo a reportagem, a mensagem informava que a suposta ameaça seria decorrente de um software tipo malware, que danifica arquivos e o sistema operacional dos computadores. O comunicado também destacava que “em alguns casos” arquivos foram criptografados e que a orientação era para formatar os equipamentos e reinstalar o sistema operacional padrão. 

O LeiaJá entrou em contato, por e-mail, com a Subsecretaria de Comunicação do Planalto e com a Secretaria Geral, a quem a equipe técnica é subordinada. Na mensagem, foram solicitados mais detalhes sobre a suposta exclusão de arquivos e formatação do sistema, já que a extensão dos danos não foi informada. Até o momento desta publicação, as secretarias não retornaram o contato. 

A Apple impôs restrições ao compartilhamento de arquivos nos iPhones vendidos na China, um recurso que pode ser usado para burlar a censura e divulgar informações hostis, ou críticas, ao poder.

A funcionalidade AirDrop de um iPhone permite o compartilhamento ilimitado de arquivos com outro aparelho Apple nas proximidades.

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Na quarta-feira (9), uma atualização nos telefones do fabricante americano vendidos na China desativa essa função, automaticamente, após 10 minutos. Essa restrição torna quase impossível receber arquivos, inesperadamente, de usuários desconhecidos.

Essa mudança ocorre depois de essa função ter sido usada para divulgar material crítico do Partido Comunista Chinês em locais públicos, como aconteceu em um incomum protesto antigoverno em outubro.

A Apple não respondeu imediatamente a um pedido enviado pela AFP sobre comentários a respeito dessa mudança.

Na quinta-feira, alguns internautas comemoraram a notícia na rede social Weibo, afirmando que se trata de uma medida positiva destinada a "reduzir significativamente” o assédio por parte de desconhecidos.

Outros criticaram o CEO da Apple.

“Então, agora Tim Cook é membro do Partido Comunista?”, ironizou uma pessoa na rede.

A China monitora de perto a Internet no país, e há censores que excluem conteúdos críticos da política de Estado.

Desde que a empresa multinacional americana de software de computador, Adobe, desenvolveu e lançou um formato de arquivo chamado PDF, em 1992, ele cresceu e se tornou um dos formatos de arquivo mais populares e usados no mundo. Porém, existem vários outros aplicativos gratuitos para abrir o PDF disponíveis no mercado. Sejam empresas, instituições ou bancos, ler PDF ou abrir o arquivo PDF é sinônimo de segurança. Confira a seguir, três softwares para visualizar o arquivo. 

Wondershare PDFelement - É carregado com vários recursos que ajudarão todos os usuários a visualizarem PDFs, seja comercial ou pessoal. Pode ser editado e lido em Kindles, eBooks, desktops e outros. Também possui grande compatibilidade com todas as versões do Windows, do Windows XP ao Windows 10. Com seus amplos recursos, ele é um dos leitores de PDF mais populares para Windows.  

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Adobe Acrobat Reader DC – Este também é um leitor gratuito compatível com a maioria dos sistemas operacionais e vários dispositivos. É fácil de ler com a abertura de vários arquivos de uma vez só, sem o risco de travar. Ele possui um modo de conversão de texto em fala que permite ler seus textos em voz alta e guiá-lo junto com documentos difíceis de ler. Usando este leitor, é possível visualizá-lo em guias. Ainda permite destacar textos, adicionar comentários e assinar formulários.

 Foxit Reader - É um leitor baseado em nuvem que permite criar PDFs ao carregar digitalizações ou conversão de planilhas do Excel, documentos do Word ou apresentações do Powerpoint. Também permite mesclar vários PDFs em um novo arquivo e compartilhá-los com segurança na nuvem. Possui recursos de segurança incríveis que incluem criptografia, senhas e assinaturas digitais para manter os arquivos seguros e privados. É possível acompanhar e visualizar a atividade de quem abrir o seu documento e quais alterações estão fazendo. 

Eles se arrumaram para sair bem na foto, mas não houve sorrisos entre os recém-casados. O motivo, óbvio: a união de uma espanhola e um austríaco foi o único casamento celebrado no campo de concentração nazista de Auschwitz.

A foto amarelada do detento Rudolf Friemel e sua esposa Margarita Ferrer Rey foi doada por seu neto, junto com outros documentos, à cidade de Viena, que os expõe pela primeira vez em sua biblioteca até 30 de setembro.

A recordação de um doce intervalo no meio da escuridão: o casamento autorizado pelos nazistas desses dois amantes, que foi registrado no dia 18 de março às 11 da manhã pelo serviço de registro civil do campo.

"Como aconteceu um evento tão singular?", pergunta o prefeito social-democrata de Viena, Michael Ludwig, no preâmbulo do catálogo da exposição.

"Rudolf Friemel, designado para a manutenção dos veículos da SS, tinha melhores condições de detenção do que os demais presos", explica o prefeito.

"Mas o privilégio excepcional de poder se casar permanece inexplicável até hoje", acrescenta.

O anúncio da cerimônia foi um raro momento de alegria para muitos presos, que enviaram aos noivos cartões comoventes, que agora são mostrados ao público.

- Noite de núpcias -

Margarita Ferrer Rey, que morava na Áustria com o filho do casal, então com três anos, o pai e o irmão do detido foram notificados por telegrama e autorizados a viajar para Auschwitz.

Rudolf Friemel, um resistente enviado ao campo de extermínio em 1942, foi autorizado a deixar o cabelo crescer e usar um traje civil para a ocasião.

Um recinto, localizado no bordel do campo, foi disponibilizado ao casal para a noite de núpcias.

Mas o feliz hiato durou pouco. Por ter ajudado a organizar uma tentativa de fuga, Rudolf Friemel foi enforcado em dezembro, deixando cartas e poemas angustiantes para sua esposa e filho, que foram morar na França após a guerra.

Esses documentos de grande valor histórico foram doados em 2017 por um neto, Rodolphe Friemel, de 48 anos, que leva o nome do avô e concordou em entregá-los para garantir sua preservação.

"Administrativamente, este casamento é importante porque sem ele não teríamos todos esses arquivos", explica à AFP por telefone do sul da França, onde mora.

Mas "o mais interessante", continua ele, "é que você vê que pode haver amor em meio ao horror".

"Talvez meus avós tenham feito tudo isso com o único propósito de se verem novamente", pondera, décadas após a morte de Margarita em 1987.

 O Whatsapp permitirá que imagens e vídeos enviados por seus usuários desapareçam depois de visualizados pela primeira vez. De acordo com a empresa, a nova função visa melhorar a privacidade da ferramenta, bem como diminuir a quantidade de arquivos armazenados nos dispositivos. Apesar disso, a medida desagradou grupos de defesa da criança, para os quais haverá facilitação de troca de conteúdos ilícitos ligados ao abuso sexual infantil.

A ONG britânica Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC, na sigla em inglês) já havia se posicionado publicamente contra o uso de mensagens criptografadas. A instituição frisou que dispositivos apreendidos pela polícia, por exemplo, poderiam deixar de conter evidências de delitos.

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"Esse recurso de visualização pode colocar as crianças em risco ainda maior, dando aos criminosos outra ferramenta para evitar a detecção e apagar as evidências, quando os esforços para combater o abuso sexual infantil já são dificultados pela criptografia de ponta a ponta", declarou um representante da NSPCC.

O Whatsapp se defende afirmando que “nem tudo que compartilhamos precisa se tornar um registro digital permanente". "Em muitos telefones, apenas tirar uma foto significa que ocupará espaço no rolo da câmera para sempre”, coloca a empresa.

Os arquivos que forem desaparecer poderão ser identificados porque sua visualização ficará oculta, acompanhada de um ícone grande com o número “1”. Será possível, contudo, fazer uma captura de tela do conteúdo instantâneo quando ele for aberto.

As fotos enviadas com a funcionalidade não ficarão salvas automaticamente na galeria do celular, nem poderão ser encaminhadas, salvas, compartilhadas ou favoritadas. Além disso, o arquivo com a restrição irá expirar em duas semanas caso não seja aberto.

Esta semana se comemorou o Dia Mundial dos Arquivos, data instituída durante a Assembleia Geral do Conselho Internacional dos Arquivos (CIA) em 2007, órgão criado  pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como forma de refletir sobre a importância dos  arquivos enquanto documentos  que marcam a história da humanidade,  relembrando a importância deles para a preservação da memória.

Dentre os profissionais que se destacam quando o assunto é arquivos antigos e fotografias, estão aqueles que trabalham com restauração de imagem. Este é o caso de Daniel Herrera. Ele é designer, especialista em fotografia, e trabalha com restauração de imagens, de forma semelhante à pintura digital. “Quando recebo uma imagem para restaurar, faço um processo de escaneamento dessa imagem, que geralmente está deteriorada, ou desgastada pelo tempo, transformando-a em uma imagem digital de alta resolução”, conta.

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Todo esse processo de restauração de imagem é feito por etapas. Herrera explica que uma das ferramentas usadas para seu trabalho é o software Adobe Photoshop, no qual é possível trabalhar melhor o uso da iluminação e das cores. “Removo manchas, furos e refaço tudo que é possível para deixar a imagem o mais próximo possível da [versão] original. Assim, concluo o processo realizando uma revelação fotográfica, que é o processo químico fotográfico para que essa imagem digital se torne novamente uma fotografia revelada em papel”, detalha.

O especialista conta que a maioria das imagens pode ser restaurada, mas antes é preciso fazer uma análise para constatar quais são as partes da fotografia que podem ser recuperadas, para que assim possam ficar mais próximas ou iguais à original. “Também analiso nesta imagem que partes estão mais deterioradas, nas quais  possivelmente deverão ser empregadas as técnicas de pintura. Depende bastante do estado para me aproximar novamente do que era a original”, explica Herrera.

Ele lembra que a fotografia é parte fundamental da lembrança, da memória, e é um lugar de saudosismo fundamental da nossa história, mas muitas pessoas não dão o devido valor à preservação de fotografias antigas, por conta da era digital. Entretanto, seja qual for o tipo de registro, para Herrera, é importante celebrar e lembrar do Dia Mundial dos Arquivos, para ter em mente que os arquivos de modo geral são memórias. “ Um povo que não sabe a sua história e não conserva essa memória, infelizmente se confunde no que é a realidade do presente”,  reflete.

Como preservar fotografias analógicas e digitais?

O coordenador do curso de Fotografia da Universidade Guarulhos (UNG) e professor da disciplina Gerenciamento de Acervos Fotográficos, Alex Francisco, explica que uma fotografia impressa entra em processo de deterioração a partir do momento em que é revelada. “É natural que ela se decomponha com o passar dos anos. O que podemos fazer é, por exemplo, tomar medidas de conservação e preservação para que essas fotos possam durar um maior tempo”, analisa.

Como primeira dica, Francisco recomenda fazer uma análise das fotos, para verificar o estado delas. Imagens com manchas e sujidades podem passar por um processo de limpeza mecânica, feita com pincel e pó de borracha. Também é importante que as fotografias estejam embaladas em plásticos ou papel com o selo Acid Free ou o PAT (Photography Activity Test). “Outro fator importante é não manipular as fotos com as mãos nuas, sempre usar luvas, pois os resíduos dos nossos dedos ficam na imagem e causam manchas. O que parece inofensivo para nós, causa um dano maior na fotografia revelada”, orienta.

Já quando se trata de armazenamento e cuidados com fotografias digitais, Herrera conta que é possível se organizar no sistema físico do computador, catalogando as imagens em pastas separadas por ano, mês, ocasião específica e etc. "Assim, na hora de procurar uma fotografia, posso encontrá-la facilmente através do buscador dentro do sistema. Catalogar imagens é uma técnica livre, vai depender do volume e da quantidade, e cada um pode criar o seu próprio sistema de critérios para organizá-las”, afirma.

Outra alternativa, é o sistema de nuvem. “Ele é muito importante para esse backup de arquivos, pois o sistema físico pode sofrer danos que são irreversíveis. Eu já perdi fotos, por exemplo, em uma hd que simplesmente parou de funcionar”. Alguns sites que podem servir para armazenamento são: Flickr, Google Fotos e 500px. “Esses sites e sistemas de armazenamento são um mercado que cresce a cada dia, acredito que em um futuro próximo as fotografias estarão somente no armazenamento em nuvem, que realmente traz mais segurança referente a esses dados”, projeta.

 

Uma reportagem da Agência Sportlight resgatou a ‘dolce vita’ do general Augusto Heleno durante o seu período na direção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), entre os anos de 2011 e 2017. Sem as correções, o salário do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional chegou aos R$ 58.581,00 no contracheque e corrigidos, os valores se aproximaram dos atuais R$ 87 mil (IGP-M), segundo os documentos revelados no texto. A maior parte do dinheiro seria oriunda do dinheiro público.

Parte da informação já havia sido publicada em 2017, pela Folha de São Paulo, mas o relato atual mostra detalhes da rotina de trabalho do chefe, que no cargo de “diretor de comunicação e educação corporativa do COB”, frequentava reuniões quinzenais e, segundo funcionários do COB, não possuía atuação presente nas atividades do comitê. Em 2019, o ministro já havia rebatido críticas sobre o assunto, alegando que o salário líquido atual de R$ 19 mil é uma “vergonha” para um militar da sua patente.

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A reportagem também revela que da remuneração de R$ 58.581,00, R$ 47.024,00 vinham de fonte pública, como mostram os registros públicos contendo os salários dos funcionários do COB. A sigla “LAP” que acompanha a descrição dos vencimentos ao lado dessa quantia quer dizer que ela era vinda dos recursos oriundos da Lei Agnelo Piva, fruto de arrecadação pública.

Heleno atuou no COB por seis anos e deixou o cargo em meio à crise oriunda da prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente antecessor do comitê e também responsável pelo convite do general ao cargo. Nuzman esteve envolvido em esquemas para o desvio de recursos do órgão.

 

O Vaticano revelará, na segunda-feira (2), os arquivos de Pio XII (1939-1958) aos pesquisadores, ansiosos para estudá-los e entender melhor um papa que permaneceu em silêncio durante o extermínio de seis milhões de judeus no Holocausto.

Duzentos especialistas se registraram para consultar uma montanha de documentos, acessíveis graças a um inventário que os arquivistas da Santa Sé levaram 14 anos para concluir.

O historiador alemão Hubert Wolf não perderá o compromisso em Roma, junto com seis assistentes. Durante a apresentação, esteve muito atento às indicações dos arquivistas e ficou encantado com a existência de documentos inexplorados de uma "secretaria privada" do papa.

Esse especialista na relação entre Pio XII e os nazistas seguirá outra pista: as notas escritas por 70 embaixadores do Vaticano, os olhos do papa no exterior. E os pedidos de ajuda de organizações judaicas ou mensagens trocadas com o presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt.

Os arquivos do longo período pós-guerra e da censura de escritores e padres inspirados pelo comunismo também serão abertos pela primeira vez.

Para a fase do Holocausto, o Vaticano já publicou o essencial há 40 anos, em 11 volumes compilados pelos jesuítas. Mas faltam peças, especialmente as respostas do papa.

"Quando o papa recebe um documento sobre os campos de concentração [já revelado nos volumes dos jesuítas], não temos a resposta. Ou ela não existe ou está no Vaticano", disse Hubert Wolf à AFP.

O historiador já examinou os doze anos de vida na Alemanha de Eugenio Pacelli, embaixador da Santa Sé (1917-1929) e testemunha da ascensão do nazismo. Mais tarde, voltou a Roma para se tornar a mão direita de seu antecessor, Pio XI, antes de ser eleito papa.

Os arquivos já revelaram que o pontífice recebeu alertas sobre o extermínio de judeus na Europa.

"Não há dúvida de que o papa estava consciente dos assassinatos de judeus, o que realmente nos interessa é quando ele soube pela primeira vez e quando acreditou", diz Hubert Wolf.

- 1942: Mensagem de Natal -

Em 24 de dezembro de 1942, durante sua longa mensagem de Natal, Pio XII menciona "centenas de milhares de pessoas que, sem nenhuma culpa, e às vezes pelo único motivo de sua nacionalidade ou raça, são condenadas à morte ou ao extermínio progressivo".

A mensagem foi transmitida em italiano uma vez, sem mencionar explicitamente os judeus ou os nazistas, mas "os católicos alemães ouviram e entenderam?"

"Os únicos que ouviram foram os nazistas", resume Wolf, porque havia interferência nas ondas de rádio e o papa poderia ter falado em alemão.

"Depois da guerra, Pio XII disse a um embaixador britânico 'fui muito claro' e o embaixador respondeu 'não o entendi'", destaca o historiador.

Pio XII, um ex-diplomata que queria permanecer neutro em tempos de guerra, estava preocupado com a proteção dos católicos e não podia ser mais explícito, argumentam seus defensores.

Os historiadores estimam que cerca de 4.000 judeus foram escondidos em Roma em instituições católicas.

"Muitos judeus foram salvos em conventos, mas por que foram mortos por pessoas que alegavam ser cristãs?", aponta o especialista americano David Kertzer, autor de um livro sobre Pio XII e Mussolini.

Na sua opinião, o tema essencial permanece "o silêncio do papa" e uma Igreja católica que "demonizou" os judeus por muito tempo.

"O papa estava envolvido por esse massacre em massa, que ele estava consciente desde 1941", assegura à AFP este professor universitário, que acusa Pio XII de nunca ter pronunciado a palavra "judeu".

Hubert Wolf enfatiza que Pio XII permaneceu em segundo plano após a guerra, "sem dizer nada sobre o Holocausto". "E por que ele não reconheceu a criação do Estado de Israel em 1948?", pergunta.

David Kertzer começará a verificar os arquivos na segunda-feira para terminar um novo livro sobre o período fascista.

Ele já digitalizou dezenas de milhares de páginas de arquivos diplomáticos na Alemanha, Itália e França e examinou documentos militares dos EUA e arquivos fascistas italianos.

O especialista diz que um bom relatório diplomático ou um diário pessoal esquecido podem fornecer pistas sobre as "emoções" do papa. Mas acredita que "muita informação interessante sairá em conta-gotas do Vaticano ao longo dos anos".

A Biblioteca Nacional de Israel revelou, nesta quarta-feira, os escritos que estavam faltando do escritor judeu theco Franz Kafka e encerrou mais de uma década de uma saga judicial sobre sua propriedade.

Antes de sua morte em 1924, o autor conhecido por "O Processo", romance emblemático sobre o labirinto do sistema judicial, e "A Metamorfose", havia pedido a seu amigo Max Brod que destruísse todas as suas cartas e escritos.

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Em 1939, Max Brod, que nasceu em Praga e era igualmente judeu, abandonou a Tchecoslováquia ocupada pelos nazistas por Tel Aviv, com os papéis de Kafka em uma mala.

Brod publicou depois muitas obras e contribuiu para a fama póstuma de Kafka, uma das principais figuras literárias do século XX.

A morte de Brod em 1968 deu início a uma "história kafkaniana" em relação a esses arquivos, resumiu nesta quarta-feira a porta-voz da Biblioteca Nacional de Israel, Vered Lion-Yerushalmi.

O tesouro foi dividido e uma parte foi roubada antes de ser colocada à venda na Alemanha. Desde março de 2018, a Biblioteca Nacional se esforçou para reunir a coleção e mantê-la em Israel, disse seu presidente, David Blumberg, em uma entrevista coletiva.

"A Biblioteca Nacional reivindicou a transferência dos arquivos porque era isso que Brod desejava em seu testamento", disse ele. "Começamos um processo que durou 11 anos e que terminou há duas semanas".

Em maio, após a decisão de um tribunal alemão, Berlim entregou milhares de documentos e manuscritos que haviam sido roubados há dez anos em Tel Aviv para serem vendidos aos arquivos literários alemães de Marbach e colecionadores particulares.

Outras peças destes arquivos estavam na geladeira de um apartamento em ruínas em Tel Aviv, assim como em cofres bancários da cidade.

Um último esconderijo era um cofre localizado na sede principal do grande banco suíço UBS, em Zurique. Uma recente decisão da justiça suíça permitiu que a Biblioteca Nacional de Israel acessasse este último elo perdido para encerrar a saga.

A maioria dos documentos recuperados já havia sido publicada por Brod, mas a correspondência entre os dois amigos e as demais notas, diários íntimos e reflexões de Kafka lançaram uma luz valiosa sobre a sua personalidade, estimou Stefan Litt, arquivista da biblioteca e conservador de sua coleção de ciências humanas.

A Igreja católica destruiu arquivos sobre os autores de abusos sexuais, reconheceu neste sábado o influente cardeal alemão Reinhard Marx durante uma reunião histórica no Vaticano sobre a luta contra a pedofilia.

"Os arquivos que poderiam documentar estes atos terríveis e indicar o nome dos responsáveis foram destruídos ou inclusive não chegaram a ser criados", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Alemã.

A denúncia do religioso provocou a reação imediata de uma das organizações de defesa das vítimas de padres pedófilos presentes em Roma para o evento.

"Isto é ilegal", afirmou, indignado, o americano Peter Isely, fundador da ECA (End Clergy Abuse), durante um protesto no centro de Roma para exigir medidas imediatas.

"O abuso sexual de crianças e jovens se deve, em uma parte não insignificante, ao abuso de poder da administração", afirmou o cardeal alemão em seu discurso aos participantes da reunião, entre eles 114 presidentes de conferências episcopais de todo o mundo convocados para falar também sobre o silêncio e acobertamento da pedofilia por parte da hierarquia eclesiástica.

"Ao invés de punir os culpados, as vítimas foram as repreendidas e silenciadas", lamentou.

"Os procedimentos e trâmites fixados para perseguir estes delitos foram deliberadamente ignorados, e inclusive apagados ou anulados", insistiu.

"De fato, os direitos das vítimas foram pisoteados e deixados ao livre arbítrio de indivíduos", denunciou o cardeal.

O arcebispo de Munique e Freising, conhecido por suas posições progressistas, criticou o fato de o "segredo pontifício" ser apresentado com frequência como justificativa pela Igreja e pediu a suspensão para casos de abusos sexuais cometidos por padres, uma solicitação feita por outros religiosos durante a reunião.

- Transparência vs conspiração -

O cardeal pediu mais transparência sobre os julgamentos realizados pela Igreja e exigiu a divulgação do número de casos examinados pelos tribunais eclesiásticos, assim como detalhes sobre os mesmos.

O alemão se reuniu na sexta-feira de modo privado com 16 vítimas de abusos do grupo ECA. Ele citou em uma entrevista coletiva a "abertura e disponibilidade" da hierarquia da Igreja a aceitar uma mudança de mentalidade.

"É impressionante. Em 40 anos de vida religiosa nunca havia visto", confessou, emocionado.

A Igreja católica alemã pediu desculpas oficialmente em setembro do ano passado após a publicação de um relatório que revelou agressões sexuais contra mais de 3.600 menores de idade, cometidas durante décadas por integrantes do clero.

O próprio cardeal fez um pedido público de desculpas após a divulgação do documento, que contabilizou pelo menos 3.677 vítimas entre 1946 e 2014, em sua maioria menores de 13 anos, que sofreram abusos cometidos por 1.670 clérigos.

"A desconfiança institucional leva a teorias da conspiração sobre uma organização e a criação de mitos sobre ela. Isto pode ser evitado se os fatos forem expostos de maneira transparente", disse o religioso aos 190 membros da cúpula da Igreja presentes na reunião do Vaticano.

O discurso duro do cardeal, transmitido por streaming, foi dedicado sobretudo à necessidade de transparência para recuperar o prestígio da Igreja.

"Os procedimentos legais corretos servem para estabelecer a verdade e constituem a base de uma punição proporcional ao delito", destacou o religioso.

"Além disso, estabelecem a confiança na organização e em sua liderança", completou.

O influente cardeal fez um apelo à hierarquia eclesiástica a "dar um passo corajoso para a rastreabilidade e transparência" não apenas nos casos de abusos sexuais, mas também no "setor financeiro", outro tema sensível para a Igreja, acusada por finanças obscuras e demissões misteriosas.

Os debates prosseguiram com dois discursos de mulheres, uma religiosa, a superiora geral da Sociedade do Santo Menino Jesus, Verónica Openibo, e uma laica, a jornalista mexicana Valentina Alazraki, que cobre o Vaticano há quase 40 anos.

A jornalista recordou que a Santa Sé escondeu por mais de 60 anos a pedofilia do fundador do Legionários de Cristo, o mexicano Marcial Maciel, um dos escândalos mais graves da igreja moderna.

A reunião oficial terminará no domingo com um discurso do papa Francisco.

A Igreja católica destruiu arquivos sobre os autores de abusos sexuais, reconheceu neste sábado (23) o cardeal alemão Reinhard Marx durante uma reunião histórica no Vaticano sobre a luta contra a pedofilia.

"Os arquivos que poderiam documentar estes atos terríveis e indicar o nome dos responsáveis foram destruídos ou inclusive não chegaram a ser criados", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Alemã.

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"O abuso sexual de crianças e jovens se deve, em uma parte não insignificante, ao abuso de poder da administração", completou o cardeal alemão em seu discurso aos participantes da reunião, entre eles 114 presidentes de conferências episcopais de todo o mundo convocados para falar também sobre o silêncio e acobertamento da pedofilia por parte da hierarquia da Igreja.

"Ao invés de punir os culpados, as vítimas foram as repreendidas e silenciadas", lamentou. "Os procedimentos e trâmites fixados para perseguir estes delitos foram deliberadamente ignorados, e inclusive apagados ou anulados", insistiu.

"De fato, os direitos das vítimas foram pisoteados e deixados ao livre arbítrio de indivíduos", denunciou o cardeal Marx.

O religioso alemão, conhecido por suas posições progressistas, criticou o fato de o "segredo pontifício" ser apresentado com frequência como justificativa pela Igreja e, pior ainda, em casos como o dos abusos sexuais cometidos por padres.

O cardeal pediu mais transparência sobre os julgamentos realizados pela Igreja e exigiu a divulgação do número de casos examinados pelos tribunais eclesiásticos, assim como detalhes sobre os mesmos.

Arquivos que pertenceram ao escritor francês Marcel Proust e leiloados a vários compradores na noite desta quinta-feira (24), em Paris, alcançaram 750.000 euros, anunciou a casa Sotheby's em um comunicado.

O leilão mais alto correspondeu a um dos primeiros rascunhos de uma das passagens mais bonitas de "No caminho de Swann", arrematado por 132.500 euros, apesar de estar estimado entre 30.000 e 50.000 euros.

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Um dos lotes mais disputados foi o retrato a lápis de Marcel Proust (1871-1922) em seu leito de morte, obra de Jean-Bernard Eschemann, que alcançou 45.000 euros, embora seu valor fosse estimado entre 1.000 e 1.500 euros.

Um lote de folhas de prova de "À sombra das raparigas em flor", estimado entre 15.000 e 20.000 euros, foi vendido por 62.500 euros.

Ao contrário, o conjunto de 138 cartas de Gaston Gallimard para Marcel Proust, estimado entre 100.000 e 150.000 euros, foi arrematado por 93.750 euros.

No total, foram leiloados em 70 lotes procedentes da coleção de Marie-Claude Mante, sobrinha-neta do autor de "Em busca do tempo perdido".

A Sotheby's também vendeu outras obras de escritores e artistas.

O leilão mais caro foi de um dos livros mais brilhantes do pintor Marc Chagall, "Daphnis & Chloé", que inclui 42 litografias originais. O lote, estimado entre 80.000 e 120.000 euros, encontrou comprador por 140.000 euros.

A empresa russa de segurança informática Kaspersky Lab disse nesta quinta-feira (16) que um software do Microsoft Office infectado, e não um seu, foi responsável pelo roubo de material secreto da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos Estados Unidos.

Em um novo desenrolar deste mistério de ciberespionagem que sacode as agências americanas de Inteligência, a Kaspersky também disse que a China está envolvida no incidente.

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A fabricante de software com sede em Moscou, desde então proibida em computadores dos governo dos Estados Unidos por seu suposto vínculo com a espionagem russa, confirmou o aparente roubo de valiosos programas da NSA do computador da casa de um de seus funcionários, como informou primeiro o Wall Street Journal em 5 de outubro.

Segundo o jornal, o funcionário tinha arquivos secretos e programas da unidade de ciberespionagem da NSA - chamada Equation Group - em seu computador, que também usava o software de proteção da Kaspersky.

As acusações nos Estados Unidos de que a Kaspersky, que vendeu mais de 600 milhões de dólares em software antivírus no mundo em 2015, voluntariamente, ou não, ajudou os russos no roubo acabou com seu negócio nesse país e danificou sua reputação mundial.

Usando seus próprios peritos criminais, a Kaspersky disse que a invasão no computador do funcionário da NSA aconteceu entre setembro e novembro de 2014 e não em 2015, como afirma o Wall Street Journal.

A empresa disse que o material roubado incluía o código-fonte para um software malicioso, ou 'malware', do Equation Group, assim como documentos secretos, e que por isso o computador provavelmente pertencia a alguém encarregado de desenvolver um software malicioso para essa unidade de ciberespionagem da NSA.

De acordo com o jornal, a pirataria em 2015 levou os russos a obter informações sobre como a própria NSA entra em redes estrangeiras e se protege de ataque cibernéticos.

Entretanto, a Kaspersky argumentou que o computador foi infectado por outro software malicioso, incluindo uma ferramenta de pirataria chamada "porta traseira", feita pelos russos, que estava escondida no Microsoft Office.

Segundo a empresa, o software malicioso foi controlado de um servidor em Huan, na China, e teria criado uma rota até esse computador para qualquer um que quisesse atacar um funcionário da NSA.

O antivírus da Kaspersky teria detectado o malware, disse a companhia, mas havia sido desconectado. "Para instalar e executar o malware, o usuário teve que inutilizar os produtos da Kaspersky Lab em sua máquina", afirmou.

Um acervo criminal e histórico de mais de 30 milhões de documentos, guardados em uma sala sem janelas com acesso controlado e monitorado 24 horas por câmeras na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, forma o banco de dados da Operação Lava Jato. A delação da Odebrecht, que deve ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre fevereiro e março, vai mais do que duplicar as investigações.

É o maior acervo de provas já produzido pela Polícia Federal em uma investigação contra a corrupção no Brasil. Às vésperas de completar três anos, em março, a Lava Jato teve 36 fases deflagradas, cumpriu 730 mandados de busca e apreensão até aqui e acumulou um total de 1.434 procedimentos instaurados.

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No terceiro andar da Superintendência em Curitiba, o centro nervoso da Lava Jato ocupa quatro salas interligadas por portas internas que formam um labirinto circular.

A primeira sala guarda HDs com cópias de segurança dos arquivos digitalizados. Nas prateleiras estão pastas de inquéritos, relatórios, apensos e análises dos mais de 400 inquéritos e procedimentos criminais já abertos pelos delegados.

Na segunda e na quarta salas trabalham equipes de analistas que passam o dia abrindo arquivos apreendidos em buscas, triando dados de relevância para as apurações e produzindo relatórios de análise - um grupo restrito de cerca de 20 investigadores. Cada equipe tem um chefe e está vinculada a um delegado da Lava Jato.

Todo o material é digitalizado, indexado e colocado em uma plataforma acessível para permitir buscas em todo o acervo do caso por meio de palavras-chave, uma espécie de Google interno da Lava Jato. O sistema usa programa desenvolvido por um perito da Polícia Federal de São Paulo.

Arquivos

A sala do banco de dados é a terceira. Tem seis metros por três e uma mesa retangular no centro, onde estão um terminal de computador e quatro laptops - todos ligados a dois servidores sob a mesa, que armazenam a integralidade do material apreendido.

Nos servidores, com capacidade para pelo menos 30 terabytes de memória, estão guardados planilhas de obras públicas, contratos e registros de pagamentos das maiores empreiteiras do País, arquivos de textos, anotações, agendas de encontros, conversas telefônicas, trocas de mensagens de e-mails e celular de empresários, políticos, lobistas e doleiros. Os servidores guardam também todo o material produzido pelos investigadores: laudos de perícias, relatórios de análises, dados de quebras de sigilos fiscal, bancário e telemático dos investigados.

Os arquivos da corrupção da Odebrecht apreendidos no "departamento da propina", o Setor de Operações Estruturadas, a integralidade dos grampos nos telefones do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares, e documentos apreendidos na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, integram os arquivos.

O banco de dados da Lava Jato está armazenado em um dos servidores sem acesso à internet, inacessível a hackers. Para fazer buscas, é preciso usar senha pessoal e registrar em uma planilha nome do usuário, data, hora e motivo da pesquisa. No teto, uma câmera voltada para a mesa grava todo movimento nos terminais, dia e noite.

O segundo servidor é o da "rede Lava Jato", o sistema de comunicação interna da equipe de policiais que atua exclusivamente na apuração do caso. A rede é também o canal com o cartório da Justiça Federal, para envio de documentos ao juiz federal Sérgio Moro e aos membros da força-tarefa do Ministério Público Federal, coordenada pelo procurador da República Deltan Dallagnol.

O delegado Maurício Moscardi, um dos coordenadores da equipe da Lava Jato, afirmou que um novo sistema para ampliar as capacidades de armazenamento e processamento dos dados será feito em 2017, com um investimento de mais de R$ 500 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Vaticano confirmou nesta quarta-feira (23) a abertura em poucos meses dos arquivos relativos à ditadura militar na Argentina (1976-1983) por vontade do papa Francisco, indicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi. "Como já anunciado no passado, o papa Francisco manifestou seu desejo de abrir para consulta os arquivos do Vaticano relativos à ditadura na Argentina", afirmou. (1976-1983).

Para isso, é necessário catalogar o material, explicou. "O trabalho está sendo realizado e achamos que terminará nos próximos meses", acrescentou Lombardi.

A França está abrindo arquivos políticos e legais do regime colaboracionista de Vichy, permitindo acesso livre a documentos previamente classificados da Segunda Guerra Mundial.

A ordem, assinada em 24 de dezembro e efetivada nesta segunda-feira permite acesso a arquivos que, entre outras coisas, mostram acusações extralegais de membros da Resistência Francesa, bem como procedimentos contra judeus franceses.

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Muitos dos arquivos já estavam disponíveis para pesquisadores. De acordo com o historiador francês, Gilles Morin, os arquivos vão abrir uma janela sobre o funcionamento do regime colaboracionista conduzido por Philippe Petain, de 1940 a 1944. Fonte: Associated Press.

Os arquivos de computadores, HDs e pen drives de executivos da Andrade Gutierrez trouxeram para a Polícia Federal importantes dados para serem usados nos inquéritos sobre formação de cartel e fraude em licitações da Petrobras, no âmbito dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba. São registros que indicam a divisão de obras entre as principais empreiteiras do "clube VIP", participação em concorrências para contratos para dar cobertura e uso de apoios políticos.

Um desses documentos é uma tabela com os campos "Convidados" e "Comentários", de empresas que participariam das obras e a situação de cada uma, armazenado em um pen drive do executivo da Andrade Gutierrez Antonio Pedro Campelo de Souza.

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A PF destaca algumas dessas anotações. "AG (possivelmente Andrade Gutierrez): Participou DA O&M da Ref. Nordeste em troca da posição no Comperj", "Delta - Tem forte apoio político no local e no cliente >>>> Pedido Explícito" e "EIT - Pedido Explícito do Cliente >>>> Compensação Interna >>> Pedido do Ex MMM (Ex-Ministro de Minas e Energia)". A Delta e a EIT são outras duas empresas investigadas na Lava Jato.

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Há ainda anotações que fariam referência à Odebrecht. "CNO - Ganhou 90 MMR$ na Ref. Nordeste com apoio da AG". A "Ref. Nordeste" é a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, onde já foi comprovada a corrupção e fraudes. Há ainda referência à Camargo Corrêa, cujo os executivos já fizeram acordo de delação premiada admitindo propina na obra. "CCCC - Ganhou 90R$ na Ref. Nordeste com apoio da AG".

O juiz Sérgio Moro já condenou os executivos da Camargo Corrêa, identificada como "CCCC" na tabela- por corrupção e lavagem nas obras da Abreu e Lima, junto com o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef - cotas do PP no esquema de fatiamento político da estatal, comandado ainda pelo PT e PMDB.

Os documentos confirmam a divisão de obras e combinação de licitações, com participação de empreiteira na "cobertura" de outras, avaliam os investigadores. Em outro documento aberto dos arquivos apreendidos na empreiteira, foi encontrado uma planilha com informações de divisão do mercado entre as empreiteiras, problemas que podem ocorrer e como controlar o mercado.

"Aparentando ser através de influência, sorteios entre as empreiteiras 'amigas' e cotas para acomodar as demais construtoras, 'acomodar o mercado'", interpreta da PF.

O material foi anexado pela PF na última semana aos autos da Lava Jato. Executivos da Andrade Gutierrez são réus em uma ação penal aberta em agosto, acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O presidente da empreiteira, Otávio Marques Azevedo, e outros executivos estão presos pela Lava Jato, em Curitiba, desde 19 de junho, quando foram alvos da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes - que teve como alvos também o presidente e executivos da Odebrecht.

A força-tarefa do Ministério Público Federal ainda não denunciou nenhum dos empreiteiros por cartel ou fraudes em licitações. As acusações formais pelos dois crimes serão apresentadas em uma segunda etapa da Lava Jato, segundo os procuradores.

A Andrade Gutierrez informou que não vai comentar.

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O WikiLeaks publicou nesta quinta-feira (18) outros 276.394 documentos da Sony relacionados com o ciberataque que o estúdio de Hollywood sofreu em novembro do ano passado. Assim como fez em abril, quando divulgou 30.287 arquivos da empresa, o site voltou a oferecer aos internautas a possibilidade de fazer buscas por nome ou palavra-chave.

O WikiLeaks justifica que a informação "é de domínio público" e que a sua divulgação permite mostrar "as engrenagens de um influente multinacional". A Sony Pictures Entertainment, filial da Sony, sofreu em 24 de novembro de 2014 um ataque maciço em seu banco de dados que provocou um conflito diplomático entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

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O estúdio teve os dados pessoais de 47 mil funcionários divulgados, incluindo e-mails de executivos com algumas das maiores estrelas de Hollywood. O grupo que se autodenomina Guardiães da Paz (GOP, na sigla em inglês) reivindicou o ataque cibernético em retaliação à estreia do filme "A Entrevista", uma sátira sobre o ditador norte-coreano Kim Jong-un. Pyongyang negou estar por trás do ataque, depois de ser acusado diretamente pelo presidente dos americano, Barak Obama.

O escândalo levou à demissão do co-presidente da Sony Pictures, Amy Pascal, que precisou se desculpar por mensagens racistas que ele escreveu sobre o presidente.

Os smartphones com Android estão na lista dos que mais acumulam arquivos, deixando a memória do sistema lotada e causando dor de cabeça aos seus usuários. Para quem se identifica com a situação, o aplicativo gratuito The Cleaner (baixe aqui) promete ser a solução simples e completa para deixar o sistema operacional otimizado, resolvendo alguns problemas que causam lentidão nos aparelhos.

Com ele, é possível fazer análises de velocidade, melhorar a performance da memória, abrir um maior espaço de armazenamento, aumentar a vida útil da bateria e realizar manutenções periódicas em celulares e tablets. 

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Confira como utilizar a ferramenta para otimizar o sistema:

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