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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou uma resposta firme das instituições às manifestações de bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições que pedem intervenção militar. "Não dá para achar que é normal pessoas estarem na frente dos quartéis elevando o tom. Instituições têm que olhar de maneira firme e não deixar movimento se alastrar", afirmou.

Gleisi falou, nesta terça-feira (8), com a imprensa depois de se reunir com o presidente do MDB, Baleia Rossi.

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Ela afirmou que fará nesta semana uma reunião com os partidos aliados para discutir a situação política do País e que as agremiações políticas poderão ser ouvidas pelas Forças Armadas e o Judiciário. "Os partidos podem dar uma resposta dura, se posicionar como instituição", afirmou.

Gleisi avaliou que o Tribunal Superior Eleitoral foi firme no processo eleitoral e disse esperar que o Judiciário seja "muito firme" agora com as manifestações que ainda ocorrem. "Perdedor tem direito de espernear, mas não de chamar golpe ou desestabilizar País", acrescentou.

Segundo a presidente, ainda não há encontro marcado com as Forças Armadas para discutir o tema. Nesta terça-feira, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chega a Brasília para uma série de reuniões marcadas para a quarta-feira, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula deve retornar a São Paulo na quinta-feira.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (7) que as Polícias Civis e Militares dos Estados e do Distrito Federal, assim como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentem em até 48 horas todas as informações sobre os organizadores, financiadores e líderes dos atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). As manifestações que atentam contra a democracia defendendo intervenção militar são realizadas em diversas cidades do País por inconformismo com os resultados das eleições que deram vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No despacho assinado nesta segunda, Moraes ainda determinou que as autoridades policiais encaminhem todas as informações coletadas a partir da identificação dos caminhões e veículos utilizados para bloquear estradas após a divulgação dos resultados das eleições. O ministro ainda cobrou o compartilhamento dos dados do bolsonaristas envolvidos nas manifestações ilegais em frente aos quartéis das Forças Armadas.

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Os responsáveis pelas forças policiais ainda terão de informar todas as medidas adotadas até o momento para lidar com os bloqueios de rodovias e estradas por apoiadores de Bolsonaro, assim como o que foi feito em relação aos atos antidemocráticos em frente aos quartéis das Forças Armadas. Na última sexta-feira, 3, a PRF informou ter liberado todos as vias bloqueadas nos Estados. A corporação informou restar apenas 13 pontos de interdição parcial em cinco vias públicas.

Mais cedo nesta segunda, apoiadores de Bolsonaro foram flagrados atacando pedras em um comboio da PRF enviado à cidade de Novo Progresso, no Pará,para desbloquear um trecho da rodovia BR-163.

A Meta - empresa que controla o Instagram e Facebook - começou a remover conteúdos que pedem intervenção militar no Brasil. A empresa enfatiza que a medida não é nova e faz parte de uma interpretação de políticas que já existem na plataforma. Não foi informada a quantidade de publicações excluídas das redes.

"Temos acompanhado com atenção os acontecimentos no Brasil e as conversas sobre esses eventos nas nossas plataformas, e começamos a remover pedidos para uma intervenção militar no Brasil no Facebook e Instagram", disse um porta-voz da Meta em nota.

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Desde a eleição no último domingo, 30, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também tem determinado a suspensão de diversos grupos golpistas no Telegram.

A plataforma, que permite até 200 mil participantes o grupo, foi um dos principais meios para a organização dos protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e bloqueios de rodovias pelo País.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o Supremo Tribunal Federal (STF) receberam nesta sexta-feira, 4, pedidos para investigar o prefeito de Sorocaba, no interior paulista, Rodrigo Manga (Republicanos), por incentivar e participar dos protestos golpistas que fecharam estradas após o segundo turno da eleição.

Bolsonarista, Manga confraternizou com manifestantes no km 110 da rodovia Raposo Tavares, importante e movimentada ligação da capital ao interior do Estado, na última terça-feira, 1º, e chegou a fazer fotos com alguns deles. Ele também agradeceu o carinho e rezou com o grupo.

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Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito afirmou que os protestos na região aconteceram "de forma ordeira, organizada, pacífica". "Vim pessoalmente aqui acompanhar o que está acontecendo", diz no vídeo.

As representações são assinadas pelo advogado Raul Marcelo. Ele afirma que Manga "deliberadamente decidiu manifestar apoio e insuflar um ato golpista", dando "caráter de legalidade a um ato notoriamente ilegal".

Em julgamento unânime no início da semana, o STF determinou a liberação "imediata" de todas as vias públicas bloqueadas.

COM A PALAVRA, O PREFEITO

"O prefeito Rodrigo Manga esteve no local da manifestação como agente público, nem participando, nem incentivando. Em sua fala no local, como é possível conferir no vídeo de sua live nas redes sociais, o prefeito Rodrigo Manga reconhece que se trata de uma manifestação em âmbito nacional e que a fiscalização da Rodovia Raposo Tavares, que passa por Sorocaba, é de competência do governo do Estado. Entretanto, foi ao local para certificar-se pessoalmente de que as vias públicas estavam liberadas. Pronunciou-se publicamente em tom pacificador, acalmando os ânimos."

O procurador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho, do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, pediu nesta quinta-feira (3) à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar a conduta do ex-campeão mundial de fórmula Nelson Piquet, que sugeriu a morte do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O piloto participou das manifestações antidemocráticas conduzidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que contestam o resultado das eleições deste ano.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Piquet completa o lema bolsonarista "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", com a frase "Lula no cemitério" seguida por palavras de baixo calão. O MPF considerou que as falas do piloto tiveram a intenção de "incitar a prática de atos concretos de violência contra o governante eleito". O procurador Galvão de Carvalho determinou que a PF colha o depoimento de Piquet.

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"As declarações proferidas por Nelson Piquet, em análise preliminar, aparentam não se limitar a meras expressões de opinião a respeito do governo eleito - situação em que seriam constitucionalmente asseguradas -, podendo constituir de forma concreta formas de incitação dirigida à população em geral, voltadas tanto à prática de violência contra o candidato eleito, assim como à animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constituídos", escreveu o procurador.

No despacho, Galvão de Carvalho ainda considera que as falas de Piquet poderiam incitar a deposição do governo eleito. O piloto xingou Lula na gravação e disse que os manifestantes iriam tirar o presidente disso (Presidência). O procurador cita que parte dos manifestantes defende a intervenção das Forças Armadas para impedir a diplomação e a posse do petista.

No contexto dos protestos antidemocráticos organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nestas eleições, diversos profissionais de imprensa — entre repórteres, cinegrafistas e fotógrafos — têm denunciado hostilização e ataques que buscam impedir a cobertura da imprensa. Em diferentes pontos do país, manifestantes estão bloqueando rodovias desde a última segunda-feira (31) por não aceitarem o resultado das urnas.

Em Divinópolis, município da região Centro-Oeste de Minas Gerais, uma equipe de reportagem da TV Candidés foi agredida e hostilizada enquanto cobria o movimento em um trecho da rodovia MG-050. Cinegrafista e repórter foram expulsos do local com empurrões e em meio a ataques como os que diziam que a dupla deveria ir para Cuba, Venezuela e Nicarágua. 

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No município de Limeira, localizado a 154 quilômetros da capital paulista, um fotógrafo freelancer e um repórter da Rádio Educadora de Limeira também foram expulsos à base de empurrões e xingamentos durante a cobertura dos bloqueios na cidade. Houve ainda tentativas de destruição de equipamentos, segundo relato do fotógrafo à Abraji. 

Na região Sul do país, profissionais do Paraná também foram alvo de hostilização por parte dos manifestantes, que tentaram impedir o trabalho de duas equipes de reportagem da TVCI na cidade de Paranaguá, no litoral do estado.

Os três casos ocorreram na terça-feira (1).

Já nesta quarta-feira (2), quatro equipes de reportagem da Band relataram que foram atacadas em diferentes localidades – São Paulo, Recife e Porto Alegre. Ainda na terça-feira (1) um episódio de ataque contra outra equipe da Band também teria acontecido em Cascavel, no Paraná. 

Dos cinco casos, dois aconteceram no Recife com a equipe da TV Tribuna, afiliada da emissora em Pernambuco. Além da hostilização contra os profissionais, os manifestantes tentaram impedir que eles realizassem as entradas ao vivo. Puxar o microfone do repórter e tapar a lente da câmera foram algumas das estratégias utilizadas. 

A Abraji está recebendo diversos relatos e apurando as circunstâncias. Há vídeos de uma agressão física violenta em Araxá (MG). Em Porto Alegre, há informações de que equipes do SBT e da Record foram hostilizadas. Um profissional da Jovem Pan, que trajava uma camiseta vermelha que é o uniforme da emissora, teria sido expulso de uma manifestação. Também há relatos de ataques em Marechal Cândido Rondon (PR) e em Corbélia (PR).

Com a permanência das mobilizações e bloqueios das rodovias, a Abraji segue apurando e recebendo novos relatos de episódios de violação à liberdade de imprensa.

Ameaça pelo Twitter

O departamento jurídico da Rede Amazônica fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil para que seja investigada a postagem no Twitter, com ameaça aos seus profissionais, e também em busca de identificar o autor do perfil. A emissora ainda irá tomar providências legais contra o autor da ameaça, além de denunciar ao Twitter o teor da postagem. 

A mensagem incita à agressão física aos profissionais da emissora e também da CNN que estiverem na cobertura das manifestações antidemocráticas. Segundo a postagem, o objetivo é “quebrar” jornalistas: “Nada de morte ou algo que manche nosso ato, por favor. Apenas aleije(sic) invalide, no máximo.” 

A denúncia sobre as ameaças chegou ao conhecimento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas e da Federação Nacional dos Jornalistas. As entidades denunciaram o perfil e as postagens à plataforma, para que suspendesse a conta por incentivo à violência contra profissionais do jornalismo.

O sindicato encaminhará também o material para a polícia e para o Ministério Público do Amazonas. Para a presidente da Fenaj, Samira de Castro, é necessário investigar quem incentiva ataques aos jornalistas, sobretudo no contexto da cobertura das manifestações antidemocráticas.

“Temos observado, ao longo dos últimos quatro anos, um crescimento exorbitante desse tipo de violação à liberdade de imprensa. Esses ataques, que já extrapolam o ambiente online, são incentivados por quem deveria resguardar o direito que a sociedade tem de ser informada: o presidente da República e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL)”, afirmou a presidente da Fenaj. 

O diretor de jornalismo da Rede Amazônica, Paulo Fernandes, informou que orientou seus profissionais a tomar cuidados durante o trabalho externo.

“Eles já adotam um protocolo de segurança. No entanto, é muito preocupante quando algumas pessoas veem os jornalistas como inimigos e não como pessoas essenciais para a democracia”, afirmou.  

A ameaça acontece no Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes Contra Jornalistas. Para a presidente da Fenaj, “é necessário reforçar o direito ao exercício profissional livre e seguro de jornalistas e demais trabalhadores da mídia. Para isso, as autoridades brasileiras precisam agir. Ao mesmo tempo, as plataformas também precisam atuar para coibir a disseminação de discursos de ódio e violência contra quem quer que seja”, disse Samira de Castro. 

Posicionamento

"É inaceitável o que está acontecendo. Profissionais que estão trabalhando, exercendo o dever de informar à população, estão sendo agredidos. Quando o jornalismo é cerceado toda a sociedade perde", comenta a presidente da Abraji, Katia Brembatti. 

A Abraji condena as ações que buscam impedir a imprensa de exercer o seu trabalho de informar a população. Os episódios são um reflexo da escalada de violência contra jornalistas que tem sido estimulada pelo presidente desde o início de seu governo e configuram desrespeito aos direitos fundamentais de liberdade de expressão e de imprensa, garantidos pela Constituição Federal. 

A Abraji exige que as autoridades públicas e agentes de segurança tomem ações urgentes para garantir condições seguras para o exercício do jornalismo, especialmente no contexto de tais manifestações e bloqueios antidemocráticos, identificando, investigando e tomando as medidas cabíveis contra os responsáveis. E pede aos manifestantes que respeitem o trabalho da imprensa no local. A hostilização a jornalistas gera graves consequências para a população em geral ao restringir direito de acesso à informação de interesse público.

Da Abraji

Militantes apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participam, nesta quarta-feira (2), de atos diante de sedes militares em São Paulo e no Rio de Janeiro. Há registro de manifestações também em outros Estados, como Santa Catarina, Distrito Federal e Minas Gerais.

Inconformados com a vitória nas urnas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os bolsonaristas pedem "intervenção militar" ou "intervenção federal", citando uma leitura distorcida do artigo 142 da Constituição, e a anulação das eleições presidenciais.

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Após o resultado das urnas ter sido sacramentado, militantes bolsonaristas bloquearam rodovias e estradas federais e estaduais a partir da noite de domingo (30). O cenário começou a mudar somente depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a ação conjunta de policiais militares e policiais rodoviários federais e ameaçar de prisão o diretor geral da Polícia Rodoviária Federal para que as estradas começassem a ser desobstruídas.

Em São Paulo

Vestidas de verde-amarelo, milhares de pessoas pedem "intervenção federal" em frente ao Comando Militar do Sudeste, na região do Ibirapuera, em São Paulo. Por volta das 11h, manifestantes tomavam as duas faixas da Av. Sargento Mário Kozel Filho. Quase duas horas depois, já ocupavam parte da Av. Pedro Álvares Cabral. A Secretaria de Segurança Pública paulista informou que não há balanço de quantas pessoas participam da manifestação, mas destacou que ali fica o único ponto de manifestação na capital paulista.

Os bolsonaristas puxavam gritos de "Fora PT" e "intervenção federal". A multidão que se reúne na região do Ibirapuera pede provas da lisura do processo eleitoral e defende uma intervenção ora "militar" ora "federal" baseada equivocadamente no artigo 142, que trata sobre as atribuições das Forças Armadas. Em nenhum dos artigos da Constituição, no entanto, há brecha para qualquer ação que altere a decisão tomada nas urnas.

No centro do Rio

Um grupo de bolsonaristas ocupa a praça em frente ao Comando Militar do Leste (CML) e uma faixa da avenida Presidente Vargas, principal via do Rio de Janeiro. O ato é acompanhando por agentes da Guarda Municipal e pela Polícia Militar. Questionada, a PM afirmou que não faria estimativa da quantidade de pessoas presentes.

O grupo se reúne em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede organizacional das Forças Armadas que abrange Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Os manifestantes chegaram ao local por volta das 8h com faixas e cartazes por "intervenção militar" e bandeiras do Brasil.

"Temos o artigo 142, mas sabemos que para ele ser colocado em prática precisaria passar pelo Congresso. O outro lado vai acabar com a gente. Não queremos virar Venezuela. Militares nos ajudem. Todo poder emana do povo", diz uma das organizadores do ato. Sob gritos de "eu autorizo", ofensas a Lula e entoando hinos militares e religiosos, o grupo protesta sob chuva fina.

Na zona oeste do Rio

Cerca de 500 pessoas se reúnem na manhã desta quarta diante do Comando da Primeira Divisão de Exército, na Vila Militar (zona oeste) para pedir intervenção militar.

A maioria dos manifestantes usa camisa da seleção brasileira e ostenta bandeiras do Brasil. A reportagem contou duas faixa e quatro cartazes pedindo intervenção militar. O grupo alterna cantos e coros - o hino nacional é repetido com frequência, e às vezes interrompido por coros como "a nossa bandeira jamais será vermelha" e "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

Um homem usa um megafone para pedir intervenção militar: "O povo conclama, o povo exige. Só as Forças Armadas podem salvar o Brasil", disse à reportagem, sem se identificar. Os militares em serviço observam a manifestação e pedem aos manifestantes que se concentrem numa calçada.

"Minha mulher está doente e pediu que eu ficasse com ela, mas hoje não dá, eu tinha que vir aqui. É questão de vida ou morte para o Brasil", afirmou um manifestante que se identificou apenas como João, militar reformado de 63 anos.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, por oito votos a dois, rejeitar uma ação que questionava discursos e comportamentos do presidente Jair Bolsonaro e de integrantes de seu governo - ministros de Estado e a integrantes do alto escalão - com relação à manifestações antidemocráticas e a conduta frente a pandemia da covid-19. O autor da ação, o PSOL, alegava que as condutas configurariam transgressão aos preceitos fundamentais do Estado de Direito e do direito à saúde.

A maioria dos ministros acompanhou o voto da ministra Rosa Weber, que entendeu que a ação não tem condições processuais para tramitar por apresentar pedido genérico e não apontar, com precisão e clareza, os atos questionados.

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A decisão foi tomada em sessão do plenário virtual encerrada nesta segunda-feira, 18. As informações foram divulgadas pelo STF.

Restaram vencidos no julgamento, os ministros Ricardo Lewandowski e Edson Fachin ficaram vencidos. Lewandowski foi quem abriu a divergência, ponderando que a ação deveria prosseguir, uma vez que as manifestações do presidente e de outros agentes governamentais podem, em tese, fragilizar os preceitos fundamentais citados.

Na ação, o PSOL sustentava que diferentes autoridades teriam 'feito declarações ou participado de manifestações' antidemocráticas contra o Congresso Nacional e o STF. Além disso, a legenda alegava que Bolsonaro estaria descumprindo o papel do governo federal na articulação e na formulação das políticas públicas de enfrentamento da pandemia da covid-19. O partido indicava, por exemplo, que o chefe do Executivo vai a reuniões e encontros sem máscara facial, descumprindo instruções e recomendações das autoridades nacionais e internacionais de saúde.

Nessa linha, o PSOL pedia ao STF que determinasse a Bolsonaro, seus ministros e auxiliares imediatos que observassem, em atos, práticas, discursos e pronunciamentos, os princípios constitucionais fundamentais do Estado de Direito e do direito à saúde.

Ao analisar o processo, a ministra Rosa Weber considerou que os fatos questionados pelo PSOL foram mencionados de maneira vaga e imprecisa. Segundo a magistrada, tal situação parecia sugerir que o partido busca 'estabelecer uma curatela judicial sobre o presidente da República'.

Além disso, Rosa indicou que o pedido era para que fosse expedida uma ordem judicial para que o presidente da República observe a Constituição.

A ministra ainda ponderou que o tipo de ação escolhido pelo PSOL para questionar os atos de Bolsonaro - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - não pode ser utilizada para a apuração de supostos ilícitos penais ou violações funcionais decorrentes de comportamentos, dolosos ou culposos, que devem ser analisados sob a ótica do contraditório e da ampla defesa, inclusive do direito à prova.

Rosa destacou que, casos de transgressões aos princípios e regras constitucionais ocorrem com frequência e exigem a intervenção judicial, mas diante de situações concretas e específicas. Na avaliação da ministra, o partido deixou o pedido em aberto, sem especificar todo alcance de sua pretensão.

Seguiram o voto de Rosa os ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) foi intimada pela Polícia Federal a depor no inquérito que investiga a organização de atos antidemocráticos e ataques a instituições. Ela deverá ser ouvida no próximo domingo (5).

A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Zambelli comentou a intimação em carta e vídeo.

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"Mesmo sem ter acesso aos autos, em respeito à Polícia Federal e à Constituição, me farei presente. É certo que para mim o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi", ela escreveu.

A PF prendeu na mesma investigação o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo. A instituição também busca cumprir o mandado de prisão contra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, que está foragido. O caminhoneiro declarou que só vai se entregar em 7 de setembro.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (26), que atos antidemocráticos não devem ser alvos de inquéritos por se tratarem de livre manifestação do pensamento.

"Se alguém comete um ato antidemocrático, é contra o governo federal, não é contra um do supremo. Eu não estou reclamando, entendo como liberdade de opinião. Você quer levantar um cartaz na rua ai pedindo pena de morte, faça o que você bem entender, isso é liberdade de expressão. O cara levanta uma placa AI-5. Ai é na constituição anterior, não existe mais", disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

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O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), integrante da base bolsonarista no Congresso, foi preso, em fevereiro deste ano, por divulgar vídeos no qual fazia ofensas aos membros do Supremo Tribunal Federal. No mês passado, o parlamentar, que cumpria prisão domiciliar, foi detido novamente por não pagar fiança de R$ 100 mil.

A delegada da Polícia Federal Denisse Dias Rosas Ribeiro enviou ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira, 16, informando a abertura de inquérito sobre suposta organização criminosa, 'de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito'. Além de anexar a portaria de abertura da investigação ao sistema do STF, Denisse pediu a autorização de compartilhamento da integralidade do conteúdo do inquérito dos atos antidemocráticos - mídias apreendidas, quebra de sigilo bancários e telemáticos - para subsidiar as novas apurações.

A abertura da investigação atende uma decisão de Alexandre , que, ao acolher o pedido da Procuradoria Geral da República e mandar arquivar o inquérito aberto em abril do ano passado para investigar atos que defenderam a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacaram os Poderes Legislativo e Judiciário, determinou a abertura de novas frentes de apuração conexas - entre elas a investigação de grupos organizados em prol de ataques contra a democracia.

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Na decisão dada no dia 01 de julho, o ministro do Supremo destacou que os métodos e núcleos estruturados - produção, divulgação, político e financeiro - observados no inquérito dos atos antidemocráticos são 'absolutamente semelhantes' àqueles identificados no inquérito das fake news, que também corre sob sua relatoria.

"A análise dos fortes indícios e significativas provas apresentadas pela investigação realizada pela Polícia Federal aponta a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhantes àqueles identificados no Inquérito 4781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito", escreveu Moraes.

Esses grupos, segundo o ministro, podem ter contado com apoio de agentes públicos e deputados bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, Bia Kicis, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e Daniel Silveira, réu por ataques ao STF, além do assessor especial da presidência Tércio Arnaud. O blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre, também é citado como possível integrante do grupo.

Por prevenção, os autos no novo inquérito foram encaminhados ao gabinete de Alexandre, como indicado pelo ministro no início do mês. Parte das outras apurações determinadas pelo ministro foram encaminhadas à Justiça de São Paulo. Outras duas investigações permanecerão tramitando junto ao Supremo, com distribuição livre, ou seja, podendo ser enviados para um dos gabinetes dos outros 10 ministros da corte, de acordo com sorteio do sistema do STF. Tais investigações miram as deputadas Paula Belmonte e Aline Sleutjes.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) criticou nesta quinta-feira (1°) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir uma investigação para apurar a possível existência de uma organização criminosa voltada à promoção de ataques contra as instituições democráticas e seus integrantes.

Nas redes sociais, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a linha de investigação.

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"Lamento profundamente a instauração de novo inquérito de "Fake News" pelo min Alexandre de Morais. Mobilização política para combater a oposição ao governo Bolsonaro foi transformada em "ataque à democracia". Grupo de WhatsApp virou "organização criminosa". Surreal (sic)", escreveu.

O novo inquérito deriva da investigação aberta em abril do ano passado para apurar a organização, a divulgação e o financiamento de manifestações em defesa da volta da ditadura militar, da intervenção das Forças Armadas e contra os Poderes Legislativo e Judiciário - o chamado inquérito dos atos antidemocráticos, que foi arquivado a pedido da Procuradoria Geral da República.

Nessa nova frente, a Polícia Federal vai aprofundar a apuração em torno de grupos organizados em prol de ataques contra a democracia. Segundo Moraes, os métodos e núcleos estruturados - produção, divulgação, político e financeiro - são 'absolutamente semelhantes' àqueles identificados no inquérito das fake news, que também corre sob relatoria do ministro.

"Observa-se, de forma comum aos dois inquéritos, a existência de grupos coordenados que utilizam, de forma recorrente, redes sociais e mídias alternativas como instrumentos para a concretização de atos de disseminação de notícias fraudulentas para atacar membros do Supremo Tribunal Federal e outras autoridades constituídas, para a promoção de ataques às próprias Instituições Democráticas de representação política e social do Brasil, especialmente quanto à legitimidade do Poder Legislativo. Além do uso de meios comuns para a realização dos ataques, observa-se parcial identidade dos sujeitos investigados", escreveu Moraes ao determinar a investigação.

Esses grupos, segundo o ministro, podem ter contado com apoio de agentes públicos e deputados bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, Bia Kicis, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e Daniel Silveira, réu por ataques ao STF, além do assessor especial da presidência Tércio Arnaud. O blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre, também é citado como possível integrante.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) foram apontados em relatório da Polícia Federal como envolvidos na "milícia digital". A informação consta em decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que mandou arquivar o inquérito dos atos antidemocráticos que aconteceram no ano passado pelos bolsonaristas.

Essa decisão atende apenas parte do pedido da Procuradoria-Geral da República. Na prática, Moraes abriu outras frentes de investigação para apurar uma "organização criminosa" de ataques contra a democracia. O ministro também abriu apurações específicas de caixa dois e uso irregular de servidores contra duas deputadas federais bolsonaristas: Paula Belmonte (Cidadania) e Aline Sleutjes (PSL).

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O ministro afirma que o inquérito havia sido aberto “em virtude da presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e politico absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.

Aberto em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois que manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando instituições democráticas marcaram as comemorações pelo Dia do Exército em diferentes cidades do País, o chamado inquérito dos atos antidemocráticos pode ser encerrado sem a conclusão das investigações. Isso porque a própria PGR pediu o arquivamento da apuração em relação a parlamentares bolsonaristas. O argumento foi o de que a Polícia Federal não conseguiu delimitar a investigação.

"Esse inadequado direcionamento da investigação impediu a identificação de lacunas e dos meios necessários, adequados e proporcionais para alcançar a sua finalidade, impossibilitou a delimitação do problema", diz um trecho da manifestação da PGR.

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O parecer, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, levou cinco meses para ficar pronto. Ele havia sido cobrado a se manifestar sobre a continuidade das apurações no início de janeiro, quando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, abriu vista ao Ministério Público Federal. A reposta só veio na sexta-feira, 4, e diz ainda que o inquérito não conseguiu apontar a participação de deputados e senadores nos crimes investigados. Os parlamentares chegaram a ter os sigilos bancários quebrados no curso das investigações.

Em dezembro, a Polícia Federal apresentou o último relatório parcial com os achados da investigação até então. No documento de mais de 150 páginas, obtido pelo blog, a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro defende a 'justa causa' no aprofundamento da apuração, mas reconhece a possibilidade de desmembramento do caso. Segundo ela, a 'forte polarização ideológica' dificultou o andamento da investigação.

"Observa-se que há justa causa na apuração desses fatos, não necessariamente dentro do presente inquérito, situação que deverá ser avaliada pelo Exmo. Sr. ministro relator. A proposição de separação de alguns pontos da investigação para apuração em separado tem por objetivo proporcionar a concentração de esforços dirigidos ao objetivo de esclarecer os eventos dentro do prazo adequado, em respeito aos direitos e garantias constitucionais assegurados às pessoas em torno dos fatos em apuração e em atenção ao posicionamento da Egrégia Corte quanto à necessidade de a investigação observar o princípio da duração razoável do processo", afirma.

A delegada sugere, por exemplo, a abertura de um inquérito específico para investigar os mecanismos usados pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) e os servidores do órgão que podem ter favorecido canais bolsonaristas e antidemocráticos com anúncios publicitários custeados pelo governo. As suspeitas da PF sobre o possível direcionamento de verbas de publicidade para financiar páginas na internet dedicadas a promover manifestações contra a democracia vieram a público em setembro do ano passado, ocasião em que o Palácio do Planalto foi envolvido diretamente no inquérito pela primeira vez. O investimento de dinheiro público nesses sites também foi identificado pela CPI das Fake News.

"Não houve aprofundamento no entendimento de quais seriam os mecanismos de filtragem eventualmente disponíveis e/ou empregados pela Secom, bem como quem seriam os servidores do governo federal diretamente responsáveis pelas ações/omissões que, de alguma forma, beneficiariam os canais indicados. Sugere-se a instauração de inquérito policial específico para aprofundamento das situações noticiadas, considerando que os fatos ainda permanecem sem esclarecimento", defende Denisse.

A Secom já afirmou que a distribuição de verbas publicitárias 'segue os critérios constitucionais de impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e eficiência' e que a distribuição da publicidade digital oficial do governo 'é de responsabilidade do Google Ads', ferramenta do Google na qual o usuário define parâmetros sobre qual público-alvo quer alcançar com o anúncio. Apesar de não haver um controle direto sobre quais sites as peças são exibidas, o governo tem a opção de bloquear a sua presença em determinadas páginas ou adicionar filtros que impeçam sua divulgação em sites considerados inadequados.

A Polícia Federal (PF) sugeriu a abertura de uma investigação para apurar se apoiadores bolsonaristas tentaram obstruir os trabalhos da CPMI das Fake News. O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal em dezembro, no curso do inquérito dos atos antidemocráticos.

Mensagens obtidas pela PF apontam que membros de um grupo de WhatsApp batizado de "Conselheiros do TL" tentaram convencer a deputada federal Bia Kicis (PSL-SP) a "derrubar" a convocação de João Bernardo Barbosa para prestar depoimento na comissão parlamentar. Apontado como sócio do blogueiro blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre, Barbosa é descrito pela PF como a pessoa "que paga as contas de Allan".

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Uma das mensagens teria sido enviada por Ayres - provavelmente Bruno Ayres, segundo a PF, outro sócio da empresa Terça Livre - em novembro de 2019.

Os investigadores dizem ainda que Allan teria mentido em depoimento na CPMI das Fake News sobre a composição societária da empresa Terça Livre. "A investigação identificou que Allan dos Santos atestou em seu depoimento que João Bernardo Barbosa era apenas um voluntário do Terça Livre, minimizando sua participação nos fatos. Não há clara indicação das circunstâncias, impondo-se o aprofundamento para verificação da repercussão", aponta a PF.

Em outra frente, a Polícia Federal lança dúvidas sobre o recebimento de dinheiro de monetização do canal Terça Livre via Google. Os investigadores sugerem um inquérito à parte para investigar a hipótese de "envio de valores ao exterior com a interposição de pessoas (BBTV)". As suspeitas surgiram durante a análise do material apreendido com Allan dos Santos na Operação Lume.

"Identificou-se que ao menos uma parte do dinheiro retorna ao Brasil via Paypal, bem como por meio de alguns pagamentos de despesas de Allan e do site do Terça Livre realizados pelo sócio João Berbardo (empresário brasileiro residente nos EUA e vinculado ao canal). Permanece a necessidade de aprofundamento, a fim de verificar se esses pagamentos são feitos com valores da monetização pagas via empresa canadense e a motivação para a interposição de pessoas físicas e jurídicas, bem como a correta identificação do fluxo de monetização. Registre-se que há menção a um processo de criação da empresa Terça Livre Internacional, que seria sediada no exterior", registra a PF.

O relatório da Polícia Federal aponta que os investigadores chegaram a formalizar uma representação para que o Google enviasse dados relacionados a pagamentos efetuados à BBTV, empresa estrangeira que presta consultoria a criadores de conteúdo, possivelmente destinados ao Terça Livre.

A PF também chegou a tentar uma cooperação jurídica com o Canadá para averiguar o "caminho do dinheiro". Segundo a Polícia Federal, o governo canadense pediu que as autoridades brasileiras "enviem mais dados indicadores do envolvimento de Allan dos Santos nos fatos investigados".

Há ainda uma outra linha de investigação que atinge o Terça Livre, relacionada a doações de valores para o site. A PF aponta "possível interposição de pessoas para lavagem de capitais". Os investigadores dizem que no curso das investigações foi identificado que o site bolsonarista e pessoas vinculadas a ele "recebem valores significativos doados ao canal por meio de plataformas de crowdfunding, feitos por meio de sites de doação ou diretamente em contas pessoais".

"Durante a busca e apreensão executada na residência de Allan dos Santos, foi encontrada uma planilha de doadores do canal Terça Livre, via plataforma apoia-se, contendo mais de 1.700 linhas. Entre os 16 primeiros doadores, há um servidor público do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro que realizou 27 transações que totalizaram R$ 40.350,00, um servidor da Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro, realizou 31 transações que totalizaram R$ 15.500,00, um servidor do Senado Federal que doou, em três transações, R$ 15.000,00. Já uma servidora do BNDES doou diretamente na conta de sócio do Terça Livre ao menos R$ 70.000,00", registra a representação da PF.

A Polícia Federal propôs as apurações em inquéritos apartados da investigação sobre os atos antidemocráticos. No relatório enviado em dezembro ao Supremo Tribunal Federal, a corporação aponta que há necessidade de aprofundamento dos fatos em procedimentos específicos. Ao todo, os investigadores pediram oito frentes de apuração independentes, incluindo uma investigação sobre os mecanismos usados pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) que podem ter favorecido canais bolsonaristas e antidemocráticos com anúncios publicitários custeados com dinheiro público.

Ao pedir o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, aberto após manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando instituições, a Procuradoria-Geral da República se manifestou sobre os pedidos da PF: defendeu que a documentação sobre os "eventos identificados" ao longo das apurações seja enviada para as Justiças Federal e Estadual.

A deputada Bia Kicis de manifestou sobre o suposto pedido para se "derrubar" a convocação de João Bernardo Barbosa para prestar depoimento na CPMI. "Só me perguntaram se ele teria que comparecer e eu disse que se convocado sim. Jamais me pediram para eu interferir e eu jamais o faria", afirmou.

A Polícia Federal (PF) identificou que, entre a rede de contas falsas derrubadas pelo Facebook em junho do ano passado, está um perfil operado de endereços ligados ao presidente Jair Bolsonaro: no Palácio do Planalto, sede oficial do governo, e na casa da família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

A conclusão consta em relatórios produzidos durante as investigações do chamado inquérito dos atos antidemocráticos - aberto em abril do ano passado para investigar a organização de manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando instituições democráticas que marcaram as comemorações pelo Dia do Exército em diferentes cidades do País.

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Uma das hipóteses de investigação tocadas pela Polícia Federal no inquérito mirou no uso de redes sociais e a identificação de contas declaradas inautênticas pelo Facebook. Os investigadores usaram como base um relatório produzido pela Atlantic Council, que faz análises independentes sobre a remoções de perfis da rede social por "comportamento inautêntico coordenado".

O trabalho foi feito em etapas. Primeiro, a PF analisou o relatório e identificou 80 contas consideradas inautênticas responsáveis pela difusão de informações antidemocráticas. Na sequência, operadoras de internet foram intimadas a compartilhar os números de IP (espécie de "RG" atribuído a cada computador ou celular conectado à internet) dos terminais usados para operar esses perfis e os dados usados nos cadastros desses IPs, incluindo localização de acesso.

A conclusão foi a de que ao menos 1.045 acessos partiram de órgãos públicos, incluindo a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado e o Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército. É justamente nesta lista que constam acessos a partir da rede de Wi-Fi do Palácio do Planalto e da casa dos Bolsonaro no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal identificou que, nos endereços ligados a Bolsonaro, foram acessadas a conta de Instagram Bolsonaro News e o perfil pessoal no Facebook de Tércio Arnaud Thomaz, assessor do presidente apontado como integrante do chamado "gabinete do ódio", revelado pelo Estadão. Na casa de Bolsonaro, os acessos foram feitos em novembro de 2018. Já na rede da Presidência, foram mais de 100 acessos só ao perfil Bolsonaro News entre novembro de 2018 e maio de 2019.

No relatório da Atlantic Council, a Bolsonaro News é descrita como uma página que usa memes para atacar ex-aliados de Bolsonaro. "Tática do suposto Gabinete do Ódio", afirma a consultoria. "Esse comportamento persistiu durante a campanha de 2018 e continuou depois que Bolsonaro assumiu o cargo. Muitas dessas postagens foram publicadas durante o horário de trabalho, o que pode ser uma indicação de que Tércio Arnaud Thomaz estava postando neste site - que não está oficialmente conectado à Presidência - durante o horário oficial do gabinete", diz outro trecho do relatório.

Segundo a PF, o Facebook apontou que a derrubada desta e de outras contas usou com base a seguinte tipologia estabelecida pela empresa: "operações executadas por um governo para atingir seus próprios cidadãos. Isso pode ser particularmente preocupante quando combinam técnicas enganosas com o poder de um Estado".

A Polícia Federal (PF) identificou que ao menos 1.045 acessos de contas "inautênticas" ligadas a aliados do presidente Jair Bolsonaro - derrubadas pelo Facebook há quase um ano - partiram de órgãos públicos como a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado e o Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército. A investigação da PF ocorre no âmbito do inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos. A conta inautêntica é um perfil criado ou usado por meio de identidade desconhecida.

Ao analisar parte dos perfis apontados pela rede social como falsos, os investigadores conseguiram identificar assinantes de redes privadas das quais partiram 844 acessos, incluindo uma provedora ligada à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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Na sexta-feira passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF o arquivamento da investigação que atingiu parlamentares e apoiadores bolsonaristas. Cinco meses após ter sido cobrado a se manifestar sobre a continuidade das apurações, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros - braço direito do chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras -, disse que o inquérito não conseguiu apontar a participação dos deputados e senadores nos crimes investigados. Os parlamentares chegaram a ter os sigilos bancários quebrados no curso das investigações. O parecer da PGR foi enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

A jurisprudência do Supremo prevê que o pedido de arquivamento feito pela PGR é irrecusável. Na prática, Moraes tem de acolher a solicitação. O rito no Supremo é diferente da tramitação na Justiça estadual, onde o artigo 28 do Código de Processo Penal prevê que o juiz, ao não concordar com o arquivamento, encaminha os autos ao procurador-geral de Justiça.

Conforme relatos colhidos pelo Estadão, o pedido da PGR surpreendeu os investigadores e incomodou ministros da Corte. Os autos estavam na PGR desde 4 de janeiro. Nenhuma diligência foi realizada. A PF havia sugerido outras oito frentes de apuração. Mesmo tendo de acolher o arquivamento, Moraes poderá decidir sobre abertura de novos inquéritos contra parlamentares bolsonaristas. O Estadão apurou que ele vai analisar detalhadamente os autos e a manifestação da PGR.

O relatório enviado ao Supremo pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, em dezembro passado, tem 154 páginas e descreve os achados da PF, com base em apuração da Atlantic Council - instituição que realiza análise independente de remoções do Facebook. Os endereços apresentavam indícios de comportamento coordenado considerado inautêntico, agindo em redes de desinformação. Na época o Facebook afirmou que os responsáveis pelos materiais removidos tentavam ocultar suas identidades.

Em uma das hipóteses criminais sob suspeita no inquérito dos atos antidemocráticos, a PF mira o "movimento online de pessoas associadas para supostamente promover a difusão de ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e social", conforme o relatório produzido para o Facebook.

'Grupo Brasília'

A partir do documento da Atlantic Council, a PF buscou "dados externos e independentes" para checar as informações do relatório e identificou 80.552 acessos nas contas apontadas no documento. Os investigadores seguiram a análise e decidiram se debruçar sobre um dos três grupos que atuavam "utilizando contas inautênticas e de forma coordenada", o chamado "grupo Brasília".

"Utilizando o grupo Brasília como referência, limitou-se o escopo da análise a aproximadamente 15.528 vínculos de conta - endereço IP. Desse universo foram solicitados às operadoras (Claro, Tim, Oi e Vivo) dados cadastrais de 5.120 vínculos de contas com endereço IP, sendo que apenas 844 acessos tiveram seus assinantes identificados (total 31 assinantes), dos quais alguns deles com vínculos com os proprietários das contas inautênticas apontadas pelo Facebook", diz o relatório.

A PF aponta a mulher do presidente Jair Bolsonaro, Michelle, como assinante da provedora de internet na qual foi acessada a conta Bolsonaro News e o perfil de Tercio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente e integra o chamado "gabinete do ódio" - núcleo instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto. Também consta na lista um assessor parlamentar lotado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Fernando Nascimento Pessoa. A partir de sua internet, teriam sido acessadas as contas SnapNaro, Trump We Trust, DiDireita, Tudo é Bolsonaro, Porque o Bolsonaro? e Snapressoras.

Dentro da amostragem - os 15 mil acessos selecionados para análise - a PF identificou que 1.045 deles partiram de órgãos públicos - o comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado e a Câmara Municipal do Rio.

Eduardo Bolsonaro

A PF busca identificar se mais de uma pessoa utilizava as contas sob suspeita e solicitou dados de usuários à Presidência da República, à Câmara, ao Senado e à Câmara Municipal do Rio. Conforme dados fornecidos pela Câmara, um conta de nome "Eduardo Guimarães" estaria ligada ao usuário de Carlos Eduardo Guimarães, listado como secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro, e também ao usuário do próprio parlamentar.

Segundo os investigadores, está pendente o envio de dados pelo Senado e pela Presidência com relação aos dados cadastrais dos usuários ligados ao acesso das contas derrubadas pelo Facebook. A Secretaria-Geral da Presidência encaminhou dados sobre os usuários, mas "devido ao formato do arquivo digital apresentado foi solicitado novo envio".

Já com relação à Câmara Municipal do Rio, a instituição alegou que não possuía arquitetura de registro de logs de acesso à internet e assim não conseguiria fornecer as informações. Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, é vereador no Rio.

Foram analisados o conteúdo de 88 contas identificadas pela Atlantic Council, sendo que a análise preliminar indicou "provável supressão de conteúdo" de diversas páginas. Os investigadores listaram os proprietários das contas, o número de seguidores, a quantidade de imagens publicadas, além de outros dados.

A PF lembra das pendências que existem no âmbito da linha de investigação, mas indica que apesar da apuração não ter sido concluída, "não há impedimento para o compartilhamento de dados e subsequente avaliação da repercussão desses fatos em outras esferas".

O Estadão entrou em contato com a Secretaria de Governo da Presidência, com o gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e com o Exército. Não houve manifestação até a conclusão desta edição. Outros citados não foram localizados. 

Dono do portal Terça Livre, o blogueiro Allan dos Santos é apontado no inquérito dos atos antidemocráticos como alguém com trânsito entre parlamentares bolsonaristas e servidores de baixo escalão do governo federal. Segundo a Polícia Federal, ele pretendia usar o canal aberto para tentar emplacar um nome na Secretaria de Radiodifusão. A ideia, ainda de acordo com a investigação, era usar o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, para 'abrir portas' aos interesses de seu blog.

A PF aponta que o nome pensado para assumir o cargo é o da advogada e comunicadora Júlia Zanatta, que foi candidata a prefeita de Criciúma (SC) pelo Partido Liberal nas eleições do ano passado.

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Em mensagens trocadas com Allan, ela chega a dizer que "temos que tomar essa secretaria". Na mesma conversa de WhatsApp, Júlia sugere que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, estaria embargando a indicação. "O Duda me falou: "Tem alguém no meio." "Esse alguém é Marcos Pontes e os veículos que eles já estão amiguinhos (sic)", diz a mensagem atribuída à advogada.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso aos volumes do inquérito. A investigação indica ainda que Allan dos Santos entendia que a Secretaria Especial de Comunicação, chefiada na época pelo publicitário Floriano Amorim, era importante para o "alcance dos objetivos do canal Terça Livre".

As mensagens obtidas pela PF apontam que Eduardo Bolsonaro fez a ponte entre publicitário e o blogueiro. Depois disso, os dois chegaram a marcar encontros presenciais e trocar mensagens e ligações para discutir propostas do dono do Terça Livre para programas de rádio, programa de entrevista para a TV Brasil, documentários e programação infantil.

No relatório parcial mais recente sobre a investigação, elaborado em dezembro, a Polícia Federal chegou a afirmar que articulação de Allan transcende a "mera difusão de ideias".

O documento cita como exemplo anotações apreendidas no escritório do blogueiro, que registravam: "objetivo: materializar a ira popular contra os governadores/prefeitos"; "fim intermediário: saiam às ruas"; e "fim último: derrubar os governadores/prefeitos".

A PF observa ainda que os "objetivos antidemocráticos" externados nos manuscritos apreendidos com Allan têm de ser interpretados em conjunto com o interesse em obter espaço junto à área de comunicação do governo federal.

"É sobre esse enfoque que a CPMI das Fake News e o presente inquérito direcionaram a atenção para os critérios empregados pela Secom no repasse de recursos públicos federais a canais ditos 'bolsonaristas', situação ainda pendente de esclarecimento. Além disso, é fato notório que houve um aumento significativo do número de seguidores de determinados canais dessa vertente, impactando em razão direta no aumento da monetização", registra a PF.

Em setembro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou mensagens trocadas por Allan dos Santos com o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, chefe da Ajudância de Ordem da Presidência e assessor do presidente Jair Bolsonaro, em que o blogueiro afirma que as Forças Armadas 'precisam entrar urgentemente' - a declaração teria sido enviada por WhatsApp um dia depois de grupos autodenominados antifascistas protestarem contra o governo, no final de maio do ano passado.

O blogueiro se manifestou nas redes sociais sobre o inquérito depois que a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento da apuração em relação a parlamentares bolsonaristas por considerar que a Polícia Federal não conseguiu delimitar a investigação. "Os autos deste inquérito são provas de inúmeros crimes de abuso de autoridade cometidos por um membro da cúpula do Judiciário", escreveu.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação aberta para apurar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, que atingiu parlamentares e apoiadores bolsonaristas.

Cinco meses após ter sido cobrado a se manifestar sobre a continuidade das apurações, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, disse que o inquérito não conseguiu apontar a participação dos deputados e senadores nos crimes investigados. Os parlamentares chegaram a ter os sigilos bancários quebrados no curso das investigações.

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"Esse inadequado direcionamento da investigação impediu a identificação de lacunas e dos meios necessários, adequados e proporcionais para alcançar a sua finalidade, impossibilitou a delimitação do problema", diz um trecho do parecer elaborado após a Polícia Federal finalizar, em dezembro, um relatório parcial de mais de 150 páginas com os achados da investigação até então.

O parecer da PGR foi enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, a quem caberá decidir sobre o pedido. Na prática, quando o Ministério Público Federal, que é o titular da ação penal, se manifesta pela rejeição de uma investigação, é de praxe que os ministros promovam o arquivamento.

Cinco meses após ter sido cobrado a se manifestar sobre a continuidade das apurações, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, disse que o inquérito não conseguiu apontar a participação dos deputados e senadores nos crimes investigados. Os parlamentares chegaram a ter os sigilos bancários quebrados no curso das investigações.

"Esse inadequado direcionamento da investigação impediu a identificação de lacunas e dos meios necessários, adequados e proporcionais para alcançar a sua finalidade, impossibilitou a delimitação do problema", diz um trecho do parecer elaborado após a Polícia Federal finalizar, em dezembro, um relatório parcial de mais de 150 páginas com os achados da investigação até então.

O parecer da PGR foi enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, a quem caberá decidir sobre o pedido. Na prática, quando o Ministério Público Federal, que é o titular da ação penal, se manifesta pela rejeição de uma investigação, é de praxe que os ministros promovam o arquivamento.

Depois de garantir mais 90 dias de sobrevida ao inquérito das fake news, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF), recebeu uma lista de sites que estariam divulgando notícias falsas sobre a Corte e sobre a pandemia do coronavírus.

O documento foi encaminhado pelo deputado federal Fausto Pinato (PP-SP). O Estadão teve acesso e há na lista portais investigados no inquérito dos atos antidemocráticos, que também é conduzido por Moraes e apura a organização, divulgação e financiamento de manifestações contra a democracia.

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"Diversos sites, de maneira organizada e aparentemente planejada, tem se articulado para atingir a honra e a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e de seus Ministros, atingindo assim o equilíbrio entre os poderes e a democracia", diz um trecho da comunicação, assinada pelo advogado Sidney Duran Gonçalez, que participou de uma reunião por teleconferência com o ministro da semana passada.

"Também faz-se nítido que estes sites possuem um claro perfil negacionista em relação à ciência, divulgando massivamente informações inverídicas quanto ao combate a pandemia", acrescenta o documento.

O blog apurou que Moraes encaminhou a petição para manifestação da Procuradoria Geral da República.

Em outra frente, o ministro pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal de Contas da União (TCU) façam levantamentos para verificar se candidatos, partidos políticos ou órgãos públicos pagaram empresas investigadas sob suspeita de oferecerem serviços de disparo em massa de mensagens, com conteúdos falsos. Parte das informações, solicitadas na semana passada, já foi enviada pelo TSE.

Moraes também pediu ao tribunal eleitoral o compartilhamento das informações reunidas em processos que buscam a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Isso porque há uma suspeita de que o modo de funcionamento dos disparos seja semelhante ao usado nos ataques dirigidos contra os ministros do STF nas redes sociais - objeto do inquérito das fake news. No mesmo despacho, determinou ainda que a Polícia Federal colha os depoimentos de sócios, ex-sócios e ex-funcionários das empresas investigadas.

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