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A Fifa divulgou nesta quinta-feira as cidades-sede e estádios que receberão os jogos do Mundial Feminino de 2023, que será realizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia, dois países da Oceania. Ao todo, nove cidades e 10 estádios participarão da competição.

Sydney, Adelaide, Brisbane, Melbourne e Perth serão as cidades australianas que sediarão partidas, enquanto que Auckland, Dunedin, Hamilton e Wellington serão as neozelandesas.

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O primeiro jogo será disputado no estádio Eden Park, em Auckland. Já a final será no estádio Olímpico de Sydney. As semifinais ocorrerão uma em cada país. A tabela com a distribuição dos confrontos por estádio será divulgada ainda em 2021.

Esta será a primeira edição do Mundial Feminino que será realizada em dois países simultaneamente. Além disso, será a primeira vez que o torneio terá 32 equipes - nas duas últimas edições, 24 seleções participaram.

"Aproveitando o incrível sucesso da França-2019 dentro e fora do campo, a Copa do Mundo Feminina da Fifa de 2023 e as 9 cidades-sede da Austrália e da Nova Zelândia não só apresentarão os melhores jogadores do mundo, mas também uma plataforma poderosa para unir e inspirar pessoas, transformar vidas e criar um legado duradouro para o futebol feminino na Austrália e na Nova Zelândia e em todo o mundo", disse o suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa.

Confira todos os estádios e cidades-sede do Mundial Feminino de 2023:

Adelaide (Austrália): Hindmarsh Stadium

Auckland (Nova Zelândia): estádio Eden Park

Brisbane (Austrália): Brisbane Stadium

Dunedin (Nova Zelândia): Dunedin Stadium

Hamilton (Nova Zelândia): Waikato Stadium

Melbourne (Austrália): Melbourne Rectangular Stadium

Perth (Austrália): Perth Rectangular Stadium

Sydney (Austrália): Stadium Australia e Sydney Football Stadium

Wellington (Nova Zelândia): Wellington Stadium

Vítimas de grandes inundações, os moradores da costa leste da Austrália começaram as operações de limpeza nesta quinta-feira (25), à medida que o volume de água começa a baixar, revelando a extensão dos danos.

As chuvas torrenciais que caíram na região inundaram cidades, destruíram plantações e causaram duas mortes.

Agora que as nuvens se dissiparam e deram lugar ao céu azul, milhares de pessoas no estado mais populoso do país, Nova Gales do Sul, puderam voltar para suas casas para constatar os danos deixados pelas piores enchentes em mais de meio século.

Centenas de soldados e bombeiros voluntários ajudam na remoção da lama das estradas e na retirada dos escombros das propriedades.

Ben Shepherd, inspetor do serviço rural de bombeiros, disse que as equipes querem "trabalhar para que as comunidades recuperem um mínimo de normalidade o mais rápido possível".

"Isso vai levar, potencialmente, semanas, senão meses, em algumas áreas", disse ele à AFP.

Nesta enorme região castigada pela inclemência do clima, muitas comunidades continuam isoladas, devido ao aumento do volume dos rios. Mais de 20.000 pessoas ainda não puderam voltar para suas casas.

As autoridades pediram aos moradores que fiquem atentos às enchentes.

"Acreditamos que a maioria dos rios atingiu seu pico, mas o excesso de confiança nos preocupa", alertou a primeira-ministra do estado, Gladys Berejiklian.

"Inundações imprevisíveis continuarão ocorrendo em comunidades que não viam essa quantidade de chuva em 50, ou 100 anos", acrescentou.

Os serviços de emergência responderam a mais de 11.000 pedidos de ajuda desde o início do desastre na semana passada e resgataram cerca de mil pessoas presas pela água.

Na quarta-feira (24), as autoridades informaram a descoberta do corpo de um jovem paquistanês de 25 anos, preso em seu carro em uma enchente de 6 metros, no noroeste de Sydney.

Horas depois, a polícia de Queensland anunciou que o corpo de outro homem, também preso em um veículo, foi encontrado em um rio na Costa Dourada.

As inundações atingiram áreas do interior, como Moree, onde as imagens de televisão mostravam a cidade dividida em dois pelo transbordamento do rio.

Para os próximos dias, o serviço meteorológico prevê sol nas áreas mais afetadas.

Perto de Sydney, nas imediações do rio Hawkesbury, a urgência agora é levar alimentos, material médico e artigos de primeira necessidade para as áreas isoladas.

Milhares de casas e negócios foram afetados pelas inundações. As seguradoras receberam mais de 22.000 pedidos de cobertura até agora.

O grupo de imprensa News Corp, do empresário Rupert Murdoch, anunciou nesta terça-feira (16) que alcançou um acordo de três anos com o Facebook na Austrália sobre as notícias, após a aprovação de uma lei que obriga os gigantes da internet a remunerar a imprensa australiana.

O Facebook bloqueou em fevereiro o acesso às notícias para os usuários na Austrália em resposta à lei que regulamenta as relações entre a mídia tradicional e as grandes empresas de tecnologia.

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A medida provocou indignação na Austrália, depois que as páginas do Facebook dos serviços de emergência, organismos de saúde e associações de caridade também foram afetadas pelo bloqueio.

O Facebook retirou o bloqueio e aceitou negociar acordos financeiros com os grupos de imprensa australianos, o que levou o governo a flexibilizar a legislação.

O acordo anunciado nesta terça-feira estabelece que as empresas que pertencem a News Corp proporcionarão conteúdos de notícias ao serviço News do Facebook.

Este acordo também será aplicado a dezenas de empresas de comunicação na Austrália, incluindo o jornal The Australian, o Daily Telegraph de Sydney e o Herald Sun de Melbourne. O canal Sky News Australia também concluiu um novo acordo com o Facebook.

Robert Thomson, diretor geral da News Corp, afirmou em um comunicado que o acordo do grupo com o Facebook é um "acontecimento importante e terá um grande impacto em nossas empresas de imprensa australianas".

Andrew Hunter, diretor do Facebook para os acordos com a imprensa na Austrália e Nova Zelândia, confirmou o acordo e declarou que o grupo se "comprometeu a fornecer o Facebook News à Austrália".

Facebook e Google, os dois gigantes americanos da tecnologia, afetados pela legislação australiana, resistiram às cláusulas que os obrigavam a aceitar uma arbitragem sobre as quantias que deveriam pagar à mídia local para publicar informações australianas em suas plataformas e em seus resultados de busca.

O Google negociou acordos de licença de milhões de dólares por seu produto Showcase com uma série de empresas australianas, entre elas os dois maiores grupos de imprensa do país, News Corp e Nine Entertainment.

O governo australiano aceitou flexibilizar as condições legais da arbitragem caso os gigantes da internet assinassem acordos com as empresas de comunicação locais.

Quase um milhão de australianos poderão comprar passagens pela metade do preço para viajar pelo país como parte de um plano do governo para estimular o turismo interno, no momento em que as fronteiras internacionais continuam fechadas devido à pandemia de Covid-19.

O primeiro-ministro, Scott Morrison, anunciou que o governo gastará 1,2 bilhão de dólares australianos (US$ 927.000) para subsidiar quase 800.000 passagens de avião para regiões afastadas das grandes cidades e "muito dependentes do turismo internacional".

O objetivo é estimular os australianos a passar as férias em destinos como a Grande Barreira de Coral, o local sagrado para os aborígenes de Uluru e as praias da 'Gold Coast'. O projeto inclui 13 destinos.

As fronteiras externas da Austrália estão fechadas há um ano para proteger o país do novo coronavírus. No início de março a medida foi prolongada por mais de três meses.

Antes da pandemia, o turismo internacional representava anualmente 45 bilhões de dólares australianos (US$ 36 bilhões) para o país.

Um plano de ajuda ao emprego permitiu salvar milhões de postos de trabalho, mas o programa acaba no fim de março.

Milhares de trabalhadores dos setores mais afetados, sobretudo no turismo, temem perder o emprego.

Os ingressos pela metade do preço serão oferecidos a partir de abril e o governo espera que, desta forma, os australianos contribuam para apoiar o setor.

As companhias aéreas em dificuldades, como Qantas e Virgin Australia, elogiaram a medida, mas outras empresas do setor de turismo a consideram insuficiente.

Morrison disse que o programa permitirá uma "transição para um modo de vida mais normal para os australianos" e acrescentou que o setor de turismo "não quer depender para sempre do apoio do governo".

Responsáveis por retirar cobras de áreas residenciais, profissionais do Snake Catches de Brisbane, na Austrália, ficaram abismados com a camuflagem de uma píton-carpete em uma garagem cheia de ferramentas. Nas redes sociais, eles desafiaram os internautas a encontrar seu esconderijo entre canos e alicates.

Mesmo não peçonhenta, a espécie se enrola em suas presas até a morte e pode alcançar até três metros de comprimento. "Encontre a serpente", provoca a publicação no Facebook.

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"É ótimo brincar com isso, mas sempre que não consigo encontrar, fico um pouco preocupada, caso eu tivesse que fazer na vida real", brincou uma usuária que topou participar do desafio.

Acomodada em um espaço compacto, alguns desconfiaram que a postagem se tratava de uma brincadeira e, na verdade, não havia serpente alguma na foto. "Esse é um daqueles [desafios] 'não há cobra' e vocês estão brincando com a gente", sugeriu outro usuário.

A empresa americana Epic Games, que desenvolveu o jogo Fortnite, apresentou uma ação judicial contra o Google na Austrália por posição dominante na distribuição e no sistema de pagamento de aplicativos móveis.

A Epic Games já tentou julgamentos similares contra os gigantes Google e Apple na Europa, Reino Unido e Estados Unidos.

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As comissões do Google e da Apple podem alcançar 30% do valor das transações realizadas por meio dos aplicativos móveis.

A Epic Games apresentou uma demanda judicial por "abuso de posição dominante" contra o sistema operacional Android do Google no Tribunal Federal da Austrália.

Em novembro, a Epic Games apresentou uma demanda similar contra a Apple.

"O Google dá a ilusão de ser aberto utilizando como argumento a presença nas lojas alternativas de aplicativos", disse o fundador e CEO da Epic Games, Tim Sweeney.

"Na realidade, estas situações são tão raras que quase não afetam o monopólio do sistema operacional Android", completou.

Um portavoz do Google na Austrália não comentou a informação.

Em Coolibah, no Território do Norte da Austrália, uma fazenda do gigante de luxo LVMH é destinada à criação de uma raça de crocodilo caracterizada por suas pequenas escamas ideais para uso em bolsas.

Para garantir o abastecimento e atender à crescente demanda, a LVMH e a Hermès acumularam na última década fazendas de crocodilos na Austrália, sendo proprietárias da maioria delas.

No final de fevereiro a atividade é mais intensa, pois coincide com a postura dos ovos dos répteis. Cerca de 4.000 ovos por ano são coletados na natureza adjacente e depois transportados para Coolibah, onde são colocados em incubadoras até a eclosão.

Em uma sala, com temperatura constante em torno de 33ºC, as caixas cheias de ovos são distribuídas em prateleiras separadas por um corredor.

“Eles são muito sensíveis à temperatura. No início da fase de incubação, isso nos permite determinar o sexo dos espécimes. Estamos particularmente interessados nos machos, porque eles crescem mais rápido”, explica Ben Hindle, diretor das duas fazendas da LVMH na Austrália.

Os filhotes recém-nascidos emitem um som monótono para "chamar seus irmãos para chocar seus ovos, todos incubados ao mesmo tempo", diz ele.

Eles são então transferidos para incubadoras do tamanho de um celeiro com grandes potes de água parcialmente fechados, onde são agrupados em ninhadas por aproximadamente nove meses e alimentados com carne picada de canguru seis vezes por semana.

- Pequenas escamas ideais -

“O corte do cordão umbilical sarou bem, as escamas começaram a se formar”, diz satisfeito. Essa parte do corpo é usada para fazer artigos de couro. “Não existe outro como o crocodilo marinho australiano”, acrescenta.

“A pele da barriga é formada por escamas muito pequenas, detalhe muito valorizado principalmente na confecção de bolsas”, explica Hindle.

Os crocodilos passarão o terceiro e último ano de vida em cercados individuais, em um grande campo, para evitar morder ou arranhar a pele, antes de serem abatidos com uma arma de choque.

Sua pele é enviada para Cingapura, para um curtume comprado pela LVMH em 2011, que fornece couro para todas as marcas do grupo. Apesar da demanda, os couros exóticos da indústria de luxo são fortemente criticados.

Grandes marcas, como a Chanel, desistiram do uso de couros exóticos.

A LVMH, por sua vez, se defende: “deixem nossas marcas livres para usar esses materiais e nossos clientes para comprá-los”. “Procuramos as melhores práticas possíveis ...”, afirma um responsável.

Grahame Webb, presidente do setor de crocodilos da União Internacional para a Proteção da Natureza, defendende a exploração comercial de répteis como um compromisso necessário para a preservarção de uma espécie à beira da extinção nos anos 1960.

“Você nunca será capaz de fazer crocodilos animais simpáticos entre as pessoas que vivem perto deles. Mas se você der a eles um valor econômico, essas pessoas estarão dispostas a tolerá-los”, argumenta.

No Território do Norte, em 2017, entre a exploração e o turismo, entraram 67 milhões de euros (quase 80 milhões de dólares)

Um adolescente australiano, de 17 anos de idade, morreu no hospital uma semana depois de ter sido picado por uma cubomedusa em uma praia de Queensland, Austrália. Trata-se do primeiro caso letal deste tipo registrado na Austrália desde 2006, segundo mídia local ABC.

O incidente ocorreu em 22 de fevereiro, quando o jovem estava nadando na praia Patterson Point perto de Bamaga. O serviço de ambulância aérea transportou o jovem ao hospital, onde passou uma semana na unidade de terapia intensiva, mas não conseguiu se recuperar. Um representante da Polícia estadual informou na segunda-feira (1º) que o rapaz faleceu.

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Embora as mortes deste tipo sejam relativamente raras, os médicos afirmam que o recente incidente é um sinal claro de que se necessitam mais medidas para proteger das picadas de medusas marinhas as pessoas que vivem nas zonas rurais e remotas da Austrália.

Segundo a bióloga marinha conhecida internacionalmente Lisa-ann Gershwin, as vítimas de medusas provêm com maior frequência de comunidades remotas do país, que são menos conscientes dos perigos ligados a estes animais.

"Em áreas povoadas onde há redes de contenção, as pessoas são constantemente recordadas da presença de medusas, enquanto em áreas remotas não têm essa recordação constante", afirmou a especialista.

O adolescente é a 79ª vítima da cubomedusa, Chironex fleckeri, considerada uma das espécies mais venenosas do mundo desde que a Austrália iniciou seus registros no final do século XIX. Os tentáculos desta espécie alcançam até três metros de comprimento e estão cobertos de milhões de células urticantes que podem liberar um veneno extremamente poderoso quando são tocadas.

Da Sputnik Brasil

A Austrália irá prorrogar por três meses, até 17 de junho, o fechamento de suas fronteiras, para evitar a entrada do novo coronavírus, após um ano de isolamento. Segundo o ministro da Saúde, Greg Hunt, autoridades da área assinalaram ao governo que "a situação da Covid-19 no exterior segue gerando um risco inaceitável de saúde pública no país, devido à emergência das variantes mais contagiosas.

A Austrália fechou as fronteiras aos estrangeiros no começo da pandemia, salvo em casos especiais, e impôs um limite semanal no número de cidadãos do país que desejavam voltar para casa, o que deixou dezenas de milhares de pessoas bloqueadas no exterior. Os viajantes que entram na Austrália têm que gastar milhares de dólares para cumprir 14 dias de quarentena em hotéis.

O país tem obtido sucesso no controle da propagação da Covid-19, com menos de 29 mil casos registrados em uma população de 25 milhões de pessoas, que vivem atualmente com poucas restrições.

O Parlamento australiano aprovou nesta quinta-feira (25, quarta-feira no Brasil) uma lei histórica que exige que os gigantes da tecnologia remunerem os veículos de comunicação pelo uso de seu conteúdo.

A lei foi aprovada depois que o Facebook e o Google chegaram a acordos para evitar serem submetidos a arbitragens vinculativas e abre caminho para que esses dois gigantes digitais invistam dezenas de milhões de dólares em acordos de conteúdo local.

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Essa lei poderia servir de modelo para resolver conflitos entre gigantes da tecnologia e reguladores globais, a fim de equilibrar a relação entre a mídia tradicional - em dificuldades financeiras - e os gigantes que dominam a internet e captam grande parte da receita de publicidade.

O governo afirmou que a lei garantirá que os meios de comunicação "recebam uma remuneração justa pelo conteúdo que geram, ajudando assim a manter o jornalismo de interesse público na Austrália".

O Google pagará por notícias que apareçam em sua nova ferramenta Google News Showcase, enquanto o Facebook irá remunerar os fornecedores de seu produto News, que será lançado na Austrália este ano.

A lei gerou um embate entre o Facebook e o governo australiano. Depois de ter bloqueado a publicação de links para notícias da mídia local ou internacional em resposta ao projeto de lei, o dono do Instagram e do WhatsApp acabou recuando, com um acordo de última hora com as autoridades.

O grupo de Mark Zuckerberg anunciou que vai investir "pelo menos" 1 bilhão de dólares em conteúdo de notícias nos próximos três anos. O investimento, anunciado nesta quarta-feira em um blog de Nick Clegg, chefe de relações públicas da gigante das mídias sociais, se soma aos 600 milhões de dólares injetados na mídia desde 2018.

O Google, por sua vez, já havia concordado em pagar "quantias significativas" em troca de conteúdo do grupo de imprensa de Rupert Murdoch, o News Corp., favorável à nova lei.

A disputa do Facebook com reguladores e publishers pelo pagamentos de notícias que circulam em sua plataforma está apenas começando, e o acordo com o governo da Austrália para a restaurar as publicações na rede social não encerra os confrontos em outros locais. O acerto oferece um caminho para evitar pagamentos obrigatórios aos editores por conteúdo de notícias, desde que a empresa trabalhe para chegar a acordos por conta própria.

Os editores de notícias contam com o público que o Facebook e o Google, controlado pela Alphabet, oferecem. Horas após a decisão do Facebook de encerrar o compartilhamento de notícias na Austrália, o tráfego de leitores nos veículos vindos de fora do país diminuiu em cerca de 20%, mostraram dados da empresa de análise Chartbeat.

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Tanto o Facebook quanto o Google dizem que suas plataformas ajudam o jornalismo. Uma editora de notícias dos EUA aponta que a disputa com o Facebook na Austrália sugere que a empresa de mídia social renovou o interesse em pagar pelo conteúdo depois de relutar anteriormente em fazê-lo. "Estamos em um ponto de inflexão", afirma Maribel Perez Wadsworth, editora do USA Today, o título principal da Gannett, a maior rede de jornais dos Estados Unidos. "Finalmente, há uma apreciação muito maior do valor do jornalismo confiável."

No início deste mês, autoridades australianas conversaram com seus homólogos de Canadá, Alemanha, França e Finlândia sobre a aplicação de regras semelhantes em plataformas de tecnologia, afirmou Steven Guilbeault, ministro canadense encarregado de política cultural, acrescentando que a coalizão de países pode se expandir.

Fonte: Dow Jones Newswires.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta terça-feira que as seleções do Catar e da Austrália, convidadas da organização, não poderão mais participar da Copa América, que será realizada em conjunto por Colômbia e Argentina em 11 de junho e 11 de julho deste ano. O motivo alegado foi problema com o calendário dos dois países, que fazem parte da Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês).

Gonzalo Belloso, diretor de desenvolvimento da Conmebol, revelou que a Confederação Asiática programou compromissos das duas seleções para as mesmas datas da Copa América. "Não poderão mais vir (para a América do Sul)", disse o dirigente.

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Na semana passada, a Fifa anunciou que 16 partidas das Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022 e da Copa da Ásia de 2023 foram reprogramadas de março para junho deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Apenas quatro serão realizadas no próximo mês.

De acordo com a Conmebol, não haverá substituição na Copa América. A Austrália integrava o Grupo A, com sede na Argentina, junto com os anfitriões, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O Catar está no B, na Colômbia, com a seleção local, Brasil, Equador, Venezuela e Peru.

Com a saída dos países convidados, as seleções sul-americanas terão uma rodada livre na fase de classificação. As quatro primeiras colocadas de cada grupo avançam às quartas de final e a competição segue no mata-mata até a decisão em 11 de julho.

Belloso afirmou ainda que a Conmebol trabalha para que os estádios possam receber torcedores em até 30% de suas capacidades. "A ideia é que se posso jogar com um porcentagem de público nos estádios", informou o dirigente, que ressaltou que a última palavra sobre o assunto será dada pelas autoridades sanitárias dos países anfitriões.

O Facebook anunciou nesta terça-feira (23) que suspenderá nos próximos dias o bloqueio na Austrália das páginas de notícias, depois que o governo aceitou fazer emendas à lei que pretende obrigar os gigantes tecnológicos a pagar aos meios de comunicação por seus conteúdos.

O ministro australiano das Finanças, Josh Frydenberg, e o diretor geral do Facebook Austrália, Will Easton, afirmaram que chegaram a um acordo sobre um dos pontos cruciais da lei.

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"Como resultado das mudanças, agora podemos trabalhar para estimular nosso investimento em jornalismo de interesse público e restabelecer nos próximos dias as notícias no Facebook para os australianos", declarou Easton.

Na semana passada, o Facebook bloqueou a publicação de links de notícias e as páginas dos meios de comunicação em todo o país.

Várias páginas do Facebook de serviços de emergência também foram afetadas de forma involuntária. A medida de represália provocou indignação na Austrália e em muitos países.

O anúncio significa que Facebook e Google não serão penalizados desde que alcancem acordos com os grupos de imprensa em troca do uso de seus conteúdos.

A Austrália iniciou sua vacinação contra a Covid-19 nesta segunda-feira (domingo, 21, no Brasil) em meio a protestos contra a campanha, incluindo uma manifestação sonora de oposição na final de um campeonato de tênis.

Cerca de 60 mil doses devem ser administradas esta semana, começando com os trabalhadores da linha de frente - de profissionais de saúde a funcionários de hotéis de quarentena e policiais - e os residentes de lares de idosos.

Os noticiários matinais da televisão mostraram as primeiras injeções sendo aplicadas em Melbourne e Sydney, um dia depois que o primeiro-ministro Scott Morrison recebeu sua dose em um evento com o objetivo de convencer os australianos de que a vacina era segura.

O lançamento foi ofuscado por protestos antivacinas espalhados, mas barulhentos, nas principais cidades. O auge foi uma explosão de vaias da plateia na final do tênis masculino no Aberto da Austrália, quando ouviu uma menção às esperanças trazida pela vacina.

Apesar dos protestos, pesquisas de opinião pública indicam que cerca de 80% dos australianos elegíveis estão dispostos a ser vacinados.

A Austrália tem sido um dos países mais bem-sucedidos do mundo na contenção do coronavírus graças ao rápido fechamento das fronteiras do país e às medidas agressivas para conter os surtos por meio de confinamentos, testes intensivos e programas de rastreamento de contatos.

A campanha de imunização, que o governo pretende concluir até outubro, está começando com doses importadas da vacina Pfizer/BioNTech e uma fase posterior usará injeções da AstraZeneca fabricadas localmente.

O Departamento de Saúde da Austrália anunciou que vai parar de publicar anúncios no Facebook, no mais recente capítulo da batalha entre o governo e o gigante de tecnologia, que continua bloqueando notícias em sua plataforma no país.

A decisão coincide com a campanha publicitária, de 20 milhões de dólares, do governo para convencer a população a tomar a vacina e combater as teorias da conspiração sobre a imunização.

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O ministro da Saúde, Greg Hunt, afirmou no domingo (21) que seu departamento prosseguirá com a campanha publicitária para estimular a vacinação, mas não no Facebook. "Todos os nossos recursos serão utilizados", disse Hunt.

O Facebook critica a lei que a Austrália está prestes a aprovar e que pretende obrigar as grandes empresas de tecnologia a pagar aos meios de comunicação pelo uso de seus conteúdos. Em represália, a rede social bloqueou na quinta-feira passada as notícias da imprensa australiana de sua plataforma.

O Parlamento deve aprovar a lei durante a semana e muitos acreditam que, diante do inevitável, o Facebook negociará uma solução com a imprensa e o governo australianos.

A resposta contundente do Facebook contrasta com o Google, que estabeleceu acordos com vários grupos de imprensa, como a News Corp de Rupert Murdoch e o jornal britânico The Guardian, para pagar pelo uso de suas notícias.

A Austrália iniciou a campanha de vacinação no domingo. A octogenária Jane Malysiak, sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, foi a primeira imunizada.

O primeiro-ministro Scott Morrison e outros funcionários do primeiro escalão do governo também receberam a primeira dose da vacina. Os profissionais da saúde e outros grupos prioritários serão vacinados durante a semana.

Com a disputa que mantém com a Austrália, o Facebook envia um alerta aos países que querem regulamentar o setor digital, principalmente os europeus, mostrando que está disposto a fazer de tudo para defender seus interesses, segundo especialistas ouvidos pela AFP.

A rede social decidiu esta semana bloquear o conteúdo de notícias para seus usuários na Austrália, em protesto contra um projeto de lei que obrigaria os gigantes do setor digital a pagar os meios de comunicação locais.

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Assim, os australianos não podem mais compartilhar links de sites de informações e as páginas dos veículos australianos não podem mais ser acessadas pelo Facebook.

Trata-se de uma questão local ou um assunto além da Austrália? Segundo o ex-deputado Jean-Marie Cavada, diretor do IDFrights, instituto que defende os direitos fundamentais no meio digital, essa questão deve empurrar as democracias a se mobilizarem para regular a atuação das gigantes da rede.

"Ao cortar o acesso dos meios de comunicação aos seus serviços, vemos a verdadeira face do Facebook", uma rede disposta a "contornar ou esquecer" todas as leis que considera contrárias aos seus interesses financeiros. "Uma forma de imperialismo verde, verde como a cor do dólar", denunciou.

"Com isso, também mostram que se não ceder às ameaças e chantagens, estão dispostos a atacar a sua soberania", acrescentou Cavada, lembrando que, com a medida, o Facebook bloqueou o acesso a informações essenciais relacionadas à saúde, clima ou alertas meteorológicos, por exemplo.

Por sua vez, Joëlle Toledano, economista e autora de um livro sobre o assunto, não se surpreendeu com o cabo de guerra.

"Temos tendência a acreditar que estas plataformas são infraestruturas públicas, mas não é o caso. Estamos diante de atores que construíram um modelo econômico completo e global, e o Facebook não vai desistir tão depressa" face a uma legislação que questiona tudo o que construiu, alertou.

- Apoiar a Austrália -

"Trata-se de uma empresa que quase detém o monopólio do acesso à informação e, na verdade, trata-se de marcar o seu território", afirma Olivier Ertzschield, professor e investigador de Ciências da Informação da Universidade de Nantes.

Ao vetar o acesso aos seus serviços, "o Facebook exerce soberania de uso" na esfera digital, "onde capta a atenção de 2,7 bilhões de utilizadores no mundo" com todos os seus serviços, como Instagram ou WhatsApp, afirmou.

Além disso, o grupo aproveita o fato de que prescindir de seus serviços e fazer outro uso de sua plataforma não é fácil para seus usuários, pois isso acarreta "um custo cognitivo significativo"

Para os europeus, "este é um sinal", disse Toledano. As autoridades públicas devem compreender que estas plataformas "só podem ser reguladas a nível europeu", visto que é um mercado demasiado importante para correr o risco de o perder".

Bruxelas está preparando duas novas diretivas, chamadas DSA e DSM, mas o bloco da UE deve realizar "reformas mais abrangentes, em vez de abordar as questões separadamente (dados, desinformação, competição, tributação) e distribuí-las entre vários reguladores", segundo Toledano.

Cavada falou na mesma linha, exortando a UE a ir "muito mais longe" do que as diretrizes que estão sendo elaboradas. "Não podemos deixar a Austrália lutar pela democracia sozinha", disse.

Além disso, essa batalha pode ter repercussões nos Estados Unidos, onde o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais também é muito animado, disse o ex-deputado. Os deputados americanos querem reformar a seção 230 do "Communications Decency Act", um texto que isenta as plataformas de qualquer responsabilidade editorial.

A este respeito, Toledano sublinhou que alguns políticos defendem a manutenção desta regra, que é enormemente protetora para o GAFA, em troca de os meios de comunicação serem remunerados de alguma forma.

O Facebook informou nesta quarta-feira (17) que vai restringir o compartilhamento de notícias na Austrália, recusando-se a ceder ao projeto de lei que visa forçar a rede social a dividir sua receita com a imprensa.

"A lei proposta interpreta mal a relação entre nossa plataforma e a mídia que a usa para compartilhar conteúdo de notícias", disse o gerente do Facebook para a Austrália e Nova Zelândia, William Easton.

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A Austrália está prestes a adotar uma legislação que obrigaria as empresas digitais a pagar pela publicação de notícias, algo que criaria um precedente global.

"Isso nos deixou diante de uma escolha difícil: tentar cumprir uma lei que ignora a realidade dessa relação ou parar de permitir conteúdo de notícias em nossos serviços na Austrália. Com um peso no coração, estamos escolhendo a segunda opção", afirmou Easton.

A medida do Facebook foi na direção contrária ao Google, que nos últimos dias negociou acordos com grupos de mídia, incluindo a News Corp. de Rupert Murdoch, em resposta à pressão da regulamentação.

O Google concordou em fazer "pagamentos significativos" à News Corp por seu conteúdo, anunciaram as duas empresas em comunicado nesta quarta.

No início da semana, autoridades australianas disseram que os dois gigantes da tecnologia dos Estados Unidos estavam chegando a acordos com grandes veículos de comunicação da Austrália para resolver um impasse que está sendo observado de perto em todo o mundo.

As empresas ameaçaram retirar parcialmente seus serviços do país se a proposta se tornasse lei, desencadeando uma guerra de palavras com Canberra.

Em um comunicado, o Facebook disse que, com a nova política, os australianos "não podem ver ou compartilhar notícias australianas ou internacionais no Facebook".

Isso também significa que usuários em outras partes do mundo não podem ver ou compartilhar conteúdos jornalísticos australianos no Facebook.

- "Troca de valores" -

Segundo Easton, o Facebook alegou às autoridades australianas que "a troca de valores entre o Facebook e os publicadores favorece mais os publicadores" e gera centenas de milhões de dólares de receita para as organizações de mídia.

"Há muito trabalhamos para criar regras que encorajassem a inovação e a colaboração entre plataformas digitais e organizações de notícias", afirmou Easton.

"Infelizmente, essa legislação não faz isso. Em vez disso, busca penalizar o Facebook por conteúdos que não pediu."

Segundo a entidade de controle competente da Austrália, para cada 100 dólares gastos em publicidade online, o Google fica com 53, o Facebook leva 28 e o resto é compartilhado entre outros, privando a imprensa da renda necessária para sustentar o jornalismo.

Essa situação se reflete em outras partes do mundo, onde as plataformas de tecnologia estão enfrentando uma pressão cada vez maior para dividir as receitas com a mídia.

A chefe de associações de notícias do Facebook, Campbell Brown, disse no Twitter que a empresa relutou em bloquear os conteúdos de notícias para os australianos.

“Nosso objetivo era encontrar uma solução que fortalecesse a colaboração com as editoras, mas a legislação não reconhece a relação fundamental entre nós e as organizações de notícias”, escreveu ela.

Na quarta-feira, o Google assumiu a postura oposta, anunciando seu acordo com a News Corp. Um comunicado conjunto classificou o negócio como uma "parceria histórica de vários anos", que permitirá a exibição das publicações do gigante da mídia no Google Notícias.

O acordo abrange o conteúdo dos americanos Wall Street Journal, Barron's, MarketWatch e New York Post, os britânicos The Times, The Sunday Times e The Sun, e diversos veículos australianos, incluindo o The Australian.

Mais recente grande organização de mídia privada a chegar a um acordo, a News Corp é decisiva para que o governo conservador da Austrália possa enfrentar os gigantes da tecnologia.

Após quase um ano parada, a número 1 do mundo está de volta às quadras de forma oficial. Nesta terça-feira (2), a australiana Ashleigh Barty conseguiu uma boa vitória na estreia do Yarra Valley Classic, um dos três WTA 500 que a cidade de Melbourne recebe nesta semana. Ela marcou um duplo 6/3 contra a romena Ana Bogdan, 93ª do ranking, em 1 hora e 17 minutos.

Barty não disputava um torneio oficial desde o final de fevereiro do ano passado, quando foi semifinalista em Doha, no Catar. Isso aconteceu pouco antes de o circuito profissional ser paralisado por cinco meses devido à pandemia do novo coronavírus e a australiana preferiu não atuar nas competições do segundo semestre, por conta do risco de contaminação pela Covid-19 e das rígidas normas de quarentena na Austrália.

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"Eu me diverti muito aqui hoje (terça-feira) e acho que senti muito a falta de vocês também", disse Barty. "Este é um dos meus lugares favoritos para jogar no mundo inteiro. E depois de 11 ou 12 meses sem jogar, eu estava sentindo falta dessa sensação de vir aqui e competir", acrescentou.

A próxima adversária de Barty será a checa Marie Bouzkova, cabeça 16 do torneio e 52.ª do ranking. A tenista da República Checa venceu a espanhola Aliona Bolsova, 106ª colocada, por 2 sets a 1 - com parciais de 6/3, 6/7 (6/8) e 6/2.

Em outro torneio desta semana, o Gippsland Trophy, a japonesa Naomi Osaka, atual campeã do US Open, passou sem sustos pela francesa Alizé Cornet, superando a estreia com um duplo 6/2 em 1 hora e 11 minutos. Depois de vencer o seu primeiro jogo oficial desde o título em Nova York, a atual número 3 do mundo medirá forças com a britânica Katie Boulter, que foi a responsável pela eliminação da americana Coco Gauff.

A belga Elise Mertens foi outra das favoritas que avançou às oitavas de final. Sétima pré-classificada, ela superou a japonesa Mayo Hibi com um duplo 6/2. Sua próxima adversária será a francesa Caroline Garcia, que fez valer a condição de cabeça de chave 12 e venceu a húngara Timea Babos com duplo 6/4.

Depois de vencer as últimas 15 partidas que disputou, fechando 2020 com dois títulos seguidos e abrindo 2021 com uma conquista em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, a bielo-russa Aryna Sabalenka voltou a sentir o gosto amargo de uma derrota. Ela foi superada em sua estreia pela estoniana Kaia Kanepi, com parciais de 6/1, 2/6 e 6/1.

O governo da Austrália informou que o regulador local "aprovou provisoriamente" nesta segunda-feira (25) a vacina contra a Covid-19 da Pfizer para uso emergencial, em pessoas acima de 16 anos. A administração diz em comunicado que os primeiros grupos prioritários, como profissionais de saúde e idosos em casas de repouso, receberão vacinas a partir de fevereiro e lembra que serão necessárias duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.

Até 50 hospitais da Austrália receberão a vacina da Pfizer para aplicá-la e ela também será enviada a casas de repouso. O governo da Austrália lembra em sua nota que já fechou "vários acordos" para receber vacinas contra a Covid-19, como aquelas produzidas pela AstraZeneca e pela Novavax.

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Segundo o jornal local Daily Liberal, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse hoje que o país será afetado pelos atrasos nas entregas da AstraZeneca, com as primeiras doses de vacina da empresa chegando depois do previsto. Com isso, deve ser difícil o país cumprir sua meta de administrar 4 milhões de doses até março - essa meta foi transferida para o início de abril pelo governo local.

O Google ameaçou nesta sexta-feira (22) proibir os internautas australianos de usar sua ferramenta de busca no país caso a Austrália não modifique o projeto que visa forçar o gigante da internet a pagar aos meios de comunicação por seu conteúdo.

O governo australiano trabalha em um "código de conduta vinculante" que supostamente regerá as relações entre os meios de comunicação e os gigantes que dominam a internet, entre os quais se destacam Google e Facebook, que captam grande parte da receita publicitária.

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Este código, um dos mais restritivos do mundo, prevê penalidades de milhões de dólares em caso de infração e tem como alvo o portal de notícias do Facebook e as buscas no Google.

Mas a diretora-geral do Google Austrália, Mel Silva, declarou nesta sexta-feira diante de uma comissão do Senado que o "pior cenário" seria se o código fosse aprovado em sua versão atual, o que incentivaria o gigante tecnológico a suspender seus serviços de busca na Austrália.

“Se esta versão do código se tornar lei, não teremos escolha a não ser suspender o Google Search na Austrália”, alertou Silva. Uma ameaça à qual respondeu o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.

“A Austrália é quem estabelece as regras do que pode ser feito na Austrália. É o nosso Parlamento que decide”, afirmou. "Pessoas que desejam trabalhar dentro dessa estrutura na Austrália são bem-vindas. Mas não cedemos a ameaças".

A iniciativa australiana está sendo acompanhada de perto pelo mundo em um momento em que os meios de comunicação sofrem com uma economia digital onde Facebook, Google e outras grandes empresas de tecnologia estão monopolizando cada vez mais receita de publicidade.

A crise da imprensa foi agravada pelo colapso econômico causado pelo coronavírus. Na Austrália, dezenas de jornais foram fechados e centenas de jornalistas estão desempregados.

A primeira versão do código prevê que o Google e o Facebook remunerem os meios de comunicações australianos, seja o grupo público ABC ou os jornais do grupo News Corp de Rupert Murdoch, pelo uso de seu conteúdo.

O governo tem apenas Facebook e Google como alvos, e não outras plataformas muito populares como o Instagram ou o YouTube.

Silva insistiu que o Google queria apoiar a mídia e sugeriu modificar o código que deve entrar em vigor este ano.

"Há um caminho claro para um código justo com o qual podemos trabalhar, com apenas algumas pequenas emendas", afirmou.

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