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Marcos Mion é um paizão, isso não há como negar. Casado com Suzana Gullo, ambos são pais de Donatella, Romeo e Stefano e, além de demonstrar todo o amor que sente por sua família, o apresentador vez ou outra comenta sobre o autismo do filho mais velho. Na última quarta-feira (19), a revista Crescer publicou um texto assinado pelo próprio Mion em que ele argumenta a respeito da compreensão além do apoio às crianças com deficiências.

"Quantas vezes o fato de você ver uma criança com alguma deficiência física o fez agradecer a Deus, com alívio, o fato de não ser a sua criança? Se essa resposta não dependesse de aprovação moral, tenho certeza de que teríamos quase 100% de respostas positivas", começa o apresentador trazendo à tona uma situação que ocorre frequentemente.

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"Eu só quero lembrar que o fato de não ser seu filho não faz a síndrome ou deficiência deixar de existir. O fato de você continuar o seu caminho, entrar no seu carro e ir embora também não faz aquela criança desaparecer. Nem o pai e a mãe dela, que já devem ter passado por muitas situações para mantê-la da melhor forma possível", completa.

Em seguida, Mion comenta sobre um processo de iniciativa a respeito das crianças com deficiência. Porém, declara que em nenhum momento está querendo fazer um julgamento, e sim, apenas levantando um questionamento.

"Chegar em casa e abraçar seu filho 'perfeito' pode ser uma sensação inexplicável, mas continua não justificando a sensação de alívio ao ver uma criança com deficiência. Ok, porque não é seu filho, mas você pode, SIM, fazer a diferença. Sempre digo: o tempo e o esforço que você dedica para falar ou sentir algo de gosto duvidoso são os mesmos que você pode dispensar para dizer algo que mude o dia daquela pessoa e que faça você sentir uma coisa totalmente positiva. Muita atenção, não tem julgamento aqui! Ninguém nasce sabendo como lidar com situações que fogem do cotidiano. Eu levanto apenas o questionamento: será que, ao se deparar com crianças especiais, você está fazendo a diferença para o bem na vida delas?", indagou.

Mion ainda lembra que, por ser uma pessoa pública, ajuda a disseminar a ideia de fazer o bem para quem precisa - em especial para as crianças.

"Eu sou uma pessoa pública, tenho sorte por ser procurado por milhares de pais que querem levar seus filhos especiais para eu conhecer. Às vezes, querem apenas que eu os pegue no colo. Nem foto tiram. Se eu não fosse um orgulhoso representante da classe autista, não conseguiria fugir, nem se quisesse. Me sinto muito privilegiado por isso, e sei que planto algo bastante positivo naqueles pais e que mudo o dia ou ao menos aquele momento na vida da criança. Isso é uma sensação difícil de descrever. Fazer o bem para uma criança que precisa e que... não é sua. O bem aqui é, por vezes, apenas atenção! Segurar a mão, dar carinho, um abraço, ouvir, por mais que ela não fale, e entendê-la, por mais que seja impossível. Às vezes, não demora mais do que dois minutos do seu dia", observa.

Por fim, o apresentador ressalta que apoiar as crianças é um sensação incrível, além de surtir um efeito muito grande na vida de cada um: "Estender a mão para essas crianças e famílias e trazer essa realidade para o seu dia a dia mudará o que sente quando as encontrar. Não mais sentirá alívio por seu filho não fazer parte daquele universo. Vai, sim, sentir alívio por ter apresentado a ele esse mundo, por fazê-lo saber que essa realidade existe. E, principalmente, você terá demonstrado a ele como lidar e ajudar quando chegar a vez dele, como adulto".

Nesse domingo (9), o Domingão do Faustão exibiu a 23ª edição do troféu "Melhores do Ano". Revelando os vencedores que fizeram sucesso na Globo ao longo de 2018, Fausto Silva entregou o prêmio de Jornalismo para Sandra Annenberg. A jornalista, que concorreu com William Bonner e Renata Vasconcelos, fez um discurso emocionante.

Durante os agradecimentos, Sandra contou para o apresentador que o vestido que estava usando tinha sido assinado por Jackson Salvadeu, de 21 anos, um jovem autista.

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"Ele desenhou um vestido longo, de gala, lindo, mas eu não tinha onde usar. Quando fui indicada ao Troféu Domingão, minha filha me lembrou dele. Procurei a produção do 'Domingão' e o pessoal do figurino, eles toparam o desafio, fizeram o vestido e cá estou", disse.

Sandra Annerberg conheceu o rapaz durante uma ação do Criança Esperança na Associação Cultural Educacional Social Assistencial Cupuava (Acesa), localizada em São Paulo. 

A relação entre um pai e um filho autista diante da perda da mãe é o fio condutor do enredo do filme PO, de John Asher. Com estreia prevista para o dia 22 de novembro, o longa tem, como um de seus objetivos, colocar o autismo no centro do debate.

Patrick (Julian Feder) é uma criança talentosa que sofre a perda da mãe e é incapaz de dividir seus sentimentos. O seu pai, David Wilson (Christopher Gorham) se vê como único responsável pelo garoto e, juntos, eles precisam encontrar a melhor forma de superar sua perda e os desafios da criação de uma criança com necessidades especiais.

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PO chega ao circuito comercial após passar por festivais por todo o mundo e ser premiado. O longa conquistou os prêmios de Melhor Filme no Albuquerque Film & Music Experience, Palm Beach International Film Festival, San Diego International Film Festival e WorldFest Houston. O ator Julian Feder também foi destaque nas premiações, levando troféus de Melhor Ator em Young Artist Awards, WorldFest Houston e Albuquerque Film & Music Experience.

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A designer curitibana Elisa Serra Negra decidiu revolucionar a moda para montar uma ação sem barreiras. Responsável por uma empresa que confecciona camisetas femininas, Elisa teve a ideia de convidar crianças autistas da cidade de Lavras, em Minas Gerais, na intenção de que elas explorassem a imaginação através da arte.

Lançada recentemente, a coleção "Street Art", da camisaria feminina "Sui Generis", recebeu pinturas dos convidados ilustres. A ideia dos desenhos partiu do sobrinho Pedro, autista, que sempre gostou de fazer. "Quero que as peças tenham uma história para contar. O diferencial da marca, além do vestuário, é trazer questões como responsabilidade social, comércio justo e qualidade", contou a empreendedora.

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As peças que forem adquiridas pelo site terão uma quantia destinada a Associação Contato, que luta para que haja uma melhoria no atendimento de crianças com autismo. O projeto receberá da marca o valor de 5% das vendas. "A associação promove diversas capacitações e eventos apropriados para autistas e suas famílias com o objetivo de buscar, junto à prefeitura da cidade, um atendimento especializado e de qualidade para promover a inclusão escolar", explica Elisa.

Um aplicativo para iPhone criado por cientistas da Universidade de Duke, nos EUA, pode ajudar os pais e médicos a descobrirem sinais de autismo em crianças. O software usa a câmera do telefone para coletar reações dos pequenos enquanto eles assistem a filmes projetados para provocar comportamentos de risco.

Os vídeos das reações da criança são analisados por um software automático de codificação comportamental que rastreia o movimento no rosto do jovem e quantifica suas emoções e a atenção.

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Por exemplo, em resposta a um pequeno clipe de bolhas flutuando na tela, o algoritmo procura movimentos do rosto que indiquem alegria.

Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, as crianças cujos pais classificaram seus filhos como tendo um alto número de sintomas de autismo apresentaram expressões menos frequentes de alegria em resposta às bolhas.

Um estudo envolvendo o aplicativo, que está disponível gratuitamente na App Store, foi realizado durante um ano. Neste período, o software registrou 10 mil downloads, e 1.756 famílias com crianças de um a seis anos participaram da pesquisa.

Além dos vídeos, o aplicativo também inclui um questionário amplamente usado que examina o autismo. Com base nisso, as famílias participantes receberam algum feedback sobre o risco aparente de autismo da criança. Ao final do teste, 555 jovens (31,6% do total) foram avaliados com alto risco de possuírem o transtorno.

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) promove o fórum “Inclusão escolar é direito do autista e dever de todos”, na quinta-feira (26/4), das 8h às 17h30, no auditório do edifício Paula Baptista, localizado no bairro de Santo Antônio, no Recife. A atividade é uma realização da Escola Judicial (Esmape), do Memorial da Justiça e da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TJ pernambucano. Estão disponibilizadas 70 vagas para o evento.

No dia do fórum, pela manhã, serão realizadas as seguintes palestras: “O estatuto da pessoa com deficiência e o direito à educação”, apresentada pela presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TJPE, juíza Roberta Barcala; e “Autismo e escola: barreiras e desafios”, proposta pela psicóloga e professora Luísa Gonçalves Pires. 

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À tarde, serão abordados os seguintes temas: “O Transtorno do Espectro do Autismo e a importância da inclusão escolar”, com a coordenadora do grupo Super Mães, Paula Carolina Aleixo; e encerrando a programação, a palestra “Negativas de inclusão escolar em Pernambuco e a sua defesa na Justiça”, com a defensora pública Natalli Brandi.

Transtorno do Espectro Autista (TEA) – O autismo é um distúrbio multifatorial, que possui diferentes graus: leve, moderado e severo. As características são abrangentes e afetam os indivíduos nas áreas de interação social, comunicação e comportamento. A legislação brasileira estabelece o direito da pessoa com autismo de estudar em escolas regulares, na educação básica e no ensino profissionalizante, e, se preciso, solicitar um acompanhante especializado.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo renderá atividades gratuitas de lazer para as famílias do Recife neste sábado (7), das 10h às 12h, no Sítio da Trindade (Casa Amarela). 

O projeto Tapete Voador, formado pela carioca Mila Puntel e pela pernambucana Bruna Peixoto, levará ao parque o show "Sítio Azul", com a proposta de contação de histórias, música e outras atrações como o mágico Rodrigo Lima e Cães Terapeutas da Animaterapia.

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A ideia é reunir artistas e público vestidos de azul, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo e com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para entender os Transtornos do Espectro Autista (TEA). Além de toda diversão, o Sítio Azul ainda oferece serviços gratuitos para as crianças como cortes de cabelo e orientação jurídica e nutricional. O evento será aberto ao público.

Por Rafaella Soares 

 

De acordo com informações do governo do estado de São Paulo, as pessoas portadoras de autismo têm direito a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O processo pode ser realizado pela internet através do site da Secretaria da Fazenda.

O benefício pode ser concedido para um único veículo de propriedade da pessoa com deficiência e deve ser registrado em nome do beneficiário. Nos casos de incapacidade o veículo deverá ser adquirido pelo curador, tutor, pai ou responsável legal em nome próprio do curatelado, tutelado ou menor.

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As exigências necessárias para a isenção do IPVA são as mesmas vigentes para a aquisição de veículo novo com isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Mas o governo alerta que é necessário incluir um laudo médico que comprove a deficiência.

Para mais informações acesse o site da Secretaria da Fazenda.

Neste Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, nada mais oportuno que tratar de alguns direitos garantidos às pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA). Falo especificamente de um deles, desconhecido ainda por uma boa parcela da população.

Desde o ano de 2013, pessoas que têm TEA e também aqueles com síndrome de Down têm garantido ao seu acompanhante, durante viagens aéreas, passagem com preço reduzido. Mais detalhadamente, o passageiro acompanhante deve arcar apenas com valor igual ou inferior a 20% do custo total do bilhete aéreo adquirido pelo passageiro beneficiário.

Desde o ano de 2013, a Agência Nacional de Aviação Civil - Anac, através da resolução 280, de 11.07.13, garante o benefício.

Para desfrutar desse direito, o acompanhante deve ser maior de 18 (dezoito) anos e ter capacidade para prestar a assistência necessária ao passageiro com necessidades especiais e o requerimento deve ser feito diretamente à companhia aérea, através de um formulário próprio, chamado MEDIF (formulário de informações médicas).

Este formulário está disponível no site da maioria das empresas de aviação e deve ser preenchido pelo médico do paciente e, em seguida, protocolizado na Companhia, seguido do respectivo laudo médico.

A companhia que não respeitar esse direito estará sujeita ao pagamento de multas arbitradas pela Anac, que variam entre R$ 10 mil a R$ 25 mil, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis.

O Centro de Atenção Psicossocial de Belo Jardim (Caps II), no Agreste de Pernambuco, contará com um grupo para pais ou responsáveis por crianças, jovens ou adultos autistas participarem de uma roda de conversa com a psicóloga e coordenadora do Caps, Rebecca Brayner. O encontro ocorrerá semanalmente às quintas-feiras, a partir das 14h30, com o objetivo de oferecer um espaço para troca de experiências e discussões de diferentes formas de tratamento do autismo. 

Os interessados em participar devem comparecer à recepção do Caps, localizada na Avenida Coronel Geminiano Maciel, no bairro da Boa Vista, área central da cidade, onde funcionava a antiga Casa Amarela. Não é necessário nenhum cadastro, nem agendamento.

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O autismo pertence a um grupo de doenças do desenvolvimento cerebral, conhecido por Transtornos de Espectro Autista (TEA). Seus sintomas são fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem e relacionamento.

Serviço

Grupo diálogo sobre autismo

Local: Centro de Atenção Psicossocial de Belo Jardim

Endereço: Avenida Coronel Geminiano Maciel, no bairro Boa Vista, sem número (onde funcionava a antiga Casa Amarela)

Atendimento: das 7h30 às 17h

Telefone: (81) 98751-1011

Por André Cabral

Através do Facebook, uma dona de casa denunciou que ela e seu filho autista de quatro anos foram ofendidos dentro de uma agência do Bradesco em São Paulo-SP. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher.

Isa Fontes conta que pediu uma senha prioritária para uma atendente, com base na lei federal 13.146/15. Ela voltava de uma sessão de terapia com o filho, que estava cansado.

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A atendente negou o pediu, sendo necessário procurar outra atendente que finalmente entregasse a senha com prioridade. De acordo com a dona de casa, uma cliente questionou a entrega da senha prioritária.

Entre as ofensas que Isa lembra ter ouvido da senhora estão as seguintes: "Se o seu filho é doentinho, problema seu. Ele não deveria sair de casa", "você não deveria estar aqui, seu doente" e "se não sabe se comportar, amarra esse doente".

A dona de casa conta que ainda tentou explicar que o autismo não é uma doença, mas um transtorno de desenvolvimento. Quando ela foi chamada para o atendimento, diz que foi acompanhada pela agressora, que continuou com ofensas.

"Imediatamente, peguei o celular e liguei 190. Ela, ao perceber que havia cometido um crime, tentou fugir e eu entrei na frente dela para evitar. Nesse momento, ela passou a me empurrar (mesmo eu estando com Dudu [o filho] no colo)", escreve Isa. Com a chegada dos guardas da agência, a agressora conseguiu ir embora. 

Ainda conforme o relato, uma das pessoas no banco se ofereceu para ser testemunha. A publicação ultrapassou a marca de 2,6 mil reações e 3,6 mil compartilhamentos. O Banco Bradesco não se manifestou sobre o ocorrido.

Na tentativa de curar o autismo de algumas crianças com o transtorno, pelo menos seis famílias estão sendo investigadas por darem alvejante para os menores, na Grã-Bretanha, Reino Unido. No entanto, segundo levantamentos científicos, não há cura para esse espectro autista, tampouco qualquer indicativo de que a solução, que é química, ajude num melhor desenvolvimento das pessoas.

 

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Em apurações do site Extra, uma pesquisa publicada pelo jornal Dail Mirror cita o "guru" inglês, conhecido como Danny Glass, responsável por essa afirmação de que o produto, conhecido Como "Mirecle Mineral", pode ajudar a remover os parasitas causadores do autismo. A substância, que consiste num coquetel de cloreto de sódio e ácido cítrico, que formam o dióxido de cloro, usado como um cloro industrial, pode causar diarreia, vômitos e desidratação.

Depois de aumentar de forma sustentada desde o início da década do ano 2000, a prevalência de crianças e adolescentes com transtornos autistas nos Estados Unidos parece ter estabilizado nos últimos três anos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (2).

Os estudos anteriores haviam mostrado um aumento de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre 2000 e 2010, período durante o qual a taxa subiu mais que o dobro, de 0,67% para 1,47%.

As estimativas da organização Autism and Developmental Disabilities Monitoring (ADDM), uma rede de monitoramento do TEA, assinalaram um teto em 2012 de 1,46%.

Segundo este último estudo, realizado entre 2014 e 2016 com os pais de 30.502 crianças e adolescentes de entre três e 17 anos de todo o país, a taxa de prevalecimento de transtornos autistas foi de 2,24% em 2014, 2,41% em 2015 e 2,58% em 2016, o que representa uma média de uma em cada 47 crianças com autismo nos Estados Unidos.

Mas os autores do estudo da Universidade de Iowa destacam os limites de sua pesquisa, porque "não se baseia em diagnósticos médicos", mas em observações.

O estudo foi publicado na última edição do Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) também encontrou um teto na taxa de autismo nos Estados Unidos em 2016, embora tenha advertido ser "muito cedo para determinar se o prevalecimento do autismo estava começando ou não a se estabilizar".

Um estudo publicado nesta quinta-feira (20) estabeleceu um vínculo entre o uso de antidepressivos durante a gravidez e um maior risco de autismo na criança, mas os especialistas destacam que tal relação não é "alarmante" diante da baixa probabilidade e de outros fatores.

Segundo o estudo, publicado na revista médica BMJ, "as crianças expostas a antidepressivos durante a gestação parecem ter um leve risco adicional de autismo".

Os pesquisadores ressaltam que "o risco é limitado e que os resultados não devem ser considerados alarmantes".

O estudo, realizado pela Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, foi baseado em dados de 254.000 suecos com entre quatro e 17 anos. Os resultados revelam que 4,1% das 3.300 crianças cujas mães tomaram antidepressivos durante a gravidez são autistas.

Para mães que tinham antecedentes psiquiátricos mas não tomaram antidepressivos durante a gravidez, o percentual de autismo entre as crianças foi de 2,9%.

Apesar de verificar o vínculo entre antidepressivos durante a gravidez e o autismo nas crianças, o estudo não demonstra uma relação de causa e efeito.

"É possível que o risco mais elevado de autismo se deva aos medicamentos, mas também pode ser explicado pelos transtornos que levaram à prescrição dos medicamentos", explicou um especialista independente, professor Ian Jones, da Universidade de Cardiff.

"O fato de existir uma associação entre os dois fenômenos não demonstra que haja uma relação de causalidade, e podem haver muitas outras explicações", declarou outro pesquisador independente, Michael Bloomfield.

Segundo vários especialistas citados pelo Science Media Centre (SMC), serão necessários outros estudos para explorar outras pistas, entre elas o patrimônio genético da mãe e a gravidade de sua depressão.

Um brinquedo desenvolvido para ajudar os portadores de autismo acabou surpreendendo os fabricantes. O Fidget Spinner é um dispositivo feito para auxiliar na concentração e, como o próprio nome diz, tudo o que ele faz é girar. Com três pontas e um encaixe central para os dedos, o artefato gira sobre um eixo central e produz “agradáveis efeitos visuais”, de acordo com o inventor.

Além do formato básico, existem versões com diferentes cores e figuras, que servem para estimular visualmente as crianças portadoras de autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O brinquedo também serve para aqueles que necessitam lidar com ansiedade e é vendido como produto antiestresse. Já existem canais no YouTube com tutoriais de como fazer truques com o dispositivo.

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Os preços praticados nos Estados Unidos e Europa estão entre R$ 6, pela versão mais simples, e R$ 3 mil, pelas versões mais “elaboradas” do brinquedo. Sites de importados e lojas online já disponibilizam o aparelho, que passou de terapêutico a moda em poucos meses. Em algumas instituições de ensino nos EUA acabou gerando polêmica porque o efeito acabou sendo justamente o contrário: causar distração.

Fruto de uma parceira entre a Secretaria de Educação do Recife com o Instituto Aggeu Magalhães (IAM)/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o projeto de comunicação alternativa e suplementar voltado para alunos autistas da rede municipal do Recife já está em andamento. Nesse momento, vinte alunos do ensino fundamental de 12 escolas estão participando da iniciativa que busca estratégias para o desenvolvimento da comunicação desses estudantes e sua maior inclusão escolar e social através de dispositivos de comunicação alternativa, como sistemas computadorizados, símbolos pictográficos e tabuleiros de figuras.

No projeto são utilizados como materiais didáticos cartões com fotos, desenhos e letras, tablets e teclados de computador, além de vários tipos de apoio físico, comunicativo e emocional. Os alunos têm aulas normais com os outros estudantes e no contraturno, desenvolvem trabalhos direcionados com professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que são especialistas em Educação Especial, em espaços com equipamentos pedagógicos específicos para o desenvolvimento desses estudantes.

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Atualmente, a rede municipal do Recife conta com 445 estudantes com autismo matriculados nas diversas unidades de ensino. A ideia, segundo a coordenação do projeto é alcançar todo o número. Mas para que isso aconteça, alguns professores ainda precisam receber a capacitação.

Para essa primeira demanda, 20 profissionais participaram de um curso de formação de 60 horas de aulas teóricas, além de encontros para análise das práticas, com a supervisão do IAM/Fiocruz. Com a capacitação, agora, eles são responsáveis por replicar o conhecimento para outros professores das escolas em que trabalham, assim, atingindo todo o quadro de profissionais da rede municipal.

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Durante todo o mês de abril, a Estação Palmeiras – Barra Funda da CPTM, localizada na região oeste de São Paulo, recebe a exposição “Autismo: Tão longe, tão perto” que retrata crianças e jovens autistas por fotógrafos voluntários.

A mostra pretende sensibilizar o público para o fato de que o autismo existe no comportamento e nas interações sociais. “Autismo: Tão Longe, Tão Perto" vem para mostrar que são muitas as pessoas que se enquadram no espectro autista, por isso tão perto, tão longe já que muitos não conhecem o autismo e a falta de conhecimento pode deixá-los ainda mais distante de nós”, explica uma das curadoras da mostra, Amanda Marchioreto.

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A exposição é dividida por fotos impressas em banners e por um grande painel com as imagens em forma de mosaico.

A exibição das fotos fica até o dia 02 de maio, das 4h à 0h e é grátis para os usuários da linha CPTM.

 

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O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no domingo (2), foi marcado por uma caminhada com o tema “Inclusão: um direito de todos”. O evento, realizado pela ONG AMORA (Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o Autismo), tem como um de seus objetivos multiplicar a informação sobre o autismo e temas relacionados, por meio de palestras, oficinas, cursos e ações sociais de conscientização.

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Maria Cristina Costa, bióloga, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) e uma das fundadoras da ONG AMORA, é mãe de gêmeos, Adriano, neurotípico, e Vinicius, autista com nível moderado clássico, ambos com 11 anos de idade. Cristina conta que ela e seu marido, Alexandre Bonaldo, diagnosticaram sozinhos o autismo em seu filho, pois os médicos diziam que ele não tinha nada. Após cinco anos houve um diagnóstico formal. “O primeiro problema que nós enfrentamos foi alguém dar um diagnóstico precoce para ele. O segundo foi encontrar terapeutas qualificados para trabalhar com o autismo, que, na época, quase não tinham”, disse a bióloga.

Foi em virtude dessas dificuldades que alguns pais e profissionais encontraram-se e começaram a discutir a possibilidade da criação de uma ONG que pudesse ajudar outras famílias na questão da informação e na capacitação de profissionais. Hoje, em função da divulgação, é crescente o número de profissionais envolvidos com o autismo. A ONG AMORA tem trabalhado, ao longo de seis anos, com essas questões, além de estarem envolvidos com políticas públicas para fazer valer os direitos dos autistas e a inclusão em todas as esferas da sociedade.

Nas primeiras edições da caminhada existiam poucas instituições. Com o passar dos anos, o setor público passou a apoiar. Assim como têm surgido parcerias com clínicas e institutos do setor privado. “A ideia de trazer instituições parceiras para um evento como este é divulgar e dar acesso ao grande público para que possam saber o que cada organização está fazendo em prol do autismo, que tipos de serviços oferecem”, afirma a professora. “Um dos grandes problemas que ainda enfrentamos com as pessoas com deficiência, e o autismo se inclui nisso, é o preconceito que ainda existe em relação às crianças especiais. A AMORA luta contra isso, e a nossa luta é através da informação. Quanto mais informação pudermos fornecer para a sociedade, menor vai ser essa barreira, menor vai ser o preconceito”, finaliza Cristina.

A Casa do Autista, uma das entidades parceiras, foi fundada em 2014 e é especializada no atendimento de crianças autistas. É administrada por pais de autistas e funciona em Belém. Saint-Clair Campos, advogado, compõe o corpo diretivo da Casa desde 2015. É pai da Amanda, de 2 anos e 8 meses, autista, que foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) com 1 ano e 8 meses de idade, quando iniciou seu tratamento. “O autismo vem se ramificando no cenário paraense. Ainda  é muito pouco, em Belém, mas a gente percebe que vem se expandindo. As pessoas já percebem a necessidade da inclusão e de sem incluírem no autismo também. A gente não vê mais o autista como uma pessoa segregada da sociedade”, disse Saint-Clair. “Um evento como esse, numa praça, no centro da cidade, traz muita visibilidade para a questão, pois, hoje, o cenário mundial está voltado para isso. Estamos não apenas conscientizando as pessoas, mas festejando essa inclusão que vem sendo conquistada”, completou, entusiasmado, o pai de Amanda.

Rose Fiel, auxiliar administrativa, faz parte da diretoria da Casa do Autista. É mãe do Miguel, de 4 anos, e é grata pela evolução de seu filho. “Eu agradeço muito à Casa do Autista pelo avanço do meu filho, porque, quando ele começou o tratamento, há aproximadamente oito meses, ele não falava nem ‘ai’, hoje, ele já pronuncia todas as palavras”, conta Rose. “A criança autista é diferente, mas está inclusa em um todo. O ser humano tem que estar apto a receber o todo, independente da diferença”, complementa.

A responsável pela assessoria de imprensa da Casa do Autista, Danielly Gomes, jornalista, é mãe de dois meninos, Daniel, de 8 anos, e Heitor, com 4 anos. Daniel possui diagnóstico confirmado. Heitor não possui um diagnóstico ainda fechado, mas tudo indica que seja autista também. Danielly explica que a Casa é uma associação de pais que se uniram para proporcionar aos seus filhos um atendimento qualitativo. “Quando nos unimos, acabamos usando os nossos conhecimentos em prol da Casa do Autista. Tem contador que fica com a parte financeira, jornalista, que sou eu, que cuida da parte de assessoria de comunicação, de imprensa, tem advogado que usa seus conhecimentos para resolver as questões jurídicas. É uma junção de esforços para manter um atendimento de qualidade para os nossos filhos”, disse. “Há um rateio para o pagamento da equipe multiprofissional que atende nossos filhos e para pagar as outras despesas. Realizamos ações e contamos com o apoio de doações de pessoas que se solidarizam pela causa, ajudando nos eventos de capitação de recursos como, rifa, show solidário, bazar”, afirmou a jornalista.

Por Carol Boralli.

Quem  observa hoje Sofia, que em breve irá completar 5 anos de idade, olhando nos olhos de quem fala com ela, demonstrando seus sentimentos com contato físico como um abraço e sorridente, não imaginaria que há um ano e meio a menina tinha atitudes totalmente diferentes. O comportamento atual de Sofia parece comum em qualquer criança, mas, não no caso dela, que possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo. O TEA, ainda pouco conhecido, revela um problema muito maior: o preconceito, um mal que se perpetua e que faz, muitas vezes, famílias isolarem os seus filhos autistas.

No Dia Mundial da Conscientização Autista, comemorado neste domingo (2), é a oportunidade de contar e se espelhar na história de superação dela. Aos três anos, a pequena não olhava nos olhos de ninguém e parecia se isolar em seu próprio mundo. É que o autismo tem essa característica de afetar o desenvolvimento no sentido das habilidades de comunicação social e comportamentos antissociais, entre outros sintomas.

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O que muitos desconhecem é que o amor incondicional da sua mãe Andréia Pereira, do seu pai Pedro Colaço, e dos familiares, com a certeza de que um autista é uma pessoa como qualquer outra, além dos tratamentos terapêuticos, fizeram toda a diferença.

Não se sabe, ao certo, as causas que ocasionam o TEA. Muitos especialistas contam que o fator é genético. Outros acreditem no fator ambiental, ou seja, uma criança que esteja em um ambiente onde não se há estímulo pode gerar uma pré-disposição.

Andréia relembra que, até 1 ano e 3 meses de idade, Sofia teve um desenvolvimento normal. Segundo ela, a criança começou a regredir na fala e em outros aspectos, após tomar a vacina tríplice viral. “Mas não se sabe se esse foi o motivo, mas muitas mães que conheço passaram pelo mesmo. Com o tempo, começamos a perceber que tinha alguma coisa diferente, só não sabíamos o que era”.

A certeza do diagnóstico aconteceu, por volta dos dois anos, quando Sofia foi matriculada no colégio. A mãe conta que, após alguns meses, os professores a convidaram para uma reunião e informaram que a menina se isolava e recomendaram levá-la a um neurologista. Foi quando descobriu. Foi um choque para Andréia, mas a tristeza não podia demorar. “Eu sabia que não podia perder tempo com o luto para não aumentar a regressão dela. Tinha que ser rápida. Do luto eu fui para a luta”, ressaltou.

A primeira atitude foi ir atrás dos tratamentos necessários. No SUS, não obteve sucesso. Os profissionais, entre outras dificuldades, faltavam. Precisou procurar plano particular, que não quis se responsabilizar pelos diversos tratamentos necessários. Foi para a Justiça e venceu. Ao todo, Sofia passa por um tratamento multidisciplinar intensivo de, no mínimo, 40 horas por semana. Entre eles, o terapêutico, fonoaudiólogo quatro vezes por semana, psicólogo e acompanhamento biomédico de suplementação para verificar os nutrientes necessários para ela. Ela também é acompanhada para desintoxicação de metais pesados no organismo porque o autismo também traz comorbidades associadas como intestino inflamado, segundo Andréia.

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A mãe de Sofia salienta que esses estímulos devem acontecer 24 horas por dia, com persistência. “É uma batalha diária. O importante é nunca desistir. Você nasce todos os dias. Os pais, às vezes, perdem a identidade para dar o melhor tratamento. No final, tudo é prazeroso porque você está vendo a evolução dela, que vai dando força para continuar sempre buscando mais”, ressaltou.

Ela reconhece que a filha está inserida em um quadro animador pelas possibilidades que possui para enfrentar o TEA. Questionada sobre as famílias que não têm condições de oferecer o mesmo tratamento dado a Sofia, ela foi direta. “Eles se tornam autistas severos. Eles vão regredindo por falta de atendimento”, lamentou.

Autistas severos ao que se refere se trata dos tipos causados pelo transtorno. De acordo com a nova edição do Manual Diagnóstico e Estatísticas de Transtornos Mentais (DSM), elaborado pela Associação de Psiquiatria Americana, existem três tipos: leve, moderado e severo, no caso deste último, uma das maiores preocupações é a autoagressão, por exemplo, bater a própria cabeça na parede causando um sofrimento ainda maior para a família.

Andréia pede por mais amor na sociedade e menos preconceito, o que é fundamental para a saúde mental dos pais. ​“Os autistas são pessoas normais, o que não é normal é o preconceito. Para os pais, o dia 2 de abril são todos os dias, mas para a sociedade é um momento importante para lembrar que o preconceito que é um transtorno, uma doença viciante. Antes de julgar, a melhor forma é ter o conhecimento sobre o assunto”, pediu.

Segundo os especialistas, os autistas podem apresentar habilidades criativas extraordinárias até mesmo serem superdotados, quando uma pessoa possui uma capacidade mental acima da média. Um superdotado possui uma aptidão, seja artística, esportiva ou mental que parecem ser inatas, ou seja, não se explica como aprendeu. Outros portadores tem uma sensibilidade sensorial fora do comum sendo em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar.

As mulheres que contraem herpes genital nos primeiros meses de gravidez têm o dobro de chances de dar à luz um bebê autista, informou nesta quarta-feira uma equipe de pesquisadores noruegueses e americanos.

Um estudo publicado na revista mSphere é o primeiro a demonstrar que a resposta imunológica de uma mulher pode ter efeitos nocivos no cérebro do feto em desenvolvimento e influenciar a probabilidade de que a criança tenha autismo.

"Acreditamos que a resposta imunológica da mãe ao vírus da herpes HSV-2 poderia afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, aumentando o risco de autismo", explicou Milada Mahic, cientista do Centro de Infecção e Imunidade da Universidade de Columbia em Nova York, autora principal deste estudo.

As causas do Transtorno do Espectro Autista permanecem mal compreendidas, e os cientistas acreditam que a condição tem origem em alguma combinação de influências genéticas e ambientais. Os pesquisadores acreditam que o risco de autismo nas crianças não está diretamente ligado à infecção do feto, porque neste caso poderia ser fatal.

Eles consideram que o risco está vinculado a uma reação do organismo da mãe ou a uma reativação da infecção somada a uma inflamação perto do útero.

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