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A tentativa de golpe de Estado que destruiu a Praça dos Três Poderes completa um ano nesta segunda (8). A violência contra a democracia se opunha à vitória do presidente Lula (PT) e tentou forçar a instituição de um governo militar. Mais de duas mil pessoas foram presas e uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) culminou no indiciamento de comandantes das Forças Armadas e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados por "patriotas” que não aceitaram o resultado das urnas. Ainda na Praça dos Três Poderes, 243 pessoas foram presas. Parte delas pela Polícia Legislativa do Senado, que ficou na linha de frente entre os salões do Congresso para evitaram um prejuízo maior.

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Os golpistas que não foram detidos encontraram refúgio no acampamento que ficou montado por mais de dois meses em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. No dia seguinte, 1.927 pessoas foram presas no local e encaminhadas à Academia Nacional da Polícia Federal. Dessas, 775 foram liberadas por serem idosos, mães de crianças menores ou atender a outros casos que permitissem a liberação.

Bolsonaristas acampados no QG do Exército, em Brasília. Valter Campanato/Agência Brasil

Ao todo, 1.152 presos em flagrante passaram por audiência de custódia e 938 foram mantidos nos Presídios da Papuda ou na Penitenciária Feminina Colmeia. Os demais foram postos em liberdade mediante o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Atualmente, 66 pessoas estão presas preventivamente por suspeita de financiar o ato golpista e incitar os crimes e 1.354 ações seguem em aberto. Trinta réus foram condenados pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e deterioração do patrimônio público, 33 foram apontadas como executores, duas dessas foram transferidas para hospital psiquiátrico. Ao todo, cerca de 200 processos aguardam julgamento.

Afastamento da alta cúpula do Distrito Federal

Após a atuação controversa das forças de segurança do DF, o govenador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por pouco mais de dois meses. O magistrado também determinou o fim dos acampamentos espalhados no entorno de quartéis do Exército no Brasil e a apreensão do ônibus que levou bolsonaristas à Brasília.

A Justiça ainda concedeu a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e então secretário de Segurança Pública de Ibaneis, que estava nos Estados Unidos no dia do ataque. Policiais federais que realizaram buscas na sua casa acharam a "minuta do golpe". O decreto previa a imposição do Estado de Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alterar o resultado das eleições. O comandante da PMDF, o coronel Fábio Vieira, também foi preso por omissão dolosa.

Anderson Torres e Ibaneis Rocha (MDB). Renato Alves/Agência Brasília

Ainda no dia 9, o presidente Lula (PT), chefes do Legislativo, ministros do STF e governadores se reuniram no Planalto para verificar a condição dos prédios destruídos. Em São Paulo, manifestantes caminharam na Avenida Paulista como uma resposta ao ato golpista. Mobilizações do mesmo gênero ocorreram em outras capitais.

Os presidentes do Executivo, Legislativo e Judiciário também assinaram uma nota em defesa da democracia e repudiaram o que foi classificado como "atos terroristas de vandalismo, criminosos e golpistas". No dia 10, o Congresso aprovou o decreto de intervenção federal na segurança do DF.

Os parlamentares conservadores defenderam os criminosos e cobravam a revisão das prisões. A oposição também estimulou uma campanha nas redes sociais para a criar de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e, assim, culpabilizar o atual governo pelo ocorrido. Outro pleito dos deputados e senadores ligados a Bolsonaro era derrubar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias, pela sua postura "amistosa" com os vândalos.

O deputado Arthur Maia (UNIÃO), a senadora Eliziane Gama (PSD) e o senador Magno Malta (PL) nos trabalhos da CPMI dos Atos Golpistas.  Geraldo Magela/Agência Senado

Em maio, a CPMI foi aprovada com a participação de 16 senadores e 16 deputados. A Presidência ficou para o deputado Arthur Maia (UNIÃO), que teve Cid Gomes (PDT) e Magno Malta (PL) como vices, e a senadora Eliziane Gama (PSD) na relatoria.

Durante a convocatória para as oitivas da comissão, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF, - indicado por Jair Bolsonaro - autorizou o não comparecimento da delegada federal Marília Alencar, então subsecretária de Inteligência do DF. A medida abriu precedente para outros pedidos de não comparecimento e a relatora Eliziane Gama apontou que Nunes Marques obstruiu os trabalhos da CPMI.

Foram convocados à CPMI:

. O ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar (DOP) do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime;

. O empresário George Washington Sousa, preso por colocar uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília na véspera de Natal de 2022;

. Os peritos da Polícia Civil do DF, Renato Carrijo e Valdir Pires Filho, que fizeram exames nas proximidades do aeroporto e no caminhão usado por George;

. O diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro;

. O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, sobre as blitzes ilegais feitas no Nordeste, no segundo turno das eleições;

. O coronel Jean Lawand Júnior sobre as mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-presidente, que incitavam uma tomada de decisão do presidente derrotado;

. O ex-diretor-adjunto da Abin, Saulo da Cunha;

. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mas ele seguiu a orientação da defesa e não respondeu às perguntas. O tenente-coronel foi preso em maio por fraudar cartões de vacinação;

. O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Anderson Torres;

. O fotógrafo da Agência Reuters Adriano Machado por aparecer em imagens ao lado de invasores. Ele relatou que cumprimentou um dos vândalos depois que foi obrigado a excluir fotos;

. O hacker Walter Delgatti Neto. Ele disse que Jair Bolsonaro lhe prometeu indulto caso fosse preso por invadir urnas eletrônicas e assumir um suposto grampo do ministro Alexandre de Moraes, do STF;

. O sargento Luis Marcos dos Reis, que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente. Ele esteve na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro;

. O ex-comandante da PMDF, Fábio Augusto Vieira. Ele apresentou habeas corpus e exerceu o direito de se manter calado;

. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias. Ele afirmou a PMDF descumpriu as determinações do planejamento da segurança contra as manifestações;

. A cabo Marcela Pinno, da PMDF, que foi agredida por vândalos durante o ato;

. A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, Marilia Alencar, foi convocada, mas a liminar do ministro Nunes Marques autorizou seu não comparecimento;

. O ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes; disse que o Exército não se omitiu no ato golpista nem no desmonte do acampamento no Quartel General do Exército;

. O ex-coordenador administrativo da equipe de ajudantes de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Osmar Crivelatti, foi chamado, mas se beneficiou com a decisão de Nunes Marques e também não compareceu;

. O general Augusto Heleno, que foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro. Ele chamou de “fantasia” o relato do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, de que teria havido reuniões no Palácio para esquematizar um golpe de Estado após a vitória de Lula;

. O empresário mato-grossense Argino Bedin, sócio de fazendas de soja acusado de financiar atos antidemocráticos.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em agosto, o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu por 120 dias a tramitação de 1.113 ações penais para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) negociasse Acordos de Não Persecução Penal. Desses, 38 réus confessaram os crimes e deixaram a prisão ao se comprometer a prestar 300 horas de serviços à comunidade ou a entidades públicas e pegar as multas. Eles também aceitaram participar, presencialmente, de um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

Bolsonaro estampa relatório final da CPMI

Após cinco meses de trabalho, a CPMI foi concluída e o relatório aprovado por 20 votos a 11. O documento pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 60 pessoas, entre elas ex-ministros e membros das Forças Armadas. O relatório foi encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para formalizar a denúncia.

A relatora considerou Bolsonaro como autor intelectual e moral dos ataques e o indiciou pelos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa violenta de depor o governo legitimamente constituído e emprego de medidas para impedir o exercício de direitos políticos. Somadas, as penas variam entre 16 e 36 anos.

A senadora ressaltou que o ambiente golpista foi incitado deliberadamente pelo ex-presidente ao longo do seu governo e baseou seu posicionamento nas agressões dele contra a Justiça Eleitoral, contra o STF e à imprensa, além da aproximação ideológica com setores das forças armadas de segurança e militares do país. Eliziane também citou o aparelhamento de órgãos de inteligência como um movimento golpista.

Foram indiciados:

. O ex-presidente Jair Bolsonaro;.

. O general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa;

. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e então secretário de Segurança Pública do DF;

. General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

. General Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro;

. General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;

. Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;

. General Freire Gomes, ex-comandante do Exército;

. Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e principal assessor de Bolsonaro;

. Filipe Martins, ex-assessor-especial para Assuntos Internacionais de Bolsonaro;

. Deputada federal Carla Zambelli (PL);

. Coronel Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

. General Ridauto Lúcio Fernandes;

. Sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

. Major Ailton Gonçalves Moraes Barros;

. Coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;

. Coronel Jean Lawand Júnior;

. Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça e ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF;

. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal;

. General Carlos José Penteado, ex-secretário-executivo do GSI;

. General Carlos Feitosa Rodrigues, ex-chefe da Secretaria de Coordenação e Segurança Presidencial do GSI;

. Coronel Wanderli Baptista da Silva Junior, ex-diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI;

. Coronel André Luiz Furtado Garcia, ex-coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI;

. Tenente-coronel Alex Marcos Barbosa Santos, ex-coordenador-adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI;

. Capitão José Eduardo Natale, ex-integrante da Coordenadoria de Segurança de Instalações do GSI;

. Sargento Laércio da Costa Júnior, ex-encarregado de segurança de instalações do GSI;

. Coronel Alexandre Santos de Amorim, ex-coordenador-geral de Análise de Risco do GSI;

. Tenente-coronel Jader Silva Santos, ex-subchefe da Coordenadoria de Análise de Risco do GSI;

. Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF;

. Coronel Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante da PMDF;

. Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da PMDF;

. Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, comandante em exercício do Departamento de Operações da PMDF;

. Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, comandante do 1º CPR da PMDF;

. Major Flávio Silvestre de Alencar, comandante em exercício do 6º Batalhão da PMDF;

. Major Rafael Pereira Martins, chefe de um dos destacamentos do BPChoque da PMDF;

. Alexandre Carlos de Souza, policial rodoviário federal;

. Marcelo de Ávila, policial rodoviário federal;

. Maurício Junot, empresário;

. Adauto Lúcio de Mesquita, financiador;

. Joveci Xavier de Andrade, financiador;

. Meyer Nigri, empresário;

. Ricardo Pereira Cunha, financiador;

. Mauriro Soares de Jesus, financiador;

. Enric Juvenal da Costa Laureano, financiador;

. Antônio Galvan, financiador;

. Jeferson da Rocha, financiador;

. Vitor Geraldo Gaiardo , financiador;

. Humberto Falcão, financiador;

. Luciano Jayme Guimarães, financiador;

. José Alipio Fernandes da Silveira, financiador;

. Valdir Edemar Fries, financiador;

. Júlio Augusto Gomes Nunes, financiador;

. Joel Ragagnin, influenciador;

. Lucas Costar Beber, financiador;

. Alan Juliani, financiador;

. George Washington de Oliveira Sousa, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília;

. Alan Diego dos Santos, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília;

. Wellington Macedo de Souza, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília;

. Tércio Arnaud, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”;

. Fernando Nascimento Pessoa, assessor de Flávio Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”;

. José Matheus Sales Gomes, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”.

General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; general Braga Netto, ex-ministro e vice de chapa de Bolsonaro; o ex-presidente Jair Bolsonaro; Almirante Almir, ex-comandante da Marinha; e o tenente-brigadeiro do Ar, Carlos de Almeida Baptista Jr, ex-comandante da Aeronáutica. Reprodução/Redes Sociais

Morte de preso

No dia 20 de novembro, Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, sofreu um mal súbito e morreu dentro da Papuda. O sistema penitenciário apontou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e tentou realizar a reanimação cardiorrespiratória, mas ele não resistiu. Cleriston estava preso preventivamente após ser capturado no Senado.

Oitenta e nove por cento dos brasileiros não aprovam as invasões aos prédios dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro do ano passado na capital federal. Os atos, que resultaram em depredação do patrimônio público e prejuízo ao Erário, são aprovados, no entanto, por 6%. Quatro por cento não souberam ou não quiseram responder.

Os dados, tornados públicos neste domingo (7), são de pesquisa de opinião realizada pela empresa Quaest, entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023, por meio de 2.012 entrevistas presenciais com questionários estruturados junto a brasileiros com 16 anos ou mais, em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi financiado pela plataforma Genial Investimentos, que opera no mercado financeiro.

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De acordo com a apuração, a atitude de terrorismo em Brasília é rejeitada majoritariamente em todas as grandes regiões do país, por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e renda familiar, tanto por eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os resultados da pesquisa revelam a reprovação por 94% dos que declararam voto em Lula no segundo turno das eleições em 2022 e por 85% de quem declarou voto em Bolsonaro; por 87% dos entrevistados no Sul (menor percentual) e 91% no Nordeste (maior percentual). A rejeição é de 88% dos entrevistados com até o ensino fundamental, 90% daqueles com ensino médio (incompleto ou completo) e 91% dos que têm ensino superior (incompleto ou completo). Também desaprovam os atos 89% de quem tem renda familiar até cinco salários mínimos e 91% dos que vivem com renda de mais de cinco salários mínimos.

Influência de Bolsonaro

De acordo com a pesquisa, as opiniões se dividem na pergunta “Bolsonaro teve algum tipo de influência no 8 de janeiro?” Avaliam que sim 47% dos entrevistados e 43% acreditam que não. Dez por cento não souberam ou não quiseram responder.

Todos os dados apresentados acima são próximos dos percentuais encontrados para a versão da pesquisa da Quaest realizada em fevereiro do ano passado. “A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, aponta em nota à imprensa Felipe Nunes, diretor da empresa.

Na opinião dele, diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos – que sofreu com a invasão ao prédio do Congresso (Capitólio) em 6 de janeiro de 2001 – no Brasil as opiniões a respeito dos atos de vandalismo sofrem pouca influência das escolhas das legendas políticas. “É imperativo que esse debate não seja contaminado por cores partidárias, porque trata-se de um problema do Estado brasileiro. É a defesa das regras, da Constituição e da própria democracia que está em jogo neste caso.”

Livro recente

Felipe Nunes é cientista político e também trabalha como professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No final do ano, ele lançou o livro Biografia do Abismo – Como a Polarização Divide Famílias, Desafia Empresas e Compromete o Futuro do Brasil (editora HarperCollins), escrito em parceria com o jornalista Thomas Traumann.

A publicação descreve que as posições políticas passaram a ser parte da identidade de cada brasileiro, e na última eleição presidencial o país “viveu a consolidação de um processo de polarização extrema” – quando se “calcificou” o mecanismo de escolha do voto, “em que os interesses perderam força para as paixões.”

Conhecido após ser suspeito da morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), o Escritório do Crime teria assassinado três políticos do Rio de Janeiro. É o que aponta o livro "Decaído", do jornalista Sérgio Ramalho, que conta a história do ex-chefe do grupo Adriano da Nóbrega.

A obra que será lançada nesta sexta (5) atribui as mortes do deputado estadual Ary Ribeiro Brum (2007), e dos vereadores Nadinho de Rio das Pedras (2008) e Alberto Salles (2009) ao grupo de extermínio.

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A morte de Ary Barros teria sido encomendada pelo ex-sócio, o empresário Lindemberg Sardinha Meira, na compra de um hospital em Papucaia. A motivação seria um rombo de R$ 800 mil nas contas da sociedade. Nadinho de Rio das Pedras, como era conhecido Josinaldo Francisco da Cruz, tinha envolvimento com milícias, enquanto Alberto Salles teria denunciado a atuação de milicianos semanas antes de ser executado.

O envolvimento com a família Bolsonaro também foi citado no livro. Antes de se envolver com o crime, Adriano da Nóbrega era capitão do Bope e possuía uma relação próxima com a família do ex-presidente, sendo condecorado pelo atual senador Flávio Bolsonaro (PL) e tendo familiares em seu gabinete. Adriano fugiu do Rio de Janeiro e foi morto em fevereiro de 2020 pela Polícia Militar da Bahia.

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A gravação de um pedido de selfie por uma apoiadora ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira, 3, repercutiu nas últimas horas pela semelhança da mulher com a primeira-dama, Janja da Silva. Veja o vídeo clicando aqui.

O registro aconteceu na Barra da Tijuca, onde Bolsonaro tem uma casa no condomínio Vivendas da Barra. A mulher não identificada pediu para tirar uma foto ao lado do ex-presidente. Ao Metrópoles, o ex-chefe do Executivo disse que não percebeu a aparência semelhante da apoiadora com Janja mas que, depois de ver o vídeo, notou que ela é "muito parecida" com a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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"Eu mesmo só vi a pessoa quando recebi pela internet. É muito parecida", disse Bolsonaro.

Nas redes sociais, apoiadores do ex-presidente brincaram com a aparência da mulher. "Será que o Lula sabe que a Janja está tirando foto com o Bolsonaro", disse uma internauta. "Do nada a Janja tirando foto com Bolsonaro ou isso aqui é uma miragem?", comentou um usuário do X (antigo Twitter).

No momento em que a "sósia" de Janja posava ao lado de Bolsonaro, a primeira-dama também estava no Rio de Janeiro, mas na Restinga de Marambaia, onde passou a virada do ano acompanhada de Lula. A restinga, que é privada e administrada pelas Forças Armadas, fica distante 60 quilômetros da Barra da Tijuca.

Janja e Lula chegaram em Brasília nesta quinta-feira, 4, após dez dias de estadia no Rio de Janeiro. Bolsonaro, por sua vez, deve ficar na cidade até o fim de janeiro, segundo a sua assessoria.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou, em entrevista à GloboNews, que a PF já investigava os responsáveis pelo plano que envolvia o homicídio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nos atos golpistas do dia de 8 de janeiro. Sem dar maiores detalhes, Andrei Rodrigues disse que os responsáveis já podem ser identificados e que a PF está debruçada sobre o tema.

O plano foi revelado pelo próprio Moraes nesta quinta-feira, 4, em entrevista ao jornal O Globo. De acordo com o ministro, no dia em que uma série de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir o Congresso, havia uma série de planos contra ele. Um deles, o "mais exaltado", como classificou, defendia que Moraes deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes.

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Esse plano, segundo o ministro, incluía a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que monitorava seus passos.

Segundo Andrei Rodrigues, o monitoramento de Moraes por parte da Abin foi feito de maneira indevida e ilegal. O uso de uma ferramenta para acompanhá-lo, continuou, "em nenhuma hipótese poderia estar sendo usada por uma agência que não tem atribuição legal". Andrei Rodrigues afirmou que existe uma investigação para apontar os responsáveis por esse monitoramento.

Sobre o plano contra Moraes, ele afirmou que essa é uma situação "absolutamente grave". O plano foi descoberto, afirmou, por meio de trocas de mensagens que são investigadas e que é possível a identificação das pessoas envolvidas. O diretor, no entanto, não deu maiores detalhes sobre os responsáveis.

Regulação das Mídias

O diretor também defendeu, durante a entrevista, a regulação das mídias sociais. "O que é crime no mundo real é crime no mundo virtual", disse o diretor. "É imperioso que se tenha, a exemplo do que a União Europeia tem, uma regulação das redes sociais" disse.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar o dia 8 de janeiro - data que marca um ano dos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes em Brasília - ao lado de correligionários e familiares no Estado do Rio de Janeiro. O ex-chefe do Executivo deve passar todo o mês de janeiro em Angra dos Reis, na região da Costa Verde, segundo assessores e aliados próximos.

Bolsonaro não deve, a princípio, se envolver em manifestações e atos em apoio aos presos, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que invadiram os prédios públicos no ano passado. De acordo com assessores do ex-presidente, o político deve se refugiar em sua casa de veraneio e, possivelmente, cumprir alguns compromissos na capital fluminense.

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Assim como no ano passado, quando Bolsonaro estava nos Estados Unidos durante os atos golpistas, ele ficará longe de Brasília.

O ex-presidente passou os últimos dias do ano em São Miguel dos Milagres, requisitado balneário no litoral norte de Alagoas. Ele chegou à região no último dia 26 e ficou hospedado na pousada do seu ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto. O espaço Villas Taturé possui acomodações luxuosas cuja diária gira em torno de R$ 2.800 na alta temporada. No site do local, o visitante pode reservar um pacote de réveillon de quatro dias por, no mínimo, R$ 13.500.

Nessa viagem de descanso, Bolsonaro teve a companhia de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de sua nora Heloísa Bolsonaro e dos dois netos, filhos do casal. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não viajou com o ex-presidente. Ele está na capital fluminense e deverá seguir para o litoral no fim de semana.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o Congresso foi o local escolhido pelo governo Lula para realizar o evento que marcará um ano dos ataques aos prédios públicos. Embora a ideia tenha surgido no Planalto, o convite - que a Coluna teve acesso - será distribuído em nome dos presidentes Lula, Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara) e Luís Roberto Barroso (STF), para demonstrar harmonia.

A manifestação conjunta foi batizada de "Ato Democracia Restaurada", numa alusão a um vídeo que o presidente Lula divulgou em fevereiro classificando o episódio como terrorismo e com imagens dele olhando as cenas.

Julgamentos no STF

A Suprema Corte já julgou e condenou 30 pessoas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Ainda faltam 200 denunciados para serem julgados.

Quase um ano após a tentativa de golpe de 8 de janeiro, o STF manteve a prisão de 66 indivíduos, das mais de duas mil pessoas detidas por causa do ato. Dentre os reclusos, oito já foram condenados pelo STF; 33 foram denunciados como executoras dos crimes praticados; e, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), 25 pessoas seguem presas até a conclusão de diligências em andamento, elas estão sendo investigadas por financiamento ou incitação dos crimes.

Mesmo com as rusgas na sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, na manhã desta quarta-feira (4), em entrevista à Rádio Eldorado, que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, teria lhe garantido o apoio do ex-presidente à sua campanha pela reeleição. O prefeito disse que sempre deixou "muito claro" que gostaria da aliança e acrescentou que é preciso ter uma união do centro, que seria seu campo, com a direita, para vencer o que chamou de "extrema-esquerda", em crítica a Guilherme Boulos (PSOL), seu principal concorrente na disputa pela Prefeitura.

"Ele (Valdemar) me confirmou que o assunto estava superado, martelo batido, e estaria caminhando junto com a gente, e portanto, a outra opção de candidatura estava descartada", disse o prefeito. Desta forma, ficaria de fora a possibilidade de Ricardo Salles (PL) ser o nome de Bolsonaro na disputa. Salles - que recebeu uma série de sinalizações positivas do ex-presidente - ainda espera uma posição de Bolsonaro para definir seus próximos passos, como mostrou o Estadão/Broadcast.

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Sobre Boulos, o prefeito já deu o tom da campanha e fez uma série de críticas, apesar de não citar nominalmente o adversário. "Uma pessoa que é bastante agressiva, que tem um histórico de invasões, que fez esse trabalho junto com os sindicatos do Metrô de separar a cidade, criou o caos na cidade, trabalhando por trás de forma oculta, sem nenhuma experiência", disse.

Apoio de Bolsonaro não estaria condicionado à indicação de vice

O prefeito afirmou que não ouviu de Bolsonaro que seu apoio estaria condicionado à indicação de vice. Para este tema, Nunes disse que pretende ouvir o conjunto de partidos para definir o nome, mas que a opinião de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) terão "muito peso".

Como mostrou o Estadão, a intenção de Bolsonaro é indicar alguém do seu "núcleo duríssimo" para compor a chapa.

Marta Suplicy

O prefeito Ricardo Nunes voltou a minimizar as articulações do PT para que sua secretária de Relações Internacionais, Marta Suplicy, seja a vice de Boulos na corrida pela Prefeitura da capital paulista. Na entrevista à Rádio Eldorado o prefeito afirmou que não vê a chapa como algo concreto e disse que "uma mudança tão radical" por parte da secretária não faria sentido.

"Não tive por parte da Marta nenhuma ligação, nenhum comentário sobre isso, são coisas que saíram da imprensa, bastante barulho. Dela, que é minha amiga pessoal, tem uma amizade pessoal com a minha esposa, que a gente se conhece há tantos anos, ela não me falou nada", disse o prefeito." Então para mim é algo que não estou levando como concreto", continuou.

Nunes chegou a acrescentar que não pretende procurar a secretaria para tratar sobre o assunto assim que ela voltar de férias, no próximo dia 15. "Não vejo porque eu teria que procurá-la uma vez que ela mesma não citou para mim com relação a esse tema".

Como mostrou o Estadão, a possível aliança entre Nunes e o ex-presidente Bolsonaro seria o incentivo que faltava para Marta voltar a integrar as fileiras do PT. Nunes negou o tema e afirmou que a busca por apoios é um processo natural.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em campo para articular a chapa, já que a indicação de vice na chapa de Boulos é uma prerrogativa do PT. Os dois, Marta e Lula, teriam conversado por telefone, mas ainda não se tem notícia sobre um encontro pessoalmente para acertar os detalhes dessa aliança.

O Exército vai voltar a emitir, a partir deste mês de janeiro, autorizações para novos CACs (Caçadores, Atiradores esportivos e Colecionadores de armas). Os novos registros estavam suspensos desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por decreto que reverteu a política armamentista da gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Graças a medidas baixadas pelo ex-presidente em favor do armamento de civis, os CACs se tornaram o maior segmento armado do País, superior inclusive que o efetivo das polícias.

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A retomada da emissão dos chamados Certificados de Registro (CR) foi expressa em um comunicado e em uma portaria do Exército, publicados no fim de dezembro.

A nova regulamentação era aguardada pelo mercado de armas desde julho, quando um novo decreto de Lula sinalizou que a emissão de novos registros seria retomada a partir de uma deliberação do Exército.

A portaria dos militares traz uma série de especificações sobre o acesso de civis aos chamados produtos controlados. Uma das principais mudanças é referente ao prazo de validade dos CRs. Com Bolsonaro, ele era de dez anos. Agora, os documentos precisarão ser renovados a cada três.

Além disso, todos os CRs emitidos antes das novas regras perderão a validade em julho de 2026 e precisarão ser renovados para que permaneçam regulares.

O Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército publicou uma nota, em 22 de dezembro, destacando que as solicitações de interessados que já haviam sido enviadas ao Sistema de Gestão Corporativo do Exército (SisGCorp) serão devolvidas para que a nova documentação exigida seja anexada.

Em 2019, o Brasil tinha 197 mil pessoas registradas como CACs. Em julho de 2023 já eram 803 mil. Para efeito comparativo, estima-se em cerca de 406 mil o número de policiais militares ativos de todos os Estados e em 365 mil o total de homens das Forças Armadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebem pagamentos mensais de seus respectivos partidos. Entre abril e outubro, Bolsonaro foi remunerado pelo PL sete vezes, somando R$ 200 mil. Por sua vez, Lula foi beneficiado com nove repasses do PT, de fevereiro a outubro, totalizando R$ 96 mil. Os vencimentos pagos ao atual presidente e a seu antecessor são uma exceção, já que nenhum outro ex-chefe de Estado possui benefício semelhante em suas legendas. Procurados, o PL não se manifestou, enquanto o PT argumentou que recurso é para pagar aluguel de imóvel.

As informações foram levantadas pelo Estadão junto às prestações de contas anuais do MDB, PL, PSDB, PT e PTB enviadas neste mês ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os documentos encaminhados à Justiça Eleitoral compreendem o período de outubro de 2022 a outubro de 2023. Nesse intervalo, não foram identificados pagamentos em benefício dos ex-presidentes José Sarney (MDB), Fernando Collor (PRD, antigo PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

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A legislação brasileira não impõe aos partidos a obrigação de pagar salários a presidente ou ex-presidentes. Portanto, as remunerações recebidas por Lula e Bolsonaro não derivam de suas passagens pelo Palácio do Planalto, mas sim de suas funções dentro de seus respectivos partidos. Lula e Bolsonaro ocupam as posições de presidentes de honra no PT e no PL, respectivamente. Além deles, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também desempenha um papel na estrutura partidária como presidente do PL Mulher.

Entre fevereiro e outubro, Bolsonaro e Michelle receberam um total de R$ 437 mil pelas responsabilidades que desempenharam dentro do PL. O registro financeiro do partido classificou essa transferência como "serviços técnicos-profissionais". O salário atual de cada um como dirigente partidário é de R$ 30.483,16. Os gastos com assessores, advogados e outras despesas, como deslocamentos e alimentação, não estão inclusos nesse valor. O PL foi procurado pela reportagem, mas não retornou.

Além de seu salário no PL, Bolsonaro também recebe a aposentadoria do Exército, de cerca de R$ 12 mil por mês. Além disso, usufrui dos benefícios da aposentadoria como ex-deputado, o que corresponde a mais de R$ 30 mil mensais. Como ex-presidente da República, ainda tem direito a quatro servidores para desempenhar funções de segurança e apoio pessoal, dois assessores pessoais, dois veículos oficiais e dois motoristas.

Repasses a Lula são para pagar aluguel em SP, diz PT

O PT, por sua vez, informou, em nota, que as transferências mencionadas pela reportagem referem-se ao custeio de parte do aluguel de imóvel que, desde 2022, serviu como residência e local de trabalho do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo. "Todas estas transferências foram feitas com recursos de arrecadação própria do partido, conforme declarado à Justiça Eleitoral, sem uso de Fundo Partidário ou outras fontes", diz o texto.

O partido esclareceu também que assumiu uma parcela do custo do aluguel, tendo em vista que o imóvel deveria prover as necessidades de segurança, privacidade, espaço para trabalho de assessores e para reuniões políticas inerentes às atividades de seu presidente de honra. "Desde outubro último, o PT assumiu integralmente o contrato de locação e o pagamento do contrato de aluguel, cessando então as transferências registradas na Justiça Eleitoral".

Quem terá a sorte virada para a lua? Essa é uma das perguntas mais feitas por algumas pessoas que aguardam um novo ano. Ao se aproximar as festas de Réveillon, as pessoas já ficam curiosas para saberem o que o universo reserva para os próximos 12 meses. Sendo assim, o LeiaJá conversou com o cartomante Tel Barbosa, que trouxe algumas previsões para 2024. De elucidações de crimes, que repercutiram nacionalmente, até acontecimentos que podem surpreender algumas figuras públicas, as cartas do baralho cigano e de Maria Padilha mostram felicidades para uns e percalços para outros, em um ano que será marcado por eventos importantes e muitos ensinamentos.

O cartomante, que atende os seus clientes na Região Metropolitana do Recife, acredita que as pessoas só conquistarão os seus sonhos caso tenham "uma visão mais racional das coisas", ou seja, para ele "não haverá conquistas se você não planejá-las previamente com base na sua realidade material". Além disso, com o auxílio do baralho cigano e o baralho de Maria Padilha, Tel prevê que os próximos meses serão favoráveis para as pessoas que planejam fazer alguma viagem e para os estudantes que desejam concorrer nos principais vestibulares e concursos do país.

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Não só os bons acontecimentos são vistos nas cartas reveladas na mesa a frente de Tel. Os baralhos também mostram um desastre meteorológico que terá muita repercussão nas mídias. Esse evento extremo provocará inundações e enchentes, ocasionando a destruição de áreas residenciais e outras construções. Tel pontua que tragédias parecidas sempre ocorrem, porém, a espiritualidade afirma que, dessa vez, o trabalho das gestões públicas deverá ser mais intenso e precisará recorrer ao alto nível da engenharia para, assim, diminuir os impactos negativos.

“Vejo queda de um prédio e destruição de imóveis, de vidas, devido a enchentes e alagamentos. Mais uma vez se repetirá este cenário, infelizmente. As cartas foram claríssimas neste sentido e não podemos descartar hipótese de maremoto e tsunami a nível mundial”, diz.

Sobre as questões voltadas ao bem-estar das pessoas e a saúde global, os baralhos mostram que existe uma grande possibilidade do surgimento de algumas doenças após a realização do Carnaval ou de festas que tenham aglomerações de pessoas.

"Vejo a necessidade de cuidado prévio de todos. O baralho de Maria Padilha me mostra um algo a mais, ou seja, algo que foi feito no passado e está sendo procrastinado pelas pessoas ou não levado em consideração mais, como por exemplo, o uso de máscaras e a vacina. Vejo as pessoas se descuidando e correndo grande perigo de serem infectadas por outros vírus tão letais quanto o próprio COVID", afirma o cartomante.

Cartomante Tel Barbosa. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Com o embaralhar das cartas, Tel afirmou que mesmo com a espiritualidade mostrando um surto de alguma doença logo após o Carnaval, o período festivo, que será comemorado entre os dias 10 e 13 de fevereiro, ficará marcado na história devido a sua beleza e pompa. O cartomante diz que “haverá muito investimento no visual da festa”, principalmente na capital pernambucana.

Questionado sobre quais escolas de samba vencerão o Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo, Tel logo pontua: “Se a energia de hoje permanecer positiva para as tais, quatro delas se apresentam com energia muito positiva para vitória do Carnaval do Rio. São elas: Mangueira, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Unidos da Tijuca. Já em São Paulo, as escolas de samba Império de Casa Verde, Vai Vai, Independente Tricolor e Gaviões da Fiel, são as escolas com energias de campeãs”.

Anitta grávida?

Ao lançar cartas para algumas figuras conhecidas do país, o cartomante viu perigos e adversidades que serão enfrentados pelos famosos.

Conhecida pelo seu sucesso e por ter sido a primeira artista brasileira a vencer uma categoria do VMA, da MTV EUA, a cantora Anitta conseguirá arrancar elogios dos seus fãs e dos críticos devido a um projeto que será desenvolvido logo no início do ano, segundo o cartomante Tel Barbosa. Entretanto, as cartas mostram que a cantora enfrentará uma perda familiar, mas logo irá se recuperar e poderá ser surpreendida com uma gravidez.

“Algo novo acontecerá no segundo semestre, que lhe renderá muitos frutos, não se descartando hipótese de gravidez, sim. Não é certeza, mas o que consigo perceber é que há este tipo de possibilidade, inclusive, na sua linha de destino”, diz Tel.

Outra cantora lembrada nas tiragens é a Luísa Sonza. A artista, dona do álbum de sucesso “Escândalo Íntimo”, enfrentará alguns problemas na Justiça devido a um homem do seu passado, porém conseguirá superar esse período estressante. “Ela chega ao final de 2024 em uma situação mais confortável e estável, após alguns problemas transpostos no meio do ano”, pontua.

De avisos para Lula a rompimento de casamento para Bolsonaro

Após uma eleição polarizada em outubro do ano passado e uma tentativa de golpe contra a democracia em janeiro deste ano, a política brasileira continuará em destaque, segundo as tiragens feitas por Tel. Ele afirma que o país ainda enfrentará alguns problemas, porém encerrará o ano colhendo “bons frutos” no setor econômico, “graças ao bom trabalho que será desenvolvido no Palácio do Planalto”.

“As cartas intermediárias me mostram que será um governo em que Lula deve ter muita estratégia e não poderá prometer o que não será capaz de cumprir, pois isto pode ser usado pelos seus adversários. Vejo muitas estratégias de mudanças mais rápidas. Porém, a carta urso fecha a tiragem com um dos baralhos, então percebo que o Brasil fechará 2024 com uma gestão econômica mais favorável”, diz.

Tel também não descarta a possibilidade do presidente Lula (PT) enfrentar algum problema de saúde. “Ele terá que ter bastante atenção em relação a sua saúde. As cartas mostram uma saúde fragilizada. Algumas coisas podem estar acontecendo ou já dando sinais. Caso Lula não tenha esse cuidado, poderá correr o risco de ser substituído por um período pelo seu vice".

Já o maior adversário político do mandatário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terá novamente um “ano difícil”. Com as últimas acusações contra Bolsonaro, nas investigações nas quais ele é alvo, aumentaram as discussões sobre uma eventual prisão do ex-chefe do executivo. No entanto, Tel afirma que não ver uma prisão acontecendo de forma definitiva em 2024. “Apesar de ser algo muito bem desenhado e esperado, ou seja, a prisão de Bolsonaro e de familiares, não vejo isto acontecendo neste novo ano”.

As cartas ainda mostram que poderá chegar ao fim o casamento do ex-presidente com a ex-primeira-dama, a Michelle Bolsonaro (PL). “Vejo através das cartas que algo na relação não está sendo correspondido e isso decretará um fim no casamento”.

O cartomante também destaca acontecimentos importantes na política de Pernambuco, entre eles o protagonismo de Raquel Lyra (PSDB-PE) "em conseguir enfrentar problemas que cercam a sua gestão" e a "vitória tranquila” do atual prefeito do Recife, o psbista João Campos.

Através dos baralhos, Tel afirma que a eleição de 2024 servirá como um “termômetro” para João Campos na próxima disputa para o governo do estado. “João deverá saber entender o recado, pois tem grandiosíssima possibilidade de sair vencedor na disputa pelo Palácio das Princesas em 2026, desde que saiba driblar de forma madura candidatos perigosos e maldosos que aparecerão para enfrentá-lo. Vejo muita falsidade no meio da campanha dele para governador do Estado. Vejo inclusive, necessidade de proteção espiritual da parte dele, pois adversários poderão apelar para este tipo de coisa, de forma maldosa contra a pessoa dele para tentar impedir sua eleição”.

Para os amantes do futebol pernambucano

Com previsões desanimadoras para os torcedores pernambucanos, Tel afirma que nenhum clube do estado irá vencer a próxima Copa do Nordeste. Além disso, os times “terão que enfrentar o grande desafio de lidar com jogador mais novos”, e que não têm tantos protagonismos no futebol nacional.

Já as previsões têm boas notícias para os rubros negros. Segundo as tiragens, o Sport Club do Recife será o grande campeão do Pernambucano, alcançando, assim, a 44ª estrela na competição.

De previsões para o jogador Neymar a evolução do Caso Marielle, confira os destaques de outras previsões para 2024:

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O juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia, condenou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) ao pagamento de R$ 80 mil por danos morais por assédio eleitoral a funcionários de empresas do Estado. A avaliação do magistrado é a de que o parlamentar coagiu moralmente os trabalhadores a votarem no ex-presidente Jair Bolsonaro 'como meio de manutenção e criação dos empregos, caso referido candidato fosse reeleito'.

Nas redes sociais, Gayer chamou a condenação de 'esdrúxula'. Ele atacou a procuradora do Trabalho, responsável pela ação, a quem chamou de 'petista histérica'.

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O parlamentar informou que vai recorrer da sentença, sob o argumento de que não há 'nenhuma prova' sobre o suposto assédio eleitoral. Gayer sustenta que 'não pediu voto para ninguém, consultou seus advogados e foi condenado por falar o plano de governo dos candidatos, o ladrão e o Bolsonaro'.

Na sentença, o juiz Celismar Coelho de Figueiredo reforçou uma liminar que já havia dado, ainda durante as eleições, para que o deputado se abstivesse de promover reuniões em empresas, com convocação de trabalhadores, visando aliciar o voto deles. No entendimento do magistrado, as condutas atribuídas ao deputado 'são consideradas assédio moral eleitoral por constranger trabalhadores em sua liberdade política e de voto'.

A decisão foi assinada na segunda-feira, 25, no bojo de uma ação proposta pelo Ministério Público do Trabalho contra a Narciso e Athayde Lanchonete e Mercearia e Panificadora Ltda e o deputado. Posteriormente, a panificadora fechou um acordo com a Procuradoria do Trabalho e o processo prosseguiu apenas com relação ao parlamentar.

A ação partiu de uma denúncia anônima que narrava que o deputado bolsonarista 'reuniu-se com vários empresários goianos e agora está indo às empresas assediar os trabalhadores'. A Procuradoria apontou 'conduta refratária e reiterada' do parlamentar de 'ir até aos ambientes de trabalho das empresas para admoestar os trabalhadores e induzi-los (aliciá-los) a votar em determinado candidato' - o que configura assédio moral eleitoral.

No processo, Gayer afirmou que foi até a panificadora a convite do proprietário, 'não com o intuito de assediar os trabalhadores da sobredita sociedade empresária a votarem em seu candidato à Presidência da República, mas tão somente para debaterem a atual conjuntura política do país, em especial nos dias que antecederam a realização do segundo turno das eleições presidenciais'.

A avaliação do juiz do Trabalho é a de que os documentos apresentados pelo Ministério Público 'deixam clara a prática de assédio moral eleitoral no ambiente de trabalho perpetrada pelo requerido (Gayer) contra trabalhadores de diversas sociedades empresárias sediadas nesta Capital (Goiânia), coagindo-os moralmente a votarem em um candidato específico como meio de manutenção e criação dos empregos, caso referido candidato fosse reeleito'.

"Embora o requerido negue a ocorrência do assédio moral eleitoral o arcabouço probatório, em especial os documentais, trazido aos autos pelo requerente (Procuradoria do Trabalho) com a inicial evidenciam o contrário", ressaltou o juiz.

Celismar Coelho de Figueiredo destacou que publicações registraram reuniões de Gayer com funcionários de diferentes empresas falando em 'conquistar votos'.

Segundo o juiz, as mensagens publicadas por Gayer nas redes sociais deixam evidente que o deputado estava realizando reuniões com colaboradores, no ambiente de trabalho deles, em horário de trabalho, sendo o 'constrangimento dos trabalhadores em tais situações evidente'.

"A inobservância da legislação pátria causou danos a toda a coletividade de trabalhadores das sociedades empresárias onde ocorreram as 'reuniões políticas comandadas pelo requerido (Gustavo Gayer), configurando-se, portanto, dano moral coletivo passível de compensação", sentenciou o juiz da 7.ª Vara do Trabalho de Goiânia.

Depois de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiará Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, na disputa pela reeleição no ano que vem, núcleos bolsonaristas têm mostrado insatisfação nas redes. Um segmento dos apoiadores do ex-presidente prefere apoiar Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente. Um dos expoentes do descontentamento é o deputado estadual Lucas Bove (PL).

Na rede social "X", antigo Twitter, o parlamentar citou uma frase dita pelo próprio Bolsonaro há pouco mais de uma semana, quando afirmou que o candidato deveria ser Salles. Em evento do PL no dia 12 de dezembro, o ex-presidente pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas e acrescentou que "São Paulo merece realmente um nome de uma pessoa que vá fazer pelo município, e não fazer por um partido".

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Foi essa frase que Bove destacou e, na sequência, disse que espera um candidato de direita para disputar o Poder Executivo da capital. "Essas foram as últimas palavras que saíram da boca do nosso líder e sempre presidente Bolsonaro sobre a Prefeitura de SP! Portanto, eu ainda acredito que teremos uma candidatura de direita. Ou vocês confiam na palavra de mais alguém que não seja o próprio presidente?", publicou para seus seguidores.

Na tarde desta sexta-feira, 22, o deputado voltou a comentar sobre o assunto. "De minha parte, a decisão final do presidente Jair Bolsonaro será respeitada e acatada, ele é nosso líder e ponto. Mas, enquanto ele não se pronuncia oficialmente, sigo acreditando, torcendo e sonhando em ter um candidato de direita na minha cidade querida", disse. Ao final da postagem, ele colocou uma hashtag em apoio a Ricardo Salles.

Ex-deputado federal e apoiador de Bolsonaro, Coronel Tadeu (PL) publicou uma live com o título: "Ricardo Salles poderá dar uma senhora rasteira em Ricardo Nunes." Ele citou que a "direita" precisa se unir em São Paulo e usou como exemplo as eleições de 2022, quando Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes perderam na capital paulista, ainda que Freitas e Pontes tenham ganho no Estado.

"Na cidade de São Paulo, o Lula ganhou do Bolsonaro. O [Fernando] Haddad ganhou de Tarcísio. O Marcos Pontes perdeu para o Márcio França no Senado. A direita está precisando mostrar mais força na cidade de São Paulo. Ganhar a Prefeitura é muito importante. E grupo é grupo. O município de São Paulo é o maior do Brasil, tem orçamento maior que muitos Estados. É importante a direita marcar posição. Quem vai dizer quem é candidato é Jair Messias Bolsonaro", disse em trecho da live.

Apoiadores de Bolsonaro aproveitaram as publicações para comentar e mostrar sua preferência por Ricardo Salles na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Como o Estadão mostrou, depois do acordo em torno do nome de Ricardo Nunes, caberá a Jair Bolsonaro indicar o nome do vice. Isso ocorrerá em meados de fevereiro, quando Bolsonaro retorna de férias.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo tem ainda, por ora, Guilherme Boulos (PSOL), Kim Kataguiri (União), Tabata Amaral (PSB) e Maria Helena (Novo) entre seus pré-candidatos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará formar uma "aliança ampla" em São Paulo em torno do nome de Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição para prefeito da capital paulista no ano que vem. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o martelo já foi batido, segundo o jornal O Globo. A informação foi confirmada pelo Estadão com a assessoria do PL nesta quinta-feira (21).

Na visão de aliados, várias candidaturas à direita deixariam Guilherme Boulos (PSOL) forte por ser o único nome ligado aos movimentos esquerdistas que reúnem PSOL e PT. Hoje, Nunes teria ainda como adversários Ricardo Salles (PL) e Kim Kataguri (União), o que pulverizaria votos. O vice na chapa de Nunes será escolhido por Bolsonaro em fevereiro do ano que vem, segundo o porta-voz do ex-presidente Fabio Wajngarten. Bolsonaro sai nesta sexta-feira (22) para período de descanso até o fim de janeiro.

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Com a decisão de Bolsonaro chancelada por Valdemar Costa Neto, Ricardo Salles (PL-SP) não será mais candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PL. Questionado pelo Estadão, Salles disse aguardar pronunciamento de Bolsonaro. "Vamos aguardar o Bolsonaro falar por si. Até lá, desconfio da veracidade das afirmações", disse o deputado federal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais de Nunes, o atual prefeito paulistano cobrou publicamente apoio de Bolsonaro. Na gravação, Nunes diz que o ex-presidente sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista, e republicada nas redes sociais do prefeito da capital paulista.

Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

No dia 12 deste mês, o ex-presidente Bolsonaro disse em evento preferir Ricardo Salles como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tornou pública uma exigência para as eleições de 2024 na capital paulista. Ele quer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma aliança contra seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Em um vídeo que circula nos núcleos políticos desde a noite desta quarta-feira, 20, e publicado nas redes sociais do atual prefeito paulistano, Nunes diz que o ex-presidente Bolsonaro sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista.

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Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

Sem citar o nome do deputado federal Guilherme Boulos, Nunes fez acusações contra o parlamentar. "Uma pessoa que invade propriedade, desrespeita a lei, toda hora solta fake news, cooptou sindicatos para poder causar transtorno na cidade e a nossa responsabilidade como pessoas públicas, tanto eu, Tarcísio e Bolsonaro, precisa ser levada em consideração dentro do contexto de unir a direita e o centro para poder proteger nossa cidade e assim proteger nosso país", disse Nunes.

O Estadão procurou a assessoria de imprensa do deputado Guilherme Boulos sobre as declarações de Nunes, mas, por enquanto, o parlamentar não comentará sobre o assunto.

Bolsonaro disse preferir Ricardo Salles

A fala de Ricardo Nunes ocorre quase 10 dias depois de o ex-presidente Bolsonaro dizer em evento preferir Ricardo Salles (PL-SP), deputado federal, como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando de madeira.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi absolvido em uma ação de improbidade por uso indevido do cargo para fazer campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

O processo é movido pelo Ministério Público Federal (MPF), que ainda pode recorrer. A Procuradoria no Rio juntou entrevistas, publicações nas redes sociais e registros de eventos oficiais aos autos para comprovar a tentativa de favorecer a candidatura de Bolsonaro.

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Em um dos eventos, na sede a PRF, em Brasília, a seis dias da eleição, o ex-diretor da corporação deu uma camisa do Flamengo com o número 22 - o mesmo da legenda do PL - ao então ministro da Justiça Anderson Torres.

O juiz José Arthur Biniz Borges, da 8.ª Vara Federal do Rio de Janeiro, concluiu que a conduta de Silvinei Vasques foi regular.

O magistrado argumentou que as publicações a favor de Bolsonaro foram feitas no perfil pessoal no ex-diretor da PRF e não nos canais oficiais da corporação. Silvinei chegou a pedir votos nas redes sociais na véspera do segundo turno. O juiz também descartou irregularidade nos elogios feitos ao ex-presidente em entrevistas.

"O fato de as publicações serem elogiosas, por si só, não transforma as postagens feitas em um perfil particular em publicidade institucional. Inexistindo a demonstração objetiva de que foi feita publicidade vedada em site oficial e com recursos do erário, não há fundamento para o enquadramento da conduta ao ato de improbidade", argumentou.

Por fim, o juiz afirmou que a camisa com o número 22 não foi comprada com dinheiro público e, por isso, na avaliação do magistrado, não houve improbidade.

"Caso o agente público ou terceiro custeie do seu bolso um presente disfarçado de propaganda sub-repticia de enaltecimento e promoção pessoal, não há que se falar em improbidade administrativa", escreveu.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contesta no Supremo Tribunal Federal (STF) o uso do vídeo que ele publicou e apagou no Facebook após os ataques do dia 8 de janeiro na investigação sobre os "autores intelectuais" dos atos golpistas.

Depois que a Meta, empresa que administra a rede social, informou que não tem meios para recuperar a publicação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou o vídeo na plataforma Metamemo, que preserva postagens da família Bolsonaro.

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Os advogados do ex-presidente afirmam que não é possível atestar que o vídeo recuperado é idêntico ao publicado por Bolsonaro.

"A mera associação entre um vídeo apagado e um supostamente salvo não pode ser tomada como uma correspondência definitiva. Afinal, estamos lidando com contextos e provedores diferentes. A noção de que o vídeo recuperado reflete fielmente o conteúdo do vídeo deletado é uma conjectura sensível, porém, longe de ser uma afirmação incontestável", argumentam.

O vídeo foi publicado por Bolsonaro no dia 10 de janeiro e apagado minutos depois. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente alegou que estava sob efeito de remédios quando fez a publicação. A versão é que o vídeo seria compartilhado no WhatsApp, para assistir depois, e não no perfil aberto no Facebook.

Na manifestação ao STF a defesa do voltou a dizer que Bolsonaro publicou o vídeo por engano e que, justamente por não ter assistido, nem o próprio ex-presidente poderia atestar a autenticidade do material recuperado pela PGR.

Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, decidir os próximos passos do inquérito.

O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) foi chamado de "assassino" por uma mulher que o reconheceu em um restaurante no Centro do Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 15, segundo informação do jornal O Globo.

De acordo com o colunista Ancelmo Gois, enquanto o ex-ministro da Saúde almoçava no local, uma mulher com bolsa do Movimento dos Sem-Terra (MST) entrou no local e percebeu a presença do político. Ela deixou o restaurante e gritou "assassino" para o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). Outros clientes pediram descontos pela presença de Pazuello, com o argumento que a presença dele representava "insalubridade".

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Hoje deputado federal pelo Rio, Pazuello foi um dos ministros da Saúde de Bolsonaro durante a fase crítica da pandemia de covid-19. Ele ocupou o cargo interinamente entre maio e setembro de 2020 e depois foi efetivado, com permanência até março de 2021.

Dados do governo federal mostram que o Brasil registrou 708.237 mortes por covid desde março de 2023. O maior número de óbitos ocorreu em 2022, quando 424,1 mil pessoas perderam a vida para a doença.

Em dezembro de 2020, quando diversos países tentavam fechar contratos para produção de vacina, enquanto milhares de pessoas morriam de covid, Pazuello fez um questionamento diante da cobrança da população por vacina. "Pra que essa angústia?", perguntou à época.

A primeira pessoa vacinada no Brasil foi uma enfermeira, em São Paulo, em 17 janeiro de 2021. Mônica Calazans recebeu na oportunidade a primeira dose da Coronavac. No Estado de São Paulo, de acordo com o governo estadual, 97,16% da população recebeu ao menos uma dose da vacina. O esquema vacinal completo atingiu 89,71% da população paulista.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nessa sexta-feira (15), o discurso em que o presidente Luiz Lula Inácio da Silva disse ter conseguido "colocar um comunista no STF", em relação à aprovação de Flávio Dino para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). "Vimos agora a alegria desse cara que tá aí. 'Tô muito feliz, botei um comunista dentro do Supremo'", mencionou o ex-presidente.

Bolsonaro disse que a fala de Lula lembrou-o do discurso do ex-ditador Fidel Castro ao assumir o governo de Cuba em 1959. "Exatamente igual ao tratado aqui no momento. Os caras sempre lutam pelo poder", disse em fala na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde recebeu o título de cidadão honorário do Estado.

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Na última quinta-feira (14), na abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude em Brasília, Lula disse que pela primeira vez conseguiu indicar um "comunista" para assumir uma vaga no STF. Flávio Dino hoje é afiliado ao PSB, mas lançou-se na política como candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ele próprio se autointitula "comunista", mas sinaliza ser adepto de um entendimento diferente do usual para o termo.

Bolsonaro ainda aproveitou a oportunidade para falar sobre seu governo, defender suas posições durante a pandemia de covid-19 e atacar o Judiciário e a gestão de Lula. Ele afirmou que "não dá para comparar Paulo Guedes com (Fernando) Haddad" e criticou o número de ministros no governo atual. "38 ministérios. Nem ele (Lula) sabe o nome de uma duzia".

Acenando a pautas caras para seus apoiadores, afirmou que enquanto era presidente, "ninguém ousava botar em prática, ou tentar botar em prática, a liberação do aborto, a liberação da maconha, a relativização da propriedade privada, o marco temporal, entre outras maldades". Aborto, porte de pequenas quantidades de maconha e o marco temporal para a demarcação de terras indígenas foram temas pautados no STF pela ministra Rosa Weber neste ano, antes de sua aposentadoria.

O Tribunal derrubou a tese do marco temporal em setembro, mas os outros julgamentos foram suspensos. No caso do porte de maconha, houve pedido de vista do ministro André Mendonça em agosto. Já no julgamento sobre aborto, o ministro Luís Roberto Barroso, que assumiu a presidência da Corte depois da saída de Rosa Weber, pediu destaque e interrompeu a votação em setembro.

Ainda em ataque ao Judiciário, Bolsonaro disse que passou "momentos difíceis" no comando do País, mas avaliou que quem sofre mais são "aqueles condenados a 17 anos de cadeia em Brasília", no que chamou de "covardia". Nos últimos meses, o STF tem condenado à prisão bolsonaristas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro e se envolveram no ataque às sedes dos Três Poderes.

Sergio Moro é ‘página virada’

A cerimônia na Alep ainda contou com vaias ao senador Sérgio Moro. O deputado estadual Ricardo Arruda (PL), autor da homenagem ao ex-presidente, disse que o ex-juiz da Lava Jato é uma "página virada da história do Paraná".

O relacionamento de Moro com bolsonaristas é repleto de altos e baixos. No episódio mais recente, apareceu abraçando Flávio Dino durante sua sabatina no Senado Federal e foi flagrado pelo Estadão recebendo uma mensagem que recomendava que não revelasse seu voto. Moro ficaria exposto se tornasse público um eventual apoio a Dino para a vaga de ministro.

Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas deixou o cargo alegando que o chefe do Executivo tentava interferir na Polícia Federal. Nas eleições de 2022, enquanto se apresentava como pré-candidato ao Planalto, atacou o ex-aliado em temas como corrupção, economia e política externa. No entanto, mais tarde aliou-se a Bolsonaro e chegou a aparecer ao seu lado em debates.

No evento na Alep, o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), ex-líder do governo Bolsonaro, e o ex-deputado federal Paulo Martins (PL) foram destacados como "pré-candidato ao Senado" e "futuro senador". Ambos são cotados para uma eleição suplementar, caso o mandato de Moro seja cassado sob a alegação de abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado. Na última quinta-feira, 14, o Ministério Público Eleitoral (MPE) a cassação do senador.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a demonstrar apoio ao deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) na corrida pela prefeitura de São Paulo. Dessa vez, ao lado do pré-candidato, Bolsonaro declarou "Salles prefeito", em vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente sobre a possibilidade de Salles, seu antigo ministro, comandar a capital paulista.

"São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", disse o ex-presidente. Salles está de saída do PL, e deve se filiar ao PRD, partido que nasceu da fusão de PTB e do Patriota.

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A publicação enterra a possibilidade de Bolsonaro embarcar na campanha de reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Nos últimos meses, Salles entrou e saiu na disputa, após o PL sinalizar o apoio à reeleição de Nunes. O esperado era que o ex-presidente também embarcasse na campanha. Nunes, no entanto, não correspondeu ao sinais de Bolsonaro como desejado, preferindo adotar o tom de uma campanha de centro, e não ser o candidato de direita que o bolsonarismo gostaria.

Com o apoio de Bolsonaro, Salles deve disputar o cargo com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tabata Amaral (PSB), que contará com a apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-governador Márcio França (PSB), e Nunes, que apesar de não ter um grande nome como padrinho, conta com a máquina pública e um arco de alianças com PP, Republicanos, PSD, entre outros.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em suas redes sociais um vídeo em que aparece ao lado de uma criança não identificada que canta um trecho do hino de Israel. A gravação foi feita em Buenos Aires, Argentina, onde Bolsonaro esteve para a posse do presidente Javier Milei.

No vídeo de pouco mais de um minuto, Bolsonaro aparece em silêncio, sentado ao lado do menino, enquanto ele canta. Ao fim do hino, ele acompanha palmas de outras pessoas que assistiam e que não aparecem na gravação, e exclama "viva Israel".

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O vídeo foi postado na tarde do último domingo, 10, em seus perfis no Instagram e no X (antigo Twitter), e acumula quase 600 mil curtidas.

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Bolsonaro, que já mantinha uma relação amigável com Israel quando foi presidente, é conhecido por suas posições favoráveis ao País na guerra contra o Hamas. O ex-presidente já declarou que para haver paz na região da Faixa de Gaza, as lideranças palestinas devem deixar de lado a violência armada e reconhecer o direito de Israel como estado soberano. Tanto a Palestina quanto o estado israelense não se reconhecem como nações independentes e vivem uma tensão política e religiosa que já dura oito décadas, com um vasto histórico de conflitos e ataques bélicos perpetrados por ambos.

Com o posicionamento, Bolsonaro tenta ser um contraponto ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já condenou os atos terroristas do Hamas, mas também, em diversas ocasiões, criticou as ações de Israel, como quando chamou o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, de "extremista" e sem sensibilidade humana.

Na última semana, Bolsonaro fez outro post em que há menção a Israel. Nele, o ex-presidente aparece vestindo uma camisa que leva estampada as bandeiras do Brasil e de Israel fundidas em uma.

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