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A três dias da eleição da Mesa Diretora da Câmara, o PT e o PMDB, partidos com as maiores bancadas, disputam a preferência dos deputados para a indicação à Presidência da Casa. Indo para o sexto mandato, Arlindo Chinaglia (SP) quer voltar ao comando da Casa para colocar em votação as reformas políticas e tributárias, além de rever salários dos servidores públicos e tratar de temas para conter a violência no país.

“Acho que precisamos parar de cuidar de um varejinho para a gente começar a nos forçar ainda mais de maneira aprofundada em temas maiores”, disparou o parlamentar, que também prega a independência do Legislativo. “A Câmara tem de ter uma agenda nacional, porque nos últimos tempos ela tem apenas respondido a demandas, seja do Poder Executivo, do Poder Judiciário, de corporações, de grupos econômicos. Devemos ter uma pauta discutida democraticamente com os parlamentares e atendendo às aspirações populares”, frisou.

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Para ele, o Congresso precisa resgatar a autoridade diante da população e envolvê-los no cotidiano das discussões. “Porque quando os parlamentares agem muitíssimo bem, nós podemos dizer que representamos o povo”, salientou.

Atual primeiro vice-presidente, o petista de 65 anos foi presidente da Câmara no biênio 2007-2008. A candidatura dele, lançada em dezembro, é uma resposta do PT ao avanço do PMDB. A aliança entre as duas legendas tem se desgastado na última legislatura e as divergências, especialmente com o governo de Dilma Rousseff, causou uma tensão na base governista. A fim de voltar ao controle do Legislativo, o PT quer garantir a presidência da Casa e a consequente votação de temas de interesse do Planalto.

Confira abaixo o trecho da entrevista de Arlindo Chinaglia à TV Câmara:

Como o senhor enxerga o relacionamento do Congresso com o Palácio do Planalto?
Existe a autonomia entre os poderes e, além da Constituição, temos o Regimento Interno. O presidente tem uma função muito importante, mas ele não é dono da Câmara dos Deputados. Essa independência entre os poderes exige da Mesa Diretora, notadamente da presidência, a capacidade de conduzir processos. E qual é a questão central? É que somos iguais, todos fomos eleitos; apenas momentaneamente nos diferenciamos por esta ou aquela função. É nosso dever criar condições para que cada parlamentar consiga desenvolver o seu mandato na sua plenitude. Este é o fator determinante do trabalho da presidência da Câmara.

Que reformas o senhor elencaria não só como importantes, mas como factíveis para o biênio do próximo presidente da Câmara dos Deputados?
Reforma Política - Eu, quando presidente, coloquei o assunto em votação. O relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) tinha sido aprovado por unanimidade, praticamente, na comissão especial, mas, quando chegou ao Plenário, um ou outro partido recuou da sua posição e os dois eixos principais da reforma foram derrotados: a lista pré-ordenada e o financiamento público de campanha. O que tem ocorrido? Na medida em que a Câmara e o Senado não avançam nesse tema, o Judiciário tem avançado da pior forma. Porque o Judiciário está lá para aplicar a lei e não para legislar. Temos que colocar para discutir, aprofundar, com a cautela necessária, porque não é uma discussão acadêmica, há interesses em conflito. Porém, a sociedade vem crescentemente se mobilizando e isso vai gerar uma pressão positiva em cima de nós, aqui no Congresso. Agora, ninguém sabe antecipar que reforma seria, porque todo mundo defende, mas cada um tem a sua. Tem de colocar na mesa e discutir. Acho que não há tema proibido na Câmara dos Deputados.

Tributos - A questão tributária, com reflexos nos desenvolvimentos nacional e regional, é uma disputa permanente. Não é incomum ver governadores de regiões distintas do País, mesmo sendo do mesmo partido, que têm posições divergentes frente à renúncia ou ao estímulo fiscais. Por quê? Porque cada governador está preocupado em responder às demandas do seu estado. Nós temos, de fato, que pensar no estado brasileiro.

Salários no serviço público - Existem disparidades salariais acentuadíssimas. Há categorias pequenas que ganham altíssimos salários e outras bastante grandes que recebem um péssimo salário. É inadmissível, por exemplo, que um professor universitário, que dedica uma vida ao saber, não seja devidamente reconhecido pelo estado brasileiro e, muitas vezes, não tenha as condições de trabalho adequadas. Temos que discutir e quem sabe evoluir para um patamar onde os níveis salariais tanto do Executivo, quanto do Legislativo e do Judiciário de certa maneira se equiparem. Não estou falando só da cúpula. Estou falando de funções com relevância em cada um desses poderes.

Licitação - Muitas vezes, a Lei de Licitações (8.666/93) serve de amparo para esquemas entre empresas e não para beneficiar o poder público. Isso precisa ser mudado.

Violência - Não dá para conviver mais com tanto assassinato, tanta violência no trânsito e tanta impunidade como se fosse algo normal, porque não é. Se depender da minha opinião, da minha vontade, vamos criar grupos de trabalho não só para alterar a legislação, mas para funcionarem como grupos de pressão. Não é raro também alguém do Executivo estadual atribuir ao Congresso Nacional a sua falência frente aos problemas graves de segurança pública. Temos aí muitos desafios.

O senhor mencionou a reforma política, que sempre foi uma bandeira do seu partido. A OAB sinalizou recentemente pelo fim da contribuição privada às campanhas políticas. Como é que fica essa questão aqui no Congresso?
Isso só saberemos depois que começar essa discussão. Tivemos uma renovação em torno de 40% da Câmara. É claro que muitos dos que chegam aqui vem do mundo da política, portanto, devem ter algum grau de opinião a partir da sua experiência ou partido. Falta apenas um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) dar o seu parecer; todos os outros já decidiram pelo fim do financiamento privado de campanha. Da minha parte, sem problema. Acho que é muito ruim alguém que vai fazer a representação popular depender de financiamento privado. Isso, portanto, remete para o financiamento público. Agora, eu prevejo que a sociedade pode não perceber em um primeiro momento qual é, de fato, a importância disso.

Em todas as democracias modernas ao redor do mundo, existem desafios sobre a popularidade do Congresso. Como resgatar a imagem desse coletivo?
Mais do que imagem ou popularidade, nós precisamos resgatar a autoridade. O resto é consequência. Porque quando os parlamentares agem muitíssimo bem, nós podemos dizer que representamos o povo. Às vezes, há um questionamento até perigoso quanto à representação do Congresso, do ponto de vista da democracia. Agora, precisamos ter consciência de que, mesmo quando trabalhos bem, quando nós representamos, não substituímos o povo. Uma das partes mais nobres da nossa atividade é termos a capacidade de envolver os cidadãos e as cidadãs na política. É isso que vai provocar a renovação, vai fazer inclusive com que as pessoas coloquem para si o desafio, porque, às vezes, é muito confortável cada um ficar cuidando da sua própria vida. Eu defendo a política como instrumento, e não como um fim em si mesmo. E daí sair o mais poderoso instrumento, que faz a guerra, mas faz a paz, que oprime, mas pode libertar. Esse é o nosso esforço perante a sociedade.

Por que o senhor entende que é o melhor candidato à presidência da Câmara?
Não tenho certeza de que eu seria o melhor entre os 513 [deputados]. Eu estou aqui há muitos anos e recebi manifestações de carinho, de amizade, de respeito dos parlamentares, de qualquer partido, ao longo desse tempo. É claro que tem uma ou outra divergência grave, porém isso me dá tranquilidade. Não só porque eu já fui presidente da Câmara, e quero ser melhor do que fui. Mas eu acho que fui um bom presidente, porque é o que me dizem. Então, o julgamento não é meu. Eu vou estar submetido a uma eleição. Ganhando, o resultado explica então porque eu sou o melhor candidato.

Com informações da Agência Câmara.

Candidato do PSol à Presidência da Câmara, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) defende que o Congresso Nacional dialogue com as demandas populares. Para ele, essa é uma das formas de resgatar a imagem do Parlamento perante os brasileiros. O parlamentar também prega a independência do Legislativo em relação ao Executivo.

O candidato quer colocar em pauta a reforma política de iniciativa popular, para discutir especialmente o fim do financiamento de empresas às campanhas partidárias. Outra prioridade, para ele, é a reforma tributária que comece pela taxação das grandes fortunas. Desde que foi lançado pela legenda para a disputa do comando da Câmara, o deputado também tem dito que será contra a construção de mais um anexo da Casa e do aumento salarial dos parlamentares acima da inflação.

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Professor e escritor, Alencar tomará posse neste domingo (1º) para seu quarto mandato na Câmara dos Deputados.

Confira abaixo a transcrição da entrevista concedida por Chico Alencar à TV Câmara.

Deputado, se o senhor for eleito para a Presidência da Câmara, qual será a sua prioridade?
A primeiríssima é colocar a Câmara aberta às demandas da população. Muito mais do que um anexo novo para os deputados, precisamos criar pontes com a sociedade, que nos olha meio de banda, que vê na política institucional, nos acertos partidários, algo que não lhe diz respeito. É interessante ver que 53 milhões de brasileiros, entre os 142 milhões que compõem o eleitorado brasileiro, não votaram em nenhum de nós, não votaram em ninguém. O Brasil tem uma maioria de mulheres, mas só 10% das deputadas são mulheres. O Brasil tem uma maioria de jovens, mas só há 27 deputados com menos de 30 anos de idade. O Brasil tem 80% de não brancos, mas apenas 22 deputados da nova legislatura são negros. Tem mais empresários do que trabalhadores. Então, a gente não esgota a representação da sociedade. A nossa tarefa é abrir a Câmara para as demandas da população. Isso significa a votação de direitos dos trabalhadores, dos aposentados, da jornada de trabalho, enfrentar todas essas questões de precarização de direitos, que a gente não tem conseguido enfrentar aqui. E também, obviamente, uma mudança no sistema político-eleitoral, que hoje claramente está dominado pelas grandes corporações econômicas, que financiam as candidaturas vitoriosas, com poucas exceções.

 

Dentro dessas mudanças, que reformas o senhor elencaria não só como importantes, mas como factíveis, para um possível mandato como presidente da Câmara nos próximos dois anos?
Vamos discutir, por exemplo, a iniciativa popular de lei de reforma política, conhecida como Eleições Limpas (Projeto de Lei 6316/13), liderada pela OAB e pela CNBB. Vamos ouvir a plataforma dos movimentos sociais pela reforma política, trabalhar aqui os projetos que já surgiram, centralmente aqueles que acabam com o financiamento empresarial de campanhas, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O STF só não decidiu pela inconstitucionalidade desse tipo de “dinheirão” nas eleições – que gera, aliás, corrupções, “mensalões” e “petrolões” – porque o ministro Gilmar Mendes pediu vistas. Mas seis ministros do Supremo já se manifestaram contra esse financiamento empresarial, que desequilibra a igualdade de condições na disputa. A Câmara tem que enfrentar essa questão e a questão tributária também. A gente precisa fazer justiça tributária no País, taxar não os ganhos do trabalho, os rendimentos dos assalariados, cortar direitos de aposentados e pensionistas, exigir contribuição previdenciária deles, como a lei hoje determina e já há projeto para revogar isso, mas as grandes fortunas, que não são taxadas no País. Enfim, reforma política, reforma tributária e um conjunto de projetos dos deputados que ampliam direitos, que reconhecem a diversidade da sociedade brasileira. Nós precisamos ser uma central de produção de políticas públicas e de seu arcabouço legal. E não ter medo de fiscalizar o Executivo, exercer rigorosamente essa função. E não nos autoprotegermos. Eu considero que parlamentar investigado e indiciado na Operação Lava Jato, mesmo com sua prerrogativa de foro no Supremo, não pode exercer função de mando, de direção, ainda que o processo dele no Conselho de Ética não tenha se concluído.

Em uma democracia presidencialista, naturalmente existem freios e contrapesos entre os três poderes. Como o senhor vê o relacionamento do Congresso com o Palácio do Planalto?
Como um relacionamento de diálogo republicano, altivo, entre poderes distintos. Hoje ambos os poderes acabam seguindo a lógica de quem os garante lá. De novo, a questão do financiamento da nossa democracia. Assim como na Câmara há a bancada do agronegócio, das empreiteiras, dos frigoríficos, das mineradoras, da bola, da bala, da cerveja, esses mesmos grandes interesses econômicos vertebram as linhas políticas dos governos, que acabam sendo todas iguais. A presidente Dilma se elege com um discurso e, na prática, nesse início de governo, faz aquilo que acusava que Aécio [Neves, candidato à Presidência pelo PSDB] faria, precarizando direitos, fazendo um ajuste fiscal duro, que incide, por enquanto, só sobre os de baixo, os mais fracos. Na verdade, há uma grande força econômica dominante na política brasileira. E a gente tem que ser independente dessas forças, não pode haver a hegemonia de determinadas forças econômicas. Para isso, a gente tem que buscar autonomia e a relação altiva. Não vai ser o Executivo que vai pautar a Câmara, e o nosso papel não é governar. Deputado não faz obra nenhuma, embora muitos vendam isso na campanha. O nosso papel principal é fiscalizar, mesmo sendo o nosso próprio governo.

Em todas as democracias, os Congressos são mal avaliados. Como resgatar a imagem do Congresso brasileiro perante a opinião pública?
É preciso “ressignificar” os partidos. A maioria deles são partidos de mero acerto negocial, são quase empresas para benefício dos seus donos, em um esquema cartorial. Acertam tempo de televisão, coligações em eleições com base no toma-lá-dá-cá; os mandatos têm valores monetários, quando você pula de um partido para o outro, você carrega parte do fundo partidário; tudo isso é a decomposição do nosso sistema. A estrutura partidária brasileira está muito apodrecida, apequenada, tem até partido grande que sofre de nanismo moral, como a Lava Jato vai mostrar. Tem que haver um resgate do sentido doutrinário, ideológico, de partido. E recuperar a credibilidade do Parlamento também é colocá-lo aberto à demanda popular. Por isso, estou pedindo que todo mundo telefone para o telefone 0800619619, que é o “Fale com o Deputado”, e diga sua opinião sobre o papel da Câmara, sobre a Presidência, critique os candidatos, se envolva, porque isso diz respeito à sua vida. A decisão também tem que ser da população.

Por que o senhor entende que deve ser o próximo presidente da Câmara?
Porque eu entendo que essa concepção – que não é minha exclusiva, é de amplos setores da sociedade brasileira – de democracia representativa, mas também participativa, direta, de acolhida de segmentos “invisibilizados” do mundo político brasileiro, tem que ser a função precípua do Parlamento. Eu creio que eu tenha condições de expressar esse resgate da credibilidade do Parlamento, como um servidor público com plenas condições para exercer o mandato. Não precisamos criar mais nada para os deputados, precisamos valorizar os servidores públicos da Casa, que são excelentes. Em comunhão com as lideranças partidárias, quero colocar de novo a política no dia a dia da população, e não a politicagem. Fazer aquilo que Joaquim Nabuco, senador do Império, dizia: “Só me interessa a Política com P maiúsculo, a Política que é história”. Quem sabe, com a sua participação, a gente consiga fazer isso.

Com informações da Agência Câmara.

Um Projeto de Lei (PL) quer tornar obrigatória a presença de pontos de recarga para aparelhos eletrônicos em ônibus utilizados no transporte público. Se aprovada, a proposta do deputado Aureo (SD-RJ), que está em análise nas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania, vai alterar a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12).

Pelo texto, a exigência de instalação de tomadas deverá ser um dos itens constantes nas metas de qualidade fixadas nos contratos de concessão do serviço de transporte público coletivo. O prazo para a medida entrar em vigor será de 360 dias após a publicação da lei.

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Segundo o autor da proposta, a popularização dos dispositivos móveis, somada aos crescentes engarrafamentos, faz com que as pessoas aproveitem o tempo de viagem para atividades como ler e assistir a filmes. “Mas, infelizmente, as baterias de tais aparelhos não possuem, até hoje, tecnologia que lhes garanta muitas horas de utilização, o que torna a recarga imprescindível ao longo do dia”, afirma o parlamentar.

O deputado ainda destaca que algumas empresas de ônibus já colocaram no mercado veículos dotados de tomadas elétricas para recarga dos dispositivos móveis. “Trata-se de um item de conforto muito importante para os passageiros, que deveria ser universalizado, visto que não representa um aumento significativo no preço do veículo”, complementa.

Com informações da Agência Câmara

Com uma bancada de apenas cinco parlamentares, o PSOL decidiu na noite dessa quinta-feira (22) lançar a candidatura de Chico Alencar (RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. O objetivo é marcar posição contra as candidaturas do peemedebista Eduardo Cunha (RJ), do petista Arlindo Chinaglia (SP) e de Júlio Delgado (PSB-MG).

O partido discutia internamente a possibilidade de apoiar Delgado, visto como uma candidatura de independência em relação ao Palácio do Planalto, já que Cunha e Chinaglia são postulantes da base governista. Alencar já disputou o comando da Casa em 2011 e 2013.

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"Esta decisão da bancada buscará expressar não os interesses da corporação, mas do corpo social na sua diversidade, nas suas carências, na afirmação de seu protagonismo", diz a nota divulgada pelo deputado em sua página do Facebook.

O Partido Social Democrático (PSD) oficializou, nessa quinta-feira (22), o apoio à candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara dos Deputados.

De acordo com o deputado eleito para ser líder do partido na próxima legislatura, Rogério Rosso (DF), a decisão foi tomada após discussões com os deputados da legenda. O PSD tem 37 parlamentares na bancada. O petista agora tem o apoio do PT, Pros, PCdoB, PSD e de parte do PR, contando com cerca de 126 votos.

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Os outros dois candidatos à presidência também tem somado apoios. PMDB, PTB, Democratas, Solidariedade e PSC já formalizaram o apoio a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Todos esses partidos contam com 166 deputados eleitos. Segundo Cunha, PRB e PHS também devem aderir à sua candidatura. Já Júlio Delgado (PSB-MG) conta com PSB, PSDB, PV e PPS, que somam 106 representantes.

A eleição para a Presidência da Câmara e para os demais cargos da Mesa Diretora será realizada no dia 1º de fevereiro, a partir das 18h. A posse dos deputados será realizada no mesmo dia, mais cedo, às 10h. Até as 17h do dia da eleição, poderá haver lançamento de candidaturas.

Para ser eleito em 1º turno, o candidato a presidente terá de conseguir a maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de 257 deputados. Se isso não ocorrer, os dois mais votados disputarão o 2º turno – quem conseguir mais votos vence.

A abertura dos trabalhos legislativos está marcada para o dia 2 de fevereiro, às 15h.

Com informações da Agência Câmara.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8032/14, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que estende a pessoas transexuais e transgêneros que se identifiquem como mulheres a proteção da Lei Maria da Penha (11.340/06).

Atualmente, a lei protege mulheres, independente de orientação sexual, de violência doméstica e familiar que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

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“A lei, um instrumento de combate à violência doméstica contra a mulher, deve se aplicar a todos os casos envolvendo mulheres em situação de violência, abrangendo transexuais e transgêneros também”, disse Feghali. Segundo a deputada, estender a proteção da lei a essas pessoas é algo “natural e necessário”.

Dentre outras medidas, a Lei Maria da Penha tipifica as situações de violência doméstica, proíbe pena de multa aos agressores, amplia a punição de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das vítimas, assim como de seus dependentes, a programas de proteção e de assistência social.

*Com informações da Agência Câmara

O deputado federal e candidato à presidência da Câmara Federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) fez uma visita na noite de quinta-feira (15) ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), e a membros da bancada maranhense no Congresso e na Assembleia Legislativa, em São Luís. O objetivo do encontro foi ampliar o diálogo com a bancada maranhense e defender sua candidatura. Dino recebeu no último dia 10 o líder do PMDB e também candidato à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

De acordo com a assessoria do governador, entre os temas debatidos na reunião está a distribuição dos royalties do petróleo. "É importante para o Maranhão e tantos outros Estados que essa questão seja definida. O Congresso precisa ter protagonismo para garantir melhorias aos brasileiros," afirmou Chinaglia, segundo nota do governo maranhense.

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O governador destacou ter interesse em ouvir as propostas de todos os candidatos à presidência da Câmara. "Temos interesse em ouvir as pautas que melhor beneficiem o nosso Estado e vamos buscar espaço no cenário nacional para que o Maranhão receba investimentos e atenção por parte do poder público," disse Flávio Dino. O governador reforçou que a posição do Maranhão é que a nova formação do Congresso Nacional valorize o Estado.

Deputados federais que já fazem parte da bancada maranhense ou que passarão a compor a representação do Estado em Brasília - como Victor Mendes (PV), Weverton Rocha (PDT), Waldir Maranhão (PP), Rubens Pereira Jr. (PCdoB), Domingos Dutra (PT), Julião Amim (PDT), Deoclides Macedo (PDT), Pinto Itamaraty (PSDB) e João Castelo (PSDB) - disseram que vão trabalhar para defender pautas do interesse do Estado, com destaque à reforma política, à educação e também à questão tributária. Estiveram presentes no encontro o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., e o líder do governo na Câmara Municipal, Osmar Filho (PSB), além do vice-governador Carlos Brandão. Além disso, houve a participação dos deputados estaduais Humberto Coutinho, Othelino Neto, Raimundo Cutrim e Levy Pontes.

Um Projeto Lei (PL) que tramita na Câmara dos Deputados quer criminalizar o uso de perfis falsos em redes sociais, como o Facebook e o Twitter, por exemplo. Criado pelo deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB–RS), a pauta tipifica a prática como uso de falsa identidade.

Se a proposta for aprovada, o crime de falsa identidade também poderá ser caracterizado pelo uso da rede mundial de computadores ou qualquer meio eletrônico quando houver o objetivo de prejudicar, intimidar, ameaçar, obter vantagem ou causar danos à vítima.

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O projeto, no entanto, não altera a pena prevista para o crime, que continua sendo o de detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

A Lei de Crimes Cibernéticos (12.737/12), aprovada no ano passado e que ficou conhecida como Lei Carolina Dieckmann, criminaliza a invasão de computadores para obter vantagem ilícita, a falsificação de cartões de crédito e a interrupção de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública.

“A Lei de Crimes Cibernéticos não prevê, entretanto, a conduta de usar um perfil falso em redes sociais, por exemplo. Portanto, faz-se necessário complementar a legislação penal, tipificando o uso de falsa identidade através da rede mundial de computadores”, afirmou o deputado Nelson Marchezan Junior.

O projeto será arquivado pela Mesa Diretora no dia 31 de janeiro, por causa do fim da legislatura do deputado. Porém, como o seu autor foi reeleito, ele poderá desarquivá-lo. Nesse caso, o PL deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, seguirá para votação no Plenário.

Com informações da Agência Câmara

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Candidato à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia (PT), se reuniu, na manhã desta quinta-feira (15), com os parlamentares de Pernambuco que compõem a bancada. Durante o encontro, Chinaglia disse ter votos "em todos os partidos" e considerou que se chegar ao segundo turno deverá ter o apoio do candidato do PSB, Julio Delgado (MG)."Se não formos eu e o Julio para o segundo turno, um vai apoiar o outro. Eu e o Julio temos um acordo para o segundo turno", frisou.

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Caso seja eleito presidente, Chinaglia defendeu uma Câmara mais independente dos interesses pessoais. "A Câmara precisa ter uma pauta nacional, não pode ficar apenas atendendo as demandadas do Governo", afirmou. "No momento de crise economica mundial, onde até a China sofre, temos que ter na condução da Câmara a responsabilidade de pensar que as atitudes não podem se pautar apenas por temas particulares, que passe pela vabeça de quem está no comando", acrescentou, mencionando a que as decições da Casa influenciam no emprego e na economia do país de maneira geral.

Com foco no Nordeste, o parlamentar prometeu, se eleito, criar uma Comissão pernamente para discutir o desenvolvimento da região. "É igualmente claro que o Nordeste tem nítido interesse (nessa Comissão) e a bancada de Pernambuco se interessou, com cereteza vai ajudar a conduzir esta Comissão", prometeu. 

Apesar de também ter candidatura para o cargo - Julio Delgado (MG), o PSB mandou representante para o encontro, o deputado Gonzaga Patriota. Questionado sobre a presença, Patriota disse ter ido "fazer a política da boa vizinhança", recomendado tanto pelo governador Paulo Câmara (PSB) quanto pelo vice, Raul Henry (PMDB). "Quem perder, seja Chinaglia ou Eduardo Cunha (PMDB), vai votar com Delgado. Ele ganha agora, pois o governo (PT e PMDB) não se entendem", avaliou Patriota, que também foi o primeiro a deixar o encontro.

Representações

Apesar de não ter elegido nenhum deputado pernambucano para a próxima legislatura, o PT participou em massa da reunião com o correligionário. Os atuais deputados federais João Paulo e Fernando Ferro participaram do encontro, além do senador Humberto Costa e do dirigente estadual da legenda, Dilson Peixoto.

Da bancada eleita participaram do encontro Luciana Santos (PCdoB), Kaio Maniçoba (PSL), Ricardo Teobaldo (PTB), Zeca Cavalcanti (PTB), Jorge Corte Real (PTB) e Adalberto Cavalcanti (PTB), além de Costa e Patriota.

Chinaglia segue, ainda nesta quinta, para Maceió e São Luís, acompanhado pela comitiva de deputados federais composta pelo petista Siba Machado (AC), o líder do Pros na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), e Fábio Ramalho (PV-MG).

No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados irá eleger a nova Mesa Diretora. Nesse período de recesso, os candidatos à Presidência da Casa estão em campanha para conseguir o maior número de votos possível.

O processo de eleição em primeiro turno prevê a vitória para o candidato que alcançar a maioria absoluta dos votos dos 513 deputados, ou seja, 257 votos. Se nenhum dos concorrentes chegar a esse número, os dois mais votados disputarão a eleição em segundo turno. Assim, o presidente será o que obtiver a maioria dos votos válidos.

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Os candidatos
Favorito para assumir o comando, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é líder do partido na Câmara. O economista de 56 anos vai para o quarto mandato como deputado federal. No Legislativo, ele também já exerceu o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro. Já no Executivo, ele presidiu a Telerj (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro) e a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) e foi subsecretário de Habitação do Governo do Rio de Janeiro.

Nessa reta final de campanha, Cunha está tendo que enfrentar a citação do nome dele em um suposto esquema de desvio de dinheiro, revelado durante as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Cunha negou as acusações e disse que essa é uma estratégia dos adversários “para atrapalhar a campanha pela Presidência da Câmara”. Sobre a relação com o governo de Dilma Rousseff, ele disse que a “Câmara não deve ser submissa ao Executivo” nem aceitar ser transformada “num puxadinho do Palácio do Planalto”.

Para conquistar votos, ele visitou todos os estados para conversar com deputados. A campanha está terminando no Nordeste. Nas próximas semanas, ele deve apenas reforçar o apoio dos aliados.

O petista Arlindo Chinaglia (SP) é o principal opositor de Cunha. Eles têm trocado acusações quanto à postura na Câmara e à relação com o governo. O médico de 65 anos vai para o sexto mandato, é o atual 1º vice-presidente da Casa e já assumiu a presidência entre 2007 e 2009. Ele também já foi deputado estadual e secretário de governo da cidade de São Paulo.

Visto no PT como conciliador, Chinaglia tem dito que o presidente da Casa precisa agir com imparcialidade, respeitando a Constituição, o regimento interno e o plenário, e que não pode atuar de forma isolada. Se eleito, ele pretende promover uma disputa honesta, limpa e respeitar a vontade da maioria, para fortalecer o Parlamento. Embora defenda a harmonia entre os poderes, o petista admite que "não há como conviver eternamente sem conflito com qualquer outro Poder".

Em campanha, Chinaglia deve viajar para vários estados até o final do mês. Na semana passada, o foco dos trabalhados foi no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Já nesta semana, o deputado está percorrendo vários estados do Nordeste, para conquistar votos. Além do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a comitiva também irá passar pela Paraíba, Aracaju e Salvador. Na quinta (15), ele estará no Recife.

O socialista Júlio Delgado (MG) tenta mais uma vez a Presidência da Câmara. Em 2012, ele foi derrotado pelo atual presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O advogado de 48 anos vai para o quinto mandato e é atualmente 4º secretário da Câmara. Ele também já foi secretário-adjunto na Secretaria de Trabalho e Assistência do Estado de Minas Gerais.

O mineiro prevê uma relação de maior embate entre Congresso e Executivo nos próximos anos, já que a base aliada estará mais enxuta na próxima legislatura. O parlamentar disse esperar que as medidas nas áreas trabalhistas e previdenciárias anunciadas nos últimos dias pelo governo federal inspirem outras reformas. Nesta semana, Delgado está fazendo campanha no Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A Executiva Nacional do PMDB vai declarar nessa quarta-feira, 14, apoio à candidatura a presidente da Câmara do líder do partido, Eduardo Cunha. A decisão foi tomada na tarde desta terça, 13, em encontro do qual participaram o próprio Cunha, o presidente da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP); o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM).

Na reunião, realizada na Vice-Presidência da República, ficou acertado que o partido vai demonstrar publicamente apoio à candidatura de Cunha em um ato da Executiva do partido, marcado para a manhã da quarta-feira. A intenção é demonstrar força e unidade da legenda contra as eventuais investidas do Palácio do Planalto de tentar ajudar o adversário do peemedebista, o atual primeiro vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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Na segunda, 12, Michel Temer comunicou a decisão do partido aos ministros das Relações Institucionais, Pepe Vargas; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e das Comunicações, Ricardo Berzoini.

Tido como desafeto pelo Palácio do Planalto, Eduardo Cunha tem se queixado que as denúncias veiculadas na semana passada, segundo as quais ele teria recebido propina do doleiro Alberto Youssef, têm o objetivo político de prejudicar sua candidatura. Ontem, a defesa do doleiro contestou a informação de que teria mandado o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, entregar dinheiro ao líder do PMDB. Apesar disso, na delação premiada da Lava Jato, Youssef citou o peemedebista como um dos beneficiários do esquema. O deputado nega qualquer envolvimento.

Hoje mais cedo, Cunha classificou a denúncia de envolvimento dele com Youssef como "alopragem" e disse acreditar numa vitória ainda no primeiro turno na disputa pela presidência da Casa.

Na avaliação de peemedebistas, a moção de apoio a Cunha é visto como uma compensação de Temer pela condução da reforma ministerial. Integrantes do partido queixam-se de que o presidente do PMDB só defendeu seus interesses pessoais na mudança do primeiro escalão para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Tal manifestação do partido não estava prevista para ocorrer. Meses atrás, Temer chegou a insinuar que Cunha estaria contra ele, se fosse candidato de oposição ao governo. Cunha nega que atuará contra o Planalto, mas defende uma ação mais independente do Poder Legislativo.

A legenda também pode fazer uma moção de apoio à candidatura à reeleição de Renan Calheiros à presidência do Senado. Contudo, Renan resiste à manifestação pública de apoio agora, a 20 dias da eleição. Segundo aliados, ele teme ir para a "vitrine" cedo e prefere adiar ao máximo o lançamento da sua candidatura.

O atual presidente do Senado foi um dos 28 citados, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada. A tendência é que o Planalto apoie em fevereiro a reeleição de Calheiros para a presidência do Senado desde que ele, até lá, não seja inviabilizado politicamente por eventuais relações do escândalo.

Os três candidatos à presidência da Câmara, deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG), estão percorrendo todos os estados em busca dos votos dos colegas deputados. A eleição para os integrantes da Mesa Diretora da Câmara acontecerá no dia 1º de fevereiro, a partir das 18 horas. A menos de 20 dias para a disputa, os candidatos estão intensificando as viagens e as conversas com os pouco mais de 500 eleitores.

Embora o número de eleitores seja pequeno, os candidatos estão tendo trabalho para convencer cada um deles sobre suas propostas à frente da Câmara dos Deputados, a partir de 2 de fevereiro quando, quem ganhar, substituirá o atual presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).  Outro motivo que dificulta a campanha é o fato de que dos 513 deputados que vão tomar posse no dia 1º de fevereiro, 198 estão assumindo pela primeira vez o mandato de deputado federal e 25 estão retornando à Câmara após quatro anos fora do Legislativo.

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Como o Congresso está em recesso, os candidatos têm que viajar aos estados para encontrar os eleitores, pedir ajuda a seus aliados e usar muito o telefone.

Dos atuais 513 deputados, 290 foram reeleitos e estarão tomando posse para novo mandato em 1º de fevereiro e, portanto, estarão aptos a votar em um dos três candidatos que  disputam a presidência da Câmara.

Os candidatos Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha percorrem o Brasil em aviões fretados para a campanha, e Júlio Delgado faz as viagens em aviões de carreira. Os três estão fazendo uma campanha parecida na forma: viajando, se reunindo com os deputados que tomarão posse em 1º de fevereiro (os eleitores), com governadores, prefeitos e autoridades, na busca dos votos necessários para a eleição.

Eduardo Cunha, líder do PMDB, foi o primeiro a lançar sua candidatura e a começar as viagens de campanha. Segundo a assessoria do parlamentar, Cunha conclui nesta semana as viagens por todos os estados brasileiros. Ele já se reuniu com a maioria dos eleitores. Hoje, Cunha está em Salvador (BA), e amanhã prosseguirá a viagem a outros estados do Nordeste.

Arlindo Chinaglia, que já foi presidente da Câmara e atualmente é 1º vice-presidente da Casa, vai percorrer a partir de amanhã vários estados do Nordeste, começando pelo Piaui. Segundo sua assessoria, ele já esteve em campanha no Espirito Santo e no Rio de Janeiro, na semana passada.

Júlio Delgado, líder do PSB, concorreu à presidência da Câmara em 2013, quando obteve 165 votos contra 271 do vencedor Henrique Eduardo Alves. Delgado se encontra hoje no Espirito Santo e pretende viajar em campanha, nesta semana, para São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Ele informou que, mesmo usando aviões de carreira, vai fazer campanha na maioria dos estados.

Para ser eleito em primeiro turno para a presidência da Câmara, o candidato precisará ter  maioria absoluta dos votos dos 513 deputados, a metade mais um dos votos, equivalentes a 257. Se nenhum dos candidatos conseguir essa maioria, os dois mais votados disputam a eleição em segundo turno, onde o vencedor será o que obtiver a maioria dos votos válidos.

O número de suplentes que assumiu o mandato de deputado federal do dia 30 de dezembro até este sábado (9) para ficar no cargo por um mês, em um período de recesso parlamentar, soma 34. A maior parte desses novos parlamentares (27) permanecerá no cargo apenas até o dia 31 deste mês. Os outros sete serão, novamente, empossados em 1º de fevereiro quando começa a nova legislatura. Isso, porque eles foram eleitos para um mandato de quatro anos no último dia 5 de outubro.

Esses 34 deputados que assumiram o mandato no final de dezembro e no início de janeiro e que não precisarão ficar no Congresso, uma vez que desde o dia 22 de dezembro a Casa encontra-se em recesso parlamentar e sem atividades legislativas, poderão receber no total algo em torno de R$ 150 mil cada um.

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A verba total a que cada deputado terá direito é composta de salário (R$ 26,7 mil) e verbas parlamentares como auxílio moradia (R$ 3,8 mil), cotão (verba paga para ressarcir despesas que variam de R$ 27,9 mil a R$ 41,6 mil) e verba de gabinete para pagamento de funcionários (R$ 78 mil).

Os suplentes que assumiram o mandato, o fizeram em vagas deixadas pelos até então deputados titulares, que se licenciaram ou renunciaram ao mandato para assumir outro cargo como secretários estaduais, ministro de Estado, vice-governador ou governador. Deixaram o mandato para assumir a chefia do governo do seu respectivo estado Renan Filho (PMDB-AL); Rui Costa (PT-BA); e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS).

Para assumir a vice-governadoria deixaram o mandato João Leão (PP-BA); Cesar Colnago (PSDB-ES); Carlos Brandão (PSDB-MA); Antônio Andrade (PMDB-MG); Zequinha Marinho (PSC-PA); Raul Henry (PMDB-PE); Cida Borghetti (PROS-PR); Paulo Cesar Quaertiero (DEM-RR); e Marcio França (PSB-SP). Para assumir ministérios deixaram o cargo de deputado George Hilton (PRB-MG); Eliseu Padilha (PMDB-RS), Pepe Vargas (PT-RS) e Edinho Araújo (PMDB-SP).

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 8035/2014, que condiciona a contratação de profissionais para trabalhar com crianças como babá e professor de creche, à apresentação de certidão negativa de antecedentes criminais desses trabalhadores. A proposta é fruto do trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

De acordo com a relatora, a deputada Liliam Sá (Pros-RJ), a medida evitaria que criminosos estivessem perto dos menores. Segundo ela, durante a apuração, a comissão encontrou muitos casos de exploração sexual praticados por pessoas que trabalham no atendimento a crianças.

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Ainda segundo a parlamentar, os pedófilos se aproveitam da profissão para cometer os abusos. “Ele se sente seguro para praticar seus crimes, já que goza da confiança que a profissão lhe proporciona, não levantando suspeitas sobre seu caráter e sua conduta”, ressaltou.

Antes de ir ao plenário, a proposta será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família (CSSF); e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Com informações da Agência Câmara.

Os deputados Silvio Costa (PSC-PE) e Paulo Pimenta (PT-RS) querem que seja instalada uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as fraudes relacionadas à compra de próteses por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles informaram que começarão a coletar as assinaturas de apoio em fevereiro, após o recesso parlamentar.

A denúncia foi feita pelo programa Fantástico, da TV Globo, que mostrou um esquema de realização de cirurgias, muitas vezes desnecessárias, para obrigar os pacientes a comprarem próteses, vendidas por empresas que pagam propinas a médicos. A fraude estaria ocorrendo em cinco estados e os médicos receberiam entre 15% e 50% do valor dos produtos.

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"Isso é um problema que acontece em todo o Brasil. Esses médicos não estão preocupados com a saúde do paciente, mas com a comercialização. Queremos apurar essa questão absurda", frisou Sílvio Costa. Para ele, os parlamentares podem contribuir para tornar a investigação mais transparente. "Sabemos que a Polícia Federal e o Ministério Público estão apurando, mas uma CPI é sempre positiva, porque você pode fazer uma acareação, pode fazer perguntas na frente do país todo e o cara não tem como negar", destacou.

Apesar de ter sido motivada pelo chamado "escândalo das próteses", a CPI poderá englobar também outros tipos de fraudes relacionadas a procedimentos médicos, exames e remédios de alto custo. "É possível que nós estejamos diante de uma ponta de um iceberg, de um problema muito maior", salientou Paulo Pimenta. O deputado disse que também já recebeu denúncias relacionadas a registros de partos normais como cesarianas. "O SUS paga mal o parto normal e paga bem a cesariana. Os planos de saúde também têm tabelas diferenciadas. Então, muitas vezes, o procedimento realizado foi o parto normal, mas, na hora da identificação do formulário do procedimento, é lançado como cesariana", explicou.

Para que seja instalada uma CPI na Câmara, é necessária a coleta de um terço do total de deputados, ou seja, no mínimo 171 deputados precisam apoiar a criação da comissão. Quando esse número é atingido, o pedido de abertura é entregue à Mesa Diretora, que precisa ler o documento em plenário. A partir daí, os partidos indicam os membros da comissão, para que seja feita a instalação efetiva. Os trabalhos deverão durar 120 dias, podendo esse prazo ser estendido o quanto for necessário, dentro da mesma legislatura.

A Câmara vai desembolsar neste mês cerca de R$ 150 mil com cada um dos suplentes de deputados que estão tomando posse com o afastamento do titular do mandato. Na maior parte desses casos, o titular foi eleito para cargos executivos, como governador ou vice-governador, ou tomou posse como secretário ou ministro de Estado.

Do dia 30 de dezembro até as 17h dessa terça (6), tomaram posse para um mandato de 30 dias exatamente 30 suplentes de deputados. Como o Congresso Nacional está em recesso, os novos deputados não terão atividades no Parlamento.

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Muitos deles já assumiram antes o mandato, com o afastamento temporário do titular, e agora estão sendo efetivados no cargo, que ocuparão até o dia 31, quando se encerra a atual legislatura. Outros assumem pela primeira vez.

Dos 30 suplentes que tomaram posse do final de dezembro até hoje, seis foram eleitos em outubro deputados federais. Com isso, além da posse para 30 dias de mandato, no dia 1º de fevereiro, eles serão empossados para quatro anos de atividade parlamentar. No dia 30 de dezembro, dois suplentes assumiram como titulares; no dia 31, mais três; no dia 1º de janeiro, dez; no dia 2, nove; no dia 5, um; e hoje mais cinco.

Pelos 30 dias de mandato, eles vão receber salário bruto de R$ 26.723,13 (líquido em torno de R$ 22 mil); auxilio moradia de R$ 3,8 mil (cerca de R$ 2,5 mil caso seja feito depósito em conta); e o chamado cotão (verba paga como ressarcimento de despesas). O cotão varia de acordo com o estado de origem do deputado, uma vez que nele estão incluídas verbas de passagens aéreas. O maior valor é R$ 41,6 mil e é pago a deputados de Roraima. O menor, R$ 27,9 mil, cabe aos eleitos pelo Distrito Federal.

Os novos deputados têm ainda à disposição a verba de gabinete, destinada ao pagamento de assessores parlamentares, no valor de R$ 78 mil. Com ela, podem ser contratados até 25 assessores, com salários que variam de R$ 1,5 mil a R$ 9 mil e que, muitas vezes, trabalham no estado do deputado.

No decorrer deste mês, outros suplentes poderão assumir como deputados federais, caso os titulares deixem os cargos, e aí vão receber salários e verbas proporcionais aos dias de efetivo mandato.

Com um mês para a conclusão do mandato, o democrata Osvaldo Coelho assumirá a vaga deixada em aberto pelo vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), na Câmara dos Deputados. Com a renúncia de Henry, empossado nesta quinta-feira (1°) para o comando do Governo do Estado, a cadeira ficou a disposição dos suplentes. O primeiro, Edgar Moury(PMDB), não quis assumir o mandato passando a vez para Coelho. 

Petrolinense, Osvaldo Coelho recebeu 35.147 votos na eleição de 2010. Apesar de compor a bancada, Coelho não terá oportunidade para por em prática o mandato por muito tempo, já que a legislatura se encerra em fevereiro, quando os parlamentares eleitos em outubro do ano passado assumirão as cadeiras. Ao tomar posse, o democrata terá direito aos salários e benefícios parlamentares proporcionais até o dia 31 de janeiro. 

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Estudantes da Rede Municipal de Ensino do Recife já são beneficiados com o passe livre nos ônibus públicos da capital pernambucana. O benefício, inclusive, é pauta de inúmeros protestos estudantis que acontecem no Brasil, porém, quase nenhuma cidade proporciona o bônus. Entretanto, pelo menos no projeto de lei das deputadas Sandra Rosado (PSB-RN) e Keiko Ota (PSB-SP), alunos de todo o País poderão entrar e sair dos coletivos sem nenhum custo, caso a proposta seja aprovada.

O projeto, que recebe análise da Câmara dos Deputados, prevê a criação do Fundo Nacional do Passe Livre, com o objetivo de garantir a gratuidade para os estudantes no transporte coletivo urbano. Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, atualmente, não existe uma lei que aborde o tema em âmbito nacional. O que existem são iniciativas, como a do Recife, que funcionam em estados e cidades, levando em consideração as características de cada região.

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De acordo com a proposta, serão beneficiados alunos dos níveis fundamental, médio, graduação e acompanhantes das crianças matriculadas em creches ou na pré-escola. Ainda segundo o projeto, a norma vai valer apenas para deslocamentos nos dias letivos.

Os recursos financeiros, caso a proposta seja sancionada, serão oriundos do Tesouro Nacional, dos royalties do petróleo, do Fundo Social, entre outras fontes financeiras. O projeto já está em caráter conclusivo e ainda receberá análise das comissões de Educação, Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

Como tem feito desde que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), exaltou o trabalhou do Parlamento, na sessão de encerramento da 54ª Legislatura nessa segunda-feira (22). O deputado disse que o Legislativo precisa ser “permanentemente respeitado, honrado e engrandecido, pois representa e defende o povo brasileiro e luta pelo pleno exercício da cidadania”.

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Alves agradeceu o trabalho dos parlamentares, servidores e colaboradores, além de ressaltar que a Casa funciona como “tribuna e espaço para a livre expressão”. “Este foi, sem dúvida, mais um período da história da Casa a ser lembrado em associação a uma série extensa de lições e experiências específicas. Incluiu acertos, confronto de ideias e opiniões, posições divergentes e, na mesma medida, diligências insistentes para o estabelecimento de acordos e caminhos construtivos”, destacou.

Alves não atuará na Câmara na próxima legislatura. Ele concorreu ao governo do Rio Grande do Norte, mas não venceu nas urnas. Ele está sendo cotado para assumir algum ministério durante o segundo mandato de Dilma Rousseff, possivelmente a parta da Integração Nacional, mas o nome dele não foi confirmado pelo Palácio do Planalto, especialmente depois que ele foi indicado como um dos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.

Os parlamentares só retomam as atividades no dia 1º de fevereiro, para quando está marcada a sessão preparatória para a posse dos parlamentares eleitos e a votação para definir os integrantes da Mesa Diretora para o biênio 2015/2016. No dia seguinte, será feita a abertura dos trabalhos legislativos.

 

A aprovação célere dos dez relatórios setoriais da proposta orçamentária para 2015, nesta segunda-feira (22), sem qualquer obstrução e praticamente sem discussões e debates foi possível graças a acordos firmados entre líderes da base aliada e da oposição e o relator-geral da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Segundo o líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Domingos Sávio (PSDB-MG), a oposição demonstrou tolerância e compromisso com o Brasil, ao colaborar para a aprovação dos relatórios setoriais do Orçamento. “Fazemos oposição ao governo, mas não ao Brasil", afirmou o parlamentar.

Segundo ele, seria ruim para todos obstruir os trabalhos e deixar o país sem um orçamento. "Nós, da oposição, demonstramos tolerância e compromisso com o Brasil”, disse Sávio. “Nós aqui não fazemos o jogo do quanto pior melhor. Estamos fazendo um gesto de confiança em benefício do país, e não o jogo que já fizeram conosco, do quanto pior melhor. Queremos que as coisas deem certo para o Brasil”, afirmou o deputado.

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Domingos Sávio ressaltou que os oposicionistas não dificultaram a aprovação dos dez relatórios setoriais, nem apresentaram destaques a eles, em função do compromisso assumido pelo relator-geral Romero Jucá de apresentar um adendo ao relatório-geral, atendendo às demandas dos estados e das áreas temáticas. “Abrimos mãos desses destaques, confiando no compromisso do Jucá de fazer um adendo e acolher as demandas mais justas de cada estado e de cada área temática, entre a aprovação que faremos hoje do seu relatório e a aprovação que deverá ocorrer no plenário [do Congresso] no ano que vem, concluiu o tucano.

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