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A disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem já tem ao menos seis pré-candidatos. De um lado, o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) contará com a máquina pública, a alta taxa de conhecimento do carioca, acordos já estabelecidos - inclusive do PT, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e três mandatos à frente da capital fluminense. Do outro, o governador Cláudio Castro (PL) trava disputa interna no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro em favor de uma candidatura moderada em concertação com partidos de centro-direita.

Sem nomes competitivos, alianças partidárias ainda em construção e um candidato à reeleição em busca do quarto mandato na cadeira do Palácio da Cidade, a corrida pelo comando do Executivo municipal em 2024 ainda terá novos desdobramentos nos próximos meses.

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Diante da saída do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) da disputa municipal, a direita busca um nome para enfrentar Paes. Bolsonaro aposta na candidatura de seu vice na chapa derrotada nas eleições do ano passado, o general Walter Braga Netto. Publicamente, trata como uma disputa aberta. O ex-ministro da Saúde e deputado federal, Eduardo Pazuello (PL), também pleiteia o apoio do clã Bolsonaro e a indicação para a eleição do ano que vem.

Castro, por sua vez, defende o nome do deputado federal licenciado Dr. Luizinho (PP-RJ), titular da Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

O diretório do PSOL no Rio definiu neste mês que o partido vai apresentar candidatura própria nas eleições para a prefeitura em 2024. O deputado federal Tarcísio Motta e a deputada estadual Renata Souza se colocaram à disposição do partido para enfrentar Paes.

Eduardo Paes (PSD)

A decisão de Bolsonaro de barrar os planos do filho "01? tira de cena um dos principais adversários do atual prefeito na busca pelo quarto mandato à frente da capital fluminense. Enquanto tenta se consolidar como o único nome com aval do Palácio do Planalto, Paes aguarda agora a definição do adversário que representará o bolsonarismo na corrida pela prefeitura.

O atual prefeito conta com o apoio do presidente Lula e de uma base consolidada de partidos no Rio. "Eu avisei que o homem gostava e faria de tudo para ajudar o Rio! Tá aí! Valeu, Lula", escreveu o prefeito, após a capital fluminense ser anunciada como a sede da cúpula do G-20 em 2024. Paes conta com o apoio de Lula, e o embarque do PT no governo municipal foi aprovado pelos Diretórios Municipal e Estadual da legenda.

Uma corrente do PT no Rio defende uma candidatura própria, mas a decisão caberá ao presidente.

Walter Braga Netto (PL)

O general da reserva Walter Braga Netto é a aposta do ex-presidente para agradar seu eleitorado tradicional na cidade e evitar um racha do grupo político. Inocentado por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso da reunião com embaixadores, o ex-ministro da Casa Civil está livre, até o momento, para concorrer às eleições municipais do ano que vem.

Braga Netto lidera a corrida interna no PL pela indicação, mas tem resistência de correntes do partido mais próximas ao governador Cláudio Castro. Em junho, ele falou pela primeira vez com o tom de pré-candidato.

O general foi um dos poucos oficias militares da reserva que passaram pelo governo Bolsonaro sem perder a confiança do então presidente e seus filhos. Em novembro passado, após a derrota para Lula na disputa presidencial, Braga Netto demonstrou simpatia pelo movimento que preparava um golpe. "Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar para vocês agora", disse o militar a simpatizantes que defendiam, na portaria do Palácio da Alvorada, uma intervenção militar. Quase dois meses depois, apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Apesar de ter sido o segundo deputado federal mais votado do Rio, com 205.324 votos, o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello está associado à política antivacina do governo Bolsonaro. Disputa com Braga Netto o apoio de Bolsonaro e seus filhos. O ex-presidente deve dar a última palavra na escolha do nome para a disputa municipal em seu reduto eleitoral.

Licenciado da Câmara para ocupar a Secretaria de Saúde do Rio, o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ) é o nome do governador Cláudio Castro para a disputa municipal. Desde que foi reeleito em primeiro turno, Castro busca se afastar do bolsonarismo e demonstrar aos aliados que o atual secretário estadual de Saúde, presidente do PP no Rio, seria o melhor nome no embate com o atual prefeito Eduardo Paes.

O nome do parlamentar do Progressistas foi cogitado por deputados do Centrão para ocupar o cargo de ministro da Saúde em uma eventual saída da ministra Nísia Trindade.

Tarcísio Motta (PSOL) e Renata Souza (PSOL)

O PSOL ainda vai definir o nome que disputará a prefeitura. Tarcísio Motta é deputado federal em seu primeiro mandato. Foi candidato ao governo do Estado em 2014 e 2018, e vereador da capital por dois mandatos, entre 2017 e 2022. Já Renata Souza é deputada estadual pelo segundo mandato consecutivo. Fez parte das equipes que trabalharam nos gabinetes do atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), enquanto ele esteve na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros durante o exercício do mandato. Em 2020, Renata concorreu à eleição municipal contra Paes. Os dois devem se submeter às prévias, caso não haja uma definição até o início do próximo ano.

Otoni de Paula (MDB)

O deputado federal Otoni de Paula (MDB) foi oficializado como pré-candidato à Prefeitura do Rio após um encontro entre a cúpula do partido com a presença do presidente nacional, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), e do presidente estadual, Washington Reis.

Apesar das pretensões do deputado, os caciques estaduais da sigla trabalham para que o partido apoie o candidato escolhido pelo governador Cláudio Castro.

A confirmação das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips gerou repercussão entre os pré-candidatos à Presidência da República entre a noite de quarta-feira, 15, e a manhã desta quinta-feira, 16, após a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas confirmar que o pescador Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter matado os dois.

O desaparecimento de Bruno e Dom no entorno da Terra Indígena do Vale do Javari, no dia 5 de junho, ganhou destaque internacional, reforçando a pressão para intensificar as buscas. A Polícia Federal também prendeu o irmão de Pelado, Osney da Costa Oliveira, por suposta participação no crime, e ainda analisa a participação de outras pessoas.

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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota conjunta com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) afirmando que a confirmação das mortes de Bruno e Dom causa dor e indignação. Eles prestaram solidariedade aos amigos e familiares da dupla. "Bruno e Dom dedicaram a vida a fazer o bem. Por isso percorreram o interior do Brasil, ajudando, protegendo e contando a vida, os valores e o sofrimento dos povos indígenas."

Na nota, Lula e Alckmin também afirmam que o crime está relacionado com o "desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas" e ao "incentivo à violência por parte do governo atual do país", cobrando uma investigação rigorosa do caso. "O mundo sabe que este crime está diretamente relacionado ao desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas. Está diretamente relacionado também ao incentivo à violência por parte do atual governo do país. O que se exige agora é uma rigorosa investigação do crime; que seus autores e mandantes sejam julgados. A democracia e o Brasil não toleram nem podem mais conviver com a violência, o ódio e o desprezo pelos valores da civilização."

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT) publicou uma série de tuítes na qual afirma que a omissão do governo na Amazônia criou "uma versão cabocla do Estado Islâmico" no Brasil.

Ciro também questionou o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a quem chamou de "vice rei da Amazônia".

A senadora Simone Tebet (MDB) chamou Bruno e Dom de "defensores dos direitos humanos e do meio ambiente" e pediu que a coragem de ambos inspirasse todos a lutar. Tebet também cobrou uma investigação severa do que chamou de "crime bárbaro".

"É preciso dar um basta à impunidade. Meus sentimentos às famílias do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira neste momento inconsolável", escreveu Tebet.

E completou: "Que a coragem desses dois defensores dos direitos humanos e do meio ambiente nos inspire a lutar. O Brasil precisa voltar a ter paz e clama por justiça para Bruno e Dom."

O presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato do PL às eleições de outubro, manifestou-se na quarta-feira sobre o desaparecimento de Bruno e Dom, afirmando que o colaborador do britânico The Guardian era "malvisto" na região. O presidente não havia se pronunciado sobre as mortes de Bruno e Dom após o anúncio oficial da polícia federal até o fechamento deste texto.

"Esse inglês era malvisto na região, fazia muita matéria contra garimpeiros, questão ambiental. Então, naquela região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Deveria ter segurança mais que redobrada consigo próprio", afirmou o presidente, em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube.

Bolsonaro, que anteriormente já havia definido a expedição do jornalista e do indigenista como "aventura", referiu-se ao último trabalho de Dom como uma "excursão".

Em reação às declarações de Bolsonaro, o presidenciável André Janones (Avante) disse considerar esperado que o governo federal fale "barbaridades". "O governo vai falar barbaridades que nós seres humanos teremos nojo ao escutar sobre a morte de Dom e Bruno. E fará isso pra esconder a tragédia que é a inflação hoje e mais um reajuste nos combustíveis. A cortina de fumaça da vez são vidas e ele com nada se importa", afirmou.

O presidenciável Luciano Bivar (União Brasil) lamentou as mortes e afirmou que "a Amazônia está tomada por invasores criminosos", que "não podem ficar impunes".

"Lamentamos as mortes violentas do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. O Brasil inteiro acompanhou as buscas e descobriu que a Amazônia está tomada por invasores criminosos. Esses crimes não podem ficar impunes", publicou Bivar.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu esquema de segurança reforçado, antes mesmo da Polícia Federal iniciar a ação de proteção aos pré-candidatos à Presidência da República, de acordo com a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Por ser ex-presidente, o petista tem direito a um time de segurança fornecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Palácio do Planalto.

Para as Eleições 2022, a PF tem um esquema que custa R$ 57 milhões e deve escalar mais de 300 policiais federais para atuar na segurança dos presidenciáveis.   

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A equipe do GSI intensificou o acompanhamento a Lula após episódios recentes de violência acerca do ex-presidente. Em Campinas (SP), manifestantes cercaram o carro do adversário de Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele se encaminhava para um almoço. No Paraná, um deputado o ameaçou de morte. Por causa dessas ameaças, a candidatura de Lula se tornou uma das mais vulneráveis do pleito. 

Seguranças evitam deixar Lula sozinho e apostam em estar sempre próximos do ex-chefe do Executivo. Deslocamentos longos são desaconselhados e até mesmo locais de gravação de material de campanha são escolhidos levando em consideração sua segurança. Em ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, seguranças alertaram Lula sobre a localização do palco e sobre estar muito próximo ao público. Mesmo assim, o ex-presidente quis participar do ato. 

Em reunião nessa terça-feira (31) com os assessores dos principais candidatos, representantes da Polícia Federal expuseram os detalhes do esquema de segurança, que incluirá dezenas de carros blindados. A distribuição do efetivo será feita de acordo com uma escala de um (baixo risco) a cinco (maior risco), levando em consideração a projeção nacional do candidato, seu desempenho nas pesquisas, sua visibilidade e histórico de ameaças. Haverá também uma avaliação sobre o risco de cada evento, que levará em consideração o local e a quantidade de pessoas, por exemplo. 

A preocupação central é com eventos que aglomerem multidões, o que abre espaço para a ação de lobos solitários. "Lula não saiu da toca ainda (em termos de eventos de campanha), e o sentimento antipetista ainda é muito forte. Está todo mundo preocupado com a militância de extrema direita. (...) O discurso de extrema esquerda gerou um Adélio Bispo (que teria esfaqueado Bolsonaro na campanha presidencial de 2018). O discurso de extrema direita pode gerar outro Adélio”, disse uma fonte da Polícia Federal à Malu Gaspar. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem conquistado mais do eleitorado evangélico e conseguiu diminuir a diferença de pontos diante do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta na nova pesquisa PoderData, divulgada nessa quarta-feira (25). Bolsonaro ainda lidera entre os evangélicos, com 46% das intenções de voto, estando 13 pontos à frente do adversário petista, que alcançou o favoritismo de 33%.

A simulação foi realizada para o primeiro turno das eleições de outubro. Na pesquisa anterior, realizada de 8 a 10 de maio, Bolsonaro aparecia com 52% entre os evangélicos.

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A nova rodada também mostra que 47% dos eleitores evangélicos aprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro. Esse número é exatamente o mesmo registrado na rodada de duas semanas antes. Os que desaprovam a gestão bolsonarista nesse estrato religioso são 44%. A avaliação positiva do governo no grupo evangélico é nove pontos percentuais maior do que entre a população em geral, em que 38% aprovam e 54% desaprovam a administração federal.

1º turno

O levantamento aponta que Lula lidera a corrida eleitoral no primeiro com folga. O petista figura com 43% das intenções de voto contra 35% de Jair Bolsonaro (PL). Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5%, André Janones (Avante), com 3%, e Simone Tebet (MDB), com 2%. O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) foi mantido no estudo porque só desistiu de concorrer na segunda-feira (23). Após o anúncio, o tucano caiu para 1%.

2º turno

Segundo o PoderData, na segunda fase da disputa, Lula tem uma vantagem de 11 pontos percentuais sobre Bolsonaro no segundo turno. O presidenciável soma 50% das intenções de voto contra 39% de Bolsonaro. Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 10 e 12 de maio, Lula aparecia com 49% e Bolsonaro, 38%.

A pesquisa realizada pelo PoderData coletou dados entre 22 e 24 de maio de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram três mil entrevistas em 301 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-05638/2022.

A partir deste domingo (15), os pré-candidatos que vão disputar as eleições de outubro estão autorizados a realizar campanha prévia de financiamento coletivo, modalidade conhecida como vaquinha virtual ou crowdfunding.

Pelas regras eleitorais, a arrecadação será feita por empresas especializadas que foram cadastradas previamente na Justiça Eleitoral.

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A liberação dos recursos está condicionada ao pedido de registro de candidatura, à obtenção de CNPJ e a abertura de conta bancária.

Durante a campanha de arrecadação, os pré-candidatos não poderão fazer pedidos de votos e propaganda eleitoral antecipada.

Quem pode doar

Somente pessoas físicas podem doar. Pelas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não existe limite de valor a ser recebido pela modalidade de financiamento coletivo.

As doações de valores iguais ou superiores a R$ 1.064,10 somente podem ser recebidas mediante transferência eletrônica ou cheque cruzado e nominal. Essa regra deve ser observada, inclusive na hipótese de contribuições sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

Prestação de contas

A emissão de recibos é obrigatória em todo tipo de contribuição recebida, seja em dinheiro ou cartão. Isso é feito para possibilitar o controle pelo Ministério Público e Judiciário.

A empresa arrecadadora também deve disponibilizar em site a lista com a identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova contribuição, bem como informar os candidatos e os eleitores sobre as taxas administrativas a serem cobradas pela realização do serviço.

Todas as doações recebidas mediante financiamento coletivo deverão ser lançadas individualmente pelo valor bruto na prestação de contas de campanha eleitoral de candidatos e partidos políticos.

Regulamentação

A modalidade de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais foi regulamentada pela reforma eleitoral de 2017 e utilizada nas Eleições Gerais de 2018 e nas Municipais de 2020. A reforma de 2017 também proibiu a doação de empresas para candidatos. A vaquinha, ganhou, então, força para aumentar o montante para as campanhas eleitorais, somada às doações de pessoas físicas e aos recursos públicos, procedentes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que neste ano tem previsão de R$ 4,9 bilhões.

Segundo dados do TSE, nas eleições de 2018, na primeira vez que as vaquinhas foram realizadas, foram arrecadados aproximadamente R$ 19,7 milhões por meio de financiamento coletivo. Nas eleições de 2020, foram arrecadados R$ 15,8 milhões.

O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Um eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.

As convenções partidárias só acontecerão entre 20 de julho e 5 de agosto, mas a corrida dos pré-candidatos para formar as coligações já começou. Na última quinta-feira (5), por exemplo, o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), levou um baque ao ver o PSC se aliar ao pré-candidato Miguel Coelho (União Brasil).

O PSC, tradicionalmente, era da base dos Ferreiras. Até a janela partidária deste ano, a sigla era presidida em Pernambuco pelo irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira, que hoje está no PL. O patriarca da família, o deputado estadual Manoel Ferreira, continua no PSC, mas não deve disputar nenhum cargo nas eleições.

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Com isso, Anderson Ferreira só deve contar com a força do PL, que é presidido por ele, e com a ajuda do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já declarou publicamente o seu apoio ao ex-prefeito de Jaboatão. 

“Essa movimentação é natural e ainda há muito a ser observado até as convenções. Hoje, temos pré-candidatos colocados na disputa que sequer contam com o apoio do seu próprio partido, então é muito cedo para se traçar qualquer análise. Estamos à frente da presidência do PL em Pernambuco e conseguimos estruturar um time competitivo, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara Federal”, revela Anderson.

Ele complementa que o seu principal foco é "continuar a ouvir pessoas, percorrendo cada canto do estado para traçar um projeto alinhado com o povo".

Marília Arraes é outra pré-candidata que, atualmente, só conta com o apoio do seu partido, o Solidariedade. No entanto, segundo a própria parlamentar, isso deve mudar a partir da próxima quarta-feira (11), com a adesão do PROS.

Arraes saiu do PT, onde estava há seis anos, depois de alguns desentendimentos com o partido. Ela chegou a ser cogitada para disputar o Senado pela sigla - que integra a Frente Popular. No entanto, alguns descontentamentos fizeram Marília sair do PT e se filiar ao Solidariedade para disputar o Palácio do Campo das Princesas.

Miguel Coelho

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), hoje conta com o apoio de dois partidos: Podemos e PSC. Segundo a assessoria, o pré-candidato tem entre 35 a 40 prefeitos de todas as regiões de Pernambuco o apoiando nessa jornada.

"Também temos o apoio de alguns deputados federais e estaduais. Nossa meta é eleger, no mínimo, dez estaduais nessa frente partidária e cinco federais", detalha a assessoria de Miguel.

O ex-prefeito contará com a força política de seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do ex-ministro Mendonça Filho.

Raquel Lyra

A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) terá em sua chapa o Cidadania. Ela tem andado por diversos municípios pernambucanos na tentativa de atrair lideranças para fortalecer a sua campanha ao governo estadual.

Segundo a assessoria da parlamentar, o PSDB, partido presidido por ela em Pernambuco, e o Cidadania já possuem a chapa completa para as eleições deste ano, com a escalação dos pré-candidatos a deputado estadual (50) e a federal (26).

Danilo Cabral

Como de costume, a Frente Popular de Pernambuco, que escolheu Danilo Cabral para tentar manter a hegemonia do PSB no estado, terá o apoio da maior parte dos partidos. PT, PCdoB, PDT, MDB, Republicanos, PSD, PP, Avante e PV são as legendas que já declararam que estarão no palanque do socialista.

Conhecer as propostas de um candidato durante o seu período de campanha eleitoral é um direito e também um dever do eleitorado. Apesar do Poder Legislativo fiscalizar as ações do Executivo, a participação popular é um exercício crucial à democracia e pode ajudar a população na hora de cobrar promessas feitas. No Brasil, onde a política é bastante definida como um evento da “memória curta”, é comum que promessas de campanha não sejam cumpridas de forma total ou na íntegra de algumas das propostas.

No ato do registro de candidatura, o plano de governo é um documento obrigatório, de acordo com a legislação eleitoral. As propostas devem ficar disponíveis para consulta no endereço eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, mais do que uma formalidade, esses planos devem ser detalhados e, idealmente, possuir intervenções elaboradas, em vez de propostas gerais. Essa verificação volta a ser rotina este ano, pois o eleitorado brasileiro está a menos de seis meses das Eleições 2022, que ocorrem no mês de outubro.

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A região Nordeste, que tem os olhos das principais legendas do país, é protagonizada pela participação de Pernambuco e sua enorme força política. Terra natal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é, sem surpresas, uma zona eleitoral quase invicta do petista, que já possui pré-candidato no estado: o deputado federal Danilo Cabral (PSB), aposta da Frente Popular.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também já escolheu o seu aliado pernambucano, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), que soma presença para fortalecer o bolsonarismo na região. Ao todo, nove pré-candidatos já se colocaram à disposição do pleito, são eles: Anderson Ferreira, Armando Filho (PRTB), Danilo Cabral, Jadilson Bombeiro (PMB), João Arnaldo (PSOL), Jones Manoel (PCB), Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB).

Por se tratar de uma pré-campanha, a maior parte dos candidatos segue em fase de articulação política e ainda não têm propostas definidas. Alguns, por outro lado, já lançaram promessas de campanha, como é o caso de Coelho e Lyra.

Confira, abaixo, as principais propostas dos aspirantes e suas linhas prévias de atuação até esta etapa:

Anderson Ferreira (PL)

O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, renunciou ao mandato para disputar as eleições para o Governo de Pernambuco. Segundo os dados divulgados pela assessoria do prefeito, a mudança é apoiada por 81% dos jaboatonenses.

Os principais temas do plano de governo de Ferreira incluem o crescimento econômico, combate à fome e à miséria, geração de empregos, saúde, segurança e educação. Nessas áreas, há propostas mais específicas, como reestruturação do Porto Digital e foco na tecnologia 5G, mas não há definições. Anderson também pretende focar em ações para diminuir as filas de cirurgia no estado.

Novo braço bolsonarista em Pernambuco, o ex-prefeito deve dar mais atenção ao agronegócio. No último dia 2 de abril, participou do evento de filiação de Zuza Monteiro ao PL. Zuza é um líder agro no estado e entra na legenda para fortalecer a base de apoio às pré-candidaturas de Anderson Ferreira ao Governo; e de Gilson Machado Neto, ao Senado.

Jadilson Bombeiro (PMB)

Jadilson Bombeiro é militar e deve chegar ao pleito para dar visibilidade ao servidor público. Sua legenda, o Partido da Mulher Brasileira (PMB), oficializou o nome do sargento do Corpo de Bombeiros como pré-candidato ao governo de Pernambuco na última quinta-feira (7). O anúncio foi feito pelas redes sociais, sem solenidade de filiação, e não apontou possível vice.

O pré-candidato é bacharel em direito, pós-graduado em direito penal e processo penal, e formado em ciência política, além de atuar como suplente de vereador em Olinda, no Grande Recife, desde 2020. Jadilson entrou na política em 2016 e nunca se candidatou ao Executivo.

Segundo o pré-candidato, seus eixos serão a valorização do servidor público, o setor cultural, a educação e a segurança pública. O cronograma da campanha está sendo elaborado. Como suplente, Jadilson é ativo em questões cotidianas dos munícipes, e tem foco na qualidade de vida e gestão urbana, agindo em nível comunitário, com serviços de saneamento e iluminação pública.

Armando Filho (PRTB)

A pré-candidatura do pastor e cantor Armando Filho foi confirmada no fim de março, pelo presidente do PRTB Pernambuco, Edinazio Silva. É mais uma aposta ousada do partido, que quer colocar na disputa uma pessoa nova na política. Armando, na verdade, já tentou cargos políticos anteriormente, mas nunca no Executivo.

O pré-candidato já participou como candidato de outras quatro eleições. Em 1998, foi candidato a deputado federal pelo extinto PGT, mas ficou como suplente. Em 2008, se candidatou a vereador de Jaboatão dos Guararapes pelo PPS, atual Cidadania, mas também não foi eleito. Em 2010, se candidatou a deputado federal pelo PSL, mas desistiu da candidatura. Tentou o mesmo cargo em 2014, pelo PRTB, e ficou como suplente.

O artista deve funcionar como mais um braço conservador em Pernambuco, mas não possui propostas divulgadas e nem linha de atuação de destaque, além do segmento gospel.

Danilo Cabral (PSB)

Cabral já é uma figura conhecida na política pernambucana e funde interesses da velha política e do progressismo, frente importante para os socialistas no estado, que se colocam como defensores do interesse da juventude. Seus pilares se encontram com os da principal rival, a deputada federal Marília Arraes, que também aborda a fome e a educação de forma ampla.

Danilo, ao longo de vida profissional, ocupou vários cargos públicos importantes, com destaque à Secretaria de Educação do Estado, a qual assumiu em 2007. Em 2010, Danilo foi eleito deputado federal, e de 2011 a março de 2014, assumiu a titularidade da secretaria das Cidades, pasta responsável pela mobilidade, infraestrutura urbana das cidades e pela política habitacional de Pernambuco.

Na Câmara, foi membro titular da Comissão de Educação da Casa. Recentemente, tem articulado para conseguir maioria no Congresso pela PEC 383/2017, de sua autoria, que altera a Constituição Federal para assegurar ao menos 1% da Receita Corrente Líquida da União ao financiamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Cabral também incluiu a construção de políticas públicas voltadas para os povos indígenas de Pernambuco em seu futuro programa de governo.

A iniciativa foi tema de encontro em Brasília, no último dia 6 de abril. O parlamentar visitou o acampamento Terra Livre e conversou com 13 caciques representantes dos povos indígenas pernambucanos.

- - > LeiaJá também: ‘Danilo Cabral diz estar preparado para governar Pernambuco’ 

João Arnaldo (PSOL)

O nome de João Arnaldo foi o primeiro a ser oficializado como pré-candidato ao governo de Pernambuco. O pessolista é um advogado sertanejo e teve sua carreira política em destaque nas últimas eleições municipais, quando uniu forças a Marília Arraes como vice da chapa pela Prefeitura do Recife.

Além de advogado, pré-candidato é pós-graduado em direito administrativo, mestre em desenvolvimento e meio ambiente e doutorando em direito ambiental e sustentabilidade. Seu programa ainda não foi anunciado, mas é possível prever as linhas de atuação através da militância do acadêmico, que exerce advocacia popular e faz frente para combater a falta de assistência jurídica a minorias e ferimento dos direitos humanos. João também aborda com ênfase a fome, a educação e a mobilidade urbana.

Jones Manoel (PCB)

O jovem educador popular e pernambucano marxista tem despontado na cena política brasileira em função do seu trabalho pela educação política gratuita e sob pilares comunistas. Jones Manoel é historiador e pesquisador, além de possuir canal no YouTube e colaborar com o podcast Revolushow. É a primeira vez do escritor tentando um cargo político.

Defende um programa "verdadeiramente socialista" para Pernambuco — crítico à gestão do PSB, não considera a legenda dentro da corrente socialista; pelo contrário, acredita no alinhamento entre o PSB, a direita e o neoliberalismo —, além de definir sua luta como antifascista, antirracista e "pela revolução brasileira".

Marília Arraes (Solidariedade)

Líder em muitas das pesquisas que simulam a eleição pelo Governo Estadual, a neta de Miguel Arraes foi vista em campanha pela última vez em 2020, quando disputou a Prefeitura do Recife com o primo, atual prefeito do Recife, João Campos (PSB). A deputada federal é advogada, já foi vereadora do Recife três vezes e chegou ao Congresso Nacional para reforçar a bancada feminina no Parlamento federal.

Nas pautas de Arraes, que recentemente confirmou sua pré-candidatura, são comuns as questões de gênero, a política de fome zero e a defesa dos direitos humanos e da educação. Desde 2019, a parlamentar recebe visibilidade nacional pelo impacto do seu Projeto de Lei 4968/2019, conhecido como “PL dos Absorventes”.

O PL, que foi aclamado, mas enfrenta dificuldades para passar integralmente pelo Planalto, pretende beneficiar cerca de 5,6 milhões de mulheres em todo o país, entre estudantes de baixa renda matriculadas em escolas públicas; mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema; presidiárias e apreendidas, recolhidas em unidades do sistema penal e pacientes internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

- - > LeiaJá também: ‘Promulgada a lei para distribuição de absorventes’ 

Miguel Coelho (União Brasil)

Miguel é advogado e foi eleito, em 2014, o mais jovem deputado estadual de Pernambuco. Parte de um dos clãs políticos do estado, a família Coelho, o jovem é prefeito do município de Petrolina, maior cidade do Sertão pernambucano, e onde Miguel cumpre seu segundo mandato. Sua gestão é marcada por grandes investimentos em infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento social, pilares que devem ser mantidos durante a campanha pelo Governo do Estado.

Recentemente, o gestor comunicou articulação junto a sindicâncias policiais e tem mostrado mais interesse em defender a categoria. Como promessa de campanha, o pré-candidato anunciou, na última semana, que irá propor o ICMS da Primeira Infância para incentivar a criação de creches em tempo integral pelos municípios. Segundo ele, parte dos recursos arrecadados pelo estado com o ICMS será distribuída de acordo com os investimentos realizados pelas prefeituras no atendimento à primeira infância. Os municípios que ampliarem o número de vagas em creches serão contemplados com mais recursos.

Raquel Lyra (PSDB)

Lyra é advogada, ex-deputada estadual e ex-delegada da Polícia Federal. Recentemente, anunciou o afastamento da prefeitura de Caruaru, por onde geriu o município por quase dois mandatos, diante de uma avaliação positiva e muitas bases aliadas no Agreste. Em seu discurso, tem forte apelo pela segurança pública, pela educação e geração de empregos. Primeira mulher reeleita na cidade, tem investido em uma campanha e bancada pautadas no gênero, destacando a importância do “olhar e cuidado femininos”.

No início de abril, a jovem prefeita afirmou que fará o maior programa de apoio à educação infantil em Pernambuco. "Visitamos mais de 80 municípios, desde agosto do ano passado, ouvindo a população para a criação de um projeto para o Estado, entendendo as necessidades e dores da população. É necessário investir na educação e garantir a qualidade do ensino desde pequeno e seguindo até o fundamental", esclareceu.

Segundo ela, em Caruaru, o investimento progrediu de R$ 4 milhões, em 2017, para R$ 70 milhões, no ano passado.

- - > LeiaJá também: ‘‘Me sinto preparada’, diz Raquel ao renunciar prefeitura’ 

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai se tornar uma arena de disputa neste ano eleitoral. Nos próximos meses, a Corte analisará atos de pré-candidatos, como o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol - ambos do Podemos -, além de medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que concorre ao segundo mandato, e por aliados do governo.

O caso que mais ganhou os holofotes, nos últimos dias, envolve os honorários recebidos por Moro quando ele prestou serviços à consultoria americana Alvarez & Marsal, administradora judicial da Odebrecht. O ministro do TCU Bruno Dantas determinou que a consultoria apresente os documentos sobre a saída de Moro, em outubro, quando ele decidiu concorrer à Presidência. Dantas quer informações sobre os valores pagos ao ex-juiz, que foi ministro da Justiça. Moro classificou a ação como "leviana".

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A menos de nove meses das eleições, o TCU virou alvo de ataques dos mais variados espectros políticos. Pré-candidato à Presidência, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou anteontem uma representação na Procuradoria-Geral da República contra Dantas, acusando-o de abuso de autoridade. "O sistema não se contenta com a volta da impunidade e busca vingança contra aqueles que trabalharam no combate à corrupção", disse o senador ao Estadão/Broadcast. O ministro do TCU não quis se manifestar.

Podemos e Cidadania abriram negociações para uma aliança eleitoral, como mostrou o Estadão. Vieira teve atuação destacada na CPI da Covid, mas já admite desistir da disputa em nome de uma chapa mais ampla para enfrentar Bolsonaro, que, desde novembro, está no PL.

Diárias

Ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e filiado recentemente ao Podemos, Dallagnol, por sua vez, é investigado no TCU em processo que analisa uma "indústria de pagamento de diárias e passagens" a procuradores "escolhidos a dedo" pela operação. A relatoria do caso também está com Dantas. Dallagnol quer concorrer a uma vaga de deputado federal. Especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast observaram que eventual punição do TCU a Moro e a Dallagnol pode, no limite, torná-los inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa, embora o tema seja polêmico.

Na prática, as grandes questões do mundo público têm passado pelo crivo do tribunal, como atos relacionados à saúde, à infraestrutura, ao meio ambiente e à educação. Processos sobre gastos de Bolsonaro com cartão corporativo também desembarcaram ali. Até bandeiras do governo, como a desestatização da Eletrobras e a desoneração da folha de pagamento continuam na mira do TCU. Existem, ainda, mais de 360 ações instauradas na Corte que têm como foco a gestão do governo na pandemia de covid-19. Órgão de controle externo do governo federal, o TCU auxilia o Congresso na fiscalização da execução orçamentária.

Saúde

Neste ano, o tribunal dará andamento, por exemplo, ao processo administrativo que quer responsabilizar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por omissão na crise sanitária e possíveis irregularidades na compra de medicamentos. O general quer concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.

O Palácio do Planalto teme que o tribunal atue para prejudicar aliados de Bolsonaro nas eleições. O argumento é o de que há uma ofensiva do Ministério Público junto ao TCU contra o primeiro escalão. O procurador Lucas Rocha Furtado tem feito uma série de representações tanto contra o governo quanto contra integrantes da Lava Jato.

Furtado afirmou que é papel do MP fiscalizar qualquer governo. "Me perguntam se seria uma perseguição. Não é. Uma etapa do processo é a execução. Outra, a fiscalização", disse ele ao Estadão/Broadcast.

A Advocacia-Geral da União (AGU) já avalia a possibilidade de ampliar o departamento que atua no tribunal. Hoje são oito advogados dedicados a defender atos do governo ali. A ideia é que ao menos um advogado da União em cada ministério seja deslocado para ajudar em processos na Corte de contas.

Visibilidade

Para André Rosilho, coordenador do Observatório do TCU da FGV Direito SP, o tribunal tem sido um ator político cada vez mais relevante. Na prática, ganhou mais visibilidade em 2016, quando o impeachment de Dilma Rousseff foi motivado pela rejeição de suas contas na Corte. À época, o relator do processo no Senado foi Antonio Anastasia, recém-aprovado pelo Congresso para assumir uma cadeira no TCU.

"Desde 2016, o tribunal demonstrou protagonismo no campo político. É possível que, em 2022, a pauta política no TCU seja cada vez mais vista, principalmente com processos que analisam atos de futuros candidatos", disse Rosilho.

A composição do TCU passará por mudanças em 2022. Em julho, a presidente do tribunal, Ana Arraes, vai se aposentar. Ainda não está definido quem ocupará o cargo. Atual vice-presidente, Dantas assumirá o comando da Corte em 2023, mas há uma discussão jurídica sobre a possibilidade de ele comandar o tribunal logo após a saída de Arraes. Caso não seja possível, o decano, Walton Alencar Rodrigues, é um dos cotados para o mandato-tampão.

Anastasia assumirá a vaga do ministro Raimundo Carreiro, que foi indicado por Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Portugal. Em conversas reservadas, aliados de Bolsonaro avaliam que Anastasia, hoje no PSD, pode dar trabalho ao governo.

As eleições de 2022 estão se aproximando e em Pernambuco a disputa já está se desenhando. Até o momento, os principais nomes para concorrer ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, já estão sendo ventilados. 

Humberto Costa (PT)

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Sem um nome forte e viável para indicar ao Governo de Pernambuco, o PSB deve fazer aliança com o PT, que já indicou o senador Humberto Costa para concorrer ao cargo no próximo ano.

Uma nota divulgada pelo partido aponta que o nome do governador está disponível para ser apreciado pela Frente Popular de Pernambuco.

Humberto já foi deputado estadual, deputado federal, já foi ministro da Saúde no governo Lula e agora está no seu segundo mandato como senador.

Anderson Ferreira (PL)

O atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes é um dos principais nomes da oposição que pode disputar o cargo de Governador de Pernambuco. Em último encontro que teve com a imprensa no dia 28 de dezembro, ele afirmou que ainda não definiu se sairá candidato ao governo estadual ou ao Senado.

Junto com outras lideranças pernambucanas, o prefeito rodou algumas cidades do Estado. Essa movimentação serve para prepararem o terreno, se mostrando para a população e, claro, escutando as demandas do povo. André chegou a afirmar que ele não se coloca para o cargo, mas é convocado. Só resta agora esperar para ver se ele será convocado.

Anderson está no seu segundo mandato como Prefeito de Jaboatão e antes de ser um chefe do Executivo municipal, ocupou o cargo de deputado federal. 

Raquel Lyra (PSDB)

A prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Raquel Lyra, pode ser o único nome feminino na disputa pelo Governo de Pernambuco. Junto com Anderson Ferreira, Raquel rodou as cidades do Estado no Movimento Levanta Pernambuco. 

A união entre a tucana e o prefeito de Jaboatão irá resultar em um candidato ao Palácio do Campo das Princesas e outro que irá lutar pelo Senado. 

Raquel Lyra está no seu segundo mandato como prefeita de Caruaru. A tucana também já foi eleita três vezes deputada estadual, sendo eleita em 2010 como a mulher mais bem votada do Estado.

Miguel Coelho (MDB)

Atual prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho já dava sinais que queria disputar o Governo de Pernambuco desde o início do ano passado. Em entrevista ao LeiaJá, emedebista relatou que estava em busca de alianças para viabilizar o seu nome como candidato da oposição.

Ciente da importância da união entre os partidos que fazem oposição, Miguel tem tentado conversar com várias lideranças, inclusive chegou a sinalizar um interesse na aproximação com o PDT, que - mesmo já tendo sido aliado do PT e do PSB em outras épocas -, não deve se aliar a esses partidos neste ano, pelo menos se a candidatura de Ciro Gomes se manter firme.

Miguel está no seu segundo mandato como prefeito e já foi uma vez deputado estadual.

O governador de São Paulo e pré-candidato a presidente da República, João Doria (PSDB), afirmou, nesta quinta-feira (16), que o Brasil não precisa da Polícia Federal intimidando pré-candidatos ao comando do país. A postura de Doria foi exposta após ele ser questionado sobre a operação policial que aconteceu nessa quarta (15) e teve como alvo o também presidenciável, Ciro Gomes (PDT).

Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), são investigados por um suposto envolvimento em esquema de corrupção nas obras de construção da Arena Castelão, em Fortaleza. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do ex-governador do Ceará.

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Na avaliação de João Doria: “tudo o que o Brasil não precisa neste momento é a Polícia Federal agindo, intimidando e emparedando pré-candidatos à Presidência da República”.

Doria afirmou que respeita Ciro e Cid e disse esperar que ação da PF não tenha cunho político e eleitoral. “Porque se tiver, ela se desqualifica na origem”, cravou. “Mas não sou capaz de dizer se essa desqualificação está materializada ou não”, emendou.

Nessa quarta, Ciro disse que a operação seria “um esforço de lesão de imagem” por conta da disputa eleitoral.

Após a formação do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), a direção estadual do PSOL Pernambuco dá início neste sábado (11), a partir das 16h, ao ciclo de debates com os pré-candidatos a Governo do Estado pelo partido. Os encontros acontecerão até o final de Janeiro do ano que vem. 

Nomes psolistas que se colocaram à disposição do partido para concorrer ao pleito majoritário, como João Arnaldo, Ivan Moraes e Paulo Rubem vão debater e ser sabatinados pela direção e militância do PSOL, na sede do diretório. A pré-candidata ao senado, Eugênia Lima, também participará do encontro programático que terá participação virtual da militância com transmissão no canal do YouTube/psolpeTV.

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“Nossa ideia é avaliar as propostas, anseios e desejos dos pré-candidatos para daí tomarmos uma decisão coletiva, numa conferência eleitoral, sobre quem disputará a vaga em 2022. Nosso processo é democrático, colaborativo e programático contando com a contribuição de toda militância do PSOL”, explica Tiago Paraíba, presidente estadual do partido. 

O ciclo de debates, se expande no mês de janeiro de 2022, e, ainda, percorrerá todas regiões do estado de Pernambuco. 

Após a fase de debates internos o nome será escolhido na Conferência Eleitoral Estadual que acontecerá no final do mês de janeiro de 2022 reunindo representantes do partido de todo o Estado.

Filiação partidária-  Até abril de 2022 é o período de filiação para quem quer concorrer às eleições. Toda lutadora e lutador social que corrobora e acredita no programa e no estatuto do PSOL pode se filiar. 

Para se filiar não existe custo. Basta o interessado (a) procurar a sede estadual do partido na Rua Bispo Cardoso Ayres 83, no bairro da Soledade, no Recife; ou enviar e-mail para psolpernambuco@gmail.com

Serviço

SEDE PSOL PE- Rua Bispo Cardoso Ayres 83, no bairro da Soledade, no Recife.

Da assessoria

Embora tenha ganho aceitação e apoio nos meios políticos, a discussão sobre uma mudança do sistema de governo para o semipresidencialismo encontra resistência entre os pré-candidatos à Presidência. Pensada para valer a partir de 2026, uma eventual mudança poderá afetar diretamente o presidente eleito nas eleições de 2022. Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são consensuais em afirmar que o debate não é adequado ao contexto político atual do País. Simone Tebet (MDB-MS) também criticou a discussão no momento atual.

A proposta foi apresentada pelo ex-presidente Michel Temer. No semipresidencialismo, o presidente eleito pela população divide o governo com o primeiro-ministro. Este sistema híbrido de governo ocorre em países como Portugal e França. O debate sobre o novo modelo ganhou força em meio a uma articulação do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Como mostrou o Estadão, uma minuta do texto foi discutida em reunião de líderes partidários, no dia 13.

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A proposta de emenda à Constituição (PEC) é de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O objetivo, segundo ele, seria melhorar a governança em um sistema que classificou como "comprovadamente falido". "Tem dificuldades de transparência, de resolução de crises, de estabilidade política e isso está comprovado na medida em que depois da redemocratização, dos cinco presidentes que foram eleitos, dois sofreram impeachment e há um agora com mais de cem pedidos", afirmou. O sistema semipresidencialista, diz, deixaria claro, por exemplo, quais partidos participariam do governo.

O tema, que não é novo, ressurge no momento em que o presidente Jair Bolsonaro está pressionado por manifestações de rua e por mais de cem pedidos de impeachment. Defensores do tema alegam que o modelo dá mais estabilidade ao País. Até agora, o presidente não se pronunciou sobre o assunto.

O governador paulista João Doria, que está em campanha nas prévias no PSDB, defende que qualquer mudança eleitoral deve ser feita "num clima mais pacificado", e que a "véspera" eleitoral não é o momento para uma mudança como esta. "Defendo uma ampla reforma política estrutural. Essa, sim, precisa ser discutida num clima mais pacificado do que encontramos hoje no País", afirmou.

Ciro Gomes afirmou que o semipresidencialismo é um "disfarce oportunista" e "uma mistificação conceitual". Ele considera "louvável", porém, o parlamentarismo. "O parlamentarismo verdadeiro é um sistema louvável, baseado na responsabilidade parlamentar com a sanidade econômica e a regularidade dos servidores públicos", disse. Embora considere o parlamentarismo "um antídoto contra a ‘cleptocracia’ que nos comanda há anos", Ciro rejeita falar em troca de sistema "a um ano de um pleito presidencial".

Também defensor do sistema parlamentarista, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), pré-candidato nas prévias tucanas, afirmou em abril ao site O Antagonista considerar que "está na hora" de falar em parlamentarismo no Brasil. Ele não foi localizado ontem.

Questionado sobre o tema no debate da série Primárias realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com o Estadão, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite - que também deve disputar as prévias do PSDB - afirmou que é defensor do parlamentarismo, assim como o seu partido. Leite, no entanto, disse considerar que é necessário "um caminho mais longo" para se migrar para um sistema parlamentarista.

Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, disse que a proposta é "outro golpe" em entrevista à rádio Jovem Pan na semana passada. "Semipresidencialismo é outro golpe para tentar evitar que nós possamos ganhar as eleições", afirmou. "Não dá pra brincar de reforma política, isso é coisa que tem que ser discutida com muita seriedade."

Mandetta afirmou que ainda não teve acesso ao texto da proposta, mas que "uma discussão mais profunda tem que ser feita em melhor ambiente". Perguntado sobre se o debate do semipresidencialismo ganhou força em Brasília como estratégia de Lira contra a discussão sobre o impeachment, Mandetta disse que "governos fracos propiciam este tipo de fala".

A senadora Simone Tebet, apontada como pré-candidata pelo MDB, disse ter dúvidas se o modelo seria benéfico. "Com esse Congresso, minha dúvida é se isso melhoraria ou pioraria a representatividade popular e a gestão, a relação do Poder Executivo com o Legislativo, até no que se refere à estabilidade", disse.

O cenário eleitoral para a disputa da Prefeitura do Recife ainda não está definido, pelo menos não no campo mais voltado à direita. Os partidos de esquerda, por outro lado, já definiram quem deve concorrer: Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB).

Para não dizer que nada foi definido no campo da oposição, o Podemos bateu o martelo e garantiu que a delegada Patrícia Domingos vai seguir com a sua pré-candidatura, que será confirmada assim que a corrida eleitoral começar na capital. Em entrevista ao LeiaJá, Patrícia comentou que havia um diálogo com diversos partidos na tentativa de buscar uma unidade entre eles e definir, dentro do possível, apenas uma candidatura que bateria de frente com os candidatos da esquerda. Mas parece que esse diálogo não foi tão bom para o Podemos, que garantiu lançar a delegada sem o apoio dos outros partidos.

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Agora, pré-candidatos como Daniel Coelho (Cidadania) e Mendonça Filho (DEM) andam conversando entre si e com os outros partidos da oposição na tentativa de definir como será o cenário. “A gente tem sete partidos que declaram defender candidatura única, o que não é o caso do Podemos que já definiu a candidatura de Patrícia. Inclusive, o não anúncio da nossa candidatura é em respeito aos outros seis partidos (sem contar com o Cidadania) que estão nesse conjunto, para que a gente tenha um momento adequado para o anúncio coletivo”, explica o Daniel.

Figurando bem nas últimas pesquisas divulgadas, Coelho aponta que a sua candidatura seria a mais competitiva dentre as outras. “Cada um tem toda a legitimidade de defender a sua postulação, agora quem quer unidade tem que ter paciência e entender o tempo de cada partido”, reforça.

Mendonça Filho comunga do mesmo pensamento de Daniel e explana que já começou a sua pré-campanha. “Está mantido o diálogo das forças de oposição de avaliar até o prazo final das convenções para definir como vamos nos posicionar diante desse quadro eleitoral que teremos pela frente. A eleição vai ser diferente, porque ela vai exigir menos eventos de grande público, até por conta das decisões provocadas pela pandemia. Mas a gente vai manter as andanças pela cidade, contato direto com a população avaliando as principais necessidades para um projeto de mudança para a cidade do Recife”, salienta.

Já são vinte anos seguidos que a esquerda comanda a capital pernambucana. Diante disso, Daniel Coelho reforça a necessidade de união dos partidos de oposição no Recife. “Se não tiver unidade, corre-se o risco de ter um segundo turno com o PT e o PSB, que garantiria para o PSB à reeleição. Esse é o cenário que já foi visto em 2016 (quando Geraldo Júlio venceu João Paulo nas urnas) e a gente sabe que tende a repetir o resultado (levando em consideração esse cenário). O desejo de mudança das pessoas ele não é um desejo para o retorno que uma coisa que nem o Recife, nem o Brasil quer mais, que é o PT governando”, avalia.

Túlio Gadelha

No dia 29 de julho, o deputado federal Túlio Gadelha confirmou a sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife pelo PDT. No entanto, no dia 30 de julho, a ex-vereadora Isabella de Roldão também lançou o seu nome como pré-candidata do partido para disputar a PCR. 

Sendo assim, só depois de uma convenção da legenda é que será definido quem deve representar o PDT no Recife. Já há um movimento para a confirmação do nome de Túlio.

Nesta segunda-feira (24), em carta endereçada ao presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, mais de 20 pré-candidatos a vereador do Recife pelo partido declararam apoio ao projeto do pré-candidato a prefeito e deputado federal Túlio Gadêlha. Os nomes que assinaram o documento representam maioria da chapa proporcional que disputará vagas na Câmara Municipal.

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O impasse em torno da proposta de adiamento do calendário eleitoral traz dúvidas a pré-candidatos sobre como devem atuar nesse período.

Prefeitos estão confusos sobre prazos eleitorais, como a proibição de propaganda oficial três meses antes da eleição, e funcionários públicos que pretendem concorrer não sabem ao certo o prazo de desincompatibilização remunerada - pelo calendário atual é 4 de julho.

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Segundo o advogado Ricardo Porto, que atua para cinco partidos em São Paulo (MDB, PP, PL, PV e DEM), a falta de definição provoca inseguranças jurídicas nas campanhas. Segundo ele, sem uma decisão essa semana, os funcionários deixarão os cargos e serão remunerados por 42 dias a mais, o que geraria prejuízo para os cofres públicos.

"Além disso, sábado já não poderia mais fazer campanha institucional de prefeituras. Prefeitos estão tampando placas de obras", disse Porto. A parte burocrática também causa apreensão entre advogados, já que parte das certidões exigidas pela Justiça Eleitoral são físicas e precisam ser retiradas em cartórios, que não estão atendendo presencialmente devido à pandemia do novo coronavírus.

"O Congresso já poderia ter tomado essa decisão. Esse impasse de adiar ou não causa insegurança", afirmou o advogado Hélio Silveira, presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP. Ele lembra que é preciso definir "o mais rápido possível" o calendário de convocação de mesários, distribuição de urnas e condutas vedadas. "Está tudo parado e todo o mundo na expectativa", afirmou.

Joe Biden capitalizou os apoios recebidos dos pré-candidatos que abandonaram as primárias democratas e conseguiu derrotar o senador progressista Bernie Sanders em vários estados importantes na 'Superterça', incluindo uma vitória surpreendente no Texas.

Depois de somar uma impressionante série de vitórias em estados populosos, Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama, assume a liderança da disputa democrata, que há duas semanas pertencia a Sanders.

O resultado no Texas - no qual as pesquisas apontavam a liderança de Sanders - encerra uma grande noite para Biden, que saiu vitorioso na maioria do 14 estados que compareceram às urnas.

Com 228 delegados em jogo, o Texas era o segundo estado mais importante da terça-feira, depois da Califórnia, onde as primeiras projeções apontam a vitória de Sanders.

Milhões de americanos votaram na 'Superterça', a data mais importante do calendário das primárias, um dia que distribui um terço do total de delegados da disputa interna democrata para a convenção partidária de julho.

"É uma boa noite e parece que vai ser ainda melhor! Não chama de 'Superterça' à toa", comemorou Biden diante de simpatizantes em Los Angeles após o anúncio das primeiras projeções.

De acordo com os resultados preliminares, o veterano político de 77 anos venceu na Virginia, estado que tem 99 delegados; Carolina do Norte (110), Alabama (52), Oklahoma (37), Tennessee (64), Arkansas (31), Minnestota (75), Massachusetts (91) e no Texas (228).

"Ainda não me enterraram", disse Biden, que entrou na disputa como favorito, mas que teve resultados decepcionantes nas três primeiras votações das primárias.

Biden chegou revitalizado à 'Superterça' depois de vencer no sábado a primária da Carolina do Sul com uma grande vantagem.

Com os resultados, a disputa, que começou com um número recorde de pré-candidatos, fica reduzida a um confronto entre a ala mais moderada do partido, representada pelo ex-vice-presidente, e o setor mais à esquerda representado por Sanders.

Na segunda-feira, Biden recebeu os apoios dos ex-pré-candidatos Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e Beto O'Rourke, consolidando o aval dos moderados do partido, que temem que Bernie Sanders é muito radical para conseguir derrotar Trump.

O apoio de O'Rourke - que representou El Paso na Câmara de Representantes antes de tentar, sem sucesso, uma cadeira no Senado - pode ter sido crucial para Biden no Texas, onde Sanders liderava as pesquisas nas últimas semanas.

A 'Superterça' distribui 1.357 delegados e para obter a indicação do partido um candidato precisa de pelo menos 1.991.

Sanders luta agora para recuperar a vantagem que obteve após as vitórias em New Hampshire e Nevada e de terminar quase empatado em Iowa. Na terça-feira, ele venceu no estado de Vermont, pelo qual é senador, somando 16 delegados. Também triunfou no Colorado (67) e em Utah (29).

Para Sanders - que se descreve como "socialista democrático" - a fórmula para derrotar Trump é congregar "a maior participação de eleitores na história do país. Com este empenho, ele espera declarar vitória na Califórnia, estado que tem mais delegados (415).

"Hoje, eu afirmo que tenho absoluta confiança de que vou vencer a indicação democrata", declarou em Vermont.

Sua campanha - que defende ideias como a cobertura universal de saúde e o aumento do salário mínimo - capta boa parte do voto latino, tem grande mobilização e conseguiu uma arrecadação recorde com base em contribuições individuais

A 'Superterça' se tornou um balde de água fria para as candidaturas de Mike Bloomberg, 78 anos, o bilionário ex-prefeito de Nova York - que estreou nas urnas nesta jornada depois de gastar 500 milhões de dólares de sua fortuna na campanha -, e para a senadora progressista Elizabeth Warren.

O interesse crescente pelos grupos e movimentos de renovação e formação política no País vai se refletir nas eleições municipais deste ano.

Em 2019, com a persistente crise de representatividade dos partidos tradicionais, o número de alunos e apoiadores destes grupos se multiplicou. O fenômeno deverá resultar em um boom de candidaturas majoritárias associadas a organizações suprapartidárias que formam lideranças ou que buscam renovar a prática política, segundo levantamento do Estado.

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Faltando nove meses para as eleições municipais, ao menos 71 egressos desses movimentos civis já manifestaram interesse em concorrer em capitais de ao menos 21 Estados. A participação em grupos de formação política se tornou uma credencial para candidaturas, o que leva partidos a disputarem os novatos oferecendo estrutura material e suporte.

Em um dos poucos movimentos que já existia em 2016, a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), o número de interessados em disputar as prefeituras das capitais até agora já é maior do que o total de candidatos ligados ao grupo que disputaram a eleição de 2016, incluindo na conta as cidades menores. Segundo o grupo, 49 dos inscritos querem estar nas urnas em outubro. Em 2016, saíram da Raps 22 candidatos a prefeito, oito deles em capitais.

Para alguns pré-candidatos, os grupos civis são uma forma de driblar a falta de contatos nos partidos políticos para se apresentar ou de recursos financeiros para tocar uma campanha. "As pessoas têm medo de ir para a política", afirmou ao Estado Charbel Elias Maroun, pré-candidato do Novo à prefeitura do Recife. "Primeiro, porque acham que é caro e que tem que gastar muito dinheiro - e eu não as culpo porque é isso o que a gente tem visto. Segundo, porque elas acham que não têm o apoio de ninguém."

Maroun estreou nas urnas em 2018, após integrar a primeira turma do RenovaBR, apoiado pelo apresentador de TV Luciano Huck - cotado como possível candidato à Presidência em 2022. Ele gastou R$ 70 mil na campanha, conquistou 22 mil votos, mas não garantiu a vaga de deputado federal. A candidatura de Maroun é quase certa, já que o Novo fez um processo seletivo para definir seus nomes e ele é o único aprovado para disputar a prefeitura do Recife. Falta apenas a confirmação da convenção municipal. "Fui submetido a provas, a testes, a headhunters e tudo mais", destacou.

Embate

O desconforto com antigas práticas partidárias é outro fator que empurra jovens políticos ou aspirantes a políticos para os grupos de renovação. O médico João Guilherme de Moraes diz ter se frustrado em sua primeira tentativa de entrar no Executivo municipal, em 2016. Vice na chapa que foi ao segundo turno na disputa pela prefeitura de Curitiba, ele se queixa de coligações que unem siglas sem afinidade programática em busca de tempo de TV. "Atrapalha a estrutura partidária e essa questão de as agremiações no Brasil terem dono", afirmou.

Moraes, então no PSC, concorreu com Ney Leprevost (PSD) e foi derrotado. "Eu voltei às atividades do consultório, mas com desejo de retornar (à política)", disse. Após passar pela última turma do RenovaBR, ele também se filiou ao Novo. Além de Maroun e Moraes, o grupo contabiliza outros 12 pré-candidatos a capitais que fizeram em 2019 o curso de qualificação para atuar na esfera municipal. Ao todo, 1.170 pessoas de 410 cidades se formaram na última turma do RenovaBR, divididas em 30 dos 33 partidos que existem hoje no Brasil.

O movimento, alegando alta procura, decidiu abrir novo processo seletivo no início deste ano para atender interessados em se candidatar a prefeito ou vereador nas disputas municipais. Numa peça publicitária em que anuncia os novos cursos, o RenovaBR conclama: "Seja a pessoa que você quer eleger".

O Livres, um movimento de viés liberal, já tem seis associados pleiteando apoio às suas pré-candidaturas a prefeito de capitais. Um dos concorrentes é o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), que deve se lançar no Rio. Após ganhar fama em 2016, quando denunciou a pressão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência, para liberar uma obra em Salvador, ele se ligou a vários grupos de renovação.

Depois de ganhar notabilidade nas mobilizações de rua pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) também já tem apresentado nomes para as eleições municipais deste ano.

O Estado procurou nos últimos dias outros grupos, como Acredito, Agora!, Vote Nelas e Ocupa Política, que informaram não ter ainda uma lista prévia de possíveis candidatos a cargos majoritários no País.

Nome da 'velha guarda'

Um dos integrantes do Livres com intenção de se lançar em 2020 tem perfil que destoa dos novos nomes que pretendem disputar as eleições neste ano. Trata-se de Andrea Matarazzo (PSD), 63 anos, que acumula passagens por mais de dez cargos nos três níveis de governo - federal, estadual e municipal - em mais de 20 anos de vida pública.

"É uma via de duas mãos", disse Matarazzo, que é sobrinho-neto do conde Francesco Matarazzo, sobre sua presença ao lado de novatos que querem ingressar na política. "Posso transmitir conceitos de liberdade econômica, transmitir a minha experiência trabalhando no governo a essa juventude", afirmou ao Estado. Em contrapartida, disse, ele ganha ao se aproximar dessa turma "competente" da renovação.

O político da velha guarda vê nas cabeças arejadas do Livres um diferencial. "Eles não são dogmáticos. Entendem que a formulação da política pública pode ser feita pelo Estado e que a execução, pelo privado. Mas sabem que o Estado vai estar presente em função da altíssima desigualdade, que não será a economia de mercado que vai resolver."

Durante a entrevista, feita por telefone, a ligação caiu duas vezes. Matarazzo aproveitou, então, para pregar o receituário liberal: "É um caso típico de falta de concorrência, né? As teles são grandes demais e de uma ineficiência comovente: custo alemão com qualidade cubana", disse ao atender de novo a ligação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em posts publicados em suas redes sociais, pré-candidatos à Presidência da República comentaram neste domingo, 8, o alvará de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, num prazo de cinco horas, foi concedido e revogado por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Após o desembargador Rogério Favreto conceder habeas corpus a Lula por volta das 9h no plantão deste domingo, o relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, anulou a liminar pouco depois das 14h. Agora há pouco, Favreto voltou a determinar a libertação de Lula.

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Ao falar sobre o caso, a pré-candidata da Rede, Marina Silva, escreveu em sua conta no Twitter que a atuação excepcional de um plantonista não deveria provocar turbulências políticas que coloquem em dúvida a autoridade de decisões judiciais colegiadas.

O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, ressaltou que o Brasil precisa de ordem e segurança jurídica em todas as áreas. "Não podemos transformar o sistema de justiça em fator de instabilidade. Ao contrário, o Judiciário deve ser ponto de equilíbrio".

Mais enfático, o senador Álvaro Dias, pré-candidato do Podemos, escreveu que o despacho de Favreto provoca anarquia no Judiciário e causa "indignação e revolta na sociedade". Ele lembrou ainda que o desembargador era filiado ao PT antes de se tornar juiz. "Decisão de soltura de Lula, que anarquiza o Judiciário e causa indignação e revolta na sociedade, é responsabilidade de um desembargador aloprado que serviu a governos petistas", postou o ex-governador do Paraná no Twitter.

Em nota encaminhada à imprensa, o ex-ministro Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB, disse ser absolutamente contra a politização da Justiça. "O sistema judicial é pilar da nossa democracia, e o respeito às normas processuais é essencial", declarou.

A favor de Lula, o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, chamou de "chicana" as manobras do juiz Sergio Moro e do desembargador Gebran Neto para anular o habeas corpus de Lula. "Nunca se viu um juiz e um desembargador de férias atuarem com tamanha prontidão para revogar uma decisão judicial", comentou Boulos, acrescentando que o episódio comprova a "partidarização do Judiciário".

A compra de 80% da divisão de jatos comerciais da Embraer pela americana Boeing dividiu os pré-candidatos à Presidência. Enquanto os candidatos de esquerda criticaram a venda da empresa brasileira, presidenciáveis de centro-direita defenderam a negociação como forma de fortalecer a companhia, desde que preservada a soberania do País no setor de Defesa.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador Alvaro Dias (Podemos) são favoráveis ao negócio, mas ressaltaram que é fundamental a preservação da soberania do País no setor militar. "Poucas empresas e poucos países produzem aviões desse porte e com essa tecnologia. Mas é um mercado difícil de se enfrentar, e a fusão vai fortalecer as duas companhias. Importante é que o interesse estratégico brasileiro seja preservado", afirmou Alckmin.

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"A Embraer é um patrimônio nacional. Do ponto de vista econômico, a negociação é favorável. Defendo a competitividade. O que me preocupa, pela pouca transparência dada ao negócio pelo governo, é a questão da soberania", diz Dias.

O mesmo ponto é defendido por João Amoêdo, do Novo: "O acordo é positivo para a empresa e para o Brasil, pois permite a maior integração do País na economia global e respeita a liberdade econômica e concorrencial".

O ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer Henrique Meirelles (MDB) disse que é necessário preservar os interesses do País. "O acordo definitivo terá de atender aos interesses nacionais estratégicos para que seja aprovado pelo governo", afirmou Meirelles.

O presidenciável do PRB, Flávio Rocha, comemorou o acordo. Questionado sobre a possibilidade de perda de soberania com o negócio, Rocha disse que o "argumento ultranacionalista" está desgastado. "Foi um momento em que uma empresa se viu diante de fatores extremamente favoráveis", disse.

Críticas

Já entre os candidatos ligados à esquerda, o descontentamento com o negócio ficou evidente. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, disse, através do ex-presidente do PT Rui Falcão, que o visitou na prisão, que estava indignado com "a fusão mal explicada da Embraer".

No Twitter, Manuela D'Ávila (PCdoB), falou que a separação da divisão de aviação civil da militar "é péssima para o Brasil". "Nenhuma nação importante do mundo permite que seus interesses estratégicos, as garantias de sua soberania, sejam subordinados a interesses comerciais de meia dúzia de acionistas."

Para Guilherme Boulos (PSOL), a compra "compromete os programas militares e a fabricação de aviões comerciais e jatos executivos. São milhares de empregos e fábricas eliminados numa só canetada."

Procurados, o deputado Jair Bolsonaro (PSL), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) não se pronunciaram até o fechamento desta edição. Antes da conclusão do negócio, Ciro havia afirmado que poderia desfazer o negócio. "A Embraer, eu vou tomar de volta", disse em entrevista ao jornal Valor Econômico em março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Pesquisa estimulada de primeiro turno para governador de Pernambuco apresenta um empate técnico entre os três primeiros pré-candidatos, Paulo Câmara, Marília Arraes e Armando Monteiro. O governador, do PSB, vem em primeiro lugar, com 20%, seguido da candidata do PT, com 17%, e do candidato do PTB, com 14%. Os demais pré-candidatos simulados na pesquisa, Júlio Lóssio, Danielle Portela e Coronel Meira, apareceram cada um com 2%, 2% e 1%, respectivamente. É o que mostra a pesquisa Datamétrica sobre as eleições deste ano, realizada entre 8 e 9 de junho. Cada vez mais as pessoas ficam confusas, de um lado nomes que defendiam o governo Michel Temer como Mendonca Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho, do outro lado nomes como todo o cast do PSB que lutou pela queda de Dilma e apoiou a entrada de Michel Temer para comandar o país. E agora? Quem é quem neste jogo de poder, todos lutam apenas pelo próprio interesse, mas esquecem de combinar com o povo que como sempre é massa de manobra.

Números

Outro cenário apresentado com Marília Arraes não candidata. Mantém-se um empate técnico, mais uma vez com Paulo Câmara em primeiro lugar e, neste quadro, com 23% (veja gráficos ao lado). O candidato do PTB aparece em segundo com 19%. Os demais três incluídos permanecem nas posições do outro cenário.

Votos e o caminho

Tirando o nome dela na simulação de primeiro turno, metade dos seus eleitores não migra para ninguém, enquanto a outra metade se divide entre Armando Monteiro e Paulo Câmara, com preferência pelo senador. Dos que disseram que votariam nela, 49% responderam que anulariam seu voto, votariam em branco ou não votariam em ninguém. Armando Monteiro beneficia-se com a migração de 20% dos votos dela e Paulo Câmara com 13%.

Espontânea

Na espontânea, em que o respondente não tem acesso aos nomes dos pré-candidatos, todos os três candidatos aparecem com muito menos menção: Paulo Câmara com 12%, Marília Arraes com 8% e Armando Monteiro com 4%. Na sequência, Júlio Lóssio foi lembrado por 2%, Coronel Meira por 1%, Danielle Portela por 1%.

Outro cenário

Em cenários de segundo turno, exercitando as possibilidades entre os três principais pré-candidatos, Marília venceria Armando por 29% a 20%, portanto fora da margem de erro - que é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Marília venceria Paulo com 28% contra 27%, o que constitui um empate técnico. Paulo venceria Armando com 28% contra 24%, novamente configurando empate técnico. 

Eleição em dois tempos

No segundo turno entre o governador e Armando, a migração do voto de primeiro turno de Marília é maior para o pré-candidato do PTB do que para o pré-candidato do PSB. Em cenário entre Marília e Paulo, o eleitor de Armando beneficia mais Marília do que Paulo: 44% preferem Marília, enquanto 24% preferem Paulo. Na hipótese de sair Paulo, seus votos se distribuem mais em favor de Marília: 31% migrariam para a candidata do PT e 19% para Armando.

Reeleição

Apesar dos cenários de empate técnico que se repetem ao longo da pesquisa, o pernambucano tem a expectativa de que Paulo será reeleito governador. 26% assim afirmaram, enquanto 12% apostam em Marília e outros 11% em Armando. Chama a atenção o fato de que 47% dos entrevistados preferem não fazer prognósticos.

Paulo é o mais conhecido

Dentre os três nomes mais fortes na disputa, o governador hoje é o mais conhecido: 49% consideram conhecê-lo bem, e outros 44% o conhecem de ouvir falar. Natural para um governador em seu quarto ano de mandato.

Os opositores

Armando Monteiro e Marília Arraes têm graus de conhecimento semelhantes, mas com o senador ligeiramente mais conhecido: 23% consideram conhecê-lo bem e 54% de ouvir falar. No caso de Marília, 20% dizem conhecê-la bem e outros 51% de ouvir falar. Marília, dos três, é a única novata em disputas majoritárias e recente na política. Portanto, a que tem mais potencial de crescimento derivado do aumento de conhecimento que ocorrerá na campanha.

Briga pelo Senado

Na pesquisa a corrida pelo senado com Jarbas Vasconcelos e sem ele. Os demais nomes foram mantidos nas duas simulações. Na simulação que inclui o ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), ele aparece em primeiro lugar, com 23% das intenções, seguido de Mendonça Filho (DEM) com 19% e Humberto Costa (PT) com 17%. Trata-se, desta forma, de um empate técnico, em que não se pode afirmar quais dos dois, dentre os três, seriam efetivamente eleitos, fossem as eleições hoje.

Mais senadores

Os demais nomes aparecem bem atrás: José Queiroz (PDT) com 6%, Silvio Costa (Avante) com 5%, André Ferreira (PSC) com 4%, Maurício Rands (PROS) com 2%, Eugênia Lima (PSol), Albanise Pires (PSol) e Antônio Souza (Rede) com 1% cada.

Outros números sem Jarbas

A saída de Jarbas Vasconcelos na pergunta estimulada de votos a senador mantém o empate técnico entre deputado federal e ex-ministro Mendonça Filho (22%) e o senador Humberto costa (21%). O ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, que é quem de novo se aproxima mais, cresce de 6% para 8% somente, o ex-deputado federal Maurício Rands cresce de 3% para 4% e os demais permanecem com os mesmos números.

Sem candidatura

Se Jarbas não for candidato, como se ventila em alguns ambientes, 44% dizem que não terão um segundo candidato. O restante se distribui beneficiando os vários demais candidatos, sem uma preferência forte: 16% iriam para Mendonça Filho, 14% iriam para Humberto Costa, 11% iriam para José Queiroz. O deputado federal Silvio Costa e Maurício Rands receberiam 4% cada.

Detalhes da pesquisa

A amostra foi composta por 600 entrevistas aplicadas junto a eleitores que moram e votam no estado de Pernambuco em todas as regiões. A pesquisa foi realizada nos dias 8 e 9 de junho. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Tem intervalo de confiança de 95%, foi feita por meio de entrevistas presenciais e está registrada no TRE sob o registro PE-02648/2018.

 

O Movimento Ética e Democracia inicia, neste sábado (9), uma série de debates sobre os "desafios futuros" do Brasil a partir da atuação do Congresso Nacional. O encontro será a partir das 9h, no Instituto JCPM, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

Os debates, de acordo com a entidade, tem como "objetivo refletir sobre a responsabilidade do parlamento diante da crise que vive o país a partir da visão e propostas de diferentes candidatos, além de cientistas políticos e economistas".

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“O nosso grupo entende que as próximas eleições serão fundamentais para decidir o futuro do Brasil, não apenas pelo presidente que será eleito, mas pela futura composição do Congresso Nacional, por onde passam as grandes decisões e onde se encastelam os focos de corrupção e privilégios”, explica o sociólogo e membro do grupo, José Arlindo Soares.

A discussão inicial será protagonizada por três pré-candidatos a deputado federal, o vice-governador Raul Henry (MDB), Betinho Gomes (PSDB) e Filipe Oriá (PPS), além do economista Sérgio Buarque.

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