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Além de ser empresária, mãe, irmã, filha e milionária, Kim Kardashian ganhou um novo título! Agora, ela é chamada de Princesa da Reforma Prisional, de acordo com o TMZ.

Depois de convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a perdoar uma detenta de 63 anos de idade, condenada à prisão perpétua, a empresária criou esperanças em outros presidiários. Desde então, Kim vem recebendo milhares de cartas diariamente de detentos que pedem ajuda para conseguir a liberdade.

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Mas a Kardashian não é somente a Princesa da Reforma Prisional para os prisioneiros; segundo o site, ela também é chamada assim pelos funcionários do sistema carcerário.

Kim e outras celebridades se manifestaram recentemente pelo perdão de Cyntoia Brown, outra mulher que foi condenada à prisão perpétua e que conseguiu o pedido de clemência na última segunda-feira, dia, 7, no estado do Tenessee. Cyntoia confessou o assassinato de um homem que teria a comprado como escrava sexual.

Reginaldo segurando sua "cruz". (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

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Oito de outubro de 1996. Um garoto desafia o perigo e salta das pedras da Praia dos Milagres, na Orla de Olinda - Região Metropolitana do Recife -, para o mar. Desacordado, após uma possível pancada na cabeça, ele engoliu muita água rápido. “Eu e mais dois caras carregamos o menino até a orla, mas teve gente que disse: ‘deixa ele aí, está morto’. Eu insisti, tome respiração boca a boca e ele arrotando no meu rosto. O danado viveu”, lembra o artesão Reginaldo Souza. O grupo conseguiu conduzir o garoto, que àquela altura já tinha sido identificado como “Mário”, ao hospital, mas nunca mais se reencontraria com ele.

“Eu quase não fui à praia naquele dia. Alguma coisa me carregou para lá. Um ano depois, para lembrar desse milagre, organizei o primeiro Dia das Crianças do Alto da Saudade”, conta Reginaldo. Fruto do acaso ou não, o evento chega à sua vigésima edição na tarde desta sexta-feira (12), com doação de brinquedos e atividades infantis, graças ao esforço de seu realizador.

O dia de Reginaldo começa cedo. Às quatro horas da manhã, ele já está na rua para “garimpar”, como gosta de falar, sua matéria prima. “Não gosto de chamar ‘catador’, porque o pessoal pensa logo que a gente é drogado. Prefiro dizer que sou garimpeiro, porque garimpeiro garimpa tudo. Muitas roupas e acessórios que uso achei no lixo, não tenho vergonha de dizer”, explica. Garrafas pet, cabos de vassoura e até resto de asfalto, nas mãos de Reginaldo, viram maracas, ganzás, balões e carrinhos. O trabalho com brinquedos artesanais surgiu como alternativa para complementar a renda familiar. “Antigamente, a luta para sobreviver era muito grande, se não fosse a maré aí embaixo para catar caranguejo, a gente não comia. Nunca tive emprego de carteira assinada, mas todo mundo tem uma criança dentro de si. Agora, vendo e exponho minha arte, a gente tem que transformar nossa dificuldade em criatividade”, coloca.

Reginaldo distribui cartas para os vizinhos e transeuntes pedindo doações para crianças carentes. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Depois da criação do Dia das Crianças da comunidade, Reginaldo passou a conciliar o “garimpo” com uma prosaica distribuição de cartas. Em envelopes- curiosamente, específicos para transporte aéreo-, as letras ainda desajeitadas de quem retomou a quarta série em 2018, depois de décadas fora da escola, resumem os destinatários: “para meus amigos e pessoas de bom coração”. Em seu interior, uma folha ofício A4, formaliza: “Faça uma criança feliz doando um brinquedo”. “Muita gente critica, não sabe como é difícil pedir, ando para caramba. Vou encontrando amigos e conhecidos e dando as cartinhas. Quando eles não me entregam os brinquedos, dão dinheiro para eu ir comprar”, completa.

Quem garante o sucesso nas arrecadações é o prestígio do artesão na comunidade. Reginaldo causa euforia por onde passa por carregar, seja no carnaval de Olinda ou em outras celebrações importantes para o calendário da cidade, uma cruz, que sustenta a palavra “paz”, confeccionada com tampas de garrafas pet.

“Eu fiz a ‘paz’ para um evento chamado ‘Reciclando em Folia’, que não existe mais. De primeiro, eu só andava com a paz com medo, porque o homem é um predador. Se você sai com uma coisa muito forte, intimida”, coloca. Segundo o artesão, o coração vermelho feito de garrafas representa o amor que Maria teve por Jesus, enquanto a pombinha confeccionada com simplicidade, remete ao Espírito Santo. “O povo fala muito de sua cruz, mas não tem coragem de carregar. Jesus é o príncipe da ‘paz’, tenho força para carregar a minha cruz, porque ele está dentro de mim. Saio para todo canto com a ‘paz’ porque ela precisa ir a todos os lugares”, explica.

Reginaldo em uma das festas que promoveu. (Acervo pessoal)

Além de brinquedos, o Dia das Crianças de Reginaldo conta com doações de confeitos, refrigerantes e quase tudo que agrada a garotada. “Exceto armas de brinquedo, tipo revólver e espada. Com isso, nosso objetivo é o de semear a paz entre as crianças”, defende. Aos 55 anos de idade, Reginaldo demonstra preocupação com o debate político do país sobre facilitar a concessão do porte de armas. “Não devemos desmanchar o que foi construído. A gente vê o que acontece em outros países. Crianças entrando nas escolas e matando colegas, adultos devastando tudo no trabalho”, opina.

Dificuldades

Com bom humor, o artesão vence o cotidiano adverso. Quando volta do “garimpo”, Reginaldo precisa confeccionar os brinquedos em seu apertado ateliê, não à toa jocosamente apelidado por ele de “Tomara que Não Chova”. Em uma das ladeiras do Alto da Saudade, o cômodo é a único acesso para sua casa, que não possui porta para a rua. “Antigamente eu tapava, mas hoje em dia não tenho medo”, comenta.

As sessões de trabalho são organizadas entre tarefas domésticas como cozinhar e dar banho na esposa, Ceci, convalescente do segundo AVC que sofreu. “Fiquei quase sem condições de fazer a festa das crianças, mas existe luz no fim do túnel. Hoje está ruim, mas quando você acredita, amanhã fica bom”, crava. Constantemente abordado pelos pequenos, sedentos por informações do evento, Reginaldo contou com a ajuda dos amigos. “Tivemos pessoas doando material. O projeto das crianças é um direcionamento que Deus colocou na minha vida para promover a paz. A paz é tudo”, conclui.

No ateliê "Tomara que não Chova". (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Resgate dos brinquedos artesanais?

Reginaldo não é o único a acreditar nos brinquedos artesanais como forma de promover o desenvolvimento infantil. A comerciante Line Chian, do Mercado de São José, Centro do Recife, observa que alguns pais procuram artigos do gênero para presentear seus filhos. “Eles querem mostrar como se brincava na época deles e dar outras opções, que não sejam eletrônicas, aos filhos”, relata. A vendedora vizinha, Letícia Silva, discorda. “As crianças passam aqui e ficam muito interessadas, mas alguns pais não compram por medo de eles perderem o interesse se encontrarem um brinquedo mais moderno fora daqui”, acrescenta.

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Um carteiro indiano foi demitido nesta quarta-feira (15) após esconder, pelos últimos 10 anos, mais de seis mil correspondências, informou a rede "BBC". O estoque de cartas e pacotes do carteiro Jagannath Puhan foi descoberto por um grupo de crianças que brincavam em um antigo posto dos correios, no estado indiano de Orissa, que foi recemente desocupado.

Segundo a mídia local, as crianças notaram algumas cartas saindo de grandes sacos que foram abandonados no local. Elas olharam o que havia dentro deles e descobriram diversas correspondências, entre eles cartões bancários.

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As crianças contaram para os seus pais sobre as correspondências encontradas, que logo depois denunciaram o caso à polícia.

De acordo com o jornal "Hindustan Times", havia nos sacos mais de seis mil cartas e pacotes, com os mais antigos datados de 2004. Cerca de 1,5 mil correspondências foram recuperadas e serão entregues a seus legítimos proprietários, enquanto as restantes foram danificadas pela umidade ou cupins.

Puhan passou grande parte dos últimos 10 anos comandando sozinho o serviço de correios da pequena aldeia de Odhanga. Segundo o indiano, as correspondências não foram levadas aos seus donos porque ele "não estava em condições" de entregar as cartas.

As autoridades também estão investigando por que os destinatários não levantaram queixas por não terem recebido as cartas.

Da Ansa

As cartas que Nelson Mandela escreveu nos 27 anos que passou preso viraram livro. Intitulado “Cartas da Prisão de Nelson Mandela” conta com 255 cartas do líder da luta contra o Aparheid, que completaria 100 anos em 2018.  

As mensagens foram escritas entre o final de 1962, antes de ser levado para o presídio de segurança máxima de Robben Island (Cidade do Cabo), e 11 de fevereiro de 1990, quando saiu da prisão.

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As mensagens escritas têm como destino às filhas de Mandela, Zinzi e Zenai, e também para a segunda esposa Winnie - Madikizela – Mandela, além de políticos, autoridades da prisão, advogados e amigos.

“Cartas da Prisão de Nelson Mandela” é o primeiro volume de um total de três que a editora pretende publicar.

Os 12 meninos presos em uma caverna da Tailândia há 14 dias enviaram neste sábado (7), com a ajuda dos mergulhadores, cartas a suas famílias, ao mesmo tempo em que as equipes de emergência mencionam um prazo de três a quatro dias para o resgate antes do retorno das chuvas.

O treinador de futebol dos menores de idade, que está com o grupo na caverna, também enviou uma carta aos pais das crianças, na qual pede desculpas: "Obrigado por todo o apoio moral e peço desculpas aos pais", escreveu Ekkapol Chantawong, de 25 anos, no texto divulgado pelos socorristas.

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O sentimento de culpa do jovem treinador está no centro dos debates no país, alvo de críticas por ter levado os meninos a uma caverna que poderia ficar inundada durante as chuvas de monção.

Após a publicação de dois vídeos, o primeiro gravado quando os mergulhadores britânicos encontraram o grupo na segunda-feira à noite e o segundo, de terça-feira, as autoridades não divulgaram mais imagens dos jovens.

As cartas escritas pelas crianças a suas famílias são as primeiras provas de vida reveladas desde terça-feira.

"Não se preocupem, mamãe e papai. Eu estou fora há duas semanas, mas vou voltar e ajudá-los na loja", escreveu Bew.

- "Um pouco de frio" -

"Estou bem, mas aqui faz um pouco de frio. Não se preocupem comigo. Não esqueçam de preparar minha festa de aniversário", escreveu Duangphet, que assina a mensagem com seu apelido, Dom.

"Se eu sair, por favor me levem para comer moo krata", pediu Piphat, conhecido como Nick, ao mencionar um prato tailandês a base de porco e verduras.

As equipes de emergência mencionaram neste sábado a possibilidade de optar por um resgate perigoso, antes do retorno das chuvas de monção que derrubariam todos os esforços para drenar o máximo de água da caverna.

"Agora e durante os três ou quatro próximos dias, as condições de resgate são perfeitas no que diz respeito à água, tempo e saúde das crianças", afirmou Narongsak Osottanakorn, governador da província de Chiang Rai e coordenador da célula de crise.

"Temos que decidir o que podemos fazer", completou.

Os socorristas introduziram um tubo de vários quilômetros de comprimento para levar oxigênio à cavidade onde o grupo se encontra.

O nível de oxigênio foi estabilizado na caverna, mas o nível de dióxido de carbono é outro fator a ser considerado, explicou o governador.

"Quando você está em um local fechado, se o oxigênio cai a 12%, o corpo começa a desacelerar e a pessoa pode perder a consciência", disse Narongsak Osottanakorn.

As chuvas previstas para os próximos dias poderiam reduzir parte da área em que estão os jovens.

"A água poderia subir até o local em que os meninos estão sentados e reduzir a área a menos de 10 metros quadrados", afirmou o governador, ao citar estimativas de especialistas e mergulhadores.

- Mais de 1.100 jornalistas -

Durante a manhã, o governador afirmou que os meninos ainda não estavam preparados para percorrer o trajeto perigoso e sair da caverna. Mas o nível da água na gruta desceu, graças às operações de drenagem.

A morte de um ex-mergulhador da Marinha tailandesa na sexta-feira durante uma operação de abastecimento mostra o nível de perigo.

Vários meninos, com idades entre 11 e 16 anos, não sabem nadar e nenhum deles já praticou mergulho, o que complica ainda mais as operações.

No momento, um mergulhador experiente precisa de 11 horas para fazer uma viagem de ida e volta até o local em que estão os jovens: seis de ida e cinco para volta, graças à ajuda da corrente.

O trajeto tem vários quilômetros e inclui passagens estreitas e trechos sob a água.

Como alternativa ao resgate por mergulho, as equipes de emergência anunciaram mais de 100 perfurações verticais na montanha. Algumas são pouco profundas, mas uma delas tem quase 400 metros de profundidade.

A operação de resgate chama a atenção da imprensa mundial e mais de 1.100 jornalistas estão no local, com os equipamentos instalados em meio ao barro em uma área de selva tropical.

Cartas escritas por Alan Rickman mostravam que o ator estava insatisfeito com os rumos de seu personagem (Severus Snape) na franquia “Harry Potter”. Os materiais foram divulgados durante um leilão de seu acervo pessoal. Nas cartas, Rickman imaginava que o personagem defendido por ele poderia ser mais importante na história.

Um dos bilhetes escrito pelo produtor David Heyman ao ator tentava consolar Rickman:  “Obrigado por fazer de Harry Potter 2 um sucesso. Eu sei que, ás vezes, você fica frustrado, mas por favor saiba que você é parte integrante dos filmes e é brilhante”.

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Em um outro bilhete, escrito pelo próprio Rickman durante as filmagens de “O Enigma do Princípe”, ele desabafa:“É como se David Yates (diretor) tivesse decidido que isso (Snape) não é importante no esquema das coisas, ou seja, não tem apelo para o público adolescente”.

O acervo encontrado também indica forte relação do ator com a autora dos livros que deram origem aos filmes, J.K Rowling e com Daniel Radcliffe, intérprete de Harry Potter.

Alan Rickman esteve em todos os filmes da franquia do bruxo adolescente. O ator morreu em janeiro de 2016, aos 69 anos, por conta de um câncer no pâncreas

A campanha do Partido dos Trabalhadores (PT) em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o último sábado (7), vai além dos vídeos gravados pelo petista antes do início do cumprimento da pena pela qual foi condenado na Lava Jato. A legenda começou a divulgar, nesse domingo (8), o endereço da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná para que militantes enviem cartas para o ex-presidente. 

“O juiz Sérgio Moro, os procuradores da Operação Lava Jato e os policiais federais de Curitiba pensaram que seriam os carcereiros de Lula, mas na verdade vão ser os carteiros do povo brasileiro para o maior símbolo da luta popular que já existiu no Brasil”, diz um comunicado do Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia Direto de Curitiba, criado para acompanhar os dias que o ex-presidente ficará detido na cidade.

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Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. De acordo com a Lava Jato, o apartamento foi repassado para o ex-presidente como forma de propina da empresa OAS. Segundo a investigação, líder-mor petista teria sido beneficiado com mais de R$ 2 milhões em troca de contratos governamentais.

O repasse foi confirmado pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, também preso. Lula, entretanto, nega que o triplex seja dele e, em discurso antes de se entregar para a PF, disse que o juiz Sérgio Moro “mentiu”  ao condená-lo e destacou que não perdoa os que passaram para a sociedade que “a ideia de que sou um ladrão”

De acordo com o colunista da Revista Época Murilo Ramos, o ex-presidente Lula recebe, em média, cinco cartas com pedidos de namoro por dia. As correspondências são encaminhadas para o Instituto Lula e, em alguns casos, contém até fotos das pretendentes. 

Há um ano, Lula é viúvo da ex-primeira dama Marisa Letícia. Ela faleceu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

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A Sotheby's vai leiloar, nesta segunda-feira (30), em Paris, uma rara edição de "Em busca do tempo perdido", acompanhada de um tesouro para os bibliófilos: cartas nas quais Marcel Proust revela ser seu melhor assessor de imprensa.

O livro, avaliado entre 400 mil e 600 mil euros, é um dos cinco exemplares numerados de "Em busca do tempo perdido" e está impresso no papel que alguns consideram mais belo do mundo, o "washi" japonês.

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Três desses raros e valorizados livros estão guardados com seu proprietário, enquanto um quarto desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial e nunca mais foi encontrado.

O livro que a Sotheby's vai vender na segunda-feira não era visto em público desde 1942, durante um leilão em Druot. Originalmente, Proust lhe deu de presente a Louis Brun, um dos diretores da casa Grasset, em agradecimento por seu apoio, como lembra o escritor em sua dedicatória.

Louis Brun, um grande bibliófilo, encadernou uma série de documentos manuscritos por Marcel Proust no fim do volume.

- Qualquer veículo serve -

Os oito documentos, ao todo, mostram um Marcel Proust até então desconhecido. Para promover seu livro, o escritor propõe a seus amigos da imprensa parisiense que publiquem em seus respectivos periódicos críticas elogiosas do romance.

Para o escritor, qualquer veículo serve. Assim, oferece dinheiro aos jornais e chega a escrever, ele mesmo, os artigos que espera que sejam publicados.

Ao mesmo tempo, Proust toma cuidado para não ser descoberto e insiste que os artigos que escreve sejam anônimos.

Em uma carta, explica a Louis Brun que tem que dizer: "é o editor que redigiu isto e, se no jornal consultarem o manuscrito, é melhor que não seja a minha letra".

Assim, pede para enviar aos diários uma versão datilografada de seus escritos, para que ninguém possa reconhecer a caligrafia. Ele também sugere que as faturas sejam enviadas a Grasset, garantindo que, no final, pagará "integralmente".

Sobre seu livro, Proust escreve que "Em busca do tempo perdido" é "uma pequena obra de arte". Ele se refere a si mesmo em terceira pessoa: "O que Proust vê, sente, é de uma originalidade total".

A crítica aduladora, não assinada, foi publicada na primeira página do Journal del Debats em abril de 1914. Ela custou ao escritor 660 francos - o equivalente a 2 mil euros atuais.

Uma nota curta publicada na capa do jornal francês Le Figaro em 18 de abril daquele ano custou a ele 300 francos (mil euros). Em uma carta a Brun, Proust se queixa com amargura que o veículo apagou o adjetivo "distinto", que atribuíra a si mesmo.

Jean-Yves Tadié, grande especialista em Proust, explica que o escritor "entendeu, antes de todos, a importância da comunicação, da publicidade e das relações com a imprensa".

Debaixo das ruas de Londres, surge uma nova atração turística. O Mail Rail (ou “trilho de correio”, se traduzirmos ao pé da letra) é um pequeno trem que parece até brinquedo e atravessa os túneis da cidade. Durante décadas esses trilhos dedicaram-se exclusivamente à entrega de cartas entre as principais agências de correio e estações de trem da cidade, chegando a transportar até 4 milhões de correspondências por dia.

Agora, pela primeira vez, visitantes poderão desfrutar o passeio em um trem construído recentemente e semelhante ao que transportou as cartas no século passado. O Mail Rail percorre os trilhos a uma velocidade de pouco mais de 6 km por hora. Confira os detalhes no vídeo:

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Para diminuir a pressão dos estudantes pela aprovação, um professor de matemática teve a ideia de juntar o lúdico com os ensinamentos em sala de aula. Não à tão, o período de preparação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige muita dedicação dos candidatos, muitas vezes submetidos a longas jornadas de leituras e explanação.

Há três anos, o professor Alberto Barros comprou peças de mágica. Muito mais do que uma brincadeira, a ideia foi usar objetos para complementar suas aulas, principalmente quando os focos são análise combinatória e probabilidade. De acordo com o educador, por meio de cartas e dados é possível explicar os assuntos e deixar o conteúdo mais “leve” para os estudantes.

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“Meu grande objetivo é mostrar o lúdico com o conhecimento teórico em sala de aula. Eu tinha as cartas, aprendi alguns truques e comecei a explicar os assuntos nas aulas. É muito legal a aceitação dos alunos, porque entendem a explicação de uma maneira lúdica”, diz o professor, que conduz aulas em cursinhos do Recife e Paulista.

No vídeo a seguir, confira a explicação de Alberto sobre a utilização da análise combinatória. Assista, ainda, uma mágica realizada em plena aula de matemática:

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Cartas escritas por Albert Einstein em que ele apresenta a colegas suas reflexões sobre a física, Deus e Israel, nos anos 1950, foram vendidas nesta terça-feira (20), num leilão em Jerusalém, pela soma de 210 mil dólares.

As oito cartas escritas em inglês entre 1951 e 1954, em sua maioria endereçadas ao físico David Bohm, são assinadas por Einstein. Algumas delas têm anotações feitas à mão.

Na carta mais cara, vendida por 84 mil dólares, Einstein destaca que "se Deus criou o mundo, sua principal preocupação certamente não era torná-lo mais facilmente compreensível para nós".

Em outra carta, vendida por 50,4 mil dólares, ele discute a ligação elaborada por Bohm entre a teoria quântica e a teoria da relatividade.

"Eu devo admitir que eu não sou capaz de adivinhar como tal unificação poderia ser alcançada", escreveu o físico.

A carta datilografada ainda inclui uma equação escrita à mão com uma caligrafia caprichada.

David Bohm, nascido nos Estados Unidos filho de pais judeus, trabalhou com Einstein na Universidade de Princeton antes de fugir para o Brasil. Ele perdeu seu posto na instituição devido à caça às bruxas promovida pelo senador americano Joseph McCarthy.

A casa de leilões Winners indicou que as cartas vêm do patrimônio da viúva de Bohm.

Uma outra carta de 1954 menciona a possibilidade de Bohm se instalar em Israel, que havia sido fundada seis anos antes.

Einstein, vencedor do prêmio Nobel da física que tinha recusado a oferta de virar presidente do novo Estado, opinou que aquele não era o momento ideal para tomar essa decisão.

"Israel pode ser viva e interessante no sentido intelectual, mas as possibilidade lá são muito reduzidas, e ir para lá com a intenção de partir na primeira oportunidade seria lamentável", escreveu ele.

Em 1955, Bohm finalmente ocupou a cadeira de professor convidado no renomado instituto de tecnologia Technion, em Haifa, ao norte de Israel.

Einstein foi governador não-residente da Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 1955, quando morreu, deixou para a instituição seus arquivos, a maior coleção de documentos seus no mundo.

Cartas de Albert Einstein nas quais o cientista compartilha com seus colegas reflexões sobre Física, Deus e Israel nos anos 1950 serão leiloadas em Jerusalém no próximo dia 20 de junho.

A casa de leilões Winners oferece em seu site uma descrição das cinco cartas escritas em inglês entre 1951 e 1954, avaliadas em seu conjunto entre 31.000 e 46.000 dólares.

Em uma delas, enviada em 1951 ao físico David Bohm, Einstein aborda o vínculo estabelecido por ele entre a teoria quântica e a da relatividade. "Devo confessar que não estou em condições de adivinhar como poderia alcançar tal unificação", escreveu.

Em uma carta de 1954 dirigida a Bohm, que na época vivia em São Paulo, Einstein mostra sua empatia diante das dificuldades vividas por seu amigo com um complexo trabalho teórico. "Se Deus criou o mundo, sua maior preocupação não era facilitar para nós a sua compreensão. O sinto claramente há 50 anos", assegurava.

A Winners indicou que as cartas faziam parte do patrimônio da falecida viúva de Bohm.

Outra carta de 1954 se refere à possibilidade de Bohm se instalar em Israel, que havia sido fundado seis anos antes.

Einstein, que recusou uma oferta para se tornar o presidente do novo país, considerava que não era um bom momento para seu amigo tomar essa decisão. "Israel é intelectualmente vivo e interessante, mas tem possibilidades muito reduzidas e viajar com a intenção de abandonar o país na primeira ocasião seria lamentável", opinou.

Bohm ocupou em 1955 o posto de professor convidado do Instituto Tecnológico de Israel, em Haifa, mas dois anos depois se mudou para a Inglaterra, onde trabalhou nas Universidades de Londres e de Bristol, segundo o site da Winners.

Einstein era representante não residente da Universidade Hebraica de Jerusalém quando morreu, em 1955. Deixou para essa instituição os seus arquivos, a maior coleção do mundo de seus documentos.

As inscrições para a edição 2017 do concurso de cartas dos Correios estão abertas até o dia 17 de março e podem ser realizadas através do site dos CorreiosO tema deste ano é “Imagine que você é um (a) assessor (a) do novo secretário-geral da ONU – Qual é o problema mundial que você o ajudaria a resolver em primeiro lugar e de que forma você o aconselharia para isso?”. 

Os textos devem ser escritos à mão em formato de carta com caneta esferográfica preta ou azul e conter, no máximo, 900 palavras. Os estudantes devem passar por uma seleção prévia dentro de sua escola, que deve inscrever no máximo duas redações. 

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O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirma que os temas das cartas sempre abordam questões de grande importância no cenário mundial. “Com isso é possível analisar a visão dos jovens de todo o mundo sobre essas questões e medir o desenvolvimento educacional dos países membros da União Postal Universal”, disse.

O Brasil ocupa posição de destaque na premiação, com o segundo lugar em medalhas – são sete no total, três de ouro. O país está atrás somente da China, que tem nove medalhas, sendo cinco de ouro.

O projeto 'Cartas ao Mundão' promoverá uma oficina de formação para educadores que participarão da montagem de cine-clubes dentro das escolas de unidades socioeducativas da Região Metropolitana do Recife. A ação ocorre nesta terça (29) e quarta-feira (30), das 8h às 18h, no Centro Paulo Freire, no bairro da Madalena. 

O projeto visa a implementação de cine-clubes coordenados por educadores nas unidades, além da realização de oficinas de filmes nas escolas das unidades socioeducativas, com os jovens que se encontram cumprindo penas. Ao final do projeto, previsto para julho de 2017, haverá uma mostra reunindo todos os filmes-cartas e exercícios produzidos nas oficinas.  

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Várias crianças dos Estados Unidos estão enviando cartas ao presidente eleito Donald Trump pedindo que ele seja mais gentil. O projeto começou com Molly Spence Sahebjami, mãe que lançou um grupo no Facebook encorajando pais a divulgarem as cartas de seus filhos.

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O grupo fechado Dear President Trump: Letters from Kids About Kindness (Querido Presidente Trump: Cartas de crianças sobre gentileza) já conta com mais de 10 mil participantes. Ao Washington Post, Molly contou que a ideia surgiu após seu filho de cinco anos dizer que estava preocupado com a presidência de Trump por causa dos muçulmanos. 

"Talvez você devesse escrever uma carta para ele e nós poderíamos mostrar para ele", Sahebjami disse ao filho. A criança escreveu: "Querido presidente-eleito Trump, por favor seja um bom presidente. Seja gentil com todas as pessoas. Algumas pessoas na minha família são de uma religião especial e eles não são pessoas ruins".

Motivada pela carta, Molly conversou com amigos que também tinham filhos e decidiu criar o grupo no Facebook. A regra é que as cartas devem ser escritas por jovens abaixo dos 18 anos e que sejam positivas, não partidárias e em tom suave.

Sahebjami convenceu pais a postarem fotos das cartas dos seus filhos com a hashtag #kidsletterstotrump. Já o grupo no Facebook é fechado para manter "um ambiente positivo", disse ela ao Washington Post.

Entre as cartas escritas pelas crianças há mensagens como: "Se Trump ver todo mundo sendo gentil com o outro, talvez ele irá ser legal e parar de dizer coisas más", de uma criança de 4 anos; e "Querido Sr.Presidente, seja legal com as coisas. Não diga coisas más. Isto ajuda a me acalmar: meditação, leitura e descanso. Boa sorte com seu novo trabalho! Me avise se eu puder ajudar", de uma menina de seis anos. 

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Abby, de 6 anos, também se mostrou preocupada com as notícias de deportação de imigrantes ilegais. Ela escreveu: "Querido Sr. Trump, crianças da minha sala estão muito assustadas. Por favor não coloque elas para fora. Na minha escola, nós somos enviados para o muro quando estamos enrascados. Meus amigos não fizeram nada de errado. Não mande eles para o muro". 

O pequeno Henry disse: "Querido Sr.Trump, eu ganhei um prêmio na escola por bondade e respeito. Eu acho que você deveria ser gentil e não construir um muro entre México e América. Porque nós temos amigos lá. Por favor seja gentil", concluiu a criança. 

Ao site Katu, Sahebjami disse que tem esperança de que Trump seja afetado pela ação. "Se ele receber sacos e mais sacos de cartas de crianças, ele veria que esses são os americanos de todos os dias que querem que ele mantenha os altos padrões da bondade humana básica", comentou. 

Nesta quarta-feira (16), às 15h, a Campanha Papai Noel dos Correios 2016 abrirá a temporada regional de Natal, na Agência Central do Recife, localizada no Centro da cidade. Realizada há 27 anos, a ação consiste em atender ao pedido de presente de crianças carentes de Pernambuco, que escrevem ao Papai Noel.

A programação é aberta ao público e integra apresentações do Quarteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã e a participação de estudantes da rede pública de ensino, que vão ajudar a colocar as primeiras cartas no painel montado nas paredes da agência dos Correios.

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As cartas expostas poderão ser adotadas até o dia 20 de dezembro e os presentes devem ser entregues na mesma agência para que a entrega seja feita pelos Correios. Para preservar a segurança das crianças, não será permitida a entrega direta do presente — o endereço não é informado aos padrinhos e às madrinhas.

Em todo o país, nos últimos três anos, mais de 2,8 milhões de cartas foram destinadas ao Papai Noel dos Correios. Desse total, 1,9 milhão atendiam aos critérios da campanha e mais de 80% foram adotadas, o que equivale a 1,5 milhão de cartas.

Serviço

Lançamento regional da Campanha Papai Noel dos Correios

Quarta-feira (16) | 15h

Agência Central do Recife (Avenida Guararapes, 250 - Santo Antônio)

Gratuito

Após assumir de forma efetiva a Presidência da República, Michel Temer teve como um dos primeiros atos de seu governo assinar as cartas credenciais dos embaixadores brasileiros na China, Marcos Caramuru, e nos Estados Unidos, Sergio Amaral.

Para serem oficializados nos cargos, os dois diplomatas deverão entregar as cartas às autoridades daqueles países, como forma de se apresentarem como indicados do governo brasileiro para ocupar o posto de embaixadores. É no momento da entrega dessas credenciais que eles assumem as funções.

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De acordo com o Planalto, Temer recebeu ontem (31) felicitações de “líderes globais” pela posse efetiva no cargo de presidente do Brasil. Os primeiros países a se manifestar foram Estados Unidos, Argentina e Peru. Temer foi felicitado também pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Na mensagem enviada pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, John Kerry, os Estados Unidos disseram estar confiantes em manter o forte relacionamento bilateral que existe entre os dois países que representam “as maiores democracias e economias do hemisfério”.

Kerry reiterou a parceria entre Brasil e Estados Unidos no sentido de resolver questões de “mútuo interesse e desafios globais mais urgentes do século 21” e classificou como “essencial” a cooperação entre os dois países.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o Brasil é um "país irmão" da Argentina e que o governo de seu país tem interesse em avançar com as agendas bilaterais, regionais e multilaterais.

Logo após tomar posse no cargo, Temer também recebeu uma ligação do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ter a expectativa de que o Brasil, sob a liderança de Temer, continue a “estreita parceria” quer tem com a entidade.

Temer encontra-se, neste momento, a caminho da China, em sua primeira viagem oficial no cargo, para participar da reunião de cúpula do G20 e de encontros bilaterais com empresários e chefes de Estado. 

Na China, além das reuniões do G-20, Temer pretende se reunir com investidores e participar do encerramento de um seminário previsto para 2 de setembro, em Xangai, envolvendo empresários brasileiros e investidores chineses.

Nas reuniões com investidores estrangeiros – e nos encontros bilaterais que deverá ter com os líderes da China (Xi Jinping), da Espanha (Mariano Rajoy) e da Itália (Matteo Renzi), além do príncipe da Arábia Saudida (Mohammed Bin Nayef –, Temer pretende sinalizar que o Brasil está retomando sua atividade econômica e, assim, transmitir a ideia de que o país é seguro para receber investimentos.

Após o afastamento de Dilma Rousseff gerado pelo acolhimento do impeachment no Senado, parte da imprensa europeia passou a registrar algumas críticas ao processo de impedimento e ao novo governo Michel Temer. Como reação a alguns desses textos, autoridades brasileiras como o ministro de Relações Exteriores, José Serra, e o embaixador do Brasil para o Reino Unido, Eduardo dos Santos, têm tentado se defender com o envio de cartas para as publicações.

Nesta segunda-feira, 30, a edição impressa do Financial Times (FT) publica uma carta de José Serra em que o ministro rechaça a afirmação de que ele não gosta do Mercosul. A acusação foi publicada na semana passada em uma reportagem do próprio FT sobre as diferenças entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul. "José Serra deixou claro que não é fã do Mercosul e pode propor mudanças em breve", citou o texto original.

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"Ao contrário do que o artigo sugere, estou plenamente convencido da importância do Mercosul e estou pronto para trabalhar com nossos parceiros", diz Serra na carta. O tucano diz ainda que é altamente questionável a afirmação da reportagem de que há uma "nova divisão" no comércio da América Latina.

No texto, o FT usou tom elogioso para a Aliança do Pacífico e uma visão mais crítica ao Mercosul. O grupo do Pacífico "se intitula um pacto de comércio do século XXI baseado nas diretrizes da União Europeia". Já o Mercosul "tem um modelo mais tradicional de comércio negociado pelo Estado" e que "tem engasgado" desde a criação, diz o FT.

Quem também escreveu aos jornais foi o embaixador brasileiro em Londres, Eduardo dos Santos. Na semana passada, o jornal The Guardian publicou um manifesto com a acusação de que o impedimento de Dilma Rousseff é "um insulto à democracia brasileira".

Assinado por 20 deputados britânicos do Partido Trabalhista, do Partido Nacional Escocês e do partido galês Plaid Cymru, o manifesto argumenta que parlamentares brasileiros tentam se sobrepor ao voto de 54 milhões de eleitores.

Também na semana passada, a revista The Economist publicou reportagem em que critica o expediente para afastar Dilma ao citar que o processo foi resultado de "um jeitinho na Constituição".

Para rebater a crítica dos parlamentares britânicos, o embaixador Eduardo dos Santos defendeu o processo que levou Michel Temer à presidência. "Saliento que o processo de impeachment cumpre rigorosamente com os requisitos da Constituição Federal e do Estado de direito sob o escrutínio da Suprema Corte. É incorreto descrever o processo em curso como uma manobra política que ocorre contra a vontade do eleitorado", diz o embaixador em carta publicada pelo The Guardian no sábado, 28.

Santos argumentou que os milhões de votos recebidos por um presidente da República não impedem a abertura de um processo de impedimento caso haja crime de responsabilidade.

O manifesto dos parlamentares britânicos fez algum ruído nas redes sociais após mais de 23 mil compartilhamentos. A defesa do embaixador fez menos sucesso e conta, até agora, com 139 compartilhamentos.

A vencedora nacional deste ano do Concurso Internacional de Redação de Cartas, promovido pela União Postal Universal (UPU) e realizado no Brasil pelos Correios, é do Pará. Laryssa da Silva Pinto, de Oriximiná (cerca de 1800 km de Belém), foi a campeã da 45° edição do concurso. A aluna tem 15 anos e estuda na escola Professor Jonatas Pontes Athias, no primeiro ano do ensino médio. O tema deste ano foi " Escreva uma carta a você mesmo aos 45 anos".

Mais de 2.600 escolas públicas e particulares, em todo o Brasil, participaram do concurso deste ano com 4.419 redações de estudantes de até 15 anos, cerca de 700 redações a mais do que em 2015. Escolhida por uma comissão julgadora com representantes dos Correios, Ministério das Comunicações, Unesco do Brasil e Ministério da Educação, a vencedora da fase nacional receberá R$ 5.000 e troféu, em cerimônia realizada em Brasília. A escola receberá R$ 10.000 e troféu.

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A redação de Laryssa da Silva Pinto irá, agora, representar o Brasil na etapa internacional, a ser realizada em Berna, na Suíça. O Brasil já venceu a fase internacional, que acontece desde 1972, em três oportunidades e é o 2º país em número de vitórias, atrás apenas da China, com cinco. Ano passado, o estudante de Rondônia Leonardo Silva Brito, campeão na etapa nacional, alcançou a 3ª colocação na fase internacional da competição, em uma disputa que envolveu 1,5 milhão de alunos de 65 países. Em 2015, o tema do concurso foi “Escreva uma carta para descrever o mundo onde gostaria de crescer”. A classificação final do concurso por Estado está no link http://www.correios.com.br/sobre-correios/sustentabilidade/vertente-social/concurso-internacional-de-redacao-de-cartas

Leia a redação vencedora:

"Cara ViDavida,

Tenho pensado muito sobre você esses dias. Você bem sabe que ter 15 anos não é nada fácil. Parece que tentei fugir tanto da infância, que agora, quando me deparo com as incertezas, medos e pressões da adolescência, só me resta recorrer a você, o meu futuro.

Neste momento em que eu a escrevo, meu olhar está parado, como se tudo estivesse em um mesmo ponto. Os pensamentos voam, e, em minha opinião, se vê melhor o mundo com eles do que com os próprios olhos. Como disse um certo escritor “o pensamento atravessa as cascas e alcança o miolo das coisas. Os olhos só acariciam as superfícies”. Então, o que toca dentro de mim agora é a imaginação. Não pretendo ser a dona da verdade, pois esta, muitas vezes, não nos permite errar. O que permeia toda a minha mente agora são mais dúvidas que verdades. E é assim que começo a dizer o que meu presente espera de você.

Eu gosto da palavra dúvida. Ela nos permite mudar de opinião, não ser certo nem errado. A dúvida nos concede a escuta, e disso o mundo está muito carente. Já me encantei inúmeras vezes com os questionamentos do outro e isso me fez mudar de lugar, de opiniões. Desse modo, não tome minhas palavras como verdades irrefutáveis, mas considere o que for sensato.

Diante disso, espero que esta sede em compreender o meio a minha volta também permaneça em você. Eis, portanto, minha primeira expectativa: que não me canse de aprender. Contudo, para aprender é preciso também ensinar, então, acrescente em minha espera mais um princípio: faça-me aluna e professora do mundo.

Mas, por favor, não me ensine a fazer armas, bombas e guerra. Quero aprender a fazer paz, fazer justiça e ser amor. Quero ver no reflexo do mundo a minha casa e nas pessoas, minha família. Lecione-me, para que eu seja capaz de ser o que tanto falta em nosso redor hoje: a tolerância.

E, quando digo “ser” tolerância, embaso-me que hoje, na teoria, muitos dos politicamente corretos condenam Charlie Hebdo, entretanto, não estão aptos a enxergar nas preferências sexuais, vestuárias, políticas e religiosas do outro uma oportunidade para serem passíveis e compreensíveis. Por isso, minha segunda expectativa é que você seja inteiramente aberta ao diferente.

E por falar em religião, eis nossa principal solução, nosso principal problema e nossa maior descoberta até hoje. Afinal, é a nossa crença que nos concede vivacidade, já que por meio dela, acreditamos em algo maior e mais forte do que nós, a ponto de saciar nossos medos, nossas apreensões e todas as nossas impossibilidades humanas.

Entretanto, esse refúgio vem tornando-se cada vez mais motivo de rivalidades, bombardeios e mortes, ao ponto de que minha terceira expectativa é o fim do desrespeito a Alá, a Javé, a Buda, aos Orixás, a Jesus, a Tupã, enfim, é o surgimento de uma era ecumênica.

Uma vez que o tempo é capaz de curar, eu espero também que ele seja capaz de findar nossas mazelas internas e externas. Já que é impossível termos uma sociedade melhor se nós não formos pessoas melhores, se não abandonarmos nossas deficiências éticas e nossas corrupções diárias que mesmo que não incluam desvios de verbas ou lavagens de dinheiro, como fazem alguns dos nossos líderes políticos, são alicerçados nos mesmos motivos que os levam a corromper-se mais a fundo: o egoísmo.

Perante isto, minha quarta expectativa é que vivamos o melhor que o outro tem a nos oferecer, tendo em mente que nós devemos nos manter em conjunto, por que estamos entrelaçados ao ambiente que nos cerca. Reconheçamos, pois, isto. Somos ecossistema.

E quando enfim, esta consciência de respeito mútuo for levada em conta, tenho certeza de que serão as desigualdades sociais, de gênero e econômicas que se extinguirão, e não a nossa fauna, a nossa flora e os nossos biomas. Espero isto de você também, pode incluir: escrúpulos.

Porém, o mundo atual não é constituído apenas de consecutivos deslizes. Temos algo que transmite o que sentimos, que toca, que emociona e que está presente no interior de cada ser vivo, talvez no seu próprio existir, na sua conexão com o planeta. Esta dádiva que edifica o meio é a arte. E se todo artista é também um pouco altruísta, espero que esta se solidifique ainda mais no coração do mundo e na alma humana.

Posto todas essas minhas expectativas do auge da minha juventude e do mundo no ápice da sua insanidade desumana, considere-se, pois, um bote salva vidas. Desde já, por favor, reconheça sua importância em mudar. Tanto a mim, quanto ao mundo. Você não é só o porvir, você é a esperança. Mas sou eu, agora, que posso escolher que amanhã quero para o mundo. Porque o futuro é o segundo que se segue após este ponto final.

Com amor,

Eu 30 anos mais nova que eu mesma."

Informações da asseessoria de comunicação dos Correios.

 

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