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O Irã registrou 221 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, outro recorde que mostra que a epidemia avança no país.

"Infelizmente, nas últimas 24 horas perdemos 221 compatriotas devido à Covid-19. O número de mortes atualmente é de 12.305", declarou Sima Sadat Lari, porta-voz do ministério da Saúde, em discurso exibido na televisão.

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O Irã é o país mais afetado pela pandemia no Oriente Médio. O número de casos confirmados supera 250.000.

As autoridades determinaram o uso de máscara em locais públicos fechados e não descartam a adoção de novas restrições nas áreas mais afetadas.

Um resultado inconclusivo em seu teste para Covid-19 causou preocupação nesta quinta-feira no Real Madrid e tirou o atacante Vinicius Junior do último treinamento do time para a partida contra o Alavés, nesta sexta (10), no estádio Alfredo Di Stéfano, em Madri, pela 35.ª rodada do Campeonato Espanhol. Seguindo protocolos de saúde, o brasileiro teve que refazer o exame para afastar a possibilidade de testar positivo para o novo coronavírus.

Na entrevista coletiva por videoconferência desta quinta-feira, o técnico francês Zinedine Zidane comentou sobre a ausência de Vinicius Junior na atividade no CT de Valdebebas, nos arredores de Madri, e revelou que o resultado do novo teste deve sair em breve.

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"Não é que ele tenha coronavírus; É que, às vezes, ao fazer o exame se dá um erro e precisa repetir. Foi feito pela manhã e à tarde saberemos o resultado. Não há problemas e o lógico é que esteja conosco amanhã (sexta-feira)", disse o treinador.

Nesta quarta-feira, outro jogador do Real Madrid, o atacante sérvio Luka Jovic, se isolou por conta do risco de contágio pelo novo coronavírus. Ele esteve em contato com um amigo que apresentou teste positivo e o clube decidiu aplicar o protocolo de segurança. Apesar de estar em quarentena, o resultado do exame de controle que Jovic se submeteu deu negativo. Ainda assim, está pendente um segundo teste para que anos possa voltar aos treinamentos normalmente.

"Vocês têm a informação e, como não queremos arriscar, ele (Jovic) não está conosco. São coisas que acontecem. É verdade que ele não está muito feliz, sobretudo com a lesão. Mas é um jogador muito bom, um atacante que faz gols, mas não jogou muito. Contamos com ele para o próximo ano. Houve pequenas coisas, mas como jogador é bom", afirmou Zidane.

Para encarar o Alavés, o treinador poderá contar com o retorno do meia Hazard, uma vez que o belga treinou normalmente após sobrecarga muscular. "Ele não tem medo, mas é a terceira recaída e o incomoda um pouco. Aqui há quem saiba muito mais que eu e a imagem (exame) está limpa, está perfeita. Mas as dores são normais depois de um jogo ou treino forte. Ele não tem medo e quer ajudar o time e estará conosco amanhã", completou.

O laboratório de virologia de Wuhan, acusado de ter liberado o vírus que causou a pandemia de Covid-19, defendeu suas medidas de segurança em reportagem exibida pela televisão chinesa.

Localizado na cidade onde o vírus apareceu no final do ano passado, o laboratório P4 trabalha com cepas de vírus particularmente perigosas, e há hipóteses que sugerem que esteve na origem da pandemia.

O diretor do Laboratório Nacional de Biossegurança, Yuan Zhiming, rebateu essa ideia em uma reportagem produzida pela televisão estatal CCTV.

"Sem autorização, nenhum mosquito pode entrar no laboratório", disse Yuan na matéria que parece ter sido realizada dentro das instalações, inauguradas em 2017.

"Nenhum dos nossos técnicos de laboratório pode tirar nem uma gota de água, ou um pedaço de papel", assegurou.

Segundo o diretor, "as pessoas que imaginam que poderíamos tirar animais do laboratório para vendê-los, ou que poderiam ter escapado, não têm ideia do nosso funcionamento".

A teoria de maior consenso é que o vírus teria sua origem em um morcego, ou um pangolim, e que depois passou para o Homem.

O provável local de contaminação seria um mercado de Wuhan, onde animais selvagens eram vendidos vivos.

A epidemia já contaminou 12 milhões de pessoas no mundo, com mais de meio milhão de mortes.

Yuan Zhiming considerou "natural" seu laboratório despertar suspeita, porque é o mais próximo do epicentro da epidemia. Ele disse, porém, estar confiante de que "os rumores se dissiparão progressivamente".

"Não houve fuga de patógenos, ou contaminação humana", no laboratório, construído em colaboração com a França, frisou o diretor.

Segundo Yuan, embora pareça que o laboratório seja "uma caixa-preta secreta", na verdade, é "muito aberto e transparente" e espera receber pesquisadores estrangeiros no futuro.

Apesar dos vários pedidos, a AFP não obteve autorização para visitar o laboratório, desde o início da pandemia.

Estados Unidos e Austrália, entre outros países, acusam a China de falta de transparência e pediram uma investigação internacional sobre a origem do vírus.

Os médicos brasileiros e agentes de saúde destacados nas aldeias da terra indígena yanomami descartam o uso da cloroquina como a principal ferramenta no combate ao novo coronavírus nas aldeias isoladas da região.

A cloroquina, cuja eficácia contra a Covid-19 não foi comprovada cientificamente, é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e recomendada pelo Ministério da Saúde inclusive para pacientes com sintomas leves.

"Não tem um protocolo único. Infelizmente a gente não tem um remédio que a gente fale que com certeza vai tratar" a doença, explicou à AFP a médica Maria Letícia Nascimento, que fez parte de uma operação de saúde interministerial liderado no fim de junho pelas Forças Armadas em três comunidades do território yanomami, no extremo norte do Brasil.

Nas instalações militares da região de Surucucu, encravada na Amazônia e a quase 300 km da capital de Roraima, Boa Vista, Nascimento realizou durante a operação dezenas de exames rápidos.

Em quinze minutos, dez jovens se submeteram ao furo no dedo. Outros observavam curiosos pelas frestas da janela do pequeno quarto onde médicos, cobertos com aventais, luvas, máscaras e viseiras, coletavam as amostras.

Na região de Surucucu, as mulheres vestem ornamentos tradicionais fúcsia e carregam seus bebês em cintas intrincadas que lhes permitem manter os braços livres. Traços em vermelho escuro, feitos com urucum, estampam seus rostos, adornados também com flores, folhas e piercings de palitos finos de madeira.

Ao redor é só verde e azul, um horizonte de floresta e céu. O sol é abrasador.

As autoridades levaram 82.000 comprimidos de cloroquina às comunidades e a dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) do estado de Roraima, estruturas que atendem os indígenas nas aldeias, onde a medicina também é utilizada para combater a malária.

"A cloroquina está na região há mais de 50 anos", disse o porta-voz do ministério da Defesa, vice-almirante Carlos Chagas, respondendo às críticas contra o envio do medicamento.

Também foram levados máscaras, luvas, antibióticos, testes rápidos, corticoides e antigripais. Os insumos devem atender 75.000 indígenas nas terras Yanomami e Raposa Serra do Sol, ambas no norte, na fronteira com a Venezuela.

"Ficou a critério médico, mas a indicação é que é usada em casos mais graves, via assistência hospitalar para que seja acompanhado. Aqui na área mesmo usa-se azitromicina, antitérmico e xarope", disse Giovani Carvalho, agente de saúde na região de Auaris, a noroeste de Surucucu.

Nas duas comunidades, os protocolos não foram acionados, visto que nenhum caso positivo foi registrado. Segundo cifras oficiais, há 186 casos de contágio entre indígenas yanomami, a maioria na cidade, e quatro óbitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (9) a criação de um comitê independente para investigar a gestão da entidade durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Segundo o anúncio do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o grupo será liderado pela ex-premier da Nova Zelândia Helen Clark e pela ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf. Os resultados da investigação serão divulgados em uma assembleia geral em novembro.

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Ao anunciar a criação do comitê, Ghebreyesus ressaltou que esse tipo de análise também deve ser feita por todos os governos globais.

"Todos nós temos o dever de olhar no espelho. A OMS, os Estados-membros, todos aqueles que foram envolvidos na resposta à crise. Estamos combatendo a batalha da nossa vida e precisamos fazer melhor. Não só agora, mas também no futuro. Esse tipo de ameaça não cessará e, com toda a probabilidade, se tornará mais agressiva", ressaltou o diretor.

O líder da OMS reconheceu que "o mundo não estava pronto" para uma pandemia como essa, mesmo que "por muitos anos, muitos de nós alertaram sobre o grande perigo de uma catastrófica pandemia respiratória". "Isso não era uma questão de 'se', mas de 'quando'", pontuou ainda.

Ghebreyesus ainda voltou a pedir a união entre as nações para derrotar a Covid-19, afirmando que a única maneira de derrotá-la é "permanecer juntos".

"O único caminho a seguir é a da unidade. O vírus prospera nas divisões, mas é alvo de obstáculos quando somos unidos. A maior ameaça agora não é o vírus em si, mas a falta de amizade e solidariedade em níveis globais e nacionais. Não podemos derrotar essa pandemia em um mundo dividido", ressaltou.

A OMS foi duramente criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que a entidade estava muito próxima da China e não deu a resposta adequada no início da pandemia. Por conta disso, ele oficializou a saída da nação do quadro de Estados-membros da OMS.

Matérias da mídia norte-americana também afirmaram, em falas que foram negadas posteriormente, que houve muita pressão interna de diretores contra Pequim, que teria demorado a passar o código genético do novo vírus e informações iniciais sobre a Covid-19.

No entanto, a União Europeia e os países asiáticos sempre defenderam a OMS, ressaltando o fato do novo coronavírus causar uma doença completamente desconhecida. Porém, todos foram unânimes em fazer essa investigação para analisar tanto como foi a resposta de maneira geral como se ela foi feita de maneira rápida e clara com as informações que estavam disponíveis no momento.

Conforme dados do Centro Universitário Johns Hopkins, já são mais de 12 milhões de casos da Covid-19 registrados no mundo desde janeiro, com 550.135 mortes confirmadas.

Da Ansa

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou na manhã desta quinta-feira (9) que o novo coronavírus não está sob controle na maior parte do mundo. "Está piorando. A pandemia ainda está acelerando", alertou, em coletiva de imprensa. "O número total de casos dobrou nas últimas seis semanas", completou.

Segundo dados da OMS divulgados hoje, já são 11,8 milhões de casos em todo o mundo, com mais de 544 mil vidas perdidas. Mesmo assim, Tedros reforçou que alguns países conseguiram conter a escalada da doença tomando medidas de saúde pública "abrangentes", baseadas em testagem em massa e isolamento. "Não há resposta fácil, Mas alguns países controlaram o vírus. Devemos aprender com suas experiências e seguir seu legado", afirmou a jornalistas em Genebra, Suíça.

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A OMS ainda reiterou que fará uma avaliação independente de seu trabalho frente à pandemia.

Hong Kong reforçou, nesta quinta-feira (9), as medidas de distanciamento social para lutar contra um recente aumento de casos de coronavírus na cidade, que havia conseguido, em grande medida, limitar as infecções locais nos últimos meses.

As autoridades sanitárias deste território de 7,5 milhões de habitantes estão preocupadas com o recente aparecimento de novos surtos e com a multiplicação do número de casos.

Nas últimas 24 horas, a cidade registrou 34 infecções, o número mais alto em um único dia em mais de três meses.

As autoridades anunciaram que o número de pessoas que poderão se reunir em bares e restaurantes voltará a ser limitado, como há algumas semanas.

Hong Kong foi um dos primeiros lugares do mundo a ser atingido pelo novo coronavírus no início do ano, depois do surgimento da Covid-19 na China.

Os moradores da cidade nunca foram submetidos a um confinamento, mas, traumatizados pela epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) de 2003, que causou 299 mortes, usavam máscaras e mantinha distância uns dos outros.

Desde o início da epidemia, o número total de casos registrados em Hong Kong chega a 1.365, com sete óbitos.

Novos surtos começaram a aparecer nos últimos dois dias, particularmente em um lar para idosos, onde ao menos 32 casos foram relatados.

A origem de pelo menos 12 novas infecções nos últimos cinco dias é desconhecida.

Em junho, Hong Kong flexibilizou suas normas de distanciamento social para permitir reuniões públicas de até 50 pessoas, reabrir parques temáticos e eliminar as restrições de clientes nos restaurantes.

A Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, começa nesta quinta-feira (9) com debates, palestras e atividades pela internet. O formato foi necessário para se adaptar às condições da pandemia do novo coronavírus. Por isso, o tema desta edição será “Reboot the World” (Reiniciar o mundo).

Segundo a organização, o evento vai reunir 1.841 conferencistas e participantes de 31 países dos cinco continentes. Além do evento global, haverá programações específicas para Brasília, Goiás e o Amazonas. As atividades serão transmitidas pelo site do evento.  

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No chamado “palco principal” estão previstas conferências sobre diversos temas, especialmente voltados à transição ao “novo normal” e às novas formas de desenvolvimento e uso de tecnologias neste novo cenário. Entre as palestras estão análises sobre as mudanças, neste contexto, na internet, na inovação, na liderança das mulheres e no mundo do trabalho.

Entre os conferencistas confirmados estão Edward Snowden, ex-agente da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos que divulgou práticas de espionagem massiva por governos, Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, e John Hall, presidente do conselho do Instituto Profissional Linux.

Na discussão sobre o mundo pós-pandemia, ou ainda durante ela, especialistas vão refletir sobre o uso de soluções como a realidade virtual a ampliada, a aprendizagem de máquina, finanças digitalizadas e coleta e análise de dados.

 “O objetivo é desenvolver soluções tecnológicas que ajudem a atingir as metas traçadas dos 17 Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Queremos que esse formato digital facilite a interconexão de pessoas de vários países e que essa troca de conhecimento seja intensa, ao ponto de trazer novas alternativas para esse mundo pós-pandemia”, afirma o presidente do Instituto Campus Party, Francisco Ferrugia.

Ele diz que neste ano haverá palestras tanto em inglês quanto em português. A expectativa de público é de cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil e 10 milhões em todo o mundo. “Como agora estaremos em um ambiente digital, esse número pode ser ainda maior”, acrescenta Ferrugia.

Uma série de palestras (apelidada de Green Deal) terá como foco específico a sustentabilidade, trazendo discussões sobre o futuro da água, a contribuição da ciência, a importância da reciclagem, cidades criativas, ecomarketing, uso de inovação na Amazônia e robótica sustentável.

A maioria de restaurantes e bares da cidade de São Paulo preferiu continuar fechada, mesmo após o sinal verde dado pela Prefeitura. Pesquisa feita na capital na segunda (6) e na terça-feira (7) com 140 estabelecimentos aponta que 80% dos bares e 59% dos restaurantes não abriram as portas. E pretendem continuar assim, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP).

Os estabelecimentos podem funcionar entre 11 horas e 17 horas e é proibido colocar mesas na calçada. Oito em cada dez bares afirmaram não ser possível reabrir com esse horário e 55% disseram que a proibição de mesas na calçada afeta o negócio.

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Percival Maricato, presidente da Abrasel em São Paulo, aponta vários fatores para explicar a baixa adesão à retomada. "Há muita insegurança da parte dos empresários: a Prefeitura vai voltar atrás, o cliente vai aparecer?", questiona.

Além disso, ele ressalta as restrições ao horário de funcionamento que tornaram operação mais cara e o faturamento muito menor em relação a períodos de normalidade. Do jeito que foi feito, diz Maricato, ficou inviabilizado o negócio para os estabelecimentos que servem café da manhã, pizzarias e bares, estes dois últimos com maior concentração do movimento no período noturno. "O que queremos é que abertura pelo período de seis horas seja flexibilizada, de acordo com o perfil do estabelecimento, com os bares à noite, por exemplo", diz.

Saúde

Para o empresário Facundo Guerra, sócio do Grupo Vegas, com seis bares fechados espalhados pela cidade, entre os quais os icônicos Riviera e Cine Joia, a questão da reabertura envolve outros aspectos. "Não vou reabrir porque os bares são vetores de transmissão do vírus e só vou retomar quando puder levar a minha mãe, de 70 anos, para jantar", diz o empresário.

Além da questão ética, Guerra lembra da financeira. Ele conta que, nos seis bares, demitiu mais de 200 pessoas, desmobilizou as equipes. Para retomar, teria de investir em treinamento e adaptações num momento em que o Grupo Vegas está com caixa negativo. "Muitos bares que vão tentar retomar agora vão acabar quebrando porque não há garantias de que esse investimento necessário à reabertura tenha retorno, o público não está respondendo."

Ele destaca que o horário de funcionamento não é adequado nem para bares nem restaurantes, porque 70% do movimento ocorre à noite.

Esse é o desafio enfrentado por Gabriel Pinheiro, dono da Pizzaria Villa Roma Bistrô, com uma unidade nos Jardins e outra no Tatuapé. A maioria da clientela é de pessoas que trabalham nas imediações. Agora, como estão em home office, a freguesia diminuiu muito. "Só para almoço não vamos reabrir."

Para manter a marca ativa na cabeça dos clientes, o restaurante está trabalhando por meio de serviço entrega (delivery) e, mesmo assim, com prejuízo. "Delivery representa 20% do meu faturamento."

Maricato diz que 60% dos estabelecimentos aderiram ao delivery, que é um "respiro", mas não resolve o problema. Nas suas contas, desde o início da pandemia 50 mil estabelecimentos deixaram de funcionar definitivamente no Estado. Isso representa cerca de 300 mil trabalhadores na rua, muitos deles microempresários.

Fraqueza

Os bares e restaurantes que reabriram desde segunda-feira tiveram movimento muito fraco, segundo a Abrasel. Por isso, o tradicional Rei do Filet, com duas unidades na capital, continuou com os salões fechados e só atendendo por delivery.

Carlos Henrique de Freitas, sócio do restaurante, que está há 106 anos no mercado, está adiando a reabertura. "É muita exigência para pouco cliente. O povo está com medo, está sem dinheiro e não sei se vale a pena voltar. Estamos devendo empréstimos e no limite do cheque especial, infelizmente o nosso restaurante está mais para o não vai do que vai."

Alex Atala, dono dos restaurantes Dalva e Dito e do D.O.M, informa por meio de nota, que não tem data prevista para reabertura das unidades.

Procurada para saber se os poucos bares e restaurantes que reabriram estão seguindo as normas, a Prefeitura informou, por nota, que "a fiscalização do cumprimento dos protocolos se dá por auto-tutela do próprio setor". Na segunda e ontem não houve autuações.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Até o fim de 2020, o número de mortes relacionadas à fome no mundo chegará a 37 mil por dia. A previsão consta no relatório da ONG Oxfam, divulgado na quarta-feira (8), com base em dados da ONU. Em 2019, as mortes diárias em razão da crise alimentar chegaram a 25 mil, mas os efeitos da pandemia devem ampliar em 12 mil o total neste ano - alta de 48%.

O estudo identifica que os casos mais graves se concentram em nove países e uma região onde vivem 65% da população global em situação de crise alimentar. A maior parte está em áreas de conflito, na África e no Oriente Médio, mas países como Brasil, Índia e África do Sul também terão de lidar com aumento da fome. "Veremos um aumento das pessoas passando fome no Brasil e precisamos tomar as medidas necessárias. Agora e depois da pandemia", afirmou Maitê Guato, gerente de programas da Oxfam Brasil.

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De acordo com ela, programas como o auxílio emergencial enfrentam dificuldades para atingir todos os necessitados e milhares de cidadãos não têm celular, acesso à internet ou e-mail para se cadastrar e receber o recurso. "Os impactos sociais e econômicos vão perdurar por um tempo mais longo que a pandemia. Se suspendermos esses auxílios, tanto o emergencial quanto o apoio para manutenção de emprego e renda, empurraremos milhões de pessoas para a extrema pobreza e a fome", disse.

Para o Brasil, que deixou o Mapa da Fome em 2014, a Oxfam faz um alerta. José Graziano, ex-diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), sustenta que a fome no Brasil é um problema de acesso. "Produzimos e exportamos em grande quantidade. A questão é como fazer o alimento chegar às pessoas", afirma.

Na visão dele, o País vem desmontando as políticas públicas de redução da insegurança alimentar, citando a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) como exemplo.

Graziano, ministro petista entre 2003 e 2004, diz ainda que há a necessidade de cooperação entre os setores privado, público e a sociedade civil para chegar a resultados melhores. "Não são os governos que acabam com a fome, são as sociedades. O governo sozinho pode fazer pouco sem o setor privado, que é fundamental no equacionamento de um sistema alimentar mais justo", afirma.

Em seu relatório, a Oxfam cita seis ações necessárias para reduzir a insegurança alimentar no mundo, que em 2019 afetou a vida de 821 milhões de pessoas - quatro vezes a população do Brasil. Com a pandemia, mais 122 milhões podem entrar na estatística, chegando a mais de 900 milhões de indivíduos em situação de extrema vulnerabilidade.

Uma das medidas propostas é financiar o envio de ajuda humanitária da ONU, considerada fundamental para garantir a vida e a subsistência de milhões em países pobres. Em um contexto de recrudescimento do nacionalismo, a Oxfam considera as ações multilaterais coordenadas.

Um segundo ponto é o fortalecimento de sistemas alimentares, deixando-os mais sustentáveis e menos suscetíveis a interrupções, como fechamento de fronteiras. "Vivemos em um mundo que produz mais alimentos do que seria necessário e ainda assim temos índices altíssimos de fome", afirmou o economista Walter Belik, professor da Unicamp, especializado em segurança alimentar e um dos criadores do Programa Fome Zero no Brasil.

Neste ano, o FMI prevê queda de 4,9% na economia global, o que acabaria com 300 milhões de empregos em tempo integral e dificultaria o acesso à renda para outros 2 bilhões de trabalhadores informais em todo o mundo. "A pessoa perde trabalho, renda e não tem como ter acessar a comida", diz Belik.

Segundo o economista, os países deveriam elevar a produção local de alimentos e deixar de depender tanto de exportações. "Seria muito mais viável e saudável produzir localmente, ter circuitos curtos e depender menos de fluxos internacionais. Uma paralisação como essa fez cargueiros ficarem parados em portos e criou crises de abastecimento sérias em muitos países", afirma Belik, que defende também a criação de estoques estratégicos para que países evitem o desabastecimento.

Em junho, a ONU estimou que a pandemia jogaria mais 49 milhões de pessoas na pobreza extrema. "O número de pessoas expostas a uma grave insegurança alimentar vai crescer rapidamente. A queda de um ponto porcentual no PIB global significa mais 700 mil crianças desnutridas", disse António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.

Os países em desenvolvimento são particularmente afetados pelo confinamento em razão da dependência que têm da economia informal. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 1,6 bilhão dos 2 bilhões de trabalhadores informais serão afetados pelas restrição de movimento, a maioria em países da América Latina, Ásia e África.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capital da Sérvia foi palco na noite desta quarta-feira (8), pelo segundo dia consecutivo, de confrontos violentos entre a polícia e manifestantes indignados com a formo como o governo combate a pandemia de coronavírus.

Nuvens de gás lacrimogêneo e fumaça encheram o centro de Belgrado em meio a cenas caóticas que lembravam a violência da noite anterior, quando a polícia dispersou milhares de pessoas que saíram para protestar contra o retorno do confinamento no fim de semana devido ao aumento de novos casos da Covid-19.

Embora o presidente Aleksandar Vucic tenha dito nesta quarta que é provável que o toque de recolher do fim de semana seja suspenso, milhares de pessoas se reuniram em frente ao parlamento novamente para protestar.

A indignação está concentrada no presidente, a quem os críticos acusam de ter favorecido uma segunda onda da epidemia ao suspender muito rápido o confinamento para realizar as eleições de 21 de junho.

"O governo apenas procura proteger seus próprios interesses, as pessoas são danos colaterais", disse Jelina Jankovic, 53 anos, no meio do protesto.

O Partido Progressista Sérvio de Vucic (SNS) venceu confortavelmente a eleição em uma votação boicotada pela oposição.

Desde então, as infecções pelo novo coronavírus dispararam para mais de 300 casos por dia, superlotando hospitais.

"Já tivemos o suficiente com a manipulação dos dados da Covid-19", disse outra manifestante, Danijela Ognjenovic, referindo-se às acusações de que as autoridades estão subestimando o número de mortos.

Após um começo pacífico, a manifestação desta quarta-feira acabou tendo cenas de violência, depois que alguns manifestantes lançaram objetos nos policiais, que reagiram com gás lacrimogêneo.

Quando boa parte da multidão que estava em frente ao Parlamento se dispersou, a polícia de choque ainda perseguia manifestantes nas ruas próximas.

- Brutalidade policial -

Durante o dia, Vucic disse que ainda era a favor de uma nova fase de confinamento a partir do fim de semana, mas que uma equipe de crise do governo "decidirá amanhã" (na quinta-feira).

"Definitivamente haverá um aperto nas medidas para Belgrado", embora a "equipe de crise pareça achar que não deve haver toque de recolher", afirmou o presidente.

Vucic chamou os manifestantes de "fascistas" e disse que havia suspeita de "intromissão da inteligência estrangeira", sem fornecer nenhuma evidência.

O presidente sérvio também reconheceu que alguns policiais, acusados de força excessiva na noite de terça-feira, "falharam" e seriam responsabilizados.

Estima-se que os confrontos na véspera tenham deixado cerca de 60 feridos, incluindo manifestantes e policiais.

As cenas de brutalidade policial foram registradas pela televisão, incluindo um incidente na terça em que policiais usaram cassetetes para espancar três homens sentados pacificamente em um banco.

A Comissão de Direitos Humanos do Conselho da Europa condenou a "dispersão violenta de manifestantes", dizendo que "levanta sérias preocupações com os direitos humanos".

A nova onda de casos de coronavírus ocorre dois meses depois que a Sérvia suspendeu quase todas as restrições para permitir grandes eventos esportivos com milhares de espectadores e eleições em junho.

Nas últimas duas semanas, as infecções diárias dispararam, enquanto o país registrou seu pior dia na terça-feira, com 13 pessoas mortas pelo novo coronavírus.

Até agora, o governo registrou quase 17.000 infecções e 330 mortes em uma população de sete milhões.

O número de casos de Covid-19 em Tulsa, no sul de Oklahoma, aumentou pouco mais de duas semanas depois que o presidente Donald Trump realizou um comício eleitoral na cidade, informou na quarta-feira (8) a autoridade de saúde local.

Depois que o número de diagnósticos positivos diminuiu 20% entre a semana de 28 de junho e 4 de julho, o Departamento de Saúde de Tulsa registrou mais de 200 novos casos diariamente desde segunda-feira (6), chegando a 266 na quarta.

Quando perguntado se essa explosão de casos foi provocada pelo evento da campanha de Trump em 20 de junho, o diretor de saúde de Tulsa, Bruce Dart, disse que estava "mais do que provável" ligado a "vários eventos importantes que ocorreram recentemente na duas semanas."

Milhares de apoiadores do presidente participaram desse comício, o primeiro desde o início da pandemia, que ocorreu em um estádio.

O evento chamou a atenção por contar com uma multidão num local fechado, sem distanciamento social e relutante em usar máscaras, como o próprio presidente.

Os organizadores mediram a temperatura na entrada do público e distribuíram máscaras, cujo uso não era obrigatório. E as imagens mostraram uma esmagadora maioria do público com o rosto descoberto.

Vários membros da equipe de campanha republicana testaram positivo para COVID antes e depois do comício de Tulsa, assim como vários agentes do Serviço Secreto, responsáveis pela segurança do presidente.

Milhares de pessoas também haviam participado das celebrações do "Juneteenth" em Tulsa no dia anterior, data da libertação dos últimos escravos no Texas em 1865.

Ao contrário do comício de Trump, quase todos os participantes dessa celebração ao ar livre usavam máscaras e mantinham a distância social necessária, afirmou um jornalista da AFP.

O telefone não para de tocar na central de consulta sobre a Covid-19 de Bishkek, capital do Quirguistão, que, como outros países da Ásia central, enfrenta a segunda onda da pandemia.

"Quando abrimos no início de abril, muitas ligações não eram sobre questões médicas. Mas hoje, praticamente todas tratam dos sintomas do vírus", explica Askhat Adbykerimov, coordenador da central.

De acordo com o governo quirguiz, as ligações multiplicaram por 13 em junho. A central, que tem 60 profissionais da saúde e estudantes, recebe no mínimo 3.000 ligações por semana.

A cidade de Bishkek se tornou o novo epicentro da pandemia na Ásia central, após a flexibilização das medidas de confinamento em maio no Quirguistão, Uzbequistão e Cazaquistão.

Na terça-feira, o Quirguistão tinha mais de 5.000 casos ativos, ou seja, 10 vezes mais que antes do fim do confinamento em 25 de maio.

As autoridades declararam 99 mortes provocadas pelo novo coronavírus, mas as redes sociais estão repletas de manifestações de pêsames e pedidos de ajuda para hospitais saturados, o que indica que o balanço real é muito mais grave.

Aigul Sarykbayeva, de 54 anos, espera receber medicamentos no principal ginásio de esportes de Bishkek, transformado em hospital de campanha. Ela ainda não conseguiu fazer o teste da COVID-19.

Depois de uma radiografia dos pulmões, ele foi diagnosticado com uma pneumonia. "Às vezes me pergunto se ainda conheço alguém que não ficou doente", afirma.

- "Celebrar o quê?" -

Os hospitais do Cazaquistão, a mais rica das cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia central, também estão saturados. O número de casos multiplicou por quatro desde o início de junho.

As autoridades cazaques, que lamentam a redução dos estoques de remédios, registravam até terça-feira mais de 49.000 casos e 264 mortes. Na semana passada, o país voltou a impor medidas de confinamento.

Em Almaty, capital econômica da nação, Yevgueni Yeremin espera em uma longa fila para comprar medicamentos como paracetamol.

Ele pensava que o coronavírus era uma "piada" ou "uma história política" até que seu avô morreu em consequência da doença e sua mãe ficou gravemente doente com sintomas da COVID-19.

Nas redes sociais, muitas pessoas criticaram o espetáculo de fogos de artifício organizado na segunda-feira em Nur-Sultan, capital do país, para celebrar os 80 anos do dirigente histórico do país, Nursultan Nazarbayev, que testou positivo para o coronavírus, mas não apresentou sintomas.

"Fogos de artifício para celebrar o quê?", questionou Dimash Kudaibergen, um famoso cantor local, também muito conhecido na China.

"As pessoas não conseguem encontrar cilindros de oxigênio e, enquanto isso, organizam fogos de artifício", completou em sua página do Instagram, que tem mais de 3,3 milhões de seguidores.

- Carências -

No Quirguistão, país pobre da região, as autoridades têm pouca margem de manobra. O governo admitiu que, mais do que reforçar o sistema de saúde, a ajuda repassada pelas instituições internacionais permite sobretudo pagar os salários dos funcionários e compensar os déficits orçamentários agravados pela crise.

As ajudas têm sido muito úteis, no entanto, para a central de ajudas de Bishkek, que a princípio tinha apenas 12 voluntários e conseguiu ampliar o campo de ação.

Shamil Ibragimov, diretor da filial quirguiz da Fundação Soros, que apoiou o projeto, destaca, porém, que uma medida assim tem um impacto muito limitado, pois a central "não criará novas ambulâncias ou leitos de hospitais".

"Por onde você olha há carências em todo o sistema", lamenta.

A Fórmula 1 pretende realizar mais oito provas neste ano, mas nenhuma delas será no Brasil. O Estadão apurou que em breve a categoria vai divulgar o calendário complementar da temporada de 2020 e devido à pandemia do novo coronavírus, nenhuma das etapas previstas será nas Américas. O campeonato mundial deste ano ficará com etapas concentradas na Europa, Ásia e Oriente Médio.

A categoria divulgou até agora um calendário de oito provas, todas na Europa. A primeira delas foi na Áustria, no último domingo. A Fórmula 1 planeja fechar o ano com um total de 15 a 18 corridas, mas deve bater o martelo mesmo para disputar 16. Os oito compromissos restantes devem até contemplar pistas novas. Além do Vietnã, que já estava originalmente no calendário para 2020, os circuitos de Mugello, na Itália, e do Algarve, em Portugal, estão entre os mais cotados.

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A pista de Mugello, aliás, será a primeira na lista de novas corridas incluídas no calendário. O circuito pertence à Ferrari, que já revelou estar com um acordo encaminhado com a categoria para a corrida, que seria realizada em setembro logo depois do GP da Itália, em Monza. "Nós estamos em contato com a Fórmula 1 para fazer essa corrida,", disse o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, para a emissora Sky Italia. "Está 98% certo que iremos para lá, mas não celebramos até haver uma assinatura".

Ainda em setembro, a Fórmula 1 vai realizar uma nova prova na Europa. Caso a Rússia não apresente condições de sediar um GP, a corrida será no Algarve, no sul de Portugal. Novamente o circuito português será a alternativa para a categoria se o Vietnã não receber uma corrida, prevista para outubro. Nesse mesmo mês, aliás, a F-1 quer realizar duas etapas na China, talvez até mesmo com a presença de torcida.

Em novembro, mês em que geralmente é disputado o GP do Brasil, a temporada deve migrar para o Oriente Médio. O Bahrein deve receber duas provas seguidas. A tendência é a segunda dessas etapas até utilizará um traçado diferente do autódromo para trazer um desafio maior aos pilotos. Por fim, em dezembro, o encerramento da temporada continua para Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Antes da eclosão da pandemia, a temporada de 2020 previa corridas em outubro e novembro nos Estados Unidos, México e Brasil. Porém, já na semana passada o chefe da categoria, o americano Chase Carey, já havia indicado o risco dessas três etapas não serem incluídas. "Quando você olha para Estados Unidos, México e Brasil, claramente agora eles parecem ter uma incidência maior de infecções (da covid-19) do que em outros lugares. Então, (estamos) tentando obter orientação desses lugares sobre o que é possível, o que podemos fazer", comentou.

A organização do GP do Brasil, por sua vez, afirma que continua se preparando para realizar a prova em novembro deste ano. "Já foi encaminhada à FOM (Formula One Management) solicitação para mudança da data original do dia 15 para o dia 8 de novembro para não coincidir com as eleições", disse em nota via assessoria de imprensa. Procurada pela reportagem, a Fórmula 1 não retornou o contato.

Presença constante como etapa oficial da categoria desde 1973, o Brasil deve ficar fora pela primeira vez. Fora a preocupação com a pandemia, também pesa contra a logística e os gastos elevados de se realizar uma prova isolada e distante da Europa. Valeria a pena somente vir para as Américas caso fosse possível disputar pelo menos duas etapas em países próximos.

A pandemia deixa o futuro do autódromo de Interlagos bastante incerto com a Fórmula 1. A cidade de São Paulo tem contrato para receber a categoria somente até este ano. Apesar de afirmar que mantém negociações com a categoria para renovar o acordo, o Estadão revelou que quem tem conversas encaminhadas para passar a receber a prova brasileira é o Rio de Janeiro. A cidade quer realizar a prova no autódromo previsto para ser construído em Deodoro, na zona norte da capital fluminense.

O Brasil registrou mais 1.223 novas mortes por covid-19, segundo boletim atualizado divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 8. Com isso, chega a 67.964 o total de óbitos pela doença no País.

De ontem para hoje, foram confirmados 44.571 novos casos da covid-19, elevando o número de infectados no País para 1.713.160. Desse total, 1.020.901 (59,6%) são considerados recuperados e 624.295 (36,4%) em acompanhamento.

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O dado do ministério não significa que todas as mortes ocorreram nas últimas 24h. Os casos, no entanto, estavam em investigação e foram confirmados neste período. Há ainda cerca de 4.105 mortes em avaliação.

São Paulo é o Estado brasileiro com maior número de casos confirmados da doença, 341.365, e óbitos, 16.788. O Ceará ocupa a segunda posição, com 128.471 casos de covid-19 e 6.665 mortes. Em seguida, o Rio de Janeiro tem 126.329 infectados e 10.970 mortes.

Questionado sobre orientações para quem teve contato com o presidente Jair Bolsonaro, que testou positivo para Covid-19 nesta terça-feira (7), o Ministério da Saúde afirmou que a recomendação em situações deste tipo é buscar atendimento médico.

"A nossa orientação é a de que qualquer pessoa que tenha contato com caso confirmado, deva procurar uma unidade de saúde", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 8. "Se for o caso, (o médico) vai prescrever medida de distanciamento, medidas terapêuticas, farmacológicas ou não, e com pleno consentimento do paciente", completou o secretário.

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Para o infectologista Julio Croda, ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e pesquisador da Fiocruz, quem teve contato com o presidente Bolsonaro até dois dias antes de ele começar a apresentar sintomas deve isolar-se por ao menos uma semana.

O Palácio do Planalto, no entanto, não recomenda quarentena de pessoas que tiveram "simples contato" com o presidente. Em nota, o governo afirma que não há protocolo sobre isolar pessoa que estiveram com doentes. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", afirma o Planalto.

Na mesma nota, o governo informou que 108 dos 3.400 servidores do Palácio do Planalto testaram positivo para covid-19 até 3 de julho. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves."

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, afirma que é recomendável ficar em casa caso more com alguém infectado ou esteve a menos de um metro de um paciente com a doença. Imagens da agenda oficial de Bolsonaro mostram o presidente sem máscara em almoço na casa do embaixador dos Estados Unidos, no domingo, 5, e durante encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na sexta-feira, 3.

A recomendação do Ministério da Saúde é menos rígida. Em documento de abril, a pasta recomenda isolamento de 14 dias de casos suspeitos ou confirmados. Os casos suspeitos, para o governo brasileiro, no entanto, são aqueles que tiveram contato próximo de um confirmado e, além disso, apresentam febre ou pelo menos um sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar. No começo da pandemia, o ministério chegou a recomendar o isolamento para todas as pessoas que voltavam do exterior. A orientação foi derrubada, segundo fontes da pasta, por pressão do Palácio do Planalto para reduzir impactos sobre a economia e no funcionamento da máquina pública.

O serviço de teleatendimento do Ministério da Saúde sobre a covid-19, acessado por meio do número 136, por sua vez, orienta isolamento de 14 dias para pessoas que tiveram contato com casos confirmados da doença, situação idêntica ao do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro sentiu os primeiros sintomas da covid-19 no domingo, 5. "Não se sabe quem vai desenvolver sintoma. É melhor que se fique isolado", afirma o infectologista Croda. Se necessário, o teste do tipo RT-PCR, que detecta a presença do vírus, deve ser feito por volta de cinco dias após o contato com Bolsonaro. "Tem gente que já está fazendo exame. Mas, se der negativo, pode ser um resultado falso. Tem de refazer lá na frente", afirmou o infectologista.

Na última quarta-feira (8), a Microsoft informou ao Game Stack que está utilizando a ferramenta xCloud para desenvolver jogos de maneira remota. A estratégia foi tomada em função da pandemia de coronavírus (Covid-19), que estabeleceu normas de distanciamento social.

Com o streaming xCloud, os estúdios conseguem desenvolver jogos através do sistema de nuvem, e os desenvolvedores podem acessar os kits de desenvolvimento do Xbox direto de suas casas. A funcionalidade ainda está em fase de testes, mas, de acordo com a Microsoft, é possível usar o recurso sem ter que baixar diversas aplicações no hardware do desenvolvedor, o que garante economia de tempo.

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A nova ferramenta está sendo utilizada por estúdios que pertencem a divisão Xbox, entre eles, Ninja Theory, Playground Games, Rare, Turn 10 Studios e Undead Labs. O xCloud também está sendo testado por alguns estúdios terceirizados, como Eidos-Montréal e a Infinity Ward.

Nesta quarta-feira, dia 8, foi publicada uma entrevista bem interessante do rapper à revista Forbes, onde ele afirma pela primeira vez que teve o novo coronavírus. Além disso, ele também levantou suspeitas de Drake também ter sofrido com a doença.

- [Tive] calafrios, tremia na cama, tomava banhos quentes, ficava vendo vídeos me dizendo o que devia fazer para superar isso. Lembro que alguém me disse que Drake tinha o coronavírus e minha resposta foi que Drake não poderia estar mais doente do que eu! [risos], disparou o cantor.

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Kanye também contou que acredita que a cura da Covid-19 venha de Deus.

- Nós rezamos. Oramos pela liberdade. É tudo sobre Deus. Precisamos parar de fazer coisas que deixem Deus bravo.

E revelou ser antivacina.

- Muitos de nossos filhos estão sendo vacinados e paralisados. Então, quando eles dizem que a maneira de consertar a Covid é com uma vacina, sou extremamente cauteloso. Essa é a marca da besta. Eles querem colocar chips dentro de nós, querem fazer todo tipo de coisa, para fazer com que não possamos atravessar os portões do céu. Sinto muito quando digo que eles são os humanos que têm o diabo dentro deles. E o mais triste, o mais triste é que nem todos chegaremos ao céu, que haverá alguns de nós que não conseguirão. Próxima questão.

Direto, não é? O artista também falou sobre como decidiu que iria concorrer à presidência dos Estados Unidos.

- Foi quando me ofereceram o Michael Jackson Video Vanguard Awards na MTV. Lembro-me de estar na casa da minha sogra porque minha casa estava sendo reformada. [...] Eu estava no chuveiro pensando, escrevo raps no chuveiro... Ocorreu-me dizer: Você vai concorrer à presidência e eu comecei a rir histericamente, eu pensei tipo, isso é o melhor. Eu vou lá e eles acham que eu vou fazer essas músicas para entretenimento, como os prêmios são manipulados, e depois dizer que sou presidente. E eu ri no chuveiro, não sei por quanto tempo, mas esse é o momento em que me dei conta.

E ainda contou o motivo de 2020 ser o ano certo para isso.

- Deus me deu a clareza e disse que é hora. Você sabe que eu estava lá fora, acabei no hospital, as pessoas estavam me chamando de louco. Eu não sou louco. Entre todas as influências e as posições que podemos colocar em músicos - você sai em turnê, lança todos esses álbuns, olha para cima e não tem dinheiro na sua conta. Isso pode te deixar louco, por tudo isso eu estava ficando louco porque não era a hora. Agora chegou a hora. E não vamos enlouquecer, é um nível totalmente diferente agora.

Ah, e sabe qual será o tema da campanha de Kanye? Festa de aniversário. O motivo?

- Porque quando ganharmos, será o aniversário de todo mundo, explicou o rapper.

Então tá, né?

Nesta quarta-feira (8), o cantor MC Leozinho fez um desabafo sobre a crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao LeiaJá, o músico declarou que o cenário atual do brega funk em Pernambuco não está fácil, e que a situação na área financeira está bastante delicada.

"A gente vai se virando com o que tem, até quando der. Quando não der, a gente vai correr atrás de outra forma, de outro jeito, fazendo live como muitos estão fazendo aí. Muitos [artistas] aí têm que estar correndo atrás mesmo. As pessoas estão passando por dificuldade como eu já cheguei a passar", contou.

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Durante a live, Leozinho detalhou que empresários das casas de shows estão preocupados. Segundo o artista, seria ideal que os espaços voltassem a funcionar igual aos shoppings, que reabriram limitando a entrada de clientes. Para o MC, a entrada de até 400 pessoas nas apresentações dos artistas poderia ser liberada, mas sob o esquema de medição individual da temperatura.

Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP) e do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto criou um aplicativo capaz de diagnosticar a Covid-19, através de uma radiografia de pulmão. Chamado de Marie, em homenagem à pioneira dos estudos sobre raios-x Marie Curie (a primeira mulher a ganhar um Nobel e única pessoa até hoje a ganhá-lo duas vezes, um de Física e outro de Química), o app pode ser utilizado para fazer triagem de pacientes com suspeita da doença, uma vez que permite a análise de mais de uma imagem ao mesmo tempo.

De acordo com uma publicação feita no site da USP, os pesquisadores analisaram 3.500 imagens, sendo duas mil de pacientes com a Covid-19, 500 de pacientes com tuberculose e 1000 de pessoas sem nenhuma doença. Elas foram obtidas de repositórios de Brasil, China, Estados Unidos e Itália e ajudaram a criar um padrão para o diagnóstico. 

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De acordo com uma das pesquisadoras à frente da ferramenta, Paula Cristina dos Santos, já na primeira etapa de projeto, após o agrupamentos das imagens, foi possível detectar as diferenças entre as imagens de pulmões afetados pela Covid-19 e as imagens daqueles afetados pela tuberculose. Com a identificação dessas características os pesquisadores afirmam que o aplicativo apresenta uma assertividade de 93% a 98% no diagnóstico de pacientes com o novo coronavírus.

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