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O chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi Mello do Amaral Júnior, teve resultado negativo de teste para Covid-19, anunciou na noite dessa terça-feira (7), em nota, a instituição. O chefe da AGU esteve com o presidente Jair Bolsonaro, que teve diagnóstico positivo para o novo coronavírus, em reunião nesta segunda-feira (6).

A Advocacia-Geral afirma no comunicado que Levi fez a coleta de material para um segundo exame, por cautela, e aguarda o resultado. De acordo com a AGU, ele trabalha em casa enquanto espera o resultado.

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Os Estados Unidos voltaram a bater um novo recorde na pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e registraram 60.209 casos da doença nesta terça-feira (7), segundo dados do Centro Universitário Johns Hopkins. Esse é o maior número já registrado em qualquer país do mundo.

A nação se aproxima cada vez mais da marca de três milhões de contaminações pela Covid-19, sendo que no fim da noite de ontem contabilizava 2.991.351 infecções. O número de mortes também voltou a passar de mil, chegando a 1.100 vítimas no mesmo período. O total de falecimentos é de 131.362 até o fim desta terça-feira.

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No entanto, para o presidente Donald Trump, seu governo vem fazendo um "bom trabalho", contrariando o que disse o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas e um dos coordenadores da força-tarefa de Washington para combate à pandemia, Anthony Fauci.

"Nós estamos em um bom lugar, não concordo com ele [Fauci]. O doutor falou que era para não usar máscara, agora é para usar. Disse para eu não barrar os voos da China e eu fiz isso. Se ouvisse meus especialistas, estaríamos piores. E, ao invés disso, estamos fazendo um bom trabalho", afirmou aos jornalistas.

Fauci, assim como toda a comunidade científica, vem seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade da qual o republicano anunciou a saída formal nesta terça. Como a doença é nova, por diversas vezes, os cientistas voltaram atrás em recomendações e revisaram protocolos.

Sobre o vírus ter vindo da China, Trump se refere ao início da pandemia, em janeiro. No entanto, diversos estudos mostram que, nos Estados Unidos, as cepas do vírus têm origem europeia, em uma mutação que deixou o Sars-Cov-2 ainda mais rápido para a contaminação. 

Da Ansa

O novo primeiro-ministro da França, Jean Castex, descartou nesta quarta-feira (8) a possibilidade de um retorno do confinamento total do país em caso de novo surto do coronavírus, com o objetivo de proteger a abalada economia e evitar o agravamento da situação.

"Meu objetivo é preparar a França para uma eventual segunda onda, preservando ao mesmo tempo nossa vida cotidiana, nossa vida econômica e social", disse Castex durante uma entrevista ao canal BFMTV.

"Mas não vamos impor um confinamento como o de março, porque aprendemos (...) que as consequências econômicas e humanas de um confinamento total são desastrosas", completou.

Ele explicou que no caso de um novo surto do vírus, que deixou quase 30.000 mortos na França desde março, o governo privilegiará os confinamentos "localizados".

Castex, que comandou a delicada fase de flexibilização do confinamento antes de assumir o cargo de primeiro-ministro na sexta-feira passada, viajará no domingo à Guiana Francesa, um território francês na América do Sul, onde a Covid-19 segue em propagação acelerada.

As autoridades anunciaram 124 novos casos na terça-feira no território, que tem fronteira com o Brasil, o que elevou o total a mais de 5.000. Para enfrentar a situação, Paris enviou equipes médicas para reforçar o serviço local.

Como consequência do impacto da pandemia do novo coronavírus, o PIB francês registrará este ano um retrocesso recorde de entre 8% e 10%, de acordo com diferentes estimativas.

O registro de casos positivos para coronavírus após um hiato de 24 dias sem novas notificações não interrompeu o sonho da volta ao normal na Nova Zelândia. Bares, escolas e cinemas continuam abertos, com cuidados, mas sem restrições. O clima é de tranquilidade, embora o governo não descarte o risco de uma segunda onda de contaminações no futuro, relatam brasileiros que moram na ilha.

O susto veio no dia 16 do mês passado. Duas cidadãs neozelandesas recém-chegadas da Grã-Bretanha testaram positivo para o vírus após terem recebido uma permissão especial, chamada de compassionate leave, para visitar um familiar em estado terminal. Antes de terem recebido os resultados, elas haviam percorrido cerca de 650 quilômetros, entre as cidades de Auckland e Wellington, entrando em contato com ao menos 320 pessoas no caminho.

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Residente em Wellington, a cantora, radialista e intérprete Alda Rezende conta que a notícia dos primeiros dois novos casos foi um "banho de água fria". "Foi um choque. Essas permissões por compaixão foram canceladas agora, e o monitoramento vai ser ainda mais severo."

Desde então, o governo informou 22 novos casos - todos importados e contidos na fronteira. Não há registro de transmissão comunitária.

Na capital há 16 anos, Alda afirma que a Nova Zelândia teve um "procedimento exemplar" durante a pandemia. "O lema do governo foi 'Nova Zelândia unida contra a covid', e realmente foi isso que aconteceu", diz. "Tivemos um lockdown absoluto. Tudo fechado, com exceção de hospitais, farmácias e supermercados. As ruas foram policiadas e apenas trabalhadores essenciais podiam circular".

Outro lema do governo, conta Alda, foi "hit it hard and hit it early" (combata rápido e combata cedo, em tradução livre). "Antes que houvesse qualquer morte, nós já estávamos em lockdown. Nem mesmo a oposição contestou a decisão."

A quarentena, iniciada no dia 21 de março, funcionou a partir de um sistema com quatro níveis de alerta - o nível 1 representava o menor risco.

Moradora de Raglan, pequena cidade litorânea nas proximidades de Hamilton, Simone Carter conta que a quarentena foi implementada mesmo sem nenhum registro de infecção no município. "No nível 4, apenas serviços essenciais funcionavam", diz. "Os negócios começaram a reabrir na fase 2, com número reduzido de pessoas, e, na fase 1, a vida está praticamente normal."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o número de casos de Covid-19 saindo de controle nos EUA, o presidente Donald Trump insiste em negar a crise sanitária e tenta se descolar do problema. Nas últimas duas semanas, as infecções cresceram 78% em meio à reabertura do país e à circulação de americanos durante as férias de verão. Nos seis primeiros dias deste mês, o país acumulou 300 mil novas notificações da doença.

Trump, porém, prefere afirmar que o vírus é inofensivo e formalizou ontem a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Depois de atingir o que parecia o pior momento, em abril, com cerca de 35 mil novos contaminados por dia, os EUA conseguiram desacelerar as infecções para a casa de 20 mil diagnósticos de covid-19 a cada 24 horas em maio. Nas últimas três semanas, no entanto, o país assiste a curva de infecções acelerar novamente batendo o recorde diário de 57 mil casos de coronavírus nos primeiros dias de julho. Nesta terça-feira, Trump disse que os EUA "nunca irão fechar", pressionando pela continuidade da retomada econômica a despeito da situação de saúde.

O problema migrou da região de Nova York para estados do sul e sudoeste do país, com surtos na Flórida, Texas, Arizona e Califórnia. Ao menos 40 dos 50 Estados americanos viram o número de casos per capita aumentar nos últimos 14 dias.

Trump tem argumentado que a mortalidade causada pelo vírus é baixa nos EUA, usando dados falsos. O presidente chegou a dizer que 99% dos casos eram "totalmente inofensivos", contrariando a equipe médica do governo. A taxa estimada de mortalidade da covid-19 nos EUA é de 4,5%, e não 1%, como o presidente sugere. "É uma falsa narrativa ver conforto em uma taxa de mortalidade baixa", disse o epidemiologista Anthony Fauci.

Integrante da força-tarefa do governo Trump contra o coronavírus, Fauci é considerado o maior especialista no tema. Os EUA "ainda estão até os joelhos na primeira onda" da pandemia, disse Fauci. Os EUA têm quase 3 milhões de casos confirmados de coronavírus e mais de 130 mil mortes. Para o diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, Francis Collins, os EUA "nunca chegaram a conter a curva, e agora os casos estão voltando à tona", disse.

Recuo

Com o aumento dos casos, alguns Estados impuseram novas restrições na segunda-feira. Em Miami-Dade, o condado mais populoso do Estado americano da Flórida, as autoridades reverteram o plano de reabertura, com uma ordem de emergência que valerá a partir de hoje que fecha academias, bares e restaurantes - esses últimos só poderão servir pessoas do lado de fora. As praias ficaram fechadas no feriado do Dia da Independência, em 4 de julho.

O prefeito de Miami, Carlos Gimenez, principal autoridade do condado que inclui a cidade de Miami e áreas próximas, e que tem cerca de 48 mil casos de covid-19 entre seus 2,8 milhões de moradores, afirmou que o aumento foi causado por infecções entre jovens de 18 a 34 anos que se reúnem em locais lotados - dentro e fora de casa - sem usar máscaras e sem manter o distanciamento adequado. "Os médicos dizem que esse aumento nesta faixa etária era provocado por formaturas, reuniões em restaurantes que se transformavam em festas."

Os novos casos de coronavírus também dispararam na Califórnia no fim de semana do feriado da Independência, sobrecarregando hospitais. O número de pessoas internadas com covid-19 aumentou 50% nas últimas duas semanas, para cerca de 5,8 mil, anunciou o governador Gavin Newson. Cerca de um terço dos hospitalizados estavam em Los Angeles. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil têm, de acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de recuperados da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para alguns, o fato de já ter tido a doença é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou e inclusive ficou maior.

Segundo especialistas, não há evidências científicas de que quem contraiu a Covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações. 

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“Eu estou bem mais medroso, mais receoso. Se eu lavava minha mão antes, agora lavo duas vezes mais. Higienizo as coisas que trago da rua. O cuidado aumentou depois que passei pela doença e sei como é”, conta o farmacêutico Marcus Túlio Batista, 27 anos. Ele começou a sentir os sintomas no dia 14 de junho. Teve dor de garganta, perda de olfato e paladar, indisposição e dores no corpo. 

“Quando você pega, vê que a doença vai além do físico. Eu acho que talvez o emocional seja até muito mais abalado”, diz e complementa: “Eu moro sozinho em Brasília. Minha família é de outro estado. Isso me causou bastante impacto porque além do isolamento, você tem medo de como vai evoluir, não sabe como o seu corpo vai lidar com isso. Eu fiquei bastante ansioso”, conta.

Na casa da artista plástica e produtora cultural Leticia Tandeta, 59 anos, no Rio de Janeiro, quase todos foram infectados em meados de maio. Ela, o marido, o filho e o irmão. “Ficamos praticamente todos doentes ao mesmo tempo. A sorte foi que todos tivemos sintomas brandos, ninguém teve falta de ar ou uma febre absurdamente alta”, diz. A única que não adoeceu foi a mãe de Leticia, que tem 93 anos. A família tomou o cuidado de isolá-la e de separar tudo que era usado por ela. 

“Hoje é estranho porque não sabemos se estamos imunizados ou não”, diz Leticia. “Os médicos dizem que provavelmente temos algum tipo de imunização, talvez de um mês, dois meses, três”. Por causa das incertezas, ela diz que a família continua tomando cuidados como sair de casa o mínimo possível, apenas quando necessário, usando sempre máscara. Já ter contraído a doença, no entanto, traz um certo tipo de relaxamento: “Não é que a gente relaxe nos cuidados, mas há um certo relaxamento interno sim”. 

De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, mesmo quem já teve a doença deve continuar tomando cuidado. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve Covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, de acordo com Weissmann, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. “Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela puser a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso é importante estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%”, orienta. 

Síndrome da Fadiga Crônica

Em março, a psicóloga Joanna Franco, 37 anos, teve dores no corpo, tosse seca, dor de cabeça, febre alta, dificuldade de respirar, perda de olfato e paladar, diarreia e vômito. Na época que recebeu o diagnóstico clínico de Covid-19, o Brasil começava a adotar medidas de isolamento social. Morando sozinha em Niterói, ela cumpriu todas as regras de quarentena e de isolamento social. Os sintomas passaram. Para garantir que não transmitiria o vírus para ninguém, ela ainda permaneceu em isolamento por cerca de 40 dias. Foi então que percebeu que não estava totalmente recuperada, estava muito cansada. “Vinha um cansaço, parecendo que eu tinha subido ladeiras, uma sensação de que isso nunca ia acabar, que não ia sair de mim. Fiquei bem prostrada”. 

Quase três meses depois, ela diz que se sente melhor, que está conseguindo retomar uma rotina de exercícios físicos, que antes eram impossíveis. Depois de passar pelo que passou, ela redobrou todos os cuidados que já vinha tendo. “Depois de ter passado, não quero vivenciar isso de novo e não quero que outras pessoas vivenciem”, diz. 

O cansaço que Joanna sentiu após se recuperar da doença pode ter sido a chamada Síndrome da Fadiga Crônica, que tem sido relatada por pessoas que foram contaminadas pela Covid-19, segundo o neurologista, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel de Freitas. O principal sintoma é o cansaço, mas pode haver alteração na pressão, na frequência cardíaca e insônia. “O que predomina é a  fadiga, o cansaço. A pessoa não consegue trabalhar, não consegue voltar à atividade”, afirma. 

A síndrome não é exclusiva do novo coronavírus, mas ocorre também por causa de outros vírus. Ela pode durar até cerca de um ano, é mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos e que tiveram covid-19 pelo menos de forma moderada. Mas, de acordo com Freitas, ainda há muitas dúvidas pelo fato de ser uma doença recente. Para o tratamento, geralmente é recomendada psicoterapia, atividades físicas, antivirais e antidepressivos. 

“Essa síndrome traz uma angústia muito grande para as pessoas porque fadiga não é um sintoma mensurável. Não se consegue mensurar por exame. Muitas vezes é mal compreendido”. 

Gabriel diz que a pandemia pode ser mais complexa do que se pensa e defende que todos os cuidados possíveis sejam adotados. “Parece que não é estar recuperado e ponto final. Talvez essas pessoas tenham mais sintomas. A Síndrome da Fadiga Crônica pode ser apenas um deles. Acho que a gente não tem essa informação. É possível que existam complicações a médio e a longo prazo. O que alguns autores colocam é que as medidas de isolamento social são importantes não só para evitar a morte. A gente tem que levar em consideração e colocar nessa equação as complicações a médio e longo prazos”. 

Medo e ansiedade

Além de lidar com os sintomas da covid-19 e com as consequências da doença, muitas pessoas estão lidando com sintomas de ansiedade, de acordo com a psicóloga da equipe de coordenação de saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marta Montenegro. “A covid-19 é uma doença muito nova, recente, um vírus cujas informações foram se construindo nesse processo de pandemia. Os próprios profissionais de saúde estavam tentando entender as formas de cuidado e isso deixa as pessoas muito inseguras. O ser humano se sente mais seguro se tiver previsibilidade do que vai acontecer. Essa incerteza sobre formas de contaminação, se pode ou não se contaminar de novo, deixa as pessoas vulneráveis”, explica. 

De acordo com a psicóloga, buscar informações confiáveis ajuda a lidar melhor com a pandemia. “Buscar informação válida, de fontes confiáveis. Isso alivia sintomas emocionais. Às vezes, as pessoas estão em casa recebendo informações que nem sempre são as melhores e  acabam ficando muito confusas. Depois de três meses, acham que só estão protegidas dessa forma. Isso acaba gerando um medo de sair de casa. No outro extremo, há pessoas saindo como se não tivessem o vírus, em um processo de negação por dificuldade de lidar com a situação. São dois extremos. Existe o vírus. É necessário manter medidas de biossegurança, mas isso não pode paralisar as pessoas”, acrescenta. 

Dirigentes dos 17 setores prejudicados com o fim da desoneração da folha de pagamentos montaram uma articulação no Congresso Nacional para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro que barrou a extensão do benefício por mais um ano. Uma coalizão de cerca de 30 instituições foi criada às pressas ontem para garantir a prorrogação da desoneração da forma como foi aprovada depois de acordo com lideranças do próprio governo.

Os setores estimam que a reoneração da folha, a partir de janeiro 2021, na fase mais aguda de "ressaca" do impacto da pandemia do coronavírus na economia pode custar entre 500 mil e um milhão de empregos, segundo o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.

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A mobilização junto aos senadores e deputados já começou ontem após a confirmação do veto com a publicação do Diário Oficial da União. Um documento preparado pela coalizão está sendo distribuído para contestar a análise jurídica da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PFGN), que embasou o veto do presidente. A expectativa é que o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), coloque rapidamente em votação. O assunto já foi discutido em reunião de líderes do Senado.

A desoneração termina no fim de 2020, e sua extensão enfrentou resistências na equipe econômica, que prefere discutir uma política geral de estímulo à geração de empregos para a pós-pandemia. Há uma preocupação também de não tirar espaço no teto de gasto (regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação) no ano que vem. Entre os setores que ainda são beneficiados pela desoneração da folha estão call centers, tecnologia da informação, construção civil, calçados, indústria têxtil e comunicação.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou o veto alegando que a medida fere a Lei de Responsabilidade Fiscal por não apresentar compensação pelo custo da desoneração, estimado em R$ 10 bilhões.

Para vetar a proposta, a Presidência justificou que "as medidas acarretam renúncia de receita, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro". A prorrogação foi incluída pelos parlamentares na Medida Provisória 936, editada em abril, com o objetivo principal de criar condições para que empresas e empregados possam garantir a manutenção dos empregos durante a crise econômica gerada pela pandemia. A lei autoriza a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornadas e salários.

O presidente da Abimaq disse ao Estadão que, em reunião no último dia 26, Guedes disse que era favorável à desoneração da folha ao afirmar que não tinha intenção de vetar o texto. O ministro alegou, no entanto, que havia restrições da PGFN. Representantes dos 17 setores se reuniram depois com a PGFN para apresentar a defesa da prorrogação, mas não tiveram sucesso. A recomendação do veto foi aceita pelo Palácio do Planalto.

A estratégia agora, segundo Velloso, é mostrar aos parlamentares o equívoco dos argumentos da PGFN, que alegou também que a prorrogação era "matéria estranha" ao conteúdo da MP. Para Velloso, a MP tratava de medidas para emprego e a prorrogação garante a sua preservação. "Não é um jabuti", justificou, em entrevista ao Estadão.

O presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação(Brasscom), Sergio Paulo Gallindo, criticou a decisão do presidente depois da longa interlocução com o Congresso e o acordo na hora da votação que reduziu de 24 meses para 12 meses o prazo da prorrogação. "Estamos a seis meses do final do ano. É um tempo curto para um debate tão complexo", ponderou. "A prorrogação daria mais tranquilidade para os investidores até lá", disse.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Fernando Pimentel, disse que num momento como agora, com a pandemia, não é hora de "jogar mais custo" para as empresas. "Diante do quadro em que estamos vivendo, são setores que empregam milhões de pessoas. Só no setor têxtil trabalha 1,5 milhão de pessoas", disse.

A desoneração garante para o setor uma redução de custo entre R$ 270 milhões e R$ 300 milhões. Segundo Pimentel, "esse é um mecanismo que já mostrou o seu valor. Para ele, é um equívoco a alegação de que não há previsão para bancar o custo em 2021. O relator da MP na Câmara, Orlando Silva (PCdoB), ressaltou que a prorrogação da desoneração foi votada por quase unanimidade nas duas Casas num grande entendimento político para a preservação de empregos. "No auge do coronavírus vamos onerar empregos?", criticou. Silva avaliou que há ambiente político para a derrubada do veto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de noivas italianas realizou um protesto nesta terça-feira (7), na Fontana di Trevi, em Roma, contra o adiamento de seus casamentos por causa da pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2.

Com vestidos brancos e segurando guarda-chuvas, como proteção do sol escaldante, as mulheres se reuniram em frente ao famoso monumento da capital da Itália para chamar a atenção para as regras restritivas impostas pelo governo de Giuseppe Conte e pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) em todas as cerimônias religiosas.

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Entre as medidas, estão a proibição de uma pessoa acompanhar a noiva até o altar, além de vetar o ritual de jogar arroz para receber os noivos após o matrimônio.

"Tinha que me casar em junho e, devido às restrições, não consegui. O governo faz isso para o nosso bem. Mas vamos ver injustiças. Não podemos perseguir o sonho da nossa vida e depois vejo os caras na discoteca sem máscara", disse uma das noivas.

O protesto das mulheres que ainda não conseguiram comemorar o dia mais esperado de toda noiva se uniu com a manifestação organizada pela Associação Italiana de Casamentos (Airb).

Segundo a entidade, cerca de 90% das cerimônias foram adiadas para 2021. O setor sofreu uma queda enorme: de 219 mil casamentos celebrados em 2019 para cerca de 8 mil neste ano.

"Tudo foi adiado para 2021. Por isso, pedimos ajuda ao governo para chegar até 2021. Cerca de 500 mil operadores do setor e, como consequência, suas famílias correm o risco de desemprego", explicou Luciano Paulillo, presidente da Airb.

No fim de junho, a Conferência Episcopal chegou a anunciar que os noivos que subirem ao altar não estão mais obrigados a usar máscaras de proteção. No entanto, a regra não se aplica ao celebrante ou aos convidados. 

Da Ansa

O presidente americano, Donald Trump, chamou nesta terça-feira (7) de "ridícula" a decisão da Universidade de Harvard de ministrar seus cursos de forma virtual no outono devido à pandemia.

"Acho ridículo, uma saída fácil. E acho que deveriam se envergonhar", disse Trump durante mesa-redonda na Casa Branca, convocando as escolas e universidades a reabrirem no próximo semestre.

Trump, em plena campanha de reeleição para as eleições de novembro, promove a reabertura do país, mesmo com o aumento do número de infecções, principalmente no sul e oeste. Ontem, seu governo avisou que não permitirá que estudantes estrangeiros permaneçam no país se todas as suas aulas forem ministradas remotamente.

Várias instituições buscam um modelo híbrido de ensino presencial e remoto, mas algumas, incluindo Harvard, informaram que todas as aulas serão ministradas pela internet. A renomada universidade, com sede em Cambridge, Massachusetts, indicou que 40% dos alunos poderão retornar ao campus, mas que as aulas serão à distância.

Com mais de 130 mil mortes relacionadas ao novo coronavírus, os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia.

O Brasil registrou nas últimas 24 horas 1.254 mortes em decorrência do novo coronavírus, informou nesta terça-feira, 7, o Ministério da Saúde. O total de vítimas é de 66.741. Já os casos de covid-19 subiram 45.305, para 1.668.589.

Tanto em óbitos quanto em infecções o Brasil está atrás somente dos Estados Unidos. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), morreram 130.133 americanos com a covid-19 e foram contaminados 2.932.596.

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O Estado de São Paulo lidera tanto em casos (332.708) quanto em mortes (16.475), seguido do Rio de Janeiro - 124.086 e 10.881, respectivamente.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) para que Jair Bolsonaro (sem partido) responda por crimes contra a saúde pública. Segundo explica Freixo, nesta terça-feira (7), Bolsonaro violou os artigos 131 e 132 do Código Penal ao retirar a máscara durante a entrevista em que anunciou que está com o novo coronavírus.

“O uso de máscara faz efeito. O da cloroquina, não. Mas até doente Bolsonaro sabota o combate à pandemia. O presidente já sabia que estava contaminado quando retirou a máscara durante entrevista, colocando deliberadamente a vida dos demais em risco", escreveu o deputado.

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Eliana não vê a hora de estar novamente no aconhego da família. Diagnosticada recentemente com o novo coronavírus, a apresentadora se distanciou de Arthur, Manuela e Adriano para cuidar da saúde. Nesta terça-feira (7), ela dividiu com os seguidores que não vê a hora de cumprir o seu período de quarentena.

"Faltam dois dias para o meu isolamento acabar", escreveu ela na legenda de foto. A postagem dela contou com o carinho de Maisa, Tom Cavalcante, Thais Fersoza, Angélica e Fernanda Keulla. Eliana informou no último dia 26, nas redes sociais, que havia testado positivo para Covid-19.

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Ela contou que ficou preocupada com o resultado do exame: "Fiquei sem chão, triste e surpresa. Depois de duas semanas intensas de gravações tomando todas as precauções que estavam ao meu alcance não poderia imaginar que aconteceria. Sigo assintomática, agora em isolamento total e com toda a fé que tenho na vida e em Deus de que logo em breve estarei recuperada. Desejo a todos saúde e amor sempre".

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Depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para a Covid-19, a #ForçaCovid ficou em alta no twitter, com várias postagens de pessoas desejando mal ao chefe do executivo. Internautas também lembraram nessa hashtag que, em 2015, ainda como deputado federal, Bolsonaro desejou que a presidente da época, Dilma Rousseff, tivesse um infarto ou câncer.

Na ocasião, Bolsonaro falava de quando achava que o mandato da então presidente iria acabar. Ele respondeu: "Eu espero que acabe hoje, infartada ou com câncer, de qualquer maneira", se posicionou o então deputado.

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Nesta terça-feira (7), Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos de Jair, pediram através se suas contas no Twitter mais empatia das pessoas para com o pai. "A imensa quantidade de pessoas pedindo a morte do chefe do Executivo neste momento deveria ser motivo de solidariedade imediata dos líderes dos outros poderes, mas o que vemos novamente é a seletividade da indignação e ninguém chama os tais 'desumanos' de robôs. Não terão êxito", escreveu Carlos.

O deputado Eduardo Bolsonaro completou dizendo: "Mas o Presidente há de sair dessa, o tratamento com cloroquina é bastante eficaz no início da doença (e deveria estar disponível para todo brasileiro que necessitar)".

Bolsonaro infectado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou, nesta terça-feira, ter contraído a Covid-19. Durante o anúncio, feito por ele mesmo em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada, o mandatário disse ter recebido o resultado dos exames com tranquilidade, salientou que fará o isolamento social recomendado aos infectados e chegou a retirar a máscara para mostrar seu semblante e reafirmar que está bem. 

“[Recebi o resultado] com naturalidade. Não tem que ter pavor... Segue a vida e agradeço a Deus pela função que eu tenho... Vou seguir o protocolo, despachando por meio de conferência e raramente recebendo alguém para assinar documentos", disse.

A crise causada pelo coronavírus (Covid-19) impactou a rotina do ambiente corporativo e as empresas foram obrigadas a se reinventar. Empresários, executivos e gestores tiveram que pensar em novas estratégias para conduzir seus negócios e proteger seus funcionários.

A psicóloga Aurea Soares, que clinica na Lume Fonoaudiologia, explica que neste momento um gestor de empresa precisa demonstrar empatia com seus funcionários. “Cada um tem uma forma de expressar suas angústias e temores e cabe ao líder ter ou desenvolver a sensibilidade e dar apoio”, afirma.

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Na prática, isso significa evitar fazer críticas ou julgamentos relacionados às capacidades individuais, ao mesmo tempo em que reconhece suas fraquezas e busca por apoio. “Mostrar aos seus colaboradores que estão no mesmo processo faz com que gere empatia e a colaboração seja mútua”, orienta a psicóloga.

Além de se preocupar com os aspectos financeiros e econômicos, a pandemia exige dos líderes de empresas atenção ao material humano. “Expressar que a expectativa de dias melhores é um desejo recíproco faz com que o líder se torne um porto seguro e alimenta a esperança de que no final tudo ficará bem”, aconselha Aurea.

A empresa de sanitização Dr. Acaro, de São Caetano do Sul, no ABC paulista, manteve suas atividades desde o início da quarentena por pertencer ao grupo de serviços essenciais. Diante da pandemia o dono do empreendimento, Fabio Santiago, precisou orientar seus colaboradores para a nova realidade de trabalho.

Como os funcionários utilizam o transporte público, Santiago criou uma campanha interna de incentivo ao uso de máscaras e luvas. “As medidas são as mesmas para quando eles vão fazer higienização na casa dos clientes", afirma o empresário.

Para manter as medidas de higienização, os colaboradores da Dr. Acaro recebem todos os dias um frasco de álcool. “Esse é o mínimo de proteção que podemos dar para eles. Além disso, a cada 20 dias eles também fazem o teste de Covid-19, para saber se está tudo bem”, explica Santiago.

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Na empresa de autopeças MTE-Thomson, os funcionários foram colocados em licença remunerada no início da quarentena e depois retornaram ao trabalho presencial com a jornada reduzida em 50%. No mês de junho, a jornada de trabalho voltou aos 100%, mantendo cuidados de higiene e distanciamento.

“Voltamos com uso de máscaras, distanciamento, todas as entradas da empresa com avisos de orientação, limpeza dos pés com sistema de higienização”, explica o diretor de Marketing da empresa, Alfredo Bastos Jr.

O presidente da Sony Pictures Animation, Kristine Belson, disse na conferência online “Collision From Home” que, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19), os filmes de animação podem ficar mais populares entre os adultos.

Belson explica que os filmes animados se tornaram uma opção para as produtoras, uma vez que a necessidade de isolamento social prejudicou as filmagens com atores reais. De acordo com ele, as animações para família estão saturadas e a tendência é que obras com classificação 18+ se tornem mais recorrentes.

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O presidente da Sony também revelou que a companhia já está trabalhando em uma animação para adultos.

Entre as animações mais populares já realizadas pela Sony estão as franquias “Tá Chovendo Hambúrguer” (Chris Miller e Phil Lord), “Hotel Transilvânia” (Genndy Tartakovsky) e o seu mais recente sucesso, “Homem-Aranha: No Aranhaverso” (Peter Ramsey, Rodney Rothman e Bob Persichetti).

O próximo lançamento do estúdio é a animação “Super Conectados” (Michael Rianda), que deve estreiar em 23 de outubro.

Balanço divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, destacou que as denúncias de violência contra mulheres tiveram um aumento de 35,9% em abril, em comparação ao mesmo período de 2019. A cada dia os casos se tornam mais visíveis em decorrência de políticas públicas que se propõem a garantir a segurança das mulheres e dos movimentos sociais que visam o empoderamento feminino.

Segundo, André Novaes, coordenador do Curso de Psicologia da Universidade UNIVERITAS e especialista em terapia cognitivo comportamental para múltiplas necessidades terapêuticas, a violência contra a mulher vem a cada dia sendo mais vista, isso não quer dizer que antes não havia, pois há tempos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitia alertas sobre violência destes âmbitos. “Hoje, as mulheres têm ganhado mais voz e, portanto, os casos parecem mais evidentes. Este problema de saúde pública é grave, mas precisamos enxergá-los diante de várias óticas para melhores soluções”, explica.

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“A quarentena trouxe à tona uma realidade muito mais presente do que imaginávamos, com a obrigatoriedade do isolamento o convívio familiar aumentou em tempo e, infelizmente, intensidade, gerando um número maior de agressões. Cabe salientar que neste momento de confinamento há uma tendência de aumentar a agressividade e sentimentos como a raiva, uma vez que nossa liberdade foi restringida sem opção de escolha. Diante disso, sentimentos foram deslocados e por vezes direciono meu descontentamento com a frustração de estar “preso” para alguém que entendo que não poderia me causar um mal em retorno à ação de agressão e não menos importante, lembrarmos que vivemos em uma cultura coercitiva e que entende a punição como mecanismo de mudança de comportamento”, completa Novaes.

Vale salientar que o Brasil ainda vivencia uma cultura patriarcal e originada por regimes escravocratas a doença se espalha, e neste caso uma doença cultural, social e que suas raízes vão muito mais longe do que imaginamos.

As pesquisas comprovam que nas Américas, por exemplo, este problema generalizado tem afetado de diferentes maneiras cada região, os índices vão de 14% das mulheres, com idade entre 15 e 49 anos em algum momento de suas vidas até 60% da população feminina.

Importante ressaltar que as consequências deste cenário podem levar ao feminicídio, doenças associadas à infecção pelo HIV, suicídio e mortalidade materna, bem como lesões, infecções sexualmente transmissíveis (IST), gravidez indesejada, problemas na saúde sexual e reprodutiva e transtornos mentais segundo dados da OMS.

“Oferecer às vítimas suporte é muito importante e necessário, entretanto precisamos mais do que remediar os estragos causados pela agressão, devemos promover medidas de caráter profilático, é sempre menos oneroso gastar com remediação do que com a prevenção, preços pagos que não têm como serem restituídos, como no caso do feminicídio e sem falar nas consequências vinculadas a autoestima”, finaliza.

Da Assessoria de imprensa UNG

Se as pessoas saudáveis já têm motivos de sobra para temer o coronavírus, os portadores de doenças crônicas como o diabetes precisam ser ainda mais cautelosos, pois fazem parte do grupo de risco.

Ao contrair o vírus, diabéticos tendem a desenvolver um quadro mais grave do que as pessoas não diabéticas. “Quanto pior controlado estiver o diabetes mais grave tende a ser o quadro da infecção pelo Covid-19. Com maior mortalidade, inclusive”, afirma a endocrinologista Katia Seidenberger.

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Por isso, durante a pandemia é fundamental para os diabéticos evitar açúcares, excesso de carboidrato, álcool e gorduras, tomar todas as medicações que auxiliam no controle da doença e monitorar a glicemia. “Os exames de sangue periódicos para diabetes devem ser mantidos com o médico, mesmo que se faça consulta online”, orienta a médica.

A endocrinologista explica que, como o período de isolamento social dificulta a prática de exercícios, o ideal é focar na boa dieta e no uso ininterrupto das medicações necessárias para controlar a doença.

Cuidados de higiene e isolamento social também são aliados dos diabéticos durante a pandemia. É o caso da dona de casa Fani Manzo, de 71 anos. Moradora de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, Fani é diabética e por receio de se contaminar ela não sai de casa desde o mês de março. “Eu tenho pavor, tanto por mim quanto pelos meus entes queridos”, desabafa.

A família de Fani adotou uma série de medidas para protegê-la de uma possível contaminação. Objetos como chaves são constantemente esterilizados e o seu filho sempre usa máscara quando vai visitá-la, tomando ainda o cuidado de manter o distanciamento. “Quando minha filha chega em casa, ela coloca toda a roupa que usou para lavar, vai tomar banho e eu não chego perto”, conta a dona de casa.

Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que foi infectado pelo novo coronavírus. Após a declaração do político, internautas e personalidades repercutiram o assunto. No Twitter, Luciano Huck opiniou sobre o diagnóstico de Bolsonaro, dizendo aos seguidores que o momento é bastante preocupante.

"Não vou fazer ironias. Muito menos iluminar rancores. O presidente do Brasil, goste dele ou não, testou positivo para Covid-19. Isso é grave. Nenhum cidadão tem como se sentir seguro nestas condições. O momento é muito sério. E requer a empatia que cobramos dos outros", comentou.

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Em seguida à postagem, o apresentador da Globo dividiu opiniões. "Afinal de contas é o presidente que você ajudou a eleger, né? Faz sentido sua preocupação", escreveu uma seguidora na plataforma. "Leva pra casa então, Huck, carrega no colo", ironizou outra pessoa. Além do marido de Angélica, famosos como Felipe Neto, Fabio Porchat, Marcelo D2, Zélia Duncan e Danilo Gentili se manifestaram sobre o exame de Bolsonaro.

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O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado nesta terça-feira sobre o fato de que alguns cientistas têm pressionado a entidade a mudar suas diretrizes para enfatizar que existe o risco de transmissão por gotículas no ar da covid-19. Coordenadora da unidade global de prevenção de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi afirmou que a questão é alvo de investigações em andamento, mas lembrou que a entidade já sugere cautela em vários de seus documentos com os riscos de transmissão em locais fechados.

Allegranzi disse que a OMS tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados. Além disso, ela afirmou que existe um debate sobre a transmissão pelo ar, mas ainda não com evidências sólidas para garantir que isso aconteça.

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Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembrou sobre as etapas do trabalho científico, com produção de estudos, depois revisados pelos pares e publicados ou não. Como exemplo, ela lembrou que houve inicialmente uma publicação que relatava sucesso no tratamento com a hidroxicloroquina contra a covid-19, mas ela depois foi retirada, diante de inconsistências no estudo. Houve outras pesquisas depois disso sobre o medicamento, lembrou. "Há evidência suficiente para mostrar que ela não tem impacto na mortalidade em pacientes hospitalizados", afirmou Swaminathan sobre a hidroxicloroquina.

Diversos veículos da imprensa internacional repercutiram nesta terça-feira, 7, a afirmação dada pelo presidente Jair Bolsonaro de que o mandatário contraiu o novo coronavírus. Os jornais enfatizaram que, desde o início da pandemia no Brasil, a postura do presidente foi de minimizar a doença.

O New York Times noticiou o fato na principal página de seu site, ressaltando que o presidente passou meses negando a gravidade da pandemia. O jornal relembrou que o presidente do Brasil descumpriu reiteradamente as recomendações de saúde, como evitar aglomerações e fazer uso de máscara.

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O Washington Post também destacou o fato em sua principal página digital e reforçou que até agora o presidente se colocou como cético da doença, destoando da postura de outras lideranças mundiais. O Post relembrou que o presidente chamou a doença de "gripezinha" e chegou a anunciar que faria um grande churrasco, o que provocaria aglomeração em meio à escalada de mortes no País.

A Bloomberg, que também noticiou o fato, mencionando ainda que o presidente se reuniu com apoiadores sem fazer uso de máscara. A notícia também repercutiu no El País, da Espanha.

A imagem de Bolsonaro ocupou também a principal página digital do jornal francês Le Monde, que destacou que o presidente brasileiro teve agenda com diversos ministros de Estado na última semana.

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