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Neste domingo (20), advogados e estudantes de direito de todo Brasil realizaram a primeira fase do XXXIV Exame da Ordem Unificado (EOU). Foram 80 questões de múltipla escolha, de disciplinas que os candidatos estudam durante toda graduação, entre elas, direito penal. O LeiaJá conversou com a professora Amanda Barbalho sobre suas percepções das questões cobradas.

Para ela, não houve dificuldades, apenas uma questão surpreendeu por trazer um conteúdo que não vinha sendo cobrado nem na primeira e nem na segunda fase do Exame da Ordem. “Foi uma questão de multa, que não é comum de ser cobrada pela FGV na OAB. Geralmente eles cobram dosimetria da pena privativa de liberdade. Essa questão foi a que eu achei um pouquinho mais fora da curva”, comenta Amanda.

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No entanto, foram esse quesito, a docente é enfática em dizer que esta edição apresentou releituras de provas anteriores, com questões previsíveis para quem mantinha uma rotina de estudos e já havia realizado outros exames. Segundo Amanda Barbalho, não houve muito ineditismo. Mas ela ressalta que apenas os que realmente aprenderam o assunto se deram bem, visto que apesar das adaptações, detalhes das histórias mudam as respostas finais.

“Quem já tinha resolvido provas passadas de penal não teve problema em responder essa prova, desde que tenha aprendido na hora que resolveu as questões passadas. Ao mesmo tempo que isso é uma vantagem, porque você aprende a partir das questões, penal é uma matéria que tem uma característica muito forte que se você muda um detalhe na situação, muda a resposta. Então, se algumas pessoas decoraram mais ou menos a resposta erraram agora porque eles adaptaram as questões, eles mudaram a história. É praticamente uma repetição de provas antigas”, finaliza a professora Amanda Barbalho.

Britney Spears está retomando o controle sobre sua vida. A revista Variety divulgou que agora a cantora tem a liberdade de assinar seus próprios documentos e cuidar de todas suas finanças, seus imóveis e outros bens materiais.

O advogado de Britney, Matthew Rosengart, teria ido até o tribunal de Los Angeles para receber algumas orientações sobre a liberação.

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"Depois de 13 anos sendo tutelada pelo pai, Jamie Spears, Britney é agora uma mulher independente, capaz de redigir seus próprios documentos", disse o defensor.

A revista divulgou ainda que o advogado da cantora afirmou que agora ela tem o poder de fazer o que ela quiser.

O contador John Zabel foi indicado pela juíza para continuar com poderes administrativos limitados até o dia 19 de janeiro de 2022, data da próxima audiência do caso de Britney. Em janeiro, novos assuntos de contabilidade devem ser discutidos para que a cantora tenha total controle do próprio dinheiro.

O Programa de Pós-Graduação em Direitos Fundamentais da UNAMA - Universidade da Amazônia lança nesta terça-feira (16) a revista “Amazônia, Sociedade e Direitos Fundamentais – ASDIF”. O evento será no auditório David Mufarrej, no campus da Alcindo Cacela, em Belém, às 18h30.

A revista busca contribuir para o desenvolvimento da ciência do Direito, focando especialmente na proteção dos direitos humanos fundamentais (individuais, coletivos e difusos) e no sistema de Justiça voltado à efetivação desses direitos.

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Além disso, a publicação é um espaço técnico-científico para a divulgação de novas teorias – ou revisões teóricas –, desenvolvimento de técnicas de metodologia, demonstração e aplicação das boas práticas nessa temática, sempre com o objetivo de colaborar com a produção acadêmica e com o aprimoramento do sistema de proteção estatal dos direitos humanos.

A ASDIF recebe estudos qualitativos e quantitativos, com prioridade para a avaliação e interpretação sobre sínteses e práticas interculturais (nacionais e internacionais). O objeto das pesquisas é a Amazônia, pelo viés da sociedade organizada e dos direitos fundamentais.

A ASDIF está dividida em seis áreas temáticas: Constituição, Democracia e Direitos Fundamentais; Ciências Criminais e Direitos Fundamentais; Políticas Públicas, Eficácia dos Direitos Fundamentais e Direitos Sociais; Direito, Economia e Relações Internacionais; Direitos Fundamentais, Meio Ambiente e Desenvolvimento; Direito, Governança e Novas Tecnologias.

O periódico é semestral, digital e com acesso disponível ao público no site: http://revistas.unama.br/index.php/asdf ou por meio de QR Code, a ser liberado no dia do evento.  

Por Isabella Cordeiro.

 

A batalha pelo direito ao aborto chega neste sábado (2) às ruas dos Estados Unidos, com centenas de manifestações previstas durante a "Marcha das Mulheres", convocada para frear uma forte ofensiva conservadora.

A entrada em vigor em 1º de setembro de uma lei no Texas que restringe o aborto, provocou uma guerra judicial e um contragolpe no Congresso, mas poucos protestos nas ruas foram registrados até o momento.

A dois dias do reinício das audiências na Suprema Corte de Justiça, que arbitrará a disputa, quase 200 organizações convocaram os defensores dos direito ao aborto para manifestações em todo o país.

O principal evento acontecerá em Washington D.C. Na capital do país, milhares de pessoas devem participar em uma passeata que seguirá até o principal tribunal do país, que há quase 50 anos reconheceu o direito ao aborto na sentença do caso Roe vs Wade.

Agora, a Suprema Corte, que teve a composição drasticamente alterada pelas nomeações de juízes conservadores pelo ex-presidente Donald Trump, parece pronta para alterar a norma.

O tribunal se negou a intervir em caráter de urgência para bloquear a lei do Texas e poderia aproveitar a revisão de uma restritiva do estado do Mississippi para mudar sua jurisprudência.

As capitais destes dois estados conservadores, Austin e Jackson, respectivamente, também devem receber manifestações, assim como outras 600 cidades. Os organizadores acreditam que mobilizarão 240.000 pessoas em todo o país.

"Lutamos para que o aborto não apenas seja legal, mas também acessível e sem estigmas", afirma um comunicado divulgado pela organização dos protestos. As ativistas desejam que o Congresso estabeleça o direito ao aborto na lei federal com o objetivo de protegê-lo de uma possível reversão na Suprema Corte.

Um projeto de lei neste sentido foi aprovado na semana passada na Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, mas não tem chance de triunfar no Senado, onde os republicanos podem bloquear o texto.

"Desejo patriarcal"

Uma primeira "Marcha das Mulheres" aconteceu em 2017, pouco depois da posse do presidente Trump e reuniu milhões de opositores do republicano, que o chamaram de sexista.

Marchas posteriores tiveram menos participantes, em parte porque uma de suas promotoras foi acusada de antissemitismo.

"Este ano estamos unidos", promete o comunicado divulgado pela organização, uma aliança que reúne desde pequenos grupos feministas até grandes organizações como a Planned Parenthood, que promove o planejamento familiar.

"Voltamos às ruas pela primeira vez na era Biden porque com a mudança no Salão Oval (da Casa Branca) não acabou o desejo politizado, perverso e patriarcal de controlar nossos corpos", acrescenta a nota, em referência à vitória de Joe Biden em 2020, que não mudou a dinâmica nos estados.

Pelo contrário, estimulados pela entrada na Suprema Corte de três magistrados designados por Trump, legisladores conservadores locais iniciaram uma verdadeira ofensiva contra o direito ao aborto: desde 1º de janeiro, 19 estados aprovaram 63 leis restritivas.

Se a Suprema Corte anular a sentença do caso Roe vs Wade, todos os estados ficariam livres para proibir ou permitir os abortos. Desta maneira, 36 milhões de mulheres em 26 estados, ou quase metade das mulheres americanas em idade reprodutiva, provavelmente perderiam o direito a abortar, segundo um relatório divulgado pela Planned Parenthood.

Após seis meses de trabalhos locais e a realização de cinco etapas regionais, começa nesta quarta-feira (29) em Brasília a última fase da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

A etapa nacional segue até a próxima sexta-feira (1º), quando se comemora o Dia Internacional da Pessoa Idosa. Até lá, delegados regionais, gestores públicos e convidados participam de debates em diversas mesas temáticas. A ideia é que ao final seja votado e aprovado um caderno de propostas de políticas públicas para a população idosa.

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Tudo pode ser acompanhado ao vivo no canal do Youtube do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

Compostas por diferentes eixos temáticos – que discutem aspectos como promoção da saúde, previdência, educação, financiamento e implementação de políticas públicas –, as conferências dos direitos da pessoa idosa vêm sendo realizadas periodicamente desde 2005.

As conferências são instâncias convocadas pelo poder público federal com o objetivo de institucionalizar a participação social no planejamento e formulação de políticas públicas.

A 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa é uma iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que conta com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A estudante de direito Andressa Lustosa divulgou nas suas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que sofreu um acidente de bicicleta após ser assediada por um passageiro de carro. O caso ocorreu no município de Palmas, no Paraná.

No vídeo, é possível observar que uma pessoa coloca o braço para fora do carro e apalpa a ciclista. A mulher, em seguida, se desequilibra e cai. 

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"Nós mulheres não temos um minuto de paz!! Saí de casa para andar de bicicleta e volto toda machucada pra casa por uma atitude covarde dessas!

Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.. estou bem, só quero que paguem pelo o que fizeram", escreveu a estudante no Instagram.

Nos stories do Instagram, a ciclista agradeceu o apoio e mostrou as escoriações que sofreu no ombro. "Estou bem, em casa, me recuperando das lesões. Ainda bem que estou viva, machucado físico é o de menos", disse.

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A Coreia do Norte lançou um "projétil não identificado" no mar, em frente à sua costa oriental, informou nesta terça-feira (28) o Exército sul-coreano, enquanto o representante de Pyongyang na ONU defendeu o direito do país de desenvolver um armamento próprio.

O Estado-Maior da Coreia do Sul não divulgou detalhes do caso. Um porta-voz do ministro japonês da Defesa indicou à AFP que o projétil "assemelhava-se a um míssil balístico".

O lançamento é o episódio mais recente de uma série de mensagens cruzadas entre as duas Coreias, que, por um lado, impulsionam sua corrida militar e, por outro, evocam um possível diálogo.

Pouco após a notificação do disparo, o embaixador norte-coreano defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o direito de seu país de testar sua tecnologia de defesa. "Nós apenas estamos construindo nossa defesa nacional para nos proteger e salvaguardar de forma confiável a segurança e a paz do país", disse Kim Song.

No entanto, Washington afirmou nesta segunda-feira que "condena" o aparente lançamento do míssil e instou Pyongyang a dialogar.

"Os Estados Unidos condenam o lançamento do míssil da RPDC", declarou o Departamento de Estado em um comunicado, referindo-se à República Popular Democrática da Coreia.

"Este lançamento viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma ameaça para os vizinhos da RPDC e a comunidade internacional. Continuamos comprometidos com uma abordagem diplomática da RPDC e apelamos ao diálogo", acrescentou.

Sujeito a sanções internacionais por seu programa de armamento nuclear, o Norte realizou vários testes balísticos este mês, inclusive com mísseis de cruzeiro de longo alcance.

O Sul, por sua vez, anunciou nos últimos dias que testou com sucesso, pela primeira vez, mísseis disparados de um submarino, uma tecnologia avançada disponível apenas em alguns poucos países.

Nesta terça-feira, a Coreia do Sul lançou o seu terceiro míssil a partir de um submarino, em um novo sinal decomo investe bilhões de dólares para fortalecer sua capacidade militar.

Após uma reunião de emergêncoa, o Comitê de Segurança Nacional de Seul emitiu um comunicado nesta terça-feira em que lamenta o lançamento de Pyongyang "em um momento crítico na estabilidade política da península da Coreia".

- Propostas de diálogo -

Mas também surgiram sinais de distensão.

Dois dias atrás, Kim Yo Jong, irmã e assessora influente do líder norte-coreano, Kim Jong Un, evocou a possibilidade de uma cúpula intercoreana, mas só se garantir o "respeito mútuo" e a "imparcialidade".

Também criticou a "dupla moral" da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que criticam os testes norte-coreanos enquanto eles desenvolvem suas próprias capacidades militares.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ao qual restam poucos meses no cargo, reiterou seus chamados para um fim oficial à guerra da Coreia (1950-1953).

O conflito nesta península do nordeste asiático terminou com uma trégua, mas nunca chegou a ser assinado um tratado de paz. Portanto, os dois países continuam tecnicamente em guerra desde então.

"Parece que a Coreia do Norte quer ver o quão genuína Seul é a respeito da sua vontade de melhorar a relação entre os dois países e de encerrar oficialmente a guerra da Coreia", observou o professor Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos.

“Pyongyang vai monitorar e estudar a reação de Moon após o lançamento de hoje e decidir o que quer fazer”, completou.

A comunicação entre as duas Coreias foi interrompida em grande medida depois de uma segunda cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte em Hanói, que fracassou em fevereiro de 2019, já que o então presidente Donald Trump e Kim Jong Un não puderam entrar em um consenso sobre os termos de um acordo.

O álbum de fotografias, à mão sempre que uma visita surgia, mudou de forma e ganhou as redes sociais. Por lá, sobram fotos do bebê dormindo, comendo, brincando. O hábito de publicar imagens de crianças na internet ganhou até nome: sharenting, junção dos termos em inglês share (compartilhar) e parenting (paternidade). Na sociedade das plataformas, não demorou para que os "álbuns digitais" fossem vistos por centenas e até milhões de usuários.

A explosão de contas ligadas a bebês e crianças nas redes sociais durante a pandemia levanta o debate sobre o sharenting. Quase toda família faz e mesmo quem não tem filho se derrete quando vê fofuras dos bebês alheios nas redes. Em jogo está o direito das crianças à privacidade. Por outro lado, há a liberdade de expressão dos pais e a vontade de se conectar com os outros. O fenômeno fica mais complexo quando associado à propaganda de itens infantis.

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Longe dos parentes, com um bebê nascido pouco antes da pandemia, a dona de casa Thainá Barbosa, de 32 anos, resolveu contar ao mundo os feitos de Rafael, de 2 anos. Criou um perfil só para ele no Instagram, que, no início, era restrito à família. "Eram só umas dez pessoas, mas você vai compartilhando, as pessoas vão seguindo, e gostando", diz a mãe, que publica fotos dos passeios do menino, danças e roupinhas.

O perfil público pode ser visto por qualquer um - e o uso de hashtags como #digitalinfluencer permite encontrar a conta (e outras do tipo) na busca do Instagram. A mãe diz tomar cuidado para não publicar fotos do filho sem roupa, a fim de evitar que caiam em redes de pornografia. Mas não tem medo de ganhar alcance. "Se viralizar uma brincadeira, uma foto bonita, é fantástico", diz ela, que aponta benefícios da troca de experiências com outras mães.

Para a psicóloga Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da SaferNet, o isolamento por causa da covid fez aumentar a prática de publicar fotos de crianças na internet - o que também faz crescer o volume de debates sobre o tema em entidades ligadas aos direitos da criança, à segurança na rede e entre juristas. "As crianças deixaram de conviver com parentes e uma das pontes para o contato foi as redes." Juliana não vê a situação como um problema, a princípio, mas diz que o fenômeno pode esconder riscos.

Para a empresária Victória Xavier, de 29 anos, uma das consequências incontroláveis é viralizar - coisa que ela tenta impedir, na contramão da maioria. Dona de uma conta sobre maternidade com 47 mil seguidores, Victória posta fotos do filho de 1 ano acompanhadas de receitas e sugestões de brincadeiras. "Tenho cuidado de não produzir nada que acho que vai viralizar. Bebê gordinho, fazendo dancinha no TikTok, viraliza."

Promover sorteios também é estratégia para atrair seguidores - e por isso Victória diz "passar longe", apesar de aceitar fazer propaganda para marcas de mães empreendedoras. Ela recebe uma cota das vendas.

A ideia é manter um público engajado nos temas que ela publica - e não curiosos aleatórios, mas Victória sabe que o alcance da imagem do filho pode ir além do previsto. Nas redes, é comum a "pesca" de conteúdos por outras páginas, mesmo sem autorização. "Sempre que vou postar, penso: se sair do meu controle, vai me incomodar ou ao meu filho no futuro?"

A reflexão veta, por exemplo, fotos de momentos íntimos da criança, como birras e o desfralde. Também impede imagens de nudez. Mas, assim como acontecia quando o álbum de fotos impressas ganhava a sala de estar, nem sempre o que os pais veem como lindo na infância agrada aos filhos crescidos.

"Não tenho como ter certeza se ela vai ou não gostar do que escolho mostrar", diz a fotógrafa Morgana Secco, de 38 anos, que alcançou 2,6 milhões de seguidores no Instagram após viralizar com vídeos da filha Alice, de 2 anos, famosa por gostar de ler e falar palavras difíceis. Alguns cuidados, diz, previnem embaraços futuros. "Nunca exponho situações em que a Alice esteja vulnerável, chorando ou que possa constrangê-la futuramente", diz Morgana, que aposta na chance de inspirar outros pais para a importância de uma criação respeitosa.

Justiça. Em redes como Instagram e TikTok, é comum encontrar vídeos de crianças "trolladas" pelos pais - expostas a brincadeiras como provar alimentos azedos ou filmadas enquanto se assustam. Adolescentes pedem aos pais para que não postem fotos de quando eram crianças porque dizem sofrer bullying.

As discussões podem chegar à Justiça quando pai e mãe discordam sobre a exposição do filho. O pai de um menino do interior paulista moveu ação contra a ex-mulher depois que ela publicou texto e foto da criança sem o aval dele. Para o pai, a publicação, sobre um distúrbio do filho, violou a privacidade da criança. Já a mãe disse que a postagem não foi ofensiva.

A decisão deu razão à mãe, mas ponderou que ainda é preciso achar a medida justa para preservar tanto o direito à liberdade de expressão dos pais quanto o direito à privacidade e proteção dos dados de crianças. "Não há regra fixa para definir quando direitos de personalidade das crianças estão sendo desrespeitados nas redes", diz a advogada Isabella Paranaguá, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família do Piauí.

Não é o número de seguidores nem o fato de ter se tornado um "influencer digital" que indicam violação de direitos, mas situações que colocam a criança em risco, como negligência e opressão nas redes. Embora existam poucos processos de indenização por sharenting em que os filhos acionam a Justiça, o tema já faz parte de ações de divórcio e disputa de guarda.

A Escola Superior de Advocacia de Pernambuco (ESA-PE), vinculada ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), oferece 2.900 bolsas integrais de estudo para a pós-graduação em direito cível. O lançamento do programa será feito nesta terça-feira (31), em transmissão ao vivo no canal da ESA-PE no YouTube.

O período de inscrições será de 1º a 30 de setembro, pelo site do programa. Segundo o advogado Ronnie Preuss Duarte, presidente da ESA Nacional, a formação busca preparar os novos profissionais, com foco nos que tiveram a carreira comprometida devido à pandemia do novo coronavírus. “O projeto é uma pós-graduação em Advocacia Cível para advogados e advogadas que possuem baixa renda e foram diretamente afetados pela pandemia”, ele explica.

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A seleção pública se dará por meio de uma prova objetiva, que será aplicada no dia 24 de outubro. Os assuntos abordados são Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito Processual Civil. Além da avaliação, os candidatos passarão por uma análise socioeconômica, devendo apresentar uma renda bruta familiar de no máximo seis salários mínimos e a renda per capita de até três salários mínimos.

Ainda é necessário que o participante esteja regularmente inscrito na OAB Pernambuco e adimplente com as anuidades. Segundo o edital do certame, o resultado será divulgado no dia 26 de novembro.

*Samuel D'Paulla

A Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) realiza, na próxima segunda-feira (16), o curso 100% digital sobre “Direito concorrencial baseado na análise de casos concretos”.

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A capacitação será dividida em 16 encontros definidos sempre às segundas e quartas-feiras, e se estende até o dia 20 de setembro. Cada aula será ministrada por professor específico especialista no tema da aula.

O objetivo do evento é apresentar o direito concorrencial aos operadores de Direito que pretendem militar ou aprofundar seus conhecimentos na área, abordando o papel do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a livre concorrência no Brasil, com foco na análise de casos concretos.

Para participar, basta realizar a inscrição por meio do site de eventos da AASP, onde também podem ser obtidas mais informações.

A prova de direito civil da segunda fase do XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU) da OAB, promovida na tarde deste domingo (8), apresentou bom nível de exigência do Código Civil. Foram cobrados diferentes trechos do diploma legal, de seu início até seus textos finais, a exemplo dos que versam sobre direito de família.

“Achei interessante que na quarta questão, por exemplo, caiu direito da personalidade, especificamente com relação à imagem do falecido, de alguém que já está morto. Ali a prova traz, por exemplo, na letra A, que foi alegado pela outra parte ilegitimidade daquela pessoa que entra ali nos legitimados, diante de uma situação em que a pessoa que teria inicialmente o direito à personalidade morreu. Então agora não há mais o morto, não tem como a pessoa que faleceu vir reivindicar algo. Daí você vai ter a figura do cônjuge como legitimado, dos ascendentes (pai, mãe e avós dessa pessoa) e dos descendentes”, pontua a professora de direito civil Luciana Garrett.

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A professora também pontua que a peça da disciplina exigiu que o aluno estivesse atento aos requisitos para o recurso específico cobrado. “Como a questão coloca que já houve a sentença da sentença, cabe apelação. Além disso, achei que a banca ajudou bastante o candidato a indicar a legislação, pois já trouxe, por exemplo, a aplicação da Lei 9.514/97 no próprio texto da peça”, ressalta.

A prova de direito penal da segunda fase do XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU) da OAB, promovida neste domingo (8), ofereceu poucas dificuldades aos candidatos, segundo a professora Amanda Barbalho, especialista na área. A avaliação demandou peça de alegações finais por memoriais, uma das mais comumente cobradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do exame.

“Todo mundo que faz penal se prepara muito bem para fazer essa peça, que costuma ser muito extensa em teses e, nesse caso, não foi. Então foi uma peça comum, que todo mundo que faz penal se prepara muito bem pra fazer. Como ela não veio com a dificuldade natural, por ser uma peça mais extensa, tornou metade da prova muito mais fácil, por valer cinco”, explica Barbalho.

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As teses abordadas pela avaliação também foram previsíveis. “Teses completamente dentro do esperado, como a de pena e de estado de necessidade, que é fácil de ser identificada. Dentro das questões, geralmente quando a peça vem muito tranquila, há uma dificuldade maior para nivelar a prova, o que também não ocorreu. Basicamente, quem tivesse um domínio de Vade Mecum e uma mínima condição de interpretação de texto já conseguiria fazer uma boa prova”, acrescenta a professora.

Apesar de fácil, a prova envolveu debates atuais na sociedade, a exemplo da violência doméstica. “O artigo cobrado na peça foi uma lesão corporal com violência doméstica contra homem e na última questão violência doméstica contra mulher. Achei interessante esse viés de diferenciação. Por fim, também cobraram o acordo de não persecução penal, que já era uma expectativa, porque é uma das alterações da Lei anti-crime, que favorece bastante a advocacia criminal porque beneficia os acusados”, completa Barbalho.

  A segunda fase do XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU), promovido pela OAB Nacional na tarde deste domingo (8), trouxe uma prova de direito administrativo sem surpresas para quem já havia estudado provas anteriores. Para a professora Marina Lisboa, do Saber Jurídico Cursos, o nível de dificuldade do exame foi mediano ao abordar, em suas quatro questões, os temas de servidor público, responsabilidade civil do Estado, contratos administrativos e desapropriação.

“Achei a prova mediana dentro do esperado de como os exames vêm sendo. Neste primeiro momento, não acredito que haverá necessidade de recurso em nenhuma questão”, pontua Lisboa.

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De acordo com a professora, a peça adequada a ser redigida pelo candidato foi o recurso de apelação em mandado de segurança. “A peça trazia o caso de uma mulher grávida que teve o direito de participar de concurso público negado pelo juiz. Aí é quando a gente lembra do jargão jurídico: ‘da sentença cabe apelação’. Era basicamente esse o ponto que o candidato deveria ter olhado na prova. Logo no final da questão, o enunciado dizia que era para entrar com a peça cabível e essa peça cabível era a apelação”, ressalta Lisboa.

A professora de direito administrativo Isabella Galvão lembra que a peça cobrada costuma ser bastante trabalhada em cursos preparatórios para a segunda fase do exame da Ordem. “No tocante ao direito material alegado na peça, existem várias possibilidades de argumentação. Dentre elas: a violação ao princípio da acessibilidade a cargos públicos, previsto no artigo 37 inciso um da Constituição Federal o direito de proteção à maternidade; o princípio da razoabilidade; a lesão ao princípio da isonomia, prevista no artigo quinto da Constituição Federal”, esclarece.

Durante cerimônia presencial realizada, nesta segunda-feira (2), no auditório da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional, Felipe Santa Cruz, recebeu a Comenda Roque de Brito. Na ocasião, ele ganhou a honraria das mãos do diretor presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz.

"É uma honra enorme receber esta Comenda que leva nome do professor Roque de Brito Alves, que carrega o que há de melhor na tradição do direto pernambucano, do ensino do direito, do amor às artes. Eu não me sinto merecedor. Acho que quem recebe esta Comenda é o direto brasileiro que eu aqui represento", falou Felipe Santa Cruz em entrevista ao LeiaJá.

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Esta é a primeira vez que a instituição concede a honraria. A escolha por Santa Cruz, de acordo com Maria Amélia, coordenadora do curso de direito da UNINASSAU Recife, deu-se pelo fato de "Felipe Santa Cruz ser um advogado renomado, conhecido a nível nacional", ressaltou. 

A Comenda é uma homenagem ao jurista Roque de Brito Alves, que contribuiu por mais de uma década com formação acadêmica dos futuros bacharéis da UNINASSAU. Roque de Brito faleceu em 2020 em decorrência de complicações da Covid-19. 

 

 

O produtor musical paraibano Iverson Sousa de Araújo, ou DJ Ivis, como ficou conhecido após alcançar o sucesso na carreira fonográfica, foi preso em Fortaleza (CE) após ser flagrado por câmeras de segurança agredindo sua ex-esposa, Pamella Holanda. O caso ganhou os noticiários no último dia 11, quando Holanda resolveu romper com o silêncio e divulgar, em suas redes sociais, as imagens nas quais era cruelmente espancada na frente da filha de nove meses do casal. As cenas de violência, no entanto, não são raridade no Brasil.

17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual

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Só no último ano, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Fórum Nacional de Segurança Pública, 17 milhões de mulheres (24%) foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual. Mesmo que agravada pela situação de crise sanitária, a porcentagem apresenta estabilidade em relação à pesquisa de 2019, quando 27,4% afirmaram ter sofrido alguma agressão.

Para Maria Júlia Leonel, advogada criminal, doutoranda em Direito Penal e coordenadora da graduação de Direito da Uninassau Boa Viagem, o caso protagonizado pelo DJ escancara também a falta de percepção dos agressores, que sentem-se “legitimados” para praticarem os atos de violência.

“A gente percebe que ele se sente legitimado a fazer aquelas agressões, e depois vir a público e justificar. Não à toa ele tem um aumento de seguidores. Ou seja, ele faz aquilo, mas na cabeça dele existe uma justificativa para os atos, como é o caso de muitos homens que agridem mulheres nas mais diversas formas”, explicou Leonel, se referindo às declarações dadas por Araújo algumas horas depois das imagens serem divulgadas.

Em suas redes sociais, o DJ Ivis confirmou as agressões e afirmou que o relacionamento estava conturbado, além de ressaltar que havia se separado de Holanda há uma semana. Ademais, ele relatou ter sido ameaçado pela ex-esposa. O artista chegou a processar a vítima por calúnia, pedindo que ela removesse os vídeos de sua rede social e que não falasse sobre o caso à imprensa. A Justiça do Ceará, contudo, negou o recurso.

Cinco em cada dez brasileiros presenciou cenas de violência contra a mulher no último ano

As cenas de horror divulgadas pela vítima chamam atenção para a falta de interferência de terceiros em sua defesa. No primeiro momento, uma mulher, identificada como mãe de Pamella Holanda, está presente enquanto ela é atingida por socos. Na sequência, a gravidade das agressões é acompanhada por um homem do mesmo porte físico que o DJ. Ninguém interfere.

Novamente, a situação exposta no vídeo parece refletir aspectos da sociedade brasileira. O estudo conduzido pelo Fórum Nacional de Segurança Pública exemplifica: cinco em cada dez pessoas relataram ter visto uma mulher sofrer algum tipo de violência no seu bairro ou comunidade ao longo dos últimos 12 meses. Ou seja, quase metade dos brasileiros sabe identificar uma cena de agressão contra a mulher, mas nem sempre presta socorro.

“É difícil julgar a falta de reação da mãe [de Pamella Holanda]. Até que ponto aquela mãe também não teme aquele homem? Ela é mais uma vítima daquilo tudo. O amigo dele é de quem se esperava uma postura enfática”, afirmou Leonel. Segundo a advogada, os casos onde fica comprovada a omissão do socorro são passíveis de punição legal.

Para a especialista, esse tipo de comportamento isento de responsabilidade coletiva parte do pressuposto de que “não se deve interferir em briga de casal”.

“Nós normalizamos a violência e entendemos que a violência faz parte de um contexto conjugal porque essa foi a sociedade na qual fomos educados. É preciso desfazer, por meio de uma educação que promova os debates sobre gênero, essa percepção de contexto familiar”, enfatizou.

E embora a maior parte dos crimes relacionados à violência contra a mulher ocorra dentro dos lares, onde a incidência de testemunhas é muito baixa, o senso comum tende a duvidar da palavra das vítimas, desencorajando as denúncias.

“Do mesmo jeito que existe esse estereótipo de quem pratica o crime, também existe o perfil esperado da vítima. No caso de Pamella Holanda, nós vemos uma mulher independente financeiramente e isso acaba fomentando o surgimento de questionamentos: Por que ela não saiu dessa situação?”, questiona Maria Júlia Leonel.

A complexidade e as diferentes nuances das agressões, contudo, não dão conta de responder esse tipo de questionamento.

“Se não existisse um vídeo e as pessoas tivessem ouvido a palavra desse DJ, que tem certa popularidade, boa parte tenderia a acreditar nele. A palavra da vítima, que é tão importante, passa a ser confrontada a todo momento para saber se ela é vítima de verdade”, finaliza a advogada.

Lei Maria da Penha

A ocorrência de lesão corporal no âmbito da violência doméstica contra o DJ Ivis aconteceu no dia 3 de julho. No dia seguinte, 4 de julho, a Justiça do Ceará determinou medidas protetivas em favor de Holanda, mas o agressor não foi preso naquele momento, já que a última agressão acontecera mais de 24 horas antes do registro da ocorrência. Na prática, isso significa que não existia mais “flagrante”.

O caso, no entanto, teve uma reviravolta após as imagens ganharem notoriedade pública. A partir disso, o produtor foi preso preventivamente na última quarta-feira (14), com base no fundamento de risco à ordem pública. A medida não retira a investigação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), mas é uma forma da Justiça garantir a detenção do DJ antes da conclusão do inquérito policial.

“Muita gente acha que a Lei Maria da Penha criou os crimes contra a mulher, mas na verdade não é isso. O que a lei faz é agravar algumas situações e criar procedimentos com relação a violências que acontecem em contexto familiar, o que não necessariamente precisa ter a mulher como vítima”, explica Maria Júlia Leonel.

Em vigor há 15 anos, a Lei Maria da Penha passou por diversas modificações. Todas elas representam o aprimoramento do mecanismo, consequência direta do debate contínuo sobre o assunto. As medidas protetivas, que têm como objetivo proteger um indivíduo em situação de risco, são um exemplo disso.

Redes de apoio e prevenção

No Recife (PE), capital pernambucana, a violência contra a mulher é um dos assuntos centrais a serem debatidos pela Secretaria da Mulher. Conforme explica a secretária da pasta, Glauce Medeiros, a prevenção e assistência ocorrem por meio de diferentes frentes.

“Orientamos que, em caso de perigo iminente ou no momento em que esteja acontecendo uma agressão, a mulher - caso seja possível -, ou mesmo pessoas próximas, devem acionar o 190 da Polícia Militar para que seja garantida intervenção imediata. Não havendo risco imediato, a mulher deve procurar o Centro de Referência Clarice Lispector, o Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago ou as Salas da Mulher, localizadas nos Compaz Ariano Suassuna, Eduardo Campos e Dom Helder Câmara, para receber atendimento de uma equipe multidisciplinar especializada e garantir acompanhamento socioassistencial, jurídico e psicológico”, disse Medeiros.

Ela explica ainda que as ações da pasta são divididas em dois eixos temáticos: “No Eixo da Prevenção, nós temos o Programa Maria da Penha vai à Escola que visa contribuir com a educação não-sexista e a promoção da cultura da não violência contra a mulher através de oficinas lúdicas e rodas de diálogos realizadas nas escolas da rede municipal de ensino a partir das turmas do 3º ao 9º ano do ensino fundamental e do EJA”.

“No Eixo do Enfrentamento, temos o Centro de Referência Clarice Lispector e salas da mulher instaladas nos Centros Comunitários da Paz  COMPAZ Ariano Suassuna, Eduardo Campos e Dom Helder Câmara e o Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago onde são ofertados os seguintes serviços: atendimento social, jurídico e psicológico às mulheres em situação de violência  doméstica e sexista através de equipe multidisciplinar formada por assistentes sociais, advogadas, psicólogas, educadoras sociais e arte-educadoras”.

COMO DENUNCIAR

Situações de violência contra a mulher podem ser denunciadas em distritos policiais e delegacias especializadas. Existe também uma rede assistencial:

DISQUE 180

Exclusivo de atendimento à mulher, o número presta apoio e escuta mulheres em situação de qualquer tipo de violação ou violência de gênero.

LIGA MULHER

Serviço de orientação sobre o atendimento a mulheres em situação de violência através do 0800.281.0107, instalado no Centro Clarice Lispector, localizado no Centro do Recife.

ATENDIMENTO À DISTÂNCIA

Este serviço recebe mensagens e presta o acolhimento e apoio às mulheres emocionalmente abaladas 24 horas por dia. Através do número (81) 9488-6138, no WhatsApp, são repassadas orientações sobre o que fazer quanto às agressões e também são repassados direcionamentos às mulheres que se encontram em uma delegacia de polícia prestando queixa da violência sofrida.

A Procuradoria Geral do Estado de Alegoas (PGE-AL) divulga detalhes sobre o novo concurso público destinado ao preenchimento de 15 vagas para o cargo de procurador do Estado - 1ª Classe. As inscrições, feitas on-line, vao de 16 de julho a 20 de agosto. A taxa custa R$ 450.

Para participar do certame, o candidato precisa, entre ourtos requisitos previstos no edital, possuir graduação em direito, em instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), e registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O novo processo seletivo conta com duas etapas: prova discursiva e prova discursiva (com cinco questões e peça juducial).

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Os aprovados cumprirão uma jornada de 20 horas semanas e terão remuneração equibalente a R$ 30.404, 42. O concurso terá validade de dois anos, contabilizados a partir da homologação no Diário Oficial. 

Nesta terça-feira (6), foi divulgado o calendário de atividades do XXXIII Exame de Ordem Unificado, pela Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional. Segundo o cronograma, o período de inscrições será de 12 a 19 de agosto, pelo portal do candidato.

A avaliação objetiva será aplicada no dia 17 de outubro. Já a prova prático-profissional será no dia 12 de dezembro. O Exame de Ordem Unificado é necessário para a inscrição e obtenção do título dado pela OAB de advogado.

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Bacharéis em direito, recém-formados aguardando apenas a colação de grau, assim como estudantes de direito no último ano, podem prestar o exame. Dicas sobre a prova podem ser vistas no projeto Vai Cair Na OAB.

Já passa de 650 o número de ex-alunos do curso de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que assinaram o manifesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lista foi aberta na noite da última segunda-feira (21) e vem sendo aderida por desembargadores, procuradores, parlamentares, professores e artistas. 

"É preciso dizer não, por fim, a quem agiu criminosamente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, causando dor e flagelo a mais de meio milhão de famílias brasileiras, e contando, mercê, exatamente, de ignorar a ciência e os organismos internacionais de saúde, além do desprezo às vacinas, cuja aquisição, em tempo certo, poderia ter salvado centenas de milhares de vidas", diz o documento.

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Dentre os nomes que assinam o posicionamento estão os do cantor Alceu Valença, dos deputados Marília Arraes (PT) e Tadeu Alencar (PSB), e de Ernani Varjal Medicis Pinto, procurador-geral do Estado de Pernambuco. Os articuladores da iniciativa devem lançar uma versão digital do abaixo assinado, na tentativa de ampliar a quantidade de assinaturas.

"Queremos um país melhor, queremos sonhar, queremos que novas gerações tenham esse direito. Precisamos reavivar no coração dos brasileiros a esperança, e ela está na prevalência da Constituição e da democracia, soberanamente consagradas em 1988 pelo povo e pelo poder constituinte. É preciso dizer não a Jair Messias Bolsonaro. É preciso dizer sim ao seu impeachment", conclui o manifesto.

Leia na íntegra: 

"Manifesto de Ex-alunos da Faculdade de Direito do Recife/UFPE pelo Impeachment do Presidente da República.

Assim como Joaquim Nabuco, ex-aluno da Faculdade de Direito do Recife, que não fechou os olhos diante da tragédia humana que fora a escravidão, nós, egressos da Faculdade de Direito do Recife, temos a obrigação de nos posicionar diante do estado atual de coisas que vive o nosso país.

Entendemos que o silêncio não é uma opção. Não é possível assistirmos inertes a um processo de rápida e manifesta degradação das instituições, dos direitos fundamentais e do regime democrático, conquistados, como todos sabemos, a partir da destemida luta civilizatória de muitas gerações, a qual resultou na Constituição brasileira de 1988, a Constituição-Cidadã, como definiu Ulysses Guimarães, cujo grito ainda ecoa: temos “ódio e nojo” a regimes autoritários.

É preciso, neste sentido, dizer não a quem lança dúvidas e desfere ataques, reiteradas vezes, sob a luz do dia e em praça pública, a nossas instituições democráticas e republicanas, naquilo que têm de mais central, como a confiança em eleições diretas, livres e periódicas, a promoção à forma federativa de Estado em regime de cooperação, bem como do respeito às recíprocas contenções exercidas pelos Poderes da República.

É preciso dizer não, ainda, a quem agride os direitos individuais, sociais, culturais, a preservação do meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gerações, e não respeita as diferenças que dão concretude à dignidade da pessoa humana.

É preciso dizer não a quem corrói e subverte as liberdades de expressão, de informação, de imprensa, de cátedra e o pluralismo político, quer seja com sistemática fabricação de notícias falsas, quer seja no uso do aparato estatal para perseguir e intimidar jornalistas, professores, opositores e cientistas.

É preciso dizer não a quem negou e continua a negar a importância da ciência, do sistema público e universal de saúde, e da interlocução pacífica com a comunidade internacional na busca da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

É preciso dizer não, por fim, a quem agiu criminosamente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, causando dor e flagelo a mais de meio milhão de famílias brasileiras, e contando, mercê, exatamente, de ignorar a ciência e os organismos internacionais de saúde, além do desprezo às vacinas, cuja aquisição, em tempo certo, poderia ter salvado centenas de milhares de vidas.

Queremos um país melhor, queremos sonhar, queremos que novas gerações tenham esse direito. Precisamos reavivar no coração dos brasileiros a esperança, e ela está na prevalência da Constituição e da democracia, soberanamente consagradas em 1988 pelo povo e pelo poder constituinte. É preciso dizer não a Jair Messias Bolsonaro. É preciso dizer sim ao seu impeachment".

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro não irá mais participar do III Encontro Virtual do CONPEDI, o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil. Ele seria coordenador o painel “O Papel do Setor Privado em Políticas Anticorrupção e de Integridade” que acontecerá na próxima sexta-feira (25). A presença do ex-ministro causou repercussão negativa, gerando até protesto e ameaças de boicote ao evento, que precisou divulgar uma nota nesse domingo (20) que “atualizarão a programação do encontro”.

O painel que Moro participaria tem patrocínio da Apsen, uma das maiores fabricantes de cloroquina do Brasil e foi um dos pontos a causar revolta entre os professores de pós-graduação que ameaçaram boicote.

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Segundo a Folha de São Paulo, o professor Ricardo Lodi, da pós-graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) falou o que achava da participação do ex-ministro no painel. "É um desrespeito a todos os pesquisadores em Direito do Brasil a realização da mesa que o Conpedi está anunciando para o seu III Encontro virtual, intitulada 'O Papel do Setor Privado em Políticas Anticorrupção e de Integridade', coordenada por ninguém menos do que o sr. Sergio Moro, que desacreditou os esforços do sistema de Justiça no combate à corrupção, a partir de uma atuação reconhecidamente parcial", desabafou.

No domingo (20), a organização do evento divulgou uma nota informando a decisão de atualizar a programação por conta dos protestos. “Em virtude da repercussão gerada em torno da programação do III Encontro Virtual do CONPEDI, a entidade, em comum acordo com seu parceiro institucional, resolve por atualizar a programação das atividades atendendo as manifestações expressas nas redes sociais da entidade".

A mudança foi bem aceita mas mesmo assim, os professores organizaram uma nota de repúdio à organização por ter convidado Sérgio Moro para o evento. “O CONPEDI, que há anos vem reunindo em seus encontros e publicações, integrantes dos melhores programas de pós graduação em direito do Brasil, que verdadeiramente contribuiu para incontáveis avanços na agenda da pesquisa em Direito, sempre comprometida com a defesa dos valores democráticos, dos direitos humanos e do Estado de Direito, não poderia mesmo compactuar com a presença de Sergio Moro, de produção científica praticamente inexistente e irrelevante, como coordenador e palestrante em um dos seus eventos, ainda mais com o patrocínio já referido”, dizem em trecho.

Confira o texto na íntegra:

Nós, juristas, professores e professoras de programas de pós graduação em direito do Brasil, de Universidades públicas, confessionais, comunitárias e privadas, vimos a público repudiar a decisão do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Direito, o CONPEDI, de convidar o Sr. Sergio Moro, ex-juiz, ex-professor e ex-Ministro da Justiça do governo Bolsonaro para coordenar e participar de um painel no seu Congresso Nacional.

Ainda que, felizmente, o convite tenha sido cancelado, em virtude da grande contrariedade gerada no meio acadêmico, necessitamos dizer, em alto e bom som, que consideramos um desrespeito a toda a comunidade jurídica do país e às suas instituições a possível presença daquele que foi declarado pelo Supremo Tribunal Federal como suspeito e parcial nos processos que dirigiu, em especial violando a Constituição e as mais básicas regras do Processo Penal brasileiro para alcançar interesses pessoais e políticos.

Se não bastassem tais ações, o comportamento do então juiz gerou incontáveis prejuízos materiais, financeiros e simbólicos ao país. Sua atuação alterou, inclusive, o processo eleitoral, ao condenar sem provas o candidato à Presidência da República que estava liderando francamente as pesquisas eleitorais, permitindo a vitória daquele que o alçaria ao status de Ministro de Estado apenas meses depois.

Também repudiamos o fato de que entre os patrocinadores da mesa que Sergio Moro iria coordenar, estivesse a APSEN, a maior produtora de Cloroquina no Brasil, que vem lucrando com a venda indiscriminada do medicamento em face da propaganda falsa, gerada por diversas entidades, inclusive pela propria presidência da República, de que ele combate a COVID-19, fato que contribuiu exponencialmente para o trágico número de 500.000 mortos da doença no país, pois serviu de pretexto para a desobediência do protocolo sanitário recomendado pela ciência para enfrentar a pandemia.

Entendemos que uma instituição como o CONPEDI, que há anos vem reunindo em seus encontros e publicações, integrantes dos melhores programas de pós graduação em direito do Brasil, que verdadeiramente contribuiu para incontáveis avanços na agenda da pesquisa em Direito, sempre comprometida com a defesa dos valores democráticos, dos direitos humanos e do Estado de Direito, não poderia mesmo compactuar com a presença de Sergio Moro, de produção científica praticamente inexistente e irrelevante, como coordenador e palestrante em um dos seus eventos, ainda mais com o patrocínio já referido.

 

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