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O ex-presidente dos EUA Donald Trump quer participar à distância de um julgamento em Manhattan por acusações de ter estuprado uma mulher há quase 30 anos. Segundo Joseph Tacopina, advogado de Trump, ele quer poupar os nova-iorquinos de engarrafamentos, ruas bloqueadas e alta segurança que inevitavelmente o acompanhariam.

O julgamento ocorre por conta de uma ação movida por E. Jean Carroll, que acusou Trump de atacá-la no vestiário de uma loja de departamentos da Quinta Avenida, em Nova York, nos anos 90. O julgamento está marcado para começar no dia 25 no Tribunal Distrital dos EUA, em Manhattan.

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O advogado destacou que Trump só poderia comparecer ao julgamento de forma presencial se os seus movimentos fossem coordenados todos os dias em que ele estivesse presente, com a utilização de uma equipe avançada do serviço secreto e o desenvolvimento de um plano tático.

Distúrbio

"Como parte desse plano", escreveu Tacopina em uma carta, "os andares do tribunal precisariam ser trancados, os elevadores fechados, os funcionários do tribunal seriam confinados em seus escritórios e o público restrito à área".

A carta pedia que a presença de Trump fosse dispensada "a menos que ele seja chamado por qualquer uma das partes para testemunhar" no julgamento.

A advogada de Carroll, Roberta Kaplan, respondeu em uma carta ao juiz, na quarta-feira, chamando o pedido de Trump de frívolo. "A noção de que o senhor Trump não apareceria em uma espécie de favor para a cidade de Nova York - e o júri deveria ser instruído quanto a isso - sobrecarrega a credulidade dos crédulos", escreveu Kaplan.

A advogada observou que alguns dos casos mais importantes do país, incluindo alguns envolvendo terrorismo, foram julgados no tribunal federal de Manhattan, que, segundo Kaplan, está "totalmente equipado para lidar com qualquer ônus logístico".

A advogada também acrescentou que Trump participou de diversos eventos nas últimas semanas, como uma luta de vale-tudo, e agendou um evento de campanha no Estado de New Hampshire em 27 de abril.

Trump enfrenta um escrutínio jurídico histórico para um ex-presidente no momento em que tenta emplacar sua candidatura às eleições de 2024. No dia 4, Trump se declarou inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registros em conexão com uma investigação sobre pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels, com quem ele teria tido um caso. Isso fez dele o primeiro ex-presidente a ser indiciado por uma acusação criminal na história dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neste sábado (15), um jovem de 23 anos foi preso e três adolescentes de 12, 13 e 14 anos foram apreendidos por suspeita de praticar estupro coletivo contra uma adolescente de 14 anos de idade, na cidade de Silvânia, no Norte de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, o grupo pegou a vítima na escola na tarde da última sexta-feira (14) e a convidou para passear a cavalo. 

Em entrevista à rádio CBN de Goiânia, o delegado responsável pelo caso, Leonardo Sanches, disse que o grupo conduziu a menina para um local afastado, na zona rural, onde ela tomou bebidas alcoólicas e ficou bêbada. Em seguida, o grupo teria praticado o estupro e abandonado a vítima em um cavalo.

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A menina foi encontrada sangrando, com ferimentos em diversas partes do corpo. A jovem foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para uma unidade de saúde do município. Os suspeitos confessaram o crime. As identidades deles não foram divulgadas pelas autoridades. 

A defesa de Daniel Alves pediu à Justiça espanhola que o jogador preste novo depoimento sobre a acusação de estupro de uma mulher em Barcelona, no fim do ano. Preso preventivamente desde 20 de janeiro, o jogador irá depor no dia 17, próxima segunda-feira.

De acordo com a imprensa local, Daniel Alves já contou quatro versões diferentes sobre o que teria acontecido na noite do dia 30 de dezembro, na casa noturna Sutton, em Barcelona. Antes de ser preso preventivamente, o jogador chegou a conceder entrevista negando que tivesse estuprado a jovem.

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No dia 5 de janeiro, ao programa "Y Ahora Sonsoles", do canal espanhol Antena 3, confirmou que estava na Sutton na data do ocorrido, mas negou a agressão e alegou que não conhecia a mulher. "Primeiramente, gostaria de desmentir tudo. Eu estive nesse lugar (casa noturna), com mais gente, aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro dançar. Eu estava aproveitando, mas sem invadir o espaço dos demais. Sempre respeitando o entorno", disse.

Em um segundo momento, disse que se encontraram no banheiro, mas não tiveram contato. Na sequência, revelou que houve relação sexual com a vítima, mas de forma consensual. A multiplicidade de versões seria uma alternativa para o jogador esconder a infidelidade de sua ex-mulher, Joana Sanz.

A informação sobre o novo depoimento de Daniel Alves à Justiça foi revelada pela rádio Cadena SER. De acordo com a legislação espanhola, uma pessoa, na condição de investigado, pode depor quantas vezes considerar necessária durante o processo judicial.

Treze mulheres acusam o ator francês Gérard Depardieu de violência sexual, já investigado por estupro e agressão a uma atriz, segundo um artigo do veículo investigativo Mediapart.

As mulheres teriam "sofrido gestos ou comentários sexuais impróprios do ator famoso em níveis variados, no set de onze filmes ou séries lançadas entre 2004 e 2022, ou em outros locais", segundo o artigo publicado na terça-feira (11).

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Conhecido por interpretar Obélix e Cyrano de Bergerac, o ator de 74 anos "nega formalmente todas as acusações", segundo declarações do escritório de advocacia Temime ao Mediapart, recusando-se a responder às perguntas da AFP.

As 13 mulheres "afirmam ter sido submetidas a uma mão na calcinha, na virilha, nas nádegas, ou nos seios; comentários sexuais obscenos; até rosnados insistentes".

Quando alguma delas reclamava, recebiam a resposta: "Ah, tudo bem, é o Gérard!", acrescenta o jornal investigativo.

"Sem avisar, Gérard Depardieu colocou a mão sob meu vestido, senti seus dedos tentando deslizar para alcançar minha calcinha", uma das figurantes do filme "Big House" (2015) relatou ao Mediapart.

Apesar de afastar a mão, "ele continuou, ficou agressivo, tentou afastar minha calcinha e enfiar os dedos em mim: entendi que ele não estava atuando. Se eu não tivesse impedido, ele teria conseguido", detalhou a vítima.

Nenhuma das mulheres citadas no Mediapart apresentou denúncia contra o ator. O veículo noticiou, no entanto, que três delas contribuíram com seus depoimentos à Justiça.

A Promotoria de Paris afirmou, nesta quarta-feira (12), que não "recebeu nenhuma nova denúncia até o momento" e especificou que a investigação aberta em julho de 2020, após o processo da atriz Charlotte Arnould, continua em andamento.

A Justiça abriu em 2020 uma investigação contra Depardieu, a quem Charlotte acusou de tê-la estuprado duas vezes em agosto de 2018, quando ela tinha 22 anos, na residência do ator em Paris.

Um homem de 49 anos foi preso em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, acusado de abusar das suas duas enteadas, de oito e 10 anos de idade. A prisão foi realizada por policiais civis lotados na 110ª Delegacia de Polícia nessa sexta-feira (31).

De acordo com as autoridades, “a investigação teve início após uma delas procurar a delegacia para relatar o fato”. O agressor foi autuado por estupro de vulnerável. Há um inquérito em andamento, também de acordo com a Civil. 

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No depoimento à polícia, as crianças contaram que eram constantemente ameaçadas pelo autor e por isso não tinham coragem de denunciar. O pedido de prisão foi feito pelo delegado de Polícia Civil Márcio Dubugras, responsável pelo caso. O abusador foi preso dentro de casa e não reagiu à abordagem. 

O homem ficou detido na delegacia local e então, encaminhado a unidade prisional da Delegacia de Polícia Interestadual e Capturas (Polinter). 

Apesar de homens, mulheres, crianças e idosos terem sido afetados e sofrido durante a repressão da ditadura militar pelo Ato Institucional Número 5 (AI-5), há 59 anos completos nesta sexta-feira, 31, as mulheres sofreram atrocidades e torturas especialmente piores do que as outras pessoas. Foi identificado, durante depoimentos para a Comissão Nacional da Verdade, que estupro, abusos físicos e sexuais eram práticas comuns de tortura feita pelas por militares do Exército e da polícia. O LeiaJá regata alguns desses relatos.

Dilma Rousseff

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A primeira mulher a ocupar a cadeira da Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), foi uma das mulheres que sofreu com a violência e repressão. Ela iniciou a militância na Organização Revolucionária Marxista, antes mesmo de fazer parte do armado Comando de Libertação Nacional. Dilma teve que abandonar a faculdade de economia em Minas Gerais. Depois, o grupo que integrava fez parte da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, mas ela nunca pegou em armas. A ex-presidenta foi capturada pela Operação Bandeirantes, em 1970. Foi presa e torturada em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. 

Passou pelo pau-de-arara, pelas máquinas de eletrochoque, e foi violentada com palmatória e cassetetes, que desfiguraram a sua arcada dentária. Então, ela foi condenada a seis anos de prisão, teve os direitos políticos cassados e ficou encarcerada numa cela com 50 mulheres. Por ter participado do julgamento, Dilma conseguiu reduzir a sua pena e sair da prisão em 1972. 

Em relato na Comissão Nacional da Verdade, em 2014, Dilma contou sobre a prática comum dos socos, eletrochoques, e arrancar dentes das pessoas presas. Ela era constantemente ameaçada. “Eu vou esquecer a mão em você. Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer. Ninguém sabe que você está aqui. Você vai virar um presunto e ninguém vai saber”, relatou a ex-presidenta, sobre uma das ameaças recebidas.

 

Miriam Leitão

A jornalista Miriam Leitão foi presa em 1972, aos 19 anos, por envolvimento com o PCdoB no combate ao regime militar. Ela contou que, durante a prisão no quartel de Vila Velha, no Espírito Santo, sofreu torturas físicas enquanto estava grávida de um mês. Ela foi jogada em uma cela escura e completamente nua, tendo sido obrigada a interagir com uma jiboia viva. 

Levou chutes, socos, tapas e cacetadas por parte dos oficiais, além de ter sido ameaçada de estupro por diversas vezes e ter sido privada de receber comida nas celas do quartel. Ela revelou que os soldados lançavam cães em sua direção enquanto a chamavam de terrorista aos gritos, fazendo com que os animais ficassem irritados. 

 

Rose Nogueira

A militante Rose Nogueira, que atuava na Ação Libertadora Nacional (ALN), foi presa em um dia comum enquanto estava em seu apartamento com o marido Luiz Roberto e seu filho, Carlos. Ela foi abordada pelo delegado Fleury, que ameaçou não devolver o seu filho, mas, na abordagem, Rose o convenceu a deixar a criança com os avós. 

Levada ao Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), em São Paulo, foi torturada psicologicamente, violada, estuprada, e aprisionada em celas insalubres com mais de 50 mulheres, incluindo Dilma Rousseff. Por estar amamentando à época que foi presa e não podia tomar banho, Rose cheirava a leite azedo. 

Ela passou nove meses presa na Penitenciária de Tiradentes. Quando foi solta, ficou em condicional sendo vigiada até o julgamento, que aconteceu dois anos depois, em 1972, quando foi julgada e absolvida. 

 

Amélia Teles

Amelinha Teles foi torturada com a família: o marido, a irmã e os dois filhos pelo coronel Brilhante Ustra. Amelinha era constantemente agredida por ele na frente dos filhos. Na Comissão, ela relatou ter passado pelo pau-de-arara, ter levado choques no corpo inteiro, apanhado de palmatória e sofrido violência sexual. Os filhos eram levados para vê-la nua, cheia de sangue e urina.

Militante do PCdoB, Amélia Teles foi presa em 1972 pela Operação Bandeirantes e foi conduzida para o DOI-CODI, em São Paulo, quando caiu nas mãos de Brilhante Ustra, que a torturou pessoalmente junto ao marido Carlos Nicolau Danielli, que foi assassinado em frente à esposa e usado para tortura psicológica. 

Segundo relatos de Amélia, Brilhante Ustra decidiu que os filhos dela, que tinham menos de 5 anos na época, fossem levados à sala de tortura e obrigados a assistir as sessões em que a mãe era agredida e estuprada por ofíciais do Exército. Ela sobreviveu e tornou-se militante na causa das famílias de desaparecidos políticos. 

A família Teles ganhou, em primeira instância, uma ação contra o coronel Ustra pelos crimes que sofreram, fazendo com que ele fosse o primeiro a ser reconhecido como torturador, em 2008. 

 

Iracema de Carvalho Araújo

Com aproximadamente 11 anos, pois não sabe ao certo o ano em que nasceu, Iracema foi sequestrada junto à mãe pelo Destacamento de Operações de Informação (DOI) de Recife. Sua mãe, Lúcia, era professora ligada do PCdoB e às Ligas Camponesas, por isso tornou-se alvo da polícia. Naquele dia, os militares colocaram Iracema e Lúcia num carro, vendadas, e as agrediu fisicamente, prejudicando 80% da visão de Iracema com um soco no rosto. 

Ela chegou a passar por sessões de tortura física e obrigada a assistir a mãe sendo agredida, espancada e eletrocutada no DOI-CODI. Ela lembra que a tortura que sofreu foi intensa e marcou a sua memória. 

 

Araceli Cabrera Sánchez Crespo

Araceli Crespo é um dos casos mais escandalosos da ditadura. Aos oito anos de idade, Araceli foi sequestrada, drogada, torturada, morta e carbonizada. O seu corpo foi encontrado em uma mata em Vitória, capital do Espírito Santo, completamente desfigurado e já em estado de decomposição. 

Os principais suspeitos são Dante de Barros Michelini, o Dantinho; seu pai, Dante de Brito Michelini; e Paulo Helal, que pertenciam a famílias de influentes do Espírito Santo junto ao regime militar. Eles negaram conhecer a vítima durante o julgamento. No entanto, Dantinho e Helal conheciam a mãe de Araceli, a boliviana Lola Sánchez. Ela era um contato para traficar cocaína na rota Brasil-Bolívia, e teria usado a própria filha como “mula” para entregar drogas a membros da família Michelini. 

Em 1980, Santinho e Helal foram condenados a 18 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 18 mil cruzeiros. No entanto, foram absolvidos por “falta de provas” pelo juiz Paulo Copolilo, 11 anos depois. Lola fugiu do país. 

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, é em homenagem a Araceli. A data é celebrada no dia 18 de maio, data da morte da menina. 

 

Dinalva Oliveira Teixeira

A baiana foi uma das vítimas fatais da ditadura militar. Militante do PCdoB, foi uma das guerrilheiras mais conhecidas na região do Araguaia. O relatório da Comissão Nacional da Verdade apontou que ela foi presa, torturada e assassinada em julho de 1974, perto de Xambioá, no Tocantins. Ela estava grávida em estado avançado.

O relatório também diz que Dinalva foi fuzilada olhando nos olhos do sargento Joaquim Artur Lopes de Souza, de codinome Ivan, e aconteceu o seguinte diálogo:

Dina: Vou morrer?

Ivan: Vai, agora você vai ter que ir

Dina: Eu quero morrer de frente

Ivan: Então vira pra cá. 

 

Aurora do Nascimento Furtado

Militante da ALN, Aurora foi assassinada aos 26 anos de idade. Ela foi presa em 1972 e encaminhada à “Invernada de Olaria”, delegacia civil no Rio de Janeiro. 

Aurora foi torturada no pau-de-arara, levou choques, foi espancada, afogada e sofreu queimaduras. Além disso, recebeu a “coroa de cristo”, uma tira de aço colocada em volta da cabeça que vai sendo apertada aos poucos para que o crânio seja esmagado e os olhos saiam para fora das órbitas. Ela foi alvejada por 29 tiros e teve o corpo jogado na rua. 

 

Zuzu Angel 

Uma das estilistas mais importantes do Brasil, Zuzu Angel virou referência não apenas no nicho. O filho dela, Stuart Angel, era militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e foi sequestrado por agentes da repressão em 1971. Seu corpo nunca foi encontrado e a sua mãe, Zuzu, passou a vida lutando para que pudesse encontrá-lo. 

No entanto, Zuzu morreu em 14 de abril de 1976, depois que o carro dela foi encurralado e capotado na saída do Túnel Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, e logo levantou-se a hipótese de ter sido uma emboscada para matá-la. 

Um ano antes ela teria deixado uma carta para Chico Buarque e outros amigos dizendo que “se algo vier a acontecer comigo, se eu aparecer morta, por acidente, assalto ou qualquer outro meio, terá sido obra dos mesmos assassinos do meu amado filho”. O relatório da Comissão da Verdade chegou à conclusão, em 2014, que a morte de Zuzu não foi um acidente e que houve envolvimento dos militares. O túnel onde ela morreu foi renomeado para Túnel Zuzu Angel. 

 

Após recurso do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal reformou decisão que tinha absolvido o sargento reformado do Exército Antônio Waneir Pinheiro de Lima, que atuou na chamada Casa da Morte. O TRF2 determinou que a ação penal contra ele retome seu curso, já que seus crimes não estão protegidos pela Lei da Anistia e não prescrevem.

Conhecido pelo apelido de Camarão, o sargento já havia se tornado réu por sequestro, cárcere privado e estupro da militante política Inês Etienne Romeu – única sobrevivente da Casa da Morte, localizada em Petrópolis (RJ).

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O acórdão reforça o entendimento de que o Brasil, por ser signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos, deve seguir a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que determinou que o país investigue e puna crimes contra a humanidade praticados pelos agentes estatais, não podendo considerar-se um obstáculo à investigação ou processo leis internas de anistia e prescrição, como é o caso dos autos.

Segundo o MPF, os crimes imputados ao militar foram comprovadamente cometidos contra Inês Etienne Romeu num contexto de ataque sistemático e generalizado contra a população civil brasileira.

“As torturas, execuções sumárias e desaparecimentos forçados cometidos por agentes de Estado no âmbito da repressão política constituem graves violações a direitos humanos, para fins de incidência dos pontos resolutivos 3 e 9 da decisão, os quais excluem a validade de interpretações jurídicas que assegurem a impunidade de tais violações”, afirmou o órgão, mencionando sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund contra Brasil.

Tortura

Inês Etienne Romeu foi sequestrada por militares na cidade de São Paulo e levada, em 8 de maio de 1971, para a chamada Casa da Morte, na região serrana do Rio de Janeiro. O local funcionava como um aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE), onde militares torturavam presos políticos.

As investigações comprovaram que Antônio Waneir manteve Inês Etienne contra sua vontade dentro do centro ilegal de detenção, ameaçando-a de morte e utilizando recursos que tornaram impossível a defesa da vítima. O réu estuprou a vítima também durante o encarceramento. Sua condição levou-a a tentar tirar a própria vida por quatro vezes.

Após o período na Casa da Morte, Inês Etienne Romeu ainda foi presa em outros locais. Seu encarceramento somente terminou em agosto de 1979. O MPF ouviu a vítima em 2013, ocasião em que Inês Etienne Romeu reconheceu, pela primeira vez, a foto de Antonio Waneir como sendo o “Camarão” da Casa da Morte.

Em 2020, o sargento reformado e outros militares também foram denunciados pelo sequestro e tortura do advogado e militante político Paulo de Tarso Celestino da Silva, crimes igualmente cometidos na Casa da Morte.

Com informações da assessoria do MPF

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, preso desde 11 de julho do ano passado sob acusação de estuprar uma paciente sedada após um parto em um hospital de São João de Meriti (Baixada Fluminense), teve seu registro profissional cassado em definitivo pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) nesta terça-feira (28).

Assim, ele não pode mais exercer a medicina no Brasil. Desde 12 de julho de 2022, o órgão suspendera provisoriamente seu registro, mas agora a decisão é definitiva. Segundo o Cremerj, a decisão foi tomada por unanimidade durante plenária de julgamento que ocorreu durante a tarde.

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Bezerra foi preso em flagrante na madrugada do dia 11 de julho, momentos após ser filmado por profissionais de saúde do Hospital da Mulher Heloneida Studart, situado em Vilar dos Teles, bairro de São João de Meriti.

Logo após um parto, durante um procedimento de laqueadura previamente autorizada pela paciente que havia dado à luz, o médico, protegido por um pano que servia como cortina, colocou o pênis na boca da paciente. A mulher estava sedada mais do que o seria necessário, e não tinha condições de saber o que estava ocorrendo.

Após cerca de dez minutos, ele tirou o pênis e limpou a boca da mulher com um guardanapo de papel. Após ver a filmagem, colegas do médico acionaram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.

A delegada titular, Bárbara Lomba, foi ao hospital e prendeu Bezerra em flagrante. Ao receber voz de prisão, o médico disse que queria entender o que estava acontecendo e foi informado pela policial de que havia um vídeo provando a conduta dele.

Suspeitas

Profissionais que trabalhavam com o anestesista suspeitaram da conduta do anestesista por causa da quantidade de sedativo que o médico aplicava nas pacientes em trabalho de parto. A situação era perceptível porque as mães anestesiadas por Bezerra não reagiam com a habitual alegria ao conhecer os filhos, já que ainda estavam sob o efeito dos medicamentos em excesso.

Em 10 de julho, um domingo, o médico chegou para trabalhar e participou de duas cesarianas em salas cirúrgicas onde a gravação era inviável. Na terceira foi possível esconder um celular em um armário e realizar a gravação.

A prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Atualmente Bezerra está detido no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio). Ele é réu em processo por estupro de vulnerável e, se considerado culpado, pode ser condenado a até 15 anos de prisão. O processo tramita em segredo de Justiça, para não expor a vítima.

O Estadão não conseguiu localizar a defesa do acusado.

A Polícia Civil do Rio prendeu neste sábado, 25, um médico de 44 anos pelos crimes de estupro, agressão e violência psicológica contra a companheira. De acordo com as investigações, ele dopou a mulher e cometeu os abusos.

O homem foi preso em sua casa, que fica no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá. O médico tinha um mandado de prisão preventiva em aberto e, além dos crimes contra a companheira, possui mais cinco anotações criminais por violência doméstica.

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Segundo a polícia, o acusado ministrou uma superdosagem de um remédio tranquilizante na vítima a fim de diminuir sua capacidade de resistência. Depois disso, ele cometeu o abuso sexual.

Operação

A prisão do médico foi parte da Operação Átria, realizada pelas polícias civis de todo o País com o intuito de combater crimes praticados contra mulheres em razão do gênero.

Em balanço parcial divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na última terça-feira, 21, em três semanas, 4.255 pessoas foram presas no âmbito da operação em todos os Estados brasileiros. Desse total, 3.598 prisões foram em flagrante.

Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, na penitenciária Brians 2, na Espanha, por agressão sexual contra uma jovem de 23 anos. A presença do jogador no presídio está movimentando um esquema da venda de camisas do Barcelona autografadas pelo brasileiro. Essas camisas são trocadas por maços de cigarros. O lateral-direito de 39 é multicampeão pelo time espanhol, ao lado de Messi, e fez parte de uma das gerações mais vitoriosas do clube catalão.

Segundo o site espanhol El Caso, funcionários da Brians 2 notaram a entrada de uma grande quantidade de camisas do Barcelona na penitenciária. As peças seriam para um preso que tem permissão para circular em diferentes módulos do complexo. Além dos uniformes que chegam pelos serviços de entrega, o detento em questão também recebe camisas trazidas por familiares e visitantes de outros presidiários.

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Em posse das camisas do Barcelona, o atravessador leva as peças para o módulo 13, onde Daniel Alves está preso por acusação de agressão sexual. Lá, o ex-jogador do Barcelona autografa os uniformes catalães e os devolve para o interno, que os repassa para os seus respectivos donos. Em troca, o movimentador do esquema recebe cigarros, importante moeda de troca em prisões, e outros produtos disponíveis para os presos comprarem na cadeia.

Não é explicado o papel de Daniel Alves, se ele recebe alguma coisa ou regalia em troca dos autógrafos. A reportagem revela ainda que o brasileiro é responsável por organizar partidas de futebol com diferentes times na prisão.

Inaugurado em 2007, o Brians 2 fica no município de Sant Esteve Sesrovires, uma cidade no norte da região de Baix Llobregat. Segundo a Secretaria de Justiça, Direitos e Memória, o local é composto por 14 módulos prisionais, com cada um possuindo três andares e 72 celas. Daniel ocupa uma delas. O presídio também possui mais dois módulos para determinados serviços e perfis de presos.

Cada módulo dispõe de um refeitório com produtos básicos para os reclusos, gabinete médico, oficinas ocupacionais, refeitório, sala de estar, salão de cabeleireiro, salas educativas, parque infantil, ginásio, campo desportivo e zonas ajardinadas para passeio.

Antes de Daniel Alves, o Brians 2 ficou famoso por abrigar Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e também por ser palco da morte do pioneiro dos programas de antivírus John McAfee.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida.

Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.

O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.

Foi preso, nessa quarta-feira (22), um homem suspeito de ter estuprado uma moradora de rua desacordada, na Ceilândia, no Distrito Federal. Policiais militares foram acionados e encontraram o suposto agressor amarrado em um poste.

O estupro ocorreu na terça-feira (21), em plena luz do dia. A vítima foi encontrada embriagada, deitada em baixo de uma marquise, com o zíper da calça aberto, ao lado de um cadeirante, que em prantos contou aos policiais o que havia acontecido, e denunciou quem foi o autor. A mulher foi encaminhada para um hospital.

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Os policiais conseguiram as filmagens de câmeras de segurança (abaixo), comprovando o crime. Porém, o suspeito não foi localizado no dia e só foi preso, nessa quarta (22), porque populares o viram no mesmo local do crime, o capturaram e o amarraram em um poste de energia.

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Ele foi retirado do poste e encaminhado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (DEAM II) para registro do flagrante.

Com informações da assessoria da PMDF

O processo que pode levar Robinho à prisão no Brasil tem um novo relator no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em decisão publicada nesta terça-feira, a presidente Maria Thereza de Assis Moura ordenou a distribuição imediata do tema por sorteio a um dos integrantes da Corte Especial. O Estadão apurou que o sorteado para a apreciação do caso foi o ministro Francisco Falcão. O procedimento se deu pelo fato de a defesa do ex-jogador, condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual, contestar a sentença e desejar a apresentação da cópia integral do processo pelo governo italiano. Assim, obrigatoriamente o tema passa a ser relatado no STJ.

Em janeiro de 2022, Robinho foi condenado em última instância pela Justiça italiana pelo estupro de uma jovem albanesa em boate de Milão. O caso ocorreu em 2013 e a pena também se estendeu ao seu amigo Ricardo Falco. O atacante atuava pelo Milan na época. Na última semana, os advogados do jogador informaram um endereço válido no qual o atleta de 39 anos poderia ser encontrado após a Justiça procurá-lo em três locais diferentes.

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A ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão publicada no dia 23 de fevereiro, afirma que a sentença italiana atende a requisitos para ser reconhecida no Brasil e cita como precedente uma decisão do ministro e ex-presidente Humberto Martins, que reconheceu a validade do procedimento ao acolher pedido de Portugal e decidir, em abril de 2021, pelo cumprimento da pena no País de Fernando de Almeida Oliveira. Almeida foi condenado em todas as instâncias da Justiça portuguesa a 12 anos de prisão pelos crimes de roubo, rapto e violação de burla informática.

A execução de sentença estrangeira está prevista na Constituição Federal e é amparada pela Lei de Imigração. O governo italiano pediu a extradição de Robinho em novembro do ano passado, mas o governo de Jair Bolsonaro negou o pedido baseado na Constituição Federal de 1988, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

CASO ROBINHO

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representa Robinho na Itália, reforçou que seu cliente é inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são "auto acusatório". As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou o atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade "física ou psíquica".

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. Ele foi anunciado como reforço pelo clube da Vila Belmiro com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do jogador.

O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, líder da Diocese de Anápolis, em Goiás, foi condenado a pagar R$ 10 mil como indenização ao médico Olímpio Moraes Filho. Em 2020, o religioso publicou um texto em que acusava o obstetra de assassinato por ter realizado um aborto legal em uma criança vítima de estupro. 

A menina de 10 anos engravidou após ser violentada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo, e foi transferida ao Recife para interromper a gestão no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Apesar de ser autorizado pela Justiça, políticos de direita e grupos religiosos tentaram invadir o prédio para impedir o procedimento e realizaram um ato em frente à unidade. O caso ganhou repercussão nacional e aqueceu o debate sobre os casos previstos para o aborto na legislação. 

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Em sua decisão, o juiz Adriano Mariano de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), entendeu que houve constrangimento moral. O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz ainda pode recorrer da condenação.

A defesa alegou em juízo que o texto criticava o procedimento abortivo no Brasil de forma genérica e que a palavra usada foi "assassínio" e não "assassino", segundo o g1

"Apesar da liberdade de expressão, não se pode imputar a uma outra pessoa comentários ofensivos que abalem sua imagem pessoal e profissional baseados em temas polêmicos que inclusive dividem opiniões. Portanto, a liberdade de expressão e de pensamento não é direito absoluto e deve ser exercida em respeito à dignidade alheia para que não resulte em prejuízo à honra, à imagem e ao direito de intimidade da pessoa”, destacou o magistrado para basear a sentença.

Em nota, a Diocese de Anápolis disse que não vai se manifestar e reforçou que as ações do padre são de cunho individual. 

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Uma mulher de 27 anos denunciou um cirurgião-dentista por crime de estupro durante um procedimento de extração de dente num consultório particular em Corumbá (MS). A Polícia Civil investiga o caso na cidade. 

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima contou que foi até a clínica acompanhada do marido para realizar uma extração e um implante dental, mas entrou sozinha na sala para o atendimento. 

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Ela relatou ter recebido duas anestesias durante o procedimento, além de ter tomado outros seis comprimidos, o que a deixou sonolenta, mas consciente. O auxiliar do dentista chegou a sair da sala em um determinado momento, quando a vítima ficou sozinha com o suspeito. 

A vítima relatou que o dentista balançou a cabeça dela para confirmar se estava dormindo, mas ela estava consciente - sem conseguir falar e nem se mexer, quando começaram os abusos. 

Segundo a mulher, o profissional aproveitou que ela não conseguia se mexer para cometer atos libidinosos diversos, acreditando que ela estivesse inconsciente. No entanto, a vítima relatou ao marido o que aconteceu após deixar o consultório, e eles procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Dam). 

O caso foi registrado como estupro de vulnerável e está em investigação. Segundo o g1, não há informações se o dentista foi ouvido ou preso. 

No município de Bagre, no estado do Pará, um vereador estpa sendo investigado por violência sexual contra a própria filha de 13 anos. O caso foi levado à Polícia Civil pela mãe da adolescente e é investigado sob sigilo.

Após as acusações virem à tona, o parlamentar não foi mais localizado na região, segundo as investigações. Sua identidade ainda não foi revelada, a fim de proteger a vítima.

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Em nota, o prefeito da cidade localizada na Mesorregião do Marajó, Clebinho Rodrigues (PSD), disse que está acompanhando o caso e que acredita no trabalho das investigações.

"Repudio toda e qualquer forma de violência, principalmente contra mulheres e crianças. Estou acompanhando as ações da justiça e das forças de segurança sobre as acusações", declarou o prefeito.

Crimes como esse, considerados como estupro, têm pena prevista de 6 a 10 anos de reclusão, podendo ser aumentada quando o abuso é praticado contra vítimas entre 14 e 18 anos de idade, que pode ir de 8 a 14 anos de prisão. Nos casos em que a vítima é menor de 14 anos, a pena pode chegar a 15 anos de prisão.

Os telespectadores do Big Brother Brasil (BBB) 23 acompanharam uma polêmica envolvendo dois participantes do programa. Nessa quinta-feira (16), MC Guimê e Cara de Sapato foram expulsos do BBB23 após assediarem a mexicana Dania Mendez durante a festa do líder, que ocorreu na quarta-feira (15).

Durante a festa, MC Guimê foi flagrado passando a mão na mexicana que, incomodada, tirou a mão do funkeiro. Em outro momento, outro participante, Antônio Carlos, conhecido como Cara de Sapato, forçou um beijo na participante mesmo após a recusa.

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Esse caso levantou dúvidas sobre o que diferencia o crime de importunação sexual, tipificado pelo artigo 215-A do Código Penal, do crime estupro, artigo 213 do Código Penal. E, assim, como o assunto pode ser tema do Exame de Ordem Unificado (EOU). A advogada penal, Amanda Barbalho, explica o que diz os artigos.

“O crime de importunação sexual acontece quando alguém pratica um ato de cunho sexual, libidinoso com outra pessoa sem que ela concorde, esse ato não é praticado com violência física ou ameaça, isso é o que discerne esse ato do crime de estupro, porque no estupro você também está praticando um ato sexual contra uma pessoa sem o consentimento dela, mas no estupro você está forçando isso através da ameaça e da violência física, diferente do que ocorre na importunação sexual”, disse.

De acordo com a advogada, o ato praticado por Guimê, ao passar a mão em uma parte sexualizada do corpo de Dania, sem o consentimento dela, se enquadra no crime de importunação sexual, diferente de cara de sapato, que ao fazer uso da força física para beijar a participante, pode ser acusado pelo crime de estupro.

“No caso de cara de sapato a coisa fica mais séria, porque ele fica pedindo para beijar ela e ela diz não, mas ele forçou realmente impondo a força nos braços dela, nas pernas dela, e é aí que pega, porque o beijo ele é um ato de cunho lascivo e, se ele foi forçado através de violência física pode configurar estupro, então, vai ser preciso apurar realmente se no momento desse beijo foi uma importunação sexual, se ele simplesmente roubou o selinho ou se ele realmente segurou ela a força e roubou o selinho, porque aí vira um estupro, mesmo tendo sido só um beijo”, afirmou.

Com a expulsão dos dois, cabe agora às autoridades fazerem a devida investigação do caso e vale ressaltar que, por se tratar de crimes de ação pública incondicionada, a investigação pode ocorrer por iniciativa própria, mesmo sem um pedido formal da vítima, como diz a advogada.

“Tanto crime de estupro como o de importunação sexual se tratam de ação pública condicionada. O estado pode, por iniciativa própria, iniciar uma investigação, não precisa a vítima pedir, inclusive porque aconteceu em solo brasileiro, praticado por brasileiros”, pontuou.

Um dia após a modelo Joana Sanz publicar em seu Instagram uma carta na qual indica o fim de seu casamento com Daniel Alves, preso provisoriamente na Espanha sob acusação de crime sexual, o irmão do jogador fez postagem em suas redes em que fala sobre lealdade. Apesar de não citar a ex-mulher do lateral-direito, a mensagem do vídeo foi interpretada como direcionada ao relacionamento do casal.

Nos stories, Ney compartilhou um vídeo do influenciador Rony Kbuloso em seu Instagram. "Vou dar um conselho para vocês, e serve até para mim mesmo, nunca espere consideração, reconhecimento, postura e nem lealdade de ninguém. Nós temos que ser pés no chão porque a mesma pessoa que te faz um bem enorme hoje é a mesma que te joga amanhã no chão e te amassa sem dó", diz Rony.

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Esta não é a primeira vez que Ney publica mensagens contra Joana Sanz em suas redes sociais. Nas últimas semanas, a influenciadora foi vista em uma festa em Dubai, fato que fez com que saísse em defesa de seu irmão. "Senhoras e senhores, esta é a digna Joana Sanz, que está sofrendo muito com a morte da mãe. Continua de luto e se não bastasse para aumentar a dor, o marido está preso acusado de violação", disse.

Em entrevista à TV espanhola em janeiro, Ney já havia negado que seu irmão tenha cometido o estupro do qual é acusado e diz que o jogador foi vítima de uma armadilha. "Meu irmão caiu em uma armadilha. Minha família não vai desistir. Meu irmão tem uma carreira impecável pelo mundo e essa confusão está afundando a carreira dele. Definitivamente faremos tudo o que pudermos para tirar meu irmão desse esquema demoníaco-diabólico em que foi colocado", declarou à época

A publicação de Ney, feita nesta quarta-feira, acontece poucas horas depois de Joana divulgar em seu Instagram uma carta, escrita a mão, na qual indica a separação do jogador. Joana e Daniel Alves estavam juntos havia sete anos. Na carta, cita que sempre vai amar Daniel Alves e diz que está encerrando um ciclo iniciado no dia 18 de maio de 2015. Naquele ano, o casal começou a namorar, se casando dois anos depois em uma cerimônia em Ibiza.

Segundo o programa "Fiesta" do canal espanhol Telecinco, Joana Sanz visitou o jogador no centro penitenciário Brians 2 na última semana. Eles teriam tido uma conversa frente a frente separados por um vidro. A modelo deixou a prisão séria e sem dar detalhes do que conversou com o brasileiro. Ela já insinuava o rompimento da relação.

Leia na íntegra a carta de Joana Sanz

Desde pequena escrevo meus sentimentos para me expressar, suponho que por ser filha única. Seja porque for, me faz bem. Adoraria que as linhas aqui escritas fossem de amor e felicidade, mas não é o caso. Têm sido meses horríveis, não os mais duros da minha vida, porque já enfrentei muitas tempestades, mas sim os mais obscuros e dolorosos. A sensação de abandono e solidão bate na minha porta. Milhares de "por quê?" sem resposta. Elegi como companheiro de vida uma pessoa que a meus olhos era perfeita. Sempre esteve presente quando eu mais precisava, sempre e apoiou em tudo, sempre me incentivou a crescer, sempre carinhoso, atento...

Me custa muito aceitar que essa pessoa poderia me quebrar em mil pedaços. Acredito que vai custar anos da minha vida tirar da minha memória o jeito dele me olhar como se eu fosse a mais incrível do mundo. E, porra, sim, eu sou incrível. Sou incrível porque sou trabalhadora, independente, inteligente, detalhista, carinhosa, divertida, fiel e humana. Tão humana que apesar do vazio que me causou continuo aqui ao seu lado. Sigo e seguirei estando, mas de outra forma.

Eu o amo e o amarei para sempre. Quem diz que um amor se esquece está se enganando ou não amou de verdade. Mas eu amo, respeito e valorizo muito mais a mim mesma. Perdoar alivia, então, fico com o mágico e encerro uma etapa da minha vida que começou no dia 18 de maio de 2015. Dou graças às oportunidades e aprendizados que a vida me dá. Por mais difíceis que sejam, aqui está uma mulher forte que passa à etapa seguinte da sua vida.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.

O casamento de Daniel Alves com sua atual mulher, Joana Sanz, parece ter chegado ao fim. A modelo e empresária espanhola de 29 anos publicou nesta quarta-feira em sua conta oficial no Instagram uma carta escrita a próprio punho em que indica o término do relacionamento com o brasileiro, que está preso na Espanha por suposta agressão sexual contra um jovem de 23 anos em boate de Barcelona

Joana e Daniel Alves estavam juntos há sete anos. Ela escreve na carta que sempre vai amar o jogador e diz que está encerrando um ciclo iniciado no dia 18 de maio de 2015. Naquele ano, o casal começou a namorar, se casando dois anos depois em uma cerimônia em Ibiza.

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"Eu o amo e o amarei para sempre. Quem diz que um amor se esquece está se enganando ou não amou de verdade. Mas eu amo, respeito e valorizo muito mais a mim mesma. Perdoar alivia, então, fico com o mágico e encerro uma etapa da minha vida que começou no dia 18 de maio de 2015. Dou graças às oportunidades e aprendizados que a vida me dá. Por mais difíceis que sejam, aqui está uma mulher forte que passa à etapa seguinte da sua vida", escreveu.

Segundo o programa "Fiesta" do canal espanhol Telecinco, Joana Sanz visitou o jogador no centro penitenciário Brians 2 na última semana. Eles teriam tido uma conversa frente a frente separados por um vidro. A modelo deixou a prisão séria e sem dar detalhes do que conversou com o brasileiro.

Diversos veículos da imprensa espanhola noticiaram nas últimas semanas que o casamento de Daniel Alves com Joana Sanz estava por um fio. Ela vinha postando mensagens enigmáticas nas redes sociais sobre sua vida, trabalho e relacionamento.

Quando o lateral-direito foi preso preventivamente na Espanha, no entanto, a modelo também teve de lidar com notícias semelhantes, mas negou a intenção de pedir o divórcio de Daniel. Chegou a dizer que não abandonaria o marido no momento mais difícil de sua vida. Ela chegou a visitá-lo na prisão algumas vezes. Recentemente, retomou sua carreira de modelo, com viagens e apresentações.

Leia na íntegra a carta de Joana Sanz

Desde pequena escrevo meus sentimentos para me expressar, suponho que por ser filha única. Seja porque for, me faz bem. Adoraria que as linhas aqui escritas fossem de amor e felicidade, mas não é o caso. Têm sido meses horríveis, não os mais duros da minha vida, porque já enfrentei muitas tempestades, mas sim os mais obscuros e dolorosos. A sensação de abandono e solidão bate na minha porta. Milhares de "por quê?" sem resposta. Elegi como companheiro de vida uma pessoa que a meus olhos era perfeita. Sempre esteve presente quando eu mais precisava, sempre e apoiou em tudo, sempre me incentivou a crescer, sempre carinhoso, atento...

Me custa muito aceitar que essa pessoa poderia me quebrar em mil pedaços. Acredito que vai custar anos da minha vida tirar da minha memória o jeito dele me olhar como se eu fosse a mais incrível do mundo. E, porra, sim, eu sou incrível. Sou incrível porque sou trabalhadora, independente, inteligente, detalhista, carinhosa, divertida, fiel e humana. Tão humana que apesar do vazio que me causou continuo aqui ao seu lado. Sigo e seguirei estando, mas de outra forma.

Eu o amo e o amarei para sempre. Quem diz que um amor se esquece está se enganando ou não amou de verdade. Mas eu amo, respeito e valorizo muito mais a mim mesma. Perdoar alivia, então, fico com o mágico e encerro uma etapa da minha vida que começou no dia 18 de maio de 2015. Dou graças às oportunidades e aprendizados que a vida me dá. Por mais difíceis que sejam, aqui está uma mulher forte que passa à etapa seguinte da sua vida.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.

Amigo de Mbappé, companheiro do francês e de Neymar no Paris Saint-Germain e apontado como o melhor lateral-direito do mundo, Ashraf Hakimi estará no amistoso com o Brasil, dia 25 de março, em Tânger, apesar de enfrentar uma acusação de estupro em Paris. O jogador está na lista dos convocados da seleção de Marrocos divulgada nesta segunda-feira pelo técnico Walid Regragui.

Hakimi, de 24 anos, foi acusado de estupro por uma jovem da mesma idade no mês fevereiro, em sua casa em Boulogne-Billancourt, subúrbio de Paris. O jogador está proibido de entrar em contato com a moça, mas pode deixar a França e, portanto, vai enfrentar o Brasil, dia 25, em Tânger, e também o Peru, dia 28, em Madri.

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O treinador de Marrocos foi bastante questionado após divulgar a presença do lateral-direito da lista dos convocados ao amistoso e saiu em defesa de seu jogador, passando carinho a Hakimi e dizendo que não se pode fazer um prejulgamento.

"Falei com Ashraf. Costumo falar com ele como com todos os meus jogadores. Ele está tranquilo, isso é o mais importante", afirmou Regragui. "Estamos com ele. Existe a presunção de inocência. Até prova em contrário, nós e todos os marroquinos apoiamos Achraf. Nós o apoiamos. Ele tem que pensar no futebol primeiro e as pessoas cuidarão desses assuntos para ele", disse.

Na visão do treinador, entrar em campo servirá para Hakimi melhorar seu astrtal após as acusações. "Estamos de todo o coração com ele. Acho que vai fazer bem a ele voltar ao Marrocos, sentir o apoio. É uma pessoa forte dentro e fora do campo", avaliou Regragui.

Grande surpresa da Copa do Mundo, na qual terminou na quarta colocação deixando Espanha e Portugal pelo caminho até perder na semifinal da França e na disputa pelo terceiro posto para a Croácia, Marrocos voltará a campo pela primeira vez para provar que não foi por acaso seu bom desempenho no Catar. Fazer um bom papel diante de um renovado selecionado brasileiro é a meta na abertura do ano.

A revelação recente do suposto estupro de uma menina de 11 anos por um grupo de menores, alguns com menos de 14 anos, perto de Barcelona, chocou a sociedade espanhola, que se pergunta como frear a violência entre os jovens.

Os fatos, revelados esta semana na imprensa local, teriam ocorrido em novembro, quando uma menina de 11 anos, que passeava por um shopping center em Badalona, na região metropolitana de Barcelona, foi surpreendida por um grupo de seis menores que a ameaçaram com uma faca para levá-la até os banheiros, onde a estupraram, reportaram vários veículos de imprensa.

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Consultada pela AFP, a polícia regional catalã confirmou ter recebido uma denúncia em dezembro de "agressão sexual" - que no código penal espanhol inclui vários tipos de violência, inclusive o estupro - entre menores. A força se recusou a dar mais informações sobre o caso, pois envolve menores de idade.

Em mensagem enviada à imprensa, o Ministério Público informou que tampouco dará "qualquer informação sobre o caso, pois a instrução é sigilosa".

A Prefeitura de Badalona, cidade de 223.000 habitantes a cerca de 10 km de Barcelona, anunciou, por sua vez, a "vontade" de se apresentar como assistente de acusação em um futuro processo "para defender a vítima da agressão sexual grupal".

A maioria dos supostos agressores tinha menos de 14 anos, idade mínima para ser imputável na Espanha, segundo vários veículos de imprensa locais.

O MP pediu há algumas semanas que os dois únicos maiores de 14 anos fossem internados em um centro, reportou o jornal El País. O juiz, no entanto, só concordou com a entrada de um deles e outro está em liberdade vigiada, segundo o jornal.

A imprensa local noticiou que o irmão da suposta vítima teria começado a sofrer ameaças depois que sua família apresentou a denúncia.

Nesta sexta, a Justiça informou que um magistrado concordou com a internação, por seis meses, para um menor que tinha sido detido por "obstrução de justiça e ameaças a uma terceira ou a terceiras pessoas relacionadas com um caso que investiga uma suposta agressão sexual em grupo contra uma menor em Badalona".

As informações que estão vindo à tona sobre o caso despertaram grande preocupação social sobre os crimes sexuais cometidos por menores, que, no ano passado, representaram mais de 12% do total na Catalunha, segundo dados da polícia regional.

A situação requer "que todos entendamos e analisemos o que está acontecendo conosco enquanto sociedade porque estas condutas são intoleráveis e estão normalizadas", afirmou, nesta quinta, Montserrat Escudé, porta-voz da Mossos d'Esquadra, a polícia regional catalã.

"Na medida em que a idade dos agressores está cada vez menor, é necessário intensificar a educação sexual dos adolescentes", avaliou, por sua vez, o jornal barcelonês La Vanguardia, em editorial publicado nesta sexta-feira.

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