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A partida universitária de vôlei entre Nebraska Cornhuskers e Omaha Mavericks, disputada na quarta-feira, nos Estados Unidos, entrou para a história como o evento esportivo feminino de maior público na história. O duelo, vencido por 3 a 0 pelo time da casa, contou com a presença de 92.003 espectadores no Memorial Stadium, localizado na cidade de Lincoln, em Nebraska.

O recorde anterior de público em eventos femininos era de 91.648 torcedores, na partida entre Barcelona e Wolfsburg, pela Liga dos Campeões, em 2022, no Camp Nou, em Barcelona.

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O feito dos Cornhuskers foi muito comemorado pelo time nas redes sociais. "Nação Husker, você conseguiu. O recorde mundial para um evento esportivo feminino é de Lincoln. Não existe lugar como o Nebraska", escreveu a equipe no Twitter.

Diversos vídeos da torcida empolgada com a partida viralizaram nas redes após o confronto. "O público de 92.003 pessoas estabeleceu um recorde para a maior multidão a assistir a um evento desportivo feminino nos Estados Unidos. A multidão de mais de 92.000 pessoas também ultrapassou o que é amplamente considerado como o recorde mundial de público para qualquer evento desportivo feminino", completou.

Foto: Steven Branscombe/Getty Images via AFP

Na história do vôlei, o recorde dos Huskers só fica atrás do histórico confronto entre Brasil e União Soviética, realizado no Maracanã, em 1983, com um público de 95.887 espectadores. O time brasileiro contava com nomes importantes, como Bernard, Bernardinho e Renan Dal Zotto, e venceu por 3 a 1.

Nos Estados Unidos, o recorde de público em eventos esportivos femininos era de 90.185 na final da Copa do Mundo de 1999, entre a seleção americana e a China, no estádio Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia.

A tempestade tropical Idalia, agora transformada em furacão, se intensificou nas últimas horas e estava se aproximando da costa oeste de Cuba nesta segunda-feira, 28, enquanto se dirige para a Flórida, onde está previsto que atinja como um furacão de categoria 3, disseram as autoridades dos EUA.

Idalia está localizada 80 km a sudoeste da parte mais ocidental de Cuba e está avançando com ventos máximos sustentados de 110 km/h, de acordo com o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

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O Idalia se tornou um furacão na segunda-feira, de acordo com as previsões do NHC, que colocou a província cubana de Pinar del Rio em alerta.

A tempestade tropical está se movendo para o norte a cerca de 13 km/h e deve acelerar nas próximas horas para atingir a costa oeste da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, na quarta-feira, 30.

Até lá, ela terá se tornado pelo menos um furacão "perigoso" de categoria 3, com ventos máximos sustentados entre 178 e 208 km/h, de acordo com o NHC.

Ron DeSantis, governador da Flórida e candidato à presidência dos EUA, declarou estado de emergência em 46 condados devido à ameaça de Idalia e anunciou evacuações em partes do oeste.

"Este será um furacão poderoso e certamente afetará o Estado da Flórida de muitas maneiras diferentes. Portanto, por favor, sigam as orientações de suas autoridades locais", disse DeSantis em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

"Isso pode custar a vida de alguém, pode custar seu sustento", acrescentou o governador. "Essa é uma batalha contra a Mãe Natureza, e não é algo que você queira enfrentar".

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com DeSantis e aprovou uma declaração de emergência para a Flórida, que garante ajuda federal para lidar com o furacão.

Em setembro do ano passado, o furacão Ian, de categoria 5, matou cerca de 150 pessoas e causou graves danos à propriedade ao passar pelo sudoeste da Flórida.

O atirador que abriu fogo em uma loja em Jacksonville, na Flórida, matando três pessoas negras, primeiro tentou entrar no câmpus da Universidade Edward Waters, historicamente negra, mas foi rejeitado após recusar a se identificar, de acordo com um comunicado da instituição. O ataque, realizado no último sábado (26), foi classificado pelas autoridades como crime de ódio com motivação racial.

O atirador vestia um colete à prova de balas e uma máscara antes de ir para a loja Dollar General a menos de um quilômetro de distância e abrir fogo, disse o xerife de Jacksonville, T.K. Waters, em nova coletiva ontem.

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O homem branco, identificado ontem pela polícia, tinha 21 anos e era de do condado de Clay, na Flórida.

Armado com um fuzil tipo AR-15 com a inscrição da insígnia nazista alemã e uma pistola, ele matou dois homens e uma mulher, todos negros, antes de se matar com um tiro.

Segundo o xerife, o atirador comprou legalmente suas armas alguns meses antes, mesmo tendo sido internado involuntariamente para um exame de saúde mental em 2017.

Waters acrescentou ontem que o homem atirou em uma de suas vítimas enquanto ela estava sentada em seu carro, perseguiu outra pela loja e atirou na terceira assim que entrou no local. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O homem branco que matou três pessoas negras a tiros em ataque racista numa loja da Flórida neste sábado, 26, atirou em uma de suas vítimas enquanto ela estava sentada em seu carro, perseguiu outra numa loja e atirou na terceira quando esta entrou no estabelecimento, disse o xerife de Jacksonville neste domingo, 27.

O atirador Ryan Palmer, 21, comprou legalmente as armas nos últimos meses, embora já tivesse sido internado involuntariamente para um exame de saúde mental em 2017, disse o xerife TK Waters. Ele se suicidou depois de matar as três vítimas.

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Os baleados no ataque que ocorreu neste sábado numa loja Dollar General foram identificados como Angela Michelle Carr, 52, baleada em seu carro; o funcionário da loja AJ Laguerre, 19, atingido enquanto tentava fugir; e o cliente Gerrald Gallion, 29, que foi alvejado ao entrar na loja.

Palmer usou um rifle semiautomático AR-15 e uma pistola Glock no atentado, disse Waters. Ele morava com seus pais no condado vizinho de Clay e mandou uma mensagem para seu pai durante o tiroteio, pedindo para que este arrombasse seu quarto. O pai encontrou uma nota de suicídio, um testamento e anotações que Waters descreveu como racistas.

Racismo e política

Uma das armas usadas pelo assassino continha uma suástica e o atirador deu declarações racistas antes do tiroteio. O crime ocorreu a um quilômetro da Universidade Edward Waters, uma pequena instituição historicamente negra. Ele se matou no local. "Ele odiava os negros", disse o xerife.

No culto da Igreja St. Paul AME, autoridades disseram que ataques racistas como o de sábado são encorajados pela retórica política contra o combate ao racismo e pelas políticas do governo estadual lideradas pelos republicanos e pelo governador Ron DeSantis. "Devemos ser claros, foi uma violência racista incentivada pela retórica e políticas destinadas a atacar os negros, ponto final", disse a deputada estadual Angie Nixon, uma democrata de Jacksonville e uma das várias autoridades que falou durante o culto na igreja.

"Não podemos ficar de braços cruzados enquanto a nossa história está sendo apagada, enquanto as nossas vidas estão sendo desvalorizadas, enquanto a consciência está sendo atacada", disse Nixon.

O atirador usava colete à prova de balas, agiu sozinho e não havia provas de que fizesse parte de um grupo, segundo o xerife. Fonte: Associated Press.

A equipe de campanha de Donald Trump afirmou neste domingo (27) que arrecadou US$ 7,1 milhões (cerca de R$ 35 milhões, na cotação atual) desde que a foto de ficha policial do ex-presidente republicano acusado na Geórgia foi publicada na quinta-feira.

Acusado de tentar manipular os resultados das eleições presidenciais de 2020 neste estado do sul dos Estados Unidos, Trump foi fotografado para seu registro policial em uma prisão de Atlanta, uma situação inédita para um ex-presidente americano.

Na imagem, o favorito à nomeação republicana para a eleição de 2024 aparece com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo e encarando a câmera com um semblante fechado.

Nas suas três acusações criminais anteriores, o magnata conseguiu escapar desta exigência do protocolo policial.

Desde sua publicação, a equipe de campanha do republicano aproveitou a visibilidade para se dirigir aos "patriotas" americanos, afirmando em um comunicado que "o Estado paralelo tenta fazer do presidente Trump o inimigo público número um por ousar desafiar a classe dirigente corrupta de Washington".

Em um comunicado à AFP no domingo, o porta-voz da campanha do empresário confirmou que "quase US$ 20 milhões (em torno de R$ 98 milhões) foram arrecadados nas últimas três semanas, coincidindo com a acusação em Washington e a fotografia de identificação judicial em Atlanta".

Foram "US$ 7,1 milhões desde quinta-feira" e "US$ 4,18 milhões (R$ 20,3 milhões) ontem (sábado)", configurando a maior arrecadação de fundos "em um dia em toda a campanha", escreveu Steven Cheung. A informação, entretanto, não pôde ser verificada de forma independente pela AFP.

Na plataforma X (antigo Twitter), Cheung pediu à mídia que "continue mostrando" a foto, adicionando também uma versão da imagem em maior resolução.

Camisetas, canecas, adesivos e outros itens foram produzidos e distribuídos por sua equipe horas após a divulgação da fotografia, possivelmente agora uma das mais famosas da história americana.

Embora ela não simbolize o fim das ambições políticas de muitos outros candidatos, Trump a utiliza para se mostrar como vítima de uma perseguição e de uma "caça às bruxas" orquestrada pelos democratas do presidente Joe Biden.

No entanto, membros do Partido Democrata também usaram a imagem para reafirmar que ninguém está acima da lei.

O próprio Biden brincou ao ser questionado por repórteres sobre o assunto na sexta-feira: "Eu a vi na televisão. Um garoto bonito", disse.

Com os dois filhos nos ombros, Wilfredo e Nataly deixam a costa mexicana em direção ao Rio Grande. Com a água na cintura, eles evitam a linha de boias que o estado do Texas colocou para bloquear a passagem de migrantes e seguem rumo aos Estados Unidos.

Eles atravessam Piedras Negras, no estado de Coahuila, e buscam chegar à margem oposta de Eagle Pass, uma cidade no sul do Texas cujo governador, o republicano Greg Abbott, militarizou para conter o fluxo de migrantes.

No Rio Grande, uma fronteira natural entre este estado americano e o México, as boias laranjas se estendem por aproximadamente 300 metros. Elas são projetadas para girar caso alguém tente segurá-las, e em cada lado há discos de metal serrilhados.

Nas últimas semanas, dois corpos foram encontrados no local.

A família de Wilfredo Riera, um venezuelano de 26 anos, atravessa o rio com mais de uma dezena de migrantes, longe das boias.

"Nos alertaram [sobre as boias], mas disseram que não marcavam todo o território, que havia uma forma de acessar", afirma.

Eles levaram cerca de dez minutos para ir de uma margem à outra, até se depararem com uma barragem interminável de arame farpado afiado. Mas encontraram um ponto vulnerável e conseguiram passar.

- "Queremos nos entregar" -

"Queremos nos entregar", diz Wilfredo. Mas ainda não há guardas à vista. À frente deles, uma cerca de aproximadamente três metros de altura possui arame farpado em seu topo, que os migrantes cobrem com as roupas para atravessarem ao outro lado.

Nataly Barrionuevo, uma equatoriana de 39 anos, morava com o marido Wilfredo e seus filhos, Yeiden, de dois anos, e Nicolás, de sete, no Equador. Saíram de lá há um mês e meio, em busca de trabalho e melhores condições de vida, e no caminho cruzaram a floresta de Darién, da Colômbia ao Panamá.

Um veículo da polícia de fronteira para no local e pede que mostrem os documentos.

Eles revistam apenas os homens e colocam todos em um veículo, com destino a um centro de detenção. Lá, avaliarão se é viável processar o seu pedido de asilo. Caso seja aceito, entrarão temporariamente no país, até que um juiz analise o seu caso. Do contrário, serão deportados.

"Queremos trabalhar, criar um futuro para eles", diz Nataly, apontando para seus filhos.

- "Zona de guerra" -

Ao pular a cerca, os migrantes chegam em Heavenly Farms, propriedade privada do casal Urbina, agricultores de nozes.

A fazenda, que tem acesso direto ao rio é totalmente cercada e vigiada pelos militares do Texas. Embora não gostem, não têm escolha senão aceitar, confessa Magali Urbina, de 52 anos.

"Meu marido e eu não acreditamos em fronteiras abertas. Mas também não acreditamos que devamos tratar as pessoas de forma desumana. Gostaríamos que o governo federal fizesse mais para que isso não aconteça", disse ela.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ordenou ao Texas que retire as boias, que considera um problema humanitário e também diplomático, pois vai contra os tratados fronteiriços com o México.

O governo do Texas, por sua vez, justificou que está protegendo a área.

"Estamos autorizados a fazer o que estamos fazendo, proteger a fronteira", disse Abbott, que culpa a administração do presidente americano, Joe Biden, pela crise migratória no país.

Governadores de outros estados conservadores, que consideram esta parte do Texas uma "zona de guerra", enviaram tropas para apoiá-lo.

Abbott "criou um cenário aqui para fazer com que parecesse uma zona de guerra", diz Jessie Fuentes, proprietário da Epi's Canoe & Kayak Team, que oferecia passeios no rio e teve que fechar seu negócio. "Peço respeito pela humanidade e pelo rio", acrescentou.

Já Robie Flores, que nasceu e cresceu em Eagle Pass, recorda um passado em que os habitantes dos dois lados da fronteira podiam até mesmo se cumprimentar à distância, cenário que mudou com a implantação de barreiras de contêineres.

"Essa não é a nossa comunidade. E também não é assim que tratamos as pessoas. É muito triste ver isso. Os imigrantes são pastoreados como gado. Somos uma comunidade fronteiriça e isto", diz ele, apontando para os fios, "não é quem somos".

Um avião militar norte-americano caiu neste domingo (27) durante um exercício dos Estados Unidos em uma ilha do norte da Austrália. A aeronave envolvida no incidente foi um Osprey, de decolagem vertical, que transportava 23 fuzileiros navais dos EUA a bordo no momento da queda.

Conforme as autoridades militares norte-americanas, várias soldados foram resgatados, no entanto, três não resistiram aos ferimentos e morreram. "Outros cinco foram levados ao Hospital Royal Darwin em estado grave", disse um oficial da Marinha em comunicado.

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Cinco dos feridos foram transportados de avião por 80 quilômetros da ilha de Melville até a cidade de Darwin para tratamento hospitalar, disse o comissário de polícia do Território do Norte, Michael Murphy, cerca de seis horas após o acidente.

Um dos feridos estava sendo submetido a uma cirurgia, disse a ministra-chefe do Território do Norte, Natasha Fyles, em entrevista coletiva. "Reconhecemos que este é um incidente terrível", disse Fyles. "O governo do Território do Norte está à disposição para oferecer toda a assistência necessária."

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse que apenas norte-americanos ficaram feridos quando o avião tiltrotor Bell Boeing V-22 Osprey caiu durante o Exercício Predators Run, que envolve militares dos Estados Unidos, Austrália, Indonésia, Filipinas e Timor Leste. "Os relatórios iniciais sugerem que o incidente envolve apenas pessoal das forças de defesa dos EUA", disse Albanese.

Melville faz parte das Ilhas Tiwi, que junto com Darwin são o foco do exercício que envolve 2.500 soldados. Os Ospreys, projetados para combinar a decolagem vertical de helicópteros com a velocidade e o alcance de um avião turboélice, são uma parte importante das capacidades de mobilidade e resposta rápida das forças armadas dos EUA.

(Com agências internacionais)

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a publicar uma mensagem no X (ex-Twitter), após ter abandonado a plataforma em janeiro de 2021. Ele divulgou a foto tirada nesta quinta-feira (24) em seu fichamento em uma prisão no condado de Fulton, quando pagou US$ 1 milhão de fiança para ficar livre, durante a investigação de manipulação nas últimas eleições presidenciais que ocorre na Geórgia.

Na mensagem, Trump coloca a imagem com a legenda "manipulação eleitoral", e acrescenta que é preciso "nunca se render". Há ainda o endereço do site de Trump.

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Antes, o ex-presidente americano havia anunciado que não voltaria ao Twitter. Trump chegou a ter a conta banida, mas ela foi posteriormente reativada, mas em novembro de 2022 ele havia comentado que preferia continuar a usar a plataforma Truth Social, criada por seu próprio grupo de mídia.

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Cientistas americanos desenvolveram tecnologias capazes de traduzir sinais cerebrais de pessoas que não conseguem falar em palavras de forma bem rápida, segundo dois estudos publicados nesta quinta-feira (24), na revista Nature.

Pat Bennett, de 68 anos, que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) testou a tecnologia e afirmou que ela a ajudará a se manter conectada com o mundo. Eletrodos implantados em seu cérebro decodificam as palavras que ela quer falar.

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A tecnologia pode ser crucial para pessoas que não conseguem falar por terem sofrido um derrame, por terem doenças cerebrais ou paralisia. Elas conseguem comunicar seus pensamentos em tempo real.

Antes de ser diagnosticada com ELA, Pat Bennett montava a cavalo e corria todos os dias. A doença, identificada em 2012, afeta áreas do cérebro que controlam o movimento, causando paralisia. A fala foi a primeira coisa a ser afetada.

Embora o seu cérebro não tenha sido afetado em sua capacidade de gerar a linguagem, os músculos de sua boca, língua, laringe e mandíbula estão paralisados e não permitem que ela fale.

Para realizar a pesquisa, um cirurgião implantou quatro sensores do tamanho de um pílula no cérebro de Pat, especificamente em áreas responsáveis pela fala. Quando essas regiões do cérebro enviam comandos para a boca e a mandíbula para emitir sons e formar palavras, um algoritmo decodifica a informação.

"O sistema é treinado para saber quais palavras devem vir antes das outras e os fonemas usados em cada uma delas", afirmou Frank Willett, da Universidade de Stanford, co-autor do estudo, acrescentando que a tecnologia consegue traduzir corretamente três em quatro palavras. "Mesmo que alguma coisa seja interpretada erroneamente, ainda assim será um bom palpite."

"Para aqueles que não são verbais, isso significa que podem permanecer conectados com o mundo, talvez continuar a trabalhar, manter amigos e relacionamentos familiares", afirmou Willet em comunicado à imprensa.

Depois de quatro meses treinando o software para interpretar a fala de Pat Bennett, a sua atividade cerebral começou a ser traduzida em palavras em uma tela, na velocidade de 62 palavras por minuto. Uma conversa normal pode chegar a ter 160 palavras por minuto, segundo os cientistas, e o objetivo agora é conseguir adaptar a tecnologia para que ela possa ser usada no dia-a-dia.

Em um outro estudo, da Universidade da Califórnia em San Francisco, Ann Johnson, que ficou gravemente paralisada depois de um derrame, conseguiu falar através de um avatar digital que conseguia, inclusive, reproduzir suas expressões faciais.

Os cientistas detectaram sinais de mais de 250 eletrodos implantados no cérebro da paciente e usaram um algoritmo para recriar a sua voz baseada na gravação de um discurso feito em seu casamento. O sistema alcançou cerca de 80 palavras por minuto e cometeu poucos erros.

"Me senti uma pessoa completa novamente", afirmou Ann ao jornal The New York Times.

Para funcionar, o implante de Johnson teve de ser conectado por um cabo ao computador. Mas os cientistas já estão trabalhando em versões sem fio. Os pesquisadores esperam que as pessoas que perderam a fala possam conversar em tempo real por meio de imagens computadorizadas de si mesmas, que transmitam ainda tom, inflexão e emoções, como alegria e raiva.

"A tecnologia tem potencial para, dentro de algum tempo, seja possível que os pacientes conversem normalmente praticamente em tempo real", afirmou Sean Metzger, que ajudou a desenvolver a tecnologia.

Donald Trump, 1,90m de altura, 98kg e cabelo loiro. Como qualquer outro acusado, o ex-presidente dos Estados Unidos passou por um processo de fichamento em uma prisão em Atlanta nesta quinta-feira (24), após ser acusado de tentar manipular as eleições presidenciais de 2020.

Durante uma sessão que durou menos de 30 minutos, Trump, de 77 anos, foi formalmente acusado de 13 acusações na prisão do condado de Fulton, em Atlanta, de acordo com registros divulgados pelo escritório do xerife. Ele foi fotografado em uma foto policial histórica e posteriormente liberado sob fiança de US$ 200 mil (R$ 988 mil).

Trump, acusado de conspirar com outros 18 acusados para anular o resultado das eleições de 2020 no estado sulista, passou brevemente pela prisão antes de partir em um comboio em direção ao aeroporto.

Até agora, Trump havia sido isento de tirar uma foto policial, mas desta vez foi tratado como qualquer outra pessoa.

Sua imagem foi distribuída poucos minutos depois, mostrando o ex-presidente olhando para a câmera com o rosto rígido e a testa franzida.

Em declarações aos jornalistas após sua prisão, Trump, o favorito à nomeação presidencial republicana de 2024, disse que era um "dia muito triste para os Estados Unidos" e acusou seus oponentes democratas de "interferência eleitoral".

"O que aconteceu aqui é uma paródia da justiça", acrescentou. "Eu não fiz nada de errado."

Seu ex-advogado Rudy Giuliani, um dos 19 processados pelas tentativas de anular o resultado das eleições de 2020 neste estado, disse na quarta-feira que falou com Trump para desejar boa sorte.

"O que estão fazendo com ele é um ataque à Constituição dos Estados Unidos", disse Giuliani ao sair da prisão do condado de Fulton, em Atlanta, a capital do estado, onde foi oficialmente detido antes de ser liberado sob fiança.

- Permanência breve -

Seu último chefe de gabinete, Mark Meadows, se apresentou nesta quinta-feira e foi liberado após pagar fiança de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 500 mil). Outro acusado, Harrison Floyd, ficou detido porque não foi favorecido com a liberdade sob fiança.

Todos tiveram as digitais coletadas e sua foto de registro policial tirada, que rapidamente foi divulgada na imprensa e nas redes sociais.

O xerife do condado de Fulton, Pat Labat, antecipou que o procedimento normal na Geórgia é tirar uma foto do acusado antes de ele ser liberado sob fiança.

As duas entradas da prisão foram fechadas ao trânsito na manhã desta quinta-feira, com exceção dos veículos da polícia. Agentes com coletes à prova de balas esperavam em um dos acessos em uma van.

- Ausente do debate republicano -

Nesta quinta-feira, Trump trocou de advogado na Geórgia, substituindo Drew Findling por Steven Sadow, uma decisão que ainda não foi explicada.

No passado, Sadow criticou a lei contra o crime organizado usada pela promotora do condado de Fulton, Fani Willis, para indiciar coletivamente os 19 réus, uma norma que prevê penas de cinco a 20 anos de prisão.

Em 14 de agosto, um grande júri nomeado por Willis os acusou de tentarem ilegalmente anular o resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.

Os 19 acusados tinham até o meio-dia local (13H00 de Brasília) de sexta-feira para se apresentarem às autoridades. Espera-se que eles retornem ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não.

A procuradora Fani deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.

Trump é alvo de quatro acusações criminais, duas em nível federal, em Washington e na Flórida (sudeste), uma no estado de Nova York e outra na Geórgia.

Cada processo, no entanto, rende para ele milhões de dólares em doações, feitas por apoiadores convencidos de que ele é vítima de uma "caça às bruxas", como ele mesmo afirma.

A apresentação de Trump às autoridades da Geórgia ocorre após o primeiro debate para as primárias republicanas, realizado na noite de quarta-feira em Milwaukee, Wisconsin, ao qual o magnata considerou desnecessário comparecer, dada a sua liderança nas pesquisas.

Em vez disso, o empresário deu uma entrevista ao ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson, que foi ao ar na rede social X (antigo Twitter) ao mesmo tempo em que o debate era exibido.

"Por que deveria ficar ali por uma hora ou duas (...) sendo assediado por pessoas que sequer deveriam ser candidatos presidenciais?", interrogou, ao justificar sua ausência.

Apesar da ausência, Trump roubou as atenções do debate, e quase todos os pré-candidatos com exceção de dois disseram que apoiariam sua candidatura republicana mesmo que seja condenado.

Os Estados Unidos minimizaram nesta quinta-feira (24) a expansão do grupo Brics para incluir seis novos membros, anunciada durante reunião de cúpula na África do Sul, ressaltando que continuará trabalhando com todos os seus parceiros no mundo.

Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes irão se somar ao grupo em 1º de janeiro de 2024, anunciaram seus fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“Os Estados Unidos reiteram sua posição de que os países podem escolher os parceiros e grupos aos quais desejam se associar", declarou um porta-voz do Departamento de Estado. “Continuaremos trabalhando com nossos parceiros e aliados em fóruns bilaterais, regionais e multilaterais.”

A Índia, membro do Brics do qual os Estados Unidos se aproximaram nos últimos tempos, organiza a reunião de cúpula do G20 que sediará no mês que vem em Nova Délhi.

Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional do presidente americano, conversou hoje com seus pares da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália sobre esse evento e o apoio à Ucrânia, em reunião na Casa Branca. As potências ocidentais esperam que a reunião em Nova Délhi mostre "o papel do G20 como principal fórum de cooperação econômica, conduzindo uma agenda positiva e ambiciosa para os países emergentes e em desenvolvimento", declarou o governo americano.

Um homem abriu fogo e matou três pessoas na quarta-feira (13) em um bar Los Angeles, Califórnia, informou a polícia, que também notificou a morte do atirador.

"Quatro mortes confirmadas no local, incluindo o atirador", anunciou a polícia do condado de Orange nas redes sociais.

"Seis pessoas foram levadas para hospitais, cinco delas com ferimentos de bala", acrescentou.

"Durante o incidente, aconteceu um tiroteio que envolveu um policial", afirmou a força de segurança. Nenhum oficial ficou ferido.

O atirador, um policial aposentado, pretendia atacar a ex-esposa, de acordo com fontes não identificadas citadas pelo jornal Los Angeles Times.

O tiroteio aconteceu no bar Cook's Corner, em Trabuco Canyon, um ponto de encontro de motociclistas.

Os Estados Unidos pagam um preço elevado pela proliferação de armas de fogo e pelo amplo acesso de seus cidadãos às mesmas.

O país tem mais armas que habitantes e um a cada três adultos possui ao menos uma arma.

Uma consequência da estatística é a elevada taxa de mortes por armas de fogo nos Estados Unidos, sem comparação com outros países desenvolvidos.

Um lobo solitário conseguiu revitalizar todo um ecossistema depois de cruzar uma ponte de gelo que temporariamente conectou o Canadá à remota Ilha Royale, no norte dos Estados Unidos, ao largo da costa de Michigan, no Lago Superior, em 1997, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (23).

Sua chegada reavivou a sorte da população de lobos na área, afetada por doenças e endogamia, e desencadeou uma cascata de efeitos que melhoraram a saúde geral do ecossistema, de acordo com a pesquisa publicada na revista científica Science Advances.

"Questões como a endogamia e a baixa diversidade genética são uma preocupação significativa para os cientistas", disse Sarah Hoy, ecóloga da Universidade Técnica de Michigan, à AFP.

"Mas este é o primeiro estudo que mostra que quando você tem esses problemas genéticos, eles não afetam apenas a população específica e aumentam o risco de extinção: eles também têm esses efeitos em cascata realmente grandes em todas as outras espécies", acrescentou.

- "O Velho Cinzento" -

Os primeiros lobos chegaram à ilha no final da década de 1940, e sua principal presa eram os alces, o que levou ao estudo mais longo do mundo sobre um sistema predador-presa.

Mas nos anos 1980, os lobos estavam em apuros devido à chegada de uma doença, o parvovírus canino, que reduziu seu número de 50 para cerca de 12 exemplares.

Embora a doença tenha desaparecido, a população não se recuperou imediatamente. O motivo foi a grave endogamia, que resultou em menor sucesso reprodutivo, bem como piores sequelas para a saúde, como deformidades na coluna vertebral do tipo geralmente vista em cães de raça pura.

"Se você é um lobo selvagem e precisa derrubar uma presa como um alce, oito vezes maior que você, a vida na natureza pode ser muito difícil", explicou Hoy.

Foi nesse momento que chegou o "imigrante", identificado como "M93" pelos cientistas, mas carinhosamente apelidado de "O Velho Cinzento".

M93 não tinha parentesco com a população existente e também era excepcionalmente grande, uma vantagem para defender seu território de rivais ou abater ungulados, mamíferos quadrúpedes de casco, com mais de 350 quilos.

Ele rapidamente se tornou o macho reprodutor de uma das três alcateias de lobos da ilha e teve até 34 filhotes, o que melhorou significativamente a saúde genética da população e a taxa de mortalidade de suas presas.

- Restabelecer o equilíbrio -

Os alces são herbívoros vorazes que consomem até 14 quilos de vegetação por dia. Ao reduzir seu número, os lobos ajudaram a restabelecer o equilíbrio da floresta, o que foi notado principalmente nas árvores de abeto-balsâmico, uma espécie frequentemente usada como árvore de Natal.

Com menos alces, as árvores começaram a crescer a ritmos não vistos em décadas, o que é vital para a renovação da floresta e para a grande quantidade de espécies vegetais e animais que dependem dela.

Os benefícios trazidos pela chegada de M93 duraram cerca de uma década. Depois, a situação voltou a piorar, ironicamente devido ao seu extremo sucesso reprodutivo.

Em 2008, dois anos após sua morte, 60% do acervo genético da população de lobos era proveniente de M93, o que levou a um retorno do declínio genético. O próprio M93 começou a se reproduzir com uma de suas filhas após a morte de sua companheira.

Felizmente, um programa de restauração iniciado em 2018 reequilibrou o sistema e atualmente há cerca de 30 lobos e um pouco menos de 1.000 alces na ilha.

Para Hoy, uma ideia-chave é que o mesmo princípio de inserir apenas um pequeno número de indivíduos poderia ser aplicado a outras populações de predadores em perigo que sofrem de endogamia, como leões ou chitas.

William Ripple, professor de ecologia da Universidade Estadual do Oregon, que não participou da pesquisa, explicou à AFP que este era um "estudo importante" que avança na compreensão "ao demonstrar que os processos genéticos podem limitar os efeitos ecológicos de uma espécie-chave, o lobo cinzento".

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, recebeu, na manhã desta terça-feira (22), John Shipton, pai do fundador do site Wikileaks, o jornalista e ativista australiano Julian Assange, no Palácio do Planalto.

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Shipton veio ao Brasil para a pré-estreia do filme "Ithaka – A Luta de Julian Assange", que estreia nos cinemas no dia 31 deste mês. Ele estava acompanhado do diretor-geral da Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), Nilson Rodrigues.

Depois de Brasília, Shipton viajará a Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife nos próximos dias para divulgar o longa. Em todas as cidades, ele participa de encontros com autoridades e movimentos sociais vinculados à defesa da liberdade de expressão.

No encontro no Planalto, o ministro Paulo Pimenta relatou que informou a visita por telefone ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Joanesburgo, África do Sul, onde participa da 15ª Cúpula do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Quando falei ao presidente Lula que ia recebê-lo, Lula pediu para transmitir para o senhor o respeito por sua luta e o sentimento de inconformidade dele diante do silêncio da mídia sobre o caso”, disse Pimenta.

O fundador do Wikileaks vive desde 2019 numa prisão de segurança máxima no Reino Unido, sob a ameaça de ser extraditado para os Estados Unidos.

“A gente agradece muito sua vista, Shipton, e reafirmamos o compromisso do nosso governo com a sua luta, a do Assange, e o nosso compromisso com a liberdade de expressão. Defendemos quem tem coragem de buscar um mundo melhor”, completou o ministro.

Shipton agradeceu o apoio e lembrou que já esteve com o presidente Lula pessoalmente em Genebra e em Paris. “Lula tem sido um advogado e um amigo formidável”, disse. Como a maior parte dos líderes sul-americanos, o presidente do Brasil também defende a liberdade de Assange.

“A postura do presidente Lula é muito importante para mim. É um grande conforto para a nossa família. Sei da importância de ele estar na reunião do BRICS, então agradeço ao ministro a generosidade, em meu nome e do Julian. Desejo tudo de melhor para o futuro do Brasil e que em breve a gente possa celebrar”, completou Shipton.

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A cantora Rihanna deu à luz a um menino, seu segundo filho com o rapper A$AP Rocky, de acordo com relatos da imprensa dos Estados Unidos nesta segunda-feira (21).

A superestrela da música teve o filho no início deste mês, segundo o site de entretenimento TMZ.

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“Fontes com conhecimento direto nos dizem que o bebê chegou em 3 de agosto em Los Angeles”, afirmou o veículo. “Ainda não sabemos o nome da criança, mas sabemos que começa com R e que é um menino”.

A estrela, nascida em Barbados, intérprete de sucessos como "Diamonds" e "Umbrella", deu à luz o primeiro filho em maio de 2022.

Rihanna, cujo nome de registro é Robyn Rihanna Fenty, não lança um álbum desde 2016. Nos últimos anos, acumulou uma fortuna com bem sucedidas marcas de maquiagem, roupas íntimas e alta costura.

Desde que foi submetida a uma grave operação no pâncreas, há 17 anos, Arely Vázquez prometeu à sua "flaquita", como chama carinhosamente a Santa Muerte, que todos os anos lhe daria uma festa de agradecimento.

"É uma fé, uma devoção" que "nos ajuda a sair de situações difíceis", explica à AFP esta mexicana moradora de Nova York, diante do altar colorido que ergueu na sala de estar de sua casa, no Queens.

Vázquez tornou-se a principal "madrinha", uma espécie de sacerdotisa, do culto da Santa Muerte nos Estados Unidos, levado ao país pela comunidade mexicana.

Dotado de uma foice, que simboliza o trabalho, mas também de um globo ou de uma rosa, o esqueleto teria, segundo os adeptos do culto, poderes especiais, e é trajado com diferentes roupas que simbolizam essas virtudes. Orações, oferendas e uma fé cega são o coquetel da devoção à Santa Muerte.

No último fim de semana, adeptos de todo o país participaram de diversas atividades nas quais foram evocados os "milagres" concedidos aos fiéis. Muitos têm sua imagem tatuada, outros usam anéis e pingentes (ostensivos) com sua representação.

Não há normas ou regras no que Andrew Chesnut, professor de estudos religiosos da Universidade da Commonwealth de Virgínia, chama de "novo movimento religioso", que surgiu na Cidade do México em 2001.

Autor do livro "Devoted to Death: Santa Muerte, the Skeleton Saint" ('Devotos da Morte: Santa Muerte, o esqueleto sagrado', em tradução livre), Chesnut estima que os praticantes do culto seriam cerca de 12 milhões, a maioria residente no México, mas também nos Estados Unidos e na América Central.

"É o novo movimento religioso que mais cresce no planeta", diz ele à AFP.

- "Satânico" -

No México, onde o culto à morte faz parte de uma tradição popular que tem suas raízes na religião católica e nas crenças indígenas, para as quais representa um renascimento, essas práticas não geram surpresa. Mas até recentemente, eram realizadas na mais estrita privacidade.

Apesar de serem rotulados de "satânicos" pela Igreja Católica mexicana, seus adeptos "abordam a santa popular da mesma forma que fazem com os santos católicos", diz Chesnut.

"Acredito que uma coisa que te faz bem (...) não pode ser ruim", defende Vázquez, que sonha em abrir a primeira capela dedicada à sua "santa" nos Estados Unidos.

Cada adepto tem uma figura da Santa Muerte em casa. Eles rezam para ela e lhe fazem oferendas, como flores, álcool, tabaco e comida.

Para a especialista Cressida Stone, "a oração é vital, muito mais do que o tamanho ou a opulência do altar".

A Santa Muerte também pode ser vingativa com quem quebra promessas, a desrespeita ou a insulta, alerta Stone, autora do livro "Secrets of Santa Muerte" (Segredos de Santa Muerte, em tradução livre), à AFP.

- Sem intermediários -

Sem intermediários ou normas que regulem a prática, o contato é direto entre o devoto e o objeto de sua devoção. O culto é aberto a todos, sem distinção de raça, nacionalidade, orientação sexual ou situação econômica.

Em países como México ou El Salvador, ela também é reverenciada por traficantes, que a transformaram em sua "narcosanta".

"Aqui nós rezamos com fé", diz Alejandra Flores, 49 anos, devota desde 2012, quando conseguiu um emprego que até então, por ser transexual – assim como Vázquez – lhe era negado.

"Você pode ser usuário de drogas, policial, trans, o que for. Aqui ela recebe a todos nós", explica à AFP.

Mike Rosales, que viajou mais de 300 quilômetros do estado de Maryland para as festividades do Queens, consagrou um cômodo inteiro de sua casa à santa, da qual não se pode entrar ou sair sem passar pelo altar.

Fez isso "para proteção e para me sentir bem", diz este guatemalteco de 36 anos, que não economizou em suas oferendas ou na festa. "Se ela nos dá, por que não podemos dar a ela?", afirma.

No México, na América Central e nos Estados Unidos, onde há grandes desigualdades entre ricos e pobres, "a foice niveladora de Santa Muerte é poderosamente atraente", resume Chesnut.

Joe Biden recebeu, nesta sexta-feira (18), os líderes do Japão e da Coreia do Sul em Camp David para uma cúpula que ele descreveu como "histórica" e na qual enviou uma mensagem de unidade em relação à China.

Na bucólica residência presidencial, Biden elogiou a "coragem política" do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, por deixarem para trás animosidades históricas.

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"Sua liderança, com total apoio dos Estados Unidos, nos trouxe aqui porque cada um de vocês compreende que nosso mundo está em uma encruzilhada", declarou o presidente americano em uma coletiva de imprensa conjunta em Camp David, nos arredores de Washington.

Biden enfatizou que a cúpula não era direcionada contra a China, que sob a presidência de Xi Jinping tem dado sinais de agressão, inclusive com manobras próximas a Taiwan, uma ilha com governo próprio que Pequim deseja controlar, se necessário, pela força.

No entanto, em uma declaração conjunta, os três líderes expressaram oposição ao "comportamento perigoso e agressivo" da China em disputas marítimas no Mar da China Oriental e Meridional.

"Nos opomos firmemente a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo nas águas do Indo-Pacífico", afirmaram.

Os dois aliados dos Estados Unidos concordam em muitos temas internacionais - e juntos abrigam cerca de 84.500 tropas americanas -, mas uma cúpula desse tipo teria sido impensável até recentemente, devido ao legado da ocupação japonesa da península coreana entre 1910 e 1945.

- Uma "visão de futuro" -

No entanto, Yoon, assumindo riscos políticos em seu país, virou a página ao resolver uma disputa sobre trabalho forçado durante a guerra, e agora chama o Japão de parceiro em um momento de tensões significativas tanto com a China quanto com a Coreia do Norte.

Yoon aposta em uma "visão de futuro" e classificou a cúpula como um "dia histórico" por fornecer uma "base institucional sólida" para a relação entre as três nações.

Os três líderes concordaram com um plano plurianual de exercícios militares regulares em todas as áreas, além dos simulacros pontuais em resposta à Coreia do Norte, e formalmente se comprometeram a consultar uns aos outros em caso de crise.

Eles também concordaram em compartilhar dados em tempo real sobre a Coreia do Norte e em realizar cúpulas anuais.

É a primeira vez que os líderes dos três países se encontram em uma cúpula independente e o primeiro ato diplomático desde 2015 em Camp David, um local que é sinônimo de paz no Oriente Médio.

Como era de se esperar, Pequim se opõe a esse novo diálogo. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deixou isso claro recentemente.

"Não importa o quanto você pinte seu cabelo de loiro ou afine o nariz, você nunca pode se tornar europeu ou americano, nunca pode se tornar ocidental", declarou ele em referência a Seul e Tóquio em um vídeo compartilhado nos meios oficiais. "Devemos saber onde estão nossas raízes", acrescentou.

O chanceler chinês também instou a China, a Coreia do Sul e o Japão a "trabalharem juntos".

- Cooperação trilateral -

Também houve um aumento nas tensões com a Coreia do Norte, que lançou uma série de mísseis nos últimos meses, e há o temor de que possa responder à cúpula com novas ações desse tipo.

A declaração conjunta dos líderes renovou o apelo à Coreia do Norte para que abandone suas armas nucleares e instou todas as nações a fazer cumprir as sanções.

Os assuntos debatidos na cúpula não ficaram restritos à Ásia.

Tóquio e Seul ofereceram um forte apoio à Ucrânia como principais potências não ocidentais contra a invasão russa.

A cúpula busca institucionalizar a cooperação trilateral para tornar mais difícil reverter no futuro, por exemplo, se um presidente sul-coreano hostil ao Japão for eleito.

Para surpresa de muitos observadores, a aproximação de Yoon ao Japão provocou algumas manifestações de protesto no país.

Yoon, um conservador, rapidamente se tornou um aliado próximo dos Estados Unidos, e Biden o recebeu em uma visita de Estado na qual o líder sul-coreano encantou a plateia cantando "American Pie". No entanto, Yoon só pode cumprir um mandato que termina em 2027.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as autoridades dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (18) que estão monitoram de perto uma nova variante do vírus da Covid-19, denominada BA.2.86, embora seu potencial impacto seja desconhecido no momento.

A OMS decidiu classificar a nova variante "na categoria de variantes sob vigilância devido ao grande número de mutações (mais de 30) do gene Spike que possui", afirmou a organização em seu boletim epidemiológico dedicado à pandemia de covid-19.

A proteína Spike é a que dá ao vírus sua aparência pontiaguda e possibilita que o SARS-CoV-2 consiga penetrar nas células hospedeiras.

Até o momento, a nova variante foi detectada nos Estados Unidos, em Israel e na Dinamarca.

Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informaram que estão monitorando de perto a variante, em uma mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).

No momento, apenas quatro sequências da variante são conhecidas, sem conexões epidemiológicas associadas conhecidas, explicou a OMS.

"O impacto potencial das mutações BA.2.86 é desconhecido atualmente e está sendo avaliado minuciosamente", acrescentou a organização, que reiterou a importância de seguir com a vigilância, sequenciamento e notificação às autoridades competentes para permitir uma visão exata do conjunto da pandemia de covid-19.

A OMS está monitorando três variantes de interesse (XBB.1.5, XBB.1.16 e EG.5) e sete variantes estão sob vigilância (BA.2.75, BA.2.86, CH.1.1, XBB, XBB.1.9.1, XBB.1.9.2 e XBB.2.3).

Muitos países que estabeleceram dispositivos de vigilância específicos para a presença do vírus da covid-19 e suas variantes acabaram com os sistemas, por considerar que a ameaça diminuiu e que os gastos que representavam não eram justificados.

No início de maio, a OMS deixou de considerar a pandemia uma emergência de saúde mundial. Na semana passada, o diretor geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que "o vírus continua circulando em todos os países, continua matando e continua em mutação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará por telefone com seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quarta-feira (16).

Segundo a agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a ligação está agendada para 12h45 (horário de Brasília), e a imprensa brasileira diz que a conversa vai girar em torno da próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro.

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Lula já antecipou que negocia com Biden o lançamento de uma iniciativa global em defesa do trabalho durante o evento das Nações Unidas. A proteção do meio ambiente também deve estar na pauta do telefonema.

*Da Ansa

Um menino de 13 anos da Dakota do Norte sobreviveu a uma queda de quase 30 metros no parque Grand Canyon, no Arizona (EUA), durante uma viagem na terça-feira, 8. As autoridades disseram que as equipes de emergência levaram duas horas para resgatar Wyatt Kauffman depois que ele escorregou em um penhasco e caiu quase 30 metros na trilha Bright Angel Point.

O adolescente foi levado de avião para um hospital de Las Vegas para tratamento de nove vértebras quebradas, além de uma ruptura do baço, um colapso pulmonar, uma concussão e uma mão quebrada e um dedo deslocado.

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"Eu estava na borda e estava saindo do caminho para que outras pessoas pudessem tirar uma foto", disse Wyatt ao canal de TV Phoenix KPNX. "Eu me agachei e me segurei em uma pedra. Eu só tinha uma mão nela", disse ele. "Perdi o controle e comecei a cair para trás."

O National Park Service disse em um comunicado que a equipe de busca e resgate do Grand Canyon respondeu a uma chamada na terça-feira de que um visitante havia caído da borda do North Rim. Uma vez no local, as autoridades determinaram que o resgate por helicóptero "não era viável" e usaram uma corda para levantar o menino até a borda. Foram necessários quase 40 funcionários de emergência e cerca de duas horas para resgatar Wyatt e levá-lo a um hospital de Las Vegas para tratamento, informou o KPNX.

Wyatt diz que não se lembra muito de seu resgate de duas horas. "Eu só me lembro de acordar e estar na parte de trás de uma ambulância e um helicóptero e entrar em um avião", disse ele ao KPNX. Seu pai, Brian Kauffman, estava em casa em Dakota do Norte quando soube do acidente de seu filho. "Foi um dos telefonemas mais emocionantes que já recebi, para ser honesto com você", disse ele ao KPNX, agradecendo aos socorristas por salvar o adolescente. "Temos sorte de trazer nosso filho para casa em um carro no banco da frente, em vez de em uma caixa."

Bright Angel Point é o ponto de vista mais popular no Grand Canyon's North Rim e é famoso pelo cenário de cordilheiras irregulares e pôr do sol extenso. A área é um sucesso entre os caminhantes, e o National Park Service adverte que algumas partes da trilha são "expostas aos elementos", "estreitas" e "surpreendentemente íngremes". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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