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Uma fila de candidatos a delatores aguarda a oficialização dos acordos de delação premiada e leniência fechados entre a Odebrecht e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Todas as tratativas para novos acordos de colaboração premiada estão suspensas, desde dezembro.

A lista de candidatos a delator que já iniciaram conversas com advogados reúne o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o marqueteiro do PT João Santana, o lobista Adir Assad, e executivos das empreiteiras Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Delta e EIT.

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Todos são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros que buscam uma redução de pena, nos processos do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba - onde estão os casos de alvos sem foro privilegiado. São candidatos a virarem réus confessos e colaboradores das investigações, em troca do benefício.

O PT é um dos principais alvos de três candidatos a delatores da fila: o casal João Santana e Mônica Moura e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Responsáveis pelas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, Santana e Mônica foram presos em fevereiro do ano passado. Negociam uma delação desde julho, sem acordo com a força-tarefa.

Duque está preso desde abril de 2015. É sua terceira tentativa de um acordo com o Ministério Público. O ex-diretor, que foi indicado e era sustentado pelo PT no cargo, entre 2003 e 2012, promete falar do suposto envolvimento de Lula no esquema de corrupção na estatal.

Novos acordos

Os acordos de delação premiada e leniência fechados entre a Odebrecht e a força-tarefa da Lava Jato, em dezembro, é o último de uma lista de 71 contratos fechados pelo Ministério Público Federal, em Curitiba - origem das investigações.

Investigadores ouvidos pela reportagem disseram, em reservado, que a delação da Odebrecht deve gerar um efeito multiplicador nas delações de empreiteiras. As revelações devem atingir negócios que envolvem outros grupo empresariais, que ficarão obrigados a confessarem seus envolvimentos, acreditam. Além, disso, deve proporcionar um "recall" das delações premiadas já fechadas com executivos das Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e UTC.

A fila da creche subiu em 22 dos 96 distritos após quatro anos de gestão Fernando Haddad (PT). Apesar de a Prefeitura ter conseguido reduzir o déficit de crianças de zero a 3 anos fora da escola na maioria dos bairros, levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que em 23% deles a expansão não alcançou o crescimento da demanda. Há ainda na capital 133 mil crianças aguardando por uma vaga para esta fase da educação.

O cálculo tem como base os relatórios publicados pela Secretaria Municipal de Educação em setembro de 2013, 2014, 2015 e 2016. Houve aumento nas filas dos distritos de Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Cachoeirinha, Campo Grande, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim-Bibi, Itaquera, Jaçanã, Jaguaré, Lajeado, Limão, Marsilac, Morumbi, Pedreira, Sé, Vila Andrade, Vila Guilherme, Vila Maria, Vila Mariana e Vila Medeiros.

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Haddad, porém, teve desempenho melhor que o antecessor, Gilberto Kassab (PSD). Na gestão anterior, a fila da creche cresceu em 89 dos 96 distritos se comparados os números da demanda de setembro de 2009 e de 2012, primeiro e último anos do segundo governo Kassab. O ex-prefeito só conseguiu reduzir a fila nos bairros de Bela Vista, Bom Retiro, Cidade Tiradentes, Consolação, Liberdade, Perus e República.

O aumento no déficit não significa que a Prefeitura não criou novas vagas nos bairros, mas sim que a demanda continuou maior que a oferta. O maior salto proporcional aconteceu em Marsilac, extremo sul, onde o número de crianças na fila saltou de 38, em 2013, para 124, em 2016.

No Morumbi, zona sul, a fila praticamente dobrou: foi de 412 crianças, em 2013, para 726, neste ano. Hoje, são 314 crianças a mais na espera, a maior diferença em termos absolutos. Em parte, os números são reflexo do boom imobiliário da região. A Vila Andrade, por exemplo, é um dos bairros que mais cresceram nos últimos dez anos.

Proporcionar acesso universal à educação infantil é hoje um dos maiores desafios de prefeitos em todo o País - na capital, além das 133 mil crianças à espera de creche, há outras 2 mil de 4 e 5 anos aguardando vaga na pré-escola. Sem receber a prometida verba federal para erguer 243 unidades próprias, Haddad intensificou a contratação de creches privadas. O petista foi o que mais firmou convênios do tipo: foram ao menos 542 novas entidades cadastradas ao longo da gestão.

Nesse modelo, as crianças são atendidas em imóveis alugados, geridos por entidades sociais com recursos públicos. Conforme o Estado mostrou em maio, parte das creches funciona em locais improvisados e inadequados, que já foram asilos e até igrejas. Na gestão Haddad foram cancelados ao menos 98 convênios por algum tipo de irregularidade no atendimento - o que reduz o saldo final de novas creches.

O déficit de vagas na educação infantil prejudica principalmente as mulheres mais pobres que, sem recursos para pagar uma creche particular, precisam apelar a parentes, vizinhos ou mesmo deixar o emprego para ficar com os filhos.

A secretária Helena de Carvalho, de 55 anos, moradora do Jardim Guarani, zona norte, abandonou o emprego em um consultório neste ano para cuidar dos netos Maurício, de 2 anos, e Milena, de 4 meses. Foi a saída que encontrou para ajudar a filha Maria, de 32, a continuar trabalhando. "Tentamos bancar uma creche particular, mas custava R$ 520 por criança, além da perua. Era impossível." Sem emprego, ela não consegue mais pagar a faculdade do outro filho. "Estamos há mais de um ano na fila, mas parece que ela só aumenta. Há várias crianças por aqui sem vaga." A secretária mora na Brasilândia, zona norte, onde a fila tem hoje 3.723 crianças, segundo dados de setembro.

Prioridade

A Secretaria Municipal de Educação negou o aumento de demanda nos distritos, apesar de o site da pasta mostrá-lo em suas estatísticas. Em nota, afirmou que priorizou a construção de unidades e a formalização de convênios em locais com o maior número de crianças inscritas. "Mas esse critério não pode ser analisado de forma linear, isoladamente. Constatado o número de demanda por vaga, a Prefeitura tem de encontrar o terreno para construção da creche ou escola, ou para firmar o convênio com uma mantenedora".

Kassab, por meio da assessoria, afirmou que bateu o recorde de novas vagas em creches em seu segundo mandato, entre 2009 e 2012, com 104,3 mil matrículas. Em nota, disse ser "equivocado medir a eficiência de uma gestão pela demanda distrital, já que esta sofre flutuações que independem das ações do poder municipal". "Ou seja, é possível que, mesmo com criação de número expressivo de vagas, a demanda aumente na região e no período avaliado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os últimos dias na cidade de Chapecó foram de muito sol e calor. Mas, neste sábado, chegou a chuva e o frio e o clima fez com que a melancolia fosse ainda mais intensa no adeus aos ídolos da Chapecoense. Mesmo assim, não faltaram apoio e demonstração de amor dos torcedores, que não mediram esforços para saudar aqueles que viraram heróis na cidade.

Os portões da Arena Condá abriram às 7h30, mas bem antes já havia torcedores na fila para entrar no estádio. Sarita Maria Lopes, de 51 anos, e sua filha, Pamela Lopes, 29, foram as primeiras a chegar. "Estamos aí desde às 22h de ontem (sexta-feira)", contou a mãe,com a camisa da Chapecoense e uma capa de chuva, já que havia chovido a noite toda e garoou pela manhã.

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Frio, chuva e fome não foram suficientes para impedir que elas dessem o último adeus aos ídolos. "A gente andava na rua e encontrava em eles. Eram pessoas muito do bem e farão muita falta", conta Pamela.

Solidariedade foi a palavra-chave nos últimos dias em Chapecó e na noite de sexta-feira não foi diferente. Vizinhos do estádio levaram café e biscoitos para as duas fanáticas torcedoras, que prometeram não abandonar o local. "Agora vamos vir mais nos jogos para ajudar na reconstrução desse clube maravilhoso. A gente vinha antes mesmo da Chape ganhar tanto destaque", assegura Sarita.

As filas para entrar nos dois portões que foram reservados para os torcedores davam voltas no estádio. As camisas da Chapecoense predominavam, mas também tinham pessoas com uniforme do Flamengo, Santa Cruz e Internacional. Todos unidos.

Entre o verde e branco das camisas, a mãe Franciele tomava conta dos pequenos Erik, de 9 anos, Luiz Otávio, 3, e Emanuele, 2. "Tentamos ir ao aeroporto, mas a polícia não deixava chegar perto. Viemos para a arena e chegamos na fila às 4 horas."

Dentro do estádio, torcedores não paravam de gritar e cantar músicas que tanto apoiaram o time durante os jogos e neste sábado viraram homenagens. Torcedores de outros clubes levaram bandeiras de seus respectivos clubes, como Atlético-PR, Santa Cruz, Cruzeiro, São Paulo, Palmeiras, Coritiba, Bahia dentre outros. Sem violência, nem cânticos agressivos. A Chapecoense conseguiu até isso.

Segue até o próximo dia 17 de novembro a realização gratuita de exames de prevenção ao câncer de próstata. A avaliação é feita em uma Unidade Móvel que está no pátio do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Derby. O serviço é oferecido das 8h às 13h, sendo distribuídas 150 fichas por dia, 30 para militares e 120 destinadas à sociedade civil.

A iniciativa é uma parceria entre o Sesi/PE e o Comando Geral do Quartel do Derby. Segundo informações da assessoria de comunicação da polícia, serão realizados 2 mil exames durante a campanha de prevenção. Os exames de ultrassonografia e PSA, exame de sangue que complementa o diagnóstico do câncer de próstata, estão sendo realizados na hora dentro da Unidade Móvel.  

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Podem realizar os exames homens a partir de 40 anos, tendo que apresentar CPF e carteira de identidade. Mais informações pelo telefone (81) 3412.8330, pelo e-mail relacionamento@pe.sesi.org.br ou pelo WhatsApp (81) 9.8829.3330.

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O Centro de Convenções, em Olinda, é o colégio eleitoral com o maior número de votantes. Esta eleição de 2016 é a primeira com biometria. Além disso, o local sofreu uma mudança de zona, portanto estão sendo emitidos novos títulos. Tudo isso tem contribuído para filas longas e eleitores insatisfeitos.

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No fim da manhã deste domingo (2), o LeiaJá esteve no local e constatou filas expressivas em alguma seções eleitorais. A cozinheira Verônica Gomes, de 46 anos, nem ia votar naquele local. Ela veio acompanhar a sogra e o filho, mas já estava quase arrependida. “Minha sogra foi rápida, porque ela é preferencial. Agora eu estou esperando meu filho. Ele entrou há uma hora e ainda não saiu”, relatou.

Outra pessoa que reclamou bastante da espera foi a artesã Érica Bárbara, 45. “A fila está muito grande. Está muito desorganizado”, relatou a mulher. Algumas pessoas diziam que a fila estava no recebimento de um novo título, enquanto outras diziam que era a máquina de biometria ou a demora dos próprios eleitores em votar.

Segundo Luís Araújo, administrador do prédio, a demora não está comprometendo os trabalhos. “A gente tem essas duas novidades: a biometria e a questão do rezoneamento que o TER promoveu. Essa zona eleitoral modificou-se, antes era 117 e agora é 100. Em função disso, a gente está promovendo a entrega dos novos títulos aos eleitores. Isso tem ocasionado um pouco mais de demora porque temos dois procedimentos que antes não eram de costume dos eleitores nem dos mesários”, explica.

Araújo comentou que as máquinas de biometria estão operando bem. O aparelho permite que a pessoa tenha quatro tentativas de fazer a leitura biométrica. Caso não consiga, o eleitor precisará digitar o ano de nascimento e assinar um documento. Segundo Araújo, a leitura tem sido feita dentro das quatro tentativas. Um mesário que não quis se identificar disse que houve máquinas que apresentaram problemas, mas que foi uma quantidade pequena.

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De Nova York a Cingapura, centenas de fãs faziam fila neste domingo para comprar os primeiros exemplares de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", uma adaptação da peça de teatro que estreou no sábado em Londres.

Em Nova York, mais de 500 pessoas faziam fila na maior livraria da cidade, a Barnes & Noble de Union Square, e receberam com aplausos o carregamento de livros de seu personagem preferido, indicou uma jornalista da AFP no local.

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Kate D'Auria, de 24 anos, foi a primeira a sair da loja com um exemplar nas mãos. Estava esperando há seis horas e disse que ficaria acordada a noite toda lendo.

O mesmo entusiasmo foi visto em Cingapura, onde cerca de 300 pessoas esperavam na porta da livraria Kinokuniy, que abriu às 07h01 (23h01 GMT de sábado, 20h01 de Brasília de sábado) e colocou à venda os primeiros exemplares no mundo do oitavo livro da saga.

Samantha Chua, uma estudante de 24 anos, a primeira na fila junto ao namorado, chegou às cinco da manhã a esta livraria, situada no quarto andar de um shopping center.

"Chegamos tão cedo que o shopping ainda não estava aberto e precisamos subir no elevador de carga", declarou à AFP, ressaltando que "valeu a pena".

"Cresci lendo estes livros e eles têm um lugar especial em minha biblioteca pessoal, mas este será minha coroação", disse Chua, que vestia uma camiseta de Harry Potter.

Dezenove anos depois dos fatos relatados em "Harry Potter e as Relíquias da Morte", o sétimo e último livro da saga da escritora britânica J. K. Rowling publicado em 2007, as aventuras do menino bruxo seguem tendo o mesmo sucesso.

Em Bangcoc, 40 fãs, muitos vestidos de bruxos e segurando varinhas mágicas, se reuniram de noite diante de um grande centro comercial da capital tailandesa para comemorar a publicação da obra.

O primeiro da fila era Sanpipat Huangsawat, de 29 anos, que chegou no sábado às 18h30, mas precisou esperar onze horas antes de comprá-lo. "Estou muito feliz, é genial ser o primeiro a ter o livro na Tailândia", disse à AFP.

O mesmo entusiasmo foi mostrado por Sheryans, um jovem de 16 anos. "Acompanho a série Harry Potter desde que tinha oito anos e é incrível que consigam mantê-la nove anos mais tarde", disse.

"Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" foi colocado à venda à meia-noite deste domingo no Reino Unido. A versão em português deste novo livro será lançada no Brasil no dia 31 de outubro.

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Nesta quarta-feira (4), faltando poucas horas para encerrar o prazo dos eleitores para realizarem transferências e emissão de título de eleitor, cadastramento biométrico e outros serviços do Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE), uma multidão criou uma fila que dava voltas no posto eleitoral do Forte das Cinco Pontas, no Centro do Recife. O serviço teve início por volta das 5h e deve ir até as 21h desta quarta. A assessoria de comunicação do TRE informou que foram distribuídas cerca de 600 senhas, que já se esgotaram, e garantiu que não haverá outra possibilidade de prorrogação do prazo.

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Em muitas campanhas, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado informava aos eleitores de Pernambuco que o atendimento seria feito de forma mais efetiva e ágil por meio de um agendamento online e prévio. O assessor da Corregedoria do TRE-PE, Orson Lemos, contou que a capacidade do posto é de 1200 atendimentos ao dia e que já tinham 600 pessoas agendadas e 600 fichas distrubuídas."O prazo final foi bem avisado de que seria neste 4 de maio, a população foi bem avisada sobre os trâmites necessários para evitar o tumulto", argumentou o assessor. A legislação determina que o cadastro deve ser fechado 151 dias antes das eleições. Por isso, não há possibilidade de prorrogação.

O eleitor que não realizar o recadastramento até esta quarta poderá ter restrições no CPF, deixar de fazer matrículas em instituições de ensino, problemas para obter passaporte e assumir cargos públicos. Para evitar todas esses embargos, a jovem Thayane Cardoso decidiu dormir em papelões no local. "Cheguei aqui à 0h30 e já tinha gente desde às 8h da noite. Quando acordei às 4h da manhã a fila já estava um pouco grande. Eu não tinha agendado online porque o site dizia que estava fora do ar. No início da manhã consegui uma ficha e fui atendida por volta das 10h", contou. 

O assessor da Corregedoria do TRE explicou que em alguns casos não há motivos para desespero. "A pessoa que não conseguir a transferência hoje pode ficar tranquila. Ele não conseguirá votar no lugar que queria, mas poderá justificar o voto em qualquer local do Brasil",afirmou. No caso do eleitor que veio tirar a primeira via e não conseguiu, o TRE informa que a situação poderá ser normalizada em novembro. "A situação do eleitor só estará irregular quando houver eleição que ele não votar. A partir daí ele terá um débito de R$3,50 a ser quitado", argumentou. 

Para Marta Vaz, coordenadora da Central de Atendimento ao Eleitor da capital, muitos eleitores confundiram o recadastramento biométrico que houve em Paulista e Olinda com o que aconteceu no Recife. "Quem tem no título escrito 'identifação biométrica' não precisa se dirigir aqui à central porque ele já fez na época o cadastramento no Recife. Só precisa vir para cá os eleitores de Olinda e Paulista que atualmente moram no Recife e terão que transferir o voto. Mas as fichas já acabaram e a transferência só poderá ser feita em novembro, depois das eleições", contou.

Apesar de muitas pessoas que deixaram para resolver as pendências de última hora reclamarem da desorganização do TRE, para o casal Ana Lúcia e João Antônio da Silva, tudo estava correndo bem. Eles afirmaram que conseguiram agendar o atendimento na internet para às 12h e chegaram no local às 9h30 para não enfrentear dificuldades. "Com o agendamento fica mais fácil para conseguir nossa transferência do título de Olinda para Recife", afirmou Ana. 

Com um sol escaldante e uma fila quilométrica, era possível ver muitas pessoas com sombrinhas para enfrentar o desgaste do sol, jovens jogando dominó para passar o tempo, pessoas revoltadas com a falta de informação do órgão e muito tumulto entre policiais militares e eleitores que tentavam burlar a fila ou causar confusões. Para realizar o recadastramento, o eleitor precisa levar um documento que comprove a residência no município em que será feita a coleta biométrica. Para as próximas eleições, a expectativa é de que 74 cidades com mais de 3 milhões de eleitores estejam identificados pelas digitais, totalizando aproximadamente 50% do eleitorado do Estado.

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O retorno ao trabalho dos peritos Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta semana, após mais de quatro meses de greve está levando uma multidão de segurados aos postos. Em Fortaleza (CE), segurados chegaram a ficar até nove horas na fila. "Isso é um descaso muito grande com a saúde pública. É a terceira vez que venho a Fortaleza para resolver um auxílio-doença e não avança.

"A greve me prejudicou bastante", disse a professora Maria da Glória Silva, moradora de Paracuru, a 80 quilômetros da capital. Ela conta que chegou ao posto às 6 horas e foi atendida às 15h30.

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Maria da Glória deu entrada no pedido de auxílio-doença e vai ter de esperar o resultado da avaliação médica. A unidade do INSS no bairro de Messejana, onde ela estava, só atendeu perícias para pedido de auxílio doença. Pessoas que buscavam aposentadoria por invalidez, casos de acidente de trabalho e aposentadoria especial tiveram de voltar para casa.

"Ficou uma demanda reprimida que só será solucionada com pelo menos mais uns cinco a seis meses. Atendíamos em média 17 mil pessoas por mês antes da greve", diz a delegada da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social em Fortaleza, Ana Francisca Nogueira Martins.

Após várias tentativas no período da greve, o ex-carreteiro Osmair Batista de Oliveira, de 61 anos, não conseguiu agendar ontem uma nova perícia na agência central de Sorocaba (SP). Ele foi informado que seu processo não estava disponível e tem de voltar à agência na próxima semana.

Oliveira tenta uma revisão em sua aposentadoria de um salário mínimo, conseguida após 30 anos como motorista de carreta. Em 2002, ele foi rendido por criminosos. Além de assaltá-lo, os bandidos o agrediram na cabeça com uma chave inglesa. O carreteiro ficou quatro meses em coma e, quando se recuperou, estava inválido. O afundamento no crânio, ainda visível, afetou o sistema nervoso central e ele tem dificuldade nos movimentos e na fala.

Inconformado com o valor da aposentadoria por invalidez, ele entrou com ação e fez várias perícias, mas o processo não terminou. Quando faria aquele que seria o último exame, em setembro, os peritos estavam em greve. Oliveira conta que o dinheiro mal dá para os remédios. "Tomo três para a cabeça, um para a pressão e outro para o estômago e é difícil conseguir todos na farmácia pública."

Na agência Centro de Porto Alegre (RS), o pintor Nelson Cardoso Rodrigues, de 55 anos, aguardou cerca de uma hora para reiniciar um processo. Ele tem um glaucoma derivado da diabetes e está com a visão comprometida. "O patrão me mandou embora, mas o INSS diz que tenho condições de trabalhar. Talvez quando eu perder totalmente a vista, eles me darão o benefício", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais uma vez, uma agência do Banco Itaú em Jaboatão dos Guararapes foi interditada por descumprir a “lei das filas”. Nesta quarta-feira (12), o Procon fechou as portas da unidade que fica em frente à Praça do Rosário, no Centro da cidade, que já teve suas portas fechadas três vezes pelo mesmo motivo. O atendimento na agência só poderá voltar ao normal a partir da próxima segunda-feira (17).

A lei das filas estabelece o tempo máximo de espera do consumidor nas filas de bancos. Em períodos sazonais, como vésperas de feriado e início e fim de mês, o tempo de espera não pode ser maior que 30 minutos. Nos demais dias, a lei estabelece um tempo máximo de 15 minutos.

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Em Jaboatão, a rede de bancos Itaú Unibanco é a que mais sofreu notificações desde 2011, totalizando 26 interdições. Na última semana, a agência que fica em Prazeres, próxima ao Binário, também foi interditada

As agências têm dez dias para recorrer da decisão e 30 dias para pagar a multa, que inicialmente é de R$ 10 mil. Hoje, a dívida do Banco Itaú já ultrapassa os R$ 2 milhões.

De acordo com Débora Albuquerque, secretária executiva de Defesa do Consumidor de Jaboatão, quem mais sofre com a reincidência das agências Itaú, é o consumidor. "A cada dez interdições de bancos no município, seis são desta rede. Hoje observamos que, quando consegue pegar uma ficha, o consumidor prefere sair da agência para fazer qualquer outra coisa e depois retornar para, enfim, ser atendido", ressaltou.

Com informações da assessoria

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A torcida do Sport mais uma vez deve encher a Arena Pernambuco, no próximo domingo (2), contra o Cruzeiro. Na manhã desta quinta-feira (30), centenas de rubro-negros estão enfrentando fila para garantir os bilhetes, porém, como sempre acontece, os cambistas estão agindo e já comercializam as entradas próximos às bilheterias da Ilha do Retiro. A Polícia Militar precisou ser acionada para conter um princípio de tumulto, pois torcedores ficaram revoltados com a ação dos cambistas.

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O torcedor rubro-negro Emanuel França chegou à bilheteria do Arco por volta das 9h, horário marcado para o início das vendas presenciais. Por causa dos cambistas, que a todo o momento estavam furando fila, ele desistiu de comprar os bilhetes promocionais ao preço de R$ 25 cada. “A galera está parando porque tem muitos cambistas entrando na frente dos torcedores de verdade. A PM está aí, mas não faz nada. Não vou mais para o jogo”, disse França, revoltado.

A reportagem do LeiaJá identificou a atuação de alguns cambistas. Os ingressos de R$ 25, por exemplo, já estão sendo vendidos por eles por R$ 50. Eles prometem aumentar o valor.

Os ingressos começaram a ser comercializados nessa quarta-feira (29), pela internet e de forma presencial para os sócios do Sport. Nesta quinta e sexta-feira (31), as bilheterias sociais e do arco funcionam até às 20h.

Já no sábado (1º), a torcida poderá adquirir os bilhetes das 9h às 17h. De acordo com o Sport, no domingo não haverá venda de bilhetes no clube. Os ingressos apenas poderão ser comprados na Arena Pernambuco. A expectativa é de um público superior a 40 mil pessoas.  

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Centenas de pessoas estão à espera do Padre Marcelo Rossi no Bairro do Recife na manhã desta terça-feira (26). O religioso autografa o livro Philia na Livraria Cultura, a partir das 14h30, mas uma pequena multidão já fazia uma fila que dobrava o quarteirão da Rua Madre de Deus, chegando à beira do Rio Capibaribe, por volta das 11h.

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Este é o terceiro livro de Marcelo Rossi, que já lançou Kairós e Ágape. Philia, derrote a depressão, a ansiedade, o medo e outros problemas foi lançado após o próprio religioso ter sofrido de depressão, e traz também outros temas, como ciúme e ansiedade.

A aposentada Maria Eunice Evangelista, de 55 anos, aguarda sua vez de pegar uma ficha e garantir lugar para conhecer Marcelo Rossi. "Apesar da fila grande, só saio daqui quando vê-lo", avisa. Maria explica ainda sua devoção ao religioso: "Eu tenho recebido muitas graças de Deus por meio dele. Ele trouxe muitas pessoas para a igreja através da renovação da fé".

"Tenho todos os CDs dele e assisto todas as missas aos domingos", revela a também aposentada Maria Estelita da Conceição, de 74 anos. "O que me chama mais atenção nele é a pureza que ele tem", completa.

Muitas pessoas se protegem com guarda-chuvas e buscam se acomodar para aguardar o momento de estar com o padre escritor. Joseildo Dias e a namorada Emanuela Gomes chegaram às 8h30 para garantir seu lugar. "Achei Philia melhor dos que os anteriores porque ele voltou a intensificar o uso da Bíblia através das citações que faz no decorrer do livro", diz Joseildo, complementando: "É um homem de Deus".

*Com informações de Élida Maria

Recife completa 478 anos esta quinta-feira (12) e promove uma festa na Praça do Arsenal em comemoração ao aniversário da cidade. A fila para o tradicional corte do bolo começou a se formar cedo. A técnica de informática Libania Sobral foi a primeira a chegar. Ela afirmou que chegou por volta das 5h da manhã para prestigiar a festa. 

“Saí de casa cedo para ter o privilégio de ser a primeira da fila. Amo a minha cidade. Apesar de reconhecer que ainda existem muitos problemas por aqui, ela merece esse sacrifício”, pontuou Libania, ressaltando que a prefeitura precisa investir em educação, segurança e atividades culturais. A gente vive numa cidade tão bonita, tão rica culturalmente, mas não investe o suficiente para divulgar esta arte. Sem contar que a segurança e educação, não só do Recife, mas de todo estado ainda é muito precária”, cravou.

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Há 43 anos, dona Sandra Lemos de Lucena participa do corte de bolo no Recife. Acompanhada de alguns familiares, ela diz não se incomodar com o tempo de espera na fila, pois acredita que participar do corte do bolo é a homenagear a cidade. “Desde que eu tinha sete anos, todos os anos eu participo do dessa homenagem. O bolo é símbolo de esperança, de novo ciclo. Assim eu agradeço a minha cidade por tudo”, comentou.

Este ano, a Prefeitura do Recife montou duas formas de distribuição do bolo. No palco, encontra-se um bolo tradicional, de 30 kg decorado para fazer a magia da festa. Já o publico tiveram acesso as porções individuais, distribuídas em dois pontos de apoio, nos arredores da Praça do Arsenal.  Ao todo, forma disponibilizados cerca de três mil fatias.

A fila da moradia em São Paulo não obedecerá data de inscrição. O novo cadastro apresentado pela gestão Fernando Haddad (PT) aos interessados em participar de programas habitacionais exclui a ordem de chegada dos critérios de seleção. O que valerá é o cumprimento das regras estipuladas pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, acrescidas de normas definidas pelo Conselho Municipal da Habitação. Nesse modelo, quem vive em área de risco terá prioridade.

O novo formato da fila, que já soma 165 mil nomes, pode deixar famílias que aguardam há décadas pela chance de ter uma casa própria ainda mais distantes do sonho. É o caso da artesã Dalva Maria de Souza, de 63 anos, que preencheu seu primeiro cadastro na Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) em 1988 e nos últimos 27 anos nunca foi chamada.

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"Nesse tempo todo, vivi em uma casa alugada, paga honestamente. Nunca invadi terreno nenhum. Meu marido, minha filha, minha neta e eu dividimos três cômodos de uma casa perto da Represa do Guarapiranga, na zona sul. Metade da nossa renda vai para pagar o aluguel. Mas tudo seria diferente se já tivessem me chamado. Teria até quitado meu apartamento."

Diferentemente da maioria das pessoas que se cadastram na fila da Cohab, Dalva diz que nunca esqueceu de renovar sua ficha. Religiosamente, faz o recadastramento anual exigido pelo Município. "Faço minha parte, mas isso nunca adiantou. Deveria ter prioridade, sou idosa agora", diz.

A Prefeitura informou que a artesã já foi selecionada duas vezes para programas habitacionais, mas não disse quando nem por que o atendimento não se concretizou - ela nega. Agora, para continuar com chances, terá de refazer o cadastro segundo as normas reveladas ontem pela gestão Haddad, que promete entregar 55 mil unidades até o fim de 2016 - hoje, esse número está em 3,8 mil.

"Pelo menos agora as regras ficarão claras e a ilusão em torno da fila tende a acabar. A ordem de chegada nunca foi cumprida. Inicialmente, porém, esse cadastro deve provocar indignação em quem está aguardando a casa própria há muitos anos", diz a defensora Marina Costa Peixoto, do núcleo de Habitação e Urbanismo.

Pesos. De acordo com a Secretaria Municipal da Habitação, a seleção das famílias seguirá primeiramente os critérios do governo federal, que se comprometeu a financiar as unidades projetadas por Haddad. O primeiro deles diz respeito à renda. Só podem participar famílias que recebem até 6 salários mínimos. Idosos, mulheres, pessoas com deficiência física ou removidas de áreas de risco têm prioridade.

Já as normas municipais privilegiam famílias com alta vulnerabilidade social, que tenham muitas crianças e idosos em sua composição, assim como gays, travestis, pessoas em situação de violência doméstica ou que comprometem mais do que 30% da renda no pagamento de aluguel. A intenção é montar uma base de escolha em que cada característica tenha um peso. A soma colocará o cadastrado na frente ou no fim da fila. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fila por uma vaga em creche na rede municipal de São Paulo teve recorde de registros no mês de novembro. No último mês, 187.535 crianças de até três anos aguardavam vaga no equipamento.

Em junho de 2007, quando os números começaram a ser divulgados pela Secretaria Municipal de Educação (SME), a fila era de 88.218 crianças. O maior recorde que havia sido registrado até então ocorreu em setembro de 2011, com 174.168 crianças à espera de matrícula. Só em 2014, a demanda mais do que dobrou - em janeiro de 2014 havia pouco mais de 90 mil crianças esperando a matrícula.

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A explicação dada pela pasta para o recorde é que, no período entre dezembro e fevereiro, há maior número de matrículas, já que as famílias podem fazer o cadastro durante o ano todo. Em setembro, reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que sentenças judiciais exigindo creches aumentaram 365% em relação a 2011. Até agosto, 17.836 crianças conseguiram vagas na Justiça, número 47,7% maior do que todos os encaminhamentos feitos em 2013.

No ano passado, a Justiça determinou que a Prefeitura de São Paulo criasse 150 mil vagas na educação infantil até 2016, sendo 105 mil em creches de tempo integral e o restante na pré-escola. A sentença atendeu ao pedido de um grupo interinstitucional, formado por Defensoria Pública, Ministério Público e movimentos sociais. Foi a primeira vez que um tribunal fixou o número de vagas a serem criadas por um prefeito. Houve expectativa de que o volume de ações caísse após a decisão, o que não se confirmou.

Obras

Até o momento, a SME informou que criou 30.363 vagas em creche e que prevê, para 2015, o início das obras de 129 unidades, 51 delas em licitação. De acordo com a pasta, estas obras deverão ser feitas nas regiões de maior demanda na capital. A secretaria também estima que entre dezembro deste ano e fevereiro de 2015, 120 mil crianças sejam matriculadas na educação infantil - creche e pré-escola, diminuindo em 96 mil a fila da creche.

Para o secretário municipal de educação, César Callegari, o mês de novembro é atípico e não pode ser comparado a outros meses. "Nessa época do ano, todas as famílias se antecipam". Callegari entende que a fila tem aumentado mesmo com um "recorde de abertura de vagas". "Estamos multiplicando o número de creches na cidade de São Paulo e aproximando unidades nas casas das famílias. Isso acaba sendo um convite à inscrição". De acordo com o dirigente da pasta, há pais que antes optavam por uma instituição particular e hoje prefere a creche municipal. "Até mesmo famílias de renda mais alta, de classe média, passaram a considerar objetivamente matricular o filho em uma creche pública porque constataram que é uma creche de boa qualidade de profissionais, alimentação e materiais".

Callegari ainda destacou que até o ano que vem, destas 187,5 mil crianças na fila, dois terços entrarão na creche até fevereiro. "É importante que pais estejam atentos porque serão notificados para conferir a matrícula", disse. "Nós estamos muito próximos de atingir as metas preconizadas no Plano Nacional de Educação recém aprovado". O PNE, sancionado em junho pela presidente Dilma Rousseff, prevê a oferta de vagas em creche para 50% da população de 0 a 3 anos até 2023. "Isso não quer dizer que a nossa meta seja a do PNE. A meta de São Paulo é reduzir muito a fila, ou ainda zerar. Vamos criar 105 mil vagas, que supera esta meta do PNE", disse.

O defensor Público Antonio Machado Neto afirmou que a Defensoria vem acompanhando o cumprimento da decisão da Justiça e ponderou que o problema das creches não é só qualidade. "O fato é que além da qualidade, que é uma obrigação, temos que pensar na quantidade. O que temos hoje é um problema grave de déficit de vagas". A Defensoria Pública também continua ajuizando ações individuais dos pais e mães que são procurados pelo órgão.

Rede

O atendimento no equipamento ocorre por ordem de cadastro e dá prioridade a crianças em situações de extrema pobreza e vulnerabilidade social. Neste ano, 8.697 crianças foram matriculadas nesta situação. Há 228.056 crianças na rede municipal. "A atual gestão entregou 21 Centros de Educação Infantil (CEI) e 1 Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI). Em 2014, foram entregues 7 CEIs e 15 estão com obras em andamento" afirmou a SME, em nota.

Eu sei lidar com fila. Já passei por muitas nessa vida e meu currículo é elogiável nos requisitos paciência, comportamento, sociabilidade, tempo de espera e cornice. Fila de final de campeonato valendo libertadores, a clássica fila do banco, fila de último dia de título de eleitor (com partes 1 e 2), fila de documento de carro no único Detran sem greve, fila de show cobiçando a ala VIP, fila de modificação de matrícula na universidade, you name it fila, já estive lá. Por horas.

Permanecem acampadas as 50 pessoas no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, à espera de uma senha da Anatel na tarde desta quarta-feira (17).  A ocupação está sendo realizada para garantir "a vez" das emissoras de televisão de Pernambuco na fila para recadastramento de retransmissoras de TVs, que o Ministério das Comunicações fará a partir da próxima segunda (22) até o dia 24. De acordo com os integrantes, um representante da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife foi até o local hoje para solicitar a retirada das barracas na calçada. 

Segundo uma das representantes, que quis ser identificada apenas como Carol, caso o órgão chegue para fazer a desocupação, ninguém vai se recusar a sair. "Não vamos desobedecer a uma ordem da Prefeitura, lógico. Estamos aqui apenas para pegar uma senha e garantir uma renda, já que todos estão desempregados", afirmou.

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As emissoras de televisão vão realizar o pagamento ao grupo em troca das senhas apenas na segunda-feira (22), prazo de entrega. "Caso a gente saia, não sabemos como ficará. Mas por enquanto está sendo vantajoso, porque ganhamos dinheiro para comer, local para tomar banho e as barracas para dormir. Está valendo a pena sim", disse Carol. A Secretaria de Controle Urbano informou que o prazo para retirada dos ocupantes é até a noite desta quarta-feira (17).

Quem passar a pé pela Rua Sargento Silvino Macedo, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, não conseguirá caminhar por determinado trecho da calçada da via. Nela, dezenas de barracas estão montadas, desde a última sexta-feira (12), isolando através de cones o logradouro público e o direito de ir e vir de pedestres. Não se trata de uma ocupação; as pessoas que ali pernoitam estão numa fila. 

Na próxima segunda-feira (22), o Ministério de Comunicações realizará um mutirão para atualização de outorgas de retransmissoras de TV secundárias. A ação tem como objetivo regularizar emissoras que atuam sem autorização, além de resolver pendências documentais e também dar a oportunidade a pessoas interessadas em prestar o serviço de retransmissão. Para os estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe, o mutirão será realizado de 22 a 24 de setembro, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Recife, localizada na citada Rua Sargento Silvino Macedo. As pessoas que acampam na calçada da Anatel explicaram o motivo: foram contratados por um grupo de telecomunicações para, literalmente, “guardarem lugar na fila”. 

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São quase 50 pessoas acampadas no local. Apesar de realizado durante três dias, as senhas só serão distribuídas na segunda-feira (22). De acordo com uma integrante do grupo (que pediu para não ser identificada), o objetivo é pegar as primeiras senhas entregues pela Anatel e repassá-las para as empresas “contratantes”. Porém, ninguém confirma que grupo de telecomunicações está por trás da ação. Um dos representantes do grupo, Jean Carlos explicou que toda a infraestrutura necessária está sendo disponibilizada aos “acampados”. 

“Temos um apartamento de apoio para que as pessoas possam ir tomar banho, fazer as necessidades. Não tivemos problema com a Anatel; só pediram para não ficarmos em frente ao acesso do prédio. Vai ser muita gente aqui na segunda-feira, de vários estados”, explicou Jean Carlos, que se limitou apenas a afirmar ter sido contratado através da assessoria do grupo (também não revelada). Questionada sobre a ação, a assessoria da Anatel, em Brasília, deixou claro ter conhecimento sobre o caso. 

“O período marcado pelo Ministério das Comunicações é de 22 a 24 de setembro e não há fornecimento prévio de fichas. Os interessados nessas outorgas estão pagando senhoras para ficar marcando lugar. O acampamento foi iniciado na última sexta e foi acertado que eles não ocupem o estacionamento externo da Anatel”, diz a nota enviada pela Agência. 

Ocupação é irregular, diz a Prefeitura

A reportagem do Portal LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Controle Urbano do Recife (Secon) para questionar sobre o uso do espaço público. Em seguida, a Secon encaminhou uma equipe ao local e garantiu que irá notificar oficialmente os ocupantes. 

“Depois que a notificação for entregue, a área deve ser desobstruída em 24h; caso contrário, as barracas serão apreendidas pela Secon”, afirmou o órgão através de nota oficial, no final da tarde desta terça (16). Porém, na manhã desta quarta-feira (17), as barracas permanecem no local. Funcionários da Anatel afirmaram que a Polícia chegou a fazer uma ronda, durante a madrugada, o que incomodou as pessoas que estão no acampamento improvisado. 

Compra de “lugar na fila” e a busca pelas concessões de comunicação

Para a advogada e professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, Larissa Leal, a prática de contratar pessoas para garantir lugar na fila é ilícita, apesar de não ser considerado crime. “É uma prática ilícita porque tem por objetivo burlar um procedimento fundamental no processo de concessões, que é a audiência pública. O fato é que fazem isso para evitar que a população seja ouvida, bem como os grupos de pressão social”. 

O jornalista Ivan Moraes Filho, coordenador do comitê do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) em Pernambuco, lembra que as audiências públicas são uma luta para quem exige transparência no processo das concessões, mas não são obrigatórias. “Infelizmente, nem nos processos de recebimentos de concessões, nem nas renovações, não são obrigatórias as audiências públicas. Os artigos na Constituição Federal que tratam sobre isso (do artigo 220 ao 224) não estão regulamentados”, esclareceu o jornalista. 

No edital publicado pelo Ministério das Comunicações, um trecho explica que, no caso de apresentação de mais de um requerimento para uma mesma localidade, terá prioridade a “ordem cronológica” dos requerimentos protocolados na Anatel. Ivan Moraes questiona a importância dada a quem chegar primeiro. “É no mínimo estranho que as concessões possam ser entregues por ‘ordem de chegada’ sem que haja uma análise mais aprofundada do uso que terão, por exemplo”.  

A advogada Larissa Leal acredita que o processo, do modo como é realizado, favorece a alguns poucos e priva a sociedade do seu direito à comunicação. “Perverteram o sistema a tal modo que temos defendido que essas audiências públicas seriam mais eficientes com ouvida aberta por 15 ou 30 dias, como a própria Anatel já fez no caso de telefonia. Assim, teriam condições de voz e ouvida todos que chegassem e não os primeiros da fila”. 

O LeiaJá também procurou o Ministério Público Federal (MPF), através da Procuradoria da República em Pernambuco. Segundo o órgão, não há nenhuma ação em curso para investigar uma suposta ilegalidade no caso porque "não foi feita nenhuma denúncia".

Os turistas que decidiram passar o fim de semana em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, enfrentavam, no início da noite deste domingo (14), cinco horas de espera na fila das balsas que fazem a travessia para o continente, em São Sebastião. A fila de carros atingiu cerca de três quilômetros de extensão.

A "invasão" de turistas foi motivada, segundo a rede hoteleira, pelo bom tempo registrado nos últimos dias. Ontem, os termômetros chegaram a 32ºC. Restaurantes e quiosques da praia tiveram filas.

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Os hotéis e pousadas já vêm registrando nas últimas semanas uma média de 80% a 90% de ocupação. O casal Reginaldo Oliveira e Jessica Ferreira, de São Paulo, afirmou que dormiu no carro por não encontrar vagas nos hotéis. "Conseguimos só a partir das 15 horas, com a saída dos turistas do fim de semana. Vamos ficar até terça", comentou Oliveira.

São Paulo tem hoje 1 milhão de pessoas cadastradas na fila por uma moradia, o que representa 10% da população. Dados oficiais da Secretaria Municipal da Habitação mostram ainda que desse total apenas 130 mil estão aptas a participar de programas habitacionais.

A explicação está na falta de atualização do cadastro oficial, que deveria ocorrer pelo menos uma vez por ano. O número real, no entanto, pode ser ainda maior, já que nem todas as famílias que participam de ocupações têm os nomes registrados pela Prefeitura.

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As recentes invasões promovidas por entidades sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), porém, têm preocupado a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, que alerta para a necessidade de o cadastro ser seguido na distribuição das unidades habitacionais. De acordo com os promotores de Justiça Camila Mansour Magalhães da Silveira e Marcus Vinicius Monteiro dos Santos, essas ocupações estão causando temor entre as pessoas cadastradas há anos.

"Parece que a sensação atual é de que só receberá moradia quem invadir. Isso não é verdade. O cadastro deverá ser observado de qualquer forma. A Promotoria vai fiscalizar isso", disse Santos. Segundo ele, as entidades que lutam por moradia não informam as pessoas que participam sobre regras em vigor. "Muitas pessoas estão pensando que a ocupação vai garantir moradia no futuro. Isso deve ser esclarecido", alerta. O Ministério Público Estadual, segundo Santos, também não vai tolerar o método de atuação do movimento, que ameaça invadir um terreno por dia enquanto os vereadores não aprovarem o novo Plano Diretor - o texto atual contempla ao menos quatro ocupações promovidas pelo MTST na zona sul da cidade.

Um inquérito civil foi instaurado e a Promotoria acompanha a questão. "Há uma situação muito ruim acontecendo. O movimento está sitiando a Câmara, pedindo, até que se votem mudanças de zoneamento em benefício próprio." A alteração citada pelo promotor é relativa à Ocupação Copa do Povo, organizada pelo grupo na zona leste. Após exigência do coordenador nacional do movimento, Guilherme Boulos, a Câmara discute a aprovação de projeto de lei ou emenda ao Plano Diretor que regularize a ocupação e destine o terreno à construção de 2 mil moradias pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora existam mais empresas na fila à espera de uma janela atrativa para abrir capital no Brasil, bancos e assessores não demonstram otimismo em relação às operações antes das férias do Hemisfério Norte, em agosto, quando os mercados fecham para captações e reabrem apenas em setembro, bem perto das eleições no Brasil.

Se o cenário melhorar até lá, a expectativa é de que a empresa aérea Azul tire o IPO do papel. Outros nomes que estão no radar para abertura de capital são a empresa de comércio eletrônico NetShoes e a de logística Unidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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