Tópicos | Guilherme Boulos

Líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato a presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos afirmou, nesta segunda-feira (16), que a ocupação do triplex do Guarujá (SP), é uma “denúncia da farsa judicial” que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O apartamento foi atribuído pela Lava Jato como sendo de Lula e é motivo da condenação pela qual ele está preso desde o último dia 7. 

“Queremos saber quem vai pedir reintegração de posse. Essa ocupação vai revelar a farsa judicial. Lula foi preso por uma condenação política que levou ele à prisão de maneira arbitrária. Se o triplex é dele, já disse mais uma vez que o povo podia entrar. Então, pela primeira vez o MTST faz uma ocupação consentida pelo proprietário”, ironizou Boulos.

##RECOMENDA##

O presidenciável disse que aguarda "ansiosamente" pelo pronunciamento do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância - e que condenou o ex-presidente por lavagem de dinheiro e corrupção passiva -, sobre a reintegração de posse do local.

“Se de fato confirmarem que é do Lula o povo vai poder ficar, se entrarem com um pedido de reintegração de posse vão ter que explicar porque prenderam o Lula. Agora vamos tirar a prova. Esperamos ansiosamente o juiz Sérgio Moro se pronunciar. Se deixarem [sem o pedido de reintegração], o triplex será uma ocupação de resistência”, declarou o psolista. 

De acordo com Boulos, vão aparecer denúncias, mas “a ocupação foi pacífica e não se quebrou nada”. O pré-candidato garantiu que vídeos mostram o momento em que o grupo entrou no prédio. 

A ocupação aconteceu no início da manhã de hoje. Cerca de 30 membros do MTST estão dentro do apartamento e exibem faixas com frases como "Se é do Lula é nosso!" e "Se não é por que prendeu?". Além dos que já entraram no prédio, um grupo também está em frente ao triplex entoando palavras de ordem como “ou solta o Lula ou não vai ter sossego”. 

O ex-presidente Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

De acordo com a sentença, dada pelo juiz Sérgio Moro e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), Lula recebeu R$ 2,2 milhões da empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras. O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, confirmou em delação premiada que o ex-presidente seria o principal beneficiário da reforma do local. O líder-mor petista nega as acusações. 

Pré-candidato a presidente pelo PSOL, o líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos inicia, nesta segunda-feira (2), um giro pelo Nordeste com a intenção de “ouvir as principais demandas e apresentar as propostas para uma nova construção de país”. A agenda de Boulos, que será acompanhada pela pré-candidata a vice na chapa Sonia Bone Guajajara, começa pelo Maranhão e encerra na sexta-feira (6), em Pernambuco. 

Antes de chegar ao Recife, eles participam de rodas de conversas e encontros com a militância do PSOL nas cidades de Imperatriz, Açailândia, São Luís e Fortaleza. Já na quinta (5), desembarcam na capital pernambucana, onde, às 20h, reúnem-se com movimentos sociais. 

##RECOMENDA##

No dia seguinte, Boulos e Sonia tomam café da manhã com sindicalistas, participam de um debate sobre a desertificação no Bioma Caatinga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e gravam vídeo com o deputado estadual Edilson Silva (PSOL). Às 15h, eles visitam a ocupação Marielle Franco, localizada na Praça da Independência, no centro, e se reúnem com o lideranças do MTST do estado. 

As atividades da chapa do PSOL no primeiro giro pela região nordestina serão encerradas no Recife com o ato “Vamos com Boulos e Sônia”, agendado para às 18h, e local ainda a ser definido. 

 

O clima de farpas entre aliados e rivais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem cada vez mais marcado o debate nas redes sociais durante os últimos dias. Desta vez, o senador Lindbergh Farias (PT) não poupou críticas a postura do procurador da República Deltan Dallagnol que anunciou que fará “jejum e oração” na próxima quarta-feira (4), para que o Supremo Tribunal Federal (STF)  negue o habeas corpus que pode impedir a prisão do líder-mor petista.

“Deltan PowerPoint Dallagnol é uma figura patética. Um procurador do MP que anuncia jejum contra a Constituição nem disfarça o seu ativismo cretino”, disparou o Lindbergh em publicação no Twitter.

##RECOMENDA##

O senador não foi o único a reagir contra Dallagnol. Líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL) também ironizou a atuação do membro da força-tarefa da Lava Jato. “Deltan Dallagnol, o criador do famoso powerpoint, faz jejum para prisão de Lula. Além de Procurador da República, ele encontra tempo para dar palestras pagas, praticar coaching milagroso e pressionar o STF pela internet”, alfinetou.

Nesse domingo (1º), Deltan usou as redes sociais para  convocar assinaturas em apoio a um manifesto virtual que pede a prisão de condenados em segunda instância, logo após o trâmite dos recursos na mesma corte, como é o caso de Lula, que foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na Lava Jato. Para ele, caso isso não seja permitido “o STF pode transformar Justiça Penal num conto de fadas”. 

Lideranças políticas de todo o país lamentaram a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), alvejada a tiros na noite dessa quarta-feira (14), e classificaram a ação como um “crime bárbaro”. A parlamentar se destacava na atuação em defesa dos direitos humanos e era conhecida por denunciar abusos na atuação da Polícia Militar do Rio. Além dela, o motorista Anderson Pedro também morreu na investida criminosa.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a democracia brasileira foi atingida com a morte da vereadora. “Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marielle Franco, corajosa liderança política. O Rio de Janeiro e a democracia brasileira foram atingidos por esse crime político bárbaro”, declarou em nota.

##RECOMENDA##

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que estava “profundamente chocada, estarrecida e indignada” com o “ato covarde praticado contra uma lutadora social incansável”. “Tristes dias para o país onde uma defensora dos direitos humanos é brutalmente assassinada. Ela lutava por tempos melhores, como todos nós que acreditamos no Brasil. Devemos persistir e resistir nesse caminho. Minha solidariedade e votos de pesar às famílias de Marielle e Anderson, seus companheiros e amigos, também aos militantes do PSOL. Suas mortes não serão em vão”, salientou.

Deputado federal pelo Rio de Janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) pediu justiça. Para ele, as mortes significam “um trágico avanço na escalada da barbárie que deve ser contida custe o que custar”. “Solidarizo-me à sua família, à família do Anderson, e exijo junto com eles: justiça e paz. Justiça para conter os autores dessa execução, paz para a sociedade carioca e brasileira”, disse em nota.

A presidenciável Marina SIlva (Rede) afirmou que “as autoridades precisam abrir investigações rigorosas” sobre o caso. O também pré-candidato a presidente, Guilherme Boulos (PSOL), também cobrou uma apuração rigorosa. 

“Difícil acreditar que a execução a sangue frio de Marielle e do motorista Anderson Gomes seja mera coincidência após as denúncias que ela vinha fazendo sobre a violência policial no Rio. Exigimos investigações sérias, doa a quem doer. A noite desta quarta-feira ficará marcada pela violência escancarada de quem está seguro da impunidade. Lutaremos por justiça até o fim. Marielle, honraremos sua caminhada”, garantiu Boulos.

A vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), também se manifestou diante do crime. “Executaram uma parlamentar que vinha sistematicamente denunciando a violência e a corrupção de agentes públicos e do sistema de segurança do RJ, que está sob intervenção militar. O assassinato de Marielle é um crime político. A execução de Marielle não irá calar a sua luta, que é se todxs [sic] nós”, frisou.

O corpo da vereadora Marielle Franco será velado na Câmara de Vereadores do Rio. Às 11h, está marcado um ato no salão principal do Palácio Pedro Ernesto. Assassinato será tema de protestos em capitais do país.

Pré-candidato à Presidência da República, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) Guilherme Boulos (PSOL) publicou, nesta sexta-feira (9), um vídeo nas redes sociais respondendo ao também presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) que chamou, na última quarta (7), os membros do MTST de “marginais ousados” por querer concorrer ao pleito nacional. Em reação, Boulos disparou: “se tem algum criminoso nessa campanha não sou eu, é você”. 

“Ousados nós somos, mas se há algum criminoso nesta campanha não sou eu. Você cometeu crime de incitação a violência e o extermínio, quando disse que ia metralhar a Rocinha se fosse eleito presidente, e foi condenado pelo crime de estupro quando ofendeu a deputada Maria do Rosário”, declarou o psolista. 

##RECOMENDA##

Boulos também ironizou Bolsonaro ao questionar o fato dele receber auxílio-moradia da Câmara dos Deputados tendo uma residência própria em Brasília. “Diz que é novo na política, mesmo estando há 30 anos como deputado, não está envolvido com corrupção e quer acabar com esta bandalheira, mas tem coisas para explicar, uma delas é porque recebeu auxílio-moradia mesmo tendo sua casa, para onde foi esse dinheiro?”, questionou. 

[@#video#@]

O deputado estadual Edilson Silva defendeu, nesta quinta-feira (1º), que o PSOL apresente a candidatura de uma chapa composta pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e a coordenadora Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara. Segundo o dirigente nacional da legenda, os nomes estão alinhados a bandeira do PSOL para este ano que é de se aliar “mais organicamente com os movimentos sociais mais dinâmicos do país”. 

Um debate interno pedindo a realização de prévias foi o que motivou a colocação de Edilson, exposta nas redes sociais. O deputado disse que outras pré-candidaturas - de Plínio Sampaio Jr, de Nildo Oriques, de Hamilton Assis - são legítimas, mas “dizer que ‘quase metade’ da direção do PSOL não está contemplada com o processo democrático interno, como afirma um manifesto que pede prévias internas no partido, é um contorcionismo retórico que não consegue disfarçar o fato de que os insatisfeitos são uma minoria”. 

##RECOMENDA##

“Prévias internas agora seriam um mero recurso protelatório e um refúgio para se manter aquecida uma disputa interna já vencida, tudo isto vindo exatamente de setores que até pouco tempo bradavam que o PSOL já deveria ter definido sua candidatura, que estávamos atrasados. Há pouca ou nenhuma honestidade intelectual nisto”, declarou Edilson Silva. 

A expectativa é de que o partido lance a chapa que disputará o pleito presidencial deste ano durante a Conferência Eleitoral do PSOL, marcada para o dia 10. Edilson disse ainda que espera, até lá, concluir “com êxito” o diálogo com os movimentos que sustentam a pré-candidatura de Boulos. 

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ironizou o presidente Michel Temer (MDB) diante das especulações de que ele pode ser candidato à reeleição. Em publicação no Facebook, o parlamentar disse que o emedebista é “tão cheio de qualidades que nem parece candidato, mas uma verdadeira Brastemp”. Além disso, ele lista ações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem pontua satiramente ser um “sujeito intragável”, e do líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, que deve ser o candidato do PSOL ao pleito. 

“Pronto. Finalmente temos um bom candidato para 2018… Este ano, não tem para mais ninguém. O candidato que todos aguardávamos é Michel Temer”, satiriza. “É tão cheio de qualidades que nem parece candidato, mas uma verdadeira Brastemp. É contra as leis do trabalho, as da previdência, libera emendas parlamentares em época de votação para ferrar o povo, tem ministros investigados no atacado”, completa mais adiante Jean Wyllys. 

##RECOMENDA##

O psolista diz que “se fosse melhor, Temer mereceria um carro alegórico em uma escola de samba do Rio de Janeiro para desfilar como destaque e ser homenageado”. “Os esquerdopatas que apertem os cintos. Em defesa da família e da pátria brasileira, Temer fica”, declara o deputado que compartilhou o texto com uma imagem de Michel Temer com um chapéu de festa infantil da dupla de palhaços Patati e Patata, além de uma maquiagem que relembra o personagem circense.

Antes de enumerar o que chama de “qualidades” do emedebista, Jean Wyllys discorre sobre seus aliados, mesmo sem denominá-los. Sobre Lula ele pondera: “aquele sujeito intragável que tirou mais de 40 milhões de pessoas da miséria, tirou o Brasil do mapa da fome, diminuiu drasticamente a desigualdade e entregou o país em pleno crescimento, com dívida pública baixa e desemprego em níveis de primeiro mundo”.

Quanto a Boulos, o deputado destaca: “sujeitinho que não só defende o direito das pessoas de morar dignamente como também uma aliança com setores marginalizados e uma agenda política que envolve a luta contra o encarceramento em massa, em defesa do meio ambiente, pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e a retomada das demarcações de reservas indígenas”.

[@#video#@]

Os pré-candidatos à Presidência da República dos partidos de esquerda articulam para o lançamento de uma frente ampla durante o Fórum Social Mundial, entre os dias 13 e 17 de março, em Salvador. A intenção foi anunciada pelo senador Humberto Costa (PT), depois de um encontro com lideranças das bancadas do PT, PDT, PCdoB, PSB e PSOL na Câmara e no Senado.

De acordo com Humberto, o grupo pretende levar até a capital baiana - para discutir o atual cenário político brasileiro e o futuro do país - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), o líder do MST Guilherme Boulos, que deve ser candidato pelo PSOL, e lideranças do PSB.  

##RECOMENDA##

No próximo dia 20, os partidos irão lançar um manifesto em defesa das políticas sociais e contra o que chamam de “desmonte promovido pelo governo” do presidente Michel Temer (MDB).

Durante a reunião, eles também debateram sobre como vão atuar no Congresso Nacional em oposição ao emedebista. “Uma coisa está clara para nós nesta volta do recesso parlamentar e depois da condenação de Lula: vamos aumentar a nossa resistência e poder de fogo no Congresso Nacional e nas ruas contra essa nefasta reforma da Previdência e contra a privatização da Eletrobrás, cuja proposta já está na Câmara dos Deputados”, disse Humberto.

Segundo ele, o trabalho de oposição no Legislativo servirá para barrar o avanço da pauta retrógrada e conservadora e para que as esquerdas cheguem fortes e unificadas nesse processo eleitoral. “Lutaremos juntos, em defesa dos brasileiros. Pode até haver divergências entre a gente, mas vamos construir uma agenda mínima que nos unifica e favorece o país. Todos nós do PT, PCdoB, PDT, PSOL e PSB somos contra as medidas de Temer”, declarou o senador.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou neste domingo, 10, no Largo da Batata, zona oeste paulistana, a comemoração do seu aniversário de 20 anos, com um show que reuniu Caetano Veloso, Criolo, Maria Gadu e Péricles, em um ato com elevado tom político. Segundo a organização do movimento, cerca de 40 mil pessoas estavam presentes.

Antes do início da apresentação, às 18h30, Paula Lavigne, empresária de Caetano, agradeceu à juíza que havia proibido a realização do evento em 30 de outubro em uma ocupação do MTST em São Bernardo do Campo. "Um show que reuniria 7 mil pessoas em São Bernardo se tornou um grande evento no Largo do Batata. Obrigada."

##RECOMENDA##

A juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo, havia proibido o evento, sob alegação de questões de segurança e argumentou também que a ocupação já tinha liminar de reintegração de posse confirmada em segunda instância. Após a ocupação da sede da Secretaria Estadual da Habitação, na semana passada, o MTST diz ter obtido do governo estadual a promessa de retomar as discussões sobre o terreno.

A apresentação durou quase duas horas e foi marcada todo o tempo por palavras de ordem do público, que gritava entre as músicas "fora, Temer", "fora, Doria" e "povo sem medo". Vários políticos estiveram presentes na comemoração, incluindo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), Marcelo Freixo (PSOL) e os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Samia Bonfim (PSOL).

A atriz Sônia Braga leu um texto lembrando o Dia Internacional dos Direitos Humanos. "O mundo todo comemora hoje os direitos que conquistaram e são garantidos por suas Constituições. E nós vivemos um grande retrocesso, que coloca em risco nossas conquistas. É só ver as leis que aprovaram ou discutiram no último mês, como a reforma trabalhista."

"Não foi só uma comemoração, uma recordação desses 20 anos, foi uma mensagem do que vamos fazer adiante contra o retrocesso. Esta semana mesmo vamos continuar na luta contra a reforma da Previdência, defendo as famílias da ocupação de São Bernardo", disse Guilherme Boulos, coordenador do movimento. Apesar disso, ele evitou avançar sobre a questão política para o ano que vem. "2018 será discutido em 2018."

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou neste domingo (10) que é preciso resistência contra os retrocessos ao trabalhador e, principalmente, a nova ofensiva do governo Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência. Sobre sua possível candidatura à Presidência pelo PSOL, ele disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que temas de 2018 têm de ser tratados somente no ano que vem.

"Não é uma questão de indefinição (sobre sua candidatura pelo PSOL). Isso não está em pauta neste momento. Temas de 2018 têm de ser tratados em 2018", afirmou Boulos.

##RECOMENDA##

Segundo ele, neste momento, foco do MTST é enfrentar os "retrocessos aos trabalhadores com resistência". "Essa luta está ocorrendo com muito simbolismo e importância como a questão do acampamento de São Bernardo", destacou.

O mega-acampamento do grupo do MTST em São Bernardo do Campo, que abriga cerca de 7.000 famílias que cobram moradia em um terreno particular no Jardim Planalto, será, conforme ele, um dos destaques de sua fala durante o evento de comemoração que acontece neste domingo, no Largo da Batata, para celebrar os 20 anos do MTST. "Ainda temos um impasse sem solução", ressaltou ele.

Boulos disse que o objetivo de sua explanação, que ocorrerá um pouco antes do show de Caetano Veloso, previsto para começar às 18 horas, é a história do movimento e sua luta por moradia. Há menos de dois meses, o cantor foi impedido de se apresentar para o acampamento do MTST, em São Bernardo, onde prestaria apoio às famílias presentes.

"Vivemos um retrocesso na questão dos direitos, com a retirada de direitos. A reforma trabalhista e a da Previdência é a forma mais escandalosa disso, com o governo comprando votos e, novamente, o Congresso desmoralizado e um presidente sem legitimidade fazendo um balcão de negócios para aprovar medidas antipopulares", avaliou o líder do MTST.

De acordo com Boulos, o evento que comemora os 20 anos do movimento deve reunir políticos, mas não está prevista uma intervenção dos presentes que serão apenas mencionados. Sem citar nomes, ele disse que o foco do ato de hoje é de confraternização. Iniciado por volta das 14 horas, o evento do MTST deve contar, além de Caetano, com a presença de seus convidados Maria Gadú, Péricles e Criolo. Também estão previstos shows de bandas do próprio movimento.

Os partidos de esquerda estão construindo candidaturas próprias para a disputa pelo comando da Presidência da República em 2018 e com o PSOL isto não é diferente. De acordo com o deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), a legenda vem se articulando para lançar o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, para concorrer ao cargo. Em entrevista ao LeiaJá, neste sábado (25), Freixo disse que a possibilidade de ter o líder do MTST na disputa tem animado o PSOL; sob a ótica dele, este é o momento dos partidos construírem uma postulação que possa dialogar com os movimentos sociais. 

“O PSOL terá candidato à Presidência. Estamos construindo a candidatura do Guilherme Boulos. É uma possibilidade, mas isso não está dado [como certo] ainda. É uma candidatura que vem do movimento social mais importante do Brasil, que é o por moradia. E ele é uma liderança que desponta nesta discussão. Não é uma construção simples de nome, mas dialoga muito com o século 21 e permite que a esquerda diga o que está pensando do Brasil”, salientou.  

##RECOMENDA##

Para Freixo, a esquerda hoje se faz pelos partidos, mas também por movimentos que vão além dos quadros apresentados pelas legendas. “Uma parte da esquerda está lá com Lula, é o projeto do PT, que é importante na defesa do Lula e do papel do PT, isso são eles. Nós temos um outro projeto, que é construir um plano nacional, um projeto de Brasil e construir uma candidatura à luz desse programa e que possa dialogar com esses movimentos que hoje representam algo maior da esquerda do que o que cabe em qualquer partido”, disse. “Vai ganhar a hegemonia da esquerda um partido que souber dialogar com esse conjunto de movimentos”, acrescentou o psolista. 

-->> Ascensão de Bolsonaro é conjuntural, acredita Freixo

Questionado se há como por este plano de unidade entre partidos de esquerda e movimentos, sem que as legendas tomem posse das entidades, Marcelo Freixo argumentou que sim. 

“Existe uma possibilidade grande de diálogo com esses movimentos sociais, sem se apropriar deles, querer comandar ou cooptar. Se o Guilherme Boulos vier para ser candidato pelo PSOL é uma filiação democrática, mas ele é liderança do MTST. Isso não significa que o movimento será do partido. Muito pelo contrário, não é para ser. Não é para pertencer a partido nenhum. O movimento dos sem-teto é dos sem-teto, então tem que ter uma grandeza nas relações entre movimentos e partidos, cada um tem seu papel, mas podem e devem seguir juntos”, observou.

Freixo está no Recife desde essa sexta-feira (24). Ele desembarcou na capital pernambucana para participar de um debate sobre segurança pública com o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol). Antes dele discorrer sobre a articulação do PSOL com Guilherme Boulos, Freixo explicou que a agenda dele pelo país não tem um teor eleitoral para a corrida pelo Planalto. Nos bastidores, comenta-se que o deputado estadual do Rio de Janeiro seria uma opção do PSOL para concorrer à Presidência. 

“Na verdade eu sou candidato a deputado federal. Essa minha agenda nacional, venho fazendo para ajudar na construção do PSOL enquanto trabalho de base, para estimular novas candidaturas. Acho que a gente tem que entender esse momento da política agora, tem que trazer novas pessoas para a política. A sociedade está pedindo isso. O PSOL é um partido que está conseguindo passar por tudo isso sem arranhões e pode representar algo novo para a esquerda e a política nacional. Vai haver uma disputa da esquerda do pós-Lula, seja quando for, e o PSOL tem um papel a cumprir”, cravou. 

Marcelo Freixo fica no Recife até este domingo (26), na noite de hoje participa de um encontro do Vamos!, uma das alas do PSOL que tem como liderança, apesar de não ser filiado ao partido, Guilherme Boulos. 

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi preso, na manhã desta terça-feira (17), durante a reintegração de posse da ocupação Colonial, localizada em um terreno na zona leste da capital paulista, onde moravam 700 famílias. Boulos foi detido, segundo a Polícia Militar, por descumprimento de decisão judicial e incitação ao crime. O senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) saíram em defesa do líder do MTST, repudiando a ação policial. 

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o líder do PT no Senado disse que a prisão é um retrato “mais uma vez a violência da polícia tucana de São Paulo e do descompromisso que há com os movimentos sociais”. “Lutar não é crime, mas exercitar o direito que temos garantido pela legislação”, ponderou, pedindo a “libertação imediata” do representante do MTST. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Corroborando, Orlando Silva considerou a atitude uma “arbitrariedade”.  “Novamente vemos uma tentativa clara de criminalização de um movimento social e de sua liderança por parte do Estado. O governo Alckmin pratica cenas de violência lamentáveis contra uma população pobre e vulnerável e joga nas ruas 700 famílias em uma demonstração de total insensibilidade”, cravou. “Não aceitaremos calados. Governos democráticos têm por princípio dialogar e entender os movimentos e suas demandas e não tentar eliminá-los”, acrescentou. 

Integrantes do movimento também disseram que o advogado dos moradores também foi levado para a delegacia, mas a Secretaria da Segurança Pública ainda confirmou a informação. Em nota, o MTST considerou a prisão “um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito. Neste momento, o companheiro Guilherme está detido no 49ª DP de São Mateus. Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los”. 

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou há pouco que o "golpe" contra o governo da presidente Dilma Rousseff pode até conquistar parte do Congresso, mas não vai passar nas ruas. "O golpismo não vai ter um dia de paz, não vai conseguir governar este País", comentou em evento promovido por movimentos sociais e sindicais em defesa do governo, que contou antes com um discurso do ex-presidente Lula.

Segundo Boulos, o Brasil não quer um presidente "biônico" como Michel Temer, que aparece com menos de 1% nas pesquisas de intenção de voto. "O País também não quer um vice-presidente canalha e bandido como Eduardo Cunha", afirmou. Segundo ele, um governo Temer significaria um ataque aos direitos trabalhistas e o fim dos programas sociais.

##RECOMENDA##

Mesmo defendendo o governo, o líder do MTST não poupou críticas às políticas econômicas de Dilma. Segundo ele, na segunda-feira, barrado o impeachment, o governo precisa mudar de rumo. "Dilma tem de entender o recado de quem está nas ruas nos últimos dias. Na segunda-feira a gente não quer ouvir falar de ajuste fiscal, de reforma da Previdência. A gente quer reforma urbana, reforma agrária, tributária, e democratização das comunicações e do sistema político", disse. "É importante que a Dilma, depois de vencido o golpismo, compreenda e encampe essa agenda", acrescentou.

Ele também criticou a ideia, veiculada por Dilma, de promover um amplo pacto nacional após o impeachment ter sido barrado. "O único pacto que nós vamos admitir é com o povo brasileiro e os interesses populares", alertou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando