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A saída de Cuba do programa Mais Médicos, nesta quarta-feira (14), foi criticada por políticos brasileiros. O desembarque do país, que já enviou 11 mil profissionais de saúde para o Brasil, aconteceu por causa de, segundo nota do Ministério da Saúde Pública de Cuba, "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Para o ex-candidato à Presidência e líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), quem vai pagar o preço pelas “declarações irresponsáveis” do capitão da reserva é o povo. “Após declarações irresponsáveis de Bolsonaro, Cuba anunciou hoje o retorno dos médicos que atuam no Brasil. Cada vez que abre a boca, o presidente eleito causa um incidente internacional. Desta vez quem vai pagar o preço é o povo mais pobre que se beneficiou com o Mais Médicos”, observou.

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O pensamento foi corroborado pela deputada do Rio Grande do Sul e ex-candidata a vice-presidente, Manuela D’Ávila (PCdoB). “O fim da participação dos médicos cubanos no Mais Médicos é uma primeira tragédia da ideologização e da loucura persecutória contra a esquerda que está em curso em nosso país. Perdem as famílias mais pobres, as crianças que necessitam, a velhice desamparada. São mais de 30 milhões de Brasileiros que ficarão sem médicos”, ressaltou a comunista, que aproveitou para agradecer aos médicos cubanos pelo serviço prestado e pedir desculpas.

Já a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (RS), salientou que as ameças de Bolsonaro não dá segundaça a Cuba. “Os médicos cubanos não participarão mais do Mais Médicos. Fiquei triste pelo povo brasileiro que é tão bem assistido por eles. Vi esse programa nascer e ajudei a implementá-lo. Mas entendo as razões: o desrespeito, ameaças e violência com que Bolsonaro trata Cuba não lhes deixam em segurança”, disse.

No comunicado em que anuncia a convocação para que os médicos retornem para Cuba, o Ministério da  da Saúde Pública diz que “não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, presta serviços atualmente em 67 países".

"As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis ​​e violam as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificados em 2016 com a renegociação da cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde eo Ministério da Saúde do Brasil e de Cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde Pública de Cuba. Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença de profissionais cubanos no Programa", informa a nota.

Recebida aos gritos de “o Pernambuco que a gente quer é um estado governado por mulher”, a ex-candidata a governadora Dani Portela participa de um debate sobre democracia, na noite desta segunda-feira (12), na Universidade Federal de Pernambuco. O líder do MTST, ex-candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos também desembarcou na capital pernambucana para participar do evento junto a estudantes da universidade. 

Após a polêmica no qual uma carta anônima teria ameacado estudantes e professores da instituição de ensino, Dani falou que todos juntos é sinônimo de resistência. “Eu tenho entendido esse processo como de aquilombamento. Precisamos nos aquilombar. A nossa escola nunca vai ter mordaça, porque a gente vai passar esse período e a gente vai resistir ”, avisou.

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A advogada também disse que todos presentes estão fazendo história. “A partir de agora nós somos resistência. Precisamos resistir para continuar existindo. Ninguém vai largar a mão de ninguém”.

Dani Portela ainda pediu uma reflexão sobre a perda da capacidade de dialogar. Ela ainda falou sobre a vereadora Assassinada Marielle Franco. “Tiraram duas ou três flores do jardim, mas não vai acabar com a primavera”.

Toda a área do entorno em frente ao centro de educação está tomado por estudantes. Por diversas vezes, eles entoaram: “aqui está o povo sem medo de lutar” e “resistir, ocupar”.

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) minimizou, nesta terça-feira (23), o discurso que fez no último domingo (21) dizendo que, se eleito, pretende banir do país “os marginais vermelhos” fazendo uma faxina ampla e pontuou que se quiserem permanecer no país será “sob a Lei”. Em publicação no Twitter, o capitão da reserva disse que “houve histeria” por parte do PT com relação a sua fala e disse que o combate aos petistas será feito à luz da Lava Jato.

“Falamos em combater os bandidos vermelhos baseado no próprio curso das investigações da Polícia Federal e Lava-Jato e houve uma grande histeria por parte do PT. Ao que parece a carapuça serviu mais uma vez!”, afirmou no microblog. “Em breve vai ter mais gente pra jogar dominó com o chefe corrupto presidiário na cadeia!”, completou.

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Petistas, aliados e adversários, como o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), classificaram como grave as afirmativas de Bolsonaro durante o discurso que foi transmitido em um ato a favor dele na Avenida Paulista. Boulos classificou a fala como de um ditador e salientou que o tom usado pelo candidato deixa claro que ele “não vai tolerar oposição” a um eventual governo seu, recordando “tempos sombrios” da época de ditadura militar vivido no país.

“O discurso que Bolsonaro mais se revelou como projeto de ditador. Nesse discurso Bolsonaro declarou que quem é contra ele, a quem chamou de vermelhos, tem duas opções: ou sair do país ou ir para a cadeia. Ou seja, não há espaço para a oposição. É isso que ele está dizendo com todas as letras. Isso lembra um lema da ditadura, nos anos mais duros, 'Brasil, ame-o ou deixe-o'. É isso que ele diz que quer fazer. Essa é a gravidade”, comentou Boulos.

Já FHC disse ser inacreditável a postura do presidenciável. “Inacreditável: um candidato à Presidência pedir às pessoas que se ajustem ao que ele pensa ou pagarão o preço: cadeia ou exílio. Lembra outros tempos. O que o Brasil precisa é de coesão no rumo do crescimento e diminuição da desigualdade”, salientou.

Além de projetar a prisão de petistas, como o próprio adversário na disputa Fernando Haddad e o senador Lindbergh Farias (RJ), Jair Bolsonaro também disse: “Vocês verão uma Forças Armadas altiva que vai colaborar com o futuro do Brasil, vocês petralhada verão uma polícia Civil e Militar com retaguarda jurídica para fazer valer a Lei no lombo de vocês. Bandidos do MST e MTST as ações de vocês serão tipificadas como terrorismo, não levarão mais o terror ao campo ou a cidade. Ou se enquadram e se submetem as leis ou vão fazer companhia ao cachaceiro em Curitiba”.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) disse, nesta segunda-feira (22), que o discurso do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) desse domingo (21) revelou o “projeto de ditador” que lidera as pesquisas de intenções de votos tem para o país. Na ótica de Boulos, o tom da fala de Bolsonaro deixa claro que ele “não vai tolerar oposição” a um eventual governo seu e recorda “tempos sombrios” da época de ditadura militar vivido no país.

“O discurso que Bolsonaro mais se revelou como projeto de ditador. Nesse discurso Bolsonaro declarou que quem é contra ele, a quem chamou de vermelhos, tem duas opções: ou sair do país ou ir para a cadeia. Ou seja, não há espaço para a oposição. É isso que ele está dizendo com todas as letras. Isso lembra um lema da ditadura, nos anos mais duros, 'Brasil, ame-o ou deixe-o'. É isso que ele diz que quer fazer. Essa é a gravidade”, comentou Boulos.

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O psolista também criticou o fato de o candidato ter projetado a prisão do adversário na disputa, Fernando Haddad (PT). “Nominalmente ele ameaçou de prisão os seus adversários. Disse que Fernando Haddad será preso. E disse que vai tipificar a atuação de movimentos sociais como terrorismo… Os movimentos sociais foram responsáveis por conquistar a democracia”, observou.

Diante das falas de Bolsonaro, Guilherme Boulos questionou o silêncio das instituições. “Já fazem mais de oito horas desse discurso e não ouvimos o TSE dizer uma palavra, o Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público dizerem uma única palavra. Cadê as instituições democráticas? Estão silenciando agora e depois vão ser as vítimas”, argumentou.

“Assim começam as ditaduras, os regimes autoritários. Há uma semana ele disse a que veio e o que quer. Coloquei no período eleitoral as críticas que tenho ao PT e os erros que eles cometeram, mas qualquer diferença não é maior do que o desejo pela democracia. Temos uma semana para evitar que o país volte a tempos escuros”, acrescentou.

Tratamento psiquiátrico

Boulos ainda comentou a frase do filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), que ameaça fechar o Supremo Tribunal Federal caso tivesse impossibilitado à candidatura do pai. "Se quiser fechar o STF [...] manda um soldado e um cabo", afirmou Eduardo. A declaração causou polêmica e diversos políticos se posicionaram contra, inclusive Jair Bolsonaro recomendou que o filho procurasse um psiquiatra.

Para Guilherme Boulos, o tratamento tem que ser familiar. “Primeiro ele disse que não se responsabilizava pelo que dizia Mourão, depois por apoiadores seus que estão tocando terror, assassinando pessoas; depois que não podia responder pelas empresas que gastaram milhões para beneficiá-lo e agora recomenda o filho procurar um psiquiatra. Cabe um psiquiatra de atendimento familiar, para ver como se resolve essa história. É impressionante como ele se esquiva”, disparou.

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e o candidato pelo PSOL derrotado no primeiro turno, Guilherme Boulos, trocaram farpas nas redes sociais neste fim de semana. A discussão iniciou por conta de uma declaração de Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, de que a entidade “ocupa terrenos improdutivos e a casa do Bolsonaro não parece muito produtiva”.

A frase foi dita em um comício em São Paulo na última quarta (10) e asseverada pelos que participavam do ato, insinuando uma invasão na casa do presidenciável.

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Nesse domingo (14), Bolsonaro reagiu. “Esta ameaça vai ser transmitida pela mídia ou só quando eu responder como defenderei minha família e propriedade, tentando me imputar novamente como o maior vilão do universo?”, indagou. Além disso, em transmissão ao vivo no Facebook, ele pontuou que é por isso que pretende facilitar a posse de arma para “cidadão de bem” e o excludente de licitude para quem matar nesta situação.

“Eu te pergunto o que você faria se o Boulos e 2 mil pessoas ameaçassem invadir sua residência? Qual seria tua reação? Você não sabe o que aquele bando faria com sua esposa, suas filhas? O que é a propriedade privada? Para mim é algo sagrado. No meu entendimento você tem que reagir. E a ameaça para democracia sou eu?”, indagou o candidato no vídeo.

Bolsonaro também lembrou que um dos seus projetos de governo é tipificar como terrorismo ações de MTST e do Movimento Sem Terra (MST). “Esse ataque do Boulos é uma covardia, logo eles que dizem que eu sou violento”, argumentou.

Logo depois que Bolsonaro rebateu a declaração, Boulos alertou, também nas redes sociais, sobre a “falta de interpretação de texto” do candidato do PSL e pontuou que a afirmativa era apenas uma ironia.

“Bolsonaro usou agora trecho de meu discurso na Avenida Paulista essa semana para dizer que ameacei ‘invadir’ sua casa. Quem viu o vídeo e junta lé com cré percebe que foi uma ironia. Como disse Leonardo Sakamoto, falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto”, salientou.

“No caso de Bolsonaro, o problema não é sequer interpretação de texto. É difusão de mentiras mesmo. Uma máquina de desinformação nas redes sociais. Algum dia saberemos quem a financia”, complementou Guilherme Boulos.

O candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, chegou à PUC-SP por volta das 9h30 de mãos dadas com as duas filhas, que também o acompanharam durante a votação. "Hoje é dia de votar sem ódio e sem medo. É dia de barrar o atraso e de construir o futuro. Esse é o recado que eu tenho para dar para o povo brasileiro. Não deposite medo nem ódio nessa urna. Deposite os seus sonhos", disse.

O candidato preferiu não se posicionar sobre o apoio ao PT em um eventual segundo turno. "Vamos esperar terminar, ter a apuração das urnas. Agora, nós sempre estivemos nas ruas para barrar o atraso. Ele não. Ele jamais", disse Boulos, em clara crítica ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

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"Esse é um momento de dizer para a população dos riscos, disse isso na semana passada no último debate, nós não podemos brincar em um País que está à beira do abismo, à beira do precipício. Tem de ter seriedade para não deixar qualquer devaneio de atraso, de ditadura se restabelecer no País. Vamos barrar esse ódio e não deixar que a farsa prevaleça. Tem gente que se coloca como novo na política e está lá há 27 anos. Comprou mais imóvel do que aprovou projeto. Tinha assessora fantasma até outro dia e nós denunciamos. Recebeu auxílio-moradia tendo casa. Seu Jair Bolsonaro quer pagar de moralista, mas não tem moral nenhuma."

Filosofia, história, engenharia e advocacia. Essas são as principais áreas profissionais que figuram entre os 13 candidatos à Presidência da República. Como previsto em lei, os postulantes não são obrigados a apresentar formação superior completa, porém, a maioria dos presidenciáveis mostra uma ficha acadêmica consistente. Com a proximidade das eleições, eleitores buscam conhecer um pouco mais sobre a qualificação dos candidatos. Pensando nisso, o LeiaJá preparou uma lista com a formação universitária de cada candidato.

Alvaro Dias

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Candidato à Presidência da República pelo Podemos, Alvaro Dias é graduado em história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina (FAFILO). Em 2007, recebeu o diploma de Doutor Honoris em Administração Governamental pela South State University, em San Diego (EUA). O título é concedido a personalidades que se destacam em determinada área, mesmo sem formação acadêmica para tal.

Marina Silva

Alfabetizada apenas aos 16 anos, a presidenciável da Rede Sustentabilidade, é formada em história pela Universidade Federal do Acre (UFAC), pós-graduada em teoria psicanalista pela Universidade de Brasília (UNB) e psicopedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB).

Guilherme Boulos

Formado em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), o candidato à Presidência da República pelo PSOL especializou-se em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem mestrado em psiquiatria na Universidade de São Paulo (USP) e leciona psicanálise na Escola de Educação Permanente, em São Paulo.

Geraldo Alckmin

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU), Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, fez especialização em anestesiologia no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e cursou políticas públicas na Universidade de Havard por seis meses em 2007.

Henrique Meirelles

Presidenciável do MDB, Henrique Meirelles é graduado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Administração de Negócios (MBA) pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD).

Ciro Gomes

Candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes é graduado em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e também na Havard Law School, atuando como participante no curso direito como Visiting Schoar, professor ou pesquisador visitante.

Fernando Haddad

Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), o petista especializou-se em direito civil. Possui mestrado em economia e doutorado em filosofia. Haddad também atuou como professor de teoria política contemporânea na USP.

João Amoêdo

Fundador e candidato à Presidência da República do partido NOVO, Amoêdo é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em administração de empresas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Jair Bolsonaro

Com carreira militar, o candidato do PSL é formado na Escola de Educação Física do Exército, tendo passado pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército quando jovem. Também estudou na Escola de Ensino Superior do Exército, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAM), em Resende (RJ), fazendo parte da Brigada de Infantaria Paraquedista. Bolsonaro é habilitado a comandar e integrar o Estado-Maior de Organizações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

José Maria Eymael

Formado em filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do partido Democracia Cristã (DC) ganhou um prêmio por ter sido o primeiro colocado em sua turma de direito. Além disso, Eymael também se especializou em direito tributário.

Cabo Daciolo

Pastor evangélico e bombeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, candidato à Presidência da República pelo partido Patriotas, é formado em turismo, mas nunca atuou na área.  

João Goulart Filho

Formado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do Partido Pátria Livre (PPL) atua como poeta e escritor.

Vera Lúcia

Candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).  

Uma nova pesquisa presidencial divulgada nesta segunda-feira (10) mostra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) liderando a disputa com 30% das intenções de votos. O levantamento do BTG Pactual também aponta um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT). 

Os dados, além de Bolsonaro na liderança, trazem Ciro com 12% da preferência e empates entre Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), com 8% cada um; e Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB), com 3% também cada. O candidato Guilherme Boulos (PSOL) teria 1% das intenções.

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A pesquisa foi a campo nos dias 8 e 9 de setembro, logo depois que Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora.  A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Após a violência sofrida pelo candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), nesta quinta-feira (6), presidenciáveis se pronunciam nas redes sociais. Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen em ato de campanha em Juiz de Fora (MG) e adversários políticos prestaram solidariedade ao parlamentar.

Para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ódio não faz parte da política e o responsável deve ser punido rapidamente. “Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar. Esperamos que o candidato se recupere rapidamente”, afirmou.

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O pedetista Ciro Gomes (PDT), que cumpre agenda de campanha em Pernambuco, repudiou o atentado contra o deputado. “Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie”, disse.

Segundo Marina Silva (Rede), “a violência contra o candidato Jair Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia”. O candidato do partido NOVO, João Amoêdo, ressaltou que a violência não pode colocar a democracia em risco. “O Brasil lutou muito para voltar à democracia e a ter eleições limpas e livres. A violência não pode colocar essas conquistas em risco. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato”.

De acordo com o psolista Guilherme Boulos (PSOL), “a violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político”. Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), desejaram melhoras e se solidarizaram com o candidato.  

O ex-ministro Henrique Meirelles, presidenciável do MDB, a deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), virtual a candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT); a senadora Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes; e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, deram no sábado uma trégua na campanha eleitoral para participar em São Paulo da festa de casamento do pesquisador Renato Meirelles, presidente do instituto Locomotiva, com a administradora Adriana Cambiaghi.

O ex-ministro da Fazenda, acompanhado da mulher, Eva Missine, foi um dos primeiros a chegar ao terraço do Museu de Arte Contemporânea, local conhecido por ter uma visão privilegiada do por do sol. Amigo do noivo, o emedebista conta na campanha com a consultoria de Renato, que é dos mais renomados especialistas em classe C do Brasil e fundador do instituto DataPopular. Em tempo: apesar do sobrenome igual, eles não são parentes.

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O ex-ministro de Temer evitou a pista de dança e dividiu a mesa com Valter Sorrentino, dirigente do PCdoB. Meirelles (o Renato) fez parte da legenda comunista na juventude, quando foi dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Em 1992 foi um dos líderes do movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor.

Como pesquisador, Renato Meirelles foi procurado, na disputa presidencial de 2014, por Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva.

O ex-ministro foi embora pouco depois da cerimônia e antes do DJ abrir a pista de dança. Já Manuela e Boulos, que são contemporâneos do pesquisador no movimento estudantil, não falaram só de política. Pelo contrário. Aproveitaram os momentos de descontração para dançar e tirar selfies com os convidados.

Kátia Abreu passou a maior do tempo em uma mesa mais reservada longe da pista de dança. A vice de Ciro também foi tietada e não escapou das selfies. Um convidado elogiou sua aparência dizendo que ela está "igual" à imagem que virou meme na internet por aparentemente ter exagerado no Photoshop. Kátia entrou na brincadeira e deu uma gargalhada. No Twitter, ela disse que perdeu 7 quilos e tem brincado com essa história em postagens nas redes sociais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL) responsabilizou o também postulante ao cargo e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) pela ameaça recebida por uma funcionária da campanha do psolista nessa quarta-feira (29). 

Segundo Boulos, a mulher, que teve o nome preservado, estava em frente ao comitê dele, localizado na zona oeste de São Paulo, quando um homem branco de aproximadamente 35 anos de idade passou em um carro em frente gritando "Boulos o c..., aqui é Bolsonaro"  e, em seguida, teria apontado uma arma em direção a ela. 

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O caso foi registrado na 14º Distrito Policial, em Pinheiros. À polícia, a funcionária de Boulos disse ter respondido "o que é isso, fascista" quando ele mostrou a arma em sua direção e depois seguiu com o veículo. 

"Nós exigimos investigações e providências. Não é possível que o nível de intolerância, o nível de ódio, estimulado pelo próprio Jair Bolsonaro, chegue a esse ponto de ameaçar uma mulher ali em frente ao comitê. A responsabilidade política disso é do Bolsonaro, que sai estimulando uso de arma de fogo, que pega mão de criança e faz gestos de arma de fogo", afirmou Guilherme Boulos, em vídeo publicado nas redes sociais.

“Não vamos nos intimidar diante disso, temos que vencer e combater esse clima de intolerância e ódio”, acrescentou o candidato. A campanha de Boulos conseguiu fotografar o veículo, um Chevrolet Classic preto, placa EXS-0031. O dono do veículo já foi identificado pela polícia. 

Aos poucos, a militância do PSOL começa a chegar na noite desta quarta-feira (22) no comício que será realizado, em uma estrutura montada no Pátio de São Pedro, na área central do Recife, para receber o candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL) e a sua vice, a indígena Sônia Guajajara. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desembarcou no Recife na madrugada de hoje e cumpriu uma agenda extensa na capital pernambucana.

O primeiro a falar enquanto aguarda a chegada de Boulos foi o presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros (PSOL), que é candidato a deputado estadual. Em um discurso rápido, Cisneiros deixou um recado ao governador Paulo Câmara (PSB). “Não temos medo do governador fascista que está em Pernambuco”, disparou.  Ele também falou que o governo Paulo Câmara é “corrupto”. 

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Áureo também disse que é necessário dar um contraponto à “onda reacionária que está sob o Brasil”. Ainda falou sobre lutar por uma sociedade “mais fraterna e não uma sociedade de ódio”.  “Meu compromisso é com uma sociedade mais justa para todos”.

No pátio, está sendo distribuído um panfleto do candidato no qual detona o governo. “O pernambucano tem sofrido com a falta de uma saúde pública de qualidade, nossa educação é deficiente, já que nossos professores são mal remunerados e maltratados, falta moradia e emprego”.

Ainda destaca que “o governador preferiu punir e perseguir Áureo” destacando que já são cerca de 15 processos administrativos no qual ele é alvo.

O candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera mais uma pesquisa de intenção de votos divulgada nesta segunda-feira (20). Com números parecidos com a pesquisa CNT/MDA divulgada na manhã de segunda o petista aparece com 37% na pesquisa Ibope/Estado de S. Paulo/TV Globo. No cenário com o ex-presidente, Jair Bolsonro (PSL) continua na vice-liderança estagnado com 18%, seguido por Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Quando Lula não é citado como candidato, Bolsonaro assume a liderança, mas o número de brancos, nulos e indecisos sobe de 22% para 38%.

Cenário com Lula

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 37%
Jai Bolsonaro (PSL): 18%
Marina Silva (Rede): 6%
Ciro Gomes (PDT): 5%
Geraldo Alckmin (PSDB): 5%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
Eymael (DC): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
João Amoêdo (Novo): 1%
Cabo Daciolo (Avante): 0
Vera (PSTU): 0
João Goulart Filho (PPL): 0
Branco/nulos: 16%
Não sabe/não respondeu: 6%

Cenário sem Lula

Jair Bolsonaro (PSL): 20%
Marina Silva (Rede): 12%
Ciro Gomes (PDT): 9%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Fernando Haddad (PT): 4%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
Eymael (DC): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
João Amoêdo (Novo): 1%
Cabo Daciolo (Avante): 1%
Vera (PSTU): 1%
João Goulart Filho (PPL): 1%
Branco/nulos: 29%
Não sabe/não respondeu: 9%

Ibope aqui

Pesquisa Ibope divulgada, na noite desta segunda feira aponta os seguintes percentuais de intenção de voto para o governo de Pernambuco. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo "Jornal do Commercio". É o primeiro levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Paulo Câmara (PSB): 27%

Armando Monteiro (PTB): 21%

Ana Patrícia Alves (PCO): 3%

Julio Lóssio (Rede): 3%

Maurício Rands (PROS): 2%

Simone Fontana (PSTU): 2%

Dani Portela (PSOL): 1%

Branco/nulo: 32%

Não sabe/não respondeu: 8%

Detalhes da pesquisa

Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos

Quem foi ouvido: 1.204 eleitores de todas as regiões do estado, com16 anos ou mais

Quando a pesquisa foi feita: 17 a 19 de agosto

Registro no TRE: PE-00006/2018

Registro no TSE: BR-09085/2018

O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro

0% significa que o candidato não atingiu 1%. Traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado

Espontânea

Na modalidade espontânea da pesquisa Ibope (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:

Paulo Câmara (PSB): 9%

Armando Monteiro (PTB): 5%

Ana Patrícia Alves (PCO): 0%

Julio Lóssio (Rede): 0%

Maurício Rands (PROS): 0%

Dani Portela (PSOL): –

Simone Fontana (PSTU): –

Outros: 3%

Branco/nulo: 29%

Não sabe/não respondeu: 53%

Rejeição

O Ibope também mediu a taxa de rejeição (o eleitor deve dizer em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Veja os índices:

Paulo Câmara (PSB): 43%

Armando Monteiro (PTB): 27%

Dani Portela (PSOL): 18%

Julio Lóssio (Rede): 18%

Ana Patrícia Alves (PCO): 17%

Maurício Rands (PROS): 17%

Simone Fontana (PSTU): 17%

Poderia votar em todos: 3%

Não sabe/não respondeu: 20%

Roda Viva Pernambuco inicia sabatinas com candidatos ao governo de Pernambuco

O Roda Viva Pernambuco começa hoje a sequência de entrevistas com candidatos ao governo de Pernambuco. Danielle Portela é a primeira a ser sabatinada pelos jornalistas. Natural de Olinda, Danielle Gondim Portela é advogada e historiadora formada pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e tem mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Atualmente, a candidata do PSOL trabalha como advogada popular em casos de violência contra a mulher e também atua em questões sindicais. Participam da bancada, o jornalista da Folha De Pernambuco, Ulysses Gadelha; Edmar Lyra, do Blog do Edmar; Aline Moura, do Diário de Pernambuco; Pedro Gustavo, cientista político; Sérgio Montenegro, colunista da Rádio CBN e o cientista político, Elder Bringel.

Mais entrevistas

As datas das sabatinas foram acertadas, através de sorteio com os assessores de cada postulante ao cargo.

Confira as datas:

Danielle Portela (PSOL) - 21 de agosto;
Simone Fontana (PSTU) - 28 de agosto;
Júlio Lóssio (REDE) - 04 de setembro;
Paulo Câmara (PSB) - 11 de setembro;
Maurício Rands (PROS) - 18 de setembro;
Armando Monteiro (PTB) - 25 de setembro.

 

Dos candidatos à Presidência da República que declararam a posse de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o postulante do PSOL, Guilherme Boulos, é o que se coloca como o mais pobre. Nas informações do registro de candidatura, disponibilizadas através do DivulgaCand, Boulos diz ser dono de um patrimônio com apenas R$ 15.416,00. O valor é descrito como o estimado por um veículo automotor, mas sem especificar se trata-se de carro, caminhão ou moto. 

Diante de concorrentes milionários, o mestre em psiquiatria na Universidade de São Paulo (USP) e filho de médicos conceituados, que inclusive são professores da USP, tem menos bens do que a candidata do PSTU, a sindicalista Vera Lúcia, que declarou ser dona de um terreno no valor de R$ 20 mil. E perde apenas para o deputado Cabo Daciolo (Patriota), que afirmou não possuir nenhum patrimônio, apesar de em outras eleições ter listado posses. 

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Questionado pelo LeiaJá sobre as informações apresentadas, Boulos disse, através da assessoria de imprensa, que “a declaração de bens do candidato é esta mesma que está no TSE”. 

Desde que se colocou como presidenciável, o fato do psolista ser o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tem pesado. Ao ser indagado se o candidato tinha casa própria ou morar em um assentamento, a assessoria informou Boulos já residiu em uma ocupação em Osasco, na Grande São Paulo, mas hoje vive em uma casa comprada conjuntamente com os sogros e o pai. 

“Guilherme reside em um casa no bairro do Campo Limpo, periferia sul da cidade de São Paulo. A casa foi adquirida em um esforço conjunto e familiar de Guilherme, sua companheira, seus sogros e seu pai. Este último ficou responsável perante a instituição financeira que financiou a compra do imóvel e por este motivo o mesmo está em seu nome e declarado no IR [Imposto de Renda] dele”, afirmou, em nota. 

Esta é a primeira eleição que Guilherme Boulos participa e, ao contrário da maioria dos outros candidatos, não tem declarações anteriores já apresentadas à Justiça Eleitoral. 

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A candidata à Presidência pelo PSTU, Vera Lúcia, foi a segunda a registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apenas ela e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, entraram com o pedido de registro até o momento.

O PSTU não formou coligações para a corrida presidencial e a chapa tem como candidato a vice o professor Hertz Dias, também filiado à legenda.

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Criada em Aracaju, Vera Lúcia tem 50 anos e é apresentada pelo partido como operária sapateira e ativista do movimento sindical. Ela é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe.

Em sua declaração de bens, Vera Lúcia disse ter apenas um terreno avaliado em R$ 20 mil. Ela se declarou “preta” no campo “cor/raça” do registro de candidatura e como ocupação informou ser professora de ensino médio. Hertz Dias disse ter uma casa no valor de R$ 100 mil.

O PSTU aprovou a chapa pura em convenção nacional realizada em 20 de julho, em São Paulo. Na ocasião, o partido apresentou seu plano de governo, que conclama o povo pobre a realizar uma “rebelião contra esse sistema que explora e oprime a classe trabalhadora”. Entre as propostas, está a de estatizar as 100 maiores empresas do país.

Os 13 candidatos à Presidência aprovados em convenção nacional de seus partidos têm até 15 de agosto, às 19h, para pedir o registro de suas candidaturas. Após esse prazo, os registros podem ser alvo de impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral, de outros candidatos, partidos e coligações, caso identifiquem alguma irregularidade. Caberá a um ministro do TSE analisar os argumentos e decidir se o candidato poderá disputar as eleições.

O quadro nacional desenhado pelos primeiros dias das convenções partidárias tem imprimido uma previsão dos estudiosos da ciência política de que o pleito pelo comando da Presidência da República deste ano será fragmentado e as chapas terão dificuldades em compor com alianças amplas. 

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Dos cinco candidatos já homologados pelos seus partidos, apenas o do PSOL, Guilherme Boulos, e a do PSTU, Vera Lúcia, apresentaram a chapa fechada (postulante e vice). O primeiro com uma coligação com o PCB e a segunda sem aliados. Já os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Rabello de Castro (PSC) ainda estão sozinhos na disputa.

Até agora, dos que aguardam a homologação partidária, somente o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) reúne mais partidos. Com o apoio do chamado centrão, formado por DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB, ele desponta na lista dos presidenciáveis. O postulante do MDB, partido do presidente Michel Temer, e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também é um retrato de postulação sem apoios.

Entre pré-candidatos dos partidos de esquerda, Ciro Gomes (PDT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) seguem isolados, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, pelo peso da situação jurídica, não conseguiu ainda conquistar aliados eleitorais apesar das conversas travadas com PSB e PROS. Fora disso, PDT e PCdoB também nutrem um flerte considerável já para o primeiro turno.

A incógnita maior entre os campos de direita e esquerda, na avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Adriano Oliveira, é como se posicionará o PR, de Valdemar Costa Neto.

“Estamos entrando em uma fase decisiva onde ocorrerá a formação de alianças. O centrão já se definiu apoio a Geraldo Alckmin, a expectativa é que PSB e PCdoB também se posicionem em relação ao PT e, particularmente o PSB se terá candidato ou apoiará o PT, mas a incógnita nesse momento é o PR, se apoiará Lula ao invés de Alckmin, embora antecipadamente tenha declarado apoio a Alckmin. Mas ele pode rever esses apoio, até porque o Josué Gomes [cotado para vice do tucano], já recuou. Não será novidade o PR migrar para o PT”, observou o estudioso. 

A partir do delinear da postura dos partidos ainda indefinidos, Oliveira também acredita que a disputa voltará a ter os moldes de outras corridas presidenciais: a polarização entre PT e PSDB. “Com as convenções vemos PT e PSDB sendo fortalecidos, e Ciro Gomes, Marina e Bolsonaro, três candidatos que foram vistos como viáveis, revelando que não terão apoios políticos e deixarão de ser viáveis”, conjecturou o cientista.

A tendência de polarização também foi comungada pela cientista política Priscila Lapa, na ótica dela  “quando a campanha começar e o direcionamento dos recursos [dos partidos] forem delimitados haverá polarização entre duas candidaturas”. Quanto ao peso das alianças, ela ponderou que os presidenciáveis terão “dificuldades de uma aliança mais ampla, de unificação de projetos e de forças” no primeiro turno.  

“Todos estão tentando recolher as forças que podem. Geraldo Alckmin rendeu-se ao centrão. Então tem muito discurso que vai ser demovido com o tempo, a partir de variáveis que qualquer candidatura que queira ganhar vai levar em consideração. Mesmo que se queira reduzir os efeitos dessas coligações, com as reformas políticas, a realidade é que essas composições são fundamentais. Não tem candidatura puro sangue que vença”, argumentou Lapa. 

O enfraquecimento de Bolsonaro

Já candidato, o deputado federal Jair Bolsonaro aparece liderando as pesquisas de intenções de votos sem a presença de Lula, mas no quesito aliança eleitoral foi rejeitado por dois partidos. O fato, para Adriano Oliveira, se dá porque “os partidos não creem na vitória e na força eleitoral de Bolsonaro e, por consequência, é um candidato que tenderá a murchar”. 

A inviabilidade do presidenciável, segundo Priscila Lapa, é observada no fato dele liderar as pesquisas apenas na pré-candidatura, sem chances de crescer na fase da campanha quando “os recursos dos partidos entram em cena”.

“Ele se beneficia de uma característica do eleitor brasileiro onde seu olhar é mais para a pessoa do que para o partido, mas os partidos não são tão irrelevantes assim, são eles que trazem para as candidaturas os recursos necessários para ganhar uma eleição como tempo de TV e do Fundo Partidário”, ponderou Lapa. 

“Além da existência de palanques estaduais também, no caso da eleição presidencial, que sirvam de base para expor e construir a base do voto que vem dos governadores e deputados construídos nos estados”, completou a estudiosa, reforçando que a fragilidade de Bolsonaro já fica evidente na inexistência de palanques estaduais consolidados. 

Ainda para a cientista política, “os partidos não enxergam em Bolsonaro a força da vitória, isso sem levar em conta o discurso e o radicalismo”. 

No primeiro fim de semana de convenções nacionais, os partidos políticos confirmaram cinco candidatos a presidente da República: Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Vera Lúcia (PSTU). As convenções têm de ser realizadas até 5 de agosto, e o prazo para pedir o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral encerra-se em 15 de agosto.

A lei eleitoral permite, a partir da homologação das convenções, a formalização de contratos para instalação física e virtual dos comitês dos candidatos e dos partidos. O pagamento de despesas, porém, só pode ser feito após a obtenção do CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.

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Segundo o calendário das eleições de 2018, a partir de quarta-feira (25), a Justiça Eleitoral poderá encaminhar à Secretaria da Receita Federal os pedidos para inscrição de candidatos no CNPJ. A partir dessa data, os partidos políticos e os candidatos devem enviar à Justiça Eleitoral, para divulgação na internet, os dados de arrecadação para financiamento da campanha eleitoral, observado o prazo de 72 horas após o recebimento dos recursos.

Nas convenções nacionais, o PSL, o PDT e o PSC não escolheram os candidatos a vice. Caberá à direção nacional do PDT articular as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC vai buscar um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa. No PSL, o nome forte para compor a chapa de Bolsonaro é o da advogada Janaina Paschoal, que participou da convenção ao lado do candidato a presidente.

O PSOL formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias.

O PMN e o Avante realizaram ontem convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a Presidência da República. Na convenção, o Avante decidiu dar prioridade à eleição de deputados federais: terá uma chapa com cerca de 80 nomes e pretende eleger pelo menos cinco. O Avante não definiu se apoiará algum candidato a presidente no primeiro turno. O PMN decidiu dar apoio a nenhuma chapa nas eleições presidenciais.

No próximo sábado (28), devem reunir-se SD, PTB, PV, PSD e DC.

Nos primeiros três dias de convenções nacionais, quatro candidatos a presidente da República foram confirmados pelos partidos políticos: Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello de Castro (PSC), Guilherme Boulos (PSol) e Vera Lúcia (PSTU). Enquanto o PSol e o PSTU lançaram a chapa completa, o PDT e o PSC ainda vão escolher os candidatos a vice-presidente.

Os convencionais do PDT aprovaram uma resolução autorizando a Executiva Nacional a negociar as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC também vai articular um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa.

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O PSol formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias.

O PMN e o Avante realizaram nesse sábado (21) convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a presidente da República. Na convenção, o Avante decidiu dar prioridade à eleição de deputados federais: terá uma chapa com cerca de 80 nomes e pretende eleger pelo menos cinco. 

O Avante não definiu se apoiará algum candidato a presidente no primeiro turno. Já o PMN decidiu que não dará apoio a nenhuma chapa nas eleições presidenciais.

Os partidos têm até o dias 5 de agosto para realizarem suas convenções nacionais. As candidaturas podem ser registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de agosto. No próximo sábado devem se reunir SD, PTB, PV, PSD e DC.

Confirmado neste sábado (21) como candidato do PSOL na corrida ao Palácio do Planalto, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos disse que, se eleito, seu primeiro compromisso será anular atos do governo do presidente Michel Temer.

Entre as medidas a serem revogadas, ele citou a reforma trabalhista, o regime fiscal que estabeleceu um teto aos gastos públicos e as concessões de áreas de exploração de petróleo a grupos estrangeiros. São medidas que, segundo ele, fazem parte de uma agenda não escolhida pelo povo e que foi implementada pelo o que chamou de "quadrilha" comandada por Temer.

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A chapa liderada por Boulos, que tem a líder indígena Sônia Guajajara como vice, foi homologada na convenção nacional do PSOL realizada nesta tarde em um hotel no centro de São Paulo. A candidatura tem o Partido Comunista Brasileiro (PCB) como aliado e foi classificada pela deputada Luiza Erundina, presente na convenção, como a única chapa de esquerda do País.

Em seu primeiro discurso como candidato do PSOL, Boulos disse que a campanha não terá medo de defender temas como a legalização do aborto. Aclamado pelos militantes como o "presidente que faz ocupação", adiantou ainda que seu programa de governo inclui a desapropriação de prédios abandonados e a reforma agrária. "O trabalhador pode morar em lugar bom também, e tem direito".

Boulos sustentou ainda que sua campanha não aceita a prisão, que classificou como política, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Numa declaração que remete ao discurso que marcou a vitória de Lula na eleição presidencial de 2002, quando o petista disse que "a esperança venceu o medo", o candidato do PSOL afirmou que a mensagem transmitida por sua campanha tem sido capaz de despertar a esperança de pessoas que não viam mais alternativa na política. "Não se avança em direitos sociais sem enfrentar privilégios do 1% parcela mais rica da população. Nossa candidatura tem lado, e é o lado dos 99%", declarou Boulos.

Além de Erundina, os deputados Chico Alencar e Ivan Valente, assim como o deputado estadual Marcelo Freixo, estavam entre as lideranças do PSOL que participaram do ato, acompanhado também por sindicalistas e lideranças de movimentos sociais e indígenas. Os discursos proferidos no evento foram marcados por críticas à agenda reformista e ao "genocídio da população negra" por forças policiais, passando por temas como o desmatamento, bem como a defesa de bandeiras como a taxação de fortunas.

Quase todos lembraram também de Marielle Franco, vereadora do PSOL assinada a tiros na região central do Rio de Janeiro em março, junto com o motorista Anderson Pedro Mathias Gomes. Após quatro meses de investigação, a polícia ainda não chegou aos responsáveis pelo crime. Em homenagem à vereadora, girassóis foram distribuídos aos presentes.

Centrão

A aliança do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, com partidos do chamado "Centrão" foi alvo de ataques dos deputados Chico Alencar e Ivan Valente. O primeiro acusou os tucanos de fazerem aliança com quem chamavam antes de "bandidos".

Já Valente atacou o que chamou de "obsceno contorcionismo político" feito por Alckmin e disse que o partido do ex-governador ajudou a viabilizar a "agenda mais retrógrada de todos os tempos", referindo-se às medidas do governo Temer que tiveram apoio tucano no Congresso, como a reforma trabalhista.

Ao abordar o tema sem mencionar o nome de Alckmin, Boulos disse que o Centrão é a "turma do ex-deputado Eduardo Cunha", ex-presidente da Câmara; "É a turma do 'toma lá, dá cá', do balcão de negócios ... Não vamos negociar nenhum dos nossos princípios".

O PSOL confirma hoje (21), durante convenção na capital paulista, a escolha de Guilherme Boulos como candidato à presidência da República, nas eleições de outubro. A chapa será composta por Sônia Guajajara, que será a candidata à vice-presidência. Participam da convenção 61 membros do diretório nacional além de parlamentares do partido, de pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e às assembleias legislativas. A assessoria do PSOL também divulga a presença de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e de organizações indígenas.

Guilherme Boulos nasceu na capital paulista, tem 35 anos, é filho de dois médicos e professores da Universidade de São Paulo (USP). É filósofo formado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, na qual ingressou no ano 2000. Também é psicanalista, professor e escritor. Sua vida política começou em 1997, aos 15 anos, quando ingressou no movimento estudantil como militante na União da Juventude Comunista (UJC). Depois conheceu o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual é coordenador.

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Sônia Guajajara é índigena e faz parte do povo Guajajara/Tentehar, da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Filha de pais analfabetos, ela deixou suas origens pela primeira vez aos 15 anos, quando recebeu ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai) para cursar o ensino médio em Minas Gerais. Depois, voltou para o Maranhão, onde se formou em Letras e Enfermagem e fez pós-graduação em Educação Especial. Militante indígena e ambiental já lutou contra projetos que ameaçavam o meio ambiente, ganhando projeção internacional pela luta travada em nome dos direitos dos índios e voz ativa no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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