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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi diplomado, por volta das 16h30 [horário de Brasília], de hoje (10), em solenidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assim como o vice Hamilton Mourão. A diplomação é o ato formal de confirmação de que os candidatos cumpriram todos os requisitos para exercer o mandato e poderão tomar posse.

Os diplomas são assinados pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber. No documento constam nome do candidato, o partido ou a coligação pela qual concorreu e o cargo para o qual foi eleito.

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Bolsonaro e Mourão foram levados à sessão pelos ministros do TSE Luís Roberto Barroso e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto. Foram saudados com aplausos pelos presentes. Em seguida, a Banda dos Fuzileiros Navais executou o Hino Nacional. Bolsonaro acompanhou o Hino com a mão no peito.

O TSE enviou cerca de 700 convites para a solenidade. Entre os presentes, o ministro Luiz Fux, representando o Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , o presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a procuradora-geral eleitoral, Rachel Dodge, e o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Carlos Lamachia.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chega a Brasília, nesta segunda-feira (10), para a cerimônia de diplomação com seu vice Hamilton Mourão (PRTB), às 16h, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a solenidade, foram distribuídos 700 convites.

Os diplomas são assinados pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que abre a sessão solene e indica dois ministros para conduzirem os eleitos ao plenário.

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A agenda do presidente eleito para esta semana é intensa e inclui reuniões com as bancadas do PSD, DEM, PSL, PP e PSB. Também há conversas com os governadores eleitos de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

As reuniões ocorrem no momento em que Bolsonaro já definiu toda a sua equipe ministerial. Os 22 ministros foram escolhidos. O último nome foi anunciado nesse domingo (9), nas redes sociais, pelo próprio presidente eleito, o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles para o Ministério do Meio Ambiente.

Consensos

Em busca de consenso para alinhar a base aliada no Congresso, o presidente eleito se reúne nesta terça (11) com a bancada do PSD. No dia seguinte (12), será a vez de conversar com o PSL, PP e PSB.

Na reunião com o PSL, que é o seu partido, Bolsonaro tentará dirimir as divergências internas que geraram troca de acusações. A sigla foi a que mais cresceu nas eleições deste ano, ganhando 42 novos deputados e se tornando a segunda maior bancada da Câmara, atrás apenas do PT, que tem 56.

Na semana passada, o presidente eleito conversou com integrantes do MDB, PRB, PR e PSDB.

Confraternização

Ainda em Brasília, Bolsonaro vai se reunir amanhã com representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Na quarta-feira, ele almoça com a sua turma de formandos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Clube do Exército.

Está na pauta de votação da Câmara Municipal do Recife, desta quarta-feira (5), o projeto de decreto legislativo que concede o título de cidadão recifense ao vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB). Para a concessão da honraria ser aprovada, serão necessários os votos de 24 dos 39 vereadores.

Na Casa José Mariano, a apreciação da proposta enfrentará a resistência de nomes de partidos de esquerda como o vereador Ivan Moraes (PSOL). O psolista já chegou a afirmar que conceder o título de recifense ao militar da reserva é uma “vergonha desnecessária”. “Óbvio que votarei e farei campanha contra. Essa é uma vergonha desnecessária”, declarou.

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Na linha de frente da defesa da entrega da honraria está o vereador Marco Aurélio (PRTB), autor do decreto. Para justificar a comenda ao correligionário, Aurélio lembrou que o general Mourão serviu no Recife por quase três anos na década de 80 e, além disso, os filhos dele, Renato e Antônio, nasceram na capital pernambucana.

"O general me disse que não esquece o Recife e que sempre vem aqui. Por isso, com a entrega do título, quem ganha é a nossa cidade”, afirmou o vereador.

Apesar da defesa, o histórico recente de declarações polêmicas ditas pelo general Hamilton Mourão pode pesar na hora da votação. O vice-presidente eleito na chapa de Jair Bolsonaro já defendeu a extinção do 13º salário, ligou o índio à 'indolência' e o negro à 'malandragem' e já chegou a dizer que pessoas criadas em casa apenas com mãe e avó, sem homens, são propensas a entrar no mundo do crime.

A crise econômica e política, aliada a uma crise de valores, levaram a sociedade a buscar a mudança, afirmou, nesta quinta-feira (29), o vice-presidente eleito general Hamilton Mourão (PRTB) durante evento promovido pela Associação Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva de Infraestrutura de Transportes (Anetrans). "Isso começou como uma onda e se transformou em um tsunami. E esse tsunami tem nome: Jair Bolsonaro."

Segundo o general, o "lado que perdeu a eleição" ignora o princípio básico da alternância de poder e tenta projetar, principalmente no exterior, a imagem que o futuro presidente não está preparado para o cargo. "O presidente Bolsonaro é um líder. Sempre foi. Mais do que isso, é um estadista. O pensamento que ele tem desde já é nas novas gerações de brasileiros, e não nas próximas eleições. E é para isso que vamos trabalhar."

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"Essa aí eu não sei"

Ao ser questionado sobre o suposto interesse na morte do presidente eleito, Mourão reagiu: "Essa aí eu não sei". O vereador Carlos Bolsonaro, filho do futuro presidente, escreveu hoje no Twitter que a morte de seu pai interessa não só aos inimigos declarados, como também "aos que estão muito perto."

"Principalmente após de (sic) sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!", disse o filho do presidente eleito no Twitter.

Exigência

O vice-presidente eleito disse ainda que o padrão de exigência do brasileiro em relação aos serviços prestados pelo poder público são elevados. "Queremos estradas alemãs, hospitais suíços e escolas americanas", comentou.

Na avaliação do general, o Estado está pressionado como nunca pela melhoria desses serviços. "Por menos educada que seja a pessoa, ela dispõe de um celular que lhe permite acessar o mundo", comentou. "A informação chega e, com isso, a demanda."

Esses desejos se chocam com a grave crise fiscal enfrentada pelo País. "O Estado tem de se reinventar, buscar uma forma que consiga investir para que a sociedade possa viver melhor", afirmou.

O senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que está garantido no governo de Jair Bolsonaro. Cotado para o que vem sendo chamado de “Ministério da Família”, que agregará as pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Magno afirmou em entrevista ao jornal O Globo: “Vou ser ministro, sim!”. 

Reforçando a ideia ao falar que o próprio Bolsonaro vai anunciar qual ministério ficará sob o comando do senador. “Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar”, disse Malta, que esteve na companhia do presidente eleito na última quinta-feira (1º), para discutir o lugar do até então senador no novo governo.

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O futuro político de Magno Malta, que é aliado de Bolsonaro há alguns anos mas há fotos ao lado de Dilma, Lula e Temer circulando nas redes sociais com duras críticas a este fato. Magno é questionado e visto com incerteza por muitos, uma vez que ele não conseguiu se reeleger. Há também comentários sobre Magno supostamente ter perdido o posto de vice na chapa de Bolsonaro para o general Hamilton Mourão, que há pouco tempo o chamou de “caso a ser resolvido” no governo.  

“Ele deve estar à procura [de um ministério]. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo”, disse o general eleito vice-presidente.

“Quem decidiu isso de não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois [ele e Bolsonaro]. Então, eu não quero responder ninguém em jornal, quem chegou no ‘ônibus’ depois”, revidou Magno. Ele também reafirmou que está com Bolsonaro há anos, que foi o primeiro aliado a iniciar a corrida rumo ao planalto e atribuiu sua derrota eleitoral a ter se dedicado mais à campanha de Bolsonaro do que à sua própria candidatura no Espírito Santo. 

“Era muito mais importante eu no Senado, mas nós não contávamos com uma facada no meio do caminho. Depois da facada, quem foi cumprir o papel dele (Bolsonaro) pelo Brasil. Eu tive que assumir. Não podia ser ninguém, tinha que ser eu. É isso que as pessoas não conseguem entender. Quem dirige a história é Deus. Se não tivesse facada no meio do caminho, eu também tinha ganho no meu estado", completou ele.

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Eleito vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse que um dos considerados membros da linha de frente política do novo governo, o senador Magno Malta (PR-ES), é um “elefante no meio da sala” e ainda não foi definido qual será o papel dele na gestão. “Olha eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo”, afirmou em conversa com jornalistas, nessa quarta-feira (31), de acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo.

Mourão é contra Magno Malta assumir o comando do ministério que vai tratar da área social - que vem sendo chamado de Ministério da Família. O vice prefere que seja uma mulher a ocupar o posto.

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“Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice de Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo”, ironizou Mourão.

O vice eleito também afirmou que na reforma ministerial que vem sendo protagonizada pelo “núcleo duro” de Bolsonaro, a ideia é de ter, no máximo, 17 ministérios.

Salário do presidente

O general Hamilton Mourão ainda fez uma análise sobre o salário que recebe um presidente e disse que o que se paga é uma “palhaçada”. Ele defendeu um novo patamar de salário para o cargo.

“O salário do presidente, para mim, é uma palhaçada. Quanto ganha o melhor executivo por aí? Ganha R$ 100 mil por mês? O presidente deveria ganhar R$ 100 mil por mês. Agora, banca tudo. O que acontece hoje é que ele não paga nada. Você vai ter que ir no mercado, fazer as compras da sua casa”, frisou.

O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), eleito vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), lamentou neste domingo, 28, o aperto no orçamento das Forças Armadas, mas reconheceu que não deve haver grandes alterações. "Da forma como está hoje, não há como a gente privilegiar as Forças Armadas. É o dilema da economia: canhão ou manteiga. Ou você privilegia as Forças Armadas ou você privilegia as outras coisas que o Brasil precisa, e as Forças compreendem isso", disse ele.

Mourão anunciou ainda um "enxugamento" do número de servidores na Vice-Presidência, hoje na casa de 140. "Eu já estou planejando enxugamento da vice. Tem muita gente ali. Se nós queremos passar uma imagem de austeridade, não pode ter muita gente. Temos de começar cortando lá", afirmou ele, pedindo que auxiliares estudem o caso e apresentem "uma linha de ação".

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão reiterou que "não será um vice figurativo, aquele que fica ali só para cumprir tabela, ou seja, substituir eventualmente o presidente". E ressaltou que o próprio Bolsonaro lhe disse querer "participação ativa". Mourão também afirmou que "não se arrepende" do que falou na campanha. "Não tem nada que eu tenha feito para agredir ou ofender as pessoas." Algumas afirmações feitas ao longo da campanha geraram polêmicas, como críticas ao 13.º salário.

Voo cancelado

Mourão chegou na noite de sábado a Brasília para votar e pretendia regressar ao Rio em voo marcado para as 15h30 de deste domingo mas a viagem acabou sendo cancelada. Depois de espera e discussão, de acordo com o general, ele foi realocado em outro voo, em outra companhia, saindo de Brasília apenas às 19h15 e chegando ao Rio depois do final do resultado das urnas. Antes do cancelamento do voo, Mourão chegaria ao Rio pouco antes das 17 horas para acompanhar com Bolsonaro o encerramento da apuração.

Mourão, que circula sem seguranças e diz que gosta de poder "jogar vôlei na praia" e correr sem ninguém por perto, não se considera um potencial alvo de ataques. "Eu não preciso. Eu não sou alvo. A minha segurança é a minha capacidade de correr", disse rindo e comentando sua performance.

Neste domingo, por exemplo, ele correu oito quilômetros depois de votar. Mourão, que foi interrompido várias vezes no aeroporto e quando votava para tirar fotos com apoiadores, contou que "em todo esse período" só uma vez foi xingado. "O rapaz me chamou de nazista, de fascista. Eu mandei um abraço e um beijo para ele e segui em frente", disse ele, ao comentar que deverá ocupar o Palácio do Jaburu. "Jaburu é a parte que me toca nesse latifúndio, a não ser que Bolsonaro queira ir pra lá", afirmou ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Geraldo Azevedo fez um desabafo durante um show, no último sábado (21), no Festival EcoArte, na cidade de Jacobina, interior da Bahia. O artista pernambucano se posicionou contra o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro e afirmou que o vice da chapa do PSL, o general Hamilton Mourão, foi um "torturador" durante o período da Ditadura Militar no país.

Entre algumas canções, Geraldo Azevedo parou um instante para falar ao público sobre o atual cenário político nacional. Relembrando o período da Ditadura, ele revelou: "Eu fui preso duas vezes na ditadura, fui torturado, vocês não sabem o que é tortura não". Completando o desabafo, o músico fez afirmações sobre o vice de Jair Bolsonaro "Esse Mourão era um dos torturadores lá".

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Além disso, Azevedo falou sobre seu sentimento em relação ao resultado do segundo turno das eleições para presidente do Brasil, que será realizado no próximo domingo (28): "Eu fico impressionado porque o brasileiro não presta atenção nas evoluções humanas. Eu tenho um sentimento de indignação em relação ao que pode acontecer com o Brasil. O Brasil vai ficar muito ruim se esse cara (Bolsonaro) ganhar".

O médico Drauzio Varella negou que tenha feito qualquer estudo que tenha servido como base para o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), afirmar que famílias pobres "sem pai e avô, mas com mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico.

"Eu jamais disse e jamais diria isso. Não tem estudo que demonstre, não tem base científica. É a opinião dele”, argumentou o oncologista em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

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A argumentação de Mourão gerou polêmicas e ao ser indagado sobre a declaração nessa quarta-feira (19), ele chegou a dizer que só mostrou uma "constatação" de algo já dito pelo médico. "Drauzio Varella já falou isso. Não é uma questão de dado, talvez emissor. Pegam no meu pé", vitimizou-se Mourão.

A jornalista Raquel Sheherazade rebateu, nesta terça-feira (18), a afirmativa do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), de que famílias "onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico. Em publicação no Twitter, Sheherazade disse que foi criada pela avó e a mãe e não é criminosa.

“Sou mulher. Crio dois filhos sozinha. Fui criada por minha mãe e minha avó. Não. Não somos criminosas. Somos HEROÍNAS!”, disparou, utilizando a hashtag “#elenão” que tem sendo difundida nas redes sociais contra a eleição de Jair Bolsonaro como presidente. 

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As declarações recentes de Mourão têm gerado insatisfações entre diversos setores do país. A última foi nessa segunda-feira (17), em São Paulo, durante palestra a empresários, fazendo um paralelo entre formação da família e ação de bandidos em áreas carentes.

“A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó, por isso é fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narcoquadrilhas", chegou a dizer o vice de Bolsonaro. 

O general da reserva e presidente do Clube Militar, Hamilton Mourão (PRTB), confirmou neste domingo que recebeu e aceitou o convite para ser candidato a vice na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL) ao Planalto nas eleições 2018.

Em conversa com o jornal O Estado de São Paulo, Mourão disse que é uma "honra" participar da disputa ao lado do parlamentar e ex-capitão do Exército.

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"Estou honrado e muito feliz por receber esse convite. Agora, é participar junto com Jair Bolsonaro da campanha e percorrer o País", disse. Mourão participa na tarde deste domingo de uma reunião com aliados para discutir sua participação na campanha presidencial.

O nome do oficial da reserva chegou a ser anunciado por Bolsonaro no mês passado, em evento público em Rio Verde, Goiás. Mas, na ocasião, a cúpula do PRTB manifestou-se contra a aliança com o PSL.

O general da reserva foi a terceira tentativa de Bolsonaro de conseguir um vice para a sua chapa. Ele já havia recebido negativas do senador Magno Malta (PR-ES), que preferiu tentar a reeleição, e da advogada Janaína Paschoal, que declinou no sábado do convite por motivos familiares.

A aliança com o PRTB, ainda a ser confirmada na tarde deste domingo, também rompe o isolamento de Bolsonaro na disputa. Até então, o capitão da reserva não havia fechado nenhuma aliança eleitoral.

O partido de Mourão, que é presidido por Levy Fidélix, porém, pouco acrescenta à coligação de Bolsonaro, pois elegeu apenas um parlamentar em 2014 e leva apenas 1 segundo a mais para o programa eleitoral de televisão e rádio.

O PRTB divulgou neste domingo, 5, que o general Hamilton Mourão será o vice da chapa de Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL. O nome será confirmado em convenção do PRTB no período da tarde.

Uma falha nos microfones interrompeu o discurso do deputado e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro pela manhã, durante a convenção do PSL de São Paulo. Depois que os equipamentos pararam de funcionar, ele e o deputado Major Olímpio, presidente do diretório estadual do partido, deixaram a convenção.

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Bolsonaro chegou a declarar, quando sua fala estava quase inaudível, que o vice de sua chapa será anunciado na convenção do PRTB, com a presença do presidente do partido, Levy Fidelix e do general Mourão.

Perguntado pelo jornal o Estado de São Paulo se Hamilton seria anunciado vice, Olímpio respondeu que "pode ser".

Antes da chegada de Bolsonaro, a convenção do PSL oficializou a candidatura do deputado Major Olímpio ao Senado. O partido não lançará candidato a governador ou um segundo nome ao Senado.

O astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço, em 2006, é o segundo suplente da chapa de Major Olímpio e o empresário Alexandre Giordano, o primeiro suplente.

Em seu discurso, Bolsonaro agradeceu as pessoas que sondou para ocupar o posto de vice, incluindo o senador Magno Malta e Marcos Pontes.

Um dos consultores da candidatura à Presidência de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), de 64 anos, afirma que há um "certo radicalismo nas ideias, até meio boçal", entre os apoiadores do candidato.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele diz que a campanha é "meio amadora" e reclama que a imprensa trata Bolsonaro com "preconceito". Há dois meses no comando do Clube Militar, entidade que teve espaço de destaque na política até os anos 1960, Mourão, gaúcho de Porto Alegre, diz que o setor ficou dentro do "casco" como tartaruga desde o fim do regime militar, mas voltou disposto a atuar em disputas eleitorais.

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A campanha do PSL tentará um eleitorado mais amplo ou preservar o que conseguiu?

Ele está num momento de encruzilhada, tanto em relação à escolha do vice, que não está fácil, como à necessidade de buscar novos eleitores. Ele alcançou o limite daquele pessoal que, por decantação, se sente atraído. Tem de buscar aquelas pessoas que ainda não escolheram em quem votar. Ele tem de estar preparado, desde agora, para ser o presidente de todos os brasileiros, e não apenas do grupo que o apoia fanaticamente. Não é mudar o discurso. Existe muito estereótipo em cima da figura do Bolsonaro, porque parcela aí da imprensa não publica as coisas boas, só as escorregadas. Há um preconceito, uma má vontade. Ele tem de mostrar que não é um troglodita. Que é um homem que criou os filhos de forma correta, que não nasceu em berço de ouro.

Os seguidores tradicionais de Bolsonaro entenderão o pragmatismo de uma campanha?

Existe um certo radicalismo nas ideias, um radicalismo até meio boçal. Tem boçal dos dois lados. Os extremos se atraem. Quando a Janaina (Paschoal) falou que o pessoal não pode ser o PT ao contrário, ela tem razão. A gente não pode dividir o País. Isso foi o que o PT fez. O PT é a vanguarda do atraso. A gente tem de trazer todos os brasileiros e aceitar as ideias de uns e de outros e não ficar se matando.

Foi um elo previsível uma candidatura de um homem oriundo do meio militar e jovens órfãos de lideranças políticas?

É o camarada que perdeu a perspectiva. No momento em que essa geração quer fazer um concurso público ou quer ir para fora do País, alguma coisa está errada. O País deixou de empreender, criar emprego e esperança. Por meio das redes sociais, Bolsonaro captou a mensagem. Tem muita gente que vê o galo cantar e apresenta visão distorcida: 'Ah, o Brasil vai virar uma Venezuela'. Eu digo: 'Calma lá, minha gente. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.'

O grupo dos senhores está mesmo no jogo?

Estamos para ganhar. O que eu julgo é que a campanha do Bolsonaro está meio amadora. É aquela história: ele se fez, então tem dificuldades de ouvir as pessoas. Mas acho que ele vai colocar um coordenador de campanha, que poderia ser o general (Augusto) Heleno. Alguém tem de coordenar esse troço aí, tem de colocar já uma equipe para escrever logo o programa de governo, o que ele vai fazer. Não pode o camarada ganhar a eleição e perguntarem: 'O que ele vai fazer agora?'. Se ele pretende reduzir o número de ministérios, tem de ter um estudo. Qual é o programa de privatização? Tem de ser mais claro. Até porque, a partir daí, ele buscará aquele eleitorado liberal que ainda está fazendo cara feia porque sente que não tem muita profundidade nessa lagoa.

Por que a atuação de militares na política está mais explícita?

O Exército é apartidário, mas não é apolítico. Na Nova República, as Forças Armadas foram muito atacadas, isso levou a um refluxo, a um comportamento de uma tartaruga que se esconde dentro do casco. Houve, então, infelizmente por erros de lideranças civis envolvidas em corrupção, um movimento da sociedade de buscar no grupo militar gestores capazes.

Sem articulações, a campanha terá pouco espaço no horário gratuito de TV.

Tempo de TV não é balizador. Quando começar o tempo eleitoral, a maioria das pessoas vai desligar a TV. E quem tem TV a cabo, fica com a TV a cabo.

Não é uma faca de dois gumes para as Forças Armadas ter um candidato oriundo da caserna e, ao mesmo tempo, com discurso polêmico em relação às questões indígena e de gênero?

Não acho que Bolsonaro recebe apoio ostensivo das Forças. O pessoal da ativa pode até apoiar, mas você não vai ver faixa no quartel. Esses temas que tiveram êxito nos últimos 30 anos fazem parte do gramscismo, que resultou no politicamente correto e no abafamento da liberdade de pensar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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