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O aumento de 11,67% do salário mínimo, para R$ 880, decretado nesta quarta-feira (30) vai ter um impacto de mais de R$ 3 bilhões sobre os cofres das prefeituras brasileiras no ano que vem, segundo informou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkowski, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Somados a outros rombos nas contas dos municípios, a questão preocupa, alerta ele.

Ziulkowski lembra que os reajustes dados ao magistério, por exemplo, têm impacto previsto de mais de R$ 8 bilhões sobre as prefeituras, além de repasses atrasados de programas de investimentos custeados pela União, que acumulam um passivo de mais de R$ 36 bilhões.

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"Se somar tudo isso, dá mais que um petrolão, mas ninguém olha. Na hora de aumentar o salário mínimo, dar aumento para o professor, todo mundo quer e é justo querer valorizar, mas tem que ver como o prefeito vai pagar", disse o presidente da CNM à reportagem.

Ziulkowski afirma que, nesse cenário, se faz mais importante a aprovação da recriação da CPMF. Da alíquota de 0,38% prevista, 0,09 ponto seria destinado aos cofres municipais, o que representaria uma receita extra de R$ 16 bilhões. "Os municípios sentem mais a crise, porque a sentem junto à população. Nossa situação é a situação do cidadão. E, no nosso caso, é receita que não tem o viés de caixa, como na União, vai pra educação, pra merenda, pra saúde."

O presidente da CNM admite preocupação com a sinalização dada por governadores no início da semana - especialmente de oposição - de não apoiar a volta da CPMF, mas acredita que a pressão das prefeituras pode contornar o passo atrás. "Temos plena clareza que o próprio PSDB - e não estamos defendendo o PT, porque na oposição tinha a mesma postura - se fosse hoje governo seguramente ia propor a CPMF ou outra alternativa, porque não tem milagre", disse Ziulkowski. "Se cada prefeito atuar, trabalhar com seus deputados, até os parlamentares de oposição vão votar pela CPMF. Nas conversas, o que eu tenho encontrado é que todos os prefeitos vão trabalhar fortemente pela aprovação, independentemente de partido", completou.

Apesar de achar que a matéria tem força para ser aprovada, o presidente da CNM admite que a instabilidade política no cenário nacional, com a avaliação do processo de impeachment contra Dilma Rousseff no Congresso, pode representar um forte empecilho. "Acho que devem aprovar, mas quando o imbróglio na área política se resolver. O prazo disso não sei qual vai ser, se maio ou outubro."

Levantamento da CNM, no começo deste mês, apontou para uma estimativa de que 43% dos municípios devem fechar 2015 com as contas no vermelho. Segundo Ziulkowski, a situação só não deve piorar em 2016 porque os prefeitos são conscientes da incidência da Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente da entidade lembra, por exemplo, que é relativamente frequente haver casos de prefeitos condenados e presos por deixarem restos a pagar sem provimentos no dia 31 de dezembro.

Ziulkowski afirma que estão previstos, para o ano que vem, alívios importantes para os caixas das prefeituras, como o projeto de repatriação de recursos no exterior aprovado no Congresso - parte dos recursos será revertida para os municípios - e o aumento de ICMS aplicado em muitos Estados. Foi aprovada também uma emenda no Congresso que ampliou de 23,5% para 24,5%, de forma escalonada, a cota de impostos destinada ao Fundo de Participação dos Municípios (FNP). Ziulkowski destaca que a primeira parcela desse dinheiro chega às cidades em julho de 2016. Tudo isso, contudo, ressalta, pode ser pouco diante da crise político econômica e diante dos aumentos e reajustes nas despesas, que pressionam as contas municipais.

O Ministério da Fazenda destacou na manhã desta quarta-feira, 30, em nota, que a regulamentação do novo indexador da dívida dos Estados, Distrito Federal e municípios com a União vai impactar mais de 200 contratos de refinanciamento e "deverá permitir aos entes a possibilidade de redução em seus pagamentos futuros para a União". A legislação, segundo a Fazenda, não traz impactos para a dívida pública e não afeta o resultado primário da União e dos entes federativos.

A regulamentação do novo indexador consta do Decreto nº 8.616, editado ontem em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), com divulgação nesta quarta-feira. Entre outras disposições, a norma permite a adoção de novas condições nos contratos de refinanciamento de dívidas dos Estados e municípios com a União.

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Dentre as principais inovações trazidas, a nova legislação concede desconto sobre os saldos devedores dos contratos de refinanciamento de dívidas dos Estados e dos municípios e substitui o indexador de correção dos débitos. Agora, os entes que firmarem os convênios para aditivos contratais dentro das novas regras, terão os valores da dívida corrigidos pela taxa Selic ou pelo IPCA - o que for menor - mais 4% ao ano. Essa nova metodologia alivia o peso da conta para os entes, antes taxados pelo IGP-DI mais porcentuais que variavam de 6% a 9% ao ano.

O decreto estabelece as fórmulas para reprocessamento das dívidas pelos novos encargos autorizados, bem como para a apuração mensal do coeficiente de atualização monetária da dívida remanescente. Dispõe ainda sobre as providências a serem adotadas pelos devedores antes da celebração dos aditivos contratuais com a União para aplicação das disposições da Lei Complementar 148/2014, como obtenção de autorização legislativa, conferência e concordância prévia com os cálculos, observação das exigências contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal para essas operações e desistência de ações judiciais eventualmente propostas sobre os contratos de refinanciamento.

A Fazenda explicou que, de acordo com a Lei Complementar 151/2015, o prazo para celebração dos aditivos contratuais e aplicação dos novos encargos é 31 de janeiro de 2016. Após essa data, os devedores que não tiverem reunido as condições exigidas para o aditamento continuarão pagando suas dívidas com a União nas condições vigentes até que a alteração contratual seja feita.

O Ministério do Planejamento informou nesta terça-feira, 29, que o impacto total do reajuste do salário mínimo - que vai de R$ 788 neste ano para R$ 880 no ano que vem - será de R$ 30,2 bilhões sobre o Orçamento de 2016.

O ministério esclarece que desse total, R$ 27,3 bilhões já estão previstos no Orçamento. Outros R$ 2,9 bilhões não estão na peça orçamentária e será necessário encontrar maneiras de equacionar a conta. O Planejamento não informou quais seriam as maneiras para buscar essa solução.

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A Pasta informou ainda que a diferença entre o que o governo propôs de aumento e o que foi concretizado agora vai ampliar o impacto para as contas públicas em R$ 4,77 bilhões. Inicialmente, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2016 propunha um valor de R$ 865,46 para o mínimo em 2016. O valor estabelecido no decreto, assinado hoje pela presidente Dilma Rousseff, ficou em R$ 880.

Desse impacto além do esperado pelo governo, R$ 3,03 bilhões são relativos ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), R$ 612,19 milhões nos benefícios da Renda Mensal Vitalícia da Lei Orgânica da Assistência Social (RMV/LOAS) e R$ 1,12 bilhão nos benefícios de abono e seguro-desemprego.

"O cálculo foi feito utilizando o novo valor do salário mínimo como parâmetro para as projeções de despesas afetadas por este, sendo o valor do impacto a diferença entre o total de despesas com o salário mínimo de R$ 865,46 e o total de despesas com o salário mínimo de R$ 880,00", informa o ministério, por meio de nota.

Na companhia de alguns especialistas o Portal LeiaJá percorreu o leito do Rio Capibaribe e ouviu opiniões sobre o projeto de transformar o rio em um "corredor" de transporte público e ainda sobre o impacto das construções de grandes empreendimentos ou até mesmo palafitas na poluição do mesmo. Confira na videoreportagem de Chico Peixoto.

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O governo Dilma Rousseff acompanha com apreensão a tramitação de 19 projetos no Congresso que, juntos, compõem a "pauta-bomba" das contas públicas. Não há cálculo de impacto para todos os projetos, mas para aqueles em que há, a estimativa de "gastos extras" é gigantesca: R$ 283,8 bilhões entre aumento de despesas e perda de receita, distribuídos em cinco anos.

Esse volume de recursos equivale a cumprir a meta fiscal oficial do ano que vem, de 0,7% do PIB, por sete anos consecutivos.

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A lista de projetos acompanhada pelo governo, segundo levantamento do Estado, tem como peça de maior impacto uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva o piso federal para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que custaria R$ 270 bilhões em cinco anos. Essa PEC eleva dos atuais 15% sobre a receita corrente líquida para 18,7%. Em tramitação em comissão especial no Congresso, essa proposta supera as regras do Orçamento impositivo, no qual o governo se comprometeu a aplicar até 15% da receita corrente líquida de forma escalonada em cinco anos.

Outros dois projetos da pauta-bomba criam carreiras de analistas e técnicos na Defensoria Pública da União semelhantes às do Judiciário. Essas propostas, juntas, poderiam aumentar os gastos neste ano em R$ 112,9 milhões e, no ano que vem, em R$ 520 milhões. Além disso, não há previsões orçamentárias para eles, o que exigiria esforço legal para alterar os orçamentos de cada ano. Esses projetos estão em análise na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara.

Outro projeto, na mesma comissão da Câmara, cria uma gratificação a servidores efetivos da Justiça Eleitoral. Caso seja aprovado, ele vai forçar gastos extras de R$ 550 milhões em 2015.

Preocupa também o governo o texto que amplia os limites de faturamento de empresas para serem incluídas no regime especial do Super Simples, aprovado na Câmara na semana passada. O projeto, ao longo de três anos, vai forçar uma perda da ordem de R$ 11,4 bilhões.

A PEC 443, que vincula os subsídios concedidos aos servidores da Advocacia-Geral da União a 90,2% do obtido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, que aguarda votação em 2.º turno no plenário da Câmara, adicionaria R$ 1 bilhão em despesa federal, por ano.

Outro projeto concede um reajuste de 29% a 69,5% na remuneração de cargos em comissão e de funções de confiança no Tribunal de Contas da União (TCU), porcentuais bem superiores aos concedidos pelo governo aos servidores do Executivo. Na pauta de comissão da Câmara, a proposta aumentaria em R$ 121,8 milhões os gastos federais, somente em 2015.

FGTS

Outros quatro projetos "perigosos" para as contas públicas estão em tramitação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e envolvem o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Não há impacto calculado desses projetos, mas o governo teme especialmente o Projeto de Lei Parlamentar 51, que extingue progressivamente a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS paga pelas empresas nas demissões sem justa causa. A Caixa arrecadou R$ 4,1 bilhões com esse adicional do FGTS ao longo do ano passado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os nove governadores do Nordeste reunidos nessa sexta-feira (17) no 4.º Encontro de Governadores da região, em Teresina, reclamaram do efeito econômico da Operação Lava Jato sobre as contas dos Estados. A principal queixa foi a paralisação dos investimentos em refinarias no Maranhão, Ceará e Pernambuco.

"Não podemos pagar essa conta. Os Estados não têm como bancar os custos dos problemas da Petrobrás", afirmou o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). "Ainda estão me devendo uma refinaria", completou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B). Apesar de fazerem críticas ao ajuste fiscal, o grupo manifestou apoio à presidente Dilma Rousseff diante da atual crise política.

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O presidente do HSBC Brasil, André Guilherme Brandão, reconheceu nesta terça-feira, 5, que o episódio de vazamento de dados de contas abertas no banco na Suíça entre 2006 e 2007, conhecido como "SwissLeaks", sem dúvida é desgastante, mas avaliou que se trata de um assunto antigo que não tem tido impacto financeiro para a instituição no País.

"Nossos clientes entendem que se trata de um caso antigo e não temos sofrido impacto financeiro, mas não é prazeroso ter a nossa marca associada a um caso como o SwissLeaks", disse o executivo em apresentação na CPI do HSBC, comissão formada no Senado para investigar eventuais irregularidades nas contas mantidas por brasileiros na Suíça.

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Em resposta aos senadores, Brandão alegou que regras de sigilo bancário impedem que o grupo confirme ou negue existência de contas supostamente detidas por brasileiros na Suíça. "Posso garantir que ninguém no Brasil tem acesso a informações sobre contas na Suíça. O HSBC Brasil não participa da abertura de contas fora do País nem recebe informações sobre esses processos", afirmou. "Nem o presidente do HSBC na Suíça pode falar abertamente sobre contas abertas no banco, devido às leis do sigilo bancário", argumentou.

Brandão confirmou que o HSBC suíço manteve um escritório de representação no Brasil entre 2002 e 2007 para a "prospecção de clientes", função que passou a ser realizada pelo próprio HSBC Brasil desde 2007. Segundo ele, a atividade consiste apenas em orientar potenciais clientes a procurarem o banco na Suíça, sem tomar conhecimento se essas contas são de fato abertas no país europeu.

Cerca de 500 asteroides ameaçam potencialmente a Terra, um problema para o qual especialistas da Agência Espacial Europeia (ESA) encontraram soluções que parecem ter saído de um filme de ficção científica.

"Temos cerca de 500 objetos próximos à Terra (NEO, na sigla em inglês) identificados que poderiam, dentro de 100 anos, eventualmente tocar a terra, mas a probabilidade é muito baixa, em alguns casos de um em um milhão", explicou Detlef Koschny, chefe do setor de NEO na ESA.

"Seguimos seus caminhos, tentamos prever o que poderiam ser e se, eventualmente, representarão um risco", explicou Koschny a partir do centro operacional dos NEO na cidade italiana de Frascati, perto de Roma.

"Em caso de perigo real, temos duas soluções atualmente viáveis​", acrescentou o especialista. "O primeiro é o acidente de movimento cósmico", disse.

"Imagine um veículo, que é o asteroide, e um outro veículo, que é a nossa ferramenta, colidindo com ele e o deslocando de sua trajetória. Por conta da pressão, é possível desviá-lo gradualmente da Terra", afirmou.

"A segunda solução é destruir o asteroide com a ajuda de uma explosão nuclear", acrescenta Koschny.

A questão é: como mirar um objeto espacial viajando a 3600 km/h com um outro objeto lançado para interceptá-lo com a mesma velocidade?

"A partir de uma experiência americana chamada Deep Impact sabemos que é possível alcançar todos os objetos maiores que 100 metros de diâmetro. Nos encaminhamos provavelmente aos satélites autoguiados por uma câmera, porque não teríamos tempo para dirigi-los a partir da Terra", explica o cientista.

"É mais fácil quando é Bruce Willis quem faz isso", diz, brincando, Richard Tremayne-Smith, co-presidente da Conferência de Defesa Planetária (Planetary Defence Conference, PDC), realizada em Frascati. Uma alusão ao filme americano "Armageddon", em que o ator destrói um asteroide que ameaça a Terra.

"A defesa planetária era um hobby há dez anos. Hoje, tornou-se uma preocupação global", aponta William Ailor, segundo co-presidente do PDC.

A PDC é coisa séria e envolve especialistas da Nasa, da ESA e de outras instituições, mas também há lugar para jogos de RPG.

"O jogo consiste em simular uma crise [provocada] por uma possível queda de um asteroide na Terra, com três pessoas desempenhando o papel de autoridades políticas, seus conselheiros científicos, representantes das populações ameaçadas e a imprensa", explicou Debbie Lewis, especialista em gestão de catástrofes.

"Precisamos de acordos de comando, controle, coordenação e comunicação em nível internacional", insistiu a especialista. É que os danos causados pela queda de um asteroide podem ser gigantescos em função do tamanho.

Segundo vários especialistas, 75% das diferentes formas de vida na Terra, inclusive os dinossauros, desapareceram por causa da queda de um enorme asteroide há 65 milhões de anos.

"Devemos estar preparados, o despertador já tocou, mas teimamos em desligá-lo", afirmou Lewis.

Os impactos ambientais do incêndio que atingiu seis tanques de uma empresa de Santos, na semana passada, poderão durar pelo menos cinco anos, contaminando plantas e animais. Além disso, com a emissão de poluentes na atmosfera, existe a possibilidade de ocorrência de chuvas ácidas, o que comprometeria a vegetação da Serra do Mar. O alerta é do zoólogo Marcelo Pinheiro, do Campus Litoral Paulista da Unesp.

O incêndio no terminal da Ultracargo - o maior já registrado no Estado de São Paulo - só foi declarado extinto pelo Corpo de Bombeiros na sexta-feira (10), nove dias após ter começado.

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Segundo a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), até agora todos os esforços haviam sido concentrados no controle do incêndio e a avaliação dos danos ambientais terá início só após o rescaldo. Mas, segundo Pinheiro, é provável que a situação da área de estuário e dos manguezais, que já era crítica, fique ainda pior: bilhões de litros de água que foram usados no resfriamento dos tanques voltaram para o ecossistema aquático com resíduos do combustível e dos produtos químicos que compõem a espuma usada para debelar o fogo.

"Não podemos ainda prever com precisão quanto vai durar o impacto. Mas, dependendo da composição química da espuma e da quantidade utilizada, vai levar de cinco a dez anos para que a natureza se recupere e volte à situação original. Na água, esse produto poderá reagir com outros resíduos químicos, formando compostos mais tóxicos. A contaminação pode repercutir por toda a cadeia alimentar", disse Pinheiro. "Além disso, os poluentes lançados na atmosfera podem formar a chuva ácida, que queima o tecido das folhas e impede a fotossíntese, matando a vegetação."

Segundo o gerente da Agência Ambiental de Santos na Cetesb, Carlos Eduardo Padovan Valente, ainda não foram detectadas alterações consideráveis na qualidade do ar. Mas a quantidade de oxigênio disponível na água foi reduzida dramaticamente e a temperatura subiu 7°C acima do tolerável para os peixes, o que causou a morte de oito toneladas deles. "Desde domingo passado não temos mortes de peixes."

As consequências imediatas, porém, são visíveis na região do incêndio. Na Favela Chico de Paula, no mangue ao lado do Porto de Santos, o cheiro lembra o de posto de combustível. Nos carros, moradores apontam marcas de pingos pretos e a fuligem vinda do pátio da Ultracargo, a menos de 500 metros de palafitas e barracos, onde moram cerca de 30 mil pessoas.

A fumaça preta que cobriu a comunidade também agravou a situação de moradores que sofrem de doenças respiratórias. "Estou com uma dor de cabeça que não passa. Quando bate um vento e a fumaça vem com mais força, a gente tem até de fechar a janela", disse a dona de casa Ana Paula Palhas, de 38 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Divididos entre a funcionalidade de um terminal integrado e os impactos causados pelo ruído e pela poeira, pacientes, familiares e servidores do Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste do Recife, têm se perguntado como será a recuperação dos pacientes depois da inauguração da Perimetral III, terminal em que circularão os veículos do BRT que trafegam na Avenida Caxangá. Atualmente com poucos trabalhadores, a obra já foi motivo de manifestações dos funcionários do HGV e, apesar de ter finalização prevista para o mês de novembro, o prazo de conclusão da obra foi estendido para janeiro de 2015.

“Moro em Jaboatão dos Guararapes e seria melhor descer numa parada mais perto do hospital, porque os ônibus de lá pra cá demoram muito”, afirma Maria do Carmo Barbosa, mãe de um paciente internado no HGV há apenas dois dias. Quando questionada a respeito do barulho e do aumento no fluxo de veículos nas proximidades do hospital, Maria afirmou não acreditar que o terminal iria influenciar negativamente na recuperação dos pacientes da unidade de saúde. “Já tem o trânsito normal das ruas perto do hospital, não vai fazer diferença”, diz ela. 

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Entretanto, segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev/PE), o terminal influencia na recuperação de quem está internado. De acordo com o Sindicato, o calor e a poluição sonora são alguns dos principais fatores que irão prejudicar a saúde dos pacientes. Segundo o coordenador do Sindsprev, José Bonifácio, a entidade já moveu uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para a retirada da integração, mas sem efeito. “Também tentamos fazer algum tipo de acordo para que o hospital fosse climatizado. Também não conseguimos”, explica Bonifácio. 

Servidores do hospital demonstram descontentamento em relação à localidade do terminal. “Alguns pacientes já reclamaram durante o período das obras. Quando os ônibus começarem a circular, a saúde dos pacientes vai ser ainda mais prejudicada”, pontua o enfermeiro Marcos Bento (foto à esquerda).  Ainda segundo o servidor, o terminal de ônibus fica localizado numa área próxima à UTI II, local que abriga pacientes em estados mais delicados, e à ala em que são preparadas as refeições de funcionários e pacientes.

O LeiaJá procurou o Governo do Estado para saber mais detalhes sobre o estudo de impacto. Abaixo, a entrevista com o Secretário Executivo de Mobilidade, Gustavo Gurgel (à direita), sobre o assunto:

LeiaJá - Secretário, foi feito um estudo de impacto social para a implantação do terminal ao lado do hospital?

Gurgel - Foi sim, fizemos um estudo de impacto de vizinhança. São dois volumes de muitas páginas, nunca li por completo, mas têm as conclusões dele. Quanto a questão da sonoridade, ali a Avenida San Martin por onde passam os ônibus está mais perto do hospital que o próprio terminal. A Perimetral tem menos impacto do que a própria rodovia. Da mesma forma a poluição no ar. No Terminal ainda tem o atenuante de existir algumas árvores entre o hospital e o Terminal. Portanto há atenuação tanto da sonoridade, quanto da poluição, todos esses parâmetros foram observados. 

LJ - Foram escutados os pacientes, profissionais, etc?

Gurgel - Nesse estudo não vou saber te dizer se houve alguma coisa nesse sentido. 

LJ - Mas houve debate com os profissionais do hospital que fizeram protestos e entraram na Justiça?

Gurgel - Claro, nesse processo do MPPE, todas as partes envolvidas sentaram e teve diálogo com eles, apresentamos estudos. De fato o terminal não tem interferência mais significativa do que o próprio ambiente. O estudo aponta que ele não gera impacto no hospital. O estudo conclui que existem impactos positivos e negativos, mas que há medidas mitigadoras que tornam a obra viável e necessária. 

LJ - Quais seriam esses impactos negativos e as respectivas medidas mitigadoras?

Gurgel - Aí eu teria que ler todo o documento para te dizer, não saberia te informar agora. 

LJ - Esse é um documento público? Nós da imprensa podemos vê-lo?

Gurgel - Teria que ver com a empresa se há alguma cláusula de sigilo, aí precisaria até de mais tempo para responder isso. 

 

Com colaboração de Alexandre Cunha. Fotos: Victor Soares/LeiaJáImagens (enfermeiro) / Reprodução/SecretariadasCidades (secretário)

Mesmo com as medidas anunciadas pelo Banco Central nos últimos dois meses para estimular a oferta de crédito, em especial a compra de automóveis, o setor não conseguiu decolar em agosto. Ao contrário, o crédito para veículos recuou pelo sétimo mês consecutivo e foi apontado como o principal freio na expansão dos empréstimos às pessoas físicas em geral.

Apesar disso, o governo acredita que os efeitos virão até o fim do ano e serão sentidos, justamente, nas vendas de carros.

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Em agosto, quando o BC praticamente impôs aos bancos uma meta de expansão de 20% nas carteiras de veículos em relação ao primeiro semestre, o recuo no estoque do crédito foi de 0,3% em relação a julho - para um total de R$ 184,6 bilhões. Em 2014, a queda chegou a 4,2% até o mês passado.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, admitiu que o crédito para veículos tem segurado a expansão do financiamento total para pessoa física. "O crédito para veículos, que cresceu de forma expressiva em anos anteriores, está recuando e segurando a expansão de crédito para pessoa física. A modalidade agora se ressente dessas antecipações", disse Maciel. A expansão foi de 14% em 2009; 50% em 2010; 27% em 2011; e 9% em 2012. Em 2013, houve queda de 0,2%.

Maciel avaliou que o impacto das medidas anunciadas pelo BC em julho e agosto para expandir a oferta de crédito deve ficar mais claro nesse segmento, mas, de qualquer forma, será "moderado".

Para este ano, o BC manteve a projeção de crescimento do crédito total em 12%, como já esperava em junho. Maciel reforçou que as medidas para estimular o crédito foram importantes para evitar que a estimativa fosse puxada para baixo.

A economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, avalia que a tendência de recuo será mantida. "As medidas devem aliviar um pouco a situação do crédito, mas não devem ser suficientes para reverter a trajetória de retração do crédito livre em termos reais."

O BC também revisou as projeções para cada tipo de banco: a oferta de crédito pelos bancos privados estrangeiros aumentará 6% este ano, e não mais 9% como previsto anteriormente. Para os bancos públicos foi mantida a projeção de 17% de crescimento e, para os privados nacionais, passou de 6% para 7%.

O estoque de crédito subiu 1% de julho para agosto, para um total de R$ 2,86 trilhões. Apenas considerando o volume dos recursos livres, sem subsídios, a elevação foi de 0,5% no período (R$ 1,5 bilhão). Mas, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior e descontada a inflação do período, este foi o terceiro recuo consecutivo.

Considerando o crédito livre, a taxa média de juros apresentou leve recuo em agosto (de 32,3% para 32,2%), assim como o spread, que passou de 21,4 pontos porcentuais para 21,2 pontos - o spread é a diferença da taxa obtida pelos bancos e cobrada a seus clientes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As proibições impostas pela Rússia sobre a importação de uma série de produtos alimentícios vai isolar ainda mais Moscou, prejudicará a economia russa e terá impacto "insignificante" nas perspectivas de crescimento dos EUA, afirmaram autoridades do governo de Barack Obama.

"Retaliar empresas e países do Ocidente vai aprofundar o isolamento internacional da Rússia, causando mais danos a sua própria economia", disse Jason Furman, presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca. "As medidas anunciadas pela Rússia provavelmente terão um impacto insignificante na economia dos EUA", acrescentou David Cohen, subsecretário do Departamento do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira.

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O governo de Vladimir Putin impôs nesta semana a proibição da importação de carne de boi e de porco, frutas, vegetais, aves, peixe, queijo, leite e laticínios dos EUA e da União Europeia, em retaliação à última rodada de sanções contra a Rússia por causa do envolvimento do país na escalada da crise na Ucrânia.

Segundo Furman, a última rodada de sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia vai acelerar a fuga de capital da Rússia, "deixando setores importantes da economia russa sem financiamento de longo prazo e privando o setor de energia de tecnologias que eles não podem obter de outra forma".

Em contraste, a economia dos EUA está se fortalecendo e as medidas punitivas adotadas por Moscou apenas afetam uma fração minúscula das exportações norte-americanas. As exportações de produtos agrícolas para a Rússia somaram US$ 1,2 bilhão em 2013, menos de 1,0% das exportações agrícolas totais dos EUA e menos de 0,05% de todas as vendas internacionais do país.

Cohen, por sua vez, afirmou que as sanções contra a Rússia pressionaram o rublo e estão alimentando um aumento dos preços no país. "Proibir a importação de vários produtos alimentícios vai apenas exacerbar essa inflação", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

Enquanto o governo ainda decide se vai dar uma nova ajuda às distribuidoras, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já alerta que os reajustes tarifários a partir de agosto podem ficar ainda maiores do que os já concedidos desde o início do ano. Caso não haja uma solução para a parte do rombo que ainda atrapalha as finanças das empresas, os consumidores começarão a pagar antes do previsto o custo dos problemas do setor.

O alerta foi dado nesta quarta-feira (16), pelo diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, que já vinha destacando a falta de capacidade financeira das distribuidoras para arcar com o descompasso remanescente entre a energia garantida em contratos de longo prazo com as geradoras e a eletricidade que elas precisam comprar a preços mais elevados no mercado à vista. Mesmo com o leilão emergencial realizado no fim de abril, o empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões viabilizado pelo governo só foi suficiente para cobrir o buraco das empresas até o fim daquele mês.

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Segundo Rufino, se os valores eventualmente não forem cobertos por um novo financiamento ao setor, a diferença terá de ser repassada à tarifa para o consumidor na conta de luz. "(O empréstimo) é uma das alternativas. Não necessariamente será uma única alternativa", disse, sem revelar as outras medidas em estudo. "O papel da Aneel é o realismo tarifário. Se não tiver outra cobertura por outro canal, a tarifa tem de garantir esse repasse."

Impacto

Rufino destacou que várias empresas vão passar por processos de reajuste tarifário em agosto, como Celesc (Santa Catarina), CEB (Distrito Federal) e Celpa (Pará), entre outras. Se não houver uma saída até lá, a alternativa será transferir esse impacto às tarifas. "Aquilo que não tiver uma solução via empréstimo ou qualquer outra fonte de recursos será refletido nos processos tarifários." Ainda segundo ele, as empresas que já passaram por processos de reajuste neste ano poderão solicitar revisão tarifária extraordinária, ou seja, um aumento adicional, além do que é autorizado uma vez por ano.

Para Rufino, a expectativa é encontrar uma solução até o fim do mês. Essa medida, segundo ele, tem como objetivo resolver o problema das concessionárias de forma definitiva, ou seja, até dezembro. Ele não revelou o valor de que as empresas precisam até o fim do ano.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse estar confiante de que o governo vai elaborar um plano para o setor a tempo da liquidação adiada para o fim deste mês. Marcada inicialmente para o começo de julho, parte do pagamento das distribuidoras para as geradoras - que soma R$ 1,32 bilhão e não tem cobertura tarifária - foi postergada para a última semana do mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Defesa Civil do Recife emitiu uma nota sobre as fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana (RMR) nesta quinta-feira (26). Das 4h às 10h, o índice pluviométrico registrado foi de 110 mm, o equivalente a 28% do previsto para todo o mês de junho. Ao todo, 70 ocorrências foram encaminhadas à Central de Atendimento da Defesa Civil, desde a meia-noite. 

Há deslizamentos de barreira, sem feridos, no Ibura, Lagoa Encantada, Água Fria e Passarinho. Os pontos de alagamentos são inúmeros; canais transbordaram nas localidades de Rio Morno e Linha do Tiro. Equipes técnicas atuam para atender às ocorrências e intensificar o monitoramento nas áreas de risco. 

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A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) havia emitido um alerta, nesta quarta (25), no qual previa chuva acima de 50 mm. De acordo com a entidade, a previsão é de que as chuvas continuem ao longo do dia. Moradores de locais de risco devem ficar atentos e, caso necessário, entrar em contato pelo telefone 0800 081 3400. O atendimento é gratuito e funciona 24 horas por dia. 

A correção em 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2015 vai custar aos cofres do governo R$ 5,3 bilhões. Esse é o tamanho da renúncia fiscal em 2015 com a adoção da medida. A informação é do Ministério da Fazenda, que divulgou nota com os valores da nova tabela. O anúncio da correção das tabelas de incidência e os limites de deduções do IRPF foi feito ontem pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento pelo dia do trabalhador.

A tabela passa a vigorar em janeiro de 2015 para a declaração de ajuste anual que terá que ser feita pelo contribuinte em 2016. Devido ao princípio de anualidade que rege o IRPF - as mudanças têm que ser feitas no ano anterior da sua vigência - as alterações devem ser realizadas em 2014 para que tenham efeito em 2015.

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Pela nova tabela, estarão isentos do IRPF os contribuintes que ganham por mês até R$ 1.868,22. Na faixa da alíquota mais baixa de 7,5%, ficam os contribuintes com renda entre R$ 1.868,24 até R$ 2.799,86. Na faixa de alíquota de 15%, quem ganha entre R$ 2.799,87 até R$ 3.733,19. Na faixa de alíquota de 22,5%, estão os contribuintes com renda de R$ 3.733,20 até R$ 4.664,68. Na faixa mais alta de alíquota 27,5%, ficaram os contribuintes com rendimentos acima de R$ 4.664,68.

O recente aperto monetário do Brasil foi apropriado, mas pesou no crescimento econômico, afirmou o diretor-assistente do departamento Econômico do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gian Maria Milesi-Ferretti, nesta terça-feira, 8. "Foi positivo em termos de ação política econômica e é claro que você tem um impacto da política monetária mais apertada na atividade econômica. Este é um dos fatores que explicam que o crescimento do Brasil deve ser de 1,8% este ano", disse ele.

Apesar do impacto negativo na atividade, o diretor destaca que o aumento de juros foi apropriado para conter as pressões inflacionárias desde 2013. No relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgado nesta terça-feira, 8, o FMI fala que o Brasil pode ter de continuar elevando os juros, para conter a inflação.

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Milesi-Ferretti avalia ainda que outras medidas ajudariam o Brasil a resolver os problemas que impedem uma maior expansão da atividade e aumentar o crescimento potencial do País. O economista não especificou estas medidas, mas disse que elas ajudariam a resolver estrangulamentos que pressionam a inflação toda vez que há demanda mais forte.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) estima que o período da Copa do Mundo, entre os meses de junho e julho, podem trazer um impacto positivo para o resultado do segmento neste ano. "Se as empresas mudarem um pouquinho o seu foco, os meses de junho e julho serão fortes e o resultado (do período) deve ser positivo", afirmou o presidente da entidade, Edmar Bull, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30).

A perspectiva positiva da Abracorp difere da de empresas aéreas e de locação de veículos, que estimam uma queda no número de viagens corporativas durante a Copa. Apesar de acreditar em um crescimento de 7,4% no ano para a demanda doméstica por transporte aéreo, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) apontou, na última semana, uma tendência de redução durante o evento. "Na Alemanha, África do Sul e Londres (durante Copa e Olimpíadas) teve redução", disse o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz.

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Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em dezembro, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Localiza, Roberto Mendes também projetou uma queda na quantidade de aluguéis para executivos. "É importante destacar que na Copa é esperada uma desaceleração nas viagens de negócios, como acontece durante as férias em janeiro", explicou Mendes.

"Nós estamos vendo o contrário", disse Bull, acrescentando que "as viagens corporativas continuarão acontecendo ao longo do ano todo". Segundo membro do conselho de administração da Abracorp Marcos Balsamão, o próprio mês de janeiro, que costuma ter uma demanda menos aquecida no segmento corporativo, "já está sendo um termômetro para ano".

Bull considerou ainda que a realização da Copa no País pode representar uma oportunidade de negócio para o setor. "O Brasil, infelizmente, não tem infraestrutura para atender todos os visitantes na época da Copa e as nossas agências já estão sendo acionadas por turistas. Então o que parecia ser negativo será, na verdade, positivo".

Questionado sobre o segmento específico de viagens corporativas aéreas no período da Copa, o executivo justificou que ainda não há uma estimativa exata da associação. De acordo com ele, o setor como um todo deve apresentar um crescimento de dois dígitos em 2014.

Na tentativa de minimizar o impacto da seca que atinge o Semiárido e o Sertão alagoano, o governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, voltou a decretar, em publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (3), situação de emergência em 37 municípios.

O último decreto baixado para as mesmas cidades ocorreu em julho do ano passado e foi prorrogado até 12 de dezembro, do mesmo ano.

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O documento leva em conta a redução das precipitações pluviométricas, a queda das reservas hídricas e os impactos decorrentes das perdas significativas na agropecuária da região do semiárido, além do alto comprometimento dos reservatórios hídricos locais, problema que tem ocasionado dificuldades no abastecimento de água para consumo humano e animal.

A publicação também aponta que os alagoanos não conseguiram superar os danos e prejuízos provocados pela falta de chuvas na região.

O decreto tem como base um relatório técnico elaborado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas (CEDEC). Durante 180 dias, os órgãos estaduais adotarão as medidas necessárias para o combate à situação de emergência, em conjunto com os órgãos municipais.

Os municípios declarados em situação de emergência são: Água Branca, Arapiraca, Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Coité do Nóia, Craíbas, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Izidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho D’Água das Flores, Olho D’Água do Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira e Traipu.

O presidente da Tim Brasil, Rodrigo Abreu, afirmou nesta quinta-feira (5), que a decisão do Cade de determinar que a Telefônica ache um sócio para a Vivo ou venda a participação indireta na Tim terá impacto zero no dia-a-dia operacional da operadora no País.

O executivo também lembrou que a Tim continua com seu projeto de ganhar mercado com uma estratégia agressiva. "Já viu uma empresa a venda aumentar investimentos?", questionou.

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O grupo ampliou o investimento, até 2015, de R$ 10 bilhões para R$ 11 bilhões. Abreu afirmou que não existe possibilidade da Telefônica forçar a venda da Tim. A operadora espanhola é sócia da Telco, que detém 22,4% do capital da Telecom Italia, holding da Tim.

Ele lembrou que na época em que a Telefônica comprou uma participação na Telco, se comprometeu em contrato a não interferir no dia a dia da Tim. Na entrevista, o executivo afirmou que a decisão do Cade pode ter reflexo na fusão da Portugal Telecom com a Oi. "É natural que a decisão seja, no mínimo, analisada", disse.

Uma audiência na manhã desta sexta-feira (22) discutiu os impactos do projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe nas comunidades ribeirinhas. O evento reuniu alunos de escolas públicas, que trouxeram cartazes com reinvidicações, representantes de ONG’s de proteção ao rio e pescadores. A intenção é promover um debate e esclarecer alguns pontos sobre os impactos ambientais para animais, pessoas, água e vegetação do mangue, além dos projetos voltados à área ambiental.

O público presente no local aproveitou a oportunidade para fazer vários questionamentos. “Queremos saber sobre os impactos que este projeto terá e a questão do saneamento”, afirmou Maria do Socorro Cantanhede, representante da ONG Recapibaribe. O aluno do sétimo ano do Colégio Multivisão Gabriel Edvaldo já sabia o que perguntar: “Quero saber de onde vêm as verbas do projeto, as ideias e se o lucro da navegabilidade pode ser investido para o tratamento do esgoto industrial”, disse. Os pescadores presentes também estavam com dúvidas: “Como esse projeto vai nos afetar? Eles vão mexer numa área que é de onde vem o nosso sustento”, disse Luiz Antônio Ivo, presidente da Associação dos Pescadores da Ponte do Limoeiro.

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“Existem muitas interferências e projetos para melhorar a qualidade das águas e do meio ambiente”, lembrou a secretária executiva de Articulação Institucional e Captação de Recursos, Ana Suassuna, reforçando ainda o compromisso da população em ajudar, não poluindo as águas e margens do rio.

A intenção é que o rio volte a ser visto como parte da paisagem e as pessoas recuperem o acesso à área. “Existe um projeto para ser implementado no local com instalação de ciclovias e áreas de caminhadas para a população”, disse o secretário executivo de Sustentabilidade do Recife, Maurício Guerra, que reforçou o compromisso com o replantio da vegetação de mangue nos locais onde houver intervenção.

“Praticamente na há estuário”, disse Assis Lacerda, analista ambiental e engenheiro de pesca da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), se referindo aos “ambientes construídos”, instalados nas margens dos rios da Região Metropolitana do Recife e que modificaram a estrutura desses ambientes. “Nossa maior luta são os resíduos sólidos e o lixo jogado”, frisou, lembrando que o programa veio para ser acompanhado e monitorado.

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