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Após 13 dias esperando por um leito de UTI, um idoso identificado como Israel Fernandes, 74 anos, morreu neste sábado (8), sem conseguir o tratamento contra a influenza. O paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento UPA de Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, no dia 26 de dezembro com o quadro de insuficiência respiratória. O caso foi denunciado pelo deputado estadual Romero Albuquerque.

“O paciente já tinha o número de inscrição na Central de Regulação de Leito, mas isto lhe foi negado, mesmo com determinação do Ministério Público obrigando o Estado a lhe conceder o leito em 48 horas. O Governo aplicou investimentos na Saúde, então o que falta é gestão. Se nem a demanda da capital consegue ser atendida, o que as pessoas das demais regiões têm sofrido com o sistema de saúde?”, questionou o parlamentar.

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A família de Israel compartilhou com o deputado a frustração com o descaso com a vida do idoso. “O estado dele era gravíssimo e, mesmo com pedido ao MPPE desde o dia 5, meu tio morreu sem assistência. É um dia difícil para todos nós, pela perda do nosso ente querido e por constatar o descaso com a saúde pública em Pernambuco”, disse Douglas Brito, sobrinho do paciente, na denúncia enviada pelo deputado à imprensa.

Romero afirma ainda que procurou a Secretaria Estadual de Saúde "para solucionar outras demandas como essa, porque o nosso entendimento é que existe uma prerrogativa constitucional que obriga o Estado a garantir a cada cidadão o direito à saúde”, concluiu.

De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde, no momento, 64% dos leitos para casos respiratórios na rede pública, (seja de UTI, seja de enfermaria) estão ocupados com pacientes com mais de 60 anos. Para se ter uma ideia, 67% dos casos de Srag por influenza estão nessa faixa etária, assim como 60% dos óbitos.

Com uma fala calma, Vanessa Santos Netto, de 16 anos, contou à reportagem suas impressões sobre as provas da segunda etapa do Sistema Seriado de Avaliação (SSA), promovido pela Universidade de Pernambuco (UPE) nos dias 5 e 12 de novembro. "Eu achei boa. Estava um pouco difícil, pois não tive muito tempo para me preparar. Mas, achei boa", confessa.

A jovem, que está em tratamento no Hospital do Câncer de Pernambuco, localizado na área central do Recife, realizou a avaliação no leito da unidade de saúde, após ter recebido duas quimioterapias. Vanessa, que reside em Lagoa do Ouro, município próximo a Garanhuns, relata que as regras e esquema da prova são os mesmos do exame presencial. "Tinha uma fiscal. Lá, teve as mesmas regras de não deixar muitas pessoas ficarem entrando em contato, nada de celular. Essas coisas que já eram aplicadas nas provas normalmente", explica.

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Filha de agricultores, Vanessa descobriu, há cerca de um mês, um osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo. A estudante sonha em cursar medicina e afirma que o principal motivo para a escolha da graduação tem relação, a princípio, com a necessidade de cuidar dos familiares. "Eu sempre valorizei a área médica. Eu tinha muita vontade de poder cuidar dos meus familiares, queria dar esse cuidado a eles. Principalmente, agora, que eu estou passando por este momento. Agora, quero, mais ainda, entrar para área e se eu conseguir fazer na área de oncologia vou me sentir muito melhor", ressalta.

Incentivo

Por um momento, Vanessa Santos achou que não conseguiria realizar a avaliação. No entanto, ela contou com o incentivo da diretora da escola para seguir adiante. "Ela me ajudou muito. Então, a gente correu atrás e eu consegui". A estudante também comenta que a equipe do HCP foi importante neste processo. 

 "Eles me motivaram muito. Assim que eles souberam que eu queria realizar a prova no hospital, fizeram o possível e o impossível para organizar tudo o mais rápido para o domingo. Foi muito bom e eu amei todo o carinho que eles tiveram, foi perfeito toda a preocupação da enfermeira, médico, toda a equipe. Foi muito bonito mesmo como eles me trataram e correram para realizar a prova com todo o cuidado", relembra.

Como a maioria dos jovens, Vanessa planeja um futuro e quer realizar os sonhos. "Primeiramente e confiando em Deus, quero realizar meu tratamento e me curar, ficar boa. Após isso, correr atrás dos meus outros sonhos, terminar meus estudos, mas, primeiramente, minha saúde".

Na análise do cenário epidemiológico desta semana, o Secretário de Saúde de Pernambuco afirmou que o Estado se mantém em uma estabilidade nos números dos casos da Covid-19, que atualmente estão em alta. Segundo o secretário André Longo, a pandemia em Pernambuco tem os números fortemente impactados pela sazonalidade. 

"Essa é uma situação que não tem como se reverter e essa condição sazonal deve persistir até a primeira quinzena de junho. Não se espera reduções expressivas de indicadores neste período", explica Longo.

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Além disso, Pernambuco registrou um aumento de 69 solicitações de UTI nas duas últimas semanas. O secretário analisa que esse aumento nas solicitações foram impactados pela situação da segunda macrorregião de saúde, no Agreste do Estado, que é a região que mais está preocupando o Governo de Pernambuco. 

"Nas duas últimas semanas, nós tivemos um aumento de 9,3%, quando comparamos as semanas, e de 44,5% em 15 dias na região, enquanto o crescimento na média do Estado, foi de 6,1%", detalha André Longo. Nos últimos 15 dias, Pernambuco teve um aumento médio no número de solicitações de leitos de UTI de 13,8%.

Na tentativa de frear esses números, o Governo de Pernambuco vai se reunir nesta sexta-feira (13), com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e os prefeitos das IV e V Gerência Regional de Saúde, para debater medidas mais restritivas para o combate ao novo coronavírus.  

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou, após a reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 neste sábado (2), a abertura de mais 50 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até a próxima sexta-feira (9). Com as novas vagas, o estado deve ultrapassar a marca de 1.600 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 em 16 municípios.

Serão cinco unidades contempladas, recebendo 10 leitos cada: Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina; Hospital João Murilo de Oliveira, em Vitória de Santo Antão; Hospital Miguel Arraes, em Paulista; Centro de Educação Saúde Comunitário - Cesac Prado; e Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, ambos no Recife.

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"Nossa fiscalização tem trabalhado na observação das medidas restritivas e a avaliação, até agora, é de que a população vem colaborando com as orientações de evitar aglomerações", disse o governador. 

As 394 mil doses de vacinas contra a Covid-19 recebidas na última quinta-feira (1) foram entregues às 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado até as 16h da sexta-feira. Os imunizantes estão sendo utilizados pelos municípios para dar continuidade à vacinação de idosos com mais de 65 anos de idade em todo o estado.

Pernambuco abriu mais 26 leitos de terapia intensiva (UTI) para Covid-19 neste sábado (13). As novas vagas foram contratadas pelo Governo do Estado com hospitais privados do Recife.

São mais 10 leitos no Hospital Evangélico Pernambuco, no bairro da Torre, Zona Norte do Recife, e 16 no Centro de Educação Saúde Comunitário - Cesar Prado, na Zona Oeste da capital.

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O Governo de Pernambuco abriu 153 leitos de UTI ao longo desta semana. Em 15 dias, foram colocados em operação mais de 200 leitos de terapia intensiva para pacientes com Covid-19. Segundo o governo, o número é três vezes maior que a capacidade de terapia intensiva instalada no Hospital da Restauração, no Recife, maior unidade de emergência do Norte/Nordeste.

Conforme o boletim da sexta-feira (12), a rede estadual de saúde tem 95% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados. Na rede privada, a ocupação é de 88%. 

Com a capacidade de atendimento aos pacientes da Covid-19 limitada, o Hospital de Retaguarda de Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu nove bombas de infusão emprestadas pelo zoológico municipal. Todas as regiões do estado já ultrapassam a taxa de ocupação de 90%, considerado o recorde na pandemia.

Com o índice de 98% de ocupação nos leitos de UTI destinados a adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) de Cascavel, a unidade fez a solicitação junto ao zoológico e recebeu o equipamento nesse domingo (28). As bombas já estão sendo utilizadas, informa a Prefeitura.

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"A indústria nos deu um prazo mínimo de 15 dias para entregar as bombas de infusão. Não podemos esperar e não tenho mais como pegar dos hospitais, eles também precisam", alertou diretor-geral do Hospital de Retaguarda, Lísias Tomé.

Ele também ressalta que, embora de uso veterinário, as bombas de infusão podem auxiliar no tratamento humano. Ambas possuem mesmo sistema para aplicação de medicamentos, indica o diretor, que não descarta a possibilidade de solicitar os ventiladores do zoológico, segundo o G1.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) calcula que, na soma das redes pública e privada, 3.587 pessoas estão internadas por Covid-19 ou suspeita no Paraná.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu neste sábado, 27, uma liminar em ação ajuizada pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) contra o governo federal para a retomada do custeio de 3.258 leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19 em São Paulo.

A pedido do Governador João Doria, a PGE havia ingressado com ação no dia 10 de fevereiro solicitando a manutenção do repasse que deixou de ser feito pelo Ministério da Saúde a partir de 2021. A PGE ingressou com a ação com base no argumento principal de que "compete à União promover e planejar em caráter permanente e zelar pela saúde de todos os brasileiros". A decisão da ministra Rosa Weber, em caráter liminar, deve ser cumprida de forma imediata.

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De acordo com nota divulgada pelo governo de SP, em dezembro, o Ministério da Saúde pagava 3.822 leitos de UTI em São Paulo, mas passou a subsidiar o funcionamento de somente 564 leitos neste ano. O custo diário de uma UTI covid é de R$ 1,6 mil.

Para a Procuradoria Geral do Estado, a decisão do STF "é uma grande vitória para o Estado de São Paulo porque traz luz à gestão sanitária em um momento de severo aumento de internações."

No último sábado, o estado de São Paulo chegou ao número de 7.011 pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com covid-19.

Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, nesta quarta-feira (13), mais de 1700 pacientes estão internados nos leitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas redes pública e privada de Pernambuco. Destes, 1055 estão em leitos de Terapia Intensiva.

O estado vem registrando um novo aumento nos casos graves da Covid-19. Na primeira semana epidemiológica de 2021, foram 806 casos de SRAG, o que representa um aumento de 20% - em comparação com a última semana de 2020 - e 16%, quando comparado há 15 dias. 

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Diante disso, o secretário salienta que o número de solicitação de leitos também vem aumentando em comparação com a última semana de 2020 e a primeira semana de 2021. Foi 5% de acréscimo na solicitação de vagas na terapia intensiva e 14% nos leitos de enfermaria.

"Se cumpridos à risca, os protocolos sanitários reduzem a possibilidade de contágio e proporciona o funcionamento seguro da grande maioria das atividades, sem colocar novas vidas em risco", salienta André Longo.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco divulgou, na tarde desta terça-feira (15), a abertura de mais 151 leitos para o tratamento da Covid-19 no estado. Com 91 novos leitos, a Região Metropolitana do Recife é a que mais abriu vagas.

Dos novos leitos em operação na RMR, 20 são de enfermaria e 71 de UTI. Eles estão distribuídos entre o Hospital de Referência à Covid-19, unidade Olinda (Maternidade Brites de Albuquerque) - 10 de UTI e 20 de enfermaria; Hospital Real Português (HRP), no Recife, que mantém convênio com o SUS - 10 de UTI; e Hospital Agamenon Magalhães (HAM), na zona norte do Recife - 51 de enfermaria.

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A cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, recebeu 10 leitos de UTI e 30 de enfermaria na UPAE de Petrolina. O Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, Agreste do estado, abriu 10 leitos de UTI; e o Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada, Sertão do Pajeú, conta com 10 novos leitos de UTI.

Com essas novas aberturas, Pernambuco chega a 1.773 leitos dedicados exclusivamente aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), sendo 894 de terapia intensiva e 879 de enfermaria.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou durante coletiva online desta quinta-feira (5) que, na última quarta-feira (4), se reuniu com os representantes das unidades de saúde públicas de Pernambuco e confirmou que houve uma “pequena” elevação nas internações nesta última semana. “Mas esse aumento não tem sido motivado necessariamente pela Covid-19. São quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mas temos encontrado diagnósticos de diversas outras manifestações de repercussão respiratória", diz.

Sobre as taxas de ocupação dos leitos, Longo ressalta que, no decorrer dos últimos meses, com a desmobilização de alguns leitos por conta da baixa ocupação no estado, é possível que haja algumas variações. "Chegamos a contar com mais de 1.500 vagas de UTI no pico da pandemia, juntando com os leitos do governo e da Prefeitura do Recife. Hoje, são 786 (leitos), mesmo assim a ocupação se encontra num patamar de controle", analisa.

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O secretário garantiu que o estado continua monitorando os indicadores hospitalares, fazendo reuniões com as unidades de saúde e unidades de pronto atendimento. Além disso, ele reforçou que o Plano de Contingência de Pernambuco prevê que se forem alcançadas taxas sustentadas superiores a 80% de ocupação, Pernambuco irá desbloquear leitos e alocá-los para o atendimento dos infectados pela Covid-19.

Contaminação e óbitos

Longo analisou que Pernambuco terminou o mês de outubro “melhor do que começou”. "Com uma queda de 9,1% nas notificações dos casos graves e 25,8% nos óbitos, isso quando comparamos com a semana 41 e 44", explicou.

O secretário disse que, mesmo com algumas "flutuações" percebidas, outubro registrou os menores índices da doença desde abril. "Quando comparamos a setembro, tivemos uma redução de 15,6% nos casos. Quando olhamos os casos graves confirmados [em outubro], houve queda de 14% em relação a setembro".

Em relação aos óbitos, André Longo garante que também houve uma queda nos números do estado. Ele salientou que os 533 óbitos por Covid-19 confirmados em outubro representam uma queda de 39,7% em relação a setembro.

O secretário afirmou que as variações dos casos confirmados da Covid-19 no estado estão dentro do esperado e, até este momento, estão em um patamar de estabilidade, sem uma tendência clara de aumento e sem grandes repercussões na análise por macrorregião e Gerência Regional de Saúde (GERE). 

"Para evitar um novo aumento nos índices de contaminação pela Covid-19, dependemos somente de nossas próprias atitudes. O vírus continua circulando e, para não termos mais mortes, aumento na ocupação dos hospitais, cada um precisa fazer a sua parte usando as máscaras, lavando as mãos, usando álcool e evitando as aglomerações", complementou o secretário de Saúde de Pernambuco.

Os hospitais de campanha da Prefeitura do Recife alcançaram, nesta segunda-feira (31), a marca de três mil altas de pacientes que se internaram nos leitos para enfrentamento da Covid-19. A rede municipal criada para combate à pandemia já realizou mais de 16 mil atendimentos.

O Recife ergueu sete hospitais de campanha e abriu leitos para pacientes com Covid-19. Atualmente, a rede municipal tem 436 leitos em funcionamento, sendo 229 de UTI e 207 enfermaria. Foram realizadas mais de 5,9 mil internações nessa estrutura.

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De acordo com a Prefeitura do Recife, cerca de 60% dos pacientes internados com Covid-19 nas UTIs municipais são de fora da capital.

O município já desativou o maior hospital de campanha construído, o Provisório Recife 2 (HPR), nos Coelhos, desativando 590 leitos. Em julho, já haviam sido desativados leitos construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife e das Policlínicas Barros Lima, Amaury Coutinho e Arnaldo Marques.

A taxa de ocupação de UTIs exclusivos para pacientes com a Covid-19, de Salvador, Bahia, se manteve no patamar necessário para o início da fase dois da retomada das atividades econômicas na cidade pelo segundo dia. O percentual desta sexta-feira (31), foi fechado em 70%, informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Ontem (30), o percentual foi de 68%. Para que Salvador entre na fase dois da retomada, o percentual tem que ser igual ou inferior a 70% por cinco dias. Isso pode acontecer, inclusive, no intervalo de 14 dias entre uma fase e outra, conforme protocolo conjunto elaborado pela Prefeitura e governo do Estado.

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Como a primeira fase teve início no dia 24, com a reabertura de shoppings e centros comerciais, além lojas de rua acima de 200 metros quadrados, a segunda pode ter início no próximo dia 7. Para isso, basta que a taxa de ocupação de leitos de UTI permaneça no patamar de até 70% por mais três dias.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira, 15, que passa a custear o funcionamento de leitos de "suporte ventilatório pulmonar" em Estados e municípios. O governo federal irá pagar R$ 467,06 pela diária de cada unidade durante até dois meses na pandemia.

Trata-se de leito "intermediário", pois não tem o aparato de um espaço completo de UTI. A ideia é receber pacientes que ainda não evoluíram para o estado grave, mas necessitam de suporte de oxigênio.

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Segundo o Secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, a ideia com o novo formato de leito é reservar quartos de UTI apenas para pacientes mais graves. Os leitos intermediários podem ser instalados em unidades de saúde mais simples, inclusive hospitais de campanha, disse ele.

O leito de suporte ventilatório é mais barato do que quartos de UTI, entre outros motivos, por exigir atuação de equipe menos qualificada de saúde. Para unidades que recebem pacientes em estado crítico, o governo federal repassa diárias de R$ 1.600.

A equipe da Saúde não divulgou quantos leitos neste novo formato espera habilitar. Entre abril e junho, já foram habilitados 8.575 leitos de UTI exclusivos para pacientes do coronavírus que necessitam de internação, o que gerou investimento federal de R$ 1,2 bilhão.

O Governo de Pernambuco anunciou que conseguiu zerar, neste domingo (7), a fila por um leito de terapia intensiva (UTI) voltado para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). A rede pública de saúde de Pernambuco chegou a atingir o pico de 300 pacientes suspeitos de Covid-19 aguardando vaga de UTI em maio.

Neste momento, de acordo com dados da Central de Regulação de Leitos, que é responsável pelo encaminhamento de pacientes aos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, as solicitações ativas de pacientes com a doença têm disponibilização imediata de leito, já que a oferta é maior que a demanda. 

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Nos últimos meses, a gestão estadual colocou em funcionamento 1543 leitos, distribuídos em 20 municípios nas quatro macrorregiões de saúde de Pernambuco. Do total, 688 são vagas em UTI e 855 em enfermarias. A Prefeitura do Recife abriu sete hospitais de campanha e colocou em funcionamento, nos últimos dias, cerca de 100 leitos, totalizando 864 vagas ativas, sendo 212 de UTI e 652 de enfermaria.

"Chegamos até aqui graças a maior operação política, sanitária e logística já registrada na história da nossa Saúde pública. Em 18 de março, ao lado do prefeito Geraldo Júlio, anunciamos que iríamos abrir mil novos leitos para enfrentar a Covid-19. Hoje, somando Estado e Prefeitura da Capital já colocamos à disposição dos pernambucanos 2.407 leitos, sendo 900 de UTI e 1.507 de enfermaria. Vamos continuar reforçando nossa capacidade de atendimento para dar uma assistência digna à população", afirmou o governador Paulo Câmara (PSB) em pronunciamento neste domingo.

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O secretário de Saúde também atribuiu a marca alcançada à população. "Além deste grande esforço de abertura de leitos, esta marca que alcançamos hoje é fruto da decisiva colaboração dos pernambucanos, que entenderam a mensagem e adotaram um isolamento social mais rígido, além de medidas de proteção e  de distanciamento social que precisam continuar sendo adotadas com a reabertura gradual das atividades a partir da próxima segunda-feira", comentou André Longo.

A diminuição da pressão sobre a rede de saúde é uma tendência observada nos últimos dias pela Central de Regulação de Leitos de Pernambuco. As solicitações de internação, que chegaram a mais 2,1 mil em meados de maio, reduziram mais de 30%, e ficaram em 1,4 mil na semana passada. 

Nas 15 UPAs estaduais, que são a principal porta de entrada da rede de urgência e emergência, a redução da curva epidêmica e da taxa de transmissão no Estado já está sendo sentida, diz o Governo de Pernambuco. Os atendimentos a pacientes com quadros respiratórios apresentaram uma queda de 60% na comparação de junho com maio deste ano, passando de 662 no dia 5 de maio para 269 em 5 de junho. 

"Mesmo com dados positivos, ainda não é momento de relaxarmos", alerta o secretário. Atualmente a taxa média de ocupação dos leitos dedicados à Covid-19 está em 76%, sendo de 62% nos leitos de enfermaria e 96% nos leitos de UTI. 

O secretário adiantou, na última sexta-feira (5), durante coletiva de imprensa transmitida pela internet, que novos leitos de UTI serão abertos, nos próximos dias, nos hospitais de Referência Covid-19 – unidade Olinda (Maternidade Brites de Albuquerque); Mestre Vitalino, em Caruaru; e Dom Moura, em Garanhuns. Além disso, ventiladores de transporte estão sendo encaminhados para reforçar as salas vermelhas dos hospitais Regional de Ouricuri, Dom Moura, além da UPA de Caruaru e UPAE de Garanhuns.

Cada dia que passa os casos de coronavírus no Brasil estão aumentando e, consequentemente, os hospitais estão ficando sem ter como dar suporte para todos. Por conta disso, o estudante de direito Jessé dos Anjos, 34 anos, precisou ficar seis dias acampado na frente da Unidade de Pronto Atendimento de Vila Velha, Fortaleza, para lutar por um leito para o seu pai - que corria risco de vida por conta do vírus.

Desde a última sexta-feira (8), que o estudante procurava por ajuda. Na última terça-feira (12), Jessé recorreu à Justiça para conseguir uma UTI para o seu pai Jocélio da Silva, de 62 anos, internado por complicações da Covid-19. Contudo, mesmo o relatório médico ter atestado que o idoso corria risco de morte, a Justiça disse que o filho não tinha provas que atestasse a necessidade do leito para o pai.

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Só na madrugada desta quinta-feira (14) que Jessé recebeu ligações de profissionais da área da saúde e "milagrosamente" apareceu um leito. "Eu tinha rodado o dia todo procurando hospital. Quando era umas doze, doze e meia, eu estava naquela angústia, então resolvi voltar para a UPA. Cheguei lá e descobri que estavam esperando a UTI móvel para transferir meu pai", disse o estudante ao site Diário do Nordeste.

Agora, Jessé espera ter mais informações sobre a situação do seu pai e, segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, é o Hospital Leonardo da Vinci quem deve repassar as informações sobre o paciente Jocélio em ligação para a família.

O idoso, que tem hipertensão, diabetes, além de ser portador de hiperplasia prostática benigna, foi levado para a UPA com febre, tosse e falta de ar. "Muitas pessoas estão morrendo e eu tô me recuperando ainda do que vi na UPA. Meu pai foi infectado pela irresponsabilidade de outras pessoas", pontuou Jessé à reportagem.

 

Começou a funcionar nesta quinta-feira (16) os primeiros 40 leitos do Hospital de Referência Covid-19, no antigo Alfa, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A unidade, que estava fechada desde 2018, terá 230 leitos, sendo 100 deles de Terapia Intensiva (UTI) e 130 de enfermaria. 

Dos 40 leitos em funcionamento, 20 são de UTI. A estrutura, que estava sem energia elétrica e água encanada, além de elevadores e geradores sem funcionar, passou por ampla reestruturação com reforma de toda parte elétrica e hidráulica e recuperação de equipamentos. Foi instalado um novo sistema de climatização, além da compra de gases medicinais, aquisição de aparelhos de raio-x e tomógrafo computadorizado. O investimento total foi de R$ 20 milhões.

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A unidade foi requerida administrativamente pelo Governo de Pernambuco com o objetivo de ampliar a assistência aos infectados pelo novo coronavírus. A previsão é que os outros leitos sejam inaugurados durante as próximas semanas.

Quando estiver em pleno funcionamento, trabalharão no local mais de 900 pessoas entre médicos (155), enfermeiros (170), fisioterapeutas (82), técnicos de enfermagem (36) e outros profissionais de saúde, além de apoio e administrativo.

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Olinda

Outra unidade que estava desativada e foi colocada a funcionar para atender exclusivamente casos de Covid-19 foi a Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A unidade ativou seus 10 primeiros leitos na sexta-feira (10) e outros 10 de terapia intensiva passarão a funcionar nesta quinta (16). Em pouco mais de um mês foram abertos 527 leitos para o tratamento na doença em Pernambuco, sendo 254 de UTI. 

A Prefeitura do Recife anunciou, nesta quinta-feira (9), a abertura do terceiro hospital de campanha na cidade. O espaço foi instalado na Policlínica Arnaldo Marques, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, e conta com 38 leitos.

Com o novo hospital de campanha, Recife passa a ter 186 leitos para atendimento de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19. O local conta com dois respiradores, além de concentradores de oxigênio e condição de fazer exames de raio.

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Os outros dois hospitais de campanha funcionam nos bairros de Casa Amarela e Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife. Foram investidos R$ 186 milhões no combate ao coronavírus na capital. "Todos esses hospitais de campanha, todos esses investimentos, são feitos com recursos exclusivos da Prefeitura do Recife", afirmou o prefeito Geraldo Julio (PSB).

O gestor também pediu que a população mantenha o isolamento social durante a Páscoa. "Será uma Páscoa diferente. Evitem encontrar os seus familiares pessoalmente. Façam isso por vídeo, por telefonema, por mensagem, por pensamento. Não vamos fazer aglomerações nessa Páscoa", disse. 

Uma criança, de cinco anos, foi picada por um escorpião enquanto dormia na ala pediátrica do Hospital da Restauração (HR), localizado na área Central do Recife, na noite desse domingo (11). O animal peçonhento foi encontrado no leito pela mãe da vítima, que deu entrada na unidade de saúde para tratar um quadro de dores abdominais e febre.

Após o ataque, o garoto se queixou de dor e disse que havia sido picado por uma formiga. A mãe tirou a criança do leito, momento que encontrou o escorpião. Ela relatou que o menino começou a reclamar de dormência no braço recebeu apenas uma medicação para o alívio da dor. Representantes da unidade de saúde explicam que o menino não tomou soro antiescorpiônico por não haver reação alérgica. 

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A assessoria do HR confirmou o caso e informou que o escorpião caiu de uma fissura do teto. A direção lamenta o ocorrido, e reitera que realiza higienização e prevenção em toda a área hospitalar, inclusive nos 833 leitos.

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Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostrou que nos últimos nove anos o Brasil desativou 15,9 mil leitos de internação pediátrica, aqueles destinados a crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas. Segundo a SBP, dados obtidos no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), mantido pelo Ministério da Saúde, indicam que em 2010, o país dispunha de 48,8 mil leitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, segundo dados relativos ao mês de maio, o número baixou para cerca de 35 mil. 

A pesquisa também mostra que os leitos disponíveis nos planos de saúde ou em unidades privadas caíram em 2.130 no mesmo período, com 19 estados perdendo leitos pediátricos nessa rede. São Paulo desponta com a maior queda: ao todo foram 762 unidades encerradas, seguido do Rio Grande do Sul (-251) e Maranhão (-217).

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Segundo os dados, os estados das regiões Nordeste e Sudeste foram os que mais sofreram com a redução de leitos de internação no SUS, com 5.314 e 4.279 leitos a menos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Sul (-2.442 leitos), Centro-Oeste (-1136) e Norte (-643).

São Paulo foi o estado que mais perdeu leitos de internação infantil entre 2010 e 2019, com 1.583 leitos pediátricos desativados. No sentido contrário dois estados tiveram aumento no número de leitos SUS: Amapá, que saltou dos 182 leitos pediátricos existentes em 2010 para 237 no fim do ano passado, e Rondônia, foi de 508 para 517.

Entre as capitais, São Paulo lidera o ranking dos que mais perderam leitos na rede pública (-422), seguidos por Fortaleza (-401) e Maceió (-328). Três capitais, Salvador, Macapá e Manaus, conseguiram elevar a taxa de leitos, o que sugere que o grande impacto de queda tenha recaído sobre as demais cidades metropolitanas ou interioranas dos estados. 

Infraestrutura precária

Segundo a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, as informações coincidem com o panorama de limitações e precária infraestrutura que se apresenta àqueles que diariamente atuam nos serviços de assistência pediátrica. “A queda na qualidade do atendimento tem relação direta com recursos materiais insuficientes. Essa progressiva redução no número de leitos implica obviamente em mais riscos para os pacientes, assim como demonstra o sucateamento que se alastra pela maioria dos serviços de saúde do país”, disse.

De acordo com Luciana, entre os agravos que mais têm levado as crianças a precisar de internação estão as doenças respiratórias, com prevalência acentuada nos períodos de outono e inverno, como bronquiolites, crises de asma e pneumonias. Os problemas gastrointestinais, casos de alergias e as chamadas arboviroses, também de ocorrência sazonal, completam a lista que contribuem para o crescimento dessa demanda.

UTIs neonatais

De acordo com a SBP, levando em conta o número de prematuros que nascem no Brasil (912 por dia), faltam pelo menos 2.657 leitos intensivos neonatais em todo o Brasil, sendo que o ideal seria haver no mínimo quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos. 

“Atualmente, no entanto, dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (Cnes) indicam a existência 9.037 leitos do tipo no país, públicos e privados, que correspondem a 3,1 por mil nascidos vivos. Se considerados apenas os leitos oferecidos no SUS, esta taxa cai para 1,6 leitos por mil 1.000, considerando as 4.764 unidades existentes”, diz a SBP.

Entre os estados, o pior resultado apurado pela SBP consta em Roraima, onde os 12 leitos de UTI neonatal disponíveis compõem a taxa de 1,02 leito por mil nascidos vivos.  Na segunda pior posição, o Amazonas, com 1,29 leito por um milhar, seguido do Acre, onde o mesmo grupo de recém-nascidos tem 1,34 leito. Na outra ponta, três unidades da federação atingiram a taxa mínima preconizada pelos pediatras: Rio de Janeiro, com 5,53 leitos por mil nascidos vivos; Espírito Santo, com taxa de 4,82 leitos; e Distrito Federal, com 4,22.

Ministério da Saúde

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que, de 2010 a maio de 2019 foi registrado aumento de quase três vezes no número dos leitos complementares no SUS, incluindo os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), passando de 10.787 para 30.855, dos quais 4.764 de UTI Neonatal e 2.525 leitos de UTI Pediátrico. Os leitos de UTI são os de maior complexidade, que exigem estrutura e esforço de profissionais, além de serem destinados a pacientes em casos graves. 

“O Ministério da Saúde, nos últimos anos, investiu na expansão de leitos pediátricos e neonatais para atendimento de maior complexidade, destinados a pacientes graves e que exigem maior estrutura e esforço de profissionais. O crescimento da oferta de leitos de cuidados intermediários e intensivos para esses casos foi de 25% entre 2010 e 2018, totalizando atualmente mais de 11,6 mil leitos no SUS, de julho de 2010 a março de 2019”, diz a nota.  

Segundo o Ministério, a habilitação de novos leitos deve ser solicitada pelos gestores locais. A habilitação e a liberação de recursos são feitas mediante apresentação de projetos, que são analisados pela pasta. “O gestor local também tem autonomia para ampliar o número de leitos com recursos próprios, a partir de sua avaliação em relação a demanda e necessidade e capacidade instalada de oferta assistencial. A habilitação de leitos pelo Ministério da Saúde assegura recursos adicionais para o custeio do serviço”.

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Apenas 532 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) e hospitais particulares de 5.570 municípios estão disponíveis. O que significa que 10% das cidades do país contam com esse modelo de leito.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o Brasil tem quase 45 mil leitos de UTI e menos da metade (49%) está disponível para o SUS. A outra parte está reservada para hospitais particulares, que atende 23% da população.

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O estudo também diz que o Sudeste tem 23.636 (53,4%) das unidades de terapia intensiva do país. Já o Norte, tem a menor taxa, 2.206 (5%) de todos os leitos. Segundo os dados, sete estados da região Norte possuem juntos menos leitos (1.227) do que São Paulo (5.358), Minas Gerais (2.742), Paraná (1.748), Rio de Janeiro (1.626) e Rio Grande do Sul (1.506).

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