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O fechamento obrigatório do comércio durante a quarentena forçou as donas de shopping centers a repensarem seus próximos investimentos. Em vez de aportar recursos na expansão ou construção de novas unidades à espera da recuperação das vendas, as empresas estão investindo em novos formatos de compra e em alternativas para que o consumidor se sinta seguro para voltar a frequentar os estabelecimentos.

Acelerar a conexão do comércio físico ao eletrônico, possibilitando aos lojistas realizar as vendas mesmo de forma remota, é uma das apostas. Outra frente de investimento é revitalizar os imóveis, agregando espaços verdes, luz natural, ar livre e áreas integradas aos espaços externos. Eram movimentos que já estavam no radar dos empreendedores, mas que acabaram catalisados pela pandemia.

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"Nosso investimento será menos voltado ao desenvolvimento de ABL (área bruta locável) e mais no sentido de gerar soluções e transformações dos shoppings", afirmou o presidente da BRMalls, Ruy Kameyama, em uma live recente. Entre as soluções está a estratégia de "digitalizar" os estoques dos lojistas, isto é, integrar as mercadorias a marketplaces - próprios ou de terceiros. O objetivo é dar mais visibilidade aos produtos e utilizar os shoppings como centros de distribuição. Essa estratégia virou unanimidade no setor e está sendo levada adiante por diversas companhias, como Iguatemi, Multiplan, Aliansce Sonae, JHSF, Gazit, Ancar, entre outras.

A Iguatemi também pretende expandir os canais de vendas fora dos seus tradicionais shoppings de luxo. "As pessoas vão ter seus diferentes momentos e necessidades. Uns vão querem comprar online, outros vão buscar no local e outros vão entrar no shopping e passar um tempo lá. Nós temos que estar preparados para atender esse público nos multicanais", afirma a vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Cristina Betts.

"Todos estão desenvolvendo projetos que possibilitem aos lojistas vender suas mercadorias por diferentes canais", diz Claudio Sallum, sócio da Lumine, consultoria e administradora de shoppings, citando opções como delivery, drive thru, vendas por WhatsApp e serviços de assistente pessoal de compras.

Embora o futuro das vendas envolva cada vez mais os canais digitais, eles não serão a solução para contornar a crise, pondera Sallum, acrescentando que o segmento representa 2% ou 3% das vendas totais dos shoppings. Para o momento, diz, é mais importante recalibrar o aluguel cobrado dos lojistas.

O sócio da área de varejo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield, Manuel Puig, reforça que a construção ou a expansão dos shoppings perdeu viabilidade no curto prazo. Na melhor das hipóteses, a retomada desses projetos deve ficar para o ano que vem, caso a economia brasileira se recupere até lá. "Estávamos atendendo um shopping na Grande São Paulo que planejava a expansão, mas paramos o trabalho porque não tínhamos segurança em dar um parecer sobre o tamanho exato da demanda e da área", conta, referindo-se ao ambiente de incertezas.

Puig diz que a pandemia vai incentivar revitalizações nos shoppings para reforçar atividades como lazer, serviços, alimentação e passeios. Isso envolve adaptações que passam pela mudança no mix de lojistas, mais áreas de circulação e descanso, ar fresco, luz do dia, curso de água e área verde, apontou. "Tudo isso já fazia parte dos conceitos arquitetônicos dos novos shoppings. A tendência de 'open malls' veio para ficar".

Em São Paulo, esse conceito já vem sendo empregado pelos shoppings de ponta, novos ou antigos. O Shopping Cidade de São Paulo, inaugurado na Avenida Paulista, reservou uma área importante do terreno para construção de uma praça, bem ao lado do centro de compras. E o Shopping Iguatemi, com mais de 40 anos na Faria Lima, criou na sua última reforma um boulevard com área verde e restaurantes perto do estacionamento dos fundos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após registrar um tombo em abril, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 28,2% em maio ante o mês anterior, informou nesta terça-feira, 7, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A alta é insuficiente para recuperar as quedas registradas em março e abril. Com isso, o trimestre móvel encerrado em maio fechou com retração de 20,6% ante o período imediatamente anterior.

Na comparação com maio de 2019, o indicador recuou 19,6%, enquanto o trimestre móvel terminado em maio ficou 18,4% abaixo do registrado em igual período do ano passado. No acumulado em 12 meses até maio, a FBCF (medida de todos os investimentos no Produto Interno Bruto) encolheu 2,8%, segundo o Ipea.

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Na passagem de abril para maio, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações) avançou 68,7%, mas também não bastou para recuperar as perdas de março e abril. O trimestre móvel encerrado em maio registrou tombo de 25,5% ante o trimestre móvel imediatamente anterior nessa componente. Na comparação com maio de 2019, a componente de máquinas e equipamentos recuou 23,7%.

Desagregando o componente entre produção local e importações, o primeiro segmento avançou 22% em maio ante abril. Já a importação de máquinas e equipamentos saltou 145,6%. Na comparação com maio de 2019, houve queda de 42,2% na produção local, enquanto a importação subiu 49,4%.

Já a componente da construção civil avançou 14,1% em maio ante abril, conforme o Indicador Ipea de FBCF, também insuficiente para recuperar perdas recentes. No trimestre móvel terminado em maio, a queda foi de 14,7% ante o período imediatamente anterior. Ante maio de 2019, o componente da construção civil encolheu 16,0%.

Por fim, o componente classificado como "outros", que inclui os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, avançaram 2,0% na passagem de abril para maio. No trimestre móvel encerrado em maio, recuaram 16,6% na comparação dessazonalizada. Na comparação com maio de 2019, a queda foi de 18,5%.

"Insegurança jurídica gera dificuldade de investimentos no País", disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta segunda-feira (29) na live a "Importância do Poder Judiciário na retomada da economia", que tem a participação, dentre outros, do ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF). Maia disse que é preciso união de todos os entes federativos para superar a atual crise.

O presidente da Câmara falou que pessoalmente está pessimista com relação ao segundo semestre, porque vai faltar emprego, renda e dificuldade na retomada dos investimentos e será fundamental saber como o Judiciário irá organizar essa questão. "É preciso construir o caminho em conjunto, mas o Judiciário terá papel fundamental. Os danos à economia serão menores à medida que o Judiciário conseguir avançar para evitar os litígios", destacou.

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Maia voltou a dizer que as medidas relacionadas ao crédito não chegaram àqueles que mais precisavam, citando as micro, pequenas e médias empresas. "Se o crédito não chegar, os problemas no Judiciário, sobretudo com as pequenas e médias empresas, serão maiores, pois os conflitos irão parar lá", disse.

E reiterou que é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, citando os bancos, para que a queda na economia não seja maior do que a projetada atualmente. "É importante que os bancos tenham participação maior na elaboração de leis", defendeu.

Nesta sexta-feira (22), às 17h, o "Chega na Live" da Universidade Guarulhos (UNG) abordará o tema "Investimentos em Tempos de Pandemia". Será no Instagram da instituição.

O encontro terá a presença do economista e professor do curso de Administração da UNG Odair Salles e do consultor em finanças pessoais e professor da Universidade Mogi das Cruzes (UMC) Walmir Bello. "Vamos abordar a importância da reserva de emergência e o quanto ela se mostra necessária no momento atual para algumas das famílias", explica Salles.

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Os professores debaterão os impactos que a Covid-19 causou na economia, onde para muitos o investimento só será possível por meio de cortes de gastos e da preservação dos empregos. "Vamos forçar as ideias de reinventar-se na crise, tentar identificar oportunidades e sempre ter uma visão otimista, mesmo com as adversidades. Haverá um novo normal, que não será nunca mais como o de antes", diz Salles.

Os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apontaram recuo de 8,9% entre março e fevereiro de 2020, na série com ajuste sazonal. O resultado já reflete parcialmente os impactos econômicos da pandemia da Covid-19, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (7).

A queda interrompe duas altas seguidas do indicador - de 7,9% e janeiro e 1,2% em fevereiro - que garantiram a manutenção de alta de 1,7% no primeiro trimestre do ano, além de uma baixa base de comparação referente ao quarto trimestre de 2019.

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Nas comparações com os mesmos períodos de 2019, enquanto março registrou uma queda de 0,9%, o primeiro trimestre encerrou com uma alta de 4%. No acumulado em doze meses, os investimentos cresceram 3%.

O resultado de março foi impactado principalmente pelo consumo aparente de máquinas e equipamentos - cujo valor corresponde à sua produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações - que caiu 15,1%, encerrando porém o primeiro trimestre com um avanço de 6,6%.

De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos recuou 9,5% em março, a importação caiu 35,9% no mesmo período. No ano, porém, o segmento manteve alta de 34,3%.

O indicador de construção civil recuou 6,7% no terceiro mês do ano, na série dessazonalizada. Com isso, o segmento registrou um recuo de 1% na passagem entre o último trimestre de 2019 e o primeiro de 2020. No ano, a alta de investimentos na construção civil é de 1,6%.

Outros investimentos tiveram queda de 7,9% em março e de 2,6% no primeiro trimestre, informou o Ipea.

Os investidores respiram mais aliviados no início de maio, depois do mercado acionário esboçar uma reação no mês passado. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, subiu 10,25% em abril, retomando o nível de 80 mil pontos no fechamento do primeiro quadrimestre de 2020. No entanto, a B3 segue longe de se recuperar do choque causado pelo novo coronavírus, que fez o Ibovespa despencar 29,9% em março e acumular baixa de 30,38% no ano. Com as políticas de isolamento em vigor para conter o avanço da Covid-19, que já matou mais de 6 mil pessoas no Brasil, a economia sente os efeitos da paralisação de diversas atividades.

Se no começo do ano o boletim Focus do Banco Central projetava um crescimento de 2,3% para o produto interno bruto (PIB) em 2020, a situação mudou completamente com a pandemia. Agora, o relatório aponta para uma retração de 3,34% no PIB do País. Porém, os cenários mais pessimistas indicam que a atividade pode ter uma retração de até 10% no ano.

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Como é de se esperar, o contexto econômico impacta o modelo de negócios e o resultado financeiro das empresas listadas na Bolsa. O tamanho do choque varia para cada companhia, segundo o setor no qual atua, fluxo de caixa e exposição aos ciclos da economia. No caso do Ibovespa, as ações de certos setores conseguiram atravessar os primeiros meses de 2020 com ganhos ou perdas abaixo das registradas pela maioria. Por outro lado, alguns papéis registraram perdas colossais, puxando a B3 para baixo.

Em relação aos destaques positivos, chama a atenção a presença de grandes exportadoras e varejistas bem posicionadas no e-commerce, além de companhias com modelos mais resilientes à crise atual. As ações ordinárias da Marfrig foram as que mais subiram entre janeiro e abril, com avanço de 28,11%, negociadas por R$ 12,84 no fechamento da última quinta-feira, 30. Parte do sucesso da companhia se deve à alta do dólar, que sobe 35,57% no ano, a R$ 5,44. A moeda americana vem batendo recordes ao ser impulsionada pela aversão ao risco, que tomou conta dos mercados globais nos últimos meses, a queda histórica na taxa de juros básica da economia brasileira, em 3,75% ao ano, e pelo cenário político conturbado no País.

Com mais de 70% das receitas oriundas de exportações, a Marfrig se beneficia do dólar mais caro, mas esse não é o único fator que explica sua valorização. A título de comparação, outros frigoríficos como JBS (-6,53%) e Minerva (-5,30%) tiveram desempenho mais tímido no período. Analistas ouvidos pela reportagem destacam que a empresa conseguiu melhorar a gestão, diminuindo sua alavancagem, além de ter sido beneficiada pela reabertura de mercados relevantes aos seus produtos - como China, Europa e EUA. "O segmento também tem um aspecto mais resiliente para enfrentar este momento", diz José Francisco Cataldo, superintendente de Research da Ágora Investimentos. "O consumo pode diminuir pela queda na renda da população, mas as pessoas que puderem não vão parar de comer por causa do coronavírus."

Assim como o setor de proteína animal, outro segmento que se destaca é o varejista com foco no e-commerce. B2W e Magazine Luiza registram valorização de 17,56% e 4,70%, respectivamente, nos quatro primeiros meses do ano. Para Julia Monteiro, analista da corretora MyCap, ambas as empresas vêm há pelo menos um ano investindo pesado na malha logística, centro de distribuição e ampliação do portfólio, fazendo parceria com outras lojas que são disponibilizadas em suas plataformas digitais.

Segundo ela, antes da pandemia de coronavírus, o brasileiro já estava adquirindo o hábito de fazer compras online. "As empresas desse setor se beneficiaram ainda mais porque estavam preparadas para atender as demandas, com a malha logística funcionando de maneira que não precisaram fazer mais investimentos", explica Julia. "O sistema online ainda tem o benefício de não ter de pagar aluguel de loja física e funcionários". Após o fim da crise, a analista projeta redução de despesas para o setor, com fechamento de lojas físicas, e mudanças ainda mais profundas dos hábitos de consumo.

Por fim, uma empresa pouco conhecida pelo consumidor, que tem a indústria como cliente final, acabou figurando entre os maiores avanços do quadrimestre. As ações ordinárias da WEG tiveram a terceira maior alta do período (+15,8%), perdendo apenas para Marfrig e B2W. A produtora de equipamentos elétricos teve lucro líquido de R$ 440 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 43% na comparação anual. Com mais de 50% das vendas em motores para uso industrial, a companhia catarinense não foi severamente afetada no curto prazo, por fazer parte de um ciclo econômico mais longo. Contudo, o agravamento da crise tende a adiar planos de investimento dos seus clientes e diminuir a demanda.

Maiores baixas do ano

Por outro lado, entre as maiores perdas do ano na Bolsa, aparecem empresas ligadas ao setor aéreo e de turismo. Azul terminou o quadrimestre com queda de 70,66%, CVC derreteu 68,72%, Gol tombou 66,36%, Smiles recuou 64,29% e Embraer caiu 56,11%. Esta foi mais prejudicada depois de a Boeing desistir de um acordo de joint venture.

Duramente penalizadas pela pandemia, as companhias do segmento têm um cenário nebuloso pela frente, sem qualquer definição sobre o fim do isolamento social nas principais metrópoles brasileiras, com os números da doença se multiplicando no País.

Segundo o analista Pedro Galdi, da Mirae Asset, com 90% das aeronaves no chão sem poder voar, as companhias aéreas precisarão se reinventar. "Elas terão de rever a quantidade de aeronaves, inclusive com devoluções, reconsiderar rotas e readequar a oferta", afirma Galdi. "Esse novo modelo pode criar uma situação meio trágica para os voos internacionais, mas para os regionais isso pode até ser um incentivo". O analista ainda cita um auxílio do governo como fundamental para a retomada do setor, em um modelo similar ao adotado pelos EUA.

A única companhia com pior resultado do que o setor de turismo é a IRB Brasil Re, que acumula queda de 73,86%. O ressegurador passa por uma séria crise de confiança do mercado após sucessivos eventos, como a troca de membros do conselho e questionamentos sobre os seu resultados. Outra notícia negativa foi a retirada dos divulgação de projeções de 2020 por causa das incertezas provocadas pela pandemia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi mais um começo de semana infernal para o investidor em Bolsa, naquele que parece ser o novo normal dos mercados financeiros desde que a crise do novo coronavírus se alastrou pelo mundo. Ao longo do dia, os gestores de algumas das principais instituições financeiras se dividiram na missão de minimizar o prejuízo nos portfólios, ao mesmo tempo que acalmavam os clientes, alguns deles enfrentando seu primeiro grande revés na vida no mercado de renda variável.

Em um único dia, as ações das empresas negociadas na B3 perderam R$ 432 bilhões em valor de mercado, segundo dados da Economática. Em cifras, esse é o maior prejuízo da Bolsa em um único dia desde o início do Plano Real, em 1994.

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No Itaú Unibanco, o diretor de investimentos, Cláudio Sanches, bateu na tecla da paciência, discurso que vem sendo usado desde fevereiro para o mercado. Para ele, por pior que a situação se apresente, é melhor deixar o dinheiro onde está e manter a calma. "As pessoas ficam preocupadas. Mas para o cliente que está com a alocação bem posicionada, a gente está falando para manter o dinheiro na Bolsa", diz. "A única recomendação diferente é para aquela pessoa que percebeu que não tem estômago para risco tão forte quanto imaginava. Nesse caso, é bem melhor sair do que ficar sofrendo", afirma.

Para o executivo do Itaú, o investidor precisa encarar a Bolsa como uma aplicação de, pelo menos, 12 meses. "E em até um ano acreditamos que as coisas vão se acalmar", afirma.

O chefe de investimentos da corretora TAG, Dan Kawa, diz que seus clientes passaram o dia "muito desconfortáveis, mas ainda serenos". Acostumado a lidar com famílias com pelo menos R$ 10 milhões aplicados, Kawa diz que seu público encara os solavancos da renda variável com um pouco mais de naturalidade. O que não acontece com boa parte do mercado. "Conversei com muitos colegas e eles estão se matando para segurar os investidores, que querem sair correndo da Bolsa."

No Indosuez, o diretor-geral da área de investimento, Fabio Passo, realizou uma conferência com os investidores às 16h, no momento em que o Ibovespa ampliava as perdas para além de 10% (o índice fechou o dia com queda de 12,16%). "Falei que sim, que a situação é grave, que o impacto que o coronavírus deverá ter na produção global vai gerar recessão e que a falta de acordo entre a Opep e a Rússia na questão do preço do petróleo teve um peso enorme na crise do dia. Mas, ao mesmo tempo, falei que não podemos ser irracionais nas nossas decisões e que fundamentos sempre prevalecem", lembra ele, que ainda prefere esperar para traçar um cenário para os ativos brasileiros nos próximos meses. "Em Bolsa, é preciso fazer as coisas com cuidado."

2021

Para a coordenadora do curso de Economia do Insper, Juliana Inhasz, apesar dos esforços dos gestores, parte do novo investidor pessoa física que vinha participando da alta da Bolsa nos últimos meses deve deixar a renda variável. "Eu vejo um efeito manada, que é quando todos correm juntos para o mesmo lado", diz. "É preciso esperar as coisas se acalmarem. Mas quem entrou na Bolsa na alta, só deve recuperar seu dinheiro no ano que vem."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para quem começou a investir em 2019, a atenção na declaração do Imposto de Renda 2020 deve ser maior do que antes. Ainda que o investidor não tenha sacado lucros, todos os títulos, ações e cotas de fundos adquiridas no último ano devem ser declarados. Nem mesmo os investimentos isentos de IR, como LCI/LCA e poupança, ficam de fora dessa lista.

Para qualquer investimento que não foi resgatado, seja de renda fixa ou variável, o contribuinte deve registrar o ativo com o valor pago no momento da compra. "Se for um título do Tesouro ou uma cota de fundo de investimento, por exemplo, na declaração se coloca o valor pago, sem importar quanto esse ativo vale agora", diz Bruno Mori, planejador financeiro da Planejar. O ativos não vendidos devem constar no campo "Bens e direitos".

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"Conta corrente, poupança e demais aplicações financeiras a partir de R$ 140 devem ser declaradas. Conjuntos de ações, cotas de empresas fechadas ou abertas e ouro (ativo financeiro) precisam ser declarados quando representarem mais de R$ 1 mil", diz Mori. A seguir, os principais pontos de atenção ao declarar investimentos.

Previdência privada

Se a opção foi pelo PGBL, o IR vai incidir sobre todo o patrimônio investido quando ele for sacado. O contribuinte deve elencá-lo na parte referente a "Pagamentos efetuados", no campo reservado às deduções. Dessa maneira, os pagamentos serão deduzidos do imposto a pagar com o limite de 12% sobre os rendimentos tributáveis que esse contribuinte tiver declarado.

Se a opção foi pelo sistema VGBL, ao final do plano, o imposto deverá incidir sobre os rendimentos. Na declaração anual, o contribuinte deve acrescentar suas cotas com o valor pelo qual as adquiriu no campo de "Bens e direitos", assim como os demais investimentos que não foram vendidos.

Renda fixa

Para quem vendeu títulos do governo, o imposto já foi retido na fonte no momento do saque, o que se chama de "Rendimento sujeito à tributação exclusiva". Da mesma maneira, quem investiu via fundos de investimento, de qualquer natureza, e fez resgates, o imposto já foi descontado na retirada. Basta, portanto, seguir as instruções do informe de rendimentos da gestora.

Ações

Para quem comprou e vendeu ações durante o ano, o maior trabalho já deve ter sido feito em 2019. Mensalmente, o investidor deve computar suas vendas acima de R$ 20 mil no programa da Receita chamado "GCAP". Ali, ele pode registrar também suas perdas e carregar o prejuízo para os próximos 30 dias de apuração. Dessa maneira, será possível descontar o valor dos ganhos do próximo mês.

Quando há ganho de capital (venda acima de R$ 20 mil no mês), o lucro sofre tributação de 15%. Se a operação tiver sido realizada no modelo day trade (compra e venda no mesmo dia), a alíquota será de 20%. Para o contribuinte que tiver feito os registros corretamente, na hora da declaração, basta importar os dados no campo "Ganho de capital". Se a apuração mensal não estiver regular, o contribuinte deve atualizá-la e quitar os impostos devidos para fazer a importação. Se não houve ganho de capital, o investidor deve registrar suas vendas de ações no campo de "Rendimentos isentos e não tributáveis".

Criptomoedas

Os criptoativos devem ser declarados no campo "Outros bens e direitos", pelo valor de aquisição. Se foram realizadas transações durante o ano e com elas houve ganho de capital (valores acima de R$ 35 mil), as compras e vendas devem ter sido informadas mensalmente à Receita e o imposto, devidamente recolhido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), prometeu investimento de R$ 800 milhões em prevenção de enchentes na cidade, em um vídeo divulgado nesta terça-feira, 11. Dentro do comitê de crise, instaurado por conta dos estragos provocados pelas forte chuva desta segunda-feira, 10, Covas afirmou que a gestão utilizou 85% dos recursos disponíveis para controle de cheias, e chamou de "fake news" a informação de que a Prefeitura deixou de investir a totalidade da verba destinada para tal fim.

"Infelizmente, neste momento, a gente vê uma série de pessoas espalhando fake news, que a Prefeitura não gastou o que devia ter gasto. Mentira. Só no ano passado, passamos de 85% do gasto de prevenção de enchente e só não gastamos ainda mais pelo problema do atraso nas obras que não ficaram prontas, se não a gente teria gasto os 100% do recurso", disse o prefeito. "Para este ano, a gente prevê gastar R$ 800 milhões", compromete-se.

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Nesta terça, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que nos últimos cinco anos, a Prefeitura de São Paulo deixou de gastar R$ 2,7 bilhões em obras para o controle de cheias. Em números atualizados, entre 2015 e 2019, as administrações de Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e a atual, de Covas, planejaram desembolsar R$ 3,8 bilhões em intervenções nos córregos, mas apenas R$ 1,1 bilhão foi investido em projetos que saíram do papel.

No anúncio, divulgado nas redes sociais, o prefeito diz que mais de 20 mil funcionários da Prefeitura trabalham, em "ritmo de 24 horas", para que a cidade volte à normalidade. "Dos mais de 100 pontos de alagamento que nós tínhamos ontem (segunda), hoje (terça) de manhã eram apenas quatro. A gente quer acabar com isso o mais rápido possível", contabilizou.

Além da verba para prevenção, o prefeito destacou a limpeza e entrega de novos piscinões na capital. "Já entregamos oito piscinões, vamos entregar mais cinco, total de 13. A cidade tinha apenas 24. Ou seja, vai ser recorde na história da cidade de São Paulo", enumera. "A limpeza dos piscinões deu tão certo, que nenhum deles transbordou por conta dessas chuvas do dia 10 de fevereiro. Imaginem se os piscinões estivessem sujos e transbordando, o caos que teria sido, além daquele que já aconteceu", acrescentou.

A queda da taxa de juros vem provocando um nó na cabeça de boa parte dos brasileiros: o que fazer agora com os investimentos? A taxa Selic, que caiu na quarta-feira, 5, para o patamar de 4,25% ao ano, é o indexador dos principais produtos de renda fixa, como são chamadas as aplicações conservadoras, destino de R$ 8,5 em cada R$ 10 poupados no Brasil. E sua queda foi enxugando os rendimentos pagos por produtos como CDB, títulos do Tesouro Direto, fundos DI e, claro, a caderneta de poupança.

"Ficou mais complexo investir", diz Luiz Severiano Ribeiro, que lidera a área global de private bank do Itaú Unibanco. "O 'rentismo' no Brasil acabou", afirma Dan Kawa, chefe de investimentos da TAG. "Os juros caíram a tal ponto que tanto faz se 4% ou 6% ao ano. A maré virou e, mesmo que os juros subam ou caiam um pouco, a estratégia não muda muito."

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Por conta desse novo cenário, bancos e corretoras vêm mudando suas orientações para os investidores. E a recomendação unânime é que a diversificação dos produtos que integram o portfólio de cada investidor é fundamental (como se pode ver no quadro ao lado, com as recomendações de alguns bancos de como montar uma carteira, dependendo do seu perfil).

"Tem de ampliar a exposição para além da renda fixa. A Bolsa é a nossa grande recomendação. Achamos que, no médio e longo prazos, os resultados vão compensar o investimento", afirma Augusto Miranda, diretor de Private Banking do Bradesco.

Hoje, os gestores estão, gradativamente, ampliando a presença, nos portfólios de seus clientes, de produtos em fundos multimercado e ações. Os multimercados são fundos ativos, ou seja, constantemente balanceados por profissionais, que alocam o dinheiro dos investidores em uma cesta de produtos que vai da renda fixa à renda variável.

No ano passado, dados da associação das empresas do mercado financeiro, a Anbima, colocaram o multimercado na segunda posição na preferência do investidor, com R$ 66,8 bilhões em aportes, atrás apenas dos fundos de ações, que investem apenas em ativos de empresas negociados na Bolsa, que registrou R$ 86,2 bilhões em aplicações.

Bolsa de Valores.

Para Luis Azevedo, superintendente de análise da Safra Corretora, o Ibovespa pode repetir em 2020 o desempenho do ano passado, quando subiu mais de 30%. "Temos uma visão bastante otimista para a Bolsa neste ano. Tanto que nosso time de análise acabou de elevar as projeções para o Ibovespa, passando de 130 mil pontos para 140 mil pontos", diz.

Para a renda fixa, a recomendação dos gestores é a de ampliar as posições dívidas corporativas. "Se for para manter a renda fixa, entendemos que um dos melhores instrumentos seriam as debêntures incentivadas, que possuem um bom risco de crédito e spreads (diferença entre custo de compra e custo de venda de uma ação ou um título) ainda razoáveis", afirma Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da corretora Modalmais, também destaca as debêntures de infraestrutura. Mas com cuidado. "Tem de avaliar risco e a liquidez do produto", afirma.

Por falar em liquidez, os analistas apontam que no atual cenário o investidor deve se resignar com prazos maiores de saque de suas aplicações. Fabio Passos, do banco Indosuez, diz que tem batido nessa tecla com os seus clientes, principalmente os mais ricos. "Os bons investimentos estão cada vez menos líquidos", diz ele, se referindo ao tempo em que o dinheiro deve ficar disponível para a aplicação. "Para as grandes fortunas, nós estamos até ampliando para 10% do portfólio a alocação em produtos que chamamos de ilíquidos, como aportes diretos em empresas de pequeno porte e com potencial de crescimento acelerado", afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um cenário de juros baixos, os investidores brasileiros têm sido obrigados a diversificar sua carteira para conseguir maior retorno financeiro. Manter todo o patrimônio aplicado em renda fixa já não garante os melhores resultados. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram essa tendência: em 2019, os fundos de renda fixa tiveram resgate líquido de R$ 69,3 bilhões, enquanto os de ações foram os que mais captaram, com entrada líquida de R$ 86,2 bilhões, aumento de 195% em relação a 2018.

A plataforma de comparação de produtos do mercado financeiro Yubb também registrou a mudança de comportamento. A procura por renda variável aumentou nos últimos meses e, particularmente, pelos robôs de investimento. Em dezembro, 23% das buscas realizadas no site foram sobre os robôs.

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Em primeiro lugar nas buscas na plataforma, no entanto, ainda aparecem os fundos de investimento, que incluem, fundos imobiliários, ETFs (fundos negociados em Bolsa), fundos de ações e previdência privada. Em seguida estão as ações, negociadas diretamente na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

Os robôs de investimento são plataformas que montam, de forma automatizada, com base em algoritmos, portfólios com produtos de renda fixa e variável de acordo com o perfil do investidor - a custos, em geral, mais baixos que as taxas cobradas do aplicador de pequeno porte. Cada casa especializada pode cobrar taxas de administração e até mesmo de performance.

O fundador do Yubb, Bernardo Pascowitch explica que os robôs de investimento surgem como uma possibilidade interessante por causa das facilidades que eles oferecen ao investidor iniciante. Antes de se definir onde o dinheiro será aplicado, o robô faz uma análise do perfil do investidor, considerando, por exemplo, os riscos que ele está disposto a tomar, o prazo e o volume da aplicação.

A publicitária Camila Coelho, de 24 anos, apostou nos robôs para se iniciar no mercado financeiro - seja pela falta de tempo para se dedicar a estudar as modalidades de investimento, seja pela falta de disposição para tomar decisões para cada ativo que possui. "Esse dinheiro é para ser usado em acontecimentos no futuro. Se tiver alguma emergência, vou usar. Caso contrário, deixo lá, não mexo."

Ela se considera conservadora e a forma como seus investimentos estão alocados comprova isso. "Eu não queria 100% de renda fixa porque sei que rende menos. Coloquei apenas 5% em renda variável para entender como funciona, mas também não queria perder", diz a publicitária. Com mais confiança no mercado, em breve pretende colocar 25% do seu patrimônio em renda variável. "Hoje, me sinto mais preparada para o risco."

De acordo com Luciano Tavares, fundador da Magnetis, gestora especializada em investimentos com tecnologia que tem R$ 375 milhões alocados, o maior desafio ainda é fazer o investidor entender como funciona o produto. "Quando conhece, gosta", afirma.

O diretor de produtos da Monetus, gestora de investimentos digitais especializada em robôs com R$ 160 milhões alocados, Vinícius Soares, diz que a empresa faz o balanço entre tecnologia e pessoas. "Operamos com um modelo híbrido que une o melhor dos dois mundos: a capacidade de raciocínio analítico de um gestor profissional com a capacidade de executar milhares de operações em poucos segundos de um computador."

Segundo o Yubb, o prazo mais buscado para o investimento por meio de robôs é de 12 a 24 meses, com valores de R$ 5 mil a R$ 10 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasília – No primeiro dia do ano, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comemorou as decisões recentes do governo Jair Bolsonaro de ampliar investimentos em segurança. Em sua conta pessoal no Twitter, Moro destacou a autorização de concurso público para preenchimento de vagas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

“Governo do PR @jairbolsonaro começa ano com investimentos na segurança. Concurso para agente penitenciário federal. Cargo estratégico para políticas federais de isolamento das lideranças criminosas e de retomada, via Força de intervenção, do controle dos presídios estaduais”, destacou.

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A decisão foi publicada em uma portaria do dia 30 de dezembro. De acordo com o texto, do total de 309 vagas, 294 são de agentes federais de Execução penal e outras 15, de especialistas em assistência à Execução Penal.

Moro aproveitou ainda para agradecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelas contas do governo. Segundo ele, as ações federais na área de segurança têm garantido a redução de índices criminais.

“Isolar líderes criminosos e retomar o controle de presídios estaduais têm contribuído para a queda dos índices criminais. Reduzir a impunidade, prendendo e neutralizando criminosos perigosos, reduz os crimes. Óbvio assim. Obrigado @MinEconomia pelo apoio no investimento estratégico”, concluiu.

O governo tem competência para solicitar o reajuste aos policiais civis e militares do Distrito Federal pois os salários são bancados com recursos do Fundo Constitucional do DF que, por sua vez, é abastecido com dinheiro da União. Caso o reajuste seja validado, terá impacto em todo o Orçamento federal, consumindo valores que poderiam ir para despesas como Bolsa Família e investimentos.

Pela proposta, policiais civis teriam reajuste de 8% em 2020. O salário de agente, de R$ 8,7 mil a R$ 13,7 mil, ficaria entre R$ 9,4 mil e R$ 14,8 mil. A remuneração de delegados, de R$ 16,8 mil a R$ 22,8 mil, passaria para R$ 18,2 mil a R$ 24,6 mil. Para militares, o reajuste da Vantagem Pecuniária Especial seria de 25%.

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As remunerações iriam de R$ 1,5 mil (soldado de 2.ª classe) a R$ 7,3 mil (coronel) para a faixa de R$ 1,8 mil a R$ 9 mil. Técnicos disseram ao presidente Jair Bolsonaro que, além de problemas legais, as polícias do DF já estão entre as mais bem remuneradas do País.

Bolsonaro quer ainda transferir ao DF a administração da folha de pagamento de policiais. Segundo a área econômica, a execução orçamentária do Fundo Constitucional cabe ao Ministério da Economia e passa pelo Orçamento da União e pelos sistemas de pagamento do governo.

Executar a folha das polícias fora disso prejudica a transparência e o controle de recursos federais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O porcentual de empresas que pretendem investir em 2020 aumentou para 84% em 2020, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. O número é o maior desde 2014, quando alcançou 85%.

Na pesquisa feita no ano passado, 80% dos empresários pretendiam investir em 2019. A pesquisa mostrou, porém, que apenas 74% das empresas efetivaram investimentos neste ano.

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Das empresas que não pretendem investir em 2020, 36% afirmaram que existe necessidade, mas a empresa não consegue investir. O principal objetivo dos investimentos previstos para 2020 é a melhoria do processo produtivo (36%) e aumento da capacidade da linha produtiva (23%).

A maioria dos investimentos é para aquisição de máquinas (67%). A maior parte do investimento é para o mercado interno (36%), mas aumentou a fatia das empresas que querem investir de olho no mercado externo (de 7% para 9%) e que investem igualmente para os mercados interno e externo (de 25% para 36%).

Crédito

Entre as causas que frustraram os planos de investimentos para 2019 está a reavaliação quanto ao mercado doméstico dos produtos (49%), o aumento inesperado no custo do investimento (34%) e a dificuldade de acesso ao crédito (30%).

Dos recursos empregados, 72% são próprios, 14% de bancos privados e 9% de bancos oficiais de investimentos.

A Prefeitura do Rio deixou de investir nos últimos três anos mais de R$ 2 bilhões na área da saúde, de acordo com levantamento feito pela Defensoria Pública do Estado e pelo Ministério Público do Rio. Em ação coletiva protocolada nesta quarta-feira, 11, as instituições apontam redução, bloqueio e remanejamento irregular de verbas na pasta e pedem a condenação do Município à adoção de uma série de medidas de urgência para evitar a paralisação da rede. Foi pedida também a criação de um gabinete de crise.

Em entrevista coletiva realizada no início desta tarde defensores e promotores afirmaram que a maior parte da verba desviada da saúde foi alocada sob uma rubrica de "encargos especiais" - verbas destinadas originalmente ao pagamento de indenizações, gratificações e despesas extras. A ação pede que a Prefeitura explique por que reduziu as verbas para a área da saúde e, também, quais foram os critérios técnicos utilizados para distribuir o dinheiro dentro do setor.

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"Em suma, verifica-se que o Município do Rio, além de reduzir a dotação destinada à Saúde na Lei Orçamentária Anual, vem se valendo ainda de inúmeras manobras de flexibilização do orçamento que remanejam recursos para setores não prioritários, como encargos especiais", afirmou a coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria, Thaisa Guerreiro.

Segundo a defensora, a manobra da Prefeitura é inconstitucional "porque frustra os reais objetivos do orçamento à luz da Constituição, qual seja, concretizar, prioritariamente os direitos fundamentais, sobretudo o direito à saúde e à própria vida.

A saúde municipal está em colapso. Os funcionários estão sem receber salário e convocaram uma paralisação por 48 horas. Pelo menos a metade das 220 unidades de atenção primária da cidade não estão funcionando. O prefeito Marcelo Crivella esteve na manhã desta quarta-feira em Brasília, onde se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro para pedir ajuda. Em vídeo postado em suas redes sociais, o prefeito afirmou que pagará o 13º dos funcionários até sexta-feira.

O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a companhia aérea pretende manter investimento anual de R$ 6 bilhões nos próximos dois ou três anos para continuar sua trajetória de expansão no Brasil. Para 2020, a empresa, conforme o executivo, quer quebrar novos recordes com a adição de mais aeronaves em sua malha e inaugurar entre seis e oito novas cidades, sendo que uma das novas rotas será para o exterior.

Com cerca de 28 milhões de clientes transportados ao fim deste ano, o objetivo da Azul é ultrapassar a marca de 30 milhões de clientes transportados em 2020. "Temos 31 novas aeronaves chegando. Vamos receber duas por mês pelo menos. Cada aeronave tem mais assento e vai permitir a Azul voar mais horas por dia. Com mais assento, teremos muito mais oferta no Brasil, que precisa porque foram muitos anos sem muita oferta", avaliou Rodgerson, em conversa com a imprensa, na tarde desta terça-feira, 10.

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A Azul deve alcançar, de acordo com o executivo, quase mil voos por dia em dezembro. Ele lembrou, que no auge, a Varig tinha 250 voos diários. Com mais voos, a empresa, conforme Rodgerson, seguirá contratando mais no próximo ano. Em 2019, foram 2 mil novas pessoas, sendo 800 ex-funcionários da Avianca, em recuperação judicial.

Durante encontro de fim de ano com jornalistas, o presidente da Azul lamentou o fato de a companhia não ter conseguido comprar a concorrente Avianca, que deixou de operar no Brasil.

"Temos uma grande tristeza em relação à Avianca. Depois se não termos conseguido comprá-la, contratamos 800 dos funcionários da Avianca, que perderam emprego e não eram culpa delas, e entramos na ponte aérea", relembrou o CEO da Azul.

Segundo ele, o foco da Azul é doméstico. "Há muitos brasileiros que já foram para Miami e não conhecem Foz do Iguaçu. É uma vergonha. Queremos mudar isso. Nosso foco é doméstico. É o Brasil", ressaltou Rodgerson, acrescentando que a companhia que aproveitar o atual momento do Brasil. "Queremos ajudar o Brasil a decolar", acrescentou.

Ele destacou ainda que a Azul deve investir mais de R$ 120 milhões em seu novo hangar, que será o maior da América Latina e contará com 800 pessoas trabalhando no local. A expectativa, conforme o CEO da companhia, é de que o novo espaço fique pronto no primeiro trimestre de 2020.

Sobre a oferta de Wi-Fi nos voos da Azul, Rodgerson disse que a Azul vai testar o serviço na quarta-feira em um voo comercial. A partir do ano que vem, segundo ele, as aeronaves já saíram de fábrica com o serviço de Wi-Fi a bordo. Os executivos da Azul não revelaram, contudo, o preço que será cobrado aos clientes pelo uso do serviço de internet móvel.

TAP

A Azul espera iniciar a joint venture com a portuguesa TAP em cerca de seis meses, de acordo com o vice-presidente de receitas da Azul, Abhi Shah.

O tema foi aprovado na segunda-feira, 9, pelo Conselho de Administração da companhia, conforme ele, e agora será iniciado o trabalho junto aos órgãos reguladores para tirar do papel a parceria que visa a operar entre Brasil e Europa.

"Agora começa o trabalho junto aos órgãos reguladores, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para conseguirmos todas as aprovações para a joint venture. Esperamos que em cerca de seis meses possamos começar a implementar a joint venture", explicou Shah, também no encontro de fim de ano com a imprensa.

De acordo com ele, com o início da operação da joint venture com a TAP, o objetivo da Azul é permitir que seus clientes, sejam voando por Azul ou a parceira portuguesa, não sintam qualquer diferença. "Nosso foco é aumentar parcerias e dar mais conectividade aos nossos clientes no Brasil e fora daqui", ressaltou o vice-presidente de receitas da Azul, citando ainda a joint venture que a companhia aérea possui com a United.

A Azul anunciou a joint venture com a TAP no mês passado. A relação, contudo, não vem de hoje. Recentemente, ambas estreitaram mais a relação. Em março, a empresa brasileira e seu fundador, o empresário David Neeleman, reforçaram o capital da TAP ao adquirirem os 20% de participação que o conglomerado chinês HNA detinha na Atlantic Gateway (dona de 45% da TAP). No passado, a Azul adquiriu bonds (dívidas) conversíveis da empresa. Somando esses dois investimentos, a brasileira detém 47,3% dos direitos econômicos da TAP.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 28, que é preciso dar garantia jurídica para quem deseja investir no Brasil. "O mundo tem acreditado em nós. Temos de dar garantia jurídica a pessoas, países e empresas que querem investir no Brasil e querem ser parceiros nossos", comentou.

Bolsonaro afirmou que órgãos de controle são aliados na tarefa de dar segurança jurídica. Bolsonaro fez elogios à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de aprovar a renovação antecipada da concessão ferroviária da Malha Paulista.

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"Estamos recuperando modal ferroviário. TCU prestou mais um trabalho excepcional", disse o presidente.

Bolsonaro discursou na abertura do 3º Fórum Nacional de Controle, evento coordenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O tema do fórum é "integrando o Brasil para fazer bem".

A abertura do evento ainda contou com as seguintes autoridades: o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; o presidente da Caixa, Pedro Guimarães; o vice-presidente da República, Hamilton Mourão; o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário; o presidente do TCU, José Múcio Monteiro; e o ministro do TCU Augusto Nardes.

No evento, Bolsonaro disse que, como chefe do Executivo, tem "muita preocupação" e que "esse evento visa exatamente nos tranquilizar".

O presidente citou como desestímulo à carreira política "problemas depois do mandato". "Vejo colegas de boa fé que exerceram mandato, às vezes não com devido zelo, por desconhecimento muitas vezes, se veem enrolados com a Justiça", afirmou Bolsonaro. "Sinto que tem muito município em que dificilmente teremos candidatos a prefeito. Se tiver, vai ser voltado não por interesse de ajudar município, (mas por) interesses outros", declarou Bolsonaro.

Augusto Aras

O procurador-geral da República disse no evento que é preciso promover diálogo institucional. "Não significa dizer que não haja tensão permanente entre as diversas forças", disse.

Nada parece acalmar o apetite do mundo financeiro por investimentos sustentáveis, um setor complexo que representa, segundo estimativas, um terço dos ativos em nível global e que enfrenta o desafio de demonstrar seu impacto real.

- O conceito e suas opções -

Um investimento sustentável financia um projeto favorável ao meio ambiente ou ajuda um ator a efetuar sua transição ecológica.

Os dois principais termos técnicos são ISR (Investimento Socialmente Responsável) e os critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança).

Os investidores podem escolher entre cinco opções: a exclusão (de empresas de atividades contaminantes, por exemplo), a seleção das melhores em termos de ESG, o aspecto temático (fundos dedicados à água...) e o investimento com "impacto positivo", que melhora concretamente uma situação.

- Energias fósseis e nucleares -

É sustentável investir em grupos petroleiros? Para alguns não, mas para outros, sim, pois consideram que sua transição é necessária. Por exemplo, uma emissão de bônus "verdes" lançada pela Repsol gerou um acalorado debate no setor financeiro em 2017.

E no caso da energia nuclear? Quando o governo francês defendeu que esta fosse integrada na "rotulagem ecológica" europeia destinada a produtos financeiros, provocou protestos do Greenpeace.

- Furor investidor -

A dívida verde - bônus emitidos no mercado para financiar projetos ecológicos e submetidos a posteriori a uma avaliação -, ocupa um lugar preponderante.

Mas os investimentos sustentáveis vão além e incluem ações ou obrigações de empresas, por exemplo de provedores de energias renováveis, empréstimos para projetos verdes e inovações como o crédito baseado no impacto, no qual o empréstimo custa menos se forem alcançados os objetivos ESG definidos previamente.

Dos 92 trilhões de dólares em ativos financeiros em 2018, US$ 30 trilhões eram considerados como investimentos verdes, segundo Stéphane Marciel, encarregado de bônus sustentáveis e Julien Brune, correspondente de conselho e estruturação da dívida do Société Générale CIB.

A Europa se situa no topo, com 14,075 trilhões, seguida de perto da América do Norte, com 13,694 trilhões, muito distantes da Ásia, com 2,180 trilhões.

Para Noémie de la Gorce, analista de Finanças Sustentáveis, da S&P Global Ratings, "os mercados se lançaram em uma corrida para demonstrar que podiam participar do financiamento de [o combate às] mudanças climáticas".

- Falta de regulação -

Nenhuma regulação internacional se aplica às finanças verdes.

Mas a maioria dos atores são regidos pelos grandes princípios dos bônus sustentáveis, elaborados sob a égide da Associação Internacional de Mercados de Capitais (ICMA), destaca Frédéric Gabizon, encarregado do mercado de bônus no HSBC França.

A publicação em junho, de parte da Comissão Europeia, de um sistema de classificação constitui uma antecipação maior, embora por enquanto não tenha valor vinculante.

- Fraudes -

A onda verde também traz a questão do "greenwashing" ou maquiagem verde, ou seja, quando um projeto é apresentado como ecológico sem ser.

"Felizmente, as verdadeiras mentiras são incomuns, existem maus hábitos e alguns abusam do argumento ecológico", segundo o Fórum para o Investimento Responsável, uma associação que reúne representantes financeiros e ONGs.

Em caso de fraude, a sanção é dupla: os investidores fecham as comportas e a má fama se propaga.

- A chave: o impacto real -

As operações sustentáveis implicam sistematicamente uma avaliação sobre como se destinam os fundos e cada vez mais sobre seu impacto. Os informes são feitos pelos tomadores de empréstimos, mas cada vez mais se recorre a auditorias externas. Mas a avaliação do impacto é uma ciência jovem e complexa.

"Sobre as energias renováveis, pode-se dizer sem muita controvérsia que têm um impacto positivo. Mas no caso do carro elétrico, para além da redução de emissões, é preciso integrar o impacto da extração de minerais necessários para a bateria", segundo a especialista da S&P.

Para De la Gorce, "demonstrar o impacto real é o desafio mais importante" para o futuro das finanças responsáveis.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (26), que o encontro com o CEO da Ericsson, Börje Ekholm, ocorrido nesta segunda-feira (25), tratou de investimentos da empresa e tecnologia 5G.

"Estão investindo no Brasil há muito tempo, então você tem que dar uma certa prioridade para eles. Mas nós vamos decidir a questão do 5G levando-se em conta questão técnica e econômica", afirmou Bolsonaro, emendando que a palavra final é do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.

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Por ora, a previsão é de que o governo realize o leilão do 5G no segundo semestre de 2020.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o governo busca um maior fluxo de investimentos para o País. "Nos preocupamos se o Brasil está ficando para trás", disse Guedes, durante evento do Banco dos Brics, em Brasília.

Em sua fala, o ministro citou oportunidades de investimentos em diferentes áreas no Brasil, como as de portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. Segundo ele, o Programa de Parceiras de Investimentos (PPI) é uma excelente landing place (área de pouso) para investimentos estrangeiros. "Temos à frente a revolução da energia barata, o gás natural", citou Guedes.

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Além de defender mais investimentos no País, Guedes citou em vários momentos do discurso a importância de o Brasil aumentar sua integração no mercado internacional. "O comércio internacional está tirando a população global da miséria. Está todo mundo melhorando o padrão de vida quando entra na integração", disse.

Pagamentos a órgãos internacionais

O ministro da Economia sinalizou que o Brasil cumprirá com os pagamentos devidos a órgãos internacionais. Durante evento do Banco dos Brics, ele afirmou que, "por um tempo", o Brasil fingiu que pagava suas obrigações no banco, enquanto o banco fingiu que emprestava recursos ao País.

De acordo com o ministro, nos últimos anos o Brasil tem recebido menos dinheiro do banco que outros países que fazem parte do grupo dos Brics, como a África do Sul. "Estamos conversando sobre isso. Temos que estar mais presentes."

O ministro afirmou ainda que a participação do Banco dos Brics no País não se resume ao financiamento, incluindo também a experiência com projetos de infraestrutura. "As portas estão abertas para que o Banco dos Brics traga inteligência no design de projetos", comentou.

Novas tecnologias

Guedes afirmou que o terceiro nível de integração do Brasil com os países dos Brics está ligado às novas tecnologias. "O Brasil perdeu alguns estágios das revoluções industriais. Mas curiosamente o País é um dos três ou quatro maiores mercados digitais do mundo", disse.

Destacou que esta característica poderá trazer negócios e parcerias para o Brasil no mundo digital. "Há muito o que aprender, cooperar, nesta terceira dimensão também", disse. Além da dimensão digital, Guedes havia citado em sua apresentação a dimensão do comércio e a dimensão do investimento.

O investimento é, segundo ele, a questão mais importante atualmente para o Brasil. "O que nós mais precisamos hoje? Investimento, investimento, investimento", repetiu.

Custo da energia

O ministro da Economia afirmou que a intenção do governo é derrubar o custo da energia no Brasil "em 30% ou 40% nos próximos dois anos". Ele defendeu ainda a adoção de marcos regulatórios mais eficientes, para atrair investimentos para o Brasil.

"A cessão onerosa não é um bom marco institucional. Teremos que mudar", citou Guedes, lembrando que no leilão promovido no início de novembro diversas companhias internacionais ficaram de fora da disputa pela cessão onerosa.

"Do que adianta US$ 3 bilhões para operar um porto, se depois não sobram recursos para investir?", exemplificou Guedes, ao tratar da regulação brasileira de maneira geral. "O objetivo não deve ser maximizar a arrecadação e minimizar o investimento futuro", acrescentou. "Vamos para marcos regulatórios mais eficientes."

'Dançar com todos'

O ministro afirmou ainda que todos os investidores são bem vindos ao Brasil. Alternando seu discurso com frases em português e inglês, em função da plateia, Guedes afirmou que o País está "em festa". "Vamos dançar com todos. Estamos abertos a negócios", disse.

Guedes destacou que um dos objetivos do governo é elevar o padrão de vida e o poder de compra da população. Segundo ele, hoje o Brasil tem fontes de energia baratas que, no entanto, chegam a preços elevados às empresas e aos consumidores. "A energia chega cara ao consumidor por conta de ineficiência do governo", avaliou.

O ministro afirmou ainda que a participação do Banco dos Brics no País não se resume ao financiamento, incluindo também a experiência com projetos de infraestrutura. "As portas estão abertas para que o Banco dos Brics traga inteligência no design de projetos", afirmou.

Paulo Guedes participou do seminário "O NDB e o Brasil: Parceira Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável", promovido em Brasília. O evento ocorreu por ocasião da XI Cúpula dos Brics.

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) é também conhecido como o "Banco dos Brics".

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