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Depois de fazer um discurso formal, que foi lido em um teleprompter no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro chegou mais descontraído ao Itamaraty, onde recebeu o colega argentino Maurício Macri para um almoço. Na chegada, Bolsonaro brincou com a imprensa e recebeu Macri com sorrisos e abraço. Em um momento, ele chegou a repetir o gesto da campanha eleitoral de simular uma arma com as mãos, mas não foi acompanhado por Macri.

Enquanto esperava Macri entrar no Itamaraty, Bolsonaro foi questionado pelos jornalistas sobre o que achou de sua estreia recebendo um chefe de Estado - Macri é o primeiro a visitar o Brasil desde a posse. "Tudo tem uma primeira vez. Vocês lembram da sua?", respondeu. Os jornalistas pediram a Bolsonaro que desse entrevista e ele continuou: "Eu sei que vocês me amam".

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Do lado de fora, um manifestante isolado tocava em um trombone a melodia "Olê-olá, Lu-lá, Lu-lá", que ficou conhecida nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso em Curitiba (PR). A música podia ser ouvida enquanto o presidente argentino entrava no prédio.

Pouco antes de Macri ser recebido no Itamaraty, os ministros dos dois governos chegaram ao local. Pelo lado brasileiro, participam do almoço ministros como o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Tereza Cristina, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Também participam do almoço os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor e o filho do presidente Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro (PSL).

Preso desde novembro no Japão, o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn está completamente isolado no centro de detenção de Tóquio. Segundo a imprensa japonesa, o executivo, que não tem acesso aos familiares e só se comunica com o exterior por meio de um advogado japonês, estava com febre alta, o que obrigou a suspensão de um interrogatório.

De acordo com o advogado Motonari Otsuru, um médico prestou atendimento a Ghosn, de 64 anos, que estaria "cansado da longa detenção e dos interrogatórios". O executivo está preso há quase dois meses na capital japonesa sob acusação de fraude fiscal.

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Em comunicado, a mulher de Ghosn, Carole Ghosn, afirmou que soube da notícia pelos jornais. Ela diz que as autoridades japonesas se recusam a esclarecer se o executivo foi transferido para uma enfermaria ou se será permitido à família falar com a equipe médica. "Estou suplicando às autoridades japonesas que nos forneçam qualquer informação sobre a saúde do meu marido", escreveu. "Estamos com medo e muito preocupados que sua recuperação seja complicada, enquanto ele continua a suportar condições tão duras e tratamento injusto."

Itamaraty. Para o advogado brasileiro do executivo, José Roberto Castro Neves, o caso agora é uma questão humanitária. "Há uma violação das garantias básicas, da integridade física de Ghosn." De acordo com Castro Neves, a família vai solicitar que o Itamaraty tome medidas.

Em sua primeira aparição pública, durante depoimento à Corte Distrital de Tóquio, na segunda-feira, Ghosn, que entrou algemado, aparentava estar mais magro do que antes da prisão e exibia fios brancos na raiz de seus cabelos, conforme pessoas presentes na audiência.

Em sua fala, o executivo, a quem é dado o crédito de ter resgatado a Nissan da beira da falência duas décadas atrás, disse que foi "equivocadamente acusado e injustamente detido com base em acusações infundadas e sem mérito".

Na última quarta-feira, foi a vez do jornal Wall Street Journal, em editorial, questionar a condução das investigações contra Ghosn. Na avaliação da publicação, trata-se de um dos casos "mais estranhos no mundo dos negócios".

Para o WSJ, a prolongada prisão do executivo é uma pressão crescente sobre a Renault para que destitua Ghosn de sua presidência - a montadora francesa tem uma aliança com a Nissan e a Mitsubishi Motors, liderada pelo brasileiro. "(...) Essa aliança incomoda cada vez mais os japoneses; é possível presumir que a inquisição sobre Ghosn seja parte de um esforço japonês para dissolver a aliança montada pelo executivo."

Sentença. Segundo o WST, os procuradores públicos estão adicionando acusações que necessitam de investigação, para que possam manter o executivo preso, nos termos das leis japonesas. Em referência à Alice no País das Maravilhas, o jornal americano recorre à lógica da Rainha de Copas, do clássico de Lewis Carroll, para definir o tratamento dado ao executivo: "primeiro a sentença e depois o veredicto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os festejos da posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República contabilizaram o menor número de delegações estrangeiras em cerimônias de primeiro mandato em quase três décadas. Neste ano, 46 delegações estrangeiras vieram à capital federal, segundo informou nesta tarde o Itamaraty. Desses, dez vieram lideradas por seus chefes de Estado ou governo.

Levantamento feito no acervo do Estadão mostra que à posse de Fernando Collor de Mello, em 1990, vieram 72 delegações estrangeiras. O jornal da época mostra que a grande estrela dessa festa foi o mandatário de Cuba, Fidel Castro, que fazia sua primeira visita ao Brasil. Ele chegou atrasado ao último compromisso da agenda do então presidente, José Sarney. De linha favorável aos Estados Unidos, a posse de Collor foi prestigiada pelo então vice-presidente, Dan Quayle.

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Para a posse de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, vieram 120 delegações. Fidel novamente prestigiou a festa, que teve direito a show de Daniela Mercury.

Novidade no cenário internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mereceu o deslocamento de 110 delegações estrangeiras para sua posse. Ele dividiu os holofotes com o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Dessa vez, os Estados Unidos enviaram seu representante comercial, Robert Zoellick, que havia se envolvido em um bate-boca com Lula na campanha eleitoral. O brasileiro ameaçava paralisar as negociações para formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Zoellick afirmou que, fazendo isso, o Brasil poderia fazer comércio com os pinguins da Antártida. Ao que Lula o classificou de "sub do sub".

A posse mais prestigiada em termos de presença estrangeira foi a de Dilma Rousseff, em 2011. O jornal do dia registra a presença de 130 delegações estrangeiras, das quais 32 lideradas por chefes de Estado ou de governo.

O governo brasileiro divulgou nesta segunda-feira (24) nota de solidariedade à população da Indonésia e ao governo do país, que trabalha desde a manhã de ontem no resgate de vítimas atingidas por um tsunami.

"O governo brasileiro expressa suas condolências às famílias das vítimas, seus votos de recuperação aos feridos e  solidariedade ao povo e ao governo da Indonésia", afirma o texto.

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Nesta segunda-feira (24) o governo do país confirmou a morte de 281 pessoas que estavam nas ilhas de Java e Sumatra, atingidas pelas ondas gigantes que também deixaram mais de mil feridos.

Até o momento, o Itamaraty não tem registro de brasileiros atingidos pela tragédia. O monitoramento está sendo realizado pela embaixada brasileira em Jacarta e pela Divisão de Assistência Consular, em Brasília.

A estrutura do Itamaraty precisa mudar para facilitar as relações bilaterais que pautarão a política externa do governo de Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita pelo futuro chanceler, Ernesto Araújo, em reunião do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos, segundo relatos de participantes. Ele afirmou ainda que "o céu é o limite" no futuro da relação entre os dois países e que seria "fundamental" obter apoio dos americanos para o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo americano estava representado por Landon Loomis, assessor especial do gabinete do vice-presidente.

A reunião foi marcada pelo otimismo do empresariado dos dois países, que esperam ver removidas barreiras aos negócios. A avaliação geral é que o comércio bilateral, da ordem de US$ 5o bilhões ao ano, não está à altura do potencial da parceria e pode ser fortemente expandido. Segundo afirmou o chanceler, o momento se apresenta como uma oportunidade para levar o relacionamento entre os dois países a níveis impensáveis.

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Araújo comentou que a relação do Brasil com os Estados Unidos tinha um "teto", por isso só foi possível até hoje concretizar 10% do desejado.

A máquina negociadora brasileira, disse o chanceler, é atrasada. Segundo ele, o Itamaraty divide os temas em áreas temáticas desconectadas umas das outras, o que dificulta o desenvolvimento das relações bilaterais - onde, no seu entender, está o dinamismo do mundo atual. Araújo prometeu mudanças. Nas relações bilaterais, disse ele, o foco estará no setor privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, escreveu em artigo publicado na segunda-feira, dia 26, no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, que vai "acabar com a ideologia em política externa", e que o presidente eleito confiou a ele a missão de "libertar o Itamaraty" do "marxismo cultural".

O novo chanceler afirma que pautará sua atuação pelo combate a políticas que compactuam com o que classifica como "alarmismo climático", "pautas abortistas e anticristãs em foros multilaterais" e a "destruição da identidade dos povos por meio da imigração ilimitada".

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Araújo diz que para "extirpar das relações internacionais brasileiras a ideologia do PT", é preciso combater o "marxismo cultural", que busca controlar não mais os meios de produção material, mas de produção intelectual. "Quando me posiciono contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa?", pergunta ao leitor.

'Torre de marfim'

No começo do texto, Araújo diz que "parte da imprensa e dos colegas diplomatas" esperava que Bolsonaro escolhesse um chanceler que mantivesse a política externa em uma torre de marfim, "sob a desculpa de que a política externa é algo demasiado técnico para ser entendido por um simples presidente da República, muito menos por seus eleitores". Alguém que "saísse pelo mundo pedindo desculpas", alguém responsável por "frear o ímpeto de regeneração nacional".

Para o futuro chanceler, no entanto, a nova política externa precisa traduzir a "sagrada voz do povo", entendida como a voz do presidente eleito. Essa voz, segundo Araújo, deve ser autêntica e não "dublada no idioma da ONU, onde é impossível traduzir palavras como amor, fé e patriotismo".

Adotando o discurso "antiglobalista", Araújo diz que "em uma democracia, a vontade do povo deve penetrar em todas as políticas", mas que a "mídia" e a burocracia globalista "que gostam tanto de falar em democracia, não sabem disso. Perguntam-se, assustadas: 'O que vão pensar de mim os funcionários da ONU, o que vai dizer de mim o New York Times, o que vai dizer The Guardian, Le Monde?'", escreveu o embaixador.

O futuro ministro defende que o País precisa de "alguém que entenda de ideologia" para acabar com ela no Itamaraty, ao reconhecer suas "causas, manifestações, estratégias e disfarces". "Vencida na economia, a ideologia marxista, nas últimas décadas, penetrou insidiosamente na cultura e no comportamento, nas relações internacionais, na família e em toda parte", afirma. "Se você repudia a 'ideologia do PT', mas não sabe o que ela é, desculpe, mas você não está capacitado para combatê-la e retirá-la do Itamaraty ou de onde quer que seja. Ao contrário, você está ajudando a perpetuá-la sob novas formas."

Por fim, Araújo diz que estudou os intelectuais marxistas para poder combatê-los. Segundo ele, não basta dizer "não existe mais ideologia no Itamaraty". "Ou basta pronunciar 'pragmatismo' como uma palavra mágica que se instalará sozinha? Gramsci, Lukács, Kojève, Adorno, Marcuse estão rindo da sua cara. Ou melhor, não estão rindo, porque marxista não tem senso de humor", finaliza Araújo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio às tensões com o Reino Unido, o Itamaraty informou que monitora a saída britânica da União Europeia e possíveis impactos na relação comercial com o Brasil. O órgão deixa claro que, até o momento, não há previsão de impacto para os acordos já existentes entre o Brasil e o Reino Unido ou com a União Europeia e também aponta que as relações migratórias (como retirada de vistos) não serão afetadas. Fontes do Itamaraty informaram à reportagem, no entanto, que a forma como serão divididas as quotas agrícolas entre os países pode ser uma potencial preocupação ao governo brasileiro, conforme mostrou na quinta-feira, 15, Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo o Itamaraty, há hoje em vigor 77 acordos internacionais bilaterais entre o Brasil e o Reino Unido que, a princípio, não devem ser afetados pelo Brexit.

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Além disso, há outros 30 pactos vigentes entre Brasil e União Europeia e outros cinco instrumentos entre o Brasil e agências europeias. Nesse caso, pode ser necessário um novo instrumento bilateral com o Reino Unido no acordo firmado com a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom).

O Itamaraty informou, ainda, que "não haverá repercussão nas normas migratórias aplicáveis atualmente entre o Brasil e aquele país" no caso da separação entre os dois lados. "Os acordos bilaterais Brasil-Reino Unido em matéria de imigração e vistos deverão permanecer em vigor, de modo a continuar a facilitar o deslocamento de nacionais em direção ao território de ambos os países", aponta a nota.

Quotas agrícolas

Na quinta, fontes do Itamaraty afirmaram ao Broadcast que está no radar do órgão possíveis problemas em relação a como serão divididas as quotas agrícolas. Hoje, a proposta é por uma repartição matemática, proporcional entre os dois grupos econômicos. O mecanismo apresentado à Organização Mundial do Comércio (OMC) para legalizar essa repartição, no entanto, tem sido visto com "reservas" por exportadores agrícolas - entre eles, o Brasil.

"Como fica, na hora que efetivamente o Reino Unido sair da União Europeia, a carne bovina que a Inglaterra mandar para o resto da União Europeia? Debita da quota ou não? Isso pode ocasionar prejuízo eventual ao Brasil", comenta a fonte.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira, 13, que pode anunciar até esta quarta, 14, a escolha do novo ministro das Relações Exteriores. Em entrevista ao chegar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), Bolsonaro afirmou que o nome do chanceler será do quadro do Itamaraty.

"É possível acontecer até amanhã. Está madura esta questão. Queremos alguém do quadro do Itamaraty", disse. Questionado se o novo titular seria um homem ou uma mulher, Bolsonaro respondeu: "Pode ser gay também".

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Mais cedo nesta terça, o embaixador Luís Fernando de Andrade Serra visitou o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição do novo governo. Andrade Serra foi, até meados deste ano, embaixador do Brasil na Coreia do Sul e, segundo o Broadcast/Estado noticiou na semana passada, é um dos nomes cotados para ocupar o posto de chanceler no novo governo.

Na conversa com jornalistas, Bolsonaro disse que até o fim do mês pode concluir o anúncio de sua lista de ministros. "Não podemos anunciar algo hoje e amanhã não vai mais ser", disse.

Bastante cotado também está o embaixador José Alfredo Graça Lima. Ele foi representante permanente do Brasil junto à União Europeia e seu último posto no Itamaraty antes de aposentar-se, em 2016, foi o de subsecretário para Assuntos de Integração, Econômicos e Comércio Exterior. Entre suas atribuições, estava a supervisão da atuação brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), do Mercosul.

Os dois preenchem o critério informado na terça-feira por Bolsonaro: são diplomatas de carreira. Têm também experiência no campo econômico, que deve ser a linha-mestra da política externa do novo governo: uma maior inserção no comércio mundial, por meio de acordos bilaterais e multilaterais.

O diplomata brasileiro Renato de Ávila Viana foi demitido hoje (20) pelo Ministério das Relações Exteriores, depois de mais uma denúncia por agressão a mulheres. Ele chegou a ser preso em Brasília, mas foi liberado após pagar fiança. A exoneração está publicada na seção 2 do Diário Oficial da União desta quinta-feira.

Viana é reincidente, e em seu histórico há outras acusações de violência contra namoradas. Primeiro-secretário na carreira diplomática, ele respondia a um processo interno por ter espancado uma outra namorada. Anteriormente, foi denunciado por agredir uma colega diplomata e há registros de violência cometidos por ele em outros países.

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Na manhã de ontem (19), a Polícia Militar de Brasília foi chamada por vizinhos, na quadra residencial 304 Norte, no Plano Piloto, para atender um caso de violência domética. Os vizinhos relataram que havia gritos e pedidos de socorro. Os policiais tiveram de arrombar a porta.

Viana foi detido e levado para a 5ª Delegacia de Polícia (área central). O diplomata foi autuado por desacato, lesão corporal e violência doméstica.

Mãe da universitária brasileira assassinada segunda-feira (23) na Nicarágua, a aposentada Maria José da Costa disse nesta quarta-feira (25) que, até o momento, não recebeu qualquer tipo de informação ou ajuda das autoridades brasileiras. A maior preocupação dela agora é com o traslado do corpo. Maria José também quer que a embaixada brasileira atue no sentido de ajudar as autoridades nicaraguenses a identificar e punir os responsáveis pelo assassinato de sua filha única, Raynéia Gabrielle Lima, que há seis anos cursava medicina naquele país.

“Estou às cegas. Minha filha morreu há mais de 24 horas e ninguém toma providências. Eu quero que ela volte o mais rápido possível para Pernambuco, para ter o enterro que merece”, disse Maria José ao participar do Revista Brasil - programa da Rádio Nacional de Brasília ancorado pelo jornalista Valter Lima, veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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Maria José se emocionou em diversos momentos, ao longo da entrevista. “Estou sem condições de fazer algo na minha vida. Sem condições até para respirar. Minha filha estava estudando para realizar o sonho que não conseguia realizar no Brasil. Retiraram para sempre todo o sonho dela, que desde os oito anos de idade dizia querer ser doutora para ajudar as pessoas.”

Diante dessa situação, Maria José aproveitou o programa veiculado pela EBC para fazer um apelo ao governo brasileiro. “Pelo amor de Deus, tragam o corpo de minha filha, que está há mais de um dia em uma gaveta congelando. Tragam o mais rápido possível para que ela tenha seu descanso eterno. É muita dor, muito sofrimento, que estamos passando.”

Segundo ela, Raynéia Gabrielle não era de participar de manifestações políticas nem passeatas. “Raynéia não gostava disso. Era uma filha dedicada que a toda hora falava que me amava. O que vai ser da minha vida agora, sem ela? Essa dor nunca vai passar. Quem tirou a vida dela vai ter de pagar por isso”, disse Maria José, ao cobrar ajuda das autoridades brasileiras.

As poucas informações que tem de sua filha foram dadas pelo sogro de Raynéia, que é quem pagava pelo curso de medicina da estudante na Nicarágua. “Ele [o sogro] não era de ligar para mim. Quando recebi a ligação pensei de imediato que algo de ruim havia acontecido com minha filha. Entrei em desespero”, disse a aposentada.

De acordo com as informações repassadas à mãe da estudante, Raynéia havia saído do hospital onde fazia residência para se dirigir à casa de uma amiga. Foi ao longo desse percurso que ela foi assassinada, quando estava sozinha dirigindo seu carro.

“Minha filha já tinha tudo planejado para o seu retorno ao Brasil. Até julho ela viria para o Recife, onde iria fazer a prova do Revalida, para poder exercer a profissão de médica por aqui e ajudar a salvar vidas”.

Contatado pela Agência Brasil, o Itamaraty disse ter entrado em contato com o pai de Raynéia, Ridevando Pereira, e com o meio-irmão da estudante, Sandro Diego Mendonça, além da ex-cunhada Juliana Holanda. Disse ter sido feito também uma tentativa de contato com Maria José ontem (24) por volta das 18h15, mas que, em função do estado emocional dela no momento da ligação, foi solicitado, pela família, que o contato fosse feito posteriormente – o que segundo Maria José acabou não ocorrendo.

Com relação ao traslado do corpo da estudante para o Brasil, o Itamaraty informou que quem cuida disso é a família e as autoridades do país onde ocorreu o óbito.

Após a participação no programa Revista Brasil, Maria José disse ter sido contatada por um representante do governo de Pernambuco, que garantiu arcar com o traslado do corpo de Raynéia.

Ontem (24), o Itamaraty chamou, para consultas no Brasil, o embaixador brasileiro na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos.

A embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Del Carmen, também foi convocada para prestar esclarecimentos sobre o caso. Por meio de nota, o Itamaraty manifestou indignação e exigiu que as autoridades nicaraguenses mobilizem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo assassinato da estudante.

No texto, o governo brasileiro condenou “o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança” e repudiou a perseguição a manifestantes, estudantes e defensores dos direitos humanos.

A estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta, na noite de segunda-feira, com um tiro no peito que, segundo o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina, foi disparado por um "um grupo de paramilitares" no sul da capital Manágua.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respeito à democracia. Em comunicado, o Itamaraty ressalta que é fundamental a existência da oposição e que todas as formas de violência política são condenáveis.  

“Ao reiterar sua mais firme condenação a todas as formas de violência política na Venezuela ou em qualquer outro país, o governo brasileiro apela ao governo venezuelano o respeito aos direitos inerentes às atividades da oposição, sem a qual não pode existir democracia", afirma o ministério, em nota.  

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Itamaraty também demonstra preocupação com as suspeitas contra a deputada da oposição María Corina Machado. A ex-candidata à presidência foi cassada por fazer críticas ao governo Maduro e acusada de planejar um suposto atentado de um grupo de militares contra o presidente venezuelano.  

No começo deste mês, María Corina Machado se reuniu com o presidente da Colômbia, Iván Duque, para negociar articulações que favoreçam a liberdade política na Venezuela. Em julho de 2017, a deputada apresentou uma denúncia na Corte Penal Internacional (CPI) contra Maduro por crimes de tortura e segregação.  

De olho nos estudos que apontam a Ásia como o "centro de gravidade da economia global" daqui a três décadas, o Itamaraty já começou um trabalho mais estruturado para fortalecer as relações com os países da região, para além de parceiros tradicionais como Japão e China. O chanceler Aloysio Nunes faz um giro pelo continente desde o início desta semana. O roteiro inclui China, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

O ponto alto será o lançamento oficial das negociações do acordo Mercosul-Coreia do Sul, no dia 23. A iniciativa, que causa preocupação em segmentos da indústria nacional por causa da perspectiva de maior concorrência com produtos de tecnologia produzidos naquele país, faz parte do esforço do bloco sul-americano em buscar novas parcerias comerciais.

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O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, viajará para a Coreia no final da semana que vem para o lançamento das negociações. "Vamos dialogar e negociar com a devida cautela", disse ele ao Estadão/Broadcast.

Mas há interesse também nos demais países da região. Só para Cingapura, Indonésia, Tailândia e Vietnã, países que o presidente Michel Temer estaria visitando caso não tivesse desistido por causa de problemas na política interna, o Brasil exportou US$ 8 bilhões no ano passado. Somados, eles seriam o quinto principal parceiro comercial do Brasil, atrás de China, Estados Unidos, Argentina e Holanda, que é o ponto de entrada de produtos para a União Europeia.

Na semana passada, Aloysio autorizou a implantação do Sistema de Planejamento Estratégico das Relações Exteriores (Sisprex). Os diplomatas vão elaborar, até o fim de 2018, um planejamento-piloto usando esse sistema. O trabalho, que tem a Ásia como um dos focos, poderá ser aproveitado pelo próximo governo.

Além de sistematizar o trabalho da pasta, o estabelecimento de metas e resultados responde a questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem cobrado retornos à sociedade do dinheiro público gasto no Itamaraty. Por ser um trabalho feito nos bastidores, cujos resultados aparecem de forma diluída e no médio e longo prazos, o trabalho dos diplomatas é mais difícil de medir do que, por exemplo, a construção de estradas.

"Muitas vezes, nosso trabalho é evitar problemas", disse ao Estado o secretário de Planejamento Diplomático, Benoni Belli. Como transformar isso em um indicador de sucesso é um desafio para chancelarias do mundo inteiro.

O projeto-piloto não está pronto, mas vai prever um foco especial na Ásia, informou Belli. Ele cita alguns dados coletados pelo Itamaraty que justificam essa direção.

Demanda

Um relatório publicado em 2012 pela Inteligência dos EUA diz que até 2030 o continente terá mais poder do que EUA e Europa juntos, levando-se em conta a população, o Produto Interno Bruto (PIB), gastos militares e investimentos em tecnologia. A classe média da região saltará de 525 milhões de pessoas em 2009 para 3,3 bilhões em 2030 e será responsável por 80% do aumento da demanda no período.

A região cresce a taxas de 5% ao ano há uma década. A Ásia integra um ambicioso projeto de integração física e econômica com o Oriente Médio e a Europa, que envolve 65 países e prevê investimentos de US$ 4 trilhões a US$ 8 trilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou nesta terça-feira (26) que uma brasileira morreu em um voo da Air France que saiu do Recife com destino a Paris, na França, segundo o G1. 

O consulado do Brasil na França teria entrado em contato no dia 8 de dezembro informando a morte que, segundo a polícia do aeroporto Chales de Gaulle, foi por causas naturais. 

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A mulher era paraibana e tinha como destino final a Itália. O corpo foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal de Paris no início de dezembro. 

Como procedimento padrão, o Itamaraty teria informado à Polícia Federal paraibana para encontrar algum familiar da mulher, mas até esta terça-feira não houve informações se a polícia encontrou um parente, disse o G1. O corpo continua retido na França.

A orientação do ministério é que algum familiar entre em contato com a Polícia Federal.

O Ministério das Relações Exteriores anunciou neste sábado (28) que rejeita a declaração de independência da Catalunha. Em nota, o Itamaraty pede respeito à Constituição da Espanha e informa que o governo brasileiro acompanha com atenção os desdobramentos relativos à região.

No comunicado, o governo brasileiro “reitera seu chamado ao diálogo com base no pleno respeito à legalidade constituicional e na preservação da unidade do Reino da Espanha”.

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Na sexta-feira (27), parlamentares catalães declararam a independência da região dissidente. Em resposta, neste sábado, o presidente da Espanha, Mariano Rajoy, delegou à sua vice-presidente as funções e competências de chefe do Executivo da Catalunha no lugar do líder catalão Carles Puigdemont.

A decisão segue determinação de decreto estipulado pelo Conselho de Ministros do país que votou pelo restabelecimento da legalidade constitucional na Catalunha pouco depois da declaração de independência.

O governo espanhol decretou então a remoção de todo o gabinete de Puigdemont, e Rajoy decidiu dissolver o Parlamento regional e convocou eleições autônomas para 21 de dezembro.

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira, 2, que, até o momento, não há informações sobre brasileiros entre as vítimas do ataque em Las Vegas, nos Estados Unidos, que deixou 50 mortos e pelo menos 400 feridos.

Segundo o Itamaraty, o consulado brasileiro em Los Angeles acompanha o caso.

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O episódio ocorreu quando dezenas de milhares de pessoas viam um show em um festival de música, no que está sendo considerado o pior ataque a tiros da história moderna dos Estados Unidos.

O Ministério das Relações Exteriores informou em nota, na noite desta terça-feira (18), que acompanha a situação dos brasileiros que não conseguem retornar de Bariloche, na Argentina, em função da nevasca que atingiu a região. "O embaixador do Brasil em Buenos Aires (Sérgio França Danese) contatou a ministra do interior da Argentina sobre apoio ao grupo de cidadãos brasileiros retidos em Bariloche, em especial às famílias com crianças e menores."

O Itamaraty informou ainda que está analisando a instalação de um núcleo de apoio do Consulado brasileiro no aeroporto local. A Embaixada brasileira no país e os consulados em Buenos Aires e Bariloche estão em contato com as autoridades locais e com as empresas aéreas Aerolineas Argentinas e Latam, que tiveram voos cancelados por causa das condições climáticas.

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O Itamaraty divulgou nota nesse domingo (18) para manifestar solidariedade às famílias das vítimas do incêndio florestal ocorrido na região de Leiria, no centro de Portugal. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas, mas ressaltou que o órgão e o Consulado-Geral em Lisboa estão à disposição para prestar informações e esclarecimentos aos cidadãos.

O incêndio florestal na região central de Portugal começou na noite de sábado (17), e os bombeiros ainda tentavam controlar as chamas na tarde deste domingo. Ao menos 61 pessoas morreram, entre eles 30 que ficaram presos no interior de seus veículos.

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Na nota, o Itamaraty diz que o governo brasileiro recebeu a notícia com "pesar e consternação". "O Brasil manifesta, neste momento de dor, sua solidariedade ao governo e ao povo do país irmão e às famílias das vítimas e faz votos de plena recuperação aos feridos", afirma o comunicado.

Apesar de não haver registro de brasileiros entre as vítimas, o Itamaraty seguirá monitorando a situação por meio do Consulado-Geral em Lisboa. "Indica-se aos cidadãos brasileiros residentes ou em trânsito na região de Leiria, localidade afetada pelo incêndio, que sigam as instruções das autoridades locais, de modo a evitar a exposição a riscos adicionais", diz a nota.

Segundo o Itamaraty, o núcleo de assistência a brasileiros do MRE está à disposição para informações e esclarecimentos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, pelos telefones +55 61 2030 8803 e +55 61 2030 8804, e pelo e-mail dac@itamaraty.gov.br. Nos demais horários, é possível contatar o telefone de plantão do Consulado-Geral em Lisboa (+351 962 520 581) ou o plantão consular da Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras e de Assuntos Consulares e Jurídicos do Itamaraty (+55 61 98197 2284).

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O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta segunda-feira (1º), a morte de uma brasileira que viajava para a Tailândia. Regina Dezani da Costa, de 39 anos, se sentiu mal durante um voo para o país asiático, na madrugada de domingo (30). 

Devido ao mal-estar da passageira, a tripulação decidiu fazer um pouso de emergência em Doha, capital do Catar. A brasileira foi atendida por médicos que estavam no avião e depois encaminhada para um hospital próximo, mas não resistiu e morreu durante o socorro. 

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Ainda não se sabe a causa da morte. De acordo com o Itamaraty, ela era natural de Votuporanga (SP), mas morava em São Paulo e ia com amigas para o país asiático. Os parentes irão para Brasília com o objetivo de, junto ao Ministério, tentar agilizar a vinda do corpo para o Brasil. 

O Ministério do Planejamento autorizou a nomeação de candidatos aprovados em concursos públicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A autorização vale para 60 candidatos aprovados para o cargo de oficial de chancelaria do Itamaraty e 200 aprovados para o INSS, no cargo de técnico do Seguro Social.

As autorizações constam de duas portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU). O provimento dos cargos nos quantitativos previstos está condicionado à existência de vagas na data da nomeação dos candidatos.

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Nos dois casos, a nomeação só deverá ocorrer a partir de abril de 2017, não podendo se efetivar após 31 de dezembro de 2017.

Depois de muitas disputas nos bastidores, a secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) voltou nesta terça-feira (11) para o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de onde havia saído no início do governo interino de Michel Temer.

A mudança era um dos pilares do novo perfil que Temer quis dar ao Itamaraty, um forte braço de comércio exterior, para acomodar o senador José Serra (PSDB-SP). O outro pilar não foi alterado e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) continua na pasta das Relações Exteriores.

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A volta da secretaria executiva da Camex para MDIC consta do Decreto 9.029, publicado no Diário Oficial da União desta terça.

Temer havia tentado fazer a mudança da Camex quando Serra pediu demissão, no final de fevereiro. A alteração foi publicada no Diário Oficial no dia da posse de Aloysio Nunes como novo chanceler. Pego de surpresa, ele ficou furioso e só tomou posse depois que Temer prometeu reverter a medida. Ficou acertado que a Camex ficaria mais algumas semanas no Itamaraty, mas depois seguiria para o MDIC. Nunes aceitou, pois concordava com a medida. Sua irritação foi com a forma como ela foi feita.

O decreto publicado nesta terça-feira altera ainda a composição da Camex. O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República passará a integrar o colegiado. Na prática, no entanto, não mudará muito. Isso porque o decreto anterior previa a participação do secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, Moreira Franco, na Camex.

Como Moreira Franco foi nomeado ministro da Secretaria-Geral, ele continuará como titular do conselho, que é ainda formado pelos ministros da Casa Civil, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, das Relações Exteriores, da Fazenda, dos Transportes, Portos e Aviação Civil, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Planejamento.

Sebrae

O Decreto 9.029 faz também alterações no que diz respeito à competência para aprovar o orçamento próprio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Antes, o orçamento da entidade era aprovado pela Secretaria de Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.

O decreto desta terça transfere essa competência para o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Também foi transferida para a Secretaria de Governo da Presidência da República a secretaria-executiva do Programa Bem Mais Simples, que antes estava vinculada ao MDIC.

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