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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), disse nesta terça-feira, 13, que o MBD já convidou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), para se filiar ao partido. Meirelles é um dos cotados para disputar a Presidência da República e discute migrar para o partido de Michel Temer durante a janela partidária, que se encerra em abril.

"Depende dele. O convite ao Meirelles para se filiar ao MDB já foi feito. O encontro com Meirelles não aconteceu, não tem nada marcado ainda não", disse Jucá, que é presidente do partido. No último fim de semana, Meirelles se encontrou com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu para debater o cenário eleitoral.

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Apesar disso, o ministro não se declara pré-candidato oficialmente. Ele afirma apenas que ainda está conversando com diversos partidos políticos e fazendo pesquisas qualitativas sobre qual projeto a população desejaria para o País. Meirelles tem até o dia 7 de abril para se desincompatibilizar do cargo de ministro para concorrer à Presidência.

O nome do ministro da Fazenda é visto como alternativa a Temer, diante de sua baixa popularidade e de possíveis desdobramentos de inquéritos abertos com o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a convenção nacional do DEM, na qual o partido lança a pré-candidatura de Rodrigo Maia (RJ) ao Palácio do Planalto, o presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), disse ver a candidatura do presidente da Câmara como uma "contribuição importante" para o debate eleitoral e para o trabalho de construção de um País melhor.

O partido de Jucá também analisa ter candidato próprio ao Planalto: o próprio presidente Michel Temer ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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"A eleição de 2018 vai definir que rumos teremos no País: se vamos regredir ou continuar avançando. E vejo a posição do Democratas, ao lançar Rodrigo Maia, como uma contribuição importante para o debate e o trabalho que tem que se construir. Sou presidente do MDB e quero estender a mão ao Democratas e dizer que devemos estar unidos", discursou Jucá nesta quinta-feira, 8.

Também presente ao evento, o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), afirmou que o partido vê "com muita simpatia" a candidatura de Maia à Presidência da República.

"O PR vê com muita simpatia a sua candidatura à Presidência da República. Vamos caminhar para que possamos estreitar cada vez mais essas nossas relações partidárias e aí podermos definir nossa posição em relação a sua candidatura. Hoje ela nasce com muita força e apelo popular", declarou Rocha, que representa o comando do partido.

Hoje, a preferência no PR é apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto. No entanto, após o petista ser condenado em segunda instância no processo do triplex do Guarujá (SP) e se tornar inelegível, o partido de Rocha passou a avaliar a possibilidade de aliança com outros candidatos à Presidência.

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitaram queixa-crime do senador Romero Jucá (MDB-RR) contra Telmário Mota (PTB-RR) por supostos crimes de calúnia, difamação e injúria em vídeo gravado em 9 de julho de 2016 e difundido nas redes sociais. Segundo o entendimento da Turma no julgamento da Petição (PET) 6268, as declarações de Telmário "estão abrangidas pela imunidade parlamentar, uma vez que se relacionam ao exercício do mandato".

No vídeo gravado por Telmário, ele levanta suspeitas sobre a legalidade de uma rádio em Roraima e a associa a Jucá, a quem se referiu pelo termo "propineiro" e acusou da prática de fraude no caso da emissora.

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"Os parlamentares são invioláveis por suas palavras e opiniões mesmo quando proferidas fora do espaço do Congresso Nacional, desde que presente o nexo causal entre a suposta ofensa e a atividade parlamentar", afirmou a relatora, ministra Rosa Weber.

Rosa observou o "notório antagonismo político entre os envolvidos, uma vez que ambos são senadores pelo mesmo estado", de modo que as supostas ofensas guardam relação com a atividade parlamentar.

Na mesma linha votou o presidente da Turma, ministro Alexandre de Moraes, observando que a ideia da imunidade parlamentar é permitir o debate democrático, mesmo que isso importe certos exageros que caracterizem crime de injúria, calúnia e difamação.

Houve divergência do ministro Marco Aurélio, para quem a imunidade prevista na Constituição não é uma "carta em branco que autoriza a enxovalhar quem quer que seja".

Defesa

Com a palavra, Jucá

A assessoria de imprensa informou que o senador não irá se manifestar.

É muito comum que grupos de manifestantes bloqueiem vias públicas durante manifestações reivindicando direitos diversos como moradia e saúde. Mas, um projeto [ PSL 304/2014] do senador Romero Jucá (PMDB) quer acabar com o bloqueio por parte de grupos sociais ou políticos alegando que “conflitos de interesses” devem ser resolvidos pelos meios adequados. 

O texto da proposta quer incluir, no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o direito ao “trânsito livre”. Dessa forma, será de responsabilidade dos órgãos do sistema a exemplo das polícias Militar e Rodoviária Federal, bem como dos Departamentos de Trânsito (Detrans) e conselhos estaduais “adotarem as medidas destinadas para assegurar o exercício desse direito”. 

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A exceção à regra, caso o projeto seja aprovado e se torne lei, serão nos casos de calamidade, guerra, situações que comprometam a segurança do cidadão como obras ou atendimentos à vítima de acidentes ou em caso de ordem judicial. 

 

 

 

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, prorrogou pelo prazo de 30 dias as investigações sobre o ex-deputado e ex-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Renan Calheiros (MDB-AL) e Romero Jucá (MDB-RR) e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido ao STF a prorrogação das apurações por um período de 60 dias, mas Cármen decidiu estendê-las pela metade do tempo. "O princípio constitucional da razoável duração do processo (artigo 5º, inciso LXXVIII, da CR/88) impõe-se em benefício da continuidade da ação em respeito ao direito à sociedade, pelo que quanto menor a descontinuidade das providências processuais tanto maior o respeito àquele princípio", escreveu nas decisões.

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"Daí porque deve o Estado prover os órgão investigatórios da estrutura necessária para a rápida apuração das infrações penais. O direito ao processo penal sem procrastinação é da vítima, do réu e da sociedade. O atraso no processo somente interessa a quem não tem razão, independente do polo ocupado na relação jurídico-processual", prosseguiu.

Investigações

A presidente do STF tem mantido ativos processos, entre eles investigados no âmbito da Operação Lava Jato, durante o recesso do Supremo, que volta as atividade regulares no dia 1º. Vital do Rêgo é investigado, neste inquérito movimentado por Cármen, junto do deputado Marco Maia (PT-RS), por ter, supostamente, recebido propina para agir por interesses de empreiteiros na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, de 2014. Ele era, na ocasião, senador e presidente da CPMI, com Maia na vice-presidência.

Instaurado com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht, o inquérito que investiga Cunha Lima mostra que os colaboradores narraram que, em meados de 2014, ele solicitou e recebeu, por meio de um intermediário chamado "Luís", o valor de R$ 800 mil da empreiteira. A soma teria sido repassada a Cunha Lima, então candidato a governador da Paraíba, com a expectativa de receber futura contrapartida e de realizar obra de saneamento no Estado.

Objeto de investigação com deputado Zeca Dirceu (PT-PR), seu filho, José Dirceu também teve o inquérito instaurado em abril, após a delação da Odebrecht. Delatores afirmaram que, entre 2010 e 2014, foram efetuados, a pedido do ex-deputado do PT de São Paulo e ex-chefe da Casa Civil, repasses para a campanha eleitoral de Zeca Dirceu, no valor de R$ 250 mil cada, por meio do Setor de Operações Estruturadas. O colaborador ainda afirma que esteve com José Dirceu por várias vezes, quando discutiram eventuais negócios privados que ele pudesse intermediar.

Já Calheiros e Jucá são suspeitos de terem recebido R$ 5 milhões do grupo empresarial para trabalhar pela aprovação da Medida Provisória (MP) 627/2017, que garantiu vantagens a empresas que atuavam no exterior. Os investigados negam as acusações.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) não deixou por menos a declaração do presidente nacional do partido, o senador Romero Jucá, de que vai dissolver a atual direção do PMDB em Pernambuco. Jucá, nesta terça-feira (19), garantiu que vai dar espaço para o senador Fernando Bezerra Coelho tirando a presidência do vice-governador do estado, Raul Henry, e a liderança política-eleitoral de Jarbas. 

Na Câmara dos Deputados, o discurso de Jarbas pode ainda piorar o clima já instaurado. O deputado não apenas chamou Romero Jucá de “crápula” como disse que espera, em breve, ver o senador sair do Congresso Nacional algemado. “Sou um homem que tem esperança no futuro. E confio na Justiça. Por isso tenho esperança de ver, em breve, esse senador sair daqui algemado por uma decisão soberana da Justiça do nosso país”, disparou. 

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Jarbas também falou que foi um dos fundadores da sigla em Pernambuco e afirmou que tem decência e honradez. “Não é a figura medíocre, desqualificada, mesquinha e desonrada desse senador Romero Jucá que vai nos amedrontar nesse momento. Essa figura torpe, oportunista, que se serviu de todos os governos que passaram pelo Palácio do Planalto, não tem autoridade política, muito menos moral, para nos ameaçar”. 

“Quem é Romero Jucá para ameaçar o PMDB de Pernambuco? O PMDB de Pernambuco é um partido forte e atuante. Foi a secção estadual que mais cresceu nas últimas eleições municipais. Tem um Diretório Estadual democraticamente eleito, do qual fazem parte seus deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças regionais”, ressaltou. 

Críticas a FBC

As críticas se estenderam a Fernando Bezerra Coelho chamando-o de desleal. “O PMDB de Pernambuco também é um partido de portas abertas. Tem recebido a filiação de novas lideranças e de lideranças já consolidadas na política estadual. Abriu as portas, inclusive, para esse senador Fernando Bezerra Coelho, que respondeu ao nosso gesto de boa vontade com deslealdade e traição”. 

O peemedebista avisou que vai ter luta. “E mais, lutarei em todas as frentes para manter a integridade, a verdade e a história do PMDB de Pernambuco, que, repito mais uma vez, se confunde com minha própria história. Sempre zelamos pela nossa coerência política. Tenho votado, aqui, na Câmara dos Deputados, a favor das reformas propostas pelo Presidente Temer, por entender que elas são necessárias ao país. Votado por uma questão de absoluta responsabilidade, sem nenhum tipo de barganha”. 

 

 

Mesmo sem a presença do presidente Michel Temer, o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), abriu a convenção extraordinária do partido na manhã desta terça-feira, 19, em Brasília.

Ao iniciar a sua fala, Jucá não deu explicações sobre o fato de Temer não comparecer à abertura do evento, apenas disse que, apesar da ausência, o peemedebista seria homenageado.

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Temer era esperado na convenção, que está sendo realizada em um centro de convenções em Brasília. Todo o esquema de segurança e o staff da Presidência estavam no local. Mas por volta das 10h, a assessoria de imprensa do governo avisou que o peemedebista não viria. O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) deixou o local e seguiu para o Palácio do Planalto.

Entre os presentes, havia duas linhas de explicação para Temer não comparecer: uma relacionada à saúde e outra, a questões políticas. Presidente de honra do PMDB, Temer teria desistido de vir para não interferir nos problemas internos da legenda.

Em manifestação enviada nesta sexta-feira, 15, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a Procuradoria-Geral da República rebateu os argumentos, em defesa prévia, de Romero Jucá (PMDB/RR) e defendeu o recebimento da denúncia contra o senador por corrupção e lavagem de dinheiro. O peemedebista foi denunciado em agosto por ter, supostamente, recebido propina de R$ 150 mil para beneficiar a Odebrecht na tramitação de duas medidas provisórias. O documento rebate os pontos mencionados pela defesa do parlamentar solicitando a rejeição dos argumentos.

As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

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Ao mencionar os fatos apontados na denúncia, a procuradora-geral Raquel Dodge assinala que o senador "violou dever funcional ao votar pela aprovação de medidas provisórias de interesse do grupo empresarial, especialmente as MPs 651 e 656, ambas de 2014".

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o senador agiu no interesse da empreiteira e recebeu de contrapartida pagamento de R$ 150 mil "em vantagens indevidas".

A medida 651, conhecida como "pacote de bondades", que alterava regras do mercado financeiro, recebeu 23 emendas do senador, sete foram aprovadas totalmente ou em parte.

Uma das medidas que não foram aceitas foi apresentada em outra MP (656) e visava a redução de alíquotas de PIS e Confins.

Ao longo da manifestação, Raquel rebate os argumentos da defesa, que alegou "falta de justa causa para ação penal quanto ao crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e a inexistência do crime de lavagem de dinheiro".

Na denúncia, o Ministério Público Federal sustenta que, para ocultar e dissimular a propina, Cláudio Melo Filho, um dos diretores da construtora, e Romero Jucá "acertaram que o repasse seria feito em forma de doação eleitoral para a campanha do filho do senador".

As informações foram confirmadas pelo executivo da Odebrecht em acordo de colaboração premiada.

Cláudio Melo Filho também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

Ao rebater as alegações de Jucá, a procuradora requer "o integral recebimento da denúncia, com início da instrução processual penal, e a condenação".

A manifestação da PGR será analisada pelo relator do caso no STF, o ministro Marco Aurélio.

Defesa

A reportagem tentou contato com o senador e com a defesa, mais ainda não obteve retorno.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou nesta quarta-feira, 13, que a votação da reforma da Previdência ficará para o ano que vem. Jucá disse que o Palácio do Planalto, em comum acordo com os presidentes da Câmara e do Senado, decidiu deixar a apreciação do tema para janeiro ou fevereiro de 2018, para garantir o número de votos necessários para a aprovação do tema.

"Hoje será votado o Orçamento, com isso, não haverá quórum para votar a reforma da Previdência. Vamos aguardar até fevereiro para votar ou até convocar uma sessão extraordinária em 2018 se houver entendimento", disse. "Mesmo que haja convocação extraordinária será em janeiro. Isso vai depender do mapeamento e presença dos parlamentares em Brasília. Pela lógica, a votação da Previdência fica para o ano que vem", explicou.

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O líder do governo foi questionado sobre a razão de o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter pautado a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para esta quarta-feira, o que afeta justamente o quórum na Congresso para semana que vem, quando o governo previa tentar votar a reforma da Previdência. Mas Jucá respondeu apenas que a votação do Orçamento precisava do número máximo de parlamentares na Casa.

"Ao marcar a votação do Orçamento se fixou a data de hoje como limite para a presença de parlamentares na Casa. Na próxima semana, poderia não haver quórum para votar o Orçamento", argumentou antes de negar que o governo tenha sofrido uma derrota.

"De forma nenhum houve derrota do governo. Foi um entendimento em conjunto em razão de números para a aprovação da reforma da Previdência. Não é certa a aprovação da reforma da Previdência, mas estamos trabalhando para isso", justificou.

O líder do governo no Senado tentou mostrar otimismo em relação à repercussão negativa junto ao mercado por conta do adiamento da votação. "O mercado sabe ler os fatos. Se hoje vota o Orçamento, na próxima terça-feira, dia 19, não teria quórum", falou.

Jucá enalteceu a ainda a notícia de que o PSDB decidiu fechar questão a favor da reforma e afirmou que espera que outros partidos tomem o mesmo caminho. "O governo teve uma vitória, que foi o fechamento de questão do PSDB", complementou.

Ao final, ele contou que o PMDB irá punir os parlamentares do partido que não votarem a favor da proposta.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira, 28, em sua conta no Twitter que não arrisca calcular os votos que o governo tem na Câmara para aprovar a reforma da Previdência, mas garantiu o apoio à proposta no Senado Federal. "No Senado, a reforma passa", enfatizou. Segundo ele, lideranças na Câmara estão mapeando os votos favoráveis com que o governo já pode contar.

O governo tenta colocar a proposta em votação na Câmara ainda este ano para depois submetê-la à apreciação dos senadores no início do ano que vem. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou na segunda-feira que a votação pode ficar pela metade em 2017, uma vez que há pouco tempo para apreciar a proposta em dois turnos nas últimas semanas do ano legislativo.

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Jucá já havia indicado mais cedo que seria prematuro inferir um calendário de votação aos deputados, mas advertiu que, quanto mais rápido for, melhor para as duas Casas. Segundo o líder do governo, deixar a votação da reforma da Previdência para o ano que vem na Câmara tornará ainda mais distante a votação no Senado. "Quanto mais perto das eleições, mais dificuldade teremos", alertou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou o arquivamento de inquérito que investigava o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado por supostamente terem atuado para obstruir a operação Lava Jato.

Fachin atendeu ao pedido de arquivamento feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que com base na recomendação da Polícia Federal havia solicitado o arquivamento do inquérito. A investigação tinha como base áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em conversa com os peemedebistas.

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Em seu despacho, Fachin ressaltou que "o arquivamento deferido com fundamento na ausência de provas suficientes de prática delitiva não impede a retomada das investigações caso futuramente surjam novas evidências".

O caso

Em um dos diálogos, Jucá afirma ser necessário "mudar o governo para estancar essa sangria". A declaração foi interpretada como uma referência ao avanço da Operação Lava Jato. As gravações vieram a público em maio do ano passado e Jucá, então ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, deixou o cargo.

Em outra gravação feita por Machado, Renan, então presidente do Senado, fala sobre a necessidade de regulamentar a delação premiada. Já Sarney diz prever que uma delação da Odebrecht teria o efeito de uma "metralhadora ponto 100".

Em relatório ao STF sobre os áudios entregues pelo ex-presidente da Transpetro, a PF sustentou que não há como comprovar o cometimento de crimes por parte do ex-presidente e dos senadores. A delegada Graziela Machado da Costa e Silva afirmou ainda que Machado não "merecia" os benefícios da delação porque "a colaboração mostrou-se ineficaz".

Para Janot, em decorrência das gravações e dos depoimentos de Machado, "sabe-se que os eventuais projetos de lei apresentados por vezes sob roupagem de aperfeiçoamento da legislação terão verdadeiramente por fim interromper as investigações de atos praticados por organização criminosa". No entanto, segundo ele, "tais atos não são penalmente puníveis". "Não houve prática de nenhum ato concreto além da exteriorização do plano delitivo. Assim, não há de falar em tentativa."

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi internado neste domingo, dia 1º, segundo informou na manhã desta segunda-feira, 2, a assessoria de imprensa do parlamentar. Jucá apresentava febre alta e suspeita de apendicite. Após exames, no entanto, foi diagnosticado diverticulite. Ainda segundo a nota da assessoria, o senador está medicado e fará exames complementares. O peemedebista está internado no Hospital Unimed de Boa Vista, capital de Roraima.

Acuado pela Operação Lava Jato, com os filhos indiciados pela Polícia Federal, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), dedicou a música 'Passou da Conta', da dupla Zezé Di Camargo & Luciano a seus algozes. O peemedebista concedeu entrevista à Rádio 93 FM, de Roraima, controlada por sua filha Marina Jucá, e se disse 'indignado com essa história toda'.

"Desejar a todos um beijo no coração, um pedido de desculpas aqui pela revolta, mas é porque eu estou indignado com essa história toda, pela exposição dos meus filhos e a minha também. Isso é uma jogada política de baixo nível, mas a gente vai respondendo de acordo com a necessidade", afirmou.

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Na última quinta-feira, 28 de setembro, a PF indiciou dois filhos do líder do Governo no Senado, na Operação Anel de Giges. Segundo a PF, o ex-deputado estadual Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e sua irmã Marina de Holanda Menezes Jucá foram indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Anel de Giges investiga suposto desvio de R$ 32 milhões por meio do superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima.

No fim do programa, o locutor perguntou a Jucá se ele havia escolhido uma música.

"Escolhi uma música aqui, vamos acabar em paz, né? Para não dizer que a gente está com raiva da Dona Luiza, do delegado Bernardo, eu vou oferecer a eles uma música do Zezé Di Camargo e Luciano. Para a gente acabar com música. O título da música é 'Passou da Conta'. Mas a música é uma música bonita. Então, fica aqui a homenagem, tá?", afirmou.

A Anel de Giges foi desencadeada por ordem da juíza Ana Emília Aires, da 4.ª Vara Federal de Boa Vista (RR). Jucá atacou a juíza que deflagrou operação.

"Recebo essa agressão a mim e a minha família como uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tornarei público todos os documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje", declarou em nota o senador, no dia da deflagração da operação da PF.

Defesa

Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal criticou as declarações do senador Romero Jucá à Rádio 93 FM, de Roraima:

"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal vem a público desagravar a honra e imagem dos Delegados de Polícia Federal em Roraima que, no estrito cumprimento dos seus deveres legais, atuaram na Operação Anel de Giges. Inconformado com a investigação da Polícia Federal, o pai de alguns dos investigados na operação, Senador da República, fez referências depreciativas em programa de rádio, citando nominalmente as Autoridades Policiais, em detrimento das atividades do cargo público, maculando a lisura de suas ações. A sociedade brasileira confia e reconhece a excelência do trabalho realizado pela Polícia Federal. Os Delegados Federais, neste ato representados pela ADPF, reafirmam seu apoio e a sua confiança nas autoridades policiais responsáveis pela operação e ressaltam a importância do exercício livre e regular das funções públicas de Polícia Judiciária da União".

A Polícia Federal informou na noite desta quinta-feira, 28, que indiciou dois filhos do senador Romero Jucá (PMDB/RR), líder do Governo no Senado, na Operação Anel de Giges. Segundo a PF, o ex-deputado estadual Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e sua irmã Marina de Holanda Menezes Jucá foram indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Anel de Giges investiga suposto desvio de R$ 32 milhões por meio do superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima.

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A PF informou que as penas previstas para os crimes atribuídos aos filhos de Jucá chegam até 30 anos de reclusão - em caso de condenação. "As investigações continuam, com análise do material apreendido e apuração do envolvimento de outros integrantes nas práticas criminosas", destacou o delegado Alan Robson.

Também são investigadas duas enteadas de Jucá, Luciana Surita da Motta Macedo e Ana Paula Surita Motta Macedo, filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB). Elas e os filhos de Jucá foram conduzidos coercitivamente pela PF, por ordem da Justiça Federal. O superintendente da Caixa em Roraima, Severino Ribas, é outro investigado.

A PF suspeita das transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim. Os investigadores miram os procedimentos internos da Caixa de fiscalização e aprovação do empreendimento.

Defesas

Romero Jucá publicou nota sobre o caso. "Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família. Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de razoabilidade. Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os Poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização".

"Não tememos investigação. Nem eu nem qualquer pessoa da minha família. Investigações contra mim já duram mais de 14 anos e não exibiram sequer uma franja de prova. Todos os meus sigilos, bancário, fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma prova. Só conjecturas".

Em junho de 2016, foi pedida a prisão de um presidente de um poder, de um ex-presidente da República e de um senador com base em conjecturas. Em setembro agora, por absoluta inconsistência jurídica, o inquérito foi arquivado. Desproporcional e constrangedor, esse episódio poderia ter sido evitado. Bem como poderia ter sido evitado o de hoje. Bastava às autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum crime cometido. Recebo essa agressão a mim e a minha família como uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tornarei público todos os documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje", diz o texto.

A assessoria de imprensa da Caixa também se manifestou. "Com relação à Operação Anel de Giges, realizada nesta quinta-feira (28/09), a Caixa Econômica Federal esclarece que as informações estão sendo repassadas exclusivamente às autoridades competentes. A Caixa esclarece que mantém contato permanente com as autoridades competentes, prestando irrestrita colaboração com as investigações e operações policiais."

Após dizer que "ninguém vai intimidá-lo", o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta quinta-feira, 28, considerar a operação da PF que teve como alvo seus filhos e enteados uma "retaliação". "Isso é ação da Justiça de Roraima, que está estacionada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Portanto, é uma retaliação", disse ele, prometendo se manifestar em nota ainda na tarde desta quinta.

A Polícia Federal em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã de quinta, com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas.Dois filhos e dois enteados de Jucá são alvo da operação. A operação foi autorizada pela juíza Ana Emilia Rodrigues Aires, da 4ª Vara Federal de Roraima.

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Jucá participou de reunião na presidência do Senado em que senadores discutiram levar para o plenário da Casa a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

A Polícia Federal prendeu em flagrante por posse ilegal de armas o marido de Luciana Surita da Motta Macedo, enteada do senador Romero Jucá (PMDB/RR). A prisão de Frederico Macedo ocorreu nesta quinta-feira, 28. Os investigadores não localizaram registros das armas, nem autorização para Macedo como colecionador nem como atirador.

A Operação Anel de Giges, deflagrada nesta quinta, mira os filhos de Jucá, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e duas enteadas dele: Luciana e Ana Paula Surita Motta Macedo - filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), ex-mulher do senador.

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O superintendente da Caixa em Roraima Severino Ribas também é alvo da investigação sobre suposto desvio de R$ 32 milhões dos cofres públicos, tendo como origem o superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima.

Segundo a PF, são investigadas as transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim, bem como pela fiscalização e aprovação do empreendimento na Caixa Econômica Federal.

Defesas

"Com relação à Operação Anel de Giges, realizada nesta quinta-feira (28/09), a Caixa Econômica Federal esclarece que as informações estão sendo repassadas exclusivamente às autoridades competentes. A Caixa esclarece que mantém contato permanente com as autoridades competentes, prestando irrestrita colaboração com as investigações e operações policiais", disse a instituição por meio de nota.

Em Brasília, Jucá disse considerar a operação da PF que teve como alvo seus filhos e enteados uma "retaliação". "Isso é ação da Justiça de Roraima, que está estacionada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Portanto, é uma retaliação", afirmou.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quinta-feira, 21, que o PMDB não tem assediado outros parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está "mal informado". Segundo Jucá, o partido - ou o MDB, nome da sigla a partir de 4 de outubro - é que está sendo procurado porque é "uma marca muito forte".

"Não estamos assediando ninguém, ao contrário. Mas a marca MDB, toda a sua história, todo o trabalho que estamos fazendo de fortalecimento, reconstrução do partido, com muitos companheiros, é uma marca muito forte que atrai muita gente", disse o senador em entrevista à TV Estadão. "O Rodrigo Maia está mal informado."

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Para Jucá, que é presidente do PMDB, "com o fim das coligações se consumando", deputados de partidos pequenos devem buscar abrigo em legendas maiores. "Vão procurar outros partidos, o PSDB, o PSB..."

O plenário da Câmara adiou de 2018 para 2020 a entrada em vigor do fim das coligações para as eleições de deputados e vereadores. O texto inicial, relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR), previa a medida já para as próximas eleições. Os deputados, no entanto, fizeram um acordo e aprovaram um destaque do PPS para que a medida comece a valer depois.

Jucá também comentou a tramitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido da defesa de suspensão da acusação formal. De acordo com o senador, Temer e a coordenação política do governo têm consciência "da inépcia da denúncia".

Comunicação

Para Jucá, a culpa da impopularidade recorde do presidente é a comunicação do governo. "Quando a nova lei trabalhista começar a valer no dia 11 de novembro, o nível de emprego vai aumentar ainda mais. Temos resultado para mostrar. A impopularidade do presidente se dá pela falta de boa comunicação do governo, a gente reconhece isso. Depois, pela distorção do processo de debate e deste tipo de acusação", afirmou.

O senador peemedebista afirmou ainda que "há uma espécie de onda contra" o presidente. "Mas a situação econômica estará muito melhor para o ano e o reconhecimento do governo Michel virá ao final do governo Michel e não durante o processo de votação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ironizou a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar nesta quinta-feira, 14, uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Para o peemedebista, Janot está "desacreditado" e perdeu o "senso". O líder do governo tentou também minimizar as especulações sobre a acusação ter como base a delação do corretor Lúcio Bolonha Funaro.

"O procurador Rodrigo Janot está tão desacreditado. Agora se juntou com o Funaro, a próxima companhia inseparável dele. Talvez ele vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora", disse ao ironizar a foto em que Janot aparece em um bar, em Brasília, acompanhado do advogado de Joesley Batista. "Acho que o procurador perdeu o senso. Como ele só tem dois dias, ele pode fazer qualquer tipo de estripulia", complementou.

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Jucá ainda acusou Janot de criar factoides e deu a entender que o procurador-geral pode ter apagado provas, em referência indireta a informação de que o ex-procurador Marcelo Miller, auxiliar de Janot, teria ajudado os irmãos Joesley na negociação por um acordo de delação premiada.

"Eu acho que a sociedade vai saber julgar o 'modus operandi' e, mais do que isso, a tentativa de criar factoides, mais do que criar factoides, de apagar provas que podem levar a uma investigação mais séria sobre isso", disse.

Desde o início da semana, o governo vem tentando tirar a credibilidade de Funaro como delator. Em nota divulgada na quarta-feira, 13, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que as declarações do corretor Lúcio Funaro não são dignas de crédito. "Versões de delator já apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como homem que traiu a confiança da Justiça não merecem nenhuma credibilidade. O criminoso Lúcio Funaro faz afirmações por 'ouvir dizer' ou inventa narrativas para escapar de condenação certa e segura", diz o comunicado.

Líder do governo no Senado e presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) chamou na tarde desta quarta-feira, 13, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "líder de facção". Ao ser questionado sobre o conteúdo da delação premiada de Lúcio Funaro, Jucá minimizou o conteúdo dos fatos narrados pelo corretor e o potencial destrutivo de uma eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"O líder dessa facção, Rodrigo Janot, vai ficar mais dois dias na PGR, o que é lamentável, até porque ele (seu mandato) está acabando de forma muito triste, muito melancólica, como eu previ há alguns dias atrás", declarou Jucá após reunião da Executiva do PMDB. "Agora está se vendo que a organização é Janot, Marcelo Miller, mais alguns procuradores, Joesley (Batista), Sérgio Machado, (Nestor) Cerveró, Delcídio (Amaral). Essas são as companhias de Janot que armaram esse circo", emendou.

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O presidente do PMDB disse que qualquer ato conduzido por Janot na reta final de seu mandato "está eivada de erros, raiva e rancor, de tentativa de apagar o rastro de irregularidades". Por isso, disse o peemedebista, a segunda denúncia deve ser recebida com "desconfiança", mais até do que a primeira denúncia, derrubada na Câmara porque "o véu caiu".

Para Jucá, a delação de Funaro - um dos últimos atos de Janot - foi um "ato entre amigos", por isso merece desconfiança. "Qualquer delação premiada a essa altura do campeonato precisa ser muito investigada e comprovada para ser dar ouvido a ela", declarou. O senador disse que Janot sabia das conversas entre Miller e a JBS e que as ações intermediadas pelo ex-procurador são "extremamente suspeitas".

Funaro afirmou em sua delação premiada que Temer dividiu com Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-homem forte de seu governo, propina da Odebrecht. Nos anexos de sua colaboração, ele afirmou ter buscado R$ 1 milhão em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. Funaro relatou também em sua colaboração, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal, ter mandado a quantia para Geddel, na Bahia.

Reunião

Na reunião desta tarde da Executiva do PMDB, Jucá comunicou ao partido o pedido de afastamento de Geddel das funções partidárias por 60 dias. Geddel já estava afastado do comando do PMDB baiano desde meados de julho e hoje formalizou o pedido para ficar fora dos trabalhos de primeiro-secretário nacional do PMDB.

No encontro, que durou duas horas, a Executiva também deferiu a suspensão por 60 dias da senadora Kátia Abreu (TO). A parlamentar enfrenta um processo na Comissão de Ética do partido por ter feito críticas públicas a Jucá e Temer.

Um dos assuntos que mais tomou tempo na reunião foi o pedido de intervenção no diretório estadual do PMDB pernambucano feito por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho (PE), recém-filiado à legenda. O grupo de Coelho pede a dissolução do diretório estadual. A cúpula do PMDB decidiu que o líder da bancada na Câmara, Baleia Rossi (SP), vai intermediar as negociações entre as partes para evitar a dissolução do diretório pernambucano.

Segundo fontes, Jucá revelou que o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), manifestou o desejo de se filiar ao partido, mas que as conversas ainda não evoluíram. Jucá teria garantido que não haverá intervenção no PMDB local caso Moura se filie ao PMDB.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atendeu às recomendações da Polícia Federal e pediu arquivamento de inquérito por suposta obstrução à Lava Jato, pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-MA). A investigação tinha como base os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em conversa com os peemedebistas.

Nos diálogos gravados por Sérgio Machado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirma ser necessário "mudar o governo para estancar a sangria" e mencionava como "solução", o então vice-presidente Michel Temer. À época, a ex-presidente Dilma Rousseff estava à beira do processo de Impeachment e o delator e o peemedebista falavam sobre as investigações. O então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ressaltou a necessidade de regulamentar a delação premiada em conversa com Machado. Já Sarney disse prever que a delação da Odebrecht teria o efeito de uma "metralhadora ponto 100".

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Em relatório ao Supremo Tribunal Federal sobre os áudios entregues pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou conversas com Sarney, Jucá e Renan, a PF sustentou que não há como comprovar o cometimento de crimes por parte do ex-presidente e dos senadores. A delegada Graziela Machado da Costa e Silva ainda havia pedido, no documento, que Machado perdesse os benefícios de delator.

Em parecer, o procurador-Geral da República, por outro lado, ressaltou a importância dos áudios, ao admitir que "os fatos trazidos" pelo delator "revelam gravidade incontestável". "Ademais, as provas, válidas, corroboram indubitavelmente a sua ocorrência".

"Todavia, a vinda à tona da gravação e dos depoimentos de Sérgio Machado revelou publicamente toda a estratégia então planejada. Em decorrência dele, sabe-se que os eventuais projetos de lei apresentados por vezes sob roupagem de aperfeiçoamento da legislação terão verdadeiramente por fim interromper as investigações de atos praticados por organização criminosa", anotou Janot.

Janot ainda diz crer que "certamente, não fosse a revelação, os investigados tentariam levar adiante seu plano".

"Todavia, ao contrário de outros ordenamentos (como o norte-americano, que prevê o delito de conspiracy) tais atos não são penalmente puníveis. De fato, não houve prática de nenhum ato concreto além da exteriorização do plano delitivo. Assim, não há de falar em tentativa, dendo o iter criminis parado na chamada fase de cogitação", sustenta.

Defesas

A defesa de Sérgio Machado ressalta "que, no pedido de arquivamento, o próprio PGR Rodrigo Janot reafirma a validade das provas apresentadas pelo colaborador e a gravidade dos fatos; e que o plano de obstrução só não foi adiante porque veio a público. Além disso, ainda segundo o PGR, os atos praticados só não são puníveis porque não existe o delito de conspiracy no ordenamento jurídico brasileiro."

Em nota, o senador Renan Calheiros afirmou: "Foi uma decisão esperada, já que a Polícia Federal não detectou qualquer ilícito na minha conduta. Essa acusação foi uma irresponsabilidade. Com base nela, Janot pediu - e não conseguiu- minha prisão quando eu presidia o Senado Federal. Depois, usando essas gravações clandestinas, ele pediu meu afastamento do cargo faltando 12 dias para o término do meu mandato como presidente. O STF também negou esse pedido.

É evidente o constrangimento causado por denúncias políticas sem critérios legais, despidas de provas e indícios que justifiquem a sua instauração.

Confio na Justiça e tenho certeza de que todas as denúncias decorrentes de delações fantasiosas serão definitivamente arquivadas."

O advogado Luis Henrique Machado, que defende Renan, afirmou, em nota: "Outro inquérito envolvendo o Senador Renan é arquivado no âmbito da Operação Lava Jato. Agora, decorrente das gravações clandestinas realizadas por Sérgio Machado. É evidente o constrangimento ilegal que o Senador sofre com inquéritos abertos sem obedecer critérios legais mínimos, despidos de provas ou de qualquer indício que justifique a sua instauração.

Pedir a abertura de inquéritos, sem justa causa, somente com o fim de achincalhar o Senador diante da opinião pública é a forma mais abominável de se praticar e conduzir o processo penal. Infelizmente, isso vem acontecendo."

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