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Sem aliviar um só minuto, a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) solicitou, ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), abertura de inquérito para investigar a situação do Hospital Dom Malan, em Petrolina. Os deputados de oposição fizeram visita  à unidade de saúde que é gerida pela Fundação Imip, , os parlamentares oposicionistas encontraram duas alas desativadas no hospital e falta de estrutura em quase tudo. Com a desativação das alas, os atendimentos a crianças e gestantes são realizados de forma precária, com muitas mães sendo obrigadas a aguardar por horas nos corredores e recepção, ao menos foi isso que os parlamentares capitaneados por Silvio Costa constataram. Este mesmo bloco de oposição ao governador Paulo Câmara e sua gestão esteve realizando viagens por todo Pernambuco. Nas  visitas do Pernambuco de Verdade às microrregiões do Estado, a precariedade da rede pública de saúde foi um problema recorrente. Seja pela falta de um hospital, como no Agreste Setentrional, onde a UPA de Santa Cruz do Capibaribe faz o papel de hospital regional. Seja pela superlotação das unidades existentes, como no caso do Hospital Regional do Agreste (Caruaru), Hospital Dom Moura (Garanhuns), Hospital Ruy de Barros Correia (Arcoverde), Hospital Belarmino Correia (Goiana), Hospital Regional Agamenon Magalhães (Serra Talhada), Hospital Emília Câmara (Afogados da Ingazeira) ou Hospital Fernando Bezerra (Ouricuri). Pelo visto se a cobrança já estava grande, agora ela vai aumentar pois a campanha eleitoral de 2018 já está nas ruas e ninguém quer perder tempo, principalmente os deputados que buscam a reeleição no ano que vem.

Armando bate forte

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) acusou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no plenário do Senado,  de desafiar as decisões jurídicas favoráveis à Hemobrás e de “estar solapando o posicionamento do próprio governo” a quem serve.

Mais protesto

O  Senador petebista protestou contra as tentativas do ministro, “recorrentes”, segundo ele, de inviabilizar o projeto da estatal em Pernambuco, ao insistir a todo custo em retirar da respectiva unidade a  fabricação do fator recombinante, medicamento de alta densidade tecnológica e elevado valor agregado essencial no tratamento da hemofilia. O caso hemobrás ainda continua rendendo muito por aqui e em Brasília.

Fogo cerrado

Após defender a liberação do porte de arma para toda a população brasileira  em Belém, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) postou um vídeo nas  redes sociais no qual torce para que uma pistola modelo ponto 50seja comercializada no Brasil.

Gilmar Mendes de novo

O  artista de tv, jornalista, radialista, blogueiro e por sinal também ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse, durante evento sobre reforma política no Instituto de Direito Público em São Paulo, que a Corte deve ‘evitar decisões panfletárias, populistas’. Logo de quem vem essa frase, do maior devorador de holofotes da nação.

Como acreditar no Brasil ?

Relatório divulgado pela ONG Transparência Internacional, afirma que, para 78% dos brasileiros, o nível de corrupção aumentou no Brasil. A pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2016 com perguntas sobre os 12 meses anteriores.

Números

O levantamento foi realizado em 20 países da América Latina e do Caribe com mais de 22 mil pessoas e conclui ainda que os governos da região estão falhando em atender às demandas da população no combate à corrupção, apesar dos protestos registrados em alguns países.

Raquel forte

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra foi reconduzida à presidência do diretório municipal na convenção do PSDB de Caruaru. A sigla  vai promover as convenções municipais no estado ao longo de outubro e a  grande convenção estadual em novembro.

Hoje

Está prevista para hoje a apresentação do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Já tem cheiro de pizza no ar desde muito tempo.

Miguel Coelho reinaugura Museu do Sertão

Fechado para reforma desde o ano passado, o Museu do Sertão será devolvido à população de Petrolina. O prefeito Miguel Coelho reinaugura o equipamento cultural nesta quarta-feira (11), às 18h, em evento aberto ao público. 

Um dia após entregar ao PDT a Secretaria de Agricultura, o governador Paulo Câmara (PSB) promoveu, ontem, uma mudança estrutural na coordenação política do seu Governo. Já de olho na reeleição em 2018, convocou o secretário Nilton Mota, que está deixando a Agricultura, para o lugar de Antônio Figueira, da Casa Civil, este remanejado para chefia da Assessoria Especial.

Foi uma escolha das mais acertadas. Deputado estadual licenciado pelo PSB, Nilton Mota é do ramo da política. Egresso de uma família envolvida na vida pública em Surubim, tem um predicado inerente ao cargo: o poder de articulação política. Mesmo numa pasta tão técnica em que atuou nos últimos três anos, Mota contabilizou dividendos políticas para o governador em praticamente todas as ações que empreendeu pelo Interior.

Por isso mesmo, revelou-se num dos auxiliares mais operosos do Governo. Nas campanhas de Geraldo Júlio, tanto na primeira quanto na reeleição, coordenou áreas estratégicas com grande êxito, o mesmo ocorrendo também na campanha do governador Paulo Câmara. Nilton Mota é, sem exageros, um animal político, respira política 24 horas por dia e está agora no lugar certo.

Com ele na articulação, o governador pode rearrumar a base, que começou a ser desestruturada com a possível perda do PMDB, mais cedo do que imaginava. O atual responsável pela área, Antônio Figueira, médico por vocação e de carreira, até fez um esforço para cumprir a missão a que foi delegada, mas enfrentou dificuldades porque não nasceu na política e jogo de cintura não se adquire da noite para o dia. A política passa, principalmente, pela arte de engolir sapos.

Talhado, Mota tem um notável estômago para triturar sapos e elefantes. E o governador, que como Figueira também não é remanescente do ramo da política, não poderia abrir mão de um auxiliar com este perfil para enfrentar as trovoadas que vêm por aí não apenas em 2018, ano eleitoral, mas a partir desses meses pré-eleitorais que se estendem até as convenções partidárias.

POSSE– Conforme este blog antecipou, o governador Paulo Câmara empossa, hoje, às 14h30, em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, os novos secretários estaduais: Nilton Mota, que deixa a Agricultura e Reforma Agrária e assume a Casa Civil; José Neto, que sai da Chefia da Assessoria Especial e assume a Secretaria Executiva da Casa Civil; Antônio Figueira, que deixa a Casa Civil e assume a chefia da Assessoria Especial; e Wellington Batista, que entra no Governo para comandar a Agricultura e Reforma Agrária. É possível que o governador ainda abra espaços mais na frente para outros partidos da base, como o Solidariedade (SD).

Um auxiliar de peso – Ex-secretário de Administração na gestão Eduardo Campos, José Neto, sobrinho do ex-governador Joaquim Francisco, está sendo remanejado da chefia da Assessoria Especial para a Secretaria-Executiva da Casa Civil. Habilidoso e articulado, Neto deve se transformar, na verdade, no braço direito do novo secretário da Articulação Política, Nilton Mota. Tem um perfil muito parecido com Mota, age com desenvoltura nos bastidores e leva a vantagem de ser amigo pessoal do governador Paulo Câmara.

No prédio do secretário– Um assalto a um entregador na portaria de um edifício localizado na Rua Padre Roma, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, foi registrado por câmeras de segurança na tarde da última terça-feira. As imagens, gravadas em frente à residência do secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni, foram enviadas ao WhatsApp da TV Globo. Durante a ação, o profissional aguarda a abertura do portão do edifício enquanto dois jovens se aproximam. Enquanto isso, um dos assaltantes, usando uma farda da rede estadual de ensino, mexe na mochila do parceiro. Ao notar que a dupla se aproximou para assaltá-lo, o entregador empurra um deles, enquanto o outro, com uma arma, sobe na moto e sai da entrada do prédio.

REFIS– Após quase seis horas de sessão, a Câmara dos Deputados aprovou, ontem, em plenário, o texto-base da medida provisória (MP) que cria o novo Refis, programa de parcelamento de dívidas com a União. O texto foi aprovado em votação simbólica. A votação dos destaques foi adiada, provavelmente para a próxima semana, segundo previsão da liderança do governo. A proposta aprovada foi um texto novo concluído após negociação entre o relator, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), líderes partidários e representantes da Casa Civil e da equipe econômica. Governo e deputados tiveram de negociar um acordo, porque o Executivo não aceitou o texto do relator aprovado na comissão especial, enquanto os parlamentares acusavam a Receita Federal de trabalhar para deixar a MP perder a validade sem ser votada.

Populismo constitucional – O ministro Gilmar Mendes disse, ontem, que o Senado tem de se posicionar sobre a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastarem o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício do mandato. Para ele, o que a turma decidiu foi a prisão do senador e isso não estaria permitido pela Constituição. Mendes afirmou também que seria importante o plenário do STF se debruçar sobre o tema. Segundo ele, ministros da Primeira Turma estão tendo "um tipo de comportamento suspeito" e aderindo a um "populismo constitucional."

CURTAS

ADUTORA– O governador Paulo Câmara recebeu, ontem, a garantia do ministro da Integração, Helder Barbalho, de que vai liberar cerca R$ 11 milhões, na próxima semana, para as obras da Adutora do Agreste. Paulo e Helder também trataram das ações de reconstrução dos municípios pernambucanos afetadas pelas fortes chuvas dos últimos meses de maio e junho. O ministro aguarda a aprovação de projeto de lei do Congresso que permitirá o repasse de mais R$ 58 milhões para as obras da Adutora do Agreste.

INVESTIGAÇÃO– Membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Tadeu Alencar (PSB) diz que o Diretório Nacional do partido agiu com coerência ao fechar questão ontem pela aceitação da segunda denúncia contra o Presidente Michel Temer (PMDB). “É importante que a Câmara dos Deputados trate com rigor as suspeitas que pesam sobre o Presidente da República e dê ao povo brasileiro uma demonstração de compromisso com a verdade. É esse o sentimento do PSB”, afirmou.

 

Perguntar não ofende: Por que o Supremo afastou Aécio sem determinar também a sua prisão? 

O plenário que discute a reforma política na Câmara é o que vivenciou o maior número de trocas partidárias nos últimos dez anos. Desde janeiro de 2015, quando iniciou esta legislatura (2015-2019), até agora, um de cada quatro parlamentar mudou de partido. No total, foram 124 deputados "infieis" e, destes, 31 mudaram mais de uma vez.

O "mercado de vagas" dos partidos escancarou nesta semana uma briga entre DEM e PMDB, com críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às iniciativas do partido do presidente Michel Temer em arrematar deputados que já estavam em negociação com a sua sigla (mais informações nesta página).

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Segundo dados da Câmara, foram quase 400 trocas desde 2007, quando o Supremo Tribunal Federal determinou que os mandatos pertencem aos partidos, não a deputados e vereadores. Desde então, só dois deputados perderam o mandato por infidelidade partidária, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambos eram do DEM. Walter Brito Neto (PB), em 2006, e Robson Rodovalho (DF) dois anos depois. Do total de trocas, 160 foram feitas desde o começo de 2015. E as mudanças devem se intensificar em março, quando está prevista a janela partidária, brecha para a troca sem o risco de perda do mandato.

Apesar de criticadas pelos próprios parlamentares, as propostas relativas à troca de siglas não avançaram nas discussões da reforma política. A supressão dos artigos que tratam de fidelidade partidária será, segundo a deputada Shéridan (PSDB-RR), um dos poucos consensos na votação do segundo turno de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) da qual é relatora, prevista para ocorrer amanhã na Casa.

O relatório da deputada propõe estender a regra da fidelidade partidária para cargos majoritários e seus vices e prevê que o candidato eleito por um partido que não atingir a cláusula de barreira pode mudar de sigla. A cláusula de barreira impõe restrições à legenda que não alcançar determinado porcentual de votos. "Eu acho que não ficou como queríamos, mas podia ser pior. Foi a construção política que conseguimos", afirmou Shéridan.

Para o cientista político da Arko Advice Murillo Aragão, o levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em informações da Câmara indica uma "indústria de partidos". "Troca de partido não é necessariamente um problema, mas não pode ser abusivo. O mundo político desmoraliza os partidos ao permitir a criação de legendas sem orientação programática."

Por outro lado, a professora de Ciência Política da Unicamp Andréia Freitas disse ver com naturalidade o aumento das mudanças. "Em momentos de crise, é normal que haja uma maior movimentação entre os partidos. Neste momento, a que estamos vivendo é a (Operação) Lava Jato. Os políticos estão calculando qual o melhor lugar para disputar reeleição, estão se reposicionando."

Janela

Em março de 2016, quando ocorreu a primeira janela partidária, houve 94 trocas de partido. Por meio dela, o parlamentar não tem direito à "portabilidade" - levar tempo de TV e recursos do Fundo Partidário para a nova legenda. Pela regra, a troca durante o mandato, fora da janela, só é permitida se houver "justa causa" - discriminação política pessoal, mudança no programa partidário ou se o parlamentar quiser migrar para um partido recém-criado.

Inicialmente, o relatório de outra PEC sobre reforma política, de autoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), previa antecipar a janela para dezembro, mas, sem consenso, a data foi mantida em março.

Na avaliação do professor de Direito do Mackenzie Diogo Rais, a janela partidária "desrespeita o laço com a sociedade". "É uma janela casuística. Não é isonômico, pois quem mudou de partido uma semana depois tem de responder por isso", afirmou o professor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes de vários países parabenizaram a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que foi reeleita para um quarto mandato nas eleições gerais da Alemanha, no domingo (24).

De acordo com dados do Escritório Eleitoral Federal, a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e a União Social-Cristã da Baviera (CSU) ficaram com 33% dos votos – queda de 8,5 pontos em relação às eleições ocorridas há quatro anos.

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Já o Partido Social Democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, caiu para 20,5%, mais de cinco pontos abaixo das eleições gerais anteriores e o pior resultado da história da legenda.

A ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD), que nas eleições de 2013 ficou fora do Bundestag (equivalente à Câmara dos Deputados) ao não conseguir, por alguns décimos, o mínimo necessário de 5% dos votos, neste domingo conquistou 12,6%.

União Europeia

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, parabenizou a chanceler ao falar em uma Alemanha forte: "A UE precisa, agora mais do que nunca, de um governo alemão forte", disse Juncker em carta enviada a Merkel.

Em entrevista coletiva diária, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse que Juncker conversou com a chanceler e a parabenizou por sua "vitória histórica pela quarta vez consecutiva".

O novo governo alemão deve ser "capaz de dar forma ativamente ao futuro do nosso continente", acrescentou o presidente da CE. Juncker expressou também confiança de que as negociações para a formação de um governo de coalizão "contribuirão para isso". Perguntado sobre a ascensão da extrema-direita, o porta-voz disse que "a Comunidade Europeia tem fé na democracia".

Schinas lembrou que Juncker se pronunciou em várias ocasiões sobre "a necessidade de evitar a autocomplacência" e "distinguir entre aqueles que questionam nossas políticas dos que simplesmente querem destruir a UE".

O presidente do grupo dos Socialistas e Democratas na Eurocâmara, Gianni Pittella, também se pronunciou sobre os resultados das eleições e agradeceu a Schulz pela "paixão" mostrada durante a campanha, que "infelizmente não foi suficiente".

Disse que agora começa uma "fase de renovação" no partido socialista alemão, que estará na oposição nesta legislatura, algo "em linha com o que decidimos fazer aqui no Parlamento Europeu".

França

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou ontem para Merkel e disse que ambos vão continuar cooperando "com determinação" para a Europa e para os seus respectivos países. Em mensagem na sua conta do Twitter, Macron disse: "Continuamos com determinação a nossa cooperação essencial para a Europa e para os nossos países".

O porta-voz do governo francês, Christophe Castaner, reconheceu que a vitória do partido da chanceler é, na realidade, uma vitória "amarga" devido à ascensão de "uma extrema direita muito radical", em alusão ao partido Alternativo para a Alemanha (AfD), que conseguiu mais de 13% dos votos.

Em entrevista à imprensa Castaner destacou que neste contexto, "a relação franco-alemã é essencial" porque constitui "o motor que vai permitir mudar as coisas na Europa". Amanhã em Paris, Macron deve informar sobre novas propostas para relançar a construção europeia através de "um mapa para transformar em profundidade o continente", disse Castaner.

"Se se quer lutar contra o nacionalismo, contra o populismo em cada país, é preciso uma Europa potente, uma Europa que proteja, uma Europa que liberte", disse o porta-voz.

Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, saudou Angela Merkel em sua conta no Facebook e no Twitter. "Felicidades a Angela Merkel, uma verdadeira amiga de Israel, por sua reeleição como chanceler da Alemanha", escreveu o premiê que usa frequentemente as redes sociais para enviar mensagens políticas.

Consultado pela Agência EFE, o Ministério das Relações Exteriores israelense não se pronunciou sobre a ascensão da extrema-direita e sua chegada ao Parlamento, e disse apenas que "por enquanto não há reação" oficial.

*Com informações da EFE

A consolidação do G-4, o grupo dos quatro partidos que estão na oposição ao Governo Paulo Câmara (PTB-PSDB-DEM e PMDB, se este ficar de fato sob o controle do senador Fernando Bezerra Coelho), passa pela inserção de uma liderança na Região Metropolitana do Recife. É por isso que o senador Armando Monteiro, os ministros Bruno Araújo e Mendonça Filho, além do próprio Fernando Bezerra, investem fortemente para atrair o PSC, do grupo Ferreira, liderado pelo prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, que está tentando, também, retomar o controle do PR, hoje com o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira.

Além de administrar o segundo maior colégio eleitoral do Estado, Anderson é produto do segmento evangélico, o que mais cresce no País. Quando deputado federal, dois anos antes de ser eleito prefeito, teve mais de 150 mil votos e seu irmão André Ferreira, mais de 74 mil votos para deputado estadual. A família elegeu ainda o vereador Fred Ferreira, com mais de 14 mil votos. Votações e tanto, diga-se de passagem, em se tratando de uma única família.

São fatores que numa discussão para montagem da chapa majoritária do G-4 devem influenciar bastante. Por isso, não está descartada a possibilidade do deputado André Ferreira ser indicado candidato a senador. Atuando no bloco de oposição, tendo na sua eleição em 2016 o apoio do senador Armando Monteiro, Anderson já pode ser considerado, desde já, a noiva mais cobiçada do pleito de 2018, sendo paparicado por ambos os lados da disputa.

Afinal, não está descartada a possibilidade de o governador Paulo Câmara buscar o seu apoio e, consequentemente, de olho também do mundo evangélico. Mas como tem sido tratado a pão e água pelo Governo, segundo aliados fazem questão de enfatizar, a tendência nacional é ficar onde está, trabalhando para o fortalecimento da oposição no Grande Recife.

Interlocutores do prefeito garantem que Anderson já vem assumindo um papel preponderante na consolidação do G-4. “Na verdade, as costuras para montagem e ampliação deste grupo começaram no gabinete do prefeito”, garante um aliado do gestor, adiantando que as chances do grupo Ferreira indicar um dos candidatos a senador são reais. 

LULA NA LIDERANÇA– O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições presidenciais em todos os cenários, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada, ontem, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece em segundo lugar em todos os cenários testados. Segundo o levantamento, Lula teria hoje com 20,2% das intenções de voto espontânea para presidente, ante 16,6% no levantamento CNT/MDA divulgado em fevereiro deste ano. Em seguida, aparecem Bolsonaro, com 10,9% (ante 6,5% em fevereiro); seguido pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2,4% (ante 0,3% em fevereiro).

Paraíba na frente - O Estado da Paraíba está entre os dez finalistas do Ranking de Competitividade dos Estados 2017, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), que analisa 66 indicadores, agrupados em 10 pilares. Em 2016, a Paraíba já havia ficado em segundo lugar na categoria infraestrutura, ficando atrás apenas de São Paulo, e em sexto lugar no quesito potencial de mercado. O governador Ricardo Coutinho (PSB) participou, ontem, em São Paulo, do evento no qual será divulgado o ranking dos estados brasileiros que estão conseguindo melhorar os serviços públicos, mesmo em condições adversas. O secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson Souza, aponta como principal responsável pela melhoria dos índices a solidez fiscal da Paraíba, mesmo em tempos de crise.

Mudança na Lava Jato– A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, oficializou em portarias a troca no grupo de trabalho da Operação Lava Jato.  A nova equipe composta por Raquel para conduzir as investigações na PGR é formada por oito procuradores, sendo que apenas dois já estavam no grupo do ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Além disso, Raquel estabeleceu um prazo de 30 dias de transição nos quais cinco integrantes do grupo de Janot ajudarão nos trabalhos da Lava Jato, entre eles o último coordenador da equipe, promotor Sérgio Bruno.  As portarias foram publicadas no Diário Oficial de ontem. 

Dória se aproxima do DEM– O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), convidou integrantes da cúpula do DEM para um jantar, amanhã, em sua residência, na capital paulista. O convite é mais um gesto político do tucano em busca de apoio para viabilizar uma eventual candidatura sua à Presidência da República em 2018. O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), confirmou o convite. "Esse jantar está previsto, sim", afirmou. O parlamentar potiguar, porém, disse que não poderá comparecer, pois está de licença do Senado para tratamento médico. Outros democratas, como o prefeito de Salvador, ACM Neto, porém, já confirmaram presença.

Crescendo feito rabo de cavalo – O presidente Michel Temer (PMDB) registrou a pior aprovação pessoal e de governo da série histórica da pesquisa CNT/MDA, divulgada, ontem, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Do ponto de vista de avaliação de governo, a série histórica da pesquisa começou a ser registrada pela CNT em julho de 1998, durante o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De lá para cá, Temer é o presidente da República com a pior avaliação. Segundo os dados do levantamento, a avaliação negativa do peemedebista alcançou 75,6% neste mês de setembro. Até então, o pior desempenho era da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve índice de 70,9% em julho de 2015.

CURTAS 

PRISÃO– Foi preso na tarde de ontem o quinto homem suspeito de envolvimento no crime que vitimou o jornalista e apresentador da 2ª edição do ABTV Alexandre Farias, 39 anos. O homem estava escondido em uma casa no bairro José Carlos de Oliveira. Com o suspeito foram apreendidos um revólver e uma pistola. O preso foi levado para a Diretoria Integrada do Interior 1, em Caruaru, no Agreste, onde os delegados deram explicações à imprensa sobre a prisão.

PROTESTO- Taxistas do Recife realizaram protestos, na manhã de ontem, para pedir que o aplicativo de transporte Uber seja regularizado pelo poder público. Dois sindicatos que representam a categoria promoveram duas carreatas, uma saindo do Centro de Convenções, em Olinda, e a segunda do Cais José Estelita, na área central da capital. 

Perguntar não ofende: Lula será candidato, mesmo sendo condenado em segunda instância? 

Centro Democrático, Progressistas, Patriota, MDB, Livres, Democracia Cristã e Avante. O desgaste da representação político-partidária criou uma tendência na qual as siglas trocam nomes por "slogans" e ideologias por "marcas". O objetivo é se distanciar da palavra "partido" e apresentar palavras de ordem, que correspondam aos anseios da população.

Na avaliação do professor da Universidade de Salamanca (Espanha) Carlos Manhanelli, especialista em marketing político, trata-se de uma "renovação de marca". "O principal motivo dessas mudanças é escamotear o desgaste das siglas. No Brasil, os partidos perderam a ideologia há muito tempo. A mudança de denominação acompanha essa falta de ideologia. Vira apenas uma marca", afirmou.

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Muitas das novas siglas seguem a tendência de não apenas mudar o nome, mas tirar o "P", de partido, para se distanciar desse conceito. "O Avante, do PT do B, dá uma ideia de o País avançar, ir em frente. Palavras de ordem acabam tendo impacto na opinião pública. Não são novos nomes de partidos, são slogans", disse Manhanelli.

O PTN mudou para Podemos; o PT do B e o PSDC querem virar Avante e Democracia Cristã. O último a demonstrar a intenção de trocar de sigla foi o PMDB. Nesta semana, o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), disse que, para "ganhar as ruas", voltariam a usar o nome que levava na ditadura militar: Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Nem todos já apresentaram a mudança para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, se quiserem que as novas siglas apareçam nas urnas em 2018, devem oficializar o pedido até outubro. Segundo o TSE, foram 14 mudanças em nomes de partidos desde a Constituição de 1988.

A mera alteração de nome, porém, é vista com ceticismo pelo cientista político Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco. "Os partidos políticos e o Congresso têm baixíssima taxa de confiança perante à população, então, se você muda o nome, mas não muda a estrutura, isso não vai mudar a opinião dos eleitores sobre os partidos."

Para a cientista política Lara Mesquita, da Fundação Getulio Vargas (FGV), essas mudanças de nome são uma reação à crise de representatividade. Segundo ela, isso, contudo, não é necessariamente ruim. "Mudança pode ser positiva quando há uma mudança programática."

Herdeiros

Ela citou, porém, o PFL, que se tornou Democratas (DEM) em 2007, como exemplo negativo. "O PFL, quando muda para DEM, está claramente tentando rejuvenescer, eles mudam toda a ‘elite’. Elite entre aspas, porque acabam colocando na liderança os herdeiros dos antigos líderes."

O DEM é o partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do prefeito de Salvador, ACM Neto. O primeiro é filho do ex-prefeito do Rio César Maia e o segundo, neto do ex-governador Antonio Carlos Magalhães.

Hoje, o DEM avalia uma nova troca de nome: Centro Democrático. Para o presidente do partido, José Agripino (RN), porém, este é o último item entre as prioridades da legenda. "É uma opção de cada um, de cada partido (mudar o nome), mas renovação se faz com exibição de ideias e protagonistas que praticam essas ideias, e nós queremos priorizar a gestão pública." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), anunciou, ontem, que os dirigentes da legenda decidiram rebatizar a sigla com seu nome original: MDB – “Movimento Democrático Brasileiro”. Na prática, o PMDB apenas perderá o "P" de sua sigla, que se refere a "partido". A troca de nome é parte de um movimento que inclui outras legendas para tentar modernizar os nomes das siglas antes das eleições de 2018.

 

A iniciativa é efeito do desgaste do meio político nos últimos anos por conta de revelações de esquemas de corrupção, como o investigado pela Operação Lava Jato. A alteração deve ser colocada em votação na convenção nacional da legenda, em 27 de setembro. Segundo Jucá, a mudança de nome já foi comunicada, ontem mesmo, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo antes de a proposta ser analisada em convenção.

"Quero rebater críticas de que o PMDB estaria mudando de nome para se esconder. Não é verdade. Estamos resgatando nossa memória histórica. Queremos realmente ganhar as ruas. Nós vamos ter uma nova programação, bandeiras nacionais", explicou. O PMDB estudava resgatar o nome desde o fim de 2016. Até então, alguns legendas também optaram por mudar a sigla para se descolar da atual crise política e se aproximar dos eleitores.

Tirar ou acrescentar uma letra a um partido do tamanho do PMDB e da sua história é irrelevante, porque o que macula a legenda, hoje, não é a sua nomenclatura, mas os seus quadros. O MDB que Jucá propôs retomar tem puro oportunismo eleitoral. Em seus quadros, políticos sujos, fisiológicos e envolvidos em maracutaias querem usar o manto de uma sigla histórica como tábua de salvação.

Acha Jucá que livrar o partido da letra P será o mesmo que lavar as impurezas da alma dos seus filiados, hoje mergulhados num poço fétido, enlameado pela corrupção. Está enganado. O problema do partido, hoje, está nos seus quadros. O PMDB está mais sujo do que pau de galinheiro, virou uma legenda cartorial, um partido onde o caciquismo e as negociatas se impõem.

Seus históricos, que foram às ruas combater a ditadura e do velho MDB se orgulham, como Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon viraram peças decorativas, sem voz nem comando. O MDB de verdade, das lutas gloriosas, foi fundado em 24 de março de 1966, em oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido de sustentação do regime militar, que derrubara o governo de João Goulart em 31 de março de 1964. A agremiação política era composta por políticos vindos de partidos extintos pela ditadura, entre eles, o PTB, majoritário, e dissidentes do PSD.

 

Em seus primeiros anos, o MDB foi considerado oposição tolerada porque, de certa forma, sua existência dava legitimidade ao sistema controlado pelos militares. Apesar da pressão do regime, o MDB avançou, assumindo postura combativa. Em 1973, Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho formaram uma chapa, como anticandidatos à Presidência, para protestar contra o escolhido pela ditadura, o general Ernesto Geisel.

Para deter o avanço da oposição, no dia 13 de abril de 1974, Geisel fechou o Congresso Nacional por duas semanas e, nesse vácuo, outorgou um conjunto de leis, o Pacote de Abril, constituído de uma emenda constitucional e seis decretos-leis. Mesmo assim, o PMDB conseguiu expressiva vitória no Senado e na Câmara, superando a Arena. Reelegeu Franco Montoro para o Senado, pelo voto popular, enquanto a Arena conseguiu emplacar o senador Amaral Furlan, escolhido pelo colégio eleitoral.

Por ter discursado contra as decisões tomadas por Geisel, o líder do MDB na Câmara dos Deputados, Alencar Furtado (CE), teve seu mandato cassado em junho de 1977. O fim do bipartidarismo, em 1979, levou à reorganização do quadro partidário. Em 1980, surgiu o PMDB que, já na primeira eleição estadual, em 1982, elegeu nove governadores.

DE DEM PARA MUDE– O PMDB estudava resgatar o nome desde o fim de 2016. Até então, alguns legendas também optaram por mudar a sigla para se descolar da atual crise política e se aproximar dos eleitores. O PTN já efetivou a troca para Podemos. O PTdoB virou Avante. O PSDC se intitula agora Democracia Cristã. O PEN quer passar a ser denominado Patriota. Com o objetivo de se fortalecer para a disputa eleitoral, o DEM, que já foi PFL, também estuda alterar novamente o nome e articula uma revisão do estatuto para atrair parlamentares do PSB. Uma possibilidade aventada atualmente é que a sigla venha a se chamar Mude.

Ministros de olhos grandes- Os ministros Mendonça Filho (Educação), Fernando Filho (Minas e Energia) e Bruno Araújo (Cidades), na ânsia de captar politicamente, não tiveram a menor preocupação em destacar o papel da bancada federal no embate com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, para manter no Estado a sede da Hemobrás. Mas não fosse a reação dos 25 deputados da bancada e dos três senadores – Armando Monteiro (PTB), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Humberto Costa (PT) – o truculento Barros, na ânsia de colher dividendos eleitorais em 2018, teria transferido a sede da estatal para Maringá, no Paraná, seu principal colégio eleitoral. Os parlamentares reagiram cedo e bravamente.

Defeitos– Mais da metade dos imóveis do Minha Casa Minha Vida vistoriados pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) apresentaram algum tipo de defeito na construção, segundo levantamento oficial. O balanço é resultado de uma vistoria feita em 2015, com a análise de 2.166 contratos e 1.472 unidades habitacionais. Segundo a CGU, as principais falhas estruturais encontradas foram: infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Já quanto à área externa, quase 20% dos moradores informaram situações de alagamento, iluminação deficiente e falta de pavimentação.

Doação empresarial– Lideranças de grandes partidos da base aliada na Câmara e no Senado, como PP, PSDB, PSD e PRB, saíram em defesa do retorno da doação empresarial de campanha. Para essas lideranças, esse tipo de financiamento é melhor do que o fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões, abastecido com recursos públicos. A resistência à criação do fundo eleitoral e a indefinição das fontes orçamentárias para custeá-lo reacenderam no Congresso o debate sobre a volta do financiamento de campanhas por empresas. Parlamentares discutem nos bastidores a retomada dessa modalidade como alternativa ao financiamento público, caso fique emperrada a aprovação do fundo de R$ 3,6 bilhões.

Ação em conjunto– Integrante da bancada do PSB na Câmara Federal, o deputado Severino Ninho comemorou a decisão do Governo Federal de manter a produção do fator Recombinante VIII (usado no tratamento de hemofílicos) na unidade pernambucana da Hemobrás, em Goiana, na Mata Norte. Ninho juntou-se à bancada do Estado em uma Frente Parlamentar de luta contra o esvaziamento de empresa e transferência da sua principal produção para Maringá, no Panará, terra do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), que articulava a mudança. "O trabalho conjunto e suprapartidário da bancada federal de Pernambuco deu resultado”, afirmou.

CURTAS

NILO COELHO– Os produtores do projeto Nilo Coelho, em Petrolina, terão reforço hídrico para realização de suas atividades. Mais de R$ 1 milhão serão investidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na recuperação e ampliação da capacidade de reservatórios do projeto público situado no Submédio São Francisco. Os recursos investidos na obra são do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Irrigação.

HOSPITAL– A deputada Laura Gomes (PSB) comemorou, em fala, ontem, da Tribuna da Assembleia, a decisão do Governo estadual de reabrir o Hospital São Sebastião por iniciativa própria e também festejou a contratação de um espaço para a instalação do Batalhão de Polícia Especializada em Caruaru. “São notícias positivas para a população e afirmativas dos compromissos assumidos com a saúde e a segurança pelo governador Paulo Câmara”, afirmou.

 

Perguntar não ofende: Depois de garantir a sede da Hemobrás no Estado, o ministro da Saúde vai acelerar as suas obras? 

A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP) propôs ações contra oito partidos que não cumpriram a exigência legal de promover a participação feminina na política e por desvirtuamento de conteúdo dos programas de rádio e TV.

As ações foram ajuizadas no mês de junho com respaldo do resultado da fiscalização promovida pela PRE em relação aos programas partidários referentes ao cinco primeiros meses de 2017. 

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De acordo com as ações, a PRE requer que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) reduza o tempo de dos programas do PSOL, PR, PP, PSDC, Solidariedade e do PTN no equivalente a cinco vezes o tempo que não foi utilizado para a promoção da participação da mulher na política. 

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O PSB, PSOL, PT, PDT e PCdoB irão lançar, na próxima quarta-feira (7), a Frente Parlamentar Suprapartidária para reivindicar por eleições diretas. O evento será realizado na Câmara dos Deputados, no Salão Nobre da Casa, às 16h. 

A finalidade da Frente é unir parlamentares de todos os campos políticos de forma a “somar-se ao protagonismo de artistas, intelectuais e sociedade civil organizada pelas Diretas Já”. Segundo os idealizadores, o objetivo também é pressionar o Congresso Nacional para aprovar a Proposta de Emenda 227/16, conhecida como PEC das eleições diretas.

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Em matéria publicada, no site do PSB, é utilizados o dado de uma pesquisa para reforçar a importância de convocar as Diretas Já. “Segundo pesquisa do Instituto Paraná, 90,6% dos brasileiros querem uma nova eleição para presidente do Brasil. O voto do povo é o único caminho para a reconciliação dos brasileiros”, diz uma parte da reportagem. 

Neste domingo (11), o Recife irá sediar mais uma manifestação solicitando eleições diretas. O protesto será realizado no Cais da Alfândega, no Recife Antigo, a partir das 14h.

Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovaram nesta quinta-feira, 27, a prestação de contas do Partido dos Trabalhadores (PT) referente ao ano de 2011. Os ministros decidiram que o partido terá de devolver R$ 5,6 milhões aos cofres públicos e deixará de receber R$ 7,9 milhões, o equivalente a uma cota mensal do Fundo Partidário. Ao todo, as penalidades impostas ao PT somam aproximadamente R$ 13,5 milhões.

Um parecer técnico do TSE apontou uma série de irregularidades na prestação de contas do PT, entre elas transferências indevidas a diretórios estaduais impedidos de receber recursos e até mesmo um empréstimo de R$ 1,877 milhão feito junto ao Banco Rural, considerado negócio simulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

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No caso do PT, as irregularidades teriam superado os 10% do valor total repassado via Fundo Partidário, um patamar considerado pelos ministros ao apreciar as contas de cada partido. Ao todo, a sigla recebeu R$ 51,1 milhões do fundo naquele ano.

Para o ministro Napoleão Nunes, do TSE, o critério de 10% é uma "variação tolerável". "Se não for isso, vai ser um rigor danado, demonstrando até os centavos. Não tem quem demonstre. Nem na sua conta pessoal você demonstra. Experimente puxar sua conta bancária. Tem coisa lá que você não sabe o que é", disse.

Indagado se a Justiça Eleitoral tinha aumentado o rigor, Napoleão afirmou: "Acho que não. Continua do jeito que vinha, e estava bom, eu acho."

Os ministros do TSE também decidiram desaprovar as contas do PSL, que terá de devolver aos cofres públicos R$ 519 mil.

Ressalvas

Outros quatro partidos tiveram as contas aprovadas com ressalvas pelo plenário e terão de ressarcir os cofres públicos: PMDB (R$ 762 mil), PSOL (R$ 133 mil), PTC (R$ 114,5 mil) e PSTU (R$ 8.030), informou a assessoria do tribunal. No caso do DEM, que também teve as contas aprovadas com ressalvas, a legenda terá de aplicar recursos na promoção da participação feminina na política.

"No Brasil, hoje, só a existência da Justiça Eleitoral impede a violência e a guerra civil que existe em vários lugares. No instante que ela perder a confiança e a credibilidade que lhe dedicam a sociedade brasileira, o desastre sangrento no nosso País será inevitável", disse o ministro Herman Benjamin, durante o julgamento das contas do PMDB.

"O que salva o Brasil é que o cidadão brasileiro ainda tem a esperança, a cada dois anos, que sob a gestão correta, íntegra, festejada internacionalmente da nossa Justiça Eleitoral possamos gradativamente evoluir no padrão ético de administração pública", concluiu Herman. Considerado "linha dura" pelos colegas, o ministro é o relator da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger.

Em um de seus últimos atos como ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o jurista Henrique Neves decidiu reprovar a prestação de contas do PSDB referente ao ano de 2011. Em decisão monocrática, Neves determinou que o partido devolva R$ 3,9 milhões aos cofres públicos e destine R$ 2,1 milhões para incentivar a participação feminina na política. A sigla já entrou com recurso no TSE para rever a decisão.

Por determinação de Neves, o partido também deixará de receber R$ 6,6 milhões, referente a uma parcela mensal do Fundo Partidário. O mandato de Henrique Neves no TSE terminou no dia 16 de abril. Ele será substituído por Admar Gonzaga, que toma posse como ministro efetivo nesta quinta-feira, 27.

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Entre as irregularidades encontradas na prestação de contas do PSDB estão despesas com passagens aéreas sem a efetiva comprovação da utilização dos bilhetes emitidos, despesas dos diretórios estaduais sem comprovação da prestação dos serviços e da vinculação com a atividade partidária, não apresentação de notas fiscais de hospedagem e pagamento de hospedagem sem a utilização da diária, e a falta de aplicação de recursos do Fundo Partidário na promoção da participação política das mulheres.

"As irregularidades apontadas são graves, porquanto revelam a má gestão de recursos do Fundo Partidário, bem como impedem o exercício pleno da atividade de fiscalização da Justiça Eleitoral nas contas partidárias, além do que constituem óbice à promoção da participação feminina na política", escreveu Henrique Neves em sua decisão, do dia 11 de abril.

"Não se trata de meras falhas formais, mas de vícios que comprometem a regularidade das contas do partido", concluiu Neves.

Na sessão plenária desta quinta-feira, os ministros do TSE aprovaram com ressalvas as contas do PSOL e do PSTU, também referentes a 2011.

A menor queda na taxa de governismo entre as grandes legendas que compõem a base de apoio do governo Michel Temer foi do PSDB. Os tucanos passaram de 98% de apoio em dezembro de 2016 para 94% em abril deste ano - o que coloca o partido no topo do ranking de governismo na Casa, acima do próprio PMDB, partido do presidente.

A queda na taxa de governismo na Câmara foi generalizada. Todos os partidos registram hoje taxa de governismo menor do que no fim do ano passado. O PMDB, por exemplo, diminuiu seu apoio ao Planalto - a sigla passou de 98% de adesão no fim do ano passado para 92% agora, uma queda de seis pontos porcentuais.

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Entre as grandes e médias legendas, as maiores baixas foram registradas no PSB e PR. Esses dois partidos tiveram uma diminuição de 11 e 8 pontos porcentuais na taxa de adesão ao governo de dezembro para cá, respectivamente. Juntas, as agremiações têm 74 deputados, e por isso são consideradas essenciais para que as reformas defendidas pelo governo sejam aprovadas neste ano no Congresso.

Dispersão

A dispersão interna dentro dos partidos também aumentou em quase todos os partidos, até mesmo no PMDB e PSDB. Isso significa que há mais divergência entre os votos dos deputados de uma mesma legenda.

O partido mais em cima do muro hoje é o PSB. O índice de dispersão interna calculado pelo Estadão Dados para a sigla é de 6,4 em uma escala de 0 a 10 - seria zero se todos os deputados votassem da mesma maneira e 10 se uma metade votasse de um jeito e a outra de outro.

Para o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), esse aumento de dispersão deverá regredir, pois os parlamentares que apoiarem as reformas do governo ajudarão a economia a se recuperar nos próximos meses. Sem a recuperação, disse Perondi, o índice de renovação da Câmara poderá chegar a 70%. "Nós vamos ser banidos (do Congresso) se não chover na lavoura do bolso do cidadão", afirmou.

Após usar recursos públicos do Fundo Partidário para bancar viagens de jatinho, regar jantares a vinho e arcar até com despesas pessoais de dirigentes, as legendas agora pressionam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pagar, também com dinheiro público, eventuais multas decorrentes de gastos questionados pela corte. Os partidos alegam falta de caixa para justificar a destinação do fundo para saldar possíveis penalidades por despesas não comprovadas.

As legendas argumentam que os recursos minguaram após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucionais as doações de empresas para campanhas. "Não foram os partidos que mudaram a regra, mas o STF. Logo, a regra para multas precisa mudar também. Se não temos recursos próprios, vamos pagar como? Não somos empresa, não temos receita própria. O fundo é a receita da democracia", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), integrante da Executiva Nacional do PMDB.

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Pareceres dos técnicos do TSE sobre as contas partidárias de 2011, que serão julgadas até o dia 28 deste mês, pedem que as siglas devolvam R$ 35,6 milhões à União, gastos de forma não comprovada - se as contas forem julgadas irregulares, além de devolver o dinheiro, aplicam-se multas. "Estabeleceu-se um impasse. Se as multas forem pesadas, elas serão impagáveis. Esse questionamento será feito pelo conjunto dos partidos", afirmou o senador José Agripino (RN), presidente do DEM.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou no dia 12 do mês passado, em razão das irregularidades nessas despesas, apenas três - PSD, PV e PRB - dos 29 partidos em funcionamento há seis anos receberam pareceres pela aprovação de suas contas. Até a data do julgamento, as legendas podem evitar as multas, caso apresentem documentos para comprovar os gastos.

Dirigentes e parlamentares, porém, já expuseram o problema em conversas informais com o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e pretendem em conjunto apresentar uma consulta ao tribunal. "Acredito que ele (Gilmar) buscará com sensibilidade entender o momento", disse o deputado Alex Manente (SP), integrante da direção nacional do PPS. "O partido não pode mais arrecadar pelo sistema antigo, que era por doações de empresas. E, pela crise econômica, temos muita dificuldade para poder ter filiados fazendo doações, mesmo que pequenas."

Pressão

A pressão sobre o TSE ocorre após a Câmara dos Deputados ter engavetado projeto que proíbe a corte de punir partidos em virtude de contas rejeitadas e no momento em que o relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), tenta criar um fundo de R$ 2,2 bilhões para bancar as campanhas eleitorais.

Entre 2011 e 2016, as siglas receberam R$ 3,57 bilhões em recursos públicos. O uso do dinheiro é uma caixa-preta, uma vez que a fiscalização é feita de forma lenta pelo TSE.

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, defendeu que o TSE não seja mais o responsável por julgar as contas. "Temos de levar as contas dos partidos ao Tribunal de Contas da União. A Justiça Eleitoral é muito politizada. O TSE joga para a opinião pública e cria problema com tudo só para mostrar sua importância", afirmou.

A expectativa é de que os próximos julgamentos sejam mais rápidos porque o TSE vai digitalizar as prestações de contas. Isso preocupa os partidos, que temem que os pagamentos de multas drenem recursos para financiar campanhas em 2018. Segundo o vice-governador de São Paulo, Márcio França, responsável pelas finanças do PSB, poucos partidos, como PCdoB, PT e PSB, exigem uma contribuição via desconto em folha de seus parlamentares e filiados. "Em anos sem eleição, o único recurso disponível é do Fundo Partidário", disse.

Contraponto

A ideia de usar o fundo para pagar multa, porém, não é unânime. O presidente do PHS, Eduardo Machado, considerou a proposta "uma afronta à legislação". "Já vi vários julgados serem radicalmente contra uma multa por malversação do Fundo Partidário ser paga usando o Fundo Partidário. Sou contra."

Machado disse que vai incentivar filiados a fazer doações para quitar multa de R$ 200 mil. "Isso é possível no nosso caso, que é pequeno. Agora, como os partidos grandes vão fazer para pagar multas de milhões de reais eu também estou curioso para saber", afirmou Machado.

As contas de 2011 precisam ser julgadas até o fim deste mês para evitar a prescrição. O procedimento de cobrança segue o roteiro de dívidas judiciais e os débitos são executados pela Advocacia-Geral da União (AGU). Os partidos podem até ter os bens bloqueados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram nessa quinta-feira (30) por unanimidade, que os processos de prestação de conta partidária em tramitação nos tribunais eleitorais poderão ser decididos pelo próprio relator, de forma monocrática.

A decisão vale para quando não houver questionamentos ou quando o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentar apenas ressalvas simples, como nos casos de erros de digitação ou equívocos menores, não intencionais, quando não há tentativa de maquiar dados.

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A proposta foi apresentada pela Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do próprio tribunal, em uma tentativa de acelerar a análise dos processos e reduzir o número de casos que chegam ao plenário do TSE.

"Como todos sabem, nós estamos vivendo um momento bastante marcante, assoberbado, com os processos de prestação de contas. Acho que esta é uma medida inclusive para evitar a acumulação e a prescrição de processos", disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

O ministro Henrique Neves, por sua vez, afirmou estar "100% de acordo" com a proposta, depois de conversar com órgãos técnicos.

A Constituição Federal e a Lei dos Partidos Políticos (de 1995) preveem a exigência da prestação de contas das legendas com registro no TSE, que deve ser entregue até o dia 30 de abril do ano seguinte ao exercício.

Julgamento

Atualmente, 153 prestações de contas anuais de partidos políticos estão à espera de julgamento no TSE. Na terça-feira, por maioria de votos, os ministros desaprovaram a prestação de contas do Partido da Causa Operária (PCO) Nacional referente ao exercício financeiro de 2011. Na mesma sessão, foi aprovada com ressalvas as contas do Partido Verde (PV) do mesmo ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Citado pelo delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo como um dos partidos que teria sido abastecido, ao lado do PP, de parte da propina arrecadada pelo esquema de corrupção envolvendo fiscais, políticos, lobistas, funcionários públicos e os maiores frigoríficos do País, o PMDB informou que desconhece o teor da investigação e não autoriza ninguém a falar em nome do partido.

Em coletiva ocorrida nesta sexta-feira (17), para detalhar a Operação Carne Fraca, o delegado Maurício Grillo destacou: "Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. E, ao longo das investigações, dois partidos ficavam claros: o PP e o PMDB."

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Uma das lideranças do PMDB, o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB/PR), foi citado pela Polícia Federal no âmbito dessa operação. Isso porque ele foi pego em um grampo conversando com um dos líderes e alvo do esquema criminoso que deflagrou a ação, o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho.

Na época, Serraglio era deputado federal. Apesar de ter sido mencionado pela PF, o ministro não está no foco dessas investigações, em razão de não ter se detectado nenhuma espécie de delito cometido por ele. Mas, por precaução, o seu nome e de outros políticos foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O delegado federal Maurício Moscardi Grillo afirmou nesta sexta-feira (17) que parte do dinheiro arrecadado pelo esquema de corrupção envolvendo fiscais e maiores frigoríficos do País, descoberto pela Operação Carne Fraca, era abastecia o PMDB e o PP.

"Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. Caracteristicamente, já foi falado ao longo da investigação dois partidos que ficavam claros: o PP e o PMDB", afirmou.

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Executivos do frigorífico JBS e da empresa BRF Brasil foram presos. O esquema seria liderado por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Segundo a PF, a operação detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás "atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público".

"Os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva", diz PF.

Defesas

A JBS divulgou nota sobre o assunto: "Em relação a operação realizada pela Polícia Federal na manhã de hoje, a JBS esclarece que não há nenhuma medida judicial contra os seus executivos. A empresa informa ainda que sua sede não foi alvo dessa operação", diz o texto.

"A ação deflagrada hoje em diversas empresas localizadas em várias regiões do país, ocorreu também em três unidades produtivas da Companhia, sendo duas delas no Paraná e uma em Goiás. A JBS e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e a comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas".

"A JBS no Brasil e no mundo adota rigorosos padrões de qualidade, com sistemas, processos e controles que garantem a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos (...) e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos.

O espaço está aberto para manifestações dos partidos citados pelo delegado Maurício Moscardi Grillo.

Os partidos que usaram recursos do Fundo Partidário para realizar viagens em jatos fretados, comprar aparelhos televisores de alto valor, custear o consumo de bebida alcoólica ou apresentaram notas com informações incompletas nas prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negaram qualquer irregularidade.

Questionado sobre a contratação de empresa que pertence a dirigentes, o PSDC disse que em seu estatuto "não há nenhuma vedação" para que a sigla possa usufruir prestação de serviços de empresas da qual participem seus membros. O PSDC afirmou que a Constituição assegura aos partidos "autonomia para definir sua estrutura interna".

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Na prestação de contas de 2011, os técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionaram a contratação da Maxam Serviços Administrativos e a 74 Propaganda por pertencerem a filiados.

O PRP, por sua vez, informou que o partido já devolveu R$ 1 mil ao tesouro nacional, referentes à compra de vinho. A sigla afirmou também que enviou notas de pagamento de contas de água e luz do presidente da legenda, Ovasco Roma Altimari Resende, porque o endereço do partido "era o domicílio político" dele e da mãe, "jamais a residência".

A assessoria do PSDB informou que os voos em jatos fretados se referem a "deslocamentos de lideranças partidárias em diferentes trajetos, para cumprimento de agendas de interesse partidário". Segundo a sigla, todos os dados apresentados pelo PSDB ao TSE "atendem à legislação em vigor". Sobre o exercício financeiro de 2011, o partido disse que apresentará "em tempo hábil" resposta à diligência solicitada.

Procurada, a assessoria de imprensa do PT não respondeu até a conclusão desta edição. O advogado de João Santana, Fábio Tofic, não foi localizado. O secretário de Finanças do PPS, Regis Cavalcante, disse que a prestação de contas ainda não foi definitivamente julgada. Sobre as notas de bebida alcoólica, o PPS afirmou que, caso seja confirmada a existência desse fato, os responsáveis serão "compelidos" a devolver os valores. A reportagem não conseguiu contato com o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Procurado, o presidente do PDT, Carlos Lupi, não foi localizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após tentar aprovar a anistia ao caixa 2 em campanhas, a Câmara dos Deputados vai tentar agora emplacar uma anistia financeira aos partidos com débitos pendentes no Tribunal Superior Eleitoral. Com o fim da doação de empresas, que aumentou a dependência das siglas em relação ao Fundo Partidário, a Comissão da Reforma Política vai colocar em pauta um projeto para perdoar as multas impostas pela Justiça Eleitoral às legendas.

O projeto será uma das prioridades da comissão, que retomará os trabalhos nesta terça-feira (14). "Como não tem mais doação privada, é razoável a anistia destas multas", afirmou o relator da comissão, Vicente Cândido (PT-SP). Ele defende o perdão ao que chama de "exageros" da legislação e lembra que a fonte de recursos das legendas hoje é, majoritariamente, composta pelo Fundo Partidário, e não por doações de pessoas físicas. Entretanto, recursos do fundo não podem ser usados para sanar os valores devidos ao TSE.

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Cândido vai sugerir a criação de uma sub-relatoria para tratar do assunto e deve indicar o deputado Édio Lopes (PR-RR) para apresentar um parecer sobre o tema. "Isso tem incidência sobre os partidos, sob pena de cassação do registro", disse.

Atualmente, partidos e candidatos são multados, por exemplo, por fazer campanha antecipada, propaganda irregular, conduta vedada, divulgação de pesquisa irregular, compra de votos e gasto acima do permitido. As penalidades variam de R$ 5 mil a R$ 105 mil. As legendas também estão sujeitas a multa se for verificada irregularidade na prestação de contas e, neste caso, podem pagar 20% do valor apontado como irregular pela Justiça Eleitoral.

Também custa alto para os partidos a punição para doação acima do limite de 10% do valor da renda do doador. Neste caso, as siglas podem ter de desembolsar de 5 a 10 vezes o valor extrapolado. As multas normalmente são pagas com os recursos da própria campanha e depois são assumidas pelos partidos.

‘Lógica’. O presidente da comissão, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), disse que a anistia às multas é necessária diante das dificuldades financeiras vividas pelos partidos. "É um problema posto e a proposta tem lógica. Como não pode usar o recurso (do fundo para pagar multa), como o partido vai fazer?"

Só no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou R$ 81 milhões em multas. O valor arrecadado ajuda a compor o Fundo Partidário, que por sua vez é distribuído aos partidos. A sigla que pagou a multa não participa do rateio do valor pago à Justiça eleitoral, mas participa da divisão da multa de outras legendas.

Cândido vai apresentar amanhã um novo cronograma de trabalho com as prioridades que serão discutidas na comissão até 2018. O financiamento de campanha deve ser o centro dos debates nos próximos meses, além das mudanças na pré-campanha, a criação de um pré-registro de candidatura (com prazo para análise de inelegibilidade pela Justiça e concessão do registro definitivo de candidato) e a unificação do prazo de desincompatibilização de cargos públicos. O petista deve incluir propostas para entrar em vigor nos próximos dez anos.

2018. Vieira Lima ressalta que, para valer para as eleições de 2018, as mudanças precisam ser aprovadas no Congresso um ano antes do pleito. Por isso, ele tem pressa para aprovar as principais propostas até maio deste ano. À medida que os temas forem aprovados na comissão, os projetos serão levados ao plenário da Casa. "Temos de nos debruçar no que efetivamente tem de vigorar para 2018", afirmou o peemedebista.

O deputado lembra que a anistia ao caixa 2 pode, eventualmente, reaparecer em forma de emenda parlamentar na reforma. Porém, afirma que o tema já se exauriu. "Não acredito que esse debate venha à discussão por causa da forma como foi colocado. O tema já está contaminado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois de a Câmara aprovar a urgência para a apreciação de um projeto de lei que proíbe o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de punir partidos que tiverem as contas rejeitadas ou não apresentarem suas prestações de contas anuais, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que vê a iniciativa com "muita preocupação".

"Vejo realmente com muita preocupação essa iniciativa, que revoga o dispositivo que autoriza o tribunal a fazer as resoluções que muito têm contribuído para disciplinar e realizar as próprias eleições. E também torna inútil esse grande esforço que estamos fazendo de cobrar a prestação de contas, na medida em que nos impede de aplicar qualquer sanção", comentou Gilmar Mendes.

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O ministro participou pela manhã de uma cerimônia de plantio de árvores nas proximidades do TSE, em Brasília. Os presidentes do Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz, e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, acompanharam a solenidade e também plantaram mudas.

Indagado se a iniciativa da Câmara marcaria mais um episódio de tensão entre Judiciário e Legislativo, Gilmar respondeu: "Acho que não. Na verdade, é uma iniciativa pouco feliz, que traduz esse comodismo, esse corporativismo."

Na avaliação do presidente do TSE, o projeto vai consagrar "a impunidade daqueles partidos que mal aplicam os recursos públicos, porque não haverá sanção". "Vamos estar eternizando agremiações fakes, agremiações de fachadas, esses diretórios que são improvisados", alertou Gilmar.

O presidente do TSE afirmou já ter manifestado preocupação ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Na terça-feira temos uma reunião com líderes de partidos exatamente para discutir a implementação daquilo que está na legislação e na resolução: a necessidade de que haja diretórios efetivos, e não esses partidos que são carregados na pasta. O pior dessa iniciativa é que ela retarda a necessária reforma partidária e reforma política que precisamos fazer", disse Gilmar.

Após a repercussão negativa da aprovação de urgência, Maia recuou e disse nesta quarta, 8, que o plenário não votará mais o trecho do projeto de lei. Segundo ele, o único trecho da proposta que será votado é o que permite partidos manterem comissões provisórias por tempo indeterminado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), vai se consolidando cada vez mais para ganhar a eleição da Casa, que acontece no próximo dia 2 de fevereiro. Nesta quinta-feira (26), mais dois partidos anunciaram o apoio para o democrata. Ao todo, já são oito partidos que se uniram à Maia. Além do PP e PRB, ele já conta com a ajuda do PR, PSDB, DEM, PSB, PSD e PCdoB no pleito. 

Líder do PRB na Câmara, Márcio Marinho argumentou que a “ampla maioria” dos parlamentares que compõe a sigla decidiu apoiar a reeleição do atual presidente porque ele “reúne as condições para garantir a estabilidade que a Câmara precisa em vista das importantes votações que deverão acontecer nos próximos dois anos”. Já o PP deverá ganhar o direito de indicar o líder do governo na Câmara. 

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A história mudou em favor de Maia já que, na última sexta (20), o juiz federal Eduardo Ribeiro de Oliveira, da 15ª Vara Federal em Brasília, proibiu a candidatura à reeleição dele. O juiz chegou a determinar o pagamento de multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.

O juiz explicou, na decisão, que Maia não pode ser candidato à reeleição porque o artigo 57 da Constituição Federal diz que é “vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.

A proibição durou pouco, dois dias depois, no domingo (22), o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador federal Hilton Queiroz, suspendeu a decisão. Para ele, o artigo só veda para os que fora eleitos para mandatos de dois anos. “Esse não é o caso de Maia, já que o atual presidente da Câmara apenas cumpre mandato-tampão", disse Queiroz.

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