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O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu duas novas denúncias contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Ele já responde a 14 processos na Justiça Federal.

As denúncias desta semana são um desdobramento da Operação Ponto Final, que investigou corrupção no sistema de transporte público do Rio de Janeiro, envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor).

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Cabral está preso desde o fim do ano passado, devido a investigações da Operação Lava Jato. É acusado de receber propina por obras durante a sua gestão à frente do governo do estado, entre 2007 e 2014.

O senador Magno Malta (PR), ao falar sobre abuso de crianças nesta terça-feira (4), disse que é seletivo o processo quando envolve “poderosos”. “Alguns não andam porque as pessoas têm importância na sociedade por conta da sua força política ou de dinheiro, mas quem abusa de criança não tem importância nenhuma. É um lixo”, disparou. 

“Há muita coisa parada no Ministério Público e muita coisa parada nas delegacias com inquéritos que receberam a denúncia dos conselhos tutelares, que fazem um trabalho digno de respeito”, lamentou. 

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O senador falou sobre o assunto ao comemorar a leitura do requerimento definitivo das indicações para a nova CPI dos Maus-Tratos Infantis. “É o início de uma luta que promete acelerar os processos que envolvem crianças e que estão paralisados nas delegacias, crimes cibernéticos contra adolescentes, exploração infantil no trabalho, baleia azul e tudo que afeta nossas crianças será investigado”, explicou. 

Magno Malta destacou o trabalho que foi feito pela CPI da Pedofilia. “Onde se descobriu o nojo e a degradação da humanidade. Uma das primeiras imagens que eu deparei foi a imagem de um médico abusando de uma criança com 30 dias de nascida. Um médico também foi preso lá no Pará, na Operação Anjo da Guarda, e duas mulheres abusando de uma criança de três meses. Esses crimes todos estão espalhados por ai. Nós, certamente, trataremos nessa CPI com a mesma garra, com a mesma força e determinação que fizemos na CPI da pedofilia. É uma pauta positiva a da defesa dos vulneráveis e o Brasil, certamente, estará conosco”. 

O advogado-geral do estado de Nova York, um dos mais vocais antagonistas do presidente Donald Trump, está preparando uma escalada dos processos de seu escritório contra a gestão de Trump.

O democrata Eric Schneiderman contratou um dos principais especialistas em corrupção pública para se concentrar especificamente em temas envolvendo o governo Trump. Howard Master deve trabalhar em atuais e novos temas relacionados à Casa Branca, assim como em casos de corrupção de alto nível.

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A contratação de Master, cujo cargo será de assessor sênior, sinaliza o desejo contínuo de Schneiderman de atingir o presidente.

Eric Soufer, um porta-voz de Schneiderman, confirmou a contratação de Master e disse que ele iria "trabalhar em uma série de investigações civis e criminais e temas de cumprimento da lei, incluindo corrupção" e potencialmente processos contra a gestão de Trump. A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido para comentar o tema.

Desde que Trump assumiu, Schneiderman tem sido um dos advogados-gerais democratas que tem direcionado ações jurídicas e críticas retóricas ao presidente em temas incluindo os decretos sobre imigração e refugiados, mudança climática e ameaças de deportar imigrantes ilegais.

Além de desafiar as políticas da Casa Branca nos tribunais, o escritório de Schneiderman deve, segundo fontes próximas, explorar a possibilidade de encaminhar processos sobre uma cláusula da Constituição norte-americana que impede pessoas em cargos públicos de receber pagamentos de outros países.

Chamada de "Emoluments Clause", a cláusula foi usada por uma organização de defesa da ética pública para processar Trump alegando que ele viola a Constituição ao manter a posse de seus negócios, os quais aceitam pagamentos de governos estrangeiros.

Trump alagou que o processo não tem mérito e disse que seus advogados acreditam que não há violação em aceitar pagamento por parte de autoridades de outros países. Fonte: Dow Jones Newswires.

Depois de uma indefinição que se arrastou por cerca de seis meses, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destravou nesta terça-feira (7) o andamento de processos que ameaçam PT, PMDB e PP. Por 5 votos a 2, o plenário do TSE decidiu que a relatoria desses casos será distribuída livremente entre os integrantes da Corte, não ficando automaticamente com o atual corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Herman Benjamin.

A definição do relator dos processos será feita por um sorteio eletrônico, que pode ser realizado nesta quarta-feira (8).

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A discussão sobre quem deveria assumir a relatoria dos processos foi interrompida em agosto do ano passado, depois do pedido de vista (mais tempo para análise) da ministra Luciana Lóssio. Com a indefinição sobre a relatoria, os processos estavam parados.

"A regra é a livre distribuição em todas as suas hipóteses. As representações são de competência do TSE com livre distribuição entre qualquer de seus membros", disse Luciana no julgamento desta terça-feira.

A questão foi inicialmente levantada pela então corregedora-geral da Justiça Eleitoral, a ministra Maria Thereza de Assis Moura. No entendimento dela, os processos deviam ser distribuídos livremente entre os integrantes do TSE, em vez de ficar a cargo da corregedoria. Maria Thereza de Assis Moura deixou a Corte Eleitoral em agosto, sendo substituída por Herman Benjamin.

Investigações

O presidente do TSE, Gilmar Mendes, autorizou no ano passado investigações contra o PMDB e o PP, com base nas apurações em andamento no âmbito da Operação Lava Jato.

Gilmar Mendes já havia solicitado apuração semelhante sobre o uso de verbas públicas da Petrobrás, mas com relação ao PT. Se a investigação concluir que houve uso de financiamento vedado pela legislação eleitoral, o resultado pode ser a extinção das siglas.

No julgamento desta terça-feira, apenas os ministros Henrique Neves e Gilmar Mendes votaram no sentido de que a relatoria ficasse automaticamente com o corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

A favor da livre distribuição, se posicionaram Maria Thereza, Luciana Lóssio, Luiz Fux, Rosa Weber e Napoleão Nunes. (Rafael Moraes Moura e Breno Pires)

O número de divórcios na Itália aumentou 57% em 2015 após a entrada em vigor de duas leis que simplificaram os trâmites, anunciou na segunda-feira um relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (Istat).

"Registramos em 2015 um aumento significativo de divórcios, que chegaram a 82.469 casos, um aumento de 57% em relação a 2014", indicou o relatório anual do Istat sobre casamentos, separações e divórcios no país.

Essa alta se deve principalmente ao efeito combinado de duas leis, uma adotada no final de 2014 para simplificar os trâmites de separação e divórcio e outra, aprovada em maio de 2015, para reduzir o prazo legal entre a separação e o divórcio. Antes era necessário estar separado formalmente há ao menos três anos para iniciar um trâmite de divórcio na Itália, país com forte influência católica.

Desde a aprovação da nova lei, o prazo é de um ano e, em caso de consenso entre os cônjuges, de apenas seis meses. Essa lei "fez que em 2015 fossem concretizados grande parte dos divórcios" que "segundo a lei anterior não teriam sido possíveis antes de 2016", explicou o Istat. O ano passado registrou também um leve aumento no número de casamentos, após dez anos consecutivos em queda.

Em 2015, houve 194.377 casamentos, 4.600 a mais do que em 2014, o que representa um aumento de 2,36%.

O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, de 60 anos, é um "especialista" em tentar derrubar vestibulares. Ex-professor de Língua Portuguesa em cursinhos preparatórios de Fortaleza, ele faz questão de lembrar que a primeira ação de sua autoria, no Ministério Público, foi o "provão" que Ciro Gomes, então governador do Ceará, quis aplicar para medir o desempenho dos professores da rede estadual. Quem não fizesse a seleção, teria o ponto cortado. Ganhou a causa, um desafeto e a fama de exibicionista.

Nascido em Nova Russas, no sertão central cearense, nos 25 anos de atuação como procurador da República ele já colocou em xeque inúmeros concursos tanto em âmbito federal como estadual. A maioria, na área de educação. Não é de hoje que ele teima com o Enem. Primeiro, questionou a segurança do processo de aplicação das provas. Depois, pediu para invalidar o concurso por causa do vazamento da redação. Costa Filho já moveu ao menos 12 ações contra o Inep.

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Processos

Praticamente todo ano houve alguma intervenção de Costa Filho no exame: em 2010, por exemplo, pediu a anulação do exame, que tinha erros de impressão. Na edição de 2011, quando ganhou fama nacional, pediu a suspensão da prova por causa da suspeita de vazamento do questionário ao colégio e cursinho pré-vestibular Christus. A escola distribuiu aos seus alunos apostilas com questões idênticas ou muito parecidas com as do Enem a uma semana das provas. Em 2013, ajuizou ação civil pública solicitando que os candidatos tivessem acesso ao espelho das provas de redação após a divulgação do resultado do exame.

Nenhuma das ações resultou em vitória. "Agora, pelo menos, estamos sendo ouvidos. Hoje, recebi um telefonema do ministro, alegando a tragédia que seria a suspensão do Enem. Alegam que não há dinheiro para isso", comenta, acrescentando que o argumento não pode servir de desculpa para o desrespeito ao princípio da igualdade. "Nós já questionamos concurso para o Ministério Público, para a Magistratura", emenda.

Por suas intervenções, o procurador já foi alvo de pedido de afastamento feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que viu "exagero" na fiscalização e recorreu ao Conselho Nacional do Ministério Público, em 2013. À época, a Associação Nacional dos Procuradores da República o defendeu dizendo que, "se as ações tornaram-se frequentes e recorrentes, fica patente que os problemas apontados nas ações de Costa Filho persistem nos referidos concursos".

Ministro.

Costa Filho também foi criticado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. "O procurador todo ano entra com uma ação contestando o Enem, não é novidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apenas quatro municípios em Pernambuco terão a eleição para prefeito decidida no 2º turno – Recife, Olinda, Jaboatão e Caruaru –, entretanto, o pleito ainda não acabou para mais 11 cidades que aguardam uma definição da Justiça Eleitoral sobre a situação de pelo menos uma das candidaturas. Investigação por improbidade administrativa, enquadrando os postulantes na Lei da Ficha Limpa, ou problemas nos registros solicitados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) são os principais motivos dos processos judiciais. 

Um retrato disso pode ser observado em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde o TRE contabilizou apenas os votos do candidato Carlos Santana (PSDB), 23.765 mil. A cidade, porém, tem mais de 66,4 mil eleitores e os adversários dele, Gaúcho (PRB) e Romero Sales (PTB) não tiveram seus votos apurados. 

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Dados de bastidores apontam Romero Sales, que inclusive recebeu o ex-presidente Lula (PT) para um ato de campanha, como o mais votado. Ele teria conquistado 8,5 mil votos a mais que o tucano, mas por condenação de improbidade no Tribunal de Justiça de Pernambuco concorreu sub judice. 

O mesmo se repete em outros municípios, mas com apenas dois candidatos. Em Betânia, no Sertão, onde o prefeiturável Mário (PTB) ficou com 100% dos votos válidos, mesmo sendo o preferido para 4.609 dos 8.028 eleitores que compareceram ao pleito. Os direcionados ao Dr. Eduardo (PSB) não foram divulgados.  

Em Amaraji, na Mata Sul, o quantitativo de votos que sobraram diante do hoje prefeito eleito Juninho Gouveia (PSB) é anda maior. Enquanto ele recebeu 5.877 apoios nas urnas, o quantitativo restante de votos é quase o dobro 8.629 mil. Rildo Reis (PR) não teve os votos divulgados. 

Em Bom Conselho, no Agreste, Danilo Godoy (PSB) vai esperar a Justiça Eleitoral definir a situação de Capitão Boanerges (DEM), que não teve votos contados. E em Chã de Alegria, na Mata Norte, Cláudio Honório (PSD) aguarda o julgamento. Tarcísio Renovação (PSB) ficou com 100% dos votos. Os municípios de Cortês, Maraial, Santa Filomena, Xexéu e Cabrobó também enfrentam a mesma situação. 

O TRE volta a analisar nesta terça-feira (4) as pendências. Outros processos já têm recursos no Tribunal Superior Eleitoral, como é o caso de Ipojuca. 

O número de ações por propaganda eleitoral antecipada caiu em ao menos 11 Estados na disputa deste ano. Entre as causas apontadas para a queda estão a legislação atual mais branda, a crise política e até mesmo a Olimpíada, de acordo com pesquisadores.

O caso mais expressivo é o do Rio Grande do Sul, onde o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recebeu apenas duas ações no primeiro semestre deste ano, contra 80 no mesmo período de 2012 - ano da última eleição municipal -, queda de 97,5%.

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O período permitido para campanha dos candidatos foi encurtado em 45 dias neste ano e começa apenas na terça-feira, mas uma minirreforma eleitoral aprovada no ano passado pelo Congresso permite que os políticos se apresentem como pré-candidatos sem que isso configure propaganda antecipada, desde que não haja pedido explícito de voto.

A nova regra também permite que os pré-candidatos divulguem posições pessoais sobre questões políticas e possam ter suas qualidades exaltadas, inclusive em redes sociais.

O Estado levantou o número de ações que chegaram aos tribunais em 13 unidades da Federação e verificou redução acima de 90% em quatro - além do Rio Grande do Sul, Bahia (94,1%), Rio Grande do Norte (95,20%) e Amapá (96,1%). Em apenas dois Estados o número de casos por propaganda eleitoral antecipada neste ano supera 2012: Maranhão - subiu de 9 para 13 - e Sergipe, que não registrou esse tipo de ação há quatro anos e, neste ano, teve três. Os demais tribunais informaram não possuir a quantidade de casos e não forneceram os dados solicitados.

Em São Paulo, onde o número de casos caiu 54% (de 120 para 55), o candidato do PSDB à Prefeitura, João Doria, foi um dos beneficiados pelo abrandamento da lei. O tucano foi alvo de representação por um jantar realizado em sua homenagem.

No evento, Doria discursou para os presentes e sua fala, gravada em vídeo por um dos convidados, foi utilizada pelo Ministério Público Eleitoral como suspeita de campanha antecipada. A representação, porém, foi considerada improcedente pelo juiz Danilo Mansano Barioni. O magistrado justificou que Doria não extrapolou "os elásticos limites" que a legislação atual estabeleceu aos candidatos.

Multa

Mas a mudança na lei não foi suficiente para livrar o candidato do PTB a prefeito de Várzea Paulista, Nilson Solla, o Padok, de multa de R$ 15 mil. Ele foi condenado após espalhar placas anunciando sua pré-candidatura pela cidade em fevereiro. Seu anúncio foi considerado irregular pela Justiça Eleitoral.

"A mudança na lei veio muito em cima da eleição. Imagina quantas pessoas foram pegas de surpresa. Como nunca fui político, o que me motivou era achar que declarar a pré-candidatura era permitido. Os tribunais eleitorais deveriam ter dado um norte para não cairmos nesse erro", afirmou o candidato, que disse ter consultado um advogado antes de distribuir os anúncios pela cidade.

Fatores. Para o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-Rio) Michael Mohallem, as agendas do impeachment e dos Jogos Olímpicos contribuíram para a queda atual das penalidades.

"Elas fizeram com que várias campanhas concentrassem suas estratégias para agosto, sem a necessidade de correr riscos com atos de pré-campanha que poderiam ser considerados campanha antecipada."

Um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o juiz Márlon Reis, vê como positiva a reforma eleitoral, pois a lei continua rigorosa, mas sem exageros. "Antes as restrições sufocavam alguns atos, como participar de eventos e distribuir materiais impressos. Agora dão uma ampla expressão à fala."

Reis acrescenta que a mudança proporciona o crescimento de novas lideranças com foco nas redes sociais. "Acho que há apenas uma falha: deveriam ter autorizado a propaganda na internet, porque é mais barata, eficiente e rastreável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereadores de Guaxupé, na região sudoeste de Minas, entraram com cerca de 80 pedidos indenizatórios contra jornais, sites e rádios após a divulgação da notícia de que um juiz local teria determinado a abertura de cassação de 12 dos 13 parlamentares da cidade.

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) consideram que o Legislativo municipal tem agido deliberadamente para inibir o trabalho da imprensa. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirma que tem acompanhado o caso.

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Em fevereiro, a quase totalidade do Legislativo de Guaxupé passou a responder pelos crimes de dispensa ilegal de licitação, apropriação indevida de dinheiro público e formação de quadrilha. Somente em diárias, entre 2013 e 2014, os parlamentares receberam R$ 158 mil, segundo o Ministério Público.

Na ocasião, o MP chegou a divulgar que havia uma ordem judicial para a abertura do processo de cassação dos vereadores. Horas depois da publicação da informação, no entanto, houve correção: o juiz responsável pela ação penal havia apenas determinado que os parlamentares fossem notificados a respeito do pedido do MP para que fosse iniciado o processo de cassação dos investigados.

Antes da correção feita pelo próprio MP, veículos de comunicação chegaram a informar a versão da abertura do processo de cassação. A divulgação da primeira versão do MP tem sido considerada suficiente para abertura de processos contra órgãos de imprensa.

Paraná

Meses atrás, uma situação parecida envolveu um órgão de imprensa do Paraná. Nesse caso, jornalistas da Gazeta do Povo foram processados por juízes e promotores após a publicação de reportagem sobre os vencimentos dos magistrados e representantes do MP (os processos em questão foram ajuizados em várias cidades paranaenses - obrigando os profissionais passarem semanas viajando para comparecer às audiências).

As ações de Guaxupé, em sua maioria por danos morais, tramitam no Juizado de Causas Especiais, onde o réu que não comparece à audiência é condenado preliminarmente.

O promotor responsável pelo caso, Táles Tácito, preferiu não se manifestar. O Juizado de Pequenas Causas de Guaxupé também não se manifestou. A Câmara Municipal de Guaxupé solicitou que toda a comunicação fosse feita por meio de seus advogados. Nenhum deles atendeu às ligações da reportagem.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma ação conjunta de 31 novos magistrados empossados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em fevereiro deste ano, um total de 1.307 sentenças foram proferidas em 30 dias. Números foram divulgados por um balanço realizado pelas duas Centrais de Agilização Processual do Interior (Capis) – de Caruaru e Petrolina. 

O coordenador das Centrais de Agilização Processual do Interior, juiz Gleydson Lima, explicou que a Central de Caruaru emitiu 813 sentenças e Petrolina 494. Além desse montante, foram computadas 37 decisões interlocutórias e 226 despachos.

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As ações priorizadas nos julgamentos foram aquelas relacionadas à Meta 2/2016 do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), que determina o julgamento de pelo menos 80% dos processos distribuídos até 31 de dezembro de 2012. Além desses, estão inclusos os processos que envolvem réus presos ou que estejam conclusos ou aguardando agendamento de audiência há mais de 100 dias.

O presidente do TJPE, Leopoldo Raposo, visita cinco polos de segunda (18) até quarta-feira (20). Segundo o TJPE, no primeiro dia, o magistrado irá às Comarcas de Caruaru, às 10h30, e de Garanhuns, às 15h30. No segundo dia, Serra Talhada, às 11h30. No último dia, a comitiva se desloca para Salgueiro, às 9h, e Custódia, às 12h30. Na oportunidade, o magistrado irá inaugurar as novas instalações de Fórum de Salgueiro.

A medida faz parte da Política de Priorização do 1º Grau, que vem sendo implantada pela gestão, e visa realizar o princípio fundamental previsto na Constituição Federal que assegura a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

O número de ações movidas por juízes e promotores contra três repórteres e outros dois profissionais do jornal Gazeta do Povo, do Paraná, chegou a 45. As ações tiveram início após a publicação de reportagem sobre os vencimentos dos magistrados e representantes do Ministério Público.

Os processos começaram a ser ajuizados em abril, em várias cidades paranaenses. O fato tem alterado a rotina dos profissionais do jornal, de 97 anos de existência. As audiências marcadas para esta segunda-feira, 13, no interior do Estado foram remarcadas. Hoje, o grupo viaja para União da Vitória, a três horas de Curitiba, para participar de audiências. Eles se deslocam e retornam no mesmo dia. Amanhã, seguem para Medianeira, a 600 quilômetros da capital paranaense, para depor na quinta-feira.

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A reportagem, publicada em fevereiro, mostrava que, somadas as gratificações, o rendimento médio dos juízes e promotores superava o teto constitucional do funcionalismo público, de mais de R$ 30 mil. "Essas ações adicionais só mostram que tem mais alguns juízes que não conseguem entender que a função que eles exercem é pública, e que a remuneração deles faz parte de um debate público necessário", disse o diretor de redação do jornal, Leonardo Mendes Júnior.

"Esperamos que esse aumento de ações ajude na compreensão total da ministra Rosa Weber do que está acontecendo aqui no Estado e de que esse é um caso para o Supremo Tribunal Federal", afirmou o diretor de redação, lembrando que o jornal aguarda decisão da ministra sobre recurso para que as ações sejam encaminhadas à Corte.

'Assédio judicial'

As ações judiciais foram alvo de notas de repúdio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), cujos dirigentes denunciaram o "assédio judicial" na sexta-feira passada, no 29.º Congresso Mundial dos Jornalistas, em Angers, na França.

Ao todo, os processos contra os repórteres Francisco Botelho Marés de Souza, Rogério Galindo e Euclides Garcia, o analista de sistemas Evandro Balmant e o infografista Guilherme Storck cobram indenização de R$ 1,3 milhão do jornal.

Áudio do presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Francisco Mendes Júnior, reforçou a suspeita de uma ação coordenada dos magistrados. "Já estamos providenciando um modelo de ação individual feito a muitas mãos por vários colegas e com viabilidade de êxito para que cada um possa ingressar com essa ação individual caso considere conveniente", diz ele no WhatsApp.

O jornal O Estado de S. Paulo procurou nesta segunda-feira a Amapar, mas nenhum representante foi localizado para comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em cinco anos, o número de ações judiciais contra planos de saúde quintuplicou em São Paulo, segundo o estudo da FMUSP. Ao levantar todos os processos contra operadoras no Estado, os pesquisadores verificaram que o número de ações julgadas em segunda instância passou de 2.294, em 2010, para 11.480 em 2015, alta de 400%. A alta foi muito superior ao índice de crescimento de clientes de planos de saúde no Estado. No mesmo período, passou de 17,3 milhões para 18,3 milhões o número de beneficiários, avanço de 5%.

Coordenador do estudo, o professor da FMUSP Mário Scheffer afirma que o excesso de processos contra planos mostra a fragilidade do sistema de saúde privado no respeito aos direitos do consumidor. "É um sinal de continuidade de práticas abusivas por parte das empresas."

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Para o especialista, deveria haver um diálogo maior entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar e o Judiciário. "Seria importante aprimorar a atividade regulatória ao aproximá-la um pouco da interpretação da Justiça. Se a maioria das decisões dá ganho de causa para o consumidor, a ANS tem de estar atenta a isso", afirma.

Sobre o excesso de ações, principalmente entre idosos, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) diz que aguardará a publicação do estudo para entender a metodologia e diz que os beneficiários maiores de 59 anos fazem mais 40,1% de consultas, 76,8% de exames, 96,7% de internações e 110,1% de terapias do que as demais faixas etárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dentista holandês Jacobus Marinus, conhecido como "dentista do mal", será julgado a partir desta terça-feira na França por ter mutilado e enganado uma centena de pacientes.

Jacobus Van Nierop, hoje com 51 anos, corre o risco de pegar 10 anos de prisão e pagar 150.000 euros de multa. Recrutado por um caça-talentos, ele chegou em 2008 a Château-Chinon, uma zona rural do centro-leste da França, onde os profissionais de saúde são cada vez mais raros.

Desde março de 2011, a Ordem dos Cirurgiões Dentistas entrou com queixas por práticas ilegais. A esposa do dentista atuava como protética sem diploma. A Seguridade Social apontava problemas recorrentes de pagamento. E as queixas começaram a chover.

Sylviane Boulesteix, 65 anos, aposentada, foi a uma consulta com o holandês em março de 2012 para a colocação de um aparelho dentário. "Ele me deu de sete a oito injeções, arrancou oito dentes de uma vez e colocou o aparelho sem anestesia. Eu urinei sangue durante três dias", conta.

Nicole Martin, professora aposentada, formou um grupo de vítimas do dentista para prestar uma queixa contra o profissional - o coletivo contabilizou 120 pessoas.

Em 7 de junho de 2013, o dentista foi acusado e colocado sob controle judicial com a proibição de deixar o território francês. Mas em 26 de dezembro de 2013, sua companheira alerta sobre seu desaparecimento. Ele fugiu para o Canadá, onde foi interpelado em setembro de 2014, quando tentou se matar.

O ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta quinta-feira (25) que um processo que tramita na corte eleitoral contra a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer seja redistribuído para a ministra Maria Thereza de Assis, que é a atual Corregedora-Geral Eleitoral. Até agora, a representação, ajuizada pela coligação Muda Brasil e pelo PSDB, tinha como relator o ministro Luiz Fux.

Segundo a decisão de Toffoli, o ministro Fux “relatou a existência de identidade entre os fatos discutidos” na representação e também em outros dois processos que já estão com a ministra. Com a redistribuição, Maria Thereza passa a ser relatora de quatro processos que estão no TSE contra a presidenta e o vice. Ela já tem a relatoria também de uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) e de duas ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).

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Em sua decisão, o ministro relata que Fux apontou três fatos presentes no processo que estava sob sua relatoria que coincidem com as duas ações que estão com a ministra. “Segundo informado pelo e. Min. Luiz Fux, os três fatos narrados na inicial desta Representação – realização de gastos de campanha acima do limite informado à Justiça Eleitoral, financiamento eleitoral por meio de doações provenientes de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas e falta de comprovação de parcela significativa das despesas de campanha - estão abrangidos na AIME e as duas primeiras condutas também constituem objeto da AIJE”, diz a decisão de Toffoli.

Para o presidente, ao reunir os processos, seriam evitadas possíveis decisões conflitantes.

“Os processos que tramitam perante este Tribunal, nos quais se pretende a desconstituição dos mandatos da Presidente e do Vice-Presidente da República eleitos em 2014 possuem fatos comuns e devem ser reunidos em prol da racionalidade e eficiência processual, bem como da segurança jurídica, uma vez que tal providência tem o condão de evitar possíveis decisões conflitantes”, diz a decisão de Toffoli.

 

A China está reforçando a atuação de seus agentes para além de suas fronteiras, prendendo e repatriando ativistas e adversários políticos do regime de Pequim de uma forma que pode estar violando as leis internacionais, disseram advogados e grupos de ativistas de direitos civis.

Em diversos casos, autoridades chinesas ignorou obstáculos processuais e transferiu indivíduos de seu interesse para dentro do território da China. Agentes chineses podem também ter agido na área de jurisdição de países como Hong Kong e Tailândia.

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"O que está emergindo é uma nova forma da China de trazer seus cidadãos de volta ao país e enfrentar a Justiça", disse Simon Law, professor de Direito na Universidade de Hong Kong. "Esta forma não reconhece a lei, então acordos de extradição não serão importantes".

Entre os que desapareceram ou foram repatriados durante o governo de Xi Jinping, estão cinco editores de um veículo de fofoca política chinesa, um dos quais estava na Tailândia quando a ação ocorreu. Neste país, também foram reconduzidos à China um jornalista que pedia asilo e dois ativistas que foram reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas, além de dezenas de indivíduos pertencentes à minoria uigur.

A ação sobre o solo tailandês é facilitada pelo governo militar local, que é próximo ao Partido Comunista chinês. "Não há garantia sobre nossa segurança na Tailândia", disse um chinês que pede asilo em Bangcoc. "Os desaparecimentos nos deixam muito pressionados".

Muitas das vezes, porta-vozes do governo chinês afirmam que não sabem como se deram as repatriações, ou ainda de que os indivíduos foram entregues de acordo com os procedimentos legais.

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado disse que os EUA reclamou do desaparecimento de quatro residentes em Hong Kong que eram donos de livrarias. Os casos, disse o porta-voz, "levantam sérias dúvidas sobre o comprometimento da China com a autonomia de Hong Kong". Ativistas também denunciaram recentemente o desaparecimento de cerca de 100 indivíduos da minoria uigur, que estavam na Tailândia pedindo asilo.

Gui Minhai, um dos donos da livraria em Hong Kong e cidadão sueco, desapareceu de suas férias na Tailândia em outubro, reaparecendo no mês passado sob a custódia das autoridades chinesas. Ele confessou ter violado sua liberdade condicional ao dirigir bêbado mais de uma década atrás, um caso que grupos de direitos humanos acusam de ter sido forjado.

Muitos países se recusam a assinar tratados de extradição com a China, com receios sobre a transparência do Judiciário Chinês. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Receita Federal informou nesta quinta-feira (22) que tem conseguido êxito em questões tributárias em processos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Tais decisões são relevantes porque produzem efeitos que ultrapassam o interesse das partes e, em regra, devem ser aplicadas aos outros processos que versam sobre a mesma controvérsia", afirma a Receita em nota.

Segundo o órgão, estão nessa situação ações de controle concentrado de constitucionalidade (ações diretas de inconstitucionalidade - ADI, ações declaratórias de constitucionalidade - ADC), recursos extraordinários com repercussão geral reconhecida julgados pelo STF desde 2006, e os recursos especiais repetitivos que foram submetidos ao rito do art. 543-C do CPC e julgados pelo STJ desde 2008.

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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara recebeu, nesta quarta-feira (24), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, os processos de anistiados indenizados pelo EstadoO acervo será analisado pela comissão e reúne a documentação de 472 pessoas. Os processos de indenização, de acordo com a gestão estadual, resultaram no repasse, ao longe desses anos, de R$ 11,1 milhões. 

“Precisamos apresentar a memória política do Estado de Pernambuco à sociedade e esse material será de grande valor para a conclusão do trabalho da Comissão”, analisou o secretário-geral da Comissão da Verdade, Henrique Mariano

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Corroborando com Mariano, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (PSDB), a importância de repassar o acervo à comissão. “É com grande honra e um gesto de reconhecimento que passo toda a documentação aos detentores de nossa memória”, afirmou. Participaram do encontro representantes da SJDH, Comissão da Verdade e do Arquivo Público, além de anistiados indenizados. 

 

Em um ano, que se completa na próxima terça-feira, a Operação Lava Jato produziu 19 ações penais e cinco cíveis contra executivos, doleiros, empreiteiros e ex-dirigentes da Petrobras por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. É a maior e mais importante investigação sobre desvios e fraudes a licitações na estatal petrolífera. Muitos processos judiciais já estão em sua etapa final, dado o ritmo célere imposto pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba, base da operação. Mas a Lava Jato ainda está longe do fim.

Nesta semana, a força-tarefa do Ministério Público Federal deverá apresentar mais uma denúncia, desta vez contra o grupo que controlava uma terceira diretoria da Petrobras. E também mira agora contratos de outras estatais, como na área de energia, a partir de novas delações premiadas - até aqui, 15 investigados fecharam acordo para revelar os segredos da trama contra os cofres da estatal e devolver fortunas que amealharam pela via ilícita.

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"A maior parte das acusações ainda está por vir", revela o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. Ele faz uma ressalva. "Existem suspeitas sobre vários outros funcionários, mas o Ministério Público só fala sobre a culpa de alguém quando há provas consistentes, fundamentadas, sobre a responsabilidade daquela pessoa", afirma.

Origem

A Lava Jato nasceu de um desdobramento do mensalão, a ação penal 470 do Supremo Tribunal Federal que levou ao banco dos réus 40 investigados, entre eles José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula. Parte do dinheiro (R$ 1,15 milhão) que abasteceu o esquema de compra de apoio ao governo no Congresso foi parar na conta do então líder do PP na Câmara, deputado José Janene.

Alertada por um empresário de Londrina (PR), que Janene tentou usar para lavar o dinheiro do mensalão, a Polícia Federal abriu a investigação em 2009 e identificou o primeiro grande alvo, o doleiro Alberto Youssef, parceiro do ex-deputado, que morreu em 2010.

Os procuradores da República e os delegados da PF descobriram que a Petrobras era a "galinha dos ovos de ouro" de um cartel formado por algumas das maiores empreiteiras do País que se infiltraram nas áreas estratégicas da estatal. Simultaneamente, a organização criminosa se apossou da Diretoria de Abastecimento, então sob comando de Paulo Roberto Costa, na Internacional, na gestão Nestor Cerveró, e na Diretoria de Serviços, sob controle de Renato Duque, nome do PT.

Diretores

Costa e Cerveró estão presos, o primeiro fez delação premiada e sua primeira recompensa foi a custódia domiciliar, ainda que monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Duque é o único que está em liberdade. Ele chegou a ser preso pela PF em 14 de novembro de 2014, quando estourou a Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava Jato. Alguns dias depois, o ministro Teori Zavascki, do Supremo, mandou soltar o ex-diretor, que nega falcatruas e recebimento de propinas.

Duque será acusado formalmente por corrupção passiva e outros delitos nos próximos dias.

Seu ex-gerente de Engenharia e braço direito, Pedro Barusco, também pegou o atalho da colaboração premiada e, para se livrar da prisão, aceitou devolver o equivalente a R$ 303 milhões que ganhou de propinas. Contou muita coisa, inclusive sobre como o dinheiro desviado de contratos era destinado ao número 1 da Serviços.

As delações de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef levaram a Lava Jato para sua fase crucial. Em mais de uma centena de depoimentos, o ex-diretor da estatal e o doleiro apontaram deputados, senadores e governadores e também ex-parlamentares, num total de 50 políticos, como supostos beneficiários de grandes valores para campanhas eleitorais e de mesadas - em troca de pagamentos regulares, todo mês, de R$ 40 mil a R$ 150 mil, na maioria das vezes, os diretores da Petrobras recebiam o apoio político para se manterem em seus cargos.

Para os investigadores da Lava Jato, as doações eleitorais ocultaram a rede de propinas. Eles avaliam que a organização promovia "doações simuladas". A tática do cartel e dos ex-dirigentes da Petrobras pode caracterizar lavagem de dinheiro.

Alcance

Em meio ao fogo cruzado no Congresso após a divulgação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que conduz as investigações sobre políticos com foro privilegiado, a Lava Jato rastreia agora os "crimes que transcendem a Petrobras", como definiu o juiz Sérgio Moro. A lista de 750 obras alvo de Youssef é um dos indícios dessa atuação da organização em outros setores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com os desdobramentos da Operação Lava Jato, a Polícia Federal aumentou o número de policiais da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, que trabalha em inquéritos criminais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a polícia diz que grupo é integrado por servidores com experiência no combate à lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e crimes financeiros, mas não informa o número de agentes destacados para as investigações.

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O STF divulgou nesta sexta-feira (7) os nomes de políticos envolvidos no caso e que serão investigados. Na lista constam nomes de senadores, deputados federais, ex-governadores e ex-ministros de Estado.

Veja aqui a lista completa.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer adotar acordos de leniência, a exemplo de outros órgãos reguladores como o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). A espécie de delação premiada faz parte da proposta encaminhada ao governo para a revisão das multas aplicáveis pela xerife do mercado de capitais e que se transformará em projeto de lei, como antecipou em dezembro o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"É o que se chamaria de delação premiada das pessoas investigadas pela CVM. Esse instrumento seria muito bem-vindo", disse o novo diretor da autarquia, Pablo Renteria. A Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) já adota uma ferramenta semelhante, o programa de recompensa batizado de "whistleblower". O advogado de 34 anos tomou posse em janeiro, mas foi apresentado nesta quarta-feira (4) ao mercado, em cerimônia realizada na sede da CVM.

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As mudanças buscam aumentar o poder punitivo e de investigação do regulador, criticado pela atuação em episódios recentes envolvendo a Petrobras e as empresas de Eike Batista. Para Renteria as críticas devem ser vistas com naturalidade, mas o investidor deve estar ciente de que o mercado de capitais traz riscos e que nem toda perda pressupõe uma irregularidade a ser punida.

Apesar de reconhecer a necessidade de atualizar as penas ao alcance da autarquia - que tem multas limitadas a R$ 500 mil -, o diretor considera que a medida não deve afastar a busca pela maior celeridade no andamento dos processos, uma das metas no plano estratégico do órgão regulador.

A melhora da governança corporativa das companhias abertas foi apontada pelo diretor como um dos desafios da CVM e do mercado brasileiro. Questionado sobre problemas envolvendo estatais como a Petrobras e a Eletrobras, Renteria afirmou que essas empresas têm a especificidade de atender ao interesse público que motivou a sua criação, mas que devem seguir as regras da Lei das Sociedades Anônimas como as demais.

" Tenho receio de fazer um trabalho específico (para estatais). Controle interno e governança são importantes para todas as companhias de capital aberto, independentemente do setor e de (quem são) seus acionistas", disse.

Renteria descartou uma crise de credibilidade da CVM. Segundo ele, o regulador manteve seu perfil técnico e sua independência. O presidente da CVM, Leonardo Pereira, também bateu nessa tecla em seu discurso na cerimônia, ressaltando a independência do corpo técnico e do colegiado.

Para o diretor o momento do mercado, sem muitas ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) na bolsa e com pedidos de fechamento de capital, é uma oportunidade para dar um "salto de credibilidade" na governança. O mesmo vale para as investigações como as da Operação Lava Jato, que devem trazer mudanças nos controles internos das empresas.

Advogado e doutor em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pablo Renteria já passou por outras áreas da CVM entre 2008 e 2013. Ele assume a vaga deixada pelo também advogado Otavio Yazbek em dezembro de 2013 e cumprirá mandato até o fim de 2018.

O colegiado da CVM passou todo o ano de 2014 desfalcado, com um diretor a menos. Apesar da chegada de Renteria a autarquia agora precisa preencher a vaga da ex-diretora Ana Novaes, cujo mandato terminou no fim do ano passado. Hoje a cúpula do órgão regulador é composta pelo presidente Leonardo Pereira e os diretores Luciana Dias, Roberto Tadeu Antunes Fernandes e Renteria.

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