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Ao menos 40 americanos a bordo do cruzeiro Diamond Princess, em quarentena no Japão, estão infectados com o novo coronavírus, anunciou neste domingo uma autoridade da saúde dos Estados Unidos.

"Eles serão tratados em hospitais no Japão", afirmou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIH) à rede CBS. "Não vão a lugar nenhum", garantiu.

Os Estados Unidos começaram a retirar nesse domingo seus 400 cidadãos bloqueados no navio desde 5 de fevereiro.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disseram que eles serão enviados via aérea ao país, onde serão colocados em quarentena por 14 dias.

Fauci explicou, porém, que os pacientes cuja infecção foi confirmada não poderão voar.

Questionado sobre a gravidade da infecção dos americanos, ele respondeu que variava de acordo com cada caso.

"Um pode estar infectado e ter sintomas mínimos, mas ainda assim infectar alguém", disse ele.

"Ou pode estar infectado e sofrer um problema pulmonar significativo que requer hospitalização e talvez até uma intervenção séria", acrescentou.

Ele disse que qualquer um que apresentar sintomas em potencial do novo coronavírus não será incluindo no avião de evacuação.

"Se as pessoas no avião começarem a desenvolver sintomas, elas serão segregadas dentro da aeronave. Portanto, há um plano muito firme com este (avião) 747 que agora levará esses passageiros", explicou.

Alguns americanos no cruzeiro disseram que vão recusar ser evacuados porque são assintomáticos, mas Fauci disse que todos os que estiveram no navio ficarão em quarentena quando voltarem aos Estados Unidos.

"A razão para isso é que o grau de transmissibilidade naquele cruzeiro é essencialmente semelhante ao de estar em um lugar perigoso. Há muita transmissibilidade nesse cruzeiro", explicou.

Mais de 1.600 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus na China desde que o primeiro caso foi detectado na cidade de Wuhan. Cinco outros pacientes morreram fora da China.

O Ministério da Defesa informou, neste sábado (15), que os 58 brasileiros que regressaram da China e cumprem um período de quarentena em Anápolis (GO) seguem sem apresentar nenhum tipo de sintoma que indique contaminação pelo novo coronavírus.

O grupo passa por avaliações clínicas de saúde, que incluem aferições de sinais vitais, como medição de temperatura, pressão e frequência cardíaca e exame de nasofaringe.

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Entre os brasileiros que estão em quarentena se encontram diplomatas, profissionais de saúde, tripulantes, membros das Força Aérea Brasileira (FAB) e jornalistas.

Os brasileiros que não apresentarem sintomas da doença serão liberados para seguirem para as suas casas depois de 18 dias de isolamento.

A quarentena, de caráter preventivo, deve acabar no dia 27 de fevereiro, de acordo com o Ministério da Defesa.

As autoridades japonesas começaram a retirar, nesta sexta-feira (14), os idosos e as pessoas com saúde frágil do navio de cruzeiro em quarentena, cujos testes para o novo coronavírus deram negativo.

As pessoas com 80 anos, ou mais, em estado delicado de saúde, ou confinadas em cabines sem janela, receberam a opção de serem realocadas em terra. Apenas aqueles que testaram negativo para o novo coronavírus que infectou 218 pessoas a bordo poderão se beneficiar desta medida.

Os primeiros entre eles deixaram o "Diamond Princess" e imediatamente entraram em um ônibus com janelas fechadas. Os motoristas estavam equipados da cabeça aos pés com vestimenta de proteção, máscara e óculos, constatou um jornalista da AFP.

Uma autoridade do governo informou que 11 pessoas saíram, mas não disse se outras pessoas deixarão o navio nesta sexta. Independentemente do coronavírus, o estado de saúde dos passageiros mais frágeis poderia piorar em razão da quarentena a bordo, que deve durar até 19 de fevereiro.

O secretário de Estado da Saúde, Gaku Hashimoto, subiu a bordo do navio para anunciar que todos os passageiros considerados em "risco elevado" em razão de seu estado geral seriam submetidos a testes de detecção.

Os casos positivos serão hospitalizados, enquanto aqueles que testarem negativo poderão ir para alojamentos preparados pelo governo, acrescentou Hashimoto em uma declaração em inglês lida pelo capitão da embarcação.

Quando chegou a Yokohama (sudoeste de Tóquio) em 3 de fevereiro, o navio tinha 3.711 passageiros e tripulantes. Esse número diminuiu, à medida que os infectados foram evacuados e hospitalizados, assim como alguns que necessitavam de cuidados médicos por outros motivos.

Atualmente, dez pessoas internadas se encontram em estado grave, acrescentou o ministro da Saúde, Katsunobu Kato.

Além dos 218 casos positivos no "Diamond Princess", bem como o de um oficial de quarentena contaminado a bordo, o Japão registrou outros 36 casos de infecção por coronavírus em seu território.

Uma senhora octogenária infectada pelo vírus morreu no hospital. Segundo relatos da mídia, era a sogra de um motorista de táxi, também contaminado.

As autoridades da cidade de Tóquio anunciaram nesta sexta-feira que duas pessoas que participavam da mesma festa de Ano Novo que o motorista do táxi também estavam infectadas. Uma delas teve contato com turistas da província chinesa de Hubei, berço do vírus.

Um novo caso, uma taxista de 60 anos, também foi confirmado na ilha de Okinawa, onde pode ter entrado em contato com passageiros do "Diamond Princess" quando ele fez escala no porto da cidade, segundo autoridades locais.

Um homem também foi testado positivo na periferia de Tóquio, além de um médico e um paciente em um hospital em Wakayama (oeste do Japão). O estabelecimento está fechado para visitantes, e todo o pessoal médico será submetido a testes.

O porta-voz do governo Yoshihide Suga garantiu, no entanto, que "não há evidências epidemiológicas suficientes" para apoiar uma propagação da epidemia no Japão.

O governo japonês já evacuou centenas de cidadãos da província de Hubei em voos fretados. Um quinto voo foi anunciado para domingo.

Uma cidade de quase 10.000 habitantes nas proximidades de Hanói foi colocada em quarentena durante 20 dias, depois de registrar seis casos do novo coronavírus, anunciou nesta quinta-feira (13) o governo do Vietnã, país que tem fronteira com a China.

A localidade de Son Loi, a 30 km da capital vietnamita, permanecerá totalmente isolada por ordem do ministério da Saúde.

Um novo caso de COVID-19 foi registrado nas últimas horas na área, o que elevou o número de infectados a seis. No total, o Vietnã registra 16 casos positivos até o momento.

O novo coronavírus foi 'importado' por uma mulher que fez um curso profissionalizante na cidade chinesa de Wuhan, berço da epidemia. Ao retornar para o Vietnã, ela transmitiu a doença para integrantes de sua família e vizinhos, incluindo um bebê três meses.

As autoridades instalaram vários postos de controle ao redor de Son Loi. Agentes com trajes de proteção pulverizavam um produto desinfetante sobre os poucos veículos que receberam autorização para entrar na cidade,

"Você pode entrar, mas não poderá sair. Pense bem", explicou um policial a um motorista de caminhão, que decidiu retornar.

As autoridades locais também pediram aos moradores que evitem concentrações e eventos esportivos.

Na vizinha China, quase 60 milhões de habitantes estão em quarentena para tentar conter o avanço da epidemia, que já matou mais de 1.300 pessoas e contaminou mais de 60.000, segundo o balanço mais recente.

O aumento considerável do número de infectados nas últimas 24 horas foi provocado pela adoção de um sistema de cálculo diferente, que amplia a noção de casos positivos.

A partir de agora serão incluídos todos os pacientes com radiografias pulmonares que mostrem sinais de pneumonia, sem esperar o resultado de testes padrão de ácido nucleico, que eram considerados indispensáveis para confirmar o diagnóstico. O teste é mais lento e trabalhoso, o que atrasava o tratamento do paciente.

O aumento do número de casos e a modificação dos critérios médicos aumentam o medo de que a dimensão da epidemia teria sido subestimada.

Vietnã e China compartilham uma fronteira de centenas de quilômetros. As autoridades de Hanói adotaram várias medidas para frear o avanço do novo coronavírus, coincidindo com o retorno da China de centenas de seus cidadãos que viajaram ao país vizinho para o Ano Novo Lunar.

Nos últimos dias, vários pontos de Hanói e de outras cidades foram transformados em hospitais ou centros de quarentena.

As autoridades vietnamitas proibiram todos os voos procedentes e com destino à China continental, assim como as viagens de trens comerciais.

Hanói também suspendeu a concessão de vistos de turismo para as pessoas que passaram pela China nas últimas duas semanas.

Até o momento, no entanto, o país não havia adotado uma medida tão drástica como a de impor quarentena a uma cidade inteira.

As autoridades locais decidiram compensar os trabalhadores da cidade com o pagamento do equivalente a dois dólares por pessoa, por dia, enquanto durar o confinamento.

O cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Warley Andrade afirmou nesta terça-feira (11) que as pessoas repatriadas de Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus, estão tranquilas e colaborando com os procedimentos da quarentena na Base Aérea de Anápolis, em Goiás.

“Eles entenderam a situação, não há qualquer tipo de discussão sobre isso. Claro que [eles] não estão na zona de conforto, mas estão bem cientes, colaborando muito e agradecendo o trabalho do governo brasileiro nesse retorno ao país”, disse Warley Andrade, que viajou em um dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para registrar o resgate dos brasileiros e suas famílias, e também passa pelo período de quarentena no hotel de trânsito da unidade militar.

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As duas aeronaves partiram de Brasília no dia 5 deste mês e pousaram na cidade goiana no último domingo (9) com 58 pessoas a bordo – 34 que estavam em Wuhan e 24 que participaram da operação de resgate.

Segundo Andrade, por causa do tempo de viagem e da diferença de fuso horário, na segunda-feira (10), a maioria passou o dia descansando nos quartos. Os repatriados também receberam orientação sobre a rotina, as áreas permitidas e os principais cuidados a serem adotados durante os próximos dias.

“A única coisa realmente militar são os horários pontuais da alimentação. Temos total liberdade de circular na área delimitada por eles. Pode sair, dar uma corrida, a internet está liberada. As pessoas já estão interagindo, fazendo amizades, as crianças estão brincando”, disse Warley sobre a rotina na base aérea.

De acordo com o cinegrafista, uma das orientações é evitar a aglomeração. Os repatriados também foram alertados quanto ao uso das máscaras nos espaços comuns e sobre a higienização recorrente das mãos. As refeições são servidas no restaurante, mas consumidas nos quartos para evitar qualquer tipo de contaminação, por saliva, por exemplo.

Todos estão em apartamentos individuais ou, no caso dos que são pais ou mães de crianças menores, ficam no mesmo quarto. O grupo inclui crianças de 2 e 3 anos e de 7 a 12 anos. As visitas estão proibidas.

As equipes de saúde e da vigilância sanitária também fazem o monitoramento clínico diário dos resgatados. Caso haja suspeita de infecção, eles serão isolados e levados para outro setor da base aérea. Se o quadro de saúde se agravar, eles serão transportados, em aeronave preparada, para o Hospital da Forças Armadas, em Brasília.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de mil pessoas já morreramna China e 42 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, sete pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados. Até agora, nenhum caso foi confirmado.

 

Familiares dos repatriados de Wuhan passaram os últimos dias em Anápolis, visitaram a base aérea e acompanharam de perto as movimentações da operação. O acesso aos parentes que retornaram, no entanto, está proibido no período da quarentena.

Depois de uma viagem demais de 36 horas a partir de Wuhan, na China, com parada em Varsóvia, na Polônia, e Fortaleza (CE), os dois aviões brasileiros que trazem os repatriados pousaram às 06h05 deste domingo (9) na Base Aérea de Anápolis.

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A Missão Regresso traz de volta ao País um grupo de 34 brasileiros, entre adultos e crianças, que pediu para deixar a região que se transformou no epicentro de contaminações pelo novo coronavírus. Os repatriados são acompanhados por mais 24 tripulantes, entre equipes de voo, médicos e pessoal de comunicação.

Na ala 2 da base aérea, as 58 pessoas ficarão hospedadas por 18 dias, tempo da quarentena estipulado para confirmar que, de fato, nenhum dos repatriados apresenta qualquer indício de contaminação.

Assim como ocorreu no embarque desses brasileiros na China, eles deverão passar por uma série de exames iniciais ao entrarem na base. Como o avião pousou diretamente no local, não haverá necessidade de deslocamento do grupo pela cidade de Anápolis, município de 360 mil habitantes, localizado a 60 quilômetros de Goiânia (GO) e 140 km de Brasília (DF).

O prédio militar onde as famílias ficarão hospedadas foi completamente adaptado para receber cada um dos repatriados. Os hóspedes já foram determinados para cada quarto. Alguns têm berços, outros receberam poltronas. Todos possuem mesas com alimentos, frigobar e itens de higiene, como álcool gel e máscaras.

Durante a quarentena, o grupo poderá caminhar pela área externa, dentro de uma faixa delimitada. O prédio da ala 2 fica numa parte mais afastada da base, uma área de canto, cercada por vegetação. Toda a base é protegida por muros altos de blocos, encobertos por rolos de arame farpado.

A alimentação diária será trazida para o local, onde cada pessoa poderá se servir e, depois, deixar louças e talheres para que sejam retirados. Estão programadas seis refeições diárias.

Para tornar o período de confinamento mesmo exaustivo, há recursos de entretenimento, com brinquedoteca para as crianças, acesso à internet e videogame. Apresentações de fanfarras da Força Aérea também estão na agenda dos próximos dias.

Expectativa

Do lado de fora do muro da base aérea, familiares vão acompanhar de longe a chegada dos parentes. Nenhum tipo de acesso é permitido ao grupo. Apesar de o critério de embarque de cada brasileiro ser aqueles que não apresentaram nenhum tipo de sintoma do novo coronavírus, como febre alta e dificuldade de respirar, o isolamento tem o objetivo de eliminar qualquer possibilidade de risco.

Em Anápolis, estão familiares como José Neves de Siqueira Júnior, pai de Vitor Siqueira, professor de 28 anos que morava em Wuhan. O pai veio de Belo Horizonte (MG) para acompanhar de perto a movimentação na base, mesmo impossibilidade de ter acesso ao filho. "Ficarei aqui, a 500 metros do meu filho. É bem diferente de estar do outro lado do mundo", diz Siqueira Júnior.

Mesmo a distância, ele pretende ficar na cidade para estar próximo do filho. "Ficarei aqui os 18 dias, minha esposa também está vindo para cá. Vamos acompanhar tudo de perto, até leva-lo para casa."

Os dois aviões da Força Aérea Brasileira com os 31 brasileiros que estavam em Wuhan, na China, pousaram na Base de Anápolis no início da manhã deste domingo (9) depois de quase 36 horas do embarque. O primeiro avião pousou às 6h05 e o segundo 7 minutos depois, às 6h12. Os brasileiros devem ser examinados ao desembarcarem dos aviões e seguem para a Base de Anápolis. Nenhum deles apresentou sintomas do coronavírus.

Os cidadãos brasileiros partiram de Wuhan, fizeram uma parada em Urumqi, ainda na China. Depois os voos fizeram outra parada em Varsóvia, na Polônia. Pararam mais uma vez nas Ilhas Canárias. Na madrugada deste domingo, os dois aviões entraram no espaço aéreo brasileiro e pousaram em Fortaleza pouco antes das 2h. De lá, saíram por volta das 3h30 para Anápolis, em Goiás.

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Além dos 31 resgatados em Wuhan (dentre eles, estão crianças de 1, 2, 3, 7 e 12 anos), outras 27 pessoas que compõem a tripulação, médicos e equipe de comunicação também deverão ficar em quarentena por 18 dias como medida de prevenção à infecção do novo coronavírus. Três vezes ao dia, cada pessoa terá de passar por exames médicos, a fim de verificar sinais vitais e demais sintomas que possam surgir.

O Ministério da Defesa informou neste sábado (8) que os dois aviões com os 31 brasileiros que estavam em Wuhan, na China, devem pousar em Anápolis às 3 horas da madrugada deste domingo, 9. Em nota, o ministério diz que esta é uma previsão inicial e que divulgará o horário exato assim que for possível.

Ontem, o governo fez uma apresentação da base de Anápolis que servirá para manter os brasileiros em quarentena por 18 dias como medida de prevenção à infecção do novo coronavírus da China. Os voos com os brasileiros saíram de Wuhan na tarde de ontem. Dentre os repatriados, estão crianças de 1, 2, 3, 7 e 12 anos.

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Além dos 31 resgatados em Wuhan, outras 27 pessoas que compõem a tripulação, médicos e equipe de comunicação também deverão ficar em quarentena pelo prazo de 18 dias. Três vezes ao dia, cada pessoa terá de passar por exames médicos, a fim de verificar sinais vitais e demais sintomas que possam surgir. O protocolo determina que, caso uma pessoa apresente qualquer tipo de comportamento que indique a manifestação do vírus, ela será imediatamente levada para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, a 140 km de Anápolis.

O projeto que prevê regras para quarentena por coronavírus no Brasil aguardava ontem assinatura do presidente Jair Bolsonaro para virar lei. Especialistas em direito internacional e constitucionalistas, no entanto, discutem a legalidade de restrições de entrada e saída no País.

Para alguns, há risco ao direito de ir e vir de cidadãos brasileiros, previsto no artigo 5.º da Constituição. "E se um brasileiro sai da China, chega aqui e é proibido de entrar? Vai para onde?", indagou José Paes, da Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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"E choca mais o motivo da recusa: uma coisa é não querer deixar um sujeito entrar porque ele é um criminoso condenado; outra coisa é porque ele está doente. Ora, ele é uma vítima", diz a secretária-geral da Comissão de Direito Constitucional da OAB/RJ, Marcelle Mourelle.

Já a especialista em Direitos Humanos e professora de Direito Constitucional da FGV Flávia Bahia destaca que a liberdade não é absoluta no caso de suspeita de doença. "Existe um compromisso com a saúde coletiva. E o próprio projeto faz várias ressalvas. Em situações de risco, medidas excepcionais podem ser tomadas."

Os operários de uma fábrica gigantesca de produção de iPhones no centro da China serão postos em quarentena por pelo menos uma semana, após suas férias, para evitar a propagação do novo coronavírus - anunciou nesta quinta-feira (6) o gigante taiwanês da eletrônica Foxconn, principal fornecedor do grupo americano Apple.

A Foxconn havia informado que uma de suas principais sedes de produção na China, em Zhengzhou (centro), apelidada de "cidade iPhone", retomaria suas atividades em 10 de fevereiro, depois do recesso pelo Ano Novo chinês. As férias de fim de ano acabaram sendo prolongadas pela epidemia.

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Hoje, o grupo anunciou que seus funcionários - qualquer que seja sua região de origem - serão submetidos a uma quarentena de uma a duas semanas, quando voltarem das férias.

A empresa ainda não informou quantos trabalhadores serão afetados pela medida. A Foxconn é o maior contratador privado de mão de obra na China. Conta com cerca de 1 milhão de operários que trabalham em 30 fábricas espalhadas pelo país.

As autoridades chinesas pediram a todas as companhias que permaneçam fechadas até 9 de fevereiro para tentar evitar a propagação do novo coronavírus. Até o momento, chega a 560 o número de mortos em todo país.

A Foxconn é líder mundial na montagem de aparelhos eletrônicos. Muitas empresas dependem dela para fabricar produtos como iPhones, televisores de tela plana, ou laptops.

O grupo taiwanês se esforça para tranquilizar seus clientes e garante que a cadeia de montagem não vai ser paralisada.

Nesse contexto, a Foxconn já revisou para baixo sua previsão de crescimento de vendas para 2020. Dos 3% a 5% previstos, caiu para uma margente entre 1% e 3%, segundo seu presidente, Young Liu, citado pela agência Bloomberg.

O clima de alarmismo sobre os riscos de contaminação pelo coronavírus pode até se propagar com rapidez pelo mundo virtual, mas ainda não passou pelas portas das casas de Anápolis, município de 360 mil habitantes, a 60 quilômetros de Goiânia. Nas mesas de bar, no trabalho, nas lojas e praças, o assunto é um só: a chegada dos brasileiros que sairão da cidade chinesa de Wuhan à Base Aérea de Anápolis. Toda a movimentação é acompanhada de perto pela população, mas sem alarde.

"Só virão brasileiros que não apresentam nenhum sintoma do vírus. Além disso, por razão de segurança, ficarão em quarentena", diz Wederson de Almeida, de 26 anos. As palavras são repetidas por muitos moradores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em vez de tensão, o que se vê é um protocolo rígido em andamento.

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Militares controlam a chegada de alimentação e equipamentos que serão usados na quarentena. Os repatriados ficarão em quartos isolados e terão de passar por exames diários. Fora da base militar, porém, nada muda na rotina da cidade. Cezarina de Jesus, de 52 anos, que vive em uma casa ao lado, diz que está pronta para ajudar no que for preciso. "Vamos recebê-los. São pessoas como nós, que precisam de apoio."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (5), que os militares envolvidos no resgate de brasileiros em Wuhan, na China, também terão de passar por período de quarentena no Brasil. A cidade de Wuhan é o epicentro do novo coronavírus.

"E o pessoal chegando, inclusive nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares, quando voltar, também vão passar o carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo, trazendo esse pessoal de lá para cá", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada.

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Dois aviões da frota presidencial devem sair do Brasil nesta quarta para buscar 29 pessoas em Wuhan. No grupo, há quatro chineses que são parentes dos brasileiros que serão repatriados. A previsão é de que eles retornem ao País no próximo sábado.

O Ministério da Saúde já havia anunciado que os repatriados passariam por quarentena de 18 dias, na base aérea de Anápolis (GO). Segundo Bolsonaro, a princípio todos ficarão em Anápolis, civis e militares.

Os deputados federais aprovaram no Plenário da Câmara o regime de urgência, na noite desta terça-feira (4), para o Projeto de Lei 23/20, do Poder Executivo, que estabelece as medidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias em caso de emergência de saúde pública provocada pelo coronavírus.

Entre outros pontos, a proposta prevê isolamento, quarentena e fechamento de portos, rodovias e aeroportos para entrada e saída do País.

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O governo afirma que a proposta é necessária porque a legislação brasileira está defasada quanto à definição de instrumentos jurídicos e sanitários adequados para o combate ao vírus, que ainda não foi notificado em solo brasileiro.

*Da Agência Câmara Notícias

 

 

 

 

Após o pai ser encaminhado à quarentena por suspeita de coronavírus, um adolescente com paralisia cerebral morreu sozinho em casa. O corpo do jovem, de 16 anos, foi encontrado na última quarta-feira (29). Uma semana depois que o seu único cuidador foi para em um hospital de Hubei.

De acordo com imprensa chinesa, o garoto se alimentou por apenas duas vezes enquanto ficou sozinho. Sua morte resultou na demissão do secretário local do Partido Comunista e do prefeito.

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O pai solicitou ajuda nas redes sociais, afirmando que o garoto estava sozinho, sem água ou comida. As autoridades garantiram que um inquérito será instaurado para investigar o caso.

Até o momento 426 pessoas já morrem no país em decorrência da epidemia, que se estende por 24 países. No Brasil, 14 pessoas são suspeitas de ter contraído o coronavírus, contudo, ainda não há confirmações.

A seleção feminina da China de futebol, que está na Austrália para disputar o Pré-Olímpico, foi colocada em quarentena em um hotel na cidade de Brisbane. A medida foi tomada pelas autoridades para evitar uma possível propagação do novo coronavírus.

Apesar da medida, nenhuma jogadora ou membro da comissão técnica da seleção chinesa apresentou os sintomas da doença, que já matou mais de 100 pessoas, segundo a agência estatal CGTN.

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"Cooperaram muito bem, assim como o consulado chinês", confirmou a chefe do Departamento de Saúde de Queensland, Jeannette Young, em entrevista à emissora "ABC".

O Pré-Olímpico feminino seria disputado em território chinês, mas em decorrência do pelo coronavírus, os jogos da competição foram transferidos para a Austrália. Além das chinesas e das australianas, as seleções de Taiwan e Tailândia também brigarão por uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão.

Esqui alpino

Além do futebol, o esqui foi outra modalidade afetada pela epidemia do coronavírus. A China cancelou nesta quarta-feira (29) as provas da Copa do Mundo de esqui alpino, que seriam no mês de fevereiro em Yanqing, cerca de 50 quilômetros ao norte da capital Pequim.

"Devido à epidemia e à propagação do novo coronavírus, a FIS e a Associação Chinesa de Esqui decidiram, em conjunto, cancelar as próximas provas da Copa do Mundo masculina previstas para 15 e 16 de fevereiro em Yanqing", informou a entidade em um comunicado.

Da Ansa

Depois de tentarem articular uma CPI para apurar vazamentos de investigações da Operação Lava Jato, líderes de partidos do Centrão pretendem desengavetar proposta que cria uma "quarentena eleitoral" para juízes, integrantes do Ministério Público e até policiais. A ideia é que integrantes dessas categorias interessados em disputar eleições sejam obrigados a deixar o cargo no mínimo dois anos antes do pleito. Nos bastidores, a estratégia é batizada de "plano anti-Deltan", em referência ao procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Na prática, a possibilidade de juízes e procuradores migrarem para a política - como fez o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato - acendeu o sinal vermelho no Congresso. A nova ofensiva ganhou força após deputados aprovarem a Lei de Abuso de Autoridade, vista como "troco" da classe política a medidas de combate à corrupção. O assunto foi tratado em recente reunião de dirigentes do Solidariedade, DEM e MDB, entre outros partidos. "Uma quarentena de cinco anos está bom. Menos que isso é pouco", afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente do Solidariedade.

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Atualmente, para que possam se candidatar, magistrados e membros do MP precisam se desligar de suas funções seis meses antes da eleição, como qualquer outro ocupante de cargo público. Este é o prazo estabelecido pela lei para que os postulantes a vagas no Executivo e Legislativo se filiem a um partido para lançar a candidatura.

Moro abandonou 22 anos de magistratura para ser titular da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, mas nunca concorreu a eleição. À época, tudo parecia acertado para que ele assumisse uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir do fim de 2020, quando haverá a aposentadoria compulsória de Celso de Mello, o decano da Corte. A hipótese ainda é considerada, mas, após recentes atritos com o ministro, Bolsonaro disse não ter assumido qualquer compromisso com ele.

No Congresso, a aposta é a de que Moro quer ser candidato à Presidência, em 2022, podendo ocupar a vaga de vice de Bolsonaro, caso ele concorra à reeleição. A portas fechadas, deputados e senadores também prometem se empenhar para barrar possíveis pretensões políticas de Deltan Dallagnol.

Em mensagens por celular capturadas por um hacker e divulgadas pelo site The Intercept Brasil, Dallagnol admitiu planos de disputar eleições. Numa conversa ocorrida há dois anos, o procurador disse a uma colega do MP que estaria sendo "pressionado" a se candidatar ao Senado, em 2018. Depois, no entanto, o procurador afirmou que não concorreria naquele ano, mas deixou em aberto a possibilidade no futuro.

"Acho justo que juízes, procuradores, delegados e até militares tenham quarentena para disputar eleição", disse o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do DEM na Câmara. "Nós, dirigentes políticos, precisamos esperar 36 meses, se quisermos ocupar um cargo em estatal. Por que, então, os magistrados e integrantes do Ministério Público não podem ter isso? É uma questão de isonomia."

Prazo

Criada originalmente para impedir que detentores dos mais elevados cargos na administração pública usem informações privilegiadas em benefício de interesses privados, a quarentena tem, em geral, prazo máximo de 180 dias.

O Conselho de Ética da Presidência da República estabelece que ministros, presidente, vice e diretores de autarquias, fundações e empresas públicas ou sociedades de economia mista fiquem no máximo seis meses sem exercer atividade compatível com a área em que atuavam. É o caso, por exemplo, de um presidente do Banco Central que queira ir para a iniciativa privada. Pela lei, ele precisa aguardar um período para iniciar a nova atividade, mas, nesse tempo, é remunerado pelo Estado.

O Congresso já havia discutido proposta de quarentena eleitoral em 2015. O Senado chegou a aprovar um projeto do senador Fernando Collor (PROS-AL), que fixava prazo de dois anos de desincompatibilização para magistrados e integrantes do MP que quisessem concorrer a cargos eletivos. O texto teve como relator o presidente do MDB, Romero Jucá (RR) - ex-senador investigado pela Lava Jato - e foi encaminhado à Câmara, mas acabou arquivado no fim do ano passado.

O Supremo já entendeu que mudanças podem retroagir, ou seja, produzir efeitos sobre fatos passados, como na Lei da Ficha Limpa. Para que novas regras entrassem em vigor já na corrida de 2020 às prefeituras, porém, seria preciso garantir a aprovação do projeto no Congresso e a publicação da lei até 3 de outubro, um ano antes do próximo pleito.

"Obviamente, o Congresso tem a prerrogativa de estabelecer os prazos de desincompatibilização, mas, hoje, o maior prazo existente para vários cargos é de seis meses, inclusive para os governantes, como diz a Constituição. Não me parece que haja motivo para um prazo maior", disse o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Detentos que dividiam a cela onde houve duas mortes em decorrência de meningite meningocócica foram colocados em quarentena no Rio de Janeiro.

A medida foi adotada de forma preventiva pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O órgão, porém, afirma que a situação está controlada e que exames laboratoriais realizados em alguns presos já eliminaram suspeitas de infecção.

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Ao todo, três presos morreram de meningite na semana passada no estado do Rio. Dois eram internos da Cadeia Pública Paulo Roberto Rocha, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da capital.

Um deles teria se infectado na tentativa de socorrer um outro fazendo respiração boca a boca, vindo a falecer menos de 24 horas depois, no dia 8 de abril.

Dois dias depois, mais um detento foi a óbito na Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo. Antes de ter dado entrada na prisão, ele havia tido contato com uma dos outras duas vítimas de meningite.

De acordo com a Seap, apenas os detentos que dividiam a mesma cela na Cadeia Pública Paulo Roberto Rocha foram isolados, de forma a prevenir novas transmissões tanto entre eles como também para familiares, advogados, defensores públicos e oficiais de justiça. Exames estão sendo realizados e a previsão é de que, não havendo novas diagnósticos da doença, a situação se regularize na próxima semana, após a Páscoa.

Direitos humanos

As informações foram prestadas pela Seap à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na segunda-feira (14), uma audiência pública abordou a questão.

A coordenadora de gestão em saúde penitenciária da Seap, Nice Carvalho, assegurou que foram adotados protocolos para lidar com a situação. "O problema está aparentemente isolado e contido", disse.

O meningococo, bactéria responsável pela meningite meningocócica, se propaga pelas vias aéreas, como nariz e boca. Preocupados com possíveis riscos enfrentados no exercício profissional, advogados criminalistas buscaram orientação junto à Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro (Caarj) e a entidade organizou um encontro com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, que também acompanha o caso. Para a médica Cristina Lemos, superintendente de vigilância e saúde da pasta, não há motivo para alarme.

"O meningococo é muito frágil. Ele não vive no ambiente. Então, sua transmissão depende de contato próximo e prolongado. É o que ocorre na cela onde os indivíduos estão aglomerados em um recinto insalubre, sem ventilação, sem boa iluminação, em número de pessoas provavelmente além da capacidade. Nos encontros eventuais de advogados e familiares, o risco é muito baixo. O ambiente já tem outra condição. Geralmente são mais arejados, se for em um pátio externo, melhor ainda", disse.

Segundo Cristina, o uso de objetos em comum também não é suficiente para a transmissão da bactéria.

"Mesmo que tenha compartilhado uma caneta, o risco é baixo. Não se transmite pelo objeto. Nem usando mesmo copo ou talher. A tuberculose, que é uma doença mais prevalente entre os detentos, pode ser transmitida assim. Mas a meningite, não. É preciso ter muita descarga de meningococo. O tempo de exposição é relevante" disse.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, encaminhou neste mês um projeto de lei complementar à Assembleia Legislativa (Alesp) para reduzir à metade o período de quarentena para que o corregedor-geral do Ministério Público paulista, o ouvidor e os membros da comissão processante permanente possam concorrer a cargo eletivo na Administração Superior do MP, como a eleição de chefe da instituição.

De acordo a regra atual, em vigor desde 1993, os procuradores que ocupam esses postos ficam impedidos de disputar outro cargo pelo prazo de dois anos após o término de seus mandatos. Agora, Smanio quer que a quarentena seja de apenas um ano. Na justificativa do projeto, o procurador-geral afirma que o prazo de incompatibilidade atual "mostrou-se excessivo, impedindo por longo espaço de tempo os procuradores de Justiça de ocuparem outros postos eletivos no Órgão Especial e no Conselho Superior após o exercício dessa relevante função, o que não convém ao interesse público".

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Na prática, a redução da quarentena vai permitir, por exemplo, que o atual corregedor Paulo Garrido e o ouvidor Roberto Fleury possam concorrer à sucessão de Smanio. Pela regra atual, ambos não poderiam disputar o cargo de procurador-geral porque terminarão seus mandatos menos de dois anos antes da próxima eleição, em abril de 2020.

Emendas

Desde que deu entrada na Assembleia, no dia 14 de julho, o projeto de Smanio já recebeu três emendas, todas propostas pelo deputado estadual e procurador licenciado Fernando Capez (PSDB). Duas delas já têm movimentado os bastidores do MP paulista.

A primeira alteração proposta pelo tucano é a proibição de que o procurador-geral de Justiça ocupe cargos nos governos federal, estadual e municipal pelo prazo de quatro anos após o término do mandato. Os dois antecessores de Smanio, Fernando Grella Vieira e Márcio Elias Rosa, viraram secretários da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado, entre 2012 e 2016, meses após deixarem o cargo de chefe do MP paulista, órgão responsável por fiscalizar o governo. "Isso garante a imparcialidade no decorrer do mandato e evita a politização da procuradoria", disse Capez.

Outra emenda permite que promotores com mais de 10 anos de carreira possam disputar a eleição a procurador-geral de Justiça. A regra atual restringe a participação a procuradores de Justiça, nível superior na carreira. A restrição só existe em outros três Estados - Rondônia, Roraima e Tocantins. "Essa restrição é elitista e não tem respaldo na Constituição. A alteração democratiza a instituição", completa o tucano. Procurado, Smanio não quis se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O parecer da reforma trabalhista apresentado na quinta-feira (12) pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) incluiu proteção aos trabalhadores terceirizados, com duas medidas para alterar a Lei da Terceirização (13.429/17), aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. “Verificamos que determinadas matérias que dela [terceirização] deveriam constar não ficaram bem definidas. Desse modo, estamos apresentando algumas alterações pontuais para complementá-la.”, disse o parlamentar.

A primeira estabelece uma quarentena de 18 meses entre a demissão de um trabalhador e sua recontratação, pela mesma empresa, como terceirizado. A segunda medida garante ao terceirizado que trabalha nas dependências da empresa contratante o mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos demais empregados. A lei atual permite, mas não obriga a empresa a oferecer o mesmo tratamento.

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A Lei de Terceirização foi sancionada pelo presidente Michel Temer após críticas de parlamentares da oposição. A norma permite às empresas terceirizar a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A legislação prevê que a contratação terceirizada ocorra sem restrições, inclusive na administração pública.

Antes, decisões judiciais vedavam a terceirização da atividade-fim e a permitiam apenas para atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa.

A medida sancionada por Temer prevê ainda que a empresa de terceirização terá autorização para subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, o que é chamado de “quarteirização”.

Dos mais de 90 pedidos apresentados solicitando pagamento de quarentena por seis meses, após afastamento do cargo que ocupavam no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, a Comissão de Ética da Presidência da República acatou, por enquanto, apenas 13. Entre eles terão direito a receber salário integral no valor de R$ 30,9 mil, referente à função, os ex-ministros da Educação Aloizio Mercadante e do Desenvolvimento Social Tereza Campello. O mesmo benefício já havia sido concedido, na semana passada, aos ex-ministros da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Navarro de Brito.

A Comissão de Ética, no entanto, entendeu que, até agora, no caso de seis pedidos, não houve caracterização de conflito de interesses, portanto não deverão cumprir o período de quarentena e não receberão salário do poder público durante os próximos seis meses. É o caso, por exemplo, do ex-secretário de imprensa da Presidência Rodrigo Almeida.

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Também não receberão a quarentena Gabriel de Carvalho Sampaio, ex-secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça; e Marco Antonio Martins Almeida, que foi ministro de Minas e Energia de Dilma por 20 dias. Na mesma lista estão Régis Dudena, ex-subchefe Adjunto da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República; e Robinson Santos Almeida, ex-chefe de gabinete do Ministro do Trabalho.

Foi autorizada concessão de quarentena para Éden Valadares Santos, chefe de Gabinete do Ministro Jaques Wagner; o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Asdrúbal Figueiró, que foi diretor-geral da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC); Daviel Marteleto Godinho, que foi Secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio; Graciano Ulisses Merlo, que foi diretor Presidente da Companhia Docas do Espírito Santo; Maria Elisabeth Villela Gouveia, ex-diretora da Caixa Econômica Federal; e Marcelo Veiga ex-diretor do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça, assim como o ex-Superintendente de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil, Wanger Antonio de Alencar Rocha.

A Comissão de Ética está fazendo diligência para decidir se deve conceder quarentena a três servidores. Carlos Gabas, que é funcionário de carreira do INSS e foi ministro no governo Dilma; Júnia Maria Barroso Santa Rosa, que estava na Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades; e Carlos Augusto Grabois Gadelha, ex-secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No dia 31 de maio a Comissão de Ética irá realizar nova reunião, agora extraordinária, para examinar os inúmeros pedidos que chegaram ao colegiado, após o afastamento da presidente Dilma. Entre os que aguardam decisão da comissão está o ex-ministro Jaques Wagner, que ocupou a Casa Civil e chefia de gabinete de Dilma.

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